Ano XIII nº 109 / Fevereiro / 2016 Diretor Responsável: Valdir Carleto
Geração dos prazeres Opiniões, hábitos, expectativas e desejos dos jovens da atualidade GENTE Wilson Lourenço Jr. e Débora Gibertoni BEM VIVER Gordura pode ser boa e água pode ter sabor
Rafael Almeida
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Rafael Almeida
Rafael Almeida
índice
8 entrevista
14 capa
Rafael Almeida
Geração do prazer: como vivem, pensam e o que esperam do futuro os jovens nascidos depois de 1995
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Wilson Lourenço e sua visão de empreendedor e de cidadão participativo
54 bem viver
Conheça quais são os alimentos que contém “gordura boa”
56 mesa
Bolo do bem: opção para comer bolo sem abrir mão da dieta
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A história da empresária Débora Gibertoni, que se mistura ao seu amor por gerir e formar pessoas na área comercial
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editorial Por Fábio Carleto
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Ajudando, a ajuda vem É até bíblico: dar antes de receber. É bem verdade que muita gente tem um comportamento extrativista, e tenta obter tudo dos outros, sem querer oferecer qualquer contrapartida, mas também há muitos que são generosos doadores e têm dificuldade de receber o que quer que seja. Como diria T. Harv Eker, autor do best seller Os segredos da mente milionária, quem inventou a máxima de que dar é melhor do que receber simplesmente não é bom de conta, porque para alguém dar, outro precisa receber. Pense em como você se sente quando faz algo de bom para alguém. Quando você aceita que façam algo por você, permite que o outro sinta a gostosa sensação de ser útil. Você pode achar que esta afirmação é incoerente com o começo deste editorial, mas note a sutil diferença: dar não é melhor do que receber. São dois lados da mesma moeda. Mas dar antes de receber, ou melhor, sem se preocupar em receber, isso sim pode mudar o mundo. Sempre acreditei nisso e venho tendo uma experiência formidável como membro do BNI - Business Network International, uma empresa que está em mais de 60 países e que ajudou empreendedores a movimentar mais de US$ 9.2 bilhões no ano passado ao redor do mundo, aplicando uma metodologia de referências qualificadas em que empresários se reúnem em grupos, entendem os negócios uns dos outros e somam suas redes de contatos para a prosperidade de sua região. Tudo isso baseado exclusivamente em reputação e sem pagamento de comissão de nenhum tipo. O resultado é um forte sentido de união e ajuda mútua, e uma satisfação conjunta pela prosperidade gerada a partir do comportamento chamado givers gain; em tradução livre, algo como “doadores ganham”. Em Guarulhos há duas equipes, a Sucesso, que já tem mais de três anos, e a Destak, da qual faço parte. Pelo excelente trabalho do responsável pela região, Fábio Torres, e dos diretores consultores, Jorge Caroni e Flávio Cantoni, o crescimento tem sido notável e é certo que a operação terminará este ano com várias equipes. Bom para a cidade, pois assim esta filosofia colaborativa vai ganhando espaço e, com ela, um novo jeito de se fazer negócios. 6
expediente Diretor Responsável: Valdir Carleto (MTb 16.674) valdir@revistaguarulhos.com.br Diretor Executivo: Fábio Roberto Carleto (MTb 40.906) fabio@revistaguarulhos.com.br Assistente de Edição Tamiris Monteiro Redação: Cris Marques, Jônatas Ferreira e Val Oliveira Fotografia: Rafael Almeida e Agência E! Comunicação Design Gráfico: Cauê Mathias e Vinycius Covelli Comercial: Danielle Borges, Katia Alves, Maria José Gonzaga, Patrícia Matos, Rose Gedra comercial@revistaguarulhos.com.br Administrativo: Saiummy Takei e Viviane Sanson Distribuição Luiz Aparecido Monteiro Impressão e acabamento: Quatrocor Gráfica e Editora Tel: (11) 2422-6662
Tiragem: 8.000 exemplares
A RG - Revista Guarulhos é uma publicação da Carleto Editorial Ltda. opiniao@revistaguarulhos.com.br
35 anos de Jornalismo com Responsabilidade Social Av. João Bernardo Medeiros, 74, Bom Clima, Guarulhos. CNPJ: 10.741.369/0001-09 Tel.: (11) 2461-9310
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ENTREVISTA Fotos: Rafael Almeida
O empresário Wilson José Lourenço Jr., entusiasta do associativismo, fundou o primeiro Conseg (conselho Comunitário de Segurança) de Guarulhos, presidiu a ACE Guarulhos por quatro anos e foi vice-presidente da Facesp, a Federação das Associações Comerciais do Estado de Sao Paulo, representante o Alto Tietê. Como diretor do Colégio Carbonell, é presidente da AEG (Associação das Escolas de Guarulhos) e representa na cidade o Sieeesp, Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino
Planejamento como meta Por Valdir Carleto
Onde nasceu, quando e por que veio para Guarulhos? Nasci em São Paulo. Vim para Guarulhos, em 1995, quando me casei com Andréa Mazoni, que sempre viveu aqui. Nós nos conhecemos no Mackenzie e durante o namoro eu já convivia na cidade. Qual sua formação? Inicialmente, fiz o Técnico em ele-
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trônica, na Escola Técnica Estadual, em São Bernardo do Campo. Dá até saudade daquela época, quando havia ensino público de qualidade. Formei-me no Mackenzie em tecnologia em processamento de dados. Era um curso de três anos. Quando quis fazer uma Pós, soube que o curso não dava esse direito. Sentimo-nos enganados pela Universidade, porque, afinal,
tínhamos feito um curso superior. Diante da pressão, o Mackenzie fez um curso de licenciatura, no qual nos capacitamos a lecionar informática para alunos até o ensino médio. Foi o meu primeiro contato e o da Andréa com a Educação. Ela foi convidada a dar aulas no Colégio Guilherme de Almeida, ainda no tempo da dona Odila. Ela se apaixonou pela área e nunca mais
deixou. E eu depois cursei administração de empresas e, por fim, estudei direito na UnG. Como se deu seu ingresso na área da Educação? A partir do momento em que se soube que o Colégio Carbonell precisaria deixar a antiga sede, na rua Dr. Ramos de Azevedo. Desde a fase do projeto das novas instalações, eu me envolvi: qual seria o tamanho, quantas salas, qual a estrutura, equipamentos, tudo enfim. Até ali, a escola pertencia a dona Eunice e ao Eldon Fiorim. Como houve necessidade de mudar do Centro antes que a sede definitiva estivesse pronta, o Carbonell funcionou por três anos na Ponte Grande, e já no início nos tornamos sócios deles. Depois, assumimos integralmente a direção da escola. Até que ponto entende que a estrutura de uma escola e a tecnologia influenciam a qualidade do ensino? Acho que isso é fundamental. Com uma boa estrutura, se consegue fazer uma boa divisão das turmas, ter espaços amplos, arejados, com uma iluminação adequada; ter carteiras compatíveis com cada faixa etária e a evolução física dos alunos. Quanto à tecnologia, hoje temos telas de 50 polegadas em cada sala, o que permite expor vídeos de assuntos pertinentes com
o tema da aula, o que a torna algo muito mais dinâmico. Este prédio foi planejado para atender todas essas premissas, com o número ideal de alunos por sala e a soma de todos esses fatores favorece o aprendizado. Quero registrar, entretanto, que conheci na Índia, em Trivandrum, escolas que são divididas por uma cortina; as crianças sequer tinham cadernos e por lá não existe analfabetismo. Isso é resultado de um tripé imprescindível para a qualidade da educação: aluno interessado, escola organizada e a família cumprindo seu papel, de acompanhar a vida escolar do filho. Não adianta ter escola boa, se a família não criar um ambiente de cultura, pois aí o aluno não desenvolverá o gosto por aprender. Vários ramos de atividade queixam-se da qualidade da mão de obra. O colégio também tem
dificuldade de contratar bons professores? Ao longo do tempo, o Brasil desprestigiou muito a categoria dos professores, o que causou o desinteresse de muitos jovens pela área. Há países, como a Finlândia, onde a seleção para lecionar é rigorosa, tantos são os interessados em atuar na profissão. Como faz para suprir isso? Fazemos gestões junto a universidade de primeira linha, buscando pessoas mais vocacionadas em cada área. E, no âmbito interno, muito treinamento e capacitação, com a nossa filosofia de trabalho. Contamos para isso também com o sistema de ensino Etapa, com conteúdo apostilado e contínua capacitação. Os alunos fazem provas todas as semanas, o que permite avaliar seguidamente o aprenzidado.
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ENTREVISTA
Fale da experiência de ter presidido a ACE (Associação Comercial e Empresarial) Guarulhos? Foi um aprendizado incriível, que me proporcionou contato com muitas empresas, conhecer de perto suas dificuldades e atuar no encaminhamento de questões que dependem do poder público. Assumi logo após a mudança para a nova sede, podendo oferecer mais serviços ao associado. Foi uma forma de dar minha contribuição à cidade. Considera boa a participação do empresariado nas entidades? Não, pois é muito tímida. É menor do que em outras cidades. E não só na ACE, nas outras entidades também: são muito poucas as pessoas engajadas. A participação precisa ser mais ampla e efetiva, pois assim quem estiver à frente do poder público terá menos chance de errar. Qual sua participação em entidades empresariais depois que saiu da presidência da ACE? Fui vice-presidente da Facesp, representando a região do Alto Tietê junto à Federação, que é um canal de comunicação, que também precisaria ser mais aguerrida. Agora, presido a AEG - Associação das Escolas de Guarulhos, que tem menos de 50 associadas e sou diretor regional do Sieeesp, Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de SP. Foi sua a iniciativa de trazer para Guarulhos o primeiro Conseg Conselho Comunitário de Segurança. Como foi isso? Em São Paulo, eu já havia participado do Conseg da Vila Mariana. Quando souberam lá que eu viria para Guarulhos, me alertaram que o índice de homicídios aqui era muito alto, 600 por ano. Cheguei por aqui e mobilizei vários setores para fundar o Conseg da Vila Galvão e fiquei feliz porque depois vários bons presidentes me sucederam. Na época, a falta de estrutura das polícias era 10
terrível; hoje, ainda é muito precária, mas o índice de mortes foi reduzido para 60 por ano. Guarulhos passou por uma transformação, reduzindo a influência da indústria e ampliando a do comércio e serviços. Isso é positivo ou negativo? É uma sucessão natural, mas entendo que em termos de geração de empregos a cidade perde, porque a indústria paga melhor. Infelizmente, não soubemos conservá-las aqui, principalmente pela carência urbanística da cidade e sabe-se que é difícil atrair novas indústrias para Guarulhos, porque o preço dos imóveis aqui é muito alto. Com a vinda do Rodoanel, cidades vizinhas podem ser mais atrativas. A que atribui o fato de Guarulhos ter ainda uma qualidade de vida incompatível com sua pujança? Faltou planejamento. A organização da cidade é muito crítica. Surgem conjuntos residenciais às margens da via Dutra, local com grande concentração de poluentes, enquanto indústrias estão situadas em meio a residências nos bairros. Quando era oposição, o PT dizia que faltava planejamento; depois de 16 anos de poder, a cidade continua precária nesse quesito. O item mais importante para a qualidade de vida é a saúde e a nosso sistema é muito precário.
Acessos rápidos para locomoção das pessoas? Não existem. Falta muita coisa e faltam cabeças pensantes. Quais seriam as prioridades para o prefeito que assumir em 2017? Enxugar a máquina administrativa, para ter recursos para investir em muito que Guarulhos requer; planejar de forma que se possa cumprir e não como tem sido feito, com tantas obras inconclusas, porque a cidade perdeu toda capacidade de investimento. Não se trata de atribuir a um ou outro partido. Construir um corredor de ônibus como esse que o governo do Estado fez, onde passa um ônibus a cada 15 ou 20 minutos, não faz sentido. Acredita que Guarulhos terá o sonhado Parque Tecnológico? Em quanto tempo? Que terá um dia, acho que é fundamental. Creio ser preciso buscar parcerias com as universidades, porque é isso que se vê em outros lugares. Nos Estados Unidos, as universidades e as empresas têm forte entrosamento. Em São José dos Campos, é nítido o quanto o Parque Tecnológico é útil. É um sonho, de fato, necessário, mas é difícil avaliar em quanto tempo será possível, porque não se sabe de onde sairão os recursos. Será preciso o engajamento de todos os setores, para não ficar como a Incubadora, que ainda não deu tantos frutos quanto desejável.
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CAPA
Prazer, somos a geração Z
Por Tamiris Monteiro Fotos Rafael Almeida
Por décadas, as gerações têm sido analisadas por seu comportamento e classificadas de acordo com suas características. Esse diagnóstico, de certo modo, é importantíssimo, considerando que as particularidades específicas de cada uma delas servem como uma espécie de legado para a história evolutiva da sociedade. Neste momento, vivemos a fase da geração reconhecida pela ciência como Z e nela encaixam-se os nascidos a partir da metade de 1990. Por terem chegado ao mundo em um momento tecnológico, apresentam pensamentos e hábitos quase completamente diferentes das anteriores. E, em busca de entender melhor qual o perfil, anseios e medos dessa turma, a equipe de redação da Revista Guarulhos empenhou-se para descobrir como agem, quais são seus sonhos e perspectivas para o futuro. Para iniciar a série de matérias relacionadas ao assunto, uma psicóloga explica quais são as principais características da geração Z e como o comportamento desse grupo foi fortemente influenciado pelos avanços tecnológicos, tornando-os mais críticos, exigentes, di14
nâmicos e impacientes, o que faz quererem tudo “pra ontem”. Uma mudança também significativa foi a maneira de se relacionarem. Por causa da tecnologia, pela facilidade do acesso à internet por meio de dispositivos móveis, as relações pessoais modificaram-se, tornando a comunicação e os laços afetivos com familiares e amigos mais frios. Mercado de trabalho foi outro tema explorado, já que não lidam tão bem com autoridade, hierarquia, horários e pensam mais em felicidade do que em dinheiro. Falando assim, pode até parecer que trabalhar com um sujeito da geração Z é um péssimo negócio, mas ao mesmo passo que se mostram menos flexíveis a essas questões, destacam-se no campo profissional pela criatividade, energia e vigor que podem empregar no trabalho. Para finalizar, além da opinião de profissionais, por que não escutá-los também? E foi o que fizemos. Em um bate-papo descontraído com cinco jovens, de idades entre 14 e 16 anos, procuramos compreender o que eles acham e querem da vida.
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CAPA
Quem são eles?
Por Tamiris Monteiro
Fotos: Banco de imagens
Nascidos em um período altamente tecnológico, não conheceram o mundo sem internet, vivem conectados, são dinâmicos, inovadores, multifacetados, exigentes, sabem bem o que querem e querem tudo para agora. Trata-se dos jovens da geração intitulada como “Geração Z”, que nasceram a partir de 1995 e estão começando a deixar marcas de suas características na história evolutiva da humanidade. Com aspectos peculiares, geralmente sempre ligados à relação que desenvolveram com a tecnologia, os jovens de hoje enxergam o mundo de um modo bastante diferente de seus antecessores. “Essa geração nasceu em uma sociedade virtual; eles não conhecem o mundo sem internet, smartphones e televisores modernos e, por isso, destacam-se pelo rápido acesso às informações e pelo domínio que têm desses aparelhos. Contudo, a rapidez e quantidade de informações, por vezes, não permitem que absorvam e compreendam de forma clara os acontecimentos. Além de quererem tudo ‘pra ontem’. Por serem mais críticos também, não lidam muito bem com hierarquia e horários pré-definidos e buscam executar várias tarefas ao mesmo tempo: assistir à TV, navegar na internet e ouvir música é normal. Porém, como a todo o momento surgem novos recursos tecnológicos, isso gera 16
Mirla Santos
ansiedade neles, porque são moldados dentro de uma rotina inquieta e não sabem ficar ociosos”, explica a psicóloga e pedagoga Mirla Santos. As relações pessoais – ou a falta delas – são outro ponto que define o contraste da geração Z em comparação às demais. O estudo “Likers: A Nova Geração de Consumidores” ouviu mais de 400 jovens brasileiros das classes A até D, e a pesquisa apontou que o comportamento dessa geração - muitas vezes julgada como rebelde -, é o resultado da seguinte soma: pais fora de casa; mais convivência com padrastos e madrastas, que costumam ter um papel pouco definido na família; sensação de insegurança; e maior acesso ao mundo por meio da internet. Esse conjunto interferiu drasticamente no comportamento e na forma de se relacionarem. Assim, concluiu-se que as relações ganharam em igualdade e perderam em maturidade. “Acredito que tudo que é muito exagerado é prejudicial; a internet, por exemplo, possibilita o aumento na rede de contatos; contudo, com a acomodação de utilizar WhatsApp, Messenger, Skype e outros meios usados para se comunicarem, perdeu-se o contato face a face, impactando na relação interpessoal, não só com a família, como na vida pessoal”, avalia Mirla.
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CAPA Por causa dessas transformações, para muitos pais, a sensação que se tem é que os jovens estão mais mandões e incompreensivos, mas essas características também têm ligação com o querer tudo “pra ontem”, citado pela psicóloga Mirla. “Acredito, pela minha experiência em consultório com os jovens, que por terem essa conexão tão forte com a tecnologia, buscam a solução de alguns problemas como um Enter do computador, em que basta apertar e, pronto, está tudo resolvido. Isso acaba trazendo ansiedade e descontentamento. Para ajudar, o afeto é deixado de lado, por conta da vida corrida que muitos pais levam: trabalho, cansaço, estresse, afazeres de casa e outros”, pontua. As etapas da infância, escola e trabalho também ganharam novas características. Segundo Mirla, durante a infância não há mais a brincadeira de rua. “A integração acontece praticamente toda pelo mundo virtual; não compreendem a vida sem esses meios tecnológicos. Atualmente, os bebês já exploram a tecnologia muito cedo, inclusive, por incentivos dos pais, que disponibilizam desenhos, jogos e outras interações no celular ou tablet”, afirma. No período escolar, o fácil e rápido acesso à internet faz com que as visitas e pesquisas por livros em biblioteca já não façam parte da rotina dessa geração. No mercado de trabalho, como a geração Z nasceu e vive em um mundo globalizado, apresentam uma visão diferente a respeito de hierarquia, flexibilidade, dinheiro versus trabalho prazeroso e envolvimento com processos de longo prazo.
Sexo e drogas
As descobertas relacionadas à sexualidade e drogas também acontecem cada vez mais cedo. De acordo com a pesquisa mencionada, 61% afirmaram que consomem bebidas alcoólicas e 27% que fumam maconha quando estão em festas. E vale lembrar que mesmo parecendo inofensivo, o uso do álcool na adolescência é altamente prejudicial para o desenvolvimento neurológico. Outra curiosidade preocupante analisada no estudo é que mais da metade dos jovens entrevistados já fez sexo e, geralmente, sem proteção. Quando usam preservativo, o motivo é medo da gravidez e não de contrair doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV, por exemplo.
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Aspectos positivos
• Dinâmicos e inovadores; • Convivem muito bem com a tecnologia e a ciência; • Fazem diversas tarefas ao mesmo tempo; • São imediatistas, críticos e mudam de opinião diversas vezes; • São preocupados com questões ambientais; • Serão profissionais mais exigentes, versáteis e flexíveis.
Aspectos negativos
• São intolerantes; • Perdem o foco com facilidade; • Às vezes isolam-se; • Cometem muitos erros ortográficos; • São introvertidos; • Têm distúrbio do sono.
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A geração Por Jônatas Ferreira Fotos: Banco de imagens e divulgação
É comum caminhar pelas ruas de uma cidade e ver a moçada distraída, ou melhor, conectada em seus smartphones. Os jovens e adolescentes nascidos nas últimas duas décadas estão constantemente ligados com a tecnologia da informação que a cada ano vem ampliando seus horizontes. A evolução social e cultural de alguns anos para cá está de alguma maneira ligada à internet, que trouxe uma nova maneira de ver e pensar ao mundo. A rede tornou-se para os filhos do século XXI o que a TV e o rádio foram para as gerações anteriores.
Informação, comunicação e entretenimento Não dá para negar que quando o assunto é informação, a tecnologia veio para agregar e ampliar as possibilidades. Essa geração nasceu com a facilidade em se obter informação, de comunicar-se com todo o mundo, graças aos aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp. Filmes e séries também nunca foram tão acessíveis (quem se lembra das locadoras?). Sem falar nas tecnologias aplicadas nos games... Os jovens dessa geração fazem tudo ao mesmo tempo: 20
conectada
conversam no celular, assistem à TV, navegam na internet e ouvem música. Provar dessa rapidez e facilidade é muito bom. Mas até que ponto isso pode ser positivo? Constantemente, aparece nas redes sociais uma enxurrada de informações e muitas delas com fontes questionáveis. Milhares de jovens contribuem com uma notícia falsa, ou espalham algo prejudicial para alguém, só porque acham engraçado. Na própria internet, não faltam exemplos de que, por vingança ou brincadeira, um vídeo ou imagem íntima de colegas foram espalhados para a sala e, posteriormente, para toda a escola e o mundo. Quantas jovens não foram vítimas de assédios pela internet, difamações, vazamento de fotos e vídeos íntimos, pedofilia, perfis falsos e bullying? Com uma geração tão dependente do mundo digital, além de uma orientação adequada para os jovens, é necessário que os pais estejam tão antenados quanto os filhos, para que fiquem de olho no que a galerinha anda fazendo na internet, principalmente os mais jovens. Afinal, quanto tempo faz que vírus deixou de ser sinônimo de doença, mesmo?
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CAPA
O antes e depois
As intuições de ensino vêm se adaptando para que o ambiente educacional do aluno esteja cada vez mais próximo do natural dos nativos da era digital. Para Pavlos Dias, gerente nacional de Operações da Blackboard Brasil, presente em 100 países e uma das principais desenvolvedoras de tecnologia educacional do mundo, o crescimento do uso de sua plataforma no Brasil nos últimos dois anos, o Blackborad Learn, tem perdido somente para os Emirados Árabes. “O Brasil evoluiu muito. O país está diferente de alguns anos atrás no uso de tecnologia em classe. Muitas usam isso para ser o diferencial da instituição”, comenta Pavlos, que há 12 anos trabalha com tecnologia aplicada à educação. Entender que a tecnologia não deve ser só utilizada no âmbito administrativo das escolas é um grande passo para transformar a aula mais rica. Por que não o celular ou tablet para uma pesquisa rápida na internet no meio de uma aula, para tirar dúvidas? Ou complementar um trabalho com informações? Claro, tomando cuidado com as distrações que isso pode causar, como papear com os amigos. Além do que as plataformas virtuais, adotadas por muitas instituições, permitem ao professor mensurar com mais clareza as diferenças existentes em cada aluno, através das atividades desenvolvidas na ferramenta. “O Colégio Parthenon tem investido muito em novas tecnologias, especialmente em infraestrutura de rede e internet (para suportar os múltiplos acessos realizados através dos dispositivos que os próprios alunos trazem para a escola, como tablets, notebooks, smartphones), plataformas de ensino adaptativo (para personalizar a oferta e avaliação de conteúdos educacionais), e Big Data (que auxilia na tomada de decisões de caráter pedagógico)”, relata Eduardo Oliveira, coordenador pedagógico do Colégio Parthenon, que complementa: “O uso dos tablets no ensino médio, por exemplo, está enriquecendo muito o trabalho desenvolvido pelos professores e torna o aprendizado muito mais atraente para os alunos”, finaliza. 22
Máquina de escrever? Secretária Eletrônica? Internet discada? Nada mais disso tem lugar para a geração da praticidade. Quadro negro, giz, enciclopédia, bibliotecas e professores com a imagem suprema do saber: a imagem da escola antes da internet e a geração Z vir à tona ao mundo. Hoje, o Google é professor e até médico, afinal, ele responde tudo que você quer saber, não dá opiniões e pode ser acessado de qualquer aparelho eletrônico que esteja conectado, sem que indesejados fiquem sabendo. A frase icônica: ‘tudo está na palma da mão’, resume bem os pensamentos da galera. Livros inteiros estão nas páginas da internet. A agenda não é mais aquele caderninho que a mãe costumava deixar ao lado do telefone. A própria TV e o rádio também estão inclusas nesses pequenos, porém, grandes aparelhos. Hoje, os jovens – será que são só eles? – em sua grande maioria, não conseguem dormir, sem antes ‘dar uma olhadinha no celular’.
Na Educação
A internet tem sido um espaço de descobertas para a moçada. Uma pesquisa do Instituto Crescer mostra que 92% jovens têm celular.
CAPA Os alunos estão no mundo digital em todo momento e, por conta disso, acabam tendo melhor aproveitamento das informações, pois se identificam com o ambiente tecnológico que faz parte do seu dia a dia. Afora a maior facilidade na hora de fazer as tradicionais práticas pedagógicas, ferramentas atuais podem ser utilizadas no planejamento da aula. “Com uma plataforma virtual, as possibilidades pedagógicas vão além dos padrões, como avaliações, entrega de trabalhos e disponibilização do conteúdo da aula. O professor pode pedir para que cada aluno ou grupo desenvolva um projeto de alimentação diária de um blog, por exemplo. Criação de vídeos também é algo de que os adolescentes gostam muito”, finaliza Pavlo.
Uso do smartphone
A rede acadêmica Passei Direto fez uma pesquisa entre jovens universitários de 18 a 25 anos sobre a frequência do uso dos smartphones. Os resultados são interessantes:
75% antes de dormir; 69,5% tempo ocioso na faculdade; 62,8% tempo de locomoção; 62,5% ao acordar; 58,5% em filas. Plataformas on-line
O crescimento do EAD (Ensino a distância) comprova que a tecnologia e a educação são bons aliados, se bem aproveitados. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, por exemplo, mantém duas plataformas on-line que reforçam o aprendizado dos estudantes que se preparam para os vestibulares. Uma delas é a Geekie +, feita em parceria com a Geekie. A ferramenta já foi usada por mais de 3 milhões de brasileiros desde a sua fundação, em 2011, e divide o aprendizado por área: Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Matemática e Ciências da natureza. O espaço também oferece simulados que permitem identificar os pontos fortes e fracos por disciplina de cada aluno, sugerindo o que estudar.
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CAPA
Os jovens e as relações pessoais Por Val Oliveira Fotos: Banco de imagens, divulgação e arquivo pessoal
Quando paramos para pensar, percebemos o quanto a vida é cheia de nuances. Contudo, existe uma fase de nossa existência em que as mudanças, físicas e psicológicas, parecem ser mais acentuadas, as experiências mais marcantes e as relações mais intensas. Em 2016, vivendo em um mundo no qual o efêmero e a superficialidade são comuns, como será o relacionamento social dos jovens nascidos após 1995? Para a psicóloga e psicopedagoga Mônica de Farias Martins, a adolescência é um momento de muitas interrogações, dúvidas e inseguranças. Desses períodos de questionamentos, nos quais o adolescente não é mais criança, mas ainda não é totalmente maduro, podem surgir conflitos e os relacionamentos serem abalados, principalmente se o diálogo com o interlocutor não for claro e direto e, principalmente, se o “papo” não for orientador e amável. “Eles buscam se autoafirmar e fazer parte de um grupo. Se o grupo a que pertencem é estruturado, a adolescência passa de maneira mais tranquila. Caso contrário, os problemas acontecerão”, relata. 26
Mônica de Farias Martins
A psicóloga destaca que, muitas vezes, os “ruídos” na comunicação atrapalham a boa convivência e que o distanciamento impede a construção de laços mais fortes. “Não podemos generalizar, mas percebo no consultório que muitas relações vão perdendo a proximidade aos poucos. No caso dos pais, por exemplo, as responsabilidades com o trabalho os consomem tanto que os filhos deixam de ser prioridade. Isso os distancia e eles nem percebem o tamanho do prejuízo causado e, quando notam, tentam suprir essa falta com coisas materiais. Isso passa uma mensagem confusa para o filho”, diz. As maneiras de se relacionar e demonstrar afeto mudaram e, para a profissional, toda mudança é necessária e faz parte da evolução natural da vida. Porém, acredita que é preciso refletir sobre quais valores devem ser deixados para essa nova geração e que impor limites é fundamental para formar cidadãos de bem. “Os pais devem ser parceiros, dar liberdade, mas estar vigilantes. Muito diálogo, paciência, respeito, saber cobrar responsabilidades e principalmente dar amor”, recomenda.
Tem crescido o investimento e a procura por um novo método utilizado e pouco falado na medicina atual, que é a conservação e o armazenamento das CÉLULAS-TRONCO da polpa do dente de leite. Isso mesmo, nesses pequenos dentes, temos uma “joia rara”, que tem feito avanços na medicina. Já é bem conhecido que encontramos células-tronco no cordão umbilical, mas, diferente dessas, a polpa do dente destaca-se pelo fato de fornecer células-tronco mesenquimais multipotentes e imunocompatíveis, podendo servir não só ao doador, mas também para toda a família. Encontramos nessa massa de tecido vivo uma variedade de tipos de células, que podem reparar tecido muscular, cardíaco, nervoso, ossos, cartilagem, pele e até a superfície ocular. O arma armazenamento é feito dos 5 aos 12 anos, que é o período de troca dos dentes de leite. Para isso, é necessário que seja feita a extração deste dente em um consultório odontológico, com todo cuidado, e as instruções de um laboratório especializado neste tipo de trabalho. Para mais esclarecimentos, marque uma consulta com um odontopediatra. Esta especialidade pode cuidar muito bem destes de dentes, tão importantes para a vida do seu filho e da sua família. Nós, da Clínica Vital Odontologia, temos um laboratório de muita confiança para indicar e cuidar deste bem tão precioso. Dra. Bárbara Sanches de Carvalho CROSP 91309, especialista em Odontopediatria pela Fundecto USP - bebês e crianças até os 12 anos.
CAPA Para Mônica, o jovem hoje é muito mais livre para expressar seus pensamentos e sentimentos do que antes. Isso pode facilitar as relações e colaborar para que os adolescentes tenham uma nova percepção de mundo e, desse modo, tornem-se maleáveis em relação a muitos temas que ainda são espinhosos para a sociedade em geral. “A facilidade de adquirir informações e as oportunidades fazem com que deixem de lado o preconceito de forma muito mais natural. Questões políticas, sociais, morais e sexuais hoje são discutidas muito mais abertamente do que ontem”, opina. A psicopedagoga entende que o comportamento do jovem atual nas relações sociais reflete o que busca a “geração do prazer”, pois a procura por satisfação está dentro de todo ser humano, o que é natural e saudável. Porém, é preciso refletir e entender: “Precisamos amadurecer para saber o que realmente queremos. Os jovens querem tudo muito rápido, mas não sabem bem o quê. Parecem decididos, fortes e exigentes; na verdade, é a maneira que encontram para se defenderem. Por outro lado, proteger demais, desprotege. Se eles não tiverem a possibilidade do erro, como aprenderão? A sociedade também cobra amadurecimento rápido. E para se mostrarem maduros, os jovens exigem e testam todos os limites”, declara.
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O jovem Mateus Louro Costa, 18, estuda para ser bacharel em música e trabalha como vendedor para custear-se. Ele conta que gosta de fazer amigos e de tê-los por perto, assim como seus familiares. Sobre o relacionamento com os pais, ele diz que os considera como seus melhores amigos, que confia neles cegamente e que todas as divergências são resolvidas na base do diálogo. “Nosso relacionamento é muito bom. Sempre resolvemos nossas diferenças conversando, e por isso sempre nos entendemos e chegamos a um acordo. Gosto da maneira como me tratam e entendo que fazem tudo o que podem por mim. Por isso, não consigo imaginar minha vida sem eles”, declara. Avesso a redes sociais para o cultivo de amizades, Mateus acredita que qualquer tipo de relacionamento é mais real no “face to face”. Ele crê ser bom filho e que seus pais devem estar satisfeitos com o filho que criaram. Perguntado sobre como será o relacionamento com filhos que vier a ter, Mateus respondeu: “Farei de tudo para que o relacionamento com meus filhos seja o mais parecido possível com o que tenho com meus pais. Sempre temos conversas, nunca brigas, apesar de pontos de vista diferentes. Sempre agimos em família e conversamos muito antes de tomar qualquer decisão.” Eduardo Lopez da Costa, 48, e Gleide Maria Araújo Louro Costa, 45, são pais de Mateus, 18, e de Monique, 28, e ressaltam a boa convivência com os filhos. Para eles, a diferença de dez anos de idade entre os filhos não apresentou mudanças significativas na fase de adolescência de um para o outro, e tampouco na forma como os pais se relacionam com os dois filhos. “Tenho no meu filho um amigo com quem posso contar e confiar. Faço o possível para apoiá-lo e orientá-lo em suas decisões, mas deixo claro que as consequências dessas decisões deverão ser de sua responsabilidade. Dou liberdade, mas cobro responsabilidade”, diz Eduardo. “Nossa relação é, no meu ponto de vista, muito saudável e prazerosa. Ele sempre conviveu com amigos, familiares e comunidade. Tem muitos referênciais e exemplos a seguir. Essas convivências todas têm influência muito positiva na formação da sua personalidade e caráter”, completa Gleide.
CAPA Para Eduardo e Gleide, a principal diferença por eles percebida quando comparam a própria adolescência com a do filho, foi a abertura para o diálogo. Eles contam que procuram não repetir o que eles reprovavam na conduta de seus próprios pais. “Eu recebia muitas demonstrações de amor e carinho, mas não havia diálogo. Nessa época, talvez por eu ser a filha mais nova e meus pais terem a idade um pouco avançada, eles tinham vergonha de abordar vários assuntos. Por isso, eu procuro deixar todas as portas abertas para que tenhamos conversas francas. Hoje percebo que meu filho é uma pessoa bem expansiva e muito aberta para falar sobre assuntos que eu achava tabu”, relata Gleide. “Meu saudoso pai era um homem sensacional, me ensinou muito e contribuiu de forma significativa para a formação do meu caráter, mas ele era um pouco fechado, nunca foi de dar mostras de amor, apesar de nunca duvidarmos disso. Ele não era de muita conversa e de apreciar a convivência social. No relacionamento com meu filho, procuro aplicar o que aprendi de mais importante como responsabilidade, honestidade, retidão de caráter e respeito ao próximo. Acho que foi ótimo corrigir as falhas percebidas. Eu nunca tive vergonha ou receio de dizer ao meu filho o quanto ele é importante e o quanto me orgulho dele. Com essas mudanças, me sinto muito mais próximo dele e sei que conseguimos construir uma relação de confiança”, avalia Eduardo. Os dois dizem não temer o futuro que espera o filho, pois confiam que o criaram da melhor maneira possível e acreditam na capacidade do garoto, que aos olhos dos pais sabe ser bom amigo e cultivar a convivência com as pessoas. Sendo assim, os pais apenas torcem para que ele realize seus objetivos e transforme seus projetos de vida em realidade. “Cremos em Deus e que nada acontece se não for da sua vontade. É claro que isso não significa sentar-se e esperar que tudo caia do céu, e por isso estamos investindo na sua educação e formação. É óbvio que temos nossas preocupações e receios, mas sabemos que as bases para o futuro do Mateus, assim como foram as da Monique, estão sendo bem construídas”, falam.
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Sylvia Jane Crivella, autora do livro “O Desafio de criar filhos”, entende que muita coisa mudou no relacionamento entre pais, outros familiares e amigos de pessoas nascidas após 1995, e que, de certo modo, as mudanças não foram tão boas. “Muita coisa mudou. Creio que a pior mudança foi o abismo que se formou entre as gerações, devido ao avanço da tecnologia e o crescimento do mundo virtual. Se continuarmos a alargar este abismo, não sei o que será do nosso futuro. Os pais que pararam no tempo têm muita dificuldade em se comunicar com seus filhos, que vivem num mundo extremamente acelerado. [...] Os jovens de hoje são imediatistas e exigentes. Querem tudo no mesmo momento. Quando não conseguem, ficam entediados. [...] Os valores mudaram e os objetivos são outros. Os avanços tecnológicos trouxeram consigo uma demanda por respostas rápidas, informações imediatas e interações mais superficiais. O convívio familiar, por sua vez, pressupõe mais tempo de qualidade, mas não precisa ser enfadonho. É tudo uma questão de acharmos o meio termo entre as gerações.” A escritora salienta que, apesar das diferenças que ela enxerga, é preciso que o adolescente seja tratado com respeito, em especial pelos familiares, e em todos os círculos sociais que “trafegar”, pois quando se sentem amados e valorizados, tendem a serem adultos ajustados. Segundo ela, procurar entender o momento do jovem é a melhor maneira de manter um relacionamento saudável. “Tenho três filhos e durante a adolescência deles nunca aceitei chamá-los de ‘aborrecentes’. É uma fase complicada, mas que passa. É uma transição. Ora são muito grandes para certas coisas, ora muito pequenos. Os hormônios acrescentam uma pitada de confusão emocional e tudo fica um pouco mais complicado. Uma boa maneira de ajudá-los é lembrar-se de quando éramos adolescentes, com todas as nossas neuras, complexos e sonhos. Não acredito que eles sejam frágeis; pelo contrário. Os jovens de hoje são seres pensantes e formadores de opinião. Têm tudo para arrebentar, desde que não percam os fundamentos de uma sociedade equilibrada: os valores da família e o respeito pelo próximo”, afirma.
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Mercado de trabalho de X a Z
Por Cris Marques
Fotos: Banco de imagens
O mundo muda, dia após dia, e é inegável dizer que cada nova geração traz consigo características próprias que refletem diretamente em seu modo de agir e reagir aos demais. No mercado de trabalho, não seria diferente; afinal, essa geração Z já nasceu hiperconectada, acostumada a resolver as coisas na mesma velocidade de um clique e num contexto onde o “é pra ontem” e o “não dá pra esperar” imperam. Mas, se esse imediatismo e essa ânsia toda podem parecer um ponto negativo para alguns, saiba que existem empresas que conseguem enxergar isso como diferencial positivo. “A habilidade e intimidade com os eletrônicos e a velocidade da informação é algo natural para eles e, se pensarmos em um mundo conectado, com negócios gerenciados em tempo real e a tecnologia como ferramenta indispensável, ter em seu quadro de funcionários alguém que se sente ‘em casa’ utilizando tantos recursos tecnológicos, sem dúvida, é muito significativo’, afirma Elen Souza, assessora de carreiras da Catho, pioneira na oferta on-line de empregos. Essa juventude de agora é muito inteligente, esforçada e rápida, mas, na mesma velocidade em que podem entregar resultados, esperam receber os lucros, o que nem sempre acontece. Assim, essa classe profissional tende a buscar constantemente novas oportunidades de trabalho. “O mercado não acompanha, em sua totalida32
de, os desejos dos jovens, ocasionando um desencontro de expectativas. Por serem bem novos, eles ainda precisam adaptar-se à forma como o mercado opera, para que as dores de iniciar e construir a própria carreira não sejam demasiadamente desestimulantes”.
O cenário perfeito
Segundo Elen, o grande desafio para as empresas é capacitar gestores que consigam estabelecer uma boa comunicação, despertar o comprometimento e criar vínculos com o profissional Z, um dos maiores desafios dessa geração. “É necessário que o mercado construa uma cultura organizacional, em que a diversidade seja vista como algo positivo, não ameaçadora. É claro que esses jovens terão que aprender com os outros funcionários, que estão acostumados com foco em resultado e metas, mas é preciso que essa maior interação deles com o mundo tecnológico e seu perfil multitarefas seja aproveitado. A possibilidade de ter os perfis X, Y e Z trabalhando juntos, alinhados e respeitando suas diferenças, com certeza, trará resultados expressivos”.
CAPA
Alteração do modus operandi
Tiago Yonamine, CEO do trampos.co, plataforma de empregos, conteúdo e educação nas áreas de comunicação e tecnologia, acredita que as empresas ainda estão se acostumando com a entrada desses profissionais no mercado de trabalho e pecam justamente por esperar que eles tenham os mesmos comportamentos da geração anterior. “Apesar da diferença de idade entre as gerações Y e Z parecer pequena, há comportamentos específicos. Os nascidos após os anos 80 costumam levantar mais questões e buscar inovação. Já essa rapaziada nova, cresce num momento em que colaboração é a palavra-chave. Em tempos de redes sociais e economia colaborativa, como o Uber e o AirBnb, esses jovens buscam esse espírito de contribuição e coparticipação”. Ele afirma que, em pouco tempo, a geração Y será maioria nas corporações, seguidos pela geração Z, e que é preciso saber ouvir, entender e tirar o melhor de cada época. “A diferença entre on-line e off-line para os mais novos é inexistente; por isso é natural que sejam atraídos por empregos que utilizem essas ferramentas que eles dominam. Entretanto, já é visível que a entrada dessa juventude, até em carreiras mais tradicionais, está mudando as formas de trabalho. Por exemplo, no trampos.co temos ofertas de trabalho em startups na área de medicina, oferecendo tecnologia para o setor hospitalar”.
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Cabeça jovem
Entender a nova geração e, principalmente, agregar esse entendimento dentro do dia a dia das empresas pode ser um diferencial e tanto. É o caso da ação “Papo Cabeça”, desenvolvida pela Linea Brasil, especializada em racks, estantes, homes e complementos, que fica na região Sul do País. “Alinhada com as obrigações legais do governo em relação à contratação de jovens de 14 a 24 anos como aprendizes, atuamos aqui com o ‘Aprendiz Legal’. Mas queríamos ir além da obrigatoriedade e assim surgiu o ‘Papo Cabeça’, encontros bimestrais com essa turma, para debater temas como sexualidade, drogas, família, profissão, bullying e outros assuntos”, conta Wellington Fernandes, psicólogo organizacional da companhia e responsável por mediar esses papos. Para ele, ser ouvido influencia na forma como essa garotada se vê, se comporta e atua em sua função. Além disso, essas reuniões geram informações importantes de como a empresa pode agir e aproveitar o potencial de cada um. “Esse projeto busca tornar nossos jovens mais preparados para lidar com as experiências profissionais e, até, pessoais, além de contribuir no primeiro passo de suas carreiras. Também esperamos que eles possam, mais adiante, desenvolver atividades que contribuam para o crescimento da Linea, inclusive ocupando cargos estratégicos”, complementa.
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Com a palavra,
eles...
Renan Araujo Carleto, 14
Bruna Alves Gondo, 14
Thaís Teixeira Vieira, 14
Vinícius Simões Trujillano, 16
Até aqui, a maior parte das impressões sobre a geração Z foram dadas por profissionais, mas ninguém melhor do que eles próprios para nos dizer o que pensam sobre a vida, não é mesmo? Reunimos uma turma com cinco jovens que responderam – quase – tudo que nós e muitos pais gostaríamos de saber. Ricardo Acevedo Diaz Filho, 15
Raio-x da geração Z Por Tamiris Monteiro
Logo de cara, o que deu para identificar é que liberdade é palavra de ordem para eles. Quando pensam no comportamento das gerações passadas, acham que têm mais liberdade para sair e também para fazer outras coisas que pais e avós não podiam. No que diz respeito ao que sonham para o futuro, mesmo que ainda sem grandes perspectivas, a maioria manifestou o desejo de viajar mais e morar em outro país. Como maiores medos, apontaram a violência e a perda de pessoas que amam. Já sobre o que mais os deixa chateados, falaram em falsidade, falta de humildade, preconceito, machismo e o assédio que as mulheres sofrem. A relação com dinheiro foi outra questão levantada. Todos afirmaram não ter mesada e entender a importância do dinheiro, evitando, inclusive, pedir produtos muito caros para os pais. Contudo, em determinado momento, Vinícius ressaltou que, talvez, fosse importante ter uma mesada, pois seria uma maneira de adquirir consciência financeira desde cedo, administrando 36
o dinheiro como uma espécie de salário. Todos concordaram com a opinião de Vinícius. Em relação a droga e sexo, contaram que muitos dos amigos usam álcool, maconha e LSD, e que o acesso a essas drogas é fácil. Acham que as relações sexuais acontecem realmente mais cedo que antes, mas que o diálogo com os pais a respeito de sexo é mais aberto e que constantemente recebem orientação sobre a importância de métodos de prevenção para evitar doenças e uma gravidez indesejada. No campo da política, a maioria acredita que a corrupção está entre os maiores problemas do Brasil e que o País demorará a sair da situação econômica em que se encontra. Pensam que a geração deles tem poder para reivindicar mudanças sociais, mas enxergam que as reivindicações têm sido feitas de maneira incorreta, a julgar pela falta de resultados. Acham que deveria haver mais manifestações, mas todas sempre pacíficas.
CAPA
Tecnologia Por Jônatas Ferreira
A galerinha mostrou que a internet tem estado conectada diretamente com suas vidas e só de pensar em ficar alguns dias sem a rede, a sensação é de desespero. Do ponto de vista tecnológico, os avanços só têm sido favoráveis. Na Educação, o uso do tablet arranca elogios. Os livros grossos, as mochilas pesadas, o excesso de papel... tudo ficou mais prático com o aparelho, que facilita também quando se está copiando algum conteúdo do quadro e o professor está prestes a apagar tudo ou na hora de desenhar os complicados mapas – tudo se resolve com um clique na câmera. Enquanto seus pais, tios e avós estão começando a se adaptar ao Facebook, a Z deixou a rede de Zuckenberg para segundo plano. Instagram, Twitter e Snapchat são os mais queridos. O estudo por vídeos é uma opção a ser considerada. Vídeoaulas pelo Youtube foram comentadas como bom complemento de uma aula ou de alguma curiosidade e entretenimento para aprender, principalmente pelo recurso de poder voltar o conteúdo a qualquer momento. A maior impressão que tive na conversa com eles é: o mundo gira em torno da palma da mão.
Mercado de trabalho Por Cris Marques
Apesar da maioria não ter definido a profissão que irá seguir, exceto Vinícius que foi enfático ao afirmar que quer trabalhar na Bolsa de Valores, todos os entrevistados pretendem terminar o ensino médio e já ingressar no ensino superior. Mas uma oportunidade para um intercâmbio seria muito bem-vinda nesse meio tempo, sendo a Bruna a maior entusiasta dessa ideia. Para a busca do primeiro emprego, os jovens acreditam que bater na porta da empresa e deixar por lá um currículo impresso, além de ainda usual, é a forma mais fácil, mas também sabem que a internet, com seus inúmeros sites de vagas, pode ajudar. Para o emprego dos sonhos, apesar de admitirem entre risos que ganhar bem é um fator que, com certeza, chama a atenção, trabalhar com o que gosta é o mais importante. Mas não pense que eles não entendem que felicidade nem sempre é oportunidade e que, por vezes, é preciso encarar outra área com vagas abertas ou salário maior para depois ir atrás de uma paixão. “A gente será feliz trabalhando com o que gosta, mas não seremos felizes na hora de ter que pagar alguma coisa e não ter dinheiro”, afirma Ricardo Acevedo. Eles finalizam essa parte da entrevista afirmando que, assim que começarem a trabalhar, já querem morar sozinhos para garantir, assim, a tão sonhada liberdade. 38
Relações sociais Por Val Oliveira
O ser humano é sociável por natureza e as relações sociais, além de importantes para o desenvolvimento, podem dar indícios de como pensam os indivíduos de determinado círculo. Ao entrevistar este grupo de jovens, que já são amigos há algum tempo, fica evidente como a fala de um reflete o pensamento do outro. Eles são unânimes ao afirmar que o relacionamento com os pais é saudável, apesar de terem algumas “rusgas”. Relataram que as cobranças dos pais quanto aos estudos, horários e companhias são cansativas e que talvez pudessem ser mais pacientes. Por outro lado, afirmam que a relação é de confiança, que o diálogo “é tranquilo, é favorável” e entendem que as broncas que recebem são sempre aplicadas com as melhores intenções. “Às vezes eu respondo mal aos meus pais e sei que preciso tratá-los melhor, mas mesmo sabendo que os sermões são para ajudar, não é legal e é muito difícil aceitar”, diz Renan Araujo Carleto. Sobre o relacionamento com os irmãos, primos, professores e demais conhecidos, eles pensam que são bons amigos e boas companhias e que a diferença da amizade entre pessoas conhecidas e com familiares é que a liberdade para se dizer o que pensa é sem limites com uns e limitada com outros. Do grupo, apenas Vinícius relatou ter tido um relacionamento amoroso. Os demais acham que é cedo para pensar no assunto, apesar de admitirem que as “ficadas” acontecem. Para eles, qualquer tipo de compromisso afetivo deve ser algo a ser pensado após a conclusão do ensino superior ou quando a vida estiver estabilizada financeiramente.
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PERFIL
Apaixonada pela gestão de pessoas Antes mesmo de conhecer a empresária Débora Gibertoni, 35, ainda na sala de espera, já havia prendido minha atenção em uma estante, protagonista total da sala e que dizia muito sobre a personalidade da entrevistada. No espaço, “O Segredo” e a “A arte da Guerra” ficavam lado a lado de volumes sobre coaching e, claro, vendas. Iniciada a entrevista, comecei com perguntas sobre sua vida pessoal até perceber que aquele não seria um perfil normal, pois ali mulher, empresa, vocação e o amor por gerir pessoas se misturavam em uma trajetória só.
Por Cris Marques
Fotos: Rafael Almeida
Hoje mastercoach, practitioner em PNL (programação neurolinguística) e diretora e proprietária do Grupo Comercial RH e da K.L.A. Educação Empresarial – unidade Guarulhos, Débora Gibertoni, quando mais nova, tinha um sonho muito diferente sobre sua profissão: queria cursar direito e ser juíza. Nascida e crescida em São Paulo, ela já trabalhava quando ingressou na faculdade de publicidade e propaganda, curso que ela podia custear na época. Em 2004, começou a trabalhar com material promocional e banners no negócio da família. “Fiquei com a parte de pessoal e lembro que, no começo, tínhamos apenas três funcionários: o ajudante, o rapaz da produção e o impressor. Lidar com eles foi bem desafiador porque era fábrica, produção mesmo e eles não tinham nenhuma qualificação; tive até que instruir como deveriam se vestir, não só por segurança, mas pela imagem da organização. Eu criei uma cultura ali dentro, do zero. Em 2011, quando saí de lá, o quadro de funcionários já contava com 37 colaboradores”. 40
E foi essa experiência que abriu um caminho totalmente novo para ela. “Eu sempre gostei dessa parte de desenvolvimento de potenciais e foi aí que escolhi o coaching, que é uma metodologia que trabalha o autodesenvolvimento. Nesse momento, sabia que queria lidar com comportamento, mas não tinha nada formatado”. Depois de tornar-se coach, de uma formação em PNL e um curso de gestão de RH, pelo Senac, em 2013, surgiu a oportunidade de abrir uma franquia da KLA em Guarulhos, ao lado de uma pessoa que conheceu durante o curso e que era moradora da cidade. “Ela ficou só um ano, mas eu continuei. E atuando na área empresarial, de vendas, finanças, marketing e outras, entrei em contato com proprietários, diretores e gerentes comerciais, que me mostraram uma necessidade do mercado: profissionais voltados para vendas e com formação e especialização naquilo. Assim, em 2014, eu formatei o Grupo Comercial RH pra trabalhar com recrutamento e seleção exclusivamente para a área comercial”.
Formando vendedores
De acordo com Débora, quem se torna vendedor de profissão normalmente o faz por falta de opção ou uma formação específica e acaba tendo que aprender por conta própria, sem uma base sólida ou uma formação. E é aí que surgem os problemas das corporações. “Com meu know-how na gestão de pessoas e o coaching, percebi que um bom profissional precisa ser trabalhado, atualizado e motivado. Além dos vendedores caírem de paraquedas, eles acabam tendo de desenvolver algo que é crucial para a sobrevivência daquela empresa: trazer faturamento. Muitos falam que o comercial é o coração de uma instituição e é mesmo; afinal, é ele que ‘paga’ as contas. Mas muitos contratam, ensinam a usar o sistema e não dão treinamento comportamental. E eu vi aí uma oportunidade de negócio, porque vender não é simplesmente apresentar ou empurrar um produto, e sim criar um relacionamento, orientar”. Com a K.L.A. Educação Empresarial e sua metodologia própria de escola de vendas e o Grupo Comercial RH, Débora conseguiu formatar uma solução completa. “Se eu já trabalho como agência de recrutamento, por que não treinar o candidato um pouco mais, entregando para a empresa que me contratou alguém com o perfil ide-
al, qualificado e mais motivado? Então, minhas empresas vêm totalmente ao encontro uma da outra”.
Vossa excelência, o cliente
Antes de sua atuação, Débora também é consumidora e, com suas vivências, entende ainda mais o que o mercado precisa. “Estava em uma loja especializada em café, na Mooca, em São Paulo; pedi uma salada de frutas e a funcionária me disse que não tinha, porque as frutas estavam na geladeira do escritório do dono e ela não podia pegar; faltava papel higiênico no sanitário feminino e o wi-fi estava bloqueado. Não fiquei satisfeita e mandei um e-mail para o endereço eletrônico geral da rede. Isso exemplifica a importância do que fazemos como um todo, incluindo o serviço de cliente oculto, no qual a gente elege algumas pessoas para ir em determinado estabelecimento e fazer toda a avaliação: do produto ao atendimento, passando até pela limpeza do banheiro. Eu acredito que quem está pagando pode exigir, sim, e um bom atendimento é o mínimo de respeito que pode ser oferecido”, conta ela, que almeja e trabalha arduamente para que sua empresa se torne referência em excelência no atendimento ao cliente até 2020.
Vida e trabalho
E se tem quem diga ser rato de biblioteca, Débora assume mesmo ser rata de treinamentos e reuniões de negócios, o que não a faz menos leitora, claro. “Eu adoro fazer cursos, tanto que participo dos que a empresa dá, mesmo que sejam repetidos. Sobre as reuniões, eu gosto de entender qual o problema daquela organização e oferecer uma solução. Atuar junto com ela e poder entregar resultados é minha paixão. Já com relação aos livros, tenho uma mania diferente: dificilmente leio uma obra do começo ao fim. Eu pego dez de uma vez e aí leio um capítulo aqui, outro ali e isso vai me agregando conteúdos e ensinamentos que vou colocando em prática na vida pessoal e também nos processos de coaching, e é por isso que tenho uma estante cheia. Isso me deixa aberta para o conhecimento, algo que acho que todos deveriam fazer”, finaliza ela.
LIVROS
Os adolescentes curtem ler Por Jônatas Fereira Fotos: divulgação
A adolescência é a fase do conflito: ora amam demais, ora odeiam demais. Quem nunca passou por isso? Mas a grande verdade é que, por detrás desses sentimentos, existem vorazes leitores que adoram o cheiro de livro novo e mergulham em profundidade nas histórias que se apliquem à sua vida. As vantagens de ser invisível Rocco/ Stephen Chbosky (2007) As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, são alguns dos temas da juventude tratados por Charlie. A obra foi toda escrita em forma de cartas. Sob o céu do nunca Rocco/ Veronica Rossi (2013) Em um cenário pós-apocalíptico, a população do planeta se dividiu entre aqueles que conseguiram esconder-se em cidades encapsuladas, conhecidas como núcleos, e as que sobreviveram nas áreas externas, mas tornaram-se primitivas. A escritora Veronica Rossi utiliza-se da oposição dessas duas sociedades para pensar o poder da tecnologia, seus benefícios, malefícios e a alienação que pode provocar nas pessoas. Série Harry Potter Rocco/ J.K Rowling (2012) A série Harry Potter não é só conhecida pelo seu estrondoso sucesso em todo o mundo. O bruxinho mais famoso das telinhas – e dos livros – conquistou o coração dos jovens e fez milhões de adolescentes, que aparentemente tinham problemas com leitura, mergulharem na história de maneira incrível, a ponto de indicarem para seus pais, irmãos e até mesmo avós.
Os Bons Segredos Seguinte/ Sarah Dessa (2015) Sydney sempre viveu à sombra do irmão mais velho, o queridinho da família. Até que ele vai parar na prisão. Com uma série de personagens inesquecíveis e descrições gastronômicas de dar água na boca, “Os bons segredos” conta a história de uma garota que tenta encontrar seu lugar no mundo e acaba descobrindo a amizade, o amor e uma nova família no caminho.
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EU QUERO
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Rosa X Azul Por Tamiris Monteiro
Fotos: Divulgação
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Neste ano a Pantone escolheu Rose Quartz e Serenity Blue para serem as cores do ano. A seleção é o resultado de uma série de pesquisas realizada pela empresa, que mostra a população global em busca de uma pausa na loucura do dia a dia. A mescla de tonalidades também surge para prosseguir a discussão e a quebra de padrões de gênero, sobre o que significa ser homem ou mulher. E, por serem tons pastéis, juntos, sugerem paz, tranquilidade e desaceleração, uma combinação perfeita para levar para dentro de casa. De carona nessa onda, separamos algumas sugestões para dar um up na decoração. Confira. 12 10 6
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1. Pendente Volt, R$ 669. Interiore Design www.interioredesign.com.br 2. Sofá Origami, R$ 2.939.
9. Batedeira Cadence BAT505, R$ 249,90. Americanas www.americanas.com.br
Designer Fernando Jaeger www.fernandojaeger.com.br
10. Taça de água Paris, R$ 19,99. Etna www.etna.com.br
3. Cadeira Iaiá, R$ 392. Designer Fernando Jaeger www.fernandojaeger.com.br
11. Ventilador de Teto Greco 127V 3P Rosa, R$ 214,99. Mobly www.mobly.com.br
4. Abajur de Leitura Premier Vintage Azul, R$ 249,94. Madeira Madeira www.madeiramadeira.com.br 5. Guitarra Tagima Telecaster T-405, R$ 1.031.
12. Vaso Morocco, R$ 29.Designn Maniaa www.designnmaniaa.com.br
Kabum www.kabum.com.br 6. Caneca Kina, R$ 24,90.
14. Poltrona Sofia com balanço e puff, R$ 398 Casas Bahia
7. Rack Biscoito Fino, R$ 1.299. 8. Mesa Lateral Eme, R$ 349. OPPA www.oppa.com.br
13. Toalha de Banho Buddemeyer Fio Penteado. R$69,90. Zelo
15. Multikids Urso de Pelúcia Bonnie Bear 20cm, R$ 35,90. Kabum www.kabum.com.br 16. Jogo de panelas Silit. Punto Casa
ESPELHO MEU
Xampu antioxidante
parceiro dos cabelos tingidos
Por Val Oliveira Fotos: Divulgação
Quando se pensa em mudar o visual, pintar o cabelo é, geralmente, uma das primeiras alternativas consideradas. Porém, além de correr o risco de ficar quebradiço e com aparência de palha seca, outro “efeito colateral” que os cabelos tingidos, em especial os loiros, podem sofrer é o surgimento do tom alaranjado. Com o passar do tempo e após muitas lavagens, numa tentativa do cabelo em retornar ao tom natural, principalmente se a cor original dos fios for preta ou castanho, a coloração “água de salsicha” se sobrepõe ao loiro. Para minimizar o problema e adiar a visita ao cabeleireiro para retoques e livrar-se do aspecto ressecado e tonalidade envelhecida, a saída é fazer uso de xampus antioxidantes, desamareladores ou matizadores. Segundo a cabeleireira Nivea Passareli, cabelos tingidos em diferen46
tes tons de loiro e até os brancos naturais podem sofrer essa descoloração gradual. “Para impedir que a cor fique laranja, é importante, além da hidratação uma vez por semana, tonalizar ou matizar. Isso faz parte do processo de manutenção do cabelo loiro, que requer muito cuidado para que tenha aparência natural e saudável”, diz. A profissional também explica a diferença entre xampu antioxidante, desamarelador e matizador. “O matizador é mais usado no salão para fazer a correção da cor. É um pigmento da cor violeta que puxa o tom do loiro para o cinza, funcionando como neutralizador. Já o xampu desamarelador ou antioxidante é para manutenção do cabelo em casa. A diferença está entre as marcas, nas quais os produtos podem ser suaves ou mais concentrados em uma do que em outra”, explica.
Frequência das aplicações
Para saber qual produto melhor se adapta ao seu tipo de cabelo, é importante testar as diferentes marcas e observar qual apresenta resultado mais satisfatório, justamente por causa da concentração de pigmentos, que pode variar de acordo com a marca. “Dependendo do produto, a indicação é usar o desamarelador a cada duas ou três lavagens, ou a cada 10 dias”, declara.
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Complemento
Os xampus antioxidantes colaboram para que você fique satisfeita com seu loiro por mais tempo. Contudo, para deixar os cabelos tingidos mais sedosos, brilhantes e com a cor em dia, há também os condicionadores e máscaras hidratantes, também antioxidantes e desamareladores. “Cada item tem a sua função específica. O xampu é para limpeza, o condicionador é para dar emoliência. Já a máscara e o creme para pentear ajudam a desembaraçar e hidratar. Usando todos os itens, certamente o resultado será bem melhor e satisfatório”, conclui Nivea.
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1 - Acquaflora 2 - Amend 3 - Cadiveu 4 - Kerastase 5 - L’anza Healing Colorcare Silver 6 – Live life 7 - Loreal Profissional Silver 8 - Redken Blonde Idol Violet
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SAÚDE
Mitos e verdades sobre o dente do
siso
Por Tamiris Monteiro
Fotos Banco de imagens e arquivo pessoal
Quem já chegou à fase adulta, provavelmente, em algum momento da vida, já deve ter se perguntado o que fazer com o terceiro molar, popularmente conhecido como dente do siso. Seja pela dor que causa em muitas pessoas no seu processo de desenvolvimento ou por sua extração ser corriqueiramente recomendada pelos dentistas, é comum que existam muitas dúvidas acerca do assunto e sobre qual é a forma mais saudável de lidar com o que pode ou não ser um problema. De acordo com o dentista Eduardo Jallas, não há uma idade exata para os dentes do siso nascerem, mas geralmente acontece por volta dos 17 ou 18 anos. “É bastante comum as pessoas sentirem dor no nascimento desses dentes, por causa da localização deles: lá atrás na boca, onde o espaço entre os molares de baixo e de cima é pequeno. Para agravar, com a vinda deles, às vezes, ocorre uma inflamação da gengiva, que
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pode causar muita dor, piorando a situação. Mas de maneira resumida, o maior agravante para os dentes do siso é o pouco espaço que têm para se desenvolverem. Com a alimentação moderna, mastigamos muito menos que antigamente e isso causa um menor crescimento do osso onde os dentes estão, o que faz com que fiquem impactados e não nasçam ou deem muito trabalho para nascerem”, explica Jallas. Apesar de possíveis complicações, a extração não é regra. “A extração só é recomendada se o dentista verificar que existe a possibilidade de o dente causar algum tipo de problema. Analisamos a localização, se os sisos podem causar cistos, reabsorções das raízes dos outros dentes e reabsorções ósseas. Normalmente, uma radiografia panorâmica é suficiente para o diagnóstico. Além dela, podemos também utilizar as tomografias, para uma melhor localização e planejamento”, pontua.
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SAÚDE O alinhamento dos dentes pode ser outro motivo para a extração, porque a força da erupção dos sisos pode fazer com que dentes vizinhos fiquem desalinhados ou até apinhados (uns por cima dos outros). O nascimento dos sisos também pode atrapalhar o tratamento ortodôntico. Como são os últimos da arcada e normalmente têm pouco espaço, podem dificultar a movimentação dos outros dentes em tratamento com aparelhos ortodônticos. Outra dúvida bastante frequen-
te é se quando é extraído um dente,
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todos os outros precisam ser retirados também. Para o dentista Eduardo Jallas, o recomendado é que todos sejam removidos, por uma questão funcional. “Quando tiramos um dente do siso, o dente antagonista, o oposto ao que foi retirado, deixa de ter função na mastigação, por isso, os dentistas costumam sempre tirar pelo menos os dois do mesmo lado. No entanto, lado direito e esquerdo ficam desequilibrados e, então, normalmente removemos os quatro”, avalia.
O dentista Eduardo Jallas
JOGO RÁPIDO - Mesmo antes de sair da gengiva, o siso está sujeito a cáries? Não. Qualquer dente só corre esse risco quando exposto ao meio bucal, ou seja, quando a gengiva não o cobre mais totalmente. O que pode acontecer é uma pequena parte dele ficar exposta e a pessoa não perceber ou não conseguir cuidar adequadamente; aí sim, esse dente, mesmo não tendo nascido totalmente, pode ter cárie. - Sisos inclusos podem provocar perda óssea? Sim. E essa é uma das principais indicações para a remoção deles. Além de cistos ósseos e reabsorção das raízes dos outros dentes, dependendo da posição deles. - É verdade que o siso pode atrapalhar a movimentação dos outros dentes, a fala e a respiração? Isso é um pouco controverso. Se a pessoa precisa movimentar os dentes do fundo, o siso pode atrapalhar. Mas depende de cada pessoa, do espaço, da necessidade. Dificilmente ele interfere diretamente na fala e na respiração. - Por que algumas pessoas não desenvolvem todos os dentes do siso? Com o passar do tempo, a humanidade mudou drasticamente sua alimentação, passando a exigir cada vez menos da musculatura facial, que é o que estimula o crescimento ósseo. Com menos espaço, os dentes do siso foram ficando cada vez mais dentro do osso, ou seja, sem função. Com a evolução da espécie humana, eles foram sendo cada vez menos necessários, e o resultado são pessoas que não desenvolvem um ou mais sisos.
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PASSARELA
A moda da
customização Por Cris Marques
Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagens
O carnaval já passou e, apesar dessa ser a época do ano na qual os tutoriais de customizações mais pipocam na internet, justamente pela possibilidade de transformar um simples abadá – roupa usada para ter acesso a micaretas e camarotes – em algo diferenciado, essa moda vai muito além dos bloquinhos. De rasgos nas calças jeans a aplicação de spikes, passando pela transformação completa de uma simples camiseta de algodão até a reforma de uma peça que não é mais usada, a técnica chama a atenção, pois permite criar um visual único, criativo e totalmente personalizável. Juliana Sena (foto), consultora de estilo pessoal e blogueira do El Ropero (www.elropero.com), conta que customizar vestimentas não é algo recente. “Se formos analisar a história, desde a pré-história o homem já possuía ‘esse dom’. Com a necessidade de se cobrir para se proteger do Sol, da chuva ou do vento, nossos antepassados usavam as peles dos animais e as decoravam com os dentes deles”. Para ela, apesar de sempre presente, foi durante os anos 90 que a arte de customizar peças se destacou, de fato. “Naquela época, cada um queria sobressair em meio à multidão e deixar sua marca registrada e, hoje, com essa década em alta como inspiração para as novas tendências lançadas, não é diferente. Customizar bolsas, calçados e jaquetas voltou com tudo. Os patches [termo em inglês que significa remendo e, na moda, aparece como um pedaço de tecido bordado e termocolante] estão aí para comprovar isso: são bem baratinhos e fáceis de encontrar, em qualquer loja de armarinhos tem, e basta usar o ferro de passar para aplicar na peça que deseja customizar”.
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É simples, mas nem tanto
No universo das customizações, é possível, reformar peças inteiras e, mais do que habilidade, o que vale mesmo é a criatividade. Lógico que existem tutoriais bem simples, como os de tintura, que não exigem muita destreza manual, apenas paciência para esperar que a peça seque depois do tingimento, e outros mais complexos, com agulha e linha e até máquina de costura. Juliana já se aventurou na reforma de dois itens que, depois da aplicação de tachas e pedrarias, ganharam nova cara. “Tinha em casa, parada, uma bermuda com modelagem antiga, estilo pescador. Como o tecido ainda estava em bom estado, acabei optando por uma transformação. A primeira coisa que fiz foi levar em uma costureira para deixar com um comprimento mais atual. Depois fui atrás de peças para bordar, um botão novo e aplicações”. (Confira no link goo.gl/b6p2ba o passo a passo do processo). Ela não pensa em parar por aí. “Uma ideia que estou louca pra colocar em prática é a customização de um blazer preto com patches com minhas iniciais e mais algumas imagens bacanas, bem a cara dos anos 90”.
Diga não ao básico
Em uma rápida busca na internet, é possível encontrar tantos tutoriais, que difícil mesmo será escolher um deles. Os mais famosos são feitos com camisetas básicas de algodão que, depois de manipuladas, viram blusinhas com os mais diferentes modelos.
Vale o clique
Confira sites e canais que ensinam, entre outros tutoriais, a customizar roupas com as mais variadas técnicas: Ana Loureiro - www.youtube.com/anacarolloureiro Customizando - customizando.net Dica da Ka - dicadaka.com Julia C Forti - www.youtube.com/juliaforti Keep Calm and DIY - www.keepcalmdiy.com Leila Ramos’ World - goo.gl/KFGQ5n Mônica Pateis - www.youtube.com/monicatpateis Oficina da Moda - www.oficinadamoda.com.br
Para tentar em casa:
• Corte as mangas e a gola, uns dois dedos abaixo da costura normal da camiseta, e você terá uma regata que pode ser mais ou menos cavada, de acordo com o seu gosto; • Corte várias tirinhas na diagonal e você terá uma blusinha de franjas. Se quiser, você também pode juntar duas tirinhas e dar um nó, intercalando até o final; assim ela fica trançada; • Desenhe um coração nas costas e recorte; assim o vazado cria o desenho e deixa a peça mais divertida; • Ainda seguindo a ideia acima, você pode desenhar olhos, nariz e dentes, criando a imagem de uma caveira. #Ficadica: não se preocupe com o corte irregular, pois, ao terminar, basta puxar a camiseta com as duas mãos para esgarçar aquele pedaço; isso faz com que o tecido estique e dobre, sumindo com a rebarba. 53
BEM VIVER
Gordura boa
pode e deve ser consumida
Por Tamiris Monteiro
Fotos: Divulgação
É comum escutarmos que para manter a saúde em dia ou perder peso é preciso cortar a gordura da alimentação. Mas, você sabia que algumas gorduras são boas e essenciais para o nosso organismo? A nutricionista Erika Borges da Silva explica que, na natureza, existem dois tipos de gorduras: “as saturadas, chamadas de gorduras ruins; e as insaturadas (mono e poli-insaturadas), consideradas boas”. Segundo a profissional, o que difere uma da outra é a sua estrutura química. “As gorduras ruins, geralmente, são de origem animal - com exceção do dendê e coco que são fontes vegetais dessa gordura -, e as gorduras boas são 100% provenientes dos alimentos vegetais, como frutas e sementes”, pontua. E se a gordura ruim faz um mal danado à saúde, a insaturada só traz benefícios. De acordo com a nutricionista, a ingestão delas está relacionada ao crescimento e desenvolvimento celular e ao bom funcionamento do metabolismo, além de ter efeito anti-inflamatório, melhorando o sistema imunológico. Também ajudam no 54
controle da glicemia e controlam os níveis de gorduras no sangue, aumentando o colesterol bom. “Para os esportistas, consumir gorduras do bem ajuda na produção de hormônios relacionados ao anabolismo. E para as mulheres, ajuda no combate dos sintomas da TPM. Aquela vontade louca por doces, por exemplo, é, na verdade, o corpo pedindo mais gordura para produzir hormônios sexuais femininos que, nesse período, ficam em alta. E óbvio que a forma mais saudável de fornecer o que seu corpo precisa é oferecendo as gorduras certas e não as ruins encontradas nos doces tradicionais”, avalia. Embora os nutrientes com boas gorduras sejam benéficos, é importante lembrar que é preciso cuidado ao incluí-los na alimentação. “As quantidades devem ser moderadas, por serem alimentos calóricos. Cada grama de gordura fornece nove calorias na dieta. Por isso, para saber as quantidades adequadas, é essencial consultar um nutricionista”, ressalta Erika.
Alimentos ricos em gorduras boas Abacate
Ajuda a controlar o índice glicêmico das refeições, garante maior saciedade e tem em sua composição a glutationa, que tem potente ação anti-inflamatória; e o beta-sitosterol, que ajuda a inibir a absorção intestinal de colesterol e diminui a síntese de colesterol hepático.
Azeite de oliva extravirgem
Rico em polifenóis, possui efeito antioxidante, garantindo o combate dos radicais livres do organismo; evita entupimento de artérias e ainda é rico em vitamina E e Ômega-3, ajudando a hidratar unhas e cabelos. Há artigos que afirmam que o consumo de uma colher de sopa de azeite cru, por dia, auxilia na redução da gordura abdominal.
Castanha do Pará
Além de conter gordura boa, a castanha é riquíssima em selênio, um poderoso antioxidante capaz de prevenir o câncer, potencializar nosso sistema imunológico e ajudar no bom funcionamento da tireoide. É também rica em vitamina B, E e magnésio, auxiliando no combate ao estresse e à compulsão por guloseimas.
muito mais eficaz do que as gelatinas cheias de açúcar.
Linhaça
Rica em Ômega-3 e fibras, auxilia no controle da glicemia, regula a saúde intestinal, apresenta ação anti-inflamatória e antifúngica, além de ajudar no controle da pressão arterial e da hipercolesterolemia. Há estudos que relacionam seu consumo à prevenção da osteoporose.
Pasta de amendoim integral, sem açúcar
Rico em proteínas, vitaminas A e E, cálcio, magnésio, zinco, ferro e polifenóis e antioxidantes que auxiliam no combate de radicais livres no organismo, garantindo mais disposição ao longo do dia. Além de reduzir o risco de lesões e de fadiga muscular.
Óleo de coco extravirgem
Ajuda a regular a flora intestinal, é poderoso antioxidante devido à presença da vitamina E e é considerado um alimento termogênico por aumentar a oxidação de gorduras; auxilia no emagrecimento, ao estimular o aumento de hormônios da saciedade.
Peixes
Os peixes gordos de água gelada são riquíssimos em Ômega-3 e, se consumidos ao longo de toda a vida, são benéficos para o desenvolvimento das estruturas do cérebro e da retina. A desvantagem é que peixes criados em cativeiro não desenvolvem essa gordura, pois não vivem em temperaturas tão baixas.
Óleo de prímula
Rico em Ômega-6, ajuda a driblar os sintomas da TPM tanto no efeito anti-inflamatório (alívio de cólicas), quanto no controle emocional. Há também estudos que demonstram eficiência no tratamento de artrite reumatoide, dores no peito, eczema, osteoporose, colite ulcerativa, diabetes e na elasticidade da pele, de uma forma
Atenção
Há também outra gordura classificada como “ruim”, que é a gordura hidrogenada ou trans. É uma gordura vegetal manipulada pela indústria para ser utilizada de forma sólida e duradoura nas prateleiras do mercado, mas essa alteração em sua estrutura química a torna prejudicial à saúde, como a gordura das frituras.
Erika Borges da Silva nutricaonoesporte.wordpress.com @erikaborgesnut (11) 9 8261 5615 55
MESA
Bolo do bem é opção para intolerantes a glúten e lactose Por Tamiris Monteiro Fotos: Rafael Almeida
O que geralmente as pessoas esperam de um bom bolo caseiro é um misto de simplicidade com aquele gostinho todo especial que lembre as receitas que as vovós faziam nas tardes de domingo. E para a alegria dos guarulhenses, de uns anos para cá – sem exigir muito das avós –, ficou bastante fácil saborear essas delícias, já que muitas lojas especializadas em bolos caseiros abriram as portas e passaram a oferecer do tradicional fubá a sabores mais elaborados, como churros. No entanto, o que parece acessível para muitos pode não ser tão simples para as pessoas com restrições alimentares, como intolerância ao glúten e à lactose. Pensando exatamente nesse grupo minoritário, porém, carente de opções, é que a Bolo do Bem abriu as portas no início deste ano. Especializada em fazer bolos caseiros que não levam farinha de trigo nem leite de vaca em suas receitas, a loja nasceu do sonho e também da necessidade que a empresária Ana Maria Sanches enxergou ao não encontrar pela cidade lugares que oferecessem quitutes sem glúten e lactose. Casada, com cinco filhos e um neto, Ana descobriu que, de toda a família, era a única intolerante. E depois de três anos tentando adaptar-se à nova condição e fazendo receitas por conta própria, concluiu que poderia levar suas habilidades para além da cozinha de casa. “Pesquisava receitas na internet e fazia por conta, principalmente das coisas que gostava. Tinha vontade de comer e não podia por causa do glúten. Mas as receitas 56
que eu preparava agradavam tanto, que minha filha, que faz academia, comentava com as amigas que eu havia feito um bolo ou pão sem glúten e algumas delas apareciam em casa para provar. Às vezes, até pediam algo específico e eu acabava fazendo. Percebendo essa aceitação, comecei a pensar que não havia nada em Guarulhos que oferecesse opções de alimentos sem glúten e lactose. E isso é bem ruim, porque sei o quanto é difícil querer sair para comer algo diferente e não poder. Com isso, amadureci a ideia de fazer um espaço que vendesse bolos, e a escolha por comercializar bolos, especificamente, aconteceu porque era um dos doces que eu mais sentia falta de comer”, explica Ana. Com mais de dez sabores, a loja Bolo do Bem produz bolos de laranja, fubá com calda de goiaba, milho, chocolate e outros. Destaque para o de cenoura com calda de chocolate belga e para o brownie, considerados carros-chefes da casa. Além dos bolos, também se pode saborear rocamboles de banana, morango, chocolate, maçã com canela e cafés gourmets, acompanhados ou não com leite de amêndoas ou castanha de caju. Aceitam-se encomendas de bolos mais elaborados para festas. Bolo do Bem Rua Josephina Mandotti, 78 Tel.: 2600-3831 www.facebook.com/bolodobemlegitimo
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BEM VIVER
Os benefícios das
Por Val Oliveira Fotos: Banco de imagens
águas aromatizadas
Nos dias mais quentes, são maiores as recomendações e preocupações quanto a manter o corpo hidratado. O organismo “contabiliza” todos os líquidos presentes nos alimentos ingeridos; entretanto, neste quesito, a água potável é a grande responsável por manter o corpo em bom estado de funcionamento. Há muita gente que não tem por hábito tomar a quantidade de água diária necessária, talvez porque o líquido transparente não tenha cor ou gosto específico, tornando-se menos atrativo. Porém, é possível mudar essa realidade com as águas aromatizadas ou saborizadas, a partir da adição de frutas e ervas. Segundo a nutricionista Alessandra Luglio, da Clínica P4B – Instituto de Saúde Personalizada, a água saborizada, apenas com o acréscimo de ingredientes in natura, deve ser priorizada, em detrimento das industrializadas, que podem conter corantes, aromatizantes e adoçantes artificiais. A profissional informa também que não existe uma receita padrão para o preparo da água aromatizada em casa, pois a graça é justamente usar a criatividade e inventar novas combinações, de acordo com as preferências individuais. “O cuidado que se deve tomar é sempre higienizar bem os ingredientes e conferir se estão frescos e maduros, para realçar o sabor. Por ser natural, todas as pessoas podem tomar o líquido, pois a flavorização da água não interfere em nada na nutrição. É uma forma de facilitar a hidratação para aquelas pessoas que têm dificuldade em manter o hábito de tomar água. Elas podem ser ingeridas na mesma quantidade da água tradicional. É claro que o exagero nunca é indicado e isso serve para qualquer tipo de bebida ou alimento”, explica. Alessandra ressalta também que o ideal é que a água seja consumida no mesmo dia em que for preparada, a fim de garantir que as frutas ou ervas não amarguem. Segundo ela, algumas boas combinações são: kiwi com alecrim; limão com gengibre e amoras com hortelã. “A quantidade vai de acordo com o gosto da pessoa”, comenta. 58
Já para Janaina Silva de Souza, nutricionista da Vida Light Nutrição Estética, os benefícios das águas aromatizadas podem ir além do sabor agradável. “Sem a adição de açúcar, elas podem ser desintoxicantes. Uma receita simples, de que eu gosto muito, é feita com laranja, rica em vitamina C, e pepino, que contém antioxidantes naturais, vitamina A, C e K. Para finalizar essa receita, acrescente algumas fatias de limão e folhas de hortelã. O limão siciliano com alecrim e carambola também é muito bom. Outra combinação interessante é o mirtilo com morango, framboesa, hortelã e cravo da Índia”, indica.
Em geral, a água deve ficar na geladeira descansando por, no mínimo, uma hora antes de ser consumida. Nos casos em que as preparações tiverem laranja ou limão, Janaína aconselha que sejam consumidas no mesmo dia, devido ao amargor proveniente das frutas cítricas. “Outra recomendação importante é acrescentar em todas as receitas, independente do sabor, um pouco de suco de limão, a fim de que as frutas como a maçã, por exemplo, não escureçam. É bom lembrar também que a média ideal de consumo diário de água por pessoa é de dois litros”, pontua. Vida Light Nutrição Estética Rua Arujá, 288, vila Tijuco. Tel.: 2409-2230 Clínica P4B – Instituto de Saúde Personalizada Rua Gironda, 167, jd. Paulista – São Paulo. Tel.: 3050-6581
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PETS
Alimentação natural é bem-estar para o cãozinho
Por Cris Marques Fotos: Arquivo pessoal e banco de imagem
Depois de muito pensar e finalmente decidir ter um cão como companhia, seja por meio de uma adoção ou compra, é hora de começar a preparar a casa e adquirir as coisas básicas para o bem-estar do pet. Entre eles, uma cama ou casinha, tigelas e alimento, que, provavelmente, será uma ração dessas já processadas. E, assim como na primeira vez, esse dono voltará periodicamente às lojas do ramo para repor a comida, sempre de olho nas novidades e no que parece ser a melhor opção. Mas, você já parou para pensar quais ingredientes estão presentes em produtos como esses ou que eles contêm corantes e conservantes? E, se os nutricionistas reforçam a importância dos humanos se alimentarem bem, evitando, ao máximo, os industrializados, por que não estender isso também para a dieta do bichinho? Para Renata Ferraz (foto), chef de cozinha, a alimentação natural, também conhecida como AN, entra nessa categoria e tem muitos benefícios. “Ela é barata, pois são ofertados legumes, carnes e carboidratos fáceis de encontrar e preparar. Além disso, o tutor fica ciente de tudo o 60
que vai na tigelinha, pois ele mesmo prepara; as refeições são funcionais; afinal, os ingredientes devem combinar entre si, a fim de garantir maior absorção dos nutrientes e tudo é pesado. Assim, cães e gatos não engordam e os gordinhos entram no peso ideal”, ensina. Petchef da Cãolinária (caolinaria.com.br), ela conta que a empresa surgiu por conta da Nina, uma vira-lata com problemas alérgicos sérios e que, depois de submetida à AN, teve uma melhora significativa em apenas dois meses. “Os amigos que acompanharam o quadro dela começaram a pedir dicas, ajuda e indicações de profissionais; assim, a necessidade de expandir esses benefícios foi imediata. Então eu, Fernanda e Kalu nos unimos e abrimos nossa empresa. [...] Nós não formulamos a dieta, apenas ajudamos a balancear a tigelinha, mostrando a variedade de alimentos que podem ser escolhidos”. Especializada em alimentação natural caseira para animais, a Cãolinária oferta serviços diferenciados, como criação de cardápio, consultoria gastronômica, petchef em casa e a venda de petiscos e bolos de aniversário sob encomenda.
Natural na prática
Ao pensar na alimentação natural como opção para o pet, os tutores precisam ter em mente algo muito importante: ela não é o resto de comida do prato do dono e sim uma dieta preparada sob medida e que deve ser prescrita por um veterinário especialista em nutrição, com base no porte, peso, estilo de vida e, principalmente, saúde do animal. Renata Ferraz afirma que seu custo pode chegar a 1/3 do que seria gasto em ração e que é possível preparar várias refeições de uma vez só e congelar, por até 60 dias. “Ela precisa ser oferecida diariamente, no mínimo, duas vezes. Na Cãolinária, Norah e Canela comem duas vezes por dia, já Lola e Nina (foto ao lado), três vezes. Dessa maneira, o metabolismo delas está sempre ativo. [...] Ao optar pela AN, seu bichinho não irá aceitar mais processados: é um caminho sem volta, cheio de saúde, cores e sabores”.
Só benefícios
Ana Carolina Sanches, estilista e dona dos vira-latas Café e Django (foto abaixo), famosos nas redes sociais com os perfis instagram.com/cafeprejuizo e facebook.com/cafeprejuizo, conta que optou pela alimentação natural por causa de seus benefícios. “Já pensávamos em fazer a mudança pela questão da saúde deles, mas a urgência veio quando o Django passou a recusar ração, de um dia pro outro”. Com a decisão e o aval da veterinária, o processo começou no final do ano passado e já trouxe mudanças notáveis, como a diminuição no volume e cheiro das fezes dos cães e um hálito mais agradável. “Para eles, foi legal desde o princípio; pra gente, foi um pouco difícil em relação à organização do tempo e espaço, mas é tudo questão de adaptação. Na segunda semana, já ficou simples e mais fácil”. Para quem gostou da ideia, além de uma coluna no domínio da própria Cãolinária, a “Pausa para o Café” (caolinaria.com.br/category/pausa-cafe/), contando semanalmente sobre a mudança depois da introdução da AN, Ana ainda deixa uma dica para os donos. “Faça com carinho e dedicação, focando no bem-estar do seu animal; assim, não tem como dar errado, não tem como não ser ótimo”.
Mão na massa Quer variar a dieta do pet? As cãolinaristas da empresa, como elas se autointitulam, ensinam variadas receitas de comidas saborosas e balanceadas, indicadas para cães com uma AN sem restrição, e petiscos, que podem ser oferecidos para qualquer cachorrinho diagnosticado como saudável. Por lá tem de tudo: de papinhas, bolos, sorvetes e panquecas a barrinhas de cereal, panetone e ovo de Páscoa. Vale a visita: caolinaria.com. br/category/blog/receitas.
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BNI Guarulhos, fomentando negócios Por Jônatas Fereira Fotos: Divulgação
Considerado pelos presentes como sendo de impacto, aconteceu na terça-feira, 16, no Hotel Marriot, a cerimônia de lançamento da segunda equipe de empresários do Business Network Internacional (BNI) em Guarulhos, o BNI Destak, que antes mesmo do seu lançamento, já resultou em negócios avaliados em R$ 150 mil através das referências entre participantes. O evento reuniu cerca de 250 empresários que puderam conhecer o novo grupo e participar de um networking com café, gerando novos relacionamentos. A equipe Destak já conta com 27 membros e tem pretensões de chegar a 50 empresários para atingir a ambiciosa meta de cinco milhões de reais de faturamento na cidade. Mesmo com seus poucos dias de atuação, os participantes da nova equipe já colhem bons frutos. “Eu descobri no BNI uma série de coisas nas quais sempre acreditei: economia colaborativa, ajuda mútua (...). Contribuir é um jeito muito legal de receber contribuição. É possível que num grupo de pessoas cada um esteja muito comprometido com a causa 62
comum, e que exatamente por isso acabem colhendo benefícios individuais. O mais legal de tudo é que as pessoas fazem isso baseadas em reputação e credibilidade, sem pagar comissão para ninguém, ou seja, a ajuda acontece pelo propósito e não pela troca de dinheiro. A experiência tem sido fantástica”, relata Fábio Carleto, membro da equipe Destak, que complementa: “Mesmo com pessoas que eram meus amigos, o BNI me deu ferramentas para eu poder entender melhor o negócio deles, pelas quais eu posso ajudar e ser ajudado. Eu acredito que o BNI realmente vai ajudar a aprimorar a cultura empreendedora da cidade”. Após o evento, 45 novos empresários candidataram-se para participar do BNI. “Não tenho palavras para explicar o quanto eu ganhei com a equipe Destak. Moro em Guarulhos há 33 anos e posso dizer que conheci a cidade depois do BNI. Até então, só conhecia amigos de colégio, faculdade e familiares. Hoje conheço empresários da região em quem posso confiar e trocar experiências. Já fechei alguns negócios
referenciados pelos membros da equipe, além de várias propostas de negócios”, comenta Vanessa Veiga, membro da Destak, que espera que a equipe ajude a Agência Mitrah, da qual é diretora, bater a meta de faturamento anual e ser referência em Marketing Digital. O primeiro grupo de Guarulhos, a equipe Sucesso, já fomentou mais de R$ 1,5 milhão desde o seu lançamento. “Guarulhos é uma cidade extremamente rica, com muitas oportunidades para gerar negócios. Eu me sinto desenvolvendo uma cultura nos empresários de Guarulhos para que eles não precisem recorrer a outras cidades para fomentar negócios”, relata Fábio Torres, diretor responsável pelo BNI Brasil em Guarulhos. A seleção de novos empresários continua. Quem deseja participar do BNI Guarulhos deve enviar um e-mail para contato@ bnibrasil.com.br, identificando-se e colocando sua área de atuação. Não são permitidos dois empresários de um mesmo ramo na mesma equipe.
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Ciro Gomes participa de evento do PDT em Guarulhos Por Valdir Carleto
Fotos: Divulgação
O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes esteve no dia 20 de fevereiro, em Guarulhos, participando do Encontro do PDT, partido ao qual está filiado. O evento foi realizado na Câmara Municipal e contou com a participação do ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, presidente nacional do PDT; dos vereadores Heleno e Jesus; do ex-vereador Chicão; de João Vicente Goulart, filho do falecido presidente Jango; além de presidentes de diversos partidos políticos e representantes de vários sindicatos. Ele veio participar do lançamento da pré-candidatura do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, José Pereira dos Santos, a prefeito de Guarulhos. Em sua fala, demonstrou pessimis-
mo com a recuperação da economia do Brasil, alegando a forte influência de fatores externos, com a crise da China e a queda nos preços do petróleo. Criticou a grande mídia, citando que R$ 600 milhões são pagos por ano por empresas estatais federais à TV Globo; disse que todas as publicações da Editora Abril recebem verbas públicas. Afirmou que toda corrupção deve ser apurada e punida, mas que a espetaculização que a mídia faz de situações familiares de políticos não deveria acontecer. Citou como exemplos o sítio de Atibaia, atribuído a Lula, e a denúncia de que uma ex-amante do então presidente Fernando Henrique teria recebido pensão no exterior, por meio de uma empresa.
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Arlequins Grupo de Teatro festeja 40 anos com encenação e livro Por Valdir Carleto
Fotos: Divulgação
O Grupo de Teatro Arlequins promoveu na noite de 20 de fevereiro, sábado, no Teatro Padre Bento, encenação da peça “Os filhos da Dita”, um resgate dramático, porém bem-humorado, do amargo período do regime militar, retratando a falta de liberdade, as torturas, com críticas ao consumismo e à exploração de uns por outros. A autoria é de Éjo de Rocha Miranda e de Ana Maria Quintal, atriz e diretora que está no grupo desde o início. Na peça, Ana divide o palco com Camila Scudeler. A direção é de Sergio Santiago, também fundador do Arlequins. Após o espetáculo, com casa cheia, foi distribuído o livro comemorativo “Arlequins, um sopro de tempo” – 40 anos fazendo teatro, e memória. Produzido com recursos do Programa Municipal de Fomento, da Secretaria de Cultura, o livro reúne fotografias, relatos, depoimentos e recortes de jornais.
Carnaval do Espaço Cultural A Vila O Espaço Cultural A Vila, que promove atividades para a Terceira Idade, realizou na sexta-feira, 5, um baile de carnaval à moda antiga, no Esporte Clube Vila Galvão. O evento contou com a participação de idosos do Lar Batuíra e pessoas atendidas pela ONG Onco Amigo. Famílias, até com crianças, puderam divertir-se, com animação, alegria e respeito. A banda foi comandada pelo maestro Vanderlei Banci. Um grupo de jurados escolheu o Rei e a Rainha do Carnaval da Melhor Idade: Valdenir Neri da Hora e Suely Romano.
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Aula de pilates clássico
no Parque Shopping Maia
Por Tamiris Monteiro Fotos: Divulgação
Em novembro de 2015, o tradicional estúdio de pilates Adriana Trotta e a loja Track & Field do Parque Shopping Maia uniram-se para fazer o primeiro aulão de pilates clássico em prol da campanha de prevenção do câncer de próstata. O evento deu tão certo que ganhou uma segunda edição: o encontro novamente foi sediado no Parque Shopping Maia e reuniu cerca de 30 participantes, entre alunos do estúdio e convidados. “O intuito de fazermos esse tipo de ação é promover bem-estar e sociabilização. Reunir pessoas de idades diferentes que já fazem pilates com as que nunca praticaram mostra que a modalidade está ao alcance de qualquer um”, explica Adriana. De acordo com a professora, outros eventos devem acontecer ainda este ano.
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LISTA 5
Belas
paisagens
Por Val Oliveira
Fotos: Banco de imagens
O Brasil é um país de dimensões continentais e, como diz a canção, bonito por natureza. No País, há cantinhos que são pouco conhecidos, mas que merecem ser admirados. Selecionamos cinco lugares e atrações que parecem uma pintura a céu aberto. Quem sabe aqui não está o roteiro para sua próxima viagem!
Gruta da Pratinha
Situada na zona rural do município de Iraquara, Chapada Diamantina, na Bahia, a Gruta da Pratinha é conhecida pelas águas cristalinas, que, em meio às cavernas, formam piscinas naturais.
Cânion do Xingó
Localizado na cidade de Canindé do São Francisco, no estado de Sergipe, 200 km distante de Aracajú, o cânion formou-se a partir da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó.
Santiago do Iguape
A pequena vila de pescadores e agricultores, que pertence ao município de Cachoeira, na Bahia, é banhada pelas águas do rio Paraguaçu, que forma a baía do Iguape.
São Miguel Arcanjo
A cidade gaúcha abriga o sítio arqueológico conhecido como Ruínas de São Miguel, considerado patrimônio mundial pela Unesco. Há ruínas da escola, da igreja com a casa dos padres e salas de apoio, e também o cemitério, que foram construídos entre os anos de 1735 e 1750.
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Três Picos
Localizado na região serrana do Rio de Janeiro, o Parque Estadual dos Três Picos é tão grande que engloba os municípios de Cachoeiras de Macacu, Teresópolis, Nova Friburgo, Silva Jardim e Guapimirim. Além da rica flora e fauna, a vista é estonteante.