RG 139 - Guarulhos 461 anos - Histórias que o povo conta

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Histórias que o povo conta Relatos de lugares, vivências e hábitos de antigamente

Ano XIX nº 139 / Dezembro 2021 - Diretor Responsável: Valdir Carleto

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2º maior município paulista e uma das 15 cidades mais populosas do país

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índice

editorial Por Valdir Carleto Massami Kishi

32 capa

Pessoas que vivem em Guarulhos há décadas têm muito para contar sobre como era a cidade e de situações que vivenciaram com suas famílias Rafael Almeida

6 entrevista

O terapeuta Julyo Ganiko conta sobre sua experiência com técnicas orientais e o Projeto Equilíbrio que está sendo lançado Divulgação

14 a 20 aconteceu

Novos estabelecimentos inaugurados e anunciados para a cidade Divulgação

48 turismo

Quantas ilhas do Litoral Norte de São Paulo você já conhece?

correção Na edição de outubro, na matéria a respeito da rua Cecília Maria Vallardi Saraceni, a legenda da foto foi publicada com erros de informação. O correto seria: “O primeiro à esquerda é seu marido, Beltran Saraceni. Ao lado, a mãe dele, Anita Saraceni. À direita do peixe cação, Cecília Maria e seu cunhado Eugênio, outro dos 11 filhos de Anita.”

Ter ou não o que comemorar? Quando Guarulhos celebra 461 anos de sua fundação, a contar de 8 de dezembro de 1560, a efervecência da cidade em nada lembra o lugar pacato e tranquilo que era há apenas algumas décadas. As histórias que alguns munícipes contam nesta edição dão boa noção do contraste entre duas épocas relativamente recentes. Aí, alguém pode dizer que antes era bem melhor: crianças brincando sem medo no meio da rua, famílias trocando visitas em lautas refeições, jovens iniciando namoros em inocentes bailinhos... Outros hão de dizer que Guarulhos não tinha nada, que tudo que se precisava era necessário ir buscar em São Paulo e até para estudar além de um curso ginasial os alunos tinham de se deslocar daqui. As duas correntes de pensamento contêm verdades. O crescimento populacional é inevitável e a proximidade com a capital paulista facilita a migração, o que força o surgimento de soluções para acomodar tanta gente. O progresso tecnológico é inexorável e, na mesma medida em que facilita a vida das pessoas, automatiza as relações, reduzindo o saudável convívio. Enquanto há muitos fatores que nos motivam a comemorar o aniversário de Guarulhos, outros dão razão aos que reclamam da cidade e, principalmente, do comportamento da classe política, quaisquer que sejam os papéis que nossos representantes desempenham. Bons ou ruins, eles foram colocados ali pelo voto popular. É, portanto, responsabilidade de cada um arcar com as consequências das escolhas que fazemos, o que não quer dizer que não possamos cobrar dos eleitos atitudes condizentes com a confiança neles depositada. Entre prós e contras, há, sim, muito o que comemorar: esta cidade tornou-se gigante graças a muita gente que trabalhou, acreditou nela; outros se somaram, sonham e têm todo direito de almejar viver em uma Guarulhos próspera e humana e, assim, serem felizes.

expediente Diretor Responsável: Valdir Carleto (MTb 16.674) valdir@revistaguarulhos.com.br Redação: Adriana Valeriano, Jônatas Ferreira e Valdir Carleto Fotografia: Arquivos pessoais, Lucas Carleto de Paulo e divulgação Comercial: Nilza Maza e Patrícia Matos Distribuição: Luiz Aparecido Monteiro Impressão e acabamento: Grass Indústria Gráfica - Tel: (19) 3646-7070 Tiragem: 8.000 exemplares A RG - Revista Guarulhos é uma publicação da Carleto Editorial Eireli - ME

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ENTREVISTA

Equilíbrio é o tema do novo projeto de Julyo Ganiko Por Valdir Carleto Fotos: Rafael Almeida

O terapeuta Julyo Ganiko é o fundador do Spa Urbano que há 16 anos está instalado no Jardim Rossi Cerconi e atua também em hotéis. Após publicar o livro Feng Shui, sobre a harmonia de tudo em uma casa, ele pegou gosto pela coisa e aceitou o convite de Fábio Carleto, que idealizou o projeto Equilíbrio, o qual conta com um livro e uma série de 12 vídeos sobre as emoções humanas à luz da medicina chinesa e ensina como equilibrar-se intimamente Qual o motivo que o levou a empreender esse projeto chamado “Equilíbrio”? Eu recebi o convite do Fábio Carleto, que idealizou e produziu todo o projeto, coordenou o trabalho do Paulo Manso e do Rafael Almeida, que se juntaram a nós nas filmagens e, depois de relutar por tantos anos à exposição, entendi que era a hora de aceitar esse desafio e ampliar o alcance do meu trabalho.

tária e promoveu a superação de um obstáculo interno que sempre tive: o de comunicar-me mais com mais gente.

Como sempre foi muito reservado, chega a surpreender que esteja voltado a esses projetos... Ao longo da vida, fiz quatro grandes pausas para reflexão e criar musculatura em meus projetos. Mas, a mais recente foi involun-

E a mais recente? A quarta pausa, em junho de 2021, foi necessária. Eu vinha em um ritmo frenético de atendimentos, mesmo com a pandemia. E mais ainda por causa dela, já que as pessoas se tornaram mais ansiosas e estão em um nível de insegurança

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Quais foram essas outras pausas? As primeiras foram as viagens que fiz para o Oriente: a primeira para o Japão; a segunda para a China; e a terceira para a Índia e para o Tibet.

muito maior. Apesar de necessária e importante, essa pausa foi forçada, porque tive a experiência de contrair o vírus da covid-19. Fiquei internado e aproximadamente 40 dias ausente dos atendimentos, do meu cotidiano. Além disso, meu querido amigo Roberto, o pai da Tiemi, minha esposa, também teve covid-19 e veio a falecer. Todas essas pausas que eu fiz na minha vida foram para refletir e extravasar um pouco. Para criar uma hipertrofia no que eu já vinha fazendo. Mas nesta, mais recente, tive uma reflexão muito intensa. Conte-nos um pouco sobre isso. Eu tinha acabado de fazer 45 anos no final de maio. No começo de


PARABÉNS

GUARULHOS

PELOS 461 ANOS

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ENTREVISTA

junho contrai o vírus, fui hospitalizado e perdi meu grande amigo Sr. Roberto. A analogia que eu fiz é de que tinha acabado de completar o primeiro tempo do jogo da minha vida. Os primeiros 45 minutos tinham encerrado. Pensei no que fiz do meu passado e tive muita gratidão por tudo. Posso dizer que eu ganhei o jogo nesses 45 minutos. Tudo que eu tive vontade de fazer eu fiz: estudei o que eu queria, trabalhei com o que eu queria, me envolvi com pessoas que eu queria, casei, tive filhos. Todos os sonhos que eu tinha, inclusive das viagens, dos estudos, eu consegui realizar. Então entendi que eu ganhei esse jogo de goleada! E para o segundo tempo desse jogo? Nesses próximos 45 minutos, ganhei uma segunda chance, depois de vencer a covid-19. Pensei: o que eu vou fazer com essa chance? Eu poderia apenas administrar o jogo. Afinal de contas, eu estou ganhando. Quando chegar lá no final da vida eu poderei falar ‘Eu realmente ganhei o primeiro tempo e, no segundo, eu administrei o placar. Minha vida foi assim: não fiz mal a ninguém, está tudo certo’. Mas, não! A conclusão dessa reflexão maior foi que, se eu tive essa segunda chance, é porque eu tenho que fazer algo maior do que estava fazendo. E a vida não precisa ser só muito boa. Ela pode ser extraordinária. É dessa forma que eu venho pensando agora. Então, esse novo projeto começa com esse novo passo, com essa nova visão. Com esse novo paradigma, inclusive da minha própria comunicação com os outros. É um desafio grande para mim, que estou encarando com muito otimismo e muita confiança. 8

do que eu faça na vida, na profissão que eu tenha como remunerada, eu entendo que tenho que ser um cara especialista em mim mesmo. A partir deste momento, eu vou me tornar uma pessoa feliz, mais bem resolvida.

O nível mais duradouro de felicidade é quando o sorriso do outro penetra em você” Há quanto tempo atende como terapeuta? Desde os 20 anos de idade. Mas, com 6 ou 7 anos, já fazia massagem no meu pai. Então ele foi o meu primeiro professor a falar ‘aperta aqui, aperta ali’. Depois de muito tempo, quando eu já tinha feito cursos de massagem, vi que aquilo já estava na minha missão desde criança: tocar as pessoas, honestamente, com carinho, para passar o melhor. Comecei a estudar terapias orientais aos 19 e, hoje, aos 45, são praticamente 26 anos que atendo profissionalmente. Quando me perguntam se eu tenho alguma especialidade, eu falo que a única que eu tenho é em mim mesmo. Eu sempre procurei me especializar em mim, acima de tudo. Independentemente

Teve outras experiências profissionais? Eu trabalhei em um banco, dos 14 aos 19 anos, com carteira assinada. Antes disso, nas férias escolares, eu ajudava minha tia. A gente vendia coxinha no DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais, em São Paulo). Levava aquela caixa de isopor no ônibus e voltava com ela vazia, graças a Deus. Foi uma experiência muito legal. Foi meu primeiro emprego e ela me remunerava por isso. O que quer dizer quando fala de especializar-se em si mesmo? O primeiro exercício talvez tenha sido aos 16 anos. Ganhei de um amigo do banco o livro “Número, nome, vida e destino”, sobre numerologia. Geminiano, sempre fui muito interessado, curioso, buscando saber mais sobre todos os assuntos. Li o livro, comecei a fazer meu mapa numerológico e achei que aquilo não tinha nada a ver comigo. Achei uma bobeira o mapa dizer que eu iria me interessar por terapias, por elementos da natureza. Naquela época, trabalhava em banco, tinha uma equipe de som para bailinhos. Nada de me integrar à natureza, saber de coisas ocultas. Fiz em uma folha de almaço todo o meu mapa e guardei no livro, que ficou por muito tempo na prateleira. Depois de muitos anos, já enquanto estudava terapias, eu peguei novamente esse livro e encontrei a folha de almaço. Reli tudo


PARABÉNS, GUARULHOS PELOS 461 ANOS DE DESENVOLVIMENTO. Foto: SHDrone

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ENTREVISTA

fabricante de câmeras fotográficas. Acabei ficando 7 meses no Japão.

do meu mapa e eu vi que aquele cara era eu! Vi que realmente estava muito certo aquele mapa. Até levei para profissionais consultarem e os números batiam. Estava tudo certo. A partir dali comecei essa jornada de autoconhecimento. Como foi a viagem ao Japão? Decidi ir para o Japão, aos 28 anos de idade. Eu já tinha muitos atendimentos, em Guarulhos e em São Paulo. Dava aula também, de Tai Chi, de massagem. E tinha meu Golzinho, única coisa que eu tinha em meu nome. Tive um sonho com meu avô, falando que eu tinha que buscar uma caixinha mágica, com meu primo Bruno. Quando eu acordei, pensei: como o Bruno está no Japão, eu tenho que ir para lá. Já vinha pensando em conhecer o Japão e estudar lá. Entrei em contato com a Toyo Seitai, escola de massagem de Tóquio, e decidi ir. No Japão foi uma história incrível. Fui para passar 60 dias. Vendi o meu Golzinho, que custava o valor do curso. Conversei com alguns amigos sobre a possibilidade de trabalhar lá, como se fosse fazer um bico. Trabalharia 8 horas diárias, tiraria o período para estudar e, com esse trabalho, eu conseguiria me manter no Japão. Logo no primeiro mês, atendi uma pessoa que estava travada da coluna e aquilo me abriu as portas da Sony, 10

E a experiência nos outros países? Fui para a China em 2007. Na época eu atuava muito com atletas profissionais de alta performance de tênis, automobilismo, beisebol... Em 2008 haveriam as Olimpíadas de Beijing. A Universidade de Beijing tem uma escola de tratamento para esportistas com medicina chinesa. Fui fazer especializações em acupuntura, mais voltada para o lado de dores musculares, articulares, a parte fisiológica mesmo. Em 2011 eu fui para a Índia e para o Tibet, em uma cidade chamada Dharamsala, que é considerada o novo Tibet. É para onde Dalai Lama se retirou, de forma pacífica, para evitar conflito e derramamento de sangue quando a China dominou Lhasa. Fui para esse lugar, porque meu trabalho na acupuntura está menos voltado para a parte física e mais para a parte emocional e mental. Eu fui com a Sociedade Brasileira de Psicologia Transpessoal. Embora eu não seja psicólogo, pedi uma autorização ao saudoso professor Léo Matos, que me integrou ao grupo. Passei a eles os conhecimentos que eu tinha de filosofia e medicina oriental e nós fomos estudar psicologia budista e tibetana e um pouquinho de medicina tibetana. Na chegada a esse local, estive próximo ao Dalai Lama. Foi algo incrível! Por que escrever esse livro? Quais são os paradigmas que quebrou na quarta grande pausa que fez na vida? Essa pergunta mexe muito comigo. Eu nunca estive internado na vida. Nunca tinha passado por essa situação, de ficar tão vulnerável. Foi um baita aprendizado. Estava indo muito bem. E quando se está indo bem, você leva aquele puxão de orelhas e acaba sentindo que poderia fazer algo melhor. As pessoas vêm até você, percorrem de 50 a 400 km de distância para vir fazer acupuntura. Essas

pessoas são atendidas. Ficam agradecidas. Elas muitas vezes falaram que eu deveria escrever o que eu dizia ou fazer vídeos no Instagram sobre isso. Só que eu tinha vergonha de falar no vídeo, de me expor. Tinha dúvida de como me sairia diante das câmeras. Quebrei esse paradigma com este livro e a série de vídeos. É um abandono de ego, mesmo. Espero que eu consiga atingir esse objetivo. Não importa se vão criticar, mas sim que eu consiga passar a mensagem para quem realmente quer ouvir. Época de fim de ano desafia o equilíbrio das pessoas. Que dicas você daria para vivermos esse período da melhor forma? Embora nossas vidas sejam ininterruptas, entendo que ao mesmo tempo são cíclicas. O ser humano precisa de ciclos para continuar se “equilibrando” perante os desafios naturais da vida.O dia tem 24 horas para começar um novo dia, assim como a semana tem sete dias para que algo novo comece na segunda-feira, e com o ano também acontece isso. Então, não é bobagem, realmente criar dentro de você uma nova esperança para que algo novo aconteça na sua vida. Porém, esse fechamento de ciclo nos causa muita ansiedade, trazendo uma sensação de que tudo precisa ser resolvido logo, pois o mundo vai acabar! E não vai. É importante, nos momentos de maior agitação, você ter calma, pois isto acontece com tudo na nossa vida. Se você estiver equilibrado, sem se deixar tomar pela euforia externa, você vai enxergar o que os outros não conseguem ver. No Spa mesmo, eu mudei as festas de final de ano, para festa de começo de ano, pois todos já estão descansados, têm muitos assuntos novos, os lugares já não estão tão cheios, e aproveitamos para comemorar o começo de um novo ciclo e não o final. Quem quiser adquirir o livro e os vídeos do Projeto Equilíbrio pode entrar em contato com o Spa: 95258-0001.



OUTUBRO DE 2021 FOI UM MÊS MUITO ESPECIAL PARA A ALIANÇA IMÓVEIS.

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ACONTECEU

Inaugurada a loja X Supermercados no Parque Cecap Por Valdir Carleto Foto: Lucas Carleto

Foi inaugurada em 19 de novembro a sétima loja em Guarulhos, 11a. da rede X Supermercados. Instalada na rua Fortaleza de Minas, 304, no Parque Cecap, ao lado da Vila Barros, tem área de vendas de 2.500 metros quadrados, 25 checkouts (pontos de caixa) e 150 vagas gratuitas de estacionamento. Conta com mais de 20 lojas de apoio (de roupas a acessórios), academia, pet shop, farmácia e praça de alimentação. Desde antes da abertura, foi grande o movimento de pessoas no entorno, em busca de aproveitar as ofertas de inauguração. Durante todo o dia, todos os espaços estavam tomados por consumidores, que se mostravam satisfeitos em contar com mais uma alternativa de compras na região. A rede varejista investiu R$ 28 milhões na loja do Parque Cecap, criando 300 empregos diretos e, segundo o diretor Silvio Alves, se forem contadas as oportunidades

de emprego indiretas, calcula-se em mais de mil as vagas geradas. “A região do Parque Cecap precisava de uma opção de compras deste tamanho. É um dos bairros mais importantes da cidade. Agora os moradores conhecerão de perto o jeito X de trabalhar: com produtos de qualidade e valores mais acessíveis em relação à concorrência”, afirmou Silvio, que lembrou do ga-

nho indireto que a inauguração traz para o bairro. “Quando uma nova loja do X chega, todo o entorno se movimenta e se desenvolve. A instalação de um equipamento como este valoriza a região em vários aspectos, inclusive o imobiliário e em qualidade de vida”, aponta Silvio Alves, que é também o presidente da ACE-Guarulhos (Associação Comercial e Empresarial).

Katia Ura fez oficina em prol de projeto social Em 20 de novembro, a psicóloga Katia Ura, especialista em orientação vocacional, promoveu a oficina “Ritus - o despertar heroico interior”, na Uceg (União Cultural e Esportiva Guarulhense), para ajudar o Lar Nefesh, que desenvolve trabalho social com abrigo institucional. Com o evento, o Lar conseguiu vender panetones e chocotones e arrecadar alimentos não perecíveis para as famílias que atende. “Foi uma tarde repleta de aprendizados, dinâmicas, meditação e uma rica troca com um grupo diverso de jovens e adul14

tos”, disse Katia. A oficina foi interativa e dinâmica sobre os dilemas e conflitos da vida, buscando despertar nos jovens o herói que habita dentro de cada um e a importância do seu despertar para enfrentar os medos e dificuldades que surgem durante o percurso da vida, com coragem, determinação e ética. O @larnefesh ainda está com sua campanha de Natal através da venda de panetones. Para saber mais e contribuir, acessar o site www.larnefesh.org.br ou entrar no Instagram: bit.ly/larnefesh


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ACONTECEU

Colégio Marconi agora é escola de referência Google for Education O Colégio Marconi agora faz parte de um seleto grupo de instituições com o selo “Escolas de Referência Google for Education”, destacando-se hoje como a única da cidade de Guarulhos a poder ostentar esse título. Para se ter uma ideia da grandiosidade dessa conquista, apenas 75 escolas privadas, em todo o Brasil, possuem esse reconhecimento, segundo o Google for Education Brasil, e o Colégio Marconi se destaca por ser uma delas. Com a implantação do Google for Education, recursos e práticas de cultura digital, inovação e tecnologia foram inseridos na rotina dos alunos, professores e de todo ecossistema do colégio, transformando em realidade o conceito do “colégio sem paredes”. A direção informa que o Colégio Marconi investiu e segue investindo em seu parque tecnológico, com destaque para aquisição de chromebooks licenciados com avançadas políticas de segurança e gestão de dados; treinamentos contínuos de 16

formação e programa de certificação para professores - Google Educator (nível 1, nível 2 e trainer) com reconhecimento internacional. Para o mantenedor, Antonio Ardis, conquistar esse selo é mérito de toda a equipe e transmiti-lo aos alunos em formato de conhecimento é uma grande realização. “Sabemos que de uma hora para outra todos tiveram que se adaptar à tecnologia dentro da sala de aula, mas aqui no Colégio Marconi essa realidade já existia. Há anos buscamos referências, inclusive internacionais, para oferecer o melhor. Hoje, nossos alunos usufruem do que há de mais moderno no âmbito tecnológico. Eles têm acesso às ferramentas interativas, colaborativas e eficazes, que agregam ainda mais valor ao conhecimento”, afirma. Ainda segundo o mantenedor, outro diferencial está na prática Lifelong learning - termo inglês que, em tradução livre, significa “aprendizado ao longo da vida”, ou seja, o Marconi adotou a cultura tecnológica para todos: alunos, desde as

séries iniciais, e colaboradores. E dentro dessa prática, a equipe recebe treinamentos específicos sobre as ferramentas do pacote Google Workspace for Education, para que o dia a dia de trabalho seja mais produtivo. Com isso, os alunos ganharam aulas mais dinâmicas e colaborativas. Há, ainda, o projeto “Aluno Tutor”, que possibilita conhecimentos de cultura digital, educação midiática e influência digital, aumentando a participação e autonomia nos projetos, dentro e fora de sala de aula. Toda a trajetória, desde o início, contou com a parceria da Inicie Educação, “edtech” especialista no assunto, com destaque na América Latina, que fomenta e fortalece a inserção da cultura e pensamento digital no colégio. A direção afirma que tudo isso faz parte da proposta pedagógica diferenciada do Colégio: Uma instituição que não para de crescer e de se reiventar. E as novidades não param. Para 2022 o colégio iniciará as atividades makers.



onômica

Obrigado à cidade e a todos seus cidadãos pelo carinho de vocês, por esta conquista alcançada pela Moto Shop Guarulhos

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Nossos agradecimentos a esta cidade que nos recebeu de braços abertos desde 1996, quando inauguramos nossa primeira concessionária Yamaha em Guarulhos. Neste mês também comemoramos nosso aniversário

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PARABÉNS, GUARULHOS, PELO SEU ANIVERSÁRIO!

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ACONTECEU

Loja de 9.500 m² da Leroy Merlin prevê gerar 500 empregos em Guarulhos Por Valdir Carleto Foto: Divulgação

O prefeito de Guarulhos, Guti, recebeu em 22 de novembro, Renato Augusto Coltro, diretor de Desenvolvimento, Expansão e Relações Institucionais da Leroy Merlin, uma das maiores redes de varejo do Brasil, focada em melhorias para o lar, que irá inaugurar uma unidade na cidade no início do segundo semestre de 2022. O novo empreendimento, que terá área construída de 9.500 metros quadrados, devegerar cerca de 500 empregos diretos e indiretos. Na visita, Coltro estava acompanhado do advogado José Gonçalves Ribeiro, um dos proprietários da área. Já na fase da obra, que deve ter início nas próximas semanas, mais de 200 operários irão trabalhar. A unidade será construída no terreno da antiga Liquigás, ao lado da rodovia Presidente Dutra, no acesso a Guarulhos pela avenida Aniello Pratici, e deve figurar como uma das mais importantes do grupo Leroy Merlin no Brasil, segundo informou Renato Coltro. Essa será a 46° loja da marca no companhia no país, e vem com a intenção de oferecer aos clientes um catálogo completo de produtos e serviços de construção, decoração, acabamento, jardinagem e bricolagem. Contará com mais de 25 mil artigos divididos em 15 setores: materiais de construção, madeiras, elétrica, ferramentas, cerâmica, sanitários, 20

encanamentos, jardim, ferragens, organização, pintura, decoração, pisos laminados e vinílicos, iluminação e cozinhas. A loja terá uma novidade exclusiva: espaço projeto e coworking, onde os profissionais: engenheiros, arquitetos e decoradores (EAD) poderão atender seus clientes e trabalhar de dentro da unidade. Ela também contará com espaço de bricolagem – destinado a cursos e workshops voltados à prática e aprendizagem de “Faça você mesmo”, para todos os públicos –, e o projeto Comunidades, que promove a troca de experiências entre clientes e colaboradores. De acordo com o executivo, Guarulhos é um polo comercial muito importante e a abertura estava nos Prefeito Guti recebe diretor do grupo e proprietário do imóvel em seu gabinete

Área na entrada de Guarulhos, onde será o novo empreendimento da rede

planos da companhia há muitos anos. “Com essa abertura, na região metropolitana de São Paulo, esperamos movimentar a economia, gerar empregos e trazer nossos produtos, serviços e soluções para o lar à população da região”, conta. Quanto a serviços, a Leroy Merlin em Guarulhos contará com entregas em domicílio, atendimento agendado, programa de fidelidade, serviços de instalação e cartão Celebre! – cartão de crédito da marca. Terá ainda o tradicional Drive-Thru da Construção e o Clique-Retire e Locker: pequenos e médios volumes ficam guardados em um armário e o cliente recebe pelo celular um código para destravar a porta e retirá-los, sem a necessidade de interação com atendentes.


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[ SAÚDE]

Clínica Brunet, promovendo qualidade de vida

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clínica Brunet oferece tratamentos inovadores para promover qualidade de vida de mulheres e homens. Conta em seu corpo clínico com os médicos Alberto Brunet, Jorge Brunet e Giovana M. Quiterio Brunet, ginecologistas e Ricardo Dotto, urologista. Dentre os tratamentos oferecidos, o Emsella vem conquistando cada vez mais adeptos. Único aparelho aprovado pelo FDA para tratamento de incontinência urinária, promove os resultados esperados em 95% dos casos, em curto espaço de tempo, de maneira indolor e rápida. Indicado para mulheres no tratamento e prevenção da perda de urina em qualquer idade e para reabilitação pélvica pré-gestação e pós-parto. Para os homens, indicado após cirurgia de próstata, pois a estrutura pélvica é comprometida e a incontinência urinária e a disfunção erétil podem ocorrer. São indicadas seis sessões de 28 minutos, sendo duas sessões por semana, durante três semanas. “Perder urina não é normal, em nenhuma situação e nenhuma quantidade. Não podemos permitir que essa condição atrapalhe o dia a dia. As pessoas não devem se privar de sair ou viajar. Precisam saber que existe tratamento”, comenta Giovana. Ela relata que, nesse primeiro ano do Emsella na clínica Brunet, houve muitas histórias, muitos finais felizes. Conta a respeito de uma mulher de 62 anos que não viajava mais para a casa do filho no interior e pôde voltar a fazê-lo normalmente. Outra situação é de um homem de 64 anos, que fez cirurgia de próstata por um câncer e que desenvolveu incontinência urinária após, obtendo também solução. Houve ainda resultado positivo para uma mulher que, após o parto normal, apresentou lesão dos músculos perineais. “E temos várias pacientes que optaram pela prevenção, pelo fortalecimento da musculatura pélvica que, com o tempo e a idade, vão enfraquecendo, culminando na incontinência urinaria. Promover qualidade de vida. Essa é a nossa missão”, complementa.

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Em breve vamos encontrar os guarulhenses em novo espaço, centralizado e acolhedor. Tudo para dar à vida mais leveza, qualidade e facilidade.

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8 DE DEZEMBRO - DIA DA JUSTÇA

Que a justiça prevaleça sempre. Feliz Dia da Justiça! Guarulhos comemora o seu aniversário de fundação na mesma data em que se celebra o Dia da Justiça. A data é consagrada a Nossa Senhora da Conceição e faz referência ao dia da concepção de Maria, a mãe de Jesus. Celebrado desde 1940, o Dia da Justiça foi oficializado em 9 de agosto de 1951, por meio do artigo 5º do Decreto de Lei nº 1.408/51.

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Significativa, a data visa a enaltecer os operadores do Direito e todos que lutam pela democracia, igualdade de direitos e o cumprimento dos deveres. Estão de parabéns todos os guarulhenses que colaboram para o desenvolvimento da cidade e, em especial, os que se dedicam de forma honrada à área do Direito, tendo por ideal e princípio a defesa da Justiça.


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“COM A LEI, PELA LEI, POIS FORA DA LEI NÃO HÁ SOLUÇÃO” Rua Marcelino Petito, nº 231, Vila Carioca, Guarulhos - SP - CEP 07083-010

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Vereadora Márcia Taschetti propõe prontuário eletrônico na rede de Saúde Com o objetivo de otimizar, qualificar e melhorar o atendimento nas unidades de saúde de Guarulhos, a vereadora Marcia Taschetti apresentou o Projeto de Lei n° 1290/21, visando implementar um sistema unificado de prontuário eletrônico para que médicos, agentes de saúde, e outros membros do atendimento básico de saúde, possam ter acesso a todo o histórico médico dos pacientes. O acesso ao histórico deverá acelerar a identificação de doenças em caso de urgências e emergências, facilitar o atendimento básico de saúde, a troca de medicamentos e receituários, além de agilizar a busca de fichas e o armazenamento de dados. A tecnologia já é aliada em outras cidades do Brasil, que facilitam o atendimento dos munícipes por meio de projetos semelhantes, que já fazem toda diferença, como destaca o secretário de saúde de Vila Velha-ES, Jarbas Ribeiro de Assis Júnior. “Nós estamos dando um salto de qualidade com a informatização da saúde, para ter maior eficiência e

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humanização no atendimento aos usuários do SUS em Vila Velha”. Em Guarulhos, a proposta já foi aprovada pelas comissões e segue para votação do plenário da Câmara Municipal; depois de aprovada em segunda votação, irá para sanção do prefeito. A vereadora ressalta a importância do prontuário eletrônico na vida dos pacientes e no trabalho dos funcionários da saúde: “Por meio da tecnologia, o prontuário de todos os pacientes de nossa

cidade estará literalmente nas palmas das mãos, o médico terá acesso à vida do paciente com um clique. Isso vai salvar vidas”. Marcia Taschetti tem inúmeros projetos ligados à saúde, bandeira pela qual ela vem se destacando em Guarulhos. Suas blitze em hospitais e unidades de saúde evidenciam as debilidades da saúde do município, e por meio dessa atuação a população sente-se representada e acolhida, pois em ampla maioria das vezes a vereadora consegue ajudar a solucionar os problemas. A vereadora apresentou diversos outros projetos na Câmara Municipal, com intuito de melhorar a saúde na cidade. “Com o olhar de perto, com o contato com a população e com os servidores, podemos ver as dores e buscar a encontrar soluções. Foi assim que o projeto dos prontuários surgiu, e é assim que meu trabalho irá continuar”, disse a vereadora Marcia Taschetti. Contatos com a vereadora: @camaraguarulhos.sp.gov.br Gabinete Móvel 11 94444-2951


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Histórias que o povo conta Por Valdir Carleto

Em início de carreira, o apresentador e empresário Sílvio Santos mantinha em seu programa de rádio um quadro denominado “Histórias que o povo conta”, com relatos inusitados enviados pelos ouvintes, na maioria das vezes versando sobre temas sobrenaturais, casos envolvendo fantasmas e aparições assustadoras. O título desta edição é inspirado naquele quadro, porém mostrando relatos de pessoas residen-

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tes em Guarulhos há décadas e baseados em situações que viveram efetivamente, comparando a vida na cidade naquela época com a atual e comentando sobre o que mais sentem falta dos tempos anteriormente vividos. A sugestão partiu do empresário Almir Nogueira Júnior, que, junto com seus irmãos Alexandre e Sandro, atuou na cidade com a saudosa rede de locadoras Roma Vídeo. Cogitou que ouvíssemos sua mãe, Terezinha Damato Nogueira,

e sua tia Adelina Abrunhosa. Ideia prontamente aceita, passamos a entrevistar diversas outras pessoas que pudessem transmitir histórias interessantes, comemorando de uma forma diferente o aniversário de Guarulhos, que completa neste 8 de dezembro, 461 anos a contar de sua fundação, em 1560. Que possamos juntos, com as reminiscências do passado, os legados que adquirimos e as tecnologias disponíveis, fazer de Guarulhos uma cidade melhor para todos.


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Historiador sente saudades do sossego da cidade Por Valdir Carleto

O professor, advogado, escritor e historiador Silvio Ribeiro, membro da Academia Guarulhense de Letras (AGL), enumera fatores que faziam de Guarulhos até um passado nem tão distante uma cidade pacata, bem diferente da dos dias atuais. A data de nascimento oficial de fundação, em 1560, é definida como 8 de dezembro, quando o padre jesuíta Manoel de Paiva rezou a primeira missa dedicada a Nossa Ssenhora da Conceição, sendo por isso considerado fundador. Já no Hino a Guarulhos, por exemplo, a autora Nicolina Bispo faz referência ao também jesuíta João Álvares, o que gera controvérsias. “Em termos de progresso, Gua-

Primeiro fórum de Guarulhos funcionou no casarão da esquina das ruas Felício Marcondes e Sete de Setembro

rulhos teve uma dormência de aproximadamente 350 anos. Ainda nos anos 1940, o centro de Guarulhos era muito simples, com suas ruas centrais sem calçamento, em pura terra batida. A partir do início dos anos 1950, houve uma verdadeira explosão industrial e populacional, com crescente atividade imobiliária, comercial e outros tipos de serventias. A construção da rodovia Presidente Dutra e logo a seguir da rodovia Fernão Dias facilitou a arrancada do desenvolvimento local”, diz. Ele menciona características antigas que, em seu entendimento, deveriam vigorar nos dias atuais: o respeito, o carinho, o trato entre si, que havia entre as pessoas em suas relações.

ARQUIVO PESSOAL

Estação de Gopoúva do trem da Cantareira que servia Guarulhos 34

Guarulhos não tinha locais atrativos para diversão e lazer. Até início dos anos 1950, se dispunha apenas da rua D. Pedro II – antes denominada rua Direita –, para encontros de todo tipo; e um só cinema – o República, no Centro. Silvio considera que a construção da praça Getúlio Vargas, a partir de 1952, aproveitando onde o local do Clube Paulista de Guarulhos F.C., que foi desapropriado, houve um avanço no lazer central. “Contudo, não havia transtornos que exigissem a presença policial. “Havia apenas um delegado e pouco meia dúzia de policiais civis e praticamente a mesma quantidade de integrantes da Força Pública, cujo comando girava em torno de um capitão, para atender Guarulhos em sua totalidade”, conta. Os raros casos de delinquência exagerada resumiam-se em alterações insignificantes. Ribeiro menciona o saudoso escritor e editorialista João Ranali, que foi delegado de Polícia na época e um dos fundadores da AGL, segundo o qual passavam-se dias e meses sem haver um caso que exigisse providências policiais. “Era comum algum bêbado fazer escândalo. Então, ele era conduzido à delegacia, colocado no cela e aí passava a noite. No dia seguinte, ele era obrigado a lavar a cela, varrer a delegacia, acomodar


Guarulhos Comarca Até 1956, Guarulhos era considerada uma simples cidadezinha de interior, dependente juridicamente da Capital, São Paulo. Com a instalação da Comarca, em 1956, o município passou a ter vida própria, sendo desligado da Capital, passando a contar com juiz togado e um promotor público e, a partir daí, tudo passou a ser resolvido no município, ficando totalmente desligado da Capital. Desde então, as causas judiciais, bem como as cartorárias (registros, escrituras, etc.), começaram a ser resolvidas em Guarulhos. A partir da metade dos anos 1960, e acentuando-se nas décadas seguintes, houve o aumento desenfreado da população guarulhense. “Inegável que houve enorme progresso em todos os setores da atividade humana. Porém, como costuma acontecer, o progresso é um tanto desumano, tornando quase intolerável a convivência humana, difícil de se viver de forma saudável em ambientes que anteriormente eram tranquilos”, filosofa. O professor cita a criação da Região Metropolitana da Capital, com a inclusão de Guarulhos entre os 39 municípios que integram a Grande São Paulo. Ele lamenta que, devido à imensa densidade demográfica de Guarulhos, a cidade não consegue atender adequadamente sua população, principalmente em termos de equipamentos de saúde, nem gerar empregos para todos. Promessas não cumpridas “Todo município brasileiro que se preza detém em sua historiografia, principalmente no que se refere aos primeiros moradores, seus patrimônios históricos, pessoas e famílias que ajudaram no desenvolvimento, para orgulho de quem nela vive. “Já Guarulhos

Em 1956, Guarulhos passou a Comarca e a ter vida própria muito pouco ou quase nada prima por essa cultura. A começar pela má conservação das praças. Faltam locais onde crianças e famílias pudessem passar algumas horas respirando o frescor de árvores e flores livremente, tudo com total segurança, embora não se possa atribuir toda responsabilidade ao poder público, já que muitas vezes o povo também não colabora na conservação do que é de todos”, comenta. Apesar da ressalva à falta de colaboração da população, enumera promessas de políticos, que nunca foram cumpridas, mesmo previstas em leis. Uma delas refere-se à Lei 2789/83, alterada pela Lei n. 3.094/86, que autoriza a Prefeitura a construir e inaugurar no dia 08 de dezembro de 1986 uma estátua em bronze, tamanho natural, a ser fixada na praça Tereza Cristina, ao lado da Igreja Matriz (Catedral), sobre uma base de granito, e uma placa em homenagem ao fundador de Guarulhos, jesuíta Manuel de Paiva. “Nunca foi providenciada”, critica. Outro exemplo que nunca saiu do papel é a Lei n. 2.9034/1984, que criou a Pinacoteca Municipal de Guarulhos, autorizando o Executivo a regulamentar a mesma, a qual se desti-

naria a acolher obras doadas por guarulhenses. Família Silvio Ribeiro chegou a Guarulhos, vindo no trem da Cantareira, há 74 anos. Contava com sete anos de idade. “Desembarcamos em Gopoúva, vindo a morar nas proximidades dessa minha querida estação, onde vivi muitos anos. O local era desabitado, não havia ainda o bairro Jardim Tranquilidade; ali era um extenso campo com partes alagadas, lagoas, onde cheguei a pescar muitos lambaris. Ao redor da estação, havia apenas meia dúzia de casas e um pequeno armazém do Sr. Zarzur, onde havia de tudo um pouco”, relembra. Seu pai foi Jaime Ribeiro. Havia comprado um terreno no Jardim Gopoúva, atrás da estação, e nele construiu uma singela moradia. Era subtenente do Corpo de Bombeiros em São Paulo (na praça Clovis Bevilacqua), onde aposentou-se no posto de capitão. Sua mãe foi dona Antonia Silveira Ribeiro. Era do lar, mas também parteira prática, o que a tornou muito conhecida. Muitas parturientes nem podiam pagar a pequena quantia devida pelo seu trabalho, o que fazia com que grande maioria fosse atendida gratuitamente. Ela ainda conseguia roupas para os recém-nascidos das mães carentes e até alimentos para as mais necessitadas. Por isso, acabou sendo madrinha de batismo de muitos bebês. Por onde passava, ouvia “A bênção, madrinha!”. Silvio menciona que muitas vezes ele ia levar os donativos às famílias. Por entender muito sobre essa atividade humana, mamãe era respeitada pelos raros médicos que havia em Guarulhos na época, dentre eles Dácio Montans, um dos fundadores do Hospital Carlos Chagas e o Dr. Nogueira. Eles a ajudavam nos partos mais difíceis. Silvio Ribeiro casou-se com a contadora Dirceu Pompeu; o casal teve dois filhos, que lhes deram duas netas e um neto. 35

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o lixo e depois era solto. Essa era a pena imposta por ter perturbado a ordem legal”, relata.


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Os pais, Lino e Helena

As relações familiares e lembranças de Adelina Abrunhosa Por Valdir Carleto Foto: Arquivo pessoal

Saudade de tudo um pouco resume as memórias que Adelina Nogueira Abrunhosa revela em entrevista à RG. Irmã do conhecido e saudoso contabilista Almir Nogueira, ela é viúva do comerciante Heraldo Abrunhosa, que foi sócio de Romeu Silingarde e de Raul Possenti no lendário bar Ponto Chic e também das lojas multimarcas de veículos, que levavam o sobrenome da família e marcaram época por algumas décadas na cidade em vários endereços, depois também em São Paulo. Adelina conta que seu avô tinha ótimo relacionamento com a direção dos Correios em São Paulo e lhe foi pedido que indicasse alguém para assumir a agência do serviço em Guarulhos, que estava sendo inaugurada. Ele indicou a própria filha, Helena da Silva, mãe de Adelina e casada com o agente fiscal

O filho Lallo e os sobrinhos Nande e Almir Jr. 36

de higiene Lino Antonio Nogueira, que também foi vereador em Guarulhos e denomina avenida paralela à via Dutra, na entrada da cidade. O casal morava no Belenzinho e, como estava cansativo o deslocamento diário de Helena para Guarulhos para trabalhar no Correio, Lino pediu ao então chefe local da Saúde, o médico Roble Teixeira de Aquino, que fosse transferido para Guarulhos. Atendido o pleito, o casal alugou uma casa na rua Siqueira Campos. A jovem Adelina, acostumada no bairro paulistano, não se conformava com a mudança e começou a ficar com febre, cuja causa não era descoberta, até que se concluiu que era apenas tristeza, pois ela não tinha companhias na cidade. O irmão Almir estava estudando em seminário, pois dizia desejar ser padre. Consequência: os pais voltaram a morar no Belenzinho. Tempos depois, a mãe começou a trazê-la consigo para o trabalho e ela, quando tinha 15 anos, acabou fazendo amizade com outras moças, muitas das quais frequentavam o Correio, porque namoravam por correspondência, o que era habitual na época. Adelina conta que junto com outras jovens participou da filmagem do filme “Sinhá Moça”, com Anselmo Duarte, na praça IV Centenário. Graças às amizades que fez, começou a frequentar o Clube Recreativo e acabou se acostumando com Guarulhos, para onde a família mudou e onde fincou raízes para sempre. Os Correios precisaram de uma pessoa para dividir as tarefas de Helena, que sugeriu o nome de Adelina, o que foi aceito pela direção. A mãe trabalhava de manhã e ela à tarde. Durante alguns meses, atuou

na instalação da agência da avenida Emílio Ribas, no Jardim Tranquilidade, para onde ia de trem. “Doces lembranças”, suspira. Indagada sobre o comentado “footing”, paquera que consistia em rapazes andando pela rua D. Pedro II, entre a Igreja Matriz e a rua Luiz Gama, em um sentido e as moças no sentido inverso, ela confirma que isso era um hábito e que as meninas comentavam entre si quais eram os meninos com quem deseja-

riam namorar. “A rua tinha poucos comércios, eram quase só residências. No fim da tarde, o Sr. Pedrinho passava acendendo as luzes da rua”, relembra. Depois que foi criado o bar Ponto Chic, era em frente ao estabelecimento que os rapazes se concentravam, enquanto as jovens passavam de um lado para o outro para serem observadas. Adelina casou-se em 1960 e Heraldo preferiu que ela deixasse o trabalho, após nove anos na autarquia. O marido faleceu em 2006 e casal teve três filhos: Kátia, Heraldo Jr., conhecido como Lallo, e a temporã Vanessa.


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A criação dos filhos é o grande legado de Terezinha Por Valdir Carleto Foto: Arquivo pessoal

Terezinha Damato Nogueira morava em Santo Amaro, em São Paulo, mas quis o destino que ela viesse a conhecer seu futuro marido em um baile em Guarulhos. Era o ano de 1960, ela trabalhava na Esso. Almir Nogueira era contador na tecelagem Carbonell. Casaram-se em 1962. O pai dele, Lino Antonio Nogueira, foi vereador em Guarulhos, no início da década de 1960. O período que ela mais gostou da cidade foi até 1985, pois todos se conheciam, as famílias se encontravam, amigos muito unidos, frequentavam-se mutuamente, em almoços e jantares. Ela recorda dos bailes no Clube dos Bancários, onde muitos romances tiveram início. Outra lembrança é das comemorações pela conquista do tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira, em 1970. “Uma época muito boa, da qual me lembro com muita saudade e nostalgia”, diz. Fatos marcantes em sua vida foram os nascimentos dos três filhos: Almir Júnior, Alexandre (Nande) e Sandro. Eles iniciaram os estudos no Colégio Claretiano. O marido, depois de formar-se em Ciências Contábeis, cursou Administração de Empresas e em Direito. Criados os filhos, o casal buscou aproveitar o que a cidade oferecia em termos de diversão e convívio. Porém, chegou um momento em que os dois resolveram separar-se. Terezinha assumiu para si a tarefa de criar os filhos “em voo solo”. Direcionou seu foco somente para os filhos, não voltando a se casar. 38

Seus esforços valeram muito, pois os três foram bem encaminhados e obtiveram êxito em tudo que se propuseram a fazer. Juntos, seus filhos fizeram história com a Roma Vídeo, que iniciou com uma loja, na avenida Paulo Faccini, cresceu, virou uma rede e representou na época uma das principais vídeolocadoras do país. Almir Júnior empreende com a DMA – Damato Marketing Automotivo, com a qual mobilizar centenas de pessoas auxiliando concessionárias de veículos a conseguir expressivos resultados de vendas. Nande, depois de atuar com uma pizzaria no local onde o Roma Vídeo começou, mudou-se com a família para os Estados Unidos. Depois de

participar no escritório de contabilidade do pai, que faleceu, em 2009, Sandro formou-se em Direito, especializou-se na área de proteção de dados, tema sobre o qual tem livros publicados. Cuida do Jurídico da DMA e contribui esporadicamente com as atividades. Terezinha se sente com a missão cumprida. “Eu sempre quis ter uma filha menina. Deus não permitiu, mas para me compensar, vieram logo cinco netas. Aí, minha história ficou completa”, conclui.


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A tecnologia revelando a Guarulhos antiga Em 2012, Sidney de Paula teve ideia de criar uma página no Facebook para que as pessoas pudessem postar fotos antigas de Guarulhos. Nascido e criado em Guarulhos, Sidney sempre se interessou pela história da cidade, tornando-se pesquisador e historiador por paixão. Suas buscas pelo passado guarulhense remontam a 1850 e ele encontrou na rede social uma forma de ajudar a manter viva a história de Guarulhos, após colecionar muitas fotografias de tempos passados da cidade. Não teve dúvidas ao escolher o nome: fundou o Grupo Guarulhos Antiga. A página conquistou muitos adeptos e cresce continuamente, contando já com mais de 20 mil membros e um acervo de quase 30 mil fotos da cidade, bem como textos e relatos de moradores, pessoas que viveram em Guarulhos ou têm estreita relação com o município. Sidney afirma ter como lema “O homem que não conhece seu passado não escreve o seu futuro”. Para participar do grupo, são regras básicas: ter algum vínculo com a cidade e as fotografias não podem ser postadas com finalidade político-eleitoral, nem para vender alguma coisa. Alguns encontros anuais foram promovidos, reunindo seguidores. A pandemia impediu que outros fossem realizados. Mas, estão ansiosos por novas oportunidades. O interesse de Sidney pelas coisas antigas de Guarulhos foi despertado pela música “Trem das onze”, de Adoniran Barbosa, imortalizada pelos Demônios da Garoa. Sidney apurou que o tal trem era o que vinha para Guarulhos e que as onze horas a que compositor se 40

Encontro do grupo Guarulhos Antiga, no Clube Recreativo referia era o horário em que o último trem ia de volta da Base Aérea para São Paulo, pois Adoniran costumava vir a Guarulhos para beber com amigos e encontrar uma namorada. Sidney comenta que onde é a chamada Casa Amarela, na praça Prefeito Paschoal Thomeu, parte da antiga IV Centenário, funcionava a estação de Guarulhos e um

bar chamado Recreio Guarulhos, frequentado por Adoniran. Em suas pesquisas, ficou sabendo de muitas histórias pitorescas, geralmente contadas por pessoas idosas. Conta-se que D. Pedro II passou algumas vezes por Guarulhos, chegando a pernoitar na cidade. Uns falavam de um fogo que aparecia na praça IV Centenário; outros que no ginásio estadual

Por incrível que pareça, é a rua D. Pedro II, antiga rua Direita


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Capistrano armários apareciam abertos, um piano tocava sozinho e luzes acendiam e apagavam constantemente, fenômenos atribuídos ao fato de haver sepulturas na parte debaixo da construção da escola. Sidney faz reparos a alguns dados conhecidos: afirma que a Igreja de N. Sra. dos Homens Pretos, demolida em 1930, não ficava onde foi assinalado no piso do calçadão da rua D. Pedro II, mas perto dali, à frente de onde está uma loja do Magazine Luíza.

Última viagem da linha férrea de Guarulhos, em 31 de maio de 1965

Nicinha guarda lembranças de sua infância Eunice Aparecida Silva dos Santos veio para Guarulhos com 5 anos de idade. É conhecida nas redes sociais como Eunice Nicinha, forma carinhosa como as pessoas costumam chamá-la. Participativa e animada, recebeu com alegria a proposta de Sidney para ajudar na administração da página Guarulhos Antiga. Sobre a época em que veio para Guarulhos, conta que um misto de pesar e esperança permeava os corações de seus familiares naquele 12 de agosto de 1964. “Deixamos nossa terra boa e produtiva rumo ao desconhecido. Eu olhava assustada para a várzea onde descemos e pensava ‘Aqui que é Guarulhos?’. Meu pai não olhou pra trás, não lamentou por deixar nossa terra para a Hidroelétrica de Furnas, mas foi avante com o apoio da nossa mamãe e começando do zero, tudo de novo aos 49 anos! A promessa de receber indenização pela área não se cumpriu, porque

falsificou a assinatura de meu pai e recebeu indevidamente no lugar dele”, relata. Segundo Nicinha, seu pai era um comerciante que doava alimentos para quem não podia pagar. Como eram tempos difíceis, ajudou a matar a fome de muitos. Além dessa característica caridosa do pai, ela se lembra da figura de Waldomiro Pompêo, dono de uma serraria perto da via Dutra, onde sua mãe buscava serragem para usar no fogão. Ele veio a ser prefeito da cidade por duas vezes e até hoje é lembrado de forma positiva. Ela cita também com saudade do chafariz da praça Getúlio Vargas, cita um descarrilhamento que foi muito comentado e a última viagem do trem que servia à cidade. Eunice trabalhou na Prefeitura por 30 anos, 13 dos quais como chefe da Divisão de Compras, na área da Saúde. “Eu me aposentei na UBS Cavadas, como sempre desejei”, conclui.

Eunice, no primeiro comércio da família, na rua Mineira 41


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Sérgio Riganelli postou 2 mil fotos Por Valdir Carleto Foto: Arquivo pessoal

Com intensa participação na página Guarulhos Antiga, Sergio Riganelli foi convidado por Sidney de Paula para ser um dos administradores da rede social, junto com Eunice Silva Santos, a Nicinha. Calcula-se que nada menos de 2 mil fotos do acerto da página tenham sido postadas por Sergio. Ele reside em Guarulhos desde que nasceu, em 1960, inicialmente na avenida Monteiro Lobato esquina com rua Luiz Faccini, onde seu pai tinha uma oficina de rádios e outros aparelhos, vizinha a uma lavanderia. Ali posteriormente foi construído um prédio que abrigou o INSS e, por um tempo, a OAB. Em 1966, mudaram-se para o Taboão, onde existe o Cemité-

A obra da avenida Paulo Faccini, parada em um sentido...

... e no outro

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rio Primaveras I. Em 1968, foram para uma casinha, numa chácara, na rua Itaverava, região central, onde é hoje uma agência do Banco Itaú, até que seu pai comprou um sobrado vizinho, proximidades com o córrego dos Cubas. Porém, quando a Prefeitura foi abrir a avenida Paulo Faccini, surgiu um impasse, porque o sobrado e outras casas impediam a construção. Fotos mostram a obra parada em um sentido e no outro, pois os proprietários recusavam a indenização que se pretendia pagar. Por fim, a questão judicial foi resolvida em favor da Prefeitura e a família teve de deixar o imóvel, que foi demolido. Os Riganelli estavam entre os últimos a se mudar para dar lugar às duas pistas dessa que se transformou em uma das vias públicas mais importantes da cidade.

Sergio com 12 anos, ao lado da mãe, Lúcia, e do irmão Cláudio Local onde ficava o sobrado


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A atuação sindical de Walter dos Santos Por Valdir Carleto Fotos: Divulgação

A história do Sindicato dos Comerciários de Guarulhos e Região se confunde com a de seu presidente, Walter dos Santos, que está há mais de 50 anos à frente da entidade, fundada em janeiro de 1964, pouco antes de eclodir a revolução militar. Se não tivesse sido aprovada a criação logo no início do ano, pelo Ministério do Trabalho, fatalmente não teria sido possível se fosse depois de 31 de março. A fundação do Sindicato dos Comerciários surgiu por necessidade da categoria e pelo empenho de um grupo que não mediu esforços até conseguir seu objetivo. Uma fase dessa jornada foi a criação da Associação Profissional dos Empregados no Comércio de Guarulhos, que teve como presidente Júlio Augusto Soave. Consta que, da fundação da associação provisória ao reconhecimento do Sincomerciários, foram 14 meses de luta organizativa e de enfrentamento com setores contrários à organização da categoria. Nos primeiros anos, Walter não fazia parte da diretoria do Sindicato. Ele conta como passou a participar: “Eram poucos que queriam exercer cargos nos sindicatos, por causa do Regime Militar. As pessoas tinham medo de assumir posições. Como eu

Conjunto de piscinas da sede campestre

escrevia a máquina, fui nomeado secretário em 1966.” Conquistas Ao longo dos 57 anos de existência, o Sincomerciários registra inúmeras conquistas. Em 1976, inaugurou uma sede, na rua XV de Novembro. Vinte anos depois, a sede própria, na rua Morvan Figueiredo, e, também, a sede campestre, em Santa Isabel. em 2003, o pesqueiro, ao lado da sede campestre Além da estruturação da entidade, Walter enumera conquistas no campo dos direitos trabalhistas: “Cada campanha salarial é uma batalha, porque não é fácil negociar, debater, com um número tão grande de patrões. Mesmo assim, nosso Sindicato pode se orgulhar de conseguir, ano após ano, obter os melhores reajustes da categoria, além de garantir outros direitos, servindo de modelo para entidades de outras cidades e até de outros estados”, comenta. Um pesadelo para a classe trabalhadora, nas palavras do presidente é que as novas tecnologias no setor industrial expulsam força de trabalho, aumentando o exército de desempregados. Uma parte é absorvida nos setores de comércio e serviços, na maioria das vezes recebendo salários menores. Internet vilã Passa o tempo e as novidades ameaçam também o emprego dos comerciários, substituídos pelas vendas via internet, acarretando um volume imenso de lixo das embalagens, que acabam entulhando os aterros sanitários, pois nem todas as famílias têm consciência

para separar e dar destino correto ao que é reciclável. É inevitável que Walter compare com o passado: “No período das casas de secos e molhados, os fregueses levavam suas embalagens para trazer as compras e os produtos eram vendidos a granel. Não se gastava quase nada com embalagens e o meio ambiente não era tão castigado. E o comerciário não era substituído por computadores”, desabafa. De acordo com Walter dos Santos, o único caminho a seguir é ter consciência coletiva, organização nos locais de trabalho e mobilização social. “A diretoria do Sindicato não tem poder para resolver, sozinha, todos os problemas da categoria. Precisa da participação organizada dos comerciários. O Sindicato é uma ferramenta. Os comerciários são o motor capaz de movimentar o comércio e mudar os rumos da história da categoria”, afirma.

Período de Natal no início dos anos 1980 43


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Walter Fuso viveu no Cecap seu melhor tempo Por Valdir Carleto Fotos: Arquivo pessoal

Segundo morador a mudar-se, em 1974, para o Condomínio Paraná, no Parque Cecap, Walter Fuso fez história no conjunto residencial. Foi síndico de seu condomínio por muitos anos e um dos fundadores do Conselho Comunitário, o clube do Cecap, do qual foi presidente por vários mandatos, tendo exercido funções também nos conselhos Deliberativo e Fiscal. Ele conta que quando foi morar no Condomínio Paraná acompanhou conflitos com jovens do Condomínio São Paulo, que foi o primeiro a ser povoado, em 1972. “Talvez por ciúme de quem estava chegando pra morar no bairro; sei lá quais motivos...”, comenta. Porém, graças a alguns abnegados do SP, a paz foi selada. Cita alguns nomes

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desses pacificadores, com receio de esquecer de algum e justificada saudade, pois todos já são falecidos: Hercílio Rossini, Oswaldo Eufrásio, Jamir Temer, Paulo Carrilho, João Rosa de Pinho e Júlio Travassos. Lembra-se que, no começo, os moradores serviam-se de barracas que vendiam gêneros alimentícios essenciais e até leite fresco, produzido por vacas que eram criadas nas imediações. Aos poucos, outros condomínios foram sendo construídos, a população se organizando e conquistando melhorias, com muito sacrifício. Conta que o Conselho Comunitário teve a primeira sede na pequena casa ao lado do campo de futebol, apelidado de Panelão, atrás dos condomínios Paraná e Rio Grande do Sul, porque o clube construído pela Secretaria estadual de Promoção Social nunca era inaugurado. Depois de muito esperar providências, formaram um grupo de umas 30 pessoas, quebraram os cadeados e encontraram, prontos para uso, o belo ginásio de esportes, uma piscina semi-olímpica e outra infantil. Mais algum tempo e, com apoio dos próprios frequentadores, foram feitas novas construções e melhorias. A entidade, representando a população, sediou importantes eventos, jogos, shows com artistas famosos e encabeçou campanhas pelo atendimento de diversas reivindicações para o bairro.

Por algum tempo, Fuso foi assessor do vereador Geraldo Celestino, procurando contribuir com a cidade de alguma forma, porque entende que Guarulhos cresceu muito sem planejamento. Mudou-se do Cecap por razões de saúde, para residir em casa térrea e posteriormente no litoral, “mas com o coração apertado”. Ainda assim, continuou a frequentar o conjunto, por ter ainda ali muitas amizades. “Passei no Parque Cecap os melhores anos da minha vida; tenho muita saudade”, sintetiza.


Por Jônatas Ferreira Fotos: Arquivo pessoal

O casamento com João Freitas e o casal com as quatro filhas; abaixo, desfile das “domadoras” do Lions Clube, na avenida Paulo Faccini

CAPA

Uma das primeiras formações da Banda Lira de Guarulhos

Isaíra Testae Freitas e sua forte ligação com Guarulhos A história de Isaíra Testae Freitas, 84, se mistura um tanto com a da cidade. Nascida em Guarulhos, em 1937, faz parte da tradicional família que deu origem à banda Lira, hoje com 113 anos de atuação e utilidade pública do município. A família Testae – ou Testai – tem a sua história registrada em bairros e ruas da cidade. É filha única de Benedito Alves Ferreira e Joana Testae Ferreira, também guarulhenses. Por parte de pai, sua família era possuidora de terras no então bairro dos Alves, que deu origem ao Parque Cecap. No entanto, por causa das jogatinas, seu pai acabou por perder tudo. Foi casada com João da Costa Freitas, o “professor Joãozinho”, com quem teve quatro filhas: Laurici, Paula, Cláudia e Patrícia. Ele foi uma importante figura para o esporte da cidade, um dos idealizadores da Olimpíada Colegial de Guarulhos e articulador para a cessão da área para construção da ACM.

Amor sem medida por Guarulhos Isaíra afirma ter imenso amor pelo município, e relembra ter discutido com uma amiga querida, ao ouvi-la criticando a cidade. Se pudesse voltar no tempo, cita que gostaria de ouvir novamente a banda Lira tocando no coreto que existia em frente à Igreja Matriz. Relembra com saudosismo da época na qual a boiada passava pelas ruas centrais da Guarulhos, que ainda se desenvolvia; o Jardim Maia era uma grande fazenda: os bois atravessavam as ruas centrais para seguir em direção ao matadouro – nas proximidades de onde se situa a empresa Aché. Lembra-se dos tempos de infância, quando “visitava” a chácara da família Brancaleone, de onde, junto de seus amigos, apanhava frutas como uvaia e pitanga, e precisava fugir dos proprietários que corriam atrás da criançada. Conta que a primeira rua a ser calçada foi a Luiz Gama, por causa da chegada da primeira agência bancária, ali instalada. Foi nessa importante via que Isaíra nasceu. Um lugar que gostava de frequentar era o “Armazém do Seu Nelusco”, onde comprava guloseimas e demais alimentos; um dos poucos locais para se frequentar em uma cidade ainda em desenvolvimento. Isaíra reafirma com orgulho o seu amor por Guarulhos e pela família, e não se cansa de contar boas histórias, falar das muitas amizades que fez, as festas das quais participou, os desfiles do Lions Clube e muito mais. 45


CAPA

Rua D. Pedro II era onde tudo acontecia Por Valdir Carleto Foto: Arquivo pessoal

Norma Zacharias Saraceni nasceu em Guarulhos, na rua D. Pedro II. É filha de João Zacharias – que dá nome a uma rua no Macedo – e de Amalin Zacharias. Os pais casaram-se – ele com 30 anos, ela com apenas 17 – e em seguida vieram do Líbano para o Brasil. Não falavam português, mas assim como ele havia aprendido russo e outras línguas, adaptaram-se facilmente ao idioma local. Passaram a morar em Guarulhos, em uma casa alugada na rua D. Pedro II, até que ele comprou um terreno na mesma via, construiu uma casa no fundo com o salão na frente e instalou uma loja de tecidos e armarinhos. Na verdade, Amalin cuidava do comércio, costurava roupas e as vendia, enquanto o marido gostava de escrever poemas. Aproveitava o miolo de papel das peças de tecido para anotar tudo que lhe vinha à cabeça. Conseguiu editar vários livros de poesias, em árabe, e saía viajando, vendendo exemplares para pessoas da colônia. Norma conta que o sossego da rua era tal, que as crianças podiam brincar livremente na via pública. Saíam correndo quando vinha passando a boiada. Seu pai era muito carinhoso com as crianças e o lazer dele era ir pescar no rio Tietê. Ela conta que estudou na Grupo Escolar Capistrano de Abreu e dois anos no Conselheiro Crispiniano. 46

Transferiu-se posteriormente para o Ateneu Rui Barbosa, no bairro da Penha, e fez o curso Normal (Magistério) no Colégio Paulistano, em São Paulo. Formada professora, lecionou por alguns meses em Ilhabela, para onde a família mudou-se temporariamente. De volta a Guarulhos, foi professora do curso primário da Escola Estadual Paulo Nogueira, até aposentar-se. Indagada sobre os passeios que faziam, cita os de trem, idas ao lago de Vila Galvão e a chácaras de famílias amigas na região do Cocaia, além de viagens a Campos do Jordão e Santos. No cotidiano, o lazer era concentrado na rua D.Pedro II, onde estava o Clube Recreativo, o cinema e ali também rapazes e moças praticavam o “footing”, em um ir e vir, trocando olhares e fazendo amizades.

Conheceu o marido, Ronaldo Beltran Saraceni, no Recreativo. Tiveram três filhos: Ronnie, Gisela e Rodrigo; três netos – Leonardo, Bruno e Mariana – e um bisneto, Leozinho, que está com 13 anos. Ronaldo Saraceni foi funcionário da Prefeitura de Guarulhos, chegando a exercer função de diretor de Educação e de chefe de gabinete do interventor Jean Pierre Herman de Moraes Barros; foi estabelecido por muitos anos com a loja Guaru Sport. Faleceu em 30 de março de 2021. Norma escreveu e publicou o livro “Nuances de uma rua”, contando essas e outras peripécias de sua infância. Teve aulas de piano com a professora Maria Brand de Oliveira Arruda, mas não seguiu os estudos. João Zacharias faleceu muito novo e Amalin viveu até os 104 anos.


CAPA

Um dos últimos shows de Adoniran Barbosa Por Valdir Carleto Foto: Reprodução/YouTube

Oswaldo Pavanello tinha 20 anos de idade, em meados da década de 1980, quando ele e seu irmão Laércio e o sócio André Medeiros, promoveram na FIG (Faculdades Integradas de Guarulhos), um show com Adoniran Barbosa e Clementina de Jesus, além do Grupo Talismã. A presença dos dois artistas reuniu grande público e foi o último show que eles fizeram juntos, porque algum tempo depois Clementina faleceu e o autor de Trem das Onze, também. Presume-se que tenha sido um dos últimos shows de Adoniran. Os direitos desse show foram vendidos para a TV Cultura e a lendária apresentação está disponível também no YouTube, em dois links: youtu. be/9BlN4x7Z8EE e youtu.be/jUxXYhOT-zk

Baile do Vermelho e Preto deixou saudades A apresentadora Malvina Russo não poderia imaginar que o Baile do Vermelho e Preto, que promoveu no Clube Recreativo em fevereiro de 2020, seria praticamente o último evento por um longo período, porque pouco depois veio a pandemia do novo coronavírus, o que impediu que eventos semelhantes viessem a ser realizados. Ela cita um fato marcante: o amigo Marco Antonio Serra Pinto estava adoentado e fez questão de participar, com a esposa, Rose Tes-

toni, pela oportunidade de reencontrar os amigos, vindo a falecer pouco tempo depois. O baile, que reuniu muita gente, convertendo-se em pleno sucesso, serviu para que todos, sem saber, estivessem se despedindo dele. Malvina torce para que, finalmente, a pandemia realmente acabe e que as pessoas possam voltar a conviver. “Precisamos celebrar a vida. Saúde é o melhor que podemos desejar a todas as pessoas”, finaliza.

Marco Antonio Serra Pinto no último evento do qual participou; a esposa, Rose Testoni, e o amigo Nelson Júcio 47


TURISMO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO SEBASTIÃO

11 ilhas para conhecer e se encantar no Litoral Norte de São Paulo Descobrir as ilhas do Litoral Norte de São Paulo em um passeio de barco é um algo imperdível. As cinco cidades que compõem o Circuito Litoral Norte – Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba – contam com diversas ilhas, ilhotes e arquipélagos que formam um cenário paradisíaco e perfeito para um roteiro mar adentro. Além de excelentes points de mergulho, esses lugares são exemplo da preservação da Mata Atlântica tão característica da região e ainda podem abrigar comunidades tipicamente caiçaras, que apresentam a cultura da pesca, do artesanato e da gastronomia. Segundo o presidente do consórcio turístico, Caio Matheus: “o Litoral Norte possui cenários paradisíacos escondidos em ilhas, com praias desertas, trilhas e cachoeiras. Desde que priorizada a segurança dos visitantes e respeitadas as normas para preservação ambiental, as ilhas oferecem paisagens deslumbrantes e são alternativas para os turistas que estão em busca de lazer e aventura. Esse tipo de roteiro movimenta diversos segmentos, como o ecoturismo, turismo de aventura e o turismo náutico”. A seguir, o Circuito Litoral Norte de São Paulo listou onze ilhas para visitar na região:

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Ilha das Couves, Ubatuba A Ilha das Couves é um verdadeiro paraíso situado no extremo Norte de Ubatuba. Com acesso via barco ou lancha a partir de Picinguaba, o lugar tem rica vida marinha, que atrai mergulhadores de todo o país. Na praia, com cerca de 60 metros de areia branca e fina, é possível aproveitar o Sol e a beleza da vegetação nativa. Além disso, para quem desejar nadar com snorkel, a ilha possui diversas piscinas naturais.

Ilha dos Gatos, São Sebastião Distante pouco menos de dois quilômetros da Ponta da Baleia – um morro entre a Praia de Camburi e a praia da Baleia -, a Ilha dos Gatos tem águas bastante límpidas, com boa visão do fundo, o que é uma atração à parte para os mergulhadores por conta das diversas espécies de peixes que vivem no local. Para chegar até lá, a travessia de 15 minutos é feita a partir das praias de Boiçucanga, Juquehy, Barra do Sahy e Barra do Una. Alcatrazes, São Sebastião Reaberto em 2019, o Arquipélago de Alcatrazes, a 45 quilômetros da costa de São Sebastião, é um reduto de natureza ainda pouco explorado. Com uma paisagem que inclui enormes rochedos arredondados e vegetação de Mata Atlântica,

MARCOS BONELLO

Ilha do Tamanduá, Caraguatatuba A Ilha do Tamanduá, com 1.133 m², é coberta por vegetação

natural e conta com cinco praias: do Fogaça, da Fazenda, do Meio, da Laje e do Sururueiro. Com acesso feito principalmente pela praia da Tabatinga, a ilha conta ainda com parcéis e rochas submersas que reúnem grande variedade de fauna marinha, perfeita para o mergulho livre.


TURISMO

Ilha do Montão de Trigo, São Sebastião A 14 quilômetros da costa Sul de São Sebastião, a ilha é habitada há mais de 200 anos e abriga importantes tradições caiçaras, além de uma vasta biodiversidade que encanta os visitantes – e mergulhadores. Estando lá, além de mergulhar nas águas transparentes, vale a pena fazer uma trilha até o topo do Montão de Trigo, de onde se tem uma bela vista da região.

ADRIANA MATTOSO

além de mar cristalino, o local é um refúgio de vida silvestre, administrado pelo ICMBio – as visitas, inclusive, devem ser monitoradas por um profissional do Instituto, já que a área é protegida por uma unidade de conservação federal. Com rica vida marinha, incluindo mais de 1.300 espécies como tartarugas, arraias e golfinhos, Alcatrazes é considerado um dos melhores pontos de mergulho do país, com mais de 100 locais propícios para a prática, com visibilidade de até 30 metros.

roteiro por trilhas com mirantes e vistas imperdíveis. A ilha também abriga um complexo de ruínas tombadas pelo Condephaat, com mais de 2 mil m² de edificações conservadas, incluindo o Presídio, onde ocorreu uma das maiores rebeliões nos anos 1950.

Ilha Rapada, Ubatuba Integrante do Arquipélago das Couves, a Ilha da Rapada, ou Selinha, é ideal para quem deseja mergulhar e ter contato direto com a abundante vida marinha que pode ser encontrada no local. Para chegar até lá, é necessário um passeio de lancha ou barco, já que o trajeto é repleto de belezas naturais e deve ser aproveitado ao máximo. A pequena faixa de areia que se forma na ilha é considerada, inclusive, uma das menores praias do mundo.

Ilha das Cabras, Ilhabela A ilha das Cabras, ao Sul de Ilhabela, é considerada um dos principais pontos de mergulho da região. É lá que se encontra o Santuário Ecológico Submarino, um paraíso repleto de espécies marinhas exóticas, como peixes-ornamentais, estrelas-do-mar, cavalos-marinhos e tartarugas. Outra atração que chama a atenção dos visitantes para explorar as águas é a estátua de Netuno, que se encontra a 7 metros de profundidade e está rodeada de belíssimos corais.

Ilha Anchieta, Ubatuba Considerada uma das principais atrações naturais da cidade, a Ilha Anchieta faz parte da área de proteção ambiental do Parque Estadual da Ilha Anchieta. Oferecendo grande oportunidade de integração à natureza, com rica fauna e flora e um mar transparente propício para mergulho, o local é ideal para um passeio de escuna ou lancha, ou um

Ilha dos Búzios, Ilhabela Segunda maior ilha da cidade, a dos Búzios está a aproximadamente 30 quilômetros do centro no sentido Leste – onde fica a famosa praia de Castelhanos – e abriga uma comunidade caiçara. O lugar é um ponto ideal para mergulho e pesca esportiva, já que reúne espécies de peixes como carapaus, anchovas e soro-

rocas, pampos, sargos, olho de cão e bodiões. Ilhotes da Cocanha, Caraguatatuba Em um passeio de lancha por Caraguatatuba, é possível conhecer lugares como os ilhotes da Cocanha, a pouco mais de um quilômetro da praia de mesmo nome, e que conta com uma das maiores fazendas de mariscos do Estado, com 36 mil m² e uma produção que pode chegar a até 160 toneladas por ano. Ilha Monte Pascoal, Bertioga A Ilha de Monte Pascoal, que fica a meio quilômetro da costa de Bertioga, próxima da Riviera de São Lourenço, é ideal para turismo náutico, pesca e mergulho, conectados com a natureza local da região. O Circuito Litoral Norte afirma trabalhar sempre com o conceito de turismo sustentável, respeitando as comunidades locais e a natureza. Por isso, sugere que os passeios sejam feitos com acompanhamento de guias monitorados, credenciados e capacitados pelo Cadastur. Para conhecer as experiências do Litoral Norte, acesse: https://circuitolitoralnorte.tur.br/experiencias Para conhecer o guia geral de fornecedores: https://circuitolitoralnorte.tur.br/guiageral 49


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