Ano XII nº 97 / Fevereiro / 2015 Diretor Responsável: Valdir Carleto
Márcio Monteiro
Água rasa A temida seca chegou a São Paulo. O que ainda pode acontecer e o que pode ser feito para não deixar a água acabar?
ENTREVISTA Afrânio de Paula Sobrinho, superintendente do Saae PERFIL Clécio Antonio Rodrigues, criador do Bike Style Courier EU QUERO Produtos para decorar a mesa do escritório
O NÚMERO 1 DE GUARULHOS
Fonte: UOL/MEC
e um dos 20 melhores do Estado de São Paulo no ranking geral do ENEM.
RANKING GERAL DO ENEM
GUARULHOS
SÃO PAULO
BRASIL
Mater Amabilis
1º (Média 667,5)
18º
69º
T Parthenon Colégio Unidade I
2º (Média 641,8)
62º
220º
T Parthenon Colégio Unidade II
3º (Média 619,8)
158º
540º
Guilherme de Almeida
4º (Média 617,6)
173º
578º
Julio Mesquita Colégio
5º (Média 603,1)
302º
941º
Novo Rumo Colégio
6º (Média 600,0)
333º
1049º
Augusto Ruschi Colégio
7º (Média 597,1)
364º
1150º
Almeida Gasparin Colégio
8º (Média 597,1)
366º
1153º
Carbonell Colégio
9º (Média 587,4)
491º
1517º
Elite Educandário
10º (Média 577,9)
644º
1957º
Aos alunos, professores e toda a equipe da família Mater Amabilis, o nosso muito obrigado por mais esta grande conquista repleta de dedicação. Aos pais, nosso eterno agradecimento pela confiança e por acreditarem em nós. São vocês que fazem do nosso colégio a melhor escola de Guarulhos e uma das melhores do nosso país. Que nossa alegria e emoção sejam celebradas com muita intensidade, transmitindo a todos a certeza de que estamos, juntos, cumprindo nossa missão e construindo um mundo melhor.
Rua Josephina Mandotti, 158 - Jardim Maia - Guarulhos/SP www.materamabilis.com.br • fone: 3809-2000
*Imagens meramente ilustrativas.
Rafael Almeida
EBC
10 entrevista
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48 bem viver
Como a postura influencia o comportamento
54 meu canto
Como decorar a varanda gourmet e deixá-la funcional
62 currículo
Programa de empregabilidade
58 menu
Dicas da cena gastronômica em Guarulhos
40 perfil
Produtos para decorar a mesa no ambiente de trabalho
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Márcio Monteiro
O revival dos óculos escuros redondos
52 eu quero
Clécio Antonio Rodrigues, criador do Bike Style Courier
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44 passarela
Rafael Almeida
A falta d’água já é fato consumado, por mais que o racionamento seja negado. Entenda como o colapso hídrico veio à tona, o que esperar para o futuro e como contorná-lo
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Afrânio de Paula Sobrinho, superintendente do Saae
4
índice
14 capa
60 acelera
Novidades sobre o universo das quatro rodas
64 por aqui
O que acontece em Guarulhos
66 lista 5
As profissões que dão menos estresse
editorial Por Fábio Carleto
O lado bom da seca Até de uma situação tão triste quanto esta falta d’água que nos abate se pode tirar algo positivo, como bem destaca a sábia máxima de que toda crise traz em si uma oportunidade. Não faltam candidatos a culpados, muito menos quem erga dedo para apontá-los. O choro é livre, mas pouco útil nessas horas. Se é óbvio que faltou às autoridades o mínimo de competência para lidar com a tragédia anunciada, já deveria ter caído a ficha de que os vilões maiores dessa história são aqueles que usam a água como se não houvesse amanhã: nós, o povo! Somos uma gente muito mal acostumada por viver no tal país tropical abençoado por Deus. Poucos de nós sabemos, mas o Brasil tem 12% de toda a água doce superficial do planeta. Talvez por isso nunca tenhamos nos dado conta do quanto ela é rara e preciosa. Em muitos lugares do mundo, as pessoas têm hábitos muito mais racionais com relação à água por uma razão muito simples: eles não a têm com facilidade. Aliás, pode-se observar que as nações mais desenvolvidas do mundo, via de regra, estão submetidas a provações severas. Tsunamis, furacões, vulcões, terremotos, estiagem, temperaturas extremas e ausência de recursos dos mais diversos. É natural que a dificuldade forje pessoas e sociedades melhores, porque diante da necessidade de sobreviver em condições inóspitas, a criatividade emerge e a força se multiplica, o senso de solidariedade aflora e tomamos contato com o profundo de nossa humanidade, e nos assenhoramos de nossa incrível capacidade. Talvez seja utopia, mas acredito que o chacoalhão de ver torneiras secas e tantas privações que estes tempos impuseram a nós e àqueles com quem nos importamos tenha mexido com muita gente, que passou a pensar no que não pensava e a ter cuidados que não tinha. As crianças de hoje, por exemplo, aprendem do jeito mais “didático” sobre a importância e o uso racional da água, muito diferente dos pequenos de cinco anos atrás. Por isso é possível que saiamos dessa crise melhores do que entramos: mais civilizados, atentos e comprometidos. E talvez esse aprendizado possa ter impactos em outros aspectos de nossa vida, notadamente sobre o combate a desperdícios de qualquer natureza. Quem sabe haveremos de dizer “Bendita seca!” 8
expediente Diretor Responsável: Valdir Carleto (MTb 16.674) valdir@revistaguarulhos.com.br Diretor Executivo: Fábio Roberto Carleto fabio@revistaweekend.com.br Editora Executiva: Vivian Barbosa (MTb 56.794) redacao@carletoeditorial.com.br Assistente de Edição Amauri Eugênio Jr.
Redação: Elís Lucas, Michele Barbosa e Talita Ramos Revisão: Gabrielle Carleto de Paulo Fotografia: Márcio Monteiro e Rafael Almeida
Direção de arte: Cintia Brumatti Design Gráfico: Aline Fonseca, Katia Alves e Douglas Caetano
Comercial: Laila Inhudes, Maria José Gonzaga,Patrícia Matos, Rose Gedra,Thais Cristine e Thaís Tucci comercial@revistaweekend.com.br
Administrativo: Viviane Sanson e Saiummy Takei Distribuição Luiz Aparecido Monteiro
Impressão e acabamento: Grass Indústria Gráfica Tel: (19) 3646-7070 Tiragem: 8.000 exemplares A RG - Revista Guarulhos é uma publicação da Carleto Editorial Ltda. opiniao@revistaguarulhos.com.br www.revistaguarulhos.com.br
34 anos de Jornalismo com Responsabilidade Social Av. João Bernardo Medeiros, 74, Bom Clima, Guarulhos. CNPJ: 10.741.369/0001-09 Tel.: (11) 2461-9310
COLÉGIO CLIP: UM NOVO CICLO SE INICIA O ano letivo de 2015 começou e é um novo tempo para o Colégio CLIP. O primeiro ano do Ensino Médio trouxe novos ares. Temos certeza de atingir os protagonistas desse desafio com a nossa filosofia e prepará-los para as novas conquistas que estão por vir. Nossas expectativas vão além do âmbito educacional, pois contribuímos para a formação de cidadãos mais completos, conscientes, atuantes e felizes. Sejam todos bem-vindos ao seu, ao nosso colégio.
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ENTREVISTA
“Não dá para exigir mais da população”
Por Valdir Carleto Fotos: Rafael Almeida
O superintendente do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Guarulhos, Afrânio de Paula Sobrinho, é engenheiro formado pela Escola Politécnica, da USP, com especialização em engenharia de controle da poluição ambiental, pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Está no cargo desde outubro de 2010, após ter sido diretor do Departamento de Planejamento e Projetos da autarquia, desde 2001. Exerceu funções na área de saneamento desde 1986, na iniciativa privada e na área pública em Diadema e Santo André. Ele fala objetivamente sobre a crise atual no fornecimento de água.
RG: Qual o percentual que Guarulhos produz e quanto depende da Sabesp? APS: Produzimos 13% das necessidades da cidade; os outros 87% são comprados por atacado da Sabesp, sendo parte do sistema Cantareira e parte do Alto Tietê. Na década de 1990, a construção de poços artesianos foi anunciada como panaceia. Quanto eles produzem hoje? Difícil imaginar como é que se chegou a essa conclusão. A cidade vivia
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em situação de extrema precariedade. Poços artesianos respondem por não mais de 5% do abastecimento, mas são de suma importância em algumas regiões onde temos maior dificuldade. Esse percentual compõe os 13% da produção local, junto com o Tanque Grande e o Cabuçu. O manancial que fornece água à fábrica da Ambev pode vir a ser utilizado? Aquela fonte é significativa, seria muito importante se pudéssemos
utilizá-la, embora não tenhamos exato qual percentual representaria. Mas o Saae não tem poder nem de dar a outorga, nem de cassá-la ou reduzi-la. Quando se trata de uma fonte ou curso d’água que envolve mais de um estado, o poder de decisão é federal; quando se restringe a um estado, como é o caso desse manancial de Guarulhos, o poder é estadual, do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que na época em que ainda era Skol fez essa outorga, que em algum momento deve vencer.
Qual o percentual de perdas? Em 2001, as perdas chegavam a 55%, o que era absolutamente caótico para o abastecimento. Depois de muito trabalho e investimento, estamos em 35%, o que ainda é muito, mas compatível com o padrão de São Paulo e do Brasil. Por que tantos vazamentos? O sistema é antigo. Principalmente a região central tem tubulação muito antiga. Na época, o Saae tinha apenas três engenheiros. Muitas obras eram feitas sem a técnica adequada. Vimos tubos de PVC mal colocados, assentados sobre pedregulho ou com encobrimento insuficiente; o peso do tráfego de caminhões e ônibus provoca deslocamentos e isso gera vazamentos. Esse percentual inclui perdas na tubulação e toda água que deveria ser faturada, mas não é, como os chamados “gatos”, frutos de ligações clandestinas e outros problemas. O que é feito para reduzir as perdas? A tecnologia evoluiu muito de lá para cá, mesmo nos tubos metálicos. Em uma cidade onde ainda há muitas regiões que demandam expansão, não dá para sairmos substituindo toda a rede, mas temos feito trocas constantes, ainda mais onde se verifica maior incidência de vazamentos ou onde a Prefeitura vai fazer uma nova pavimentação. Não se
corrige isso em pouco tempo, vai-se fazendo à medida do possível. No percentual que não é faturado incluem-se as ligações feitas em favelas? Guarulhos tem muitas favelas e temos de conviver com essa realidade. Precisamos de políticas públicas para tratar essa questão. De uma forma ou outra, as comunidades irão usar água. Há algumas nas quais conseguimos regularizar. Mas há outras em que há impedimento judicial de instalar legalmente. Não adianta cortar hoje, se amanhã irão religar ilegalmente. A solução é a urbanização, construção de moradias, onde o abastecimento é regular, pois os gatos fragilizam o sistema e até provocam contaminação da rede. Talvez seja o caso de, enquanto isso, cadastrar esses casos para ter algum controle e evitar, por exemplo, que alguém more em áreas de risco, em beira de córregos... A sociedade precisa entender isso; não adianta fechar os olhos. Fala-se muito na dívida do Saae com a Sabesp e que isso seria um fator que prejudica o fornecimento de água para Guarulhos. É isso mesmo? Existe um litígio antigo. Acredito que não é mais possível que os dois poderes – municipal e estadual – sigam assim. O prefeito já concordou que é preciso equacionar a questão. Para o usuário, não importa se o
fornecimento é de um ou outro ente público. A tendência é negociar e resolver. A dívida vem sendo paga, mas pela quantia que o Saae considera correta, o que difere do que a Sabesp quer receber. Agora, seria incabível que o Estado deixasse de fornecer a um município por causa de uma pendência. A dívida vem desde o fim dos anos 1990? Em 2001, avaliamos o quanto seria justo pagar. Pelo valor de água no atacado que a Sabesp cobra, nenhum município tem condições de pagar. São Caetano do Sul talvez seja a única exceção. Então, que se estabeleça qual é o valor razoável e se procure viabilizar quitar o passivo. Não dá para ficar convivendo o tempo todo lidando com o Judiciário. Podemos ter nossas convicções, o Estado tem as dele, mas precisamos chegar a um consenso. O que o governo estadual poderia ter feito para evitar a crise atual? Todos nós descuidamos dos sinais que a natureza enviou. Já passamos por momentos em que a situação não esteve tão boa. O próprio Plano Metropolitano de Recursos Hídricos, do Governo do Estado, mostra que esses alertas vêm de longo tempo. Em 2004, faltou chuva, mas no fim do ano choveu; em 2005, choveu até demais, encheu as represas e aí acho que todos se
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ENTREVISTA
acomodaram um pouco. Não gosto de personificar, apontar o dedo para esse ou aquele, mas creio que o fundamental é que houvesse mais transparência nas informações. Prefeitos souberam pela imprensa sobre a possibilidade de São Paulo vir a ter rodízio de cinco dias sem água para dois com. Percebo que a nova gestão da Sabesp e da Secretaria de Saneamento é de pessoas da área, que são capazes de implementar uma nova mentalidade em termos de diálogo com as cidades. O que Guarulhos tem feito para diminuir a dependência da Sabesp? O máximo que se pode procurar fazer é incorporar ao Cabuçu dois pequenos mananciais que somariam, embora um deles não se situe no município. Outra possibilidade é tentar trazer água da bacia do Jaguari, também de fora. Guarulhos é uma região muito pobre em mananciais. O que vislumbro como solução é a água de reuso, mas não essa água de reuso que já vem sendo utilizada, pois nosso consumo industrial não passa de 3%, porque muitas empresas já buscaram suas próprias fontes. Elas só usam do Saae a água que precisa ser potável. Muitas usam água de caminhão-pipa. A solução é transformar o esgoto em água potável. Califórnia já faz, Singapura já faz. Água que se devolveria ao rio e que com um pouco mais de tratamento se tornaria potável. Seria possível reutilizar 60% da água; somando aos 15% que Guarulhos produz, teríamos bem menos dependência da Sabesp. O próprio governador já fala em tratar a água do rio Pinheiros, lançar na represa Billings para usar no abastecimento. Isso ainda não se faz por um problema de legislação. Diante da realidade atual
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e da distância cada vez maior para buscar água, isso tende a mudar. Precisa mudar. Cogita ampliar o rodízio? Nao está definido. Dependemos do que a Sabesp fizer. Não dá para exigir mais da população de Guarulhos, que há muitos anos convive com o rodízio. Além do que é complicado alterar o rodízio a cada nova situação. Por isso, a Sabesp ainda não o implantou em São Paulo. A grande maioria já economiza. Sobretaxar quem eleva o gasto pode ser injusto, porque se uma família de quatro pessoas gasta dez metros cúbicos por mês e em um mês gastar doze não é desperdício; esse sim deve ser combatido. Quanto Guarulhos trata de seu esgoto e quais as perspectivas de incremento desse percentual? Estamos chegando a 50%. Temos duas estações de tratamento em pleno funcionamento: São João e Bonsucesso. E a da Várzea do Palácio, próximo ao Cecap, depen-
dendo de alguns ajustes para operar em plenitude. O compromisso assumido com o Ministério Público em 2007 é de chegar a 80% até 2017. Para cumprirmos, só quando pudermos tratar a região central. Por isso, fizemos a PPP (Parceira Público-Privada). Além de construir estações no Cabuçu e Angélica, a PPP fará os coletores-tronco para retirar os esgotos dos córregos do Centro da cidade. Pode ser que, se não for mesmo possível utilizar a estação da Sabesp do Parque Novo Mundo, que está com a capacidade esgotada, tenhamos de construir uma, possivelmente na região do Jardim Munhoz. Como funcionam os coletores-tronco? As redes que coletam os esgotos das residências e dos prédios comericiais despejavam nos córregos. Agora, passam a despejar o esgoto nos coletores-tronco, em geral construídos ao longo dos córregos, e que levam o esgoto até as estações de tratamento.
CAPA
Pane seca?
Foto: Márcio Monteiro
Por Amauri Eugênio Jr.
Parece que foi ontem quando a preocupação com a escassez de água era algo tão inacreditável como um filme de ficção científica. Não faz muito tempo que era comum ver gente lavando as calçadas ou o carro com água jorrando de mangueiras, sem se preocupar com o mínimo de economia. Foi um dia desses que um certo líquido estava disponível em torneiras, não importando a qual hora. Já tivemos acesso pleno à água. Por mais que cause estranheza e que alguns ainda não queiram admitir, estamos passando por um colapso hídrico. Mesmo que você ainda não tenha se dado conta, a sua rotina já foi afetada pela falta d’água. Os banhos já não podem mais ser demorados e transformados em momentos para se pensar na vida. Armazenar água da chuva, que antes era atitude de pessoas engajadas em causas ambientais, passou a fazer parte da rotina de muitas famílias; da mesma forma, a água que foi usada na lavagem de roupas. E olhe que até a Sabesp pa14
rece concordar que o estilo de vida foi alterado, mesmo tendo respondido à reportagem da RG que não pratica racionamento, nem rodízio de água, assim como não tem previsão para implantar tais medidas. Afinal, “gestão da pressão, de acordo com a demanda, para minimizar eventuais intermitências no abastecimento” parece ser um eufemismo dos mais educados para dizer que não há mais água à vontade. Ah, vale observar: até o fechamento desta edição, em 20 de fevereiro, o nível da segunda cota de volume morto do Sistema Cantareira, que representa 65% do abastecimento em Guarulhos, estava em 9,5%. Você lerá nas próximas páginas reportagens feitas sobre o panorama da água, abrangendo desde a origem, no que diz respeito à falta de obras de novos sistemas de abastecimento e de manutenção, assim como à corrida atrás do prejuízo e da água derramada – o que, justiça seja feita, envolve todas as esferas governamentais e, mais do que isso, toda a
sociedade. Além disso, você verá que alterações climáticas, em grande parte causadas pelo estilo de vida que tínhamos, interferiram nesse panorama; e o que pode ser esperado para o futuro quase imediato. Mesmo assim, vale uma ressalva: algumas iniciativas e exemplos de outros países mostram que ainda há uma luz no fim do túnel. Ou melhor: ainda há um filete de água na torneira. Por fim, o que se pode fazer ao menos por enquanto é economizar e cobrar grandes consumidores, não importando se a indústria e o agronegócio, a procurarem alternativas para usar menos água potável em suas atividades, assim como pressionar o poder público a adotar medidas para assegurar o acesso pleno ao elemento sem o qual não há vida. Aliás, há mais uma coisa a ser feita: mudar o estilo de vida e o modo de consumo para algo mais consciente e sustentável. O meio ambiente agradece. A vida agradece. Você agradecerá a si próprio. E as próximas gerações também agradecerão.
CAPA
Fonte seca: a origem
Márcio Monteiro | Infográficos: Douglas Caetano
Represa Atibainha, que integra o Sistema Cantareira
Por Amauri Eugênio Jr.
Atribuir o colapso hídrico de São Paulo a um único fator não explica como a água na RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), que antes existia em abundância, tornou-se um recurso escasso por estas bandas. Vamos aos fatos: estamos passando por período em que tem chovido abaixo da média; a população por aqui aumentou de modo para lá de vertiginoso – estamos falando de uma megalópole, afinal –; os reservatórios não têm atendido à demanda populacional; o planejamento foi aquém do ideal e, na proporção inversa, o consumo até então era desenfreado, não importando em qual setor. Ou seja, é necessário mudarmos para ontem a relação que temos com a água para não chegarmos ao caos pleno, ainda mais levando em conta que previsões pouco otimistas projetam a recuperação do Cantareira, caso ocorra, para daqui a mais de uma década. Contudo, para adotarmos novos hábitos de consumo, é necessário entender e pensar sobre como as coisas chegaram a esse ponto para que não sejam repetidos os mesmos erros do passado. Mas não dá para fazer isso durante o banho, é claro. 16
A origem O Sistema Cantareira, tal qual o conhecemos, entrou em operação na década de 1970. Para se ter uma ideia do quão importante o sistema é para a RMSP, ele é responsável pelo abastecimento de 49% da região, cuja população é de cerca de 19 milhões de pessoas. Isso fica ainda mais evidente se for levado em conta que são tratados 33 mil litros de água por segundo pelo sistema.
11
MILHÕES
8
MILHÕES
Distribuição vital Entre os 19 milhões de habitantes na Região Metropolitana, o Sistema Cantareira atende a 8,1 milhões na Zona Norte, Central, parte das Zonas Leste e Oeste, além de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, São Caetano do Sul, e parte de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André. As demais regiões são abastecidas pelos sistemas Alto Tietê, Guarapiranga, Alto Cotia, Rio Grande e Rio Claro.
Da lama ao caos
13 % Á
GU
A ID
CANTAREIRA
TO DO T AU I
BESP SA
%
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MA TE
25
VE N
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62 %
AC ON SU M
87 %
Na Região Metropolitana, um fator significativo é o aumento populacional. Há relação direta entre quantidade de habitantes e consumo de água na região. Tanto que 83% da água na região são para consumo residencial. Mas vale lembrar de que se trata de região urbanizada. Isso fica ainda mais evidente ao considerar que, em nível nacional, o consumo residencial representa 8% do total de água no País. “Hoje, é muito mais barato para uma empresa pagar pelo tratamento do que investir em novas tecnologias, pois o valor ambiental ainda não está agregado ao uso. No agronegócio, em que grande parte desse consumo pode ser atribuída à irrigação, um grave problema está na alteração da qualidade da água devido a diversos agentes químicos utilizados nesse setor”, comenta o empresário, engenheiro ambiental e consultor em sustentabilidade Cledson Bernardo.
Ê ET
Em casa Guarulhos está localizada em região com poucos mananciais e, por isso, produz aproximadamente 13% da água que consome – nada menos de 87%, vem da Sabesp, sendo 62% do Sistema Cantareira e os 25% restantes do Alto Tietê.
Anatomia do Cantareira
O Sistema Cantareira é originado por quatro reservatórios: O primeiro está localizado em Bragança Paulista e é alimentado pelos rios Jacareí e Jaguari. A capacidade de armazenamento é de 22 mil litros por segundo. O segundo, situado no rio Cachoeira de Piracaia, armazenava 5 mil l/s; O terceiro, em Nazaré Paulista, costumava armazenar 4 mil l/s; O quarto reservatório, situado em Mairiporã, é responsável pela produção de 2 mil litros por segundo.
Voltando no tempo Que tal fazermos uma regressão até 2010? Até então, parecia que estava tudo bem, obrigado. À época, a capacidade do Sistema Cantareira chegou a 100%, ao ponto de as comportas terem sido abertas, pois não havia estrutura para armazenar a água excedente. Ou seja, antes sobrava. Já hoje... Vale registrar que a pauta “falta d’água” já estava em evidência há mais de dez anos, pelo menos.
Consumo de água por segmento social na RMSP* Residencial Comercial Industrial Públicas Total
83% 12% 2% 3% 100%
Consumo de água por segmento social no Brasil* Residencial Industrial Agricultura Total
8% 22% 70% 100% *Fonte: Sabesp
Logo, uma possível crise não deveria ser encarada como novidade. “De 2010 para cá houve estiagem e ainda eram considerados os fatores climáticos, ao acreditarem nas chuvas. O fator climático sempre ajudou, mas já deveria existir sistema de alerta. O último reservatório implantado foi o Sistema Alto Tietê, em 1992”, observa o advogado e consultor ambiental Alessandro Azzoni. 17
CAPA
Em obras Em nota, a Sabesp informa que uma das obras em execução é a do Sistema São Lourenço, cuja capacidade de produção, estimada em 4,7 mil m³/s, é suficiente para atender a 1,5 milhão de pessoas na Grande São Paulo. Contudo, a conclusão está prevista para 2017. Outro projeto a ser colocado em prática é a interligação entre as represas Jaguari (bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (bacia do Sistema Cantareira), cuja transferência está prevista para começar a funcionar em 18 meses.
Represa Billings Agência Brasil / EBC
Ocupações ilegais Não dá para ignorar as ocupações ilegais feitas às margens de mananciais, como é o caso da Represa Billings, na RMSP, apontada como uma das fontes (!) de salvação da região, por estar com mais de 50% da capacidade de armazenamento. Com consequência dessa prática, lixo e esgoto são despejados lá. A situação é desesperadora ao ponto de, mesmo com o estado de poluição da represa, o uso da água dali ser seriamente considerado. Divulgação
Pelo ralo Outro fator importante no panorama atual da água em São Paulo é o percentual perdido. Em Guarulhos, a quantidade beira os 35%, sendo metade por perda física, que são os famosos vazamentos; e a outra parte por perda comercial, ou seja, pelos “gatos”. Já na Região Metropolitana, a Sabesp informa que o percentual perdido é de 19,8%. Mesmo ao se levar em conta que há esforços para reduzir os vazamentos de modo significativo, não dá para isentar de culpa os órgãos de manutenção. “Vazamentos ocorrem de modo displicente em qualquer município, o que mostra descaso de quem cuida do sistema. A preocupação com a manutenção [das tubulações] é baixa”, observa Jorge Giroldo, professor de engenharia mecânica do Centro Universitário da FEI e mestre em hidráulica. 18
Tratamento alternativo Não faz muito tempo que o esgoto produzido na RMSP era depositado in natura em córregos e rios da região – Tietê, Pinheiros e Baquirivu não deixam mentir. No entanto, o colapso hídrico coloca o reuso de água como alternativa imediata e, para fins potáveis, em um futuro não tão distante. Em Guarulhos são coletados 84% do esgoto produzido na cidade, sendo metade tratada nas ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) São João, Bonsucesso e Várzea do Planalto. Estima-se que 80% do esgoto municipal seja tratado até 2017. Já na esfera metropolitana, a Sabesp informa em nota que as EPARs (Estações de Produção de Água de Reuso) situadas na Marginal Pinheiros e em Barueri serão entregues em dezembro de 2015, sendo que ambas irão produzir, respectivamente, 2 mil l/s e 1 mil l/s.
CAPA
Nuvem passageira?
Mídia Ninja
Por Amauri Eugênio Jr.
Ação e reação
São Paulo já foi a terra da garoa. Hoje, chega a ser estranho referir-se à cidade pelo modo como foi eternizada, ao levar-se em conta a sequência de dias com temperaturas cada vez mais elevadas, e os momentos em que chove ao ponto de haver alagamentos. Então, o que explica a relação entre o clima e a seca? Por que há tantas variações meteorológicas nos últimos tempos, até parecer que o clima está louco? E o que poderemos esperar para daqui a algum tempo?
Aumento populacional, malha viária extensa, locais pavimentados, aumento da frota de carros nas ruas e o consequente crescimento da poluição do ar. Qual o efeito disso tudo? Sim, maior quantidade de ilhas de calor, nome dado ao fenômeno em que a temperatura média de uma região é superior à de regiões rurais próximas, e que interfere no microclima urbano. Coincidência ou não, trata-se de algo que acontece em cidades com alto grau de urbanização. “O aumento da temperatura, associado aos poluentes, resulta em chuvas intensas, pois o calor favorece a ocorrência do ar aquecido, e as partículas em suspensão são fundamentais para a formação de gotas de chuva. Os extremos climáticos ocorrem nessas regiões”, explica Ana Maria Ávila, diretora associada do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
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Para cima A temperatura em São Paulo tem média anual entre 19ºC e 27ºC, sendo que aumentou 3ºC entre 1993 e 2009. Claro, isso foi reflexo do aumento das ilhas de calor, ainda mais ao considerar que a mancha urbana passou de 200 km², em 1930, para mais de 2,4 mil km², nos anos 1990.
Então, por que alaga? A resposta é simples: os alagamentos acontecem porque a maioria das áreas na região metropolitana é pavimentada e, por isso, há poucas áreas livres para absorção da água. Isso, somado ao sistema de escoamento pouco eficaz e aos poucos reservatórios, resulta em enchentes. Marcelo Camargo - Agência Brasil
Chove chuva... Assim como a temperatura média, a quantidade anual de chuva aumentou de modo significativo. Na década de 1930, a média anual era algo em torno de 1.200 mm, passando para cerca de 1.600 mm na década de 2000. Mas, em 2014, choveu na região do Cantareira o equivalente a aproximados 1.100 mm, quase 500 mm abaixo da média. Além disso, choveu em 2014 cerca de 60% da quantidade esperada para o ano.
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O que esperar? Com as mudanças intensas no clima, em grande parte causadas pelas ilhas de calor e pelo aquecimento global, já eram esperados períodos marcados pela estiagem e outros com predominância de chuvas fortes. “De certa forma, estamos vivendo de acordo com os modelos previstos para 2020. Daqui para a frente, precisamos conhecer quais serão, de fato, os nossos modelos. Entender a atmosfera futura é um desafio. Entretanto, tudo leva a crer que já estamos vivendo sob esse novo padrão. Estamos em um ciclo com dois anos atípicos, o que não havia sido observado”, pontua a diretora associada do Cepagri, ao ressaltar que o período atual é relativo à parte inferior da curva climática, com poucas chuvas. “Essa curva decrescente tende a se inverter e em determinado momento haverá mais chuvas.”
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Lá de cima? Algumas linhas de pesquisa meteorológicas associam o desmatamento da Amazônia ao período de estiagem pelo qual estamos passando e, como consequência, ao colapso hídrico. A Floresta Amazônica é fundamental para o ecossistema brasileiro, mas não é muito provável que tenha grande influência no clima de São Paulo. “Há outros fatores, mas são necessárias muito mais pesquisas. O clima é interconectado com temperaturas de oceanos e é global. Dificilmente, o desmatamento na Amazônia foi a causa da variação. São necessários anos de estudo para entender o que de fato aconteceu e como será daqui para a frente”, ressalta Ana Maria Ávila, diretora associada do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Oswaldo Corneti
O que esperar? Plantando para colher Chega a ser um lugar-comum dizer que áreas verdes são fundamentais para a queda de temperaturas médias em determinadas regiões. Mas isso faz todo o sentido, ainda mais ao se levar em conta o aumento das ilhas de calor. Não acredita? Se algo em torno de 25% da área da Grande São Paulo fosse coberta por árvores, a temperatura média cairia cerca de 2,5ºC. Ainda não está convencido? Vamos lá: as árvores produzem sombras, o que, óbvio, reduz o impacto imediato dos raios solares. Ah, as plantas – árvores incluídas – absorvem água pelas raízes e “transpiram” pelas folhas, o que retira o calor do ar. Mas é bom lembrar que é necessário haver planejamento para definir o tipo de arborização a ser feita, para evitar danos à rede elétrica. “Além disso, quando há arborização, a água cai na árvore e se infiltra no solo, enquanto na área pavimentada, a água cai, não se infiltra no solo e vai para as águas mais baixas, o que resulta em alagamento. A presença da arborização ajuda a reduzir esse impacto”, comenta Ana Maria. 24
De modo geral, não dá para saber, ainda mais após a perda de estabilidade do clima. Em algum momento a proporção de chuvas e de períodos de estiagem será invertida, mas não se sabe de qual forma e quando isso irá acontecer. No entanto, não dá apenas para o milagre cair do céu e, sendo assim, é necessário colocar a mão na massa. “A prevenção e o manejo de nascentes do solo devem ser feitas para se manter e represar a água, e para mantermos o bom nível dos reservatórios. Dentro do que conhecemos, estamos no fim da fase das chuvas de Verão, que duram até meados de março, no máximo, e a tendência é de redução de chuvas após esse período, o que é esperado”, observa Ana Maria. Tais mudanças dependem também da relação que a sociedade tem com o consumo, inclusive de água. “Tudo indica que a quantidade de água para consumo reduzirá e que esse será um período bastante difícil. Isso não é ser pessimista, mas bem realista sobre o quadro atual”, completa a diretora associada do Cepagri.
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Até a
última gota
Fotos: Banco de imagens
Por Talita Ramos
Mais do que preocupada com a falta d´água no Sudeste, muita gente está aterrorizada sobre o cenário que pode se estabelecer na sociedade, caso os reservatórios realmente se esgotem. Com isso, estima-se que a sociedade, em geral, irá enfrentar grandes dificuldades nos próximos meses. “Vai acontecer um racionamento bastante drástico. Nós vamos perder produção na indústria e prestadores de serviços como hospitais, universidades, escolas e comércio irão ficar muito comprometidos com essa falta de água. Se não chover, realmente vamos passar por uma situação extremamente complicada, como já estamos passando, só que muito pior”, explica o professor Reinaldo Romero Vargas, docente do mestrado de análise geoambiental da Universidade de Guarulhos (UnG) e especialista em química orgânica. 26
Mudanças Apesar da indústria e o agronegócio serem os maiores consumidores de água no País, na região metropolitana de São Paulo quem sofrerá mais as consequências da crise será a população, que terá de adaptar-se a um novo estilo de vida, caso não surja uma salvação imediata nas próximas semanas. Em muitos lugares o racionamento já está acontecendo, mas a consciência de que o consumo de água terá de ser diminuído deve ser coletiva. Segundo o professor, todos os setores sociais serão afetados; então, é preciso se preparar. “No dia a dia vamos ter que nos adaptar à quantidade mínima de água para higiene pessoal e consumo. Os hábitos realmente terão de mudar. Em relação às empresas, a grande maioria já trabalha com água de reuso, mas ainda utiliza grandes quantidades de água potável. Sendo assim, a crise irá comprometer a capacidade produtiva”, opina. Na questão da energia, sabe-se que nosso País é fundamentado em hidrelétricas, mas com o problema de consumo, as termelétricas vão ter que entrar em ação para conseguir suprir a demanda da população, o que vai causar um custo maior no preço da energia. Levando para o lado da agricultura, vamos passar pela dificuldade de abastecimento de alimentos, ou seja, a falta d´água irá afetar os mais diversos setores, desde os rotineiros, até os processos industriais e produção de alimentos. Todos estão sofrendo”, explica Reinaldo.
Corrida contra o tempo Para evitar que aconteça o pior, o governo de SP está numa verdadeira corrida contra o tempo tentando concluir obras para a captação de águas mais distantes, além de adquirir tecnologia para fazer reuso de águas contaminadas como as das represas Billings e Guarapiranga. “Quando falamos de água em termos de tecnologia temos duas variáveis que são: a quantidade de água e a qualidade dessa água. É preciso fornecer uma qualidade boa para consumo humano; com isso as pesquisas certamente vão se intensificar mais agora, não apenas em termos de tecnologia para pu-
rificação, mas também em termos de aproveitamento de áreas de mananciais, só que consequentemente o preço da água vai aumentar. O reuso de uma água da Billings, por exemplo, que é uma água mais degradada, tem o custo de tratamento muito maior do que a água que está no sistema Cantareira. Quanto mais for preciso buscar alternativas ou tratar uma água de qualidade inferior, o preço vai aumentar e infelizmente aqueles que têm menos recursos são os que mais irão sofrer, como já sofrem”, afirma o professor.
A questão da qualidade Segundo Reinaldo, em termos de quantidade de água, o que se tem hoje como solução imediata é o uso das represas Billings e Guarapiranga, que se encontram em áreas urbanas, mas com água de qualidade bastante degradada e que se não receber o devido tratamento certamente poderá colocar a vida da população em risco. “Esse tratamento que a Sabesp vai dar, vai depender muito da quantidade de água. A tecnologia para torná-la numa água boa eles têm, mas para evitar o pânico é muito importante que a Sabesp coloque com transparência a qualidade dessa água para a população como um todo, porque a água tem parâmetros que são chamados de físicos ou químicos e microbiológicos de qualidade. Existe a portaria 29.14 do Ministério do Meio Ambiente, que fala dos padrões de potabilidade da água, e então a Sabesp terá que fornecê-la para a população dentro desses padrões. Existem os sedimentos no fundo da represa, metais pesados, as cianobactérias, aquelas algas que se formam em cima da água e que liberam as cianotoxinas, prejudiciais à saúde humana, entre outras coisas. O tratamento de água vai remover isso? Sim, ele pode remover, mas como é que a gente vai saber se estamos consumindo uma água de qualidade? A Sabesp tem que falar isso pra população”, explica o especialista. 27
Consciente coletivo
E Guarulhos?
Hoje a cidade de Guarulhos conta com afluentes de qualidade ainda pior do que a da represa Billings, e apesar de ter alguns pequenos reservatórios, como, por exemplo, o Tanque Grande, a maior parte da água distribuída na cidade vem da Sabesp, o que é um problema, visto que o sistema mal consegue suprir a Capital. Uma solução viável para a cidade seria também o reuso de água, mas as estações de tratamento construídas por aqui ainda não funcionam de modo adequado. Segundo o professor Reinaldo, o rio Baquirivu Guaçu, principal da cidade e que deveria ser uma das principais fontes de água potável de Guarulhos, é praticamente um esgoto a céu aberto. Com isso, acaba-se entrando mais uma vez na questão de falta de saneamento básico e consciência ambiental. “Na verdade é toda uma questão de proteção dos mananciais e do saneamento básico, que infelizmente ainda é precário. Não basta ter a coleta de esgoto sem ter também o tratamento. É uma situação crítica e para sanar isso é preciso trabalhar de forma efetiva porque a cidade, apesar das estações de tratamento de esgoto estarem construídas, não está coletando todo o esgoto. Ele não está chegando até as estações de tratamento e sim indo parar nos rios. Essa pouca água do município de Guarulhos que poderia ter uma qualidade melhor, não tem devido à falta de saneamento”, conclui o professor. Rio Baquirivu Guaçu
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Márcio Monteiro
Neste momento, a sociedade está discutindo o que pode ser feito para sanar a crise e também de quem é a culpa disso tudo, mas a questão toda é que a atual crise hídrica é fruto de um consciente coletivo de que no Brasil isso nunca poderia acontecer, já que o País reúne 12% de toda a água potável do planeta. É fruto também de toda uma falta de consciência ambiental, já que pesquisadores apontavam desde o início dos anos 2000 que problemas como esse poderiam ocorrer, mas ninguém deu atenção. Se a fauna e a flora brasileira fossem respeitadas e levadas a sério, essa situação não chegaria aonde chegou. “Hoje as áreas de mananciais estão extremamente degradadas. Se o código florestal fosse respeitado, nós teríamos as águas de muitos rios com boa qualidade. Toda a parte de legislação ambiental tem que ser preservada e respeitada para que a gente tenha uma mata ciliar, para que a água que está aflorando não receba o esgoto, e todo esse equacionamento de saneamento básico, coleta e tratamento de esgoto, também tem que ser resolvido”, afirma o professor. Posta essa situação, fica a lição para a sociedade brasileira: “Independente de amanhã ou depois, nossos reservatórios estarem cheios, essa política de uso correto da água tem que continuar existindo inclusive em épocas em que se tenha grande quantidade de água. Com tudo isso, espera-se que os governantes aprendam e comecem a trabalhar de forma efetiva na questão do saneamento básico”, completa Reinaldo.
CAPA
Quem falou em
êxodo?
Por Talita Ramos
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Adaptação
A população, de modo forçado, já está se adaptando à realidade da falta d´água. Hoje é possível ver pessoas guardando água de chuva; estocando a pouca água que chega em baldes, diminuindo a quantidade e o tempo dos banhos, entre outras atitudes, mas mesmo assim alguns setores têm sofrido mais do que outros. “É lamentável pensar como certos bairros que possuem população com maior poder aquisitivo vêm tendo privilégios em torno da manutenção da água nas torneiras, enquanto outros bairros menos favorecidos já vêm sofrendo com a falta de água há vários meses. Por ser um Estado burguês, administrado pelos interesses das elites (é o caso do Estado de São Paulo), é evidente que os mais prejudicados são as classes trabalhadoras, os bairros periféricos e assim por diante”, explica Paulo. “Sempre quem sofre mais é quem não tem condições econômicas de se preparar e enfrentar a questão. No caso de o rodízio vir a ser implantado, será para pessoas que não podem instalar uma nova caixa d’água, ou construir um sistema de captação de água ou de reuso. É exatamente por isto que o rodízio será sempre a última alternativa”, explica André.
Fotos: Banco de imagens
Mediante a atual situação da crise hídrica, diversas possibilidades estão sendo pensadas para conter o problema, mas acreditar que poderia haver um êxodo urbano devido à seca é uma ideia surreal para os especialistas. “Seria preciso primeiramente refletir a respeito de como a nossa época é caracterizada pela insegurança ou incerteza, causadas pelo progresso industrial, urbano e tecnológico. Toda esta situação não ocorreria sem o progresso efetivado pelo conhecimento humano e sua tentativa de intervir sobre a natureza. O que vemos são efeitos colaterais, como se a natureza de um modo involuntário se voltasse contra a racionalidade humana. Hoje, o risco de falta de água é claro, mas o êxodo urbano me parece uma alternativa fora de realidade. A Grande São Paulo possui mais habitantes que praticamente toda a Argentina. Para onde deslocar tanta gente? Se houver êxodo, o mais provável é que ele seja realizado pelo setor industrial, o qual irá se instalar em locais onde se cobram menos impostos e há mais oferta de água”, explica o professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) Paulo Niccoli Ramirez. “Esta discussão sobre o ‘êxodo urbano’ ocorreu a partir de um artigo isolado lançado na internet; não é de fato uma hipótese que deva ser levada a sério. O que ocorre é que vivemos historicamente em uma cultura de abundância - em especial no Sudeste, onde chove muito - e estamos vivendo uma situação atípica de falta de chuvas, que não foi prevista por ninguém”, afirma o arquiteto e urbanista André Goldman.
Indústrias
Muitas indústrias do estado estão ensaiando uma possível retirada para outras áreas. Segundo uma pesquisa realizada em agosto do ano passado pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), 67,6% das 413 indústrias ouvidas admitiram preocupação com a possibilidade de racionamento e 54,5% confessaram não ter fontes alternativas de água como sistemas de reuso ou poços artesianos. “Com a saída das indústrias, há muitas possibilidades. Muitos trabalhadores podem mudar de cidade, alguns podem ficar desempregados, enquanto outros iniciarão outras atividades econômicas. A Grande São Paulo é gigantesca e me parece que a crise hídrica da mesma forma que pode excluir postos de trabalho, pode gerar outros, porque serão necessárias obras hídricas além de demais serviços diante da falta de água”, afirma Paulo.
O vazamento de áudio
Em outubro de 2014, o áudio de uma reunião da cúpula da Sabesp, na qual a então presidente da companhia, Dilma Pena, e o diretor Paulo Massato ponderavam sobre a crise, vazou na internet. No material divulgado pela revista Fórum, a fala de Massato sobre a crise chocou a população. “Vamos dar férias para os 8,8 milhões de habitantes e falar ‘saiam de São Paulo’, tá certo? Porque aqui não tem água. Não vai ter água pra tomar banho, não vai ter água para limpeza da casa. Quem puder comprar garrafa, água mineral. Quem não puder, vai tomar banho na casa da mãe lá em Santos, Ubatuba, Águas de São Pedro... sei lá”, comentou o diretor da Sabesp. “O argumento do diretor da Sabesp revela na verdade o seu despreparo e pouco conhecimento social. Gostaria que nos perguntássemos quais foram os critérios de seleção que os sucessivos governos do PSDB utilizaram para escolher os últimos diretores da Sabesp. Foram critérios técnicos ou interesses econômicos? Se fossem técnicos, acredito que não estaríamos passando pela crise hídrica hoje. Se são interesses econômicos, está claro que todo o Estado, suas leis e ações administrativas sempre favorecerão a classe economicamente dominante, de modo a prejudicar os menos favorecidos. Assusta saber como uma empresa tão lucrativa é incapaz de realizar o aperfeiçoamento da rede e investimentos no monitoramento da distribuição. Algumas cidades no mundo monitoram a distribuição de água por sistemas digitais, que localizam onde há vazamento, o que facilita as correções, obras e evita transtornos à população”, explica o professor.
Comportamento
Uma vez que a crise afeta todos os setores sociais, o comportamento da população também tende a mudanças, o que gera certa preocupação. “Vivemos semanas com pouca comida, mas não sobrevivemos alguns dias sem água. O instinto de sobrevivência é poderoso e agressivo. É possível que as pessoas cheguem a cometer verdadeiras barbaridades para sobreviver e cuidar dos seus familiares”, afirma o médico pesquisador na área de neurociência do comportamento Jô Furlan. “O que mais me parece relevante é que a escassez de água é ao menos uma oportunidade para produzir o senso-crítico da população e fazer com que ela se revolte contra a incompetência de seus governantes. O problema da falta de água é mais um dos aspectos da desastrosa gestão do atual governo de São Paulo, cujo partido está há 20 anos no poder”, conclui o professor.
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CAPA
Terra, planeta
(sem) água Por Michele Barbosa
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o ser humano precisa de 110 litros de água por dia para viver. Porém, não é isso o que acontece, e sem pensar nas consequências, a água é desperdiçada de diversas formas pelo homem. Com os reservatórios em mínimas históricas, a escassez hídrica faz parte do drama de quem vive em São Paulo: torneiras secas e muito racionamento de água. Em alguns condomínios, a saída tem sido o fornecimento extra com caminhões-pipa, que têm se tornado cada vez mais caros. Pesquisa realizada pelo site “Último Segundo” revela que seis empresas relataram um aumento entre 30 e 50% pela procura de caminhões-pipa nos últimos dois meses. Os preços também subiram: dois meses atrás, o preço de mil litros era R$ 500, em média. Agora o valor está entre R$ 1,5 mil e R$ 2.250.
Desperdício x perdas Segundo Peter Cheung, doutor em hidráulica computacional pela USP de São Carlos, é importante definir a diferença entre perdas e desperdício. Nos sistemas de abastecimento de água existem perdas que estão próximas dos 40%. É possível contar com ações específicas para combater as perdas reais (são perdas físicas decorrentes de vazamentos na rede de distribuição e extravazamentos em reservatórios) e para perdas aparentes (não físicas decorrentes de submedição nos hidrômetros, fraudes e falhas do cadastro comercial). “No caso das perdas reais, o gerenciamento da pressão, a rapidez e qualidade dos reparos, o controle ativo dos vazamentos e o gerenciamento contínuo dos ativos físicos bem como os programas de manutenção são algumas das ações. No caso das perdas aparentes, as ações são: reduzir os erros de submedição, identificar os consumos não autorizados como fraudes em ligações para garantir a eficácia entre o sistema de medição e o comercial”.
A crise lá fora A seca não é um problema vivido apenas no Brasil. Algumas cidades de outros países sofrem com a crise, mas se safam graças ao forte planejamento. Albuquerque, cidade no Sudoeste dos EUA, sofre consequências do quinto ano seguido de seca. Um setor muito afetado é o da agricultura, que usa águas subterrâneas para driblar a crise. Agricultores têm deixado de usar áreas de cultivo para algodão, que é menos lucrativo, aproveitando a água economizada para manter plantações. O deserto do Atacama, no Chile, sofre com a falta de chuva, pois está situado a mais de 2 mil metros acima do nível do mar e com isso as nuvens que se formam no litoral não chegam até lá. Para conseguir água, moradores usam redes para captar gotas da neblina, que caem em canos e vão para uma caixa que abastece a população. Enfrentando a mesma problemática de falta de chuva, Cingapura, localizada no Sul da península Malaia, importa água da Malásia, restringe o uso, multa os que gastam além do permitido e investe pesado no tratamento de esgoto para reutilizar a água usada. Em Mendonza, cidade situada no Oeste da Argentina, o clima é árido com escassez de chuva. Mesmo assim é uma das maiores produtoras de vinho do mundo. Para irrigar os vinhedos, os agricultores utilizam uma técnica herdada dos incas, os primeiros habitantes da região, de aproveitamento da água do derretimento da neve das montanhas. Fotos: Rafael Almeida e banco de imagens
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Poço artesiano é a solução? Muito tem se falado sobre o poço artesiano como uma válvula de escape para fugir da seca, mas não é bem assim. Antes de sair cavando o quintal de casa, veja algumas perguntas importantes que Roberta Baptista Rodrigues, professora de Engenharia Ambiental e Sanitária e de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi, respondeu e saiba tudo sobre o assunto:
Como é feito? Em um poço artesiano, as águas emergem naturalmente de um aquífero confinado; não existe a necessidade de bombeamento. De forma simplificada, pode-se dizer que o processo de construção ocorre mediante procedimentos de perfuração do solo até atingir o aquífero confinado.
Pode ser feito em qualquer residência? Para saber o que existe abaixo do subsolo, existe a necessidade de estudos geológicos na região. Como regra geral, empresas de perfuração de poços artesianos já apresentam estudos geológicos das regiões em que atuam. Num primeiro momento, o poço artesiano pode ser perfurado em qualquer residência, mas além do estudo geológico, é importante também fazer uma análise de custos e de benefícios.
É verdade que nem toda água de poço é potável? Sim. O aquífero pode ter sido contaminado e a água pode estar imprópria para consumo humano, fato que reforça a importância da água ser analisada em laboratório por um profissional especializado, não apenas no momento da perfuração, mas, principalmente se a finalidade da mesma for o consumo humano.
Adendo Segundo Peter Cheung, doutor em hidráulica computacional pela USP de São Carlos, os poços artesianos precisam ser licenciados pelo órgão municipal responsável pelo meio ambiente. “Ter poço sem licenciamento é crime ambiental. Por outro lado, a partir da Lei 11.445/07, as residências que usarem água de outras fontes (p.ex. poços) não podem estar ligadas no sistema público de abastecimento, pois existem riscos de contaminação cruzada”, afirma Peter.
O sertão vai virar mar ou o mar vai virar sertão? Outra solução que vem sendo estudada é a dessalinização da água do mar. Esta é uma das alternativas que alguns países, como Dubai, Estados Unidos, Espanha e China encontraram para suprir a falta de água. Israel fica no topo, pois é o país que mais investe nessa modalidade. Em 2010, inaugurou a maior usina do mundo e apenas com sua produção é possível abastecer um sexto da população. A técnica, criada na década de 1960, capta a água salgada e, através do processo de osmose reversa: um sistema de filtros retira as moléculas de sal e impurezas da água tornando-a própria para o uso. Também são adicionados produtos químicos para deixar o gosto agradável. O Brasil trabalha com esse sistema há um tempo, desde 2011 uma usina abastece os 2.600 moradores do arquipélago de Fernando de Noronha com água do mar. Em São Paulo, Geraldo Alckmin e a iniciativa privada discutem a possibilidade de adotar o método no estado. O projeto está estimado em R$ 1, 5 bilhão e seria feito no modelo de PPP (Parceria Público-Privada). Em Bertioga, cidade do litoral de São Paulo, um grupo de empresários criou um método próprio de dessalinização da água do mar que, além de remover o sal, consegue manter 63 minerais importantes para o organismo humano presentes no mar; é a 63 Water Vital Minerals. A água já foi até engarrafada, mas os empresários aguardam a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercialização do produto no Brasil. Até o fechamento desta edição, nada foi divulgado sobre a liberação. Apesar de grandes apostas no método, há inúmeras críticas sendo estudadas, dentre elas estão a extinção da vida marinha na área de captação e a poluição das águas por reagentes químicos. “O maior problema da dessalinização é a demanda de energia para tratamento da água. Além disso, só é possível aproveitar 30% de todo volume de água captado do mar, especificamente na osmose reversa”, explica Peter. Peixes pequenos e micro-organismos marinhos como o plâncton, acabam sendo sugados pelas usinas e mortos nos filtros. E a poluição das águas ocorre por causa dos produtos químicos e moléculas de sal que são despejados no mar e impedem que a água volte a ser usada.
CAPA
Ideias que valem ouro, ou melhor: valem água
Mesmo as pequenas atitudes como fechar a torneira ao escovar os dentes, acumular roupas sujas para lavar de uma vez só, desligar o chuveiro enquanto passa o xampu nos cabelos e não demorar no banho fazem muita diferença. Tereza Berta Lucinda Gorreri, dona de casa, conta que há tempos reutiliza a água o máximo que pode. “Tomamos banho e, quando a água do chuveiro escorre ela fica armazenada numa bacia abaixo dos pés e em seguida eu a uso para lavar o quintal e os carros”. Tereza explica que em sua casa a água da chuva é usada para regar suas plantas. “Eu deixo os baldes a postos, aguardando a chuva, em seguida eu os tampo por causa da dengue, e aos poucos vou usando para regar as plantas e até mesmo deixar algumas roupas de molho”. A água da máquina não fica de fora. “Com ela eu também lavo o quintal, pois tenho cachorros e preciso manter a higiene. Desta forma minha casa fica limpa com bastante economia, já que a água está com sabão das roupas”. Assim como Tereza, o designer húngaro Alberto Vasquez, pensando em aproveitar a água do banho, criou uma técnica simples, que permite que até 90% da água seja reaproveitada: o Gris, que é composto por uma plataforma antiderrapante formada por quatro reservatórios interligados que se inclinam ligeiramente para o centro, onde entradas permitem que a água se acumule em seu interior. Cada reservatório comporta até dez litros, o mesmo que um balde comum. Quando estão cheios, a pessoa pode desconectá-los e usar a água armazenada para outros fins, como dar 36
descarga ou fazer a limpeza da casa. Para economizar água direto das “fontes” - canos e torneiras, a empresa W Energy, que atua no segmento energético e tem como foco a redução de custos em conta de energia/ água e redução do consumo de água, trabalha com sistemas que visam economizar. A economia é obtida através da instalação de equipamentos economizadores em todos os pontos de água. Do cavalete de entrada a torneiras, válvulas de descargas, caixas acopladas. Em média, através da implementação destas soluções, junto à concessionária e/ou órgão regulador é possível economizar de 20% a 40% na conta. O cliente não tem nenhum custo de investimento no projeto. Todas as etapas são gerenciadas: desde medição, projeto, instalação, manutenção até o monitoramento.
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Vaso inteligente A empresa brasileira Acquamatic criou um vaso sanitário que economiza mais de 50% da água. O sistema usa apenas 2 litros de água, enquanto os convencionais gastam de 6 a 10 litros. O vaso usa um basculante que despeja os dejetos no canal de esgoto do edifício pela própria dinâmica da água, sem usar eletricidade. Tudo isso sem uso de sifonagem, método que usa um cano de plástico ou vidro com uma articulação capaz de escoar a água de um local para outro. Além de usar metade da água que um vaso sanitário comum, o vaso é feito em ABS, material mais leve e durável do que a louça. Por ser produzido com um polímero resistente, não polui o meio ambiente durante a produção ou no descarte.
Nem tudo o que é “reuso” é ouro Muito bom saber que a água pode ser reutilizada e aproveitada de diversas formas, mas mesmo assim é preciso atenção. De acordo com Vinicíus Battistelli Lemos, engenheiro ambiental na Optimale Engenharia e Soluções Tecnológicas, a água de chuva não é potável. Principalmente em regiões com grandes índices de poluição atmosférica, a água da chuva carrega uma grande quantidade de poluentes e substâncias químicas nocivas. Mesmo com aparência cristalina, não indica que é potável. Essa contaminação é agravada conforme o método de coleta da água da chuva. Há o termo técnico first flush, que denota o primeiro volume de água que ‘lava’ a superfície de captação. Explicando melhor: imagine quando começa a chover, e as primeiras gotas que caíram no telhado vão escorrendo até chegar na calha. Essa água literalmente ‘lavou’ o telhado (superfície de captação), e com ela carregou os inúmeros poluentes que se acumularam ali. A água de first flush pode estar mais contaminada que o esgoto bruto, por exemplo”. O engenheiro explica que para utilizar a água da chuva deve-se, antes, instalar dispositivos que descartem a água de primeira lavagem. Em seguida, de preferência, deve-se realizar algum tipo de tratamento, por mais simples que seja, passando pela cloração ou decantação, até sistemas de filtragem mais completos. Conforme o tipo do tratamento realizado, são permitidas mais opções de uso, exceto para ingestão humana, tanto beber ou preparar alimentos. 38
Outro fator importante que precisa ser lembrado é quais os outros tipos de reutilização. “Tudo depende de como foi o uso prévio da água. Quando usada para lavar alimentos, como o arroz, por exemplo, pode servir para irrigar os jardins e plantas (inclusive contribuindo com um adicional de nutrientes). Já a água da lavagem de roupas não pode ter o mesmo fim, pois prejudica as plantas por causa dos produtos como sabão e cloro, entre outros. No entanto, é possível aproveitá-la para limpar a casa, desde que não tenha sido adicionado nenhum produto agressivo para lavagem das roupas, pois corre-se o risco de manchar ou descolorir alguns tipos de revestimentos”. E a água condensada dos aparelhos de ar condicionado também pode ser aproveitada, tanto para irrigação quanto para limpeza da residência.
PERFIL
Diário
de uma bicicleta Fotos: Rafael Almeida
Por Amauri Eugênio Jr.
Clécio Antonio Rodrigues, 33, o cara à frente da Bike Style Courier, empresa de transportes feitos com bicicleta, é do tipo de pessoa que abraçou a causa ciclística. Tanto que a sua atividade profissional também é, pelo menos na forma, uma maneira para buscar diversão. Seja dando auxílio remoto e orientações aos ciclistas que trabalham em sua empresa, em ação na rua, ou no tempo livre, o seu mundo gira em duas rodas.
“Eu havia me inscrito para participar de uma ação voluntária para manutenção de bicicletas em comunidades carentes, conheci o conceito de entregas com bicicletas e decidi trazê-lo para Guarulhos”, conta Clécio, enquanto se dividia para receber a reportagem da RG em sua casa, que também funciona como QG da Bike Style Courier, e orientar a equipe que estava na rua. “No começo foi mais difícil, por causa da desconfiança do público, o que fez a aceitação ser mais difícil. Mas, após a ACE [Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos] divulgar o trabalho, a demanda e a aceitação dos clientes cresceram.” E o que parecia ser uma aposta ousada no início, há pouco mais de dois anos, ainda mais pelo fato de ele ter sido o pioneiro no serviço de entregas em bicicletas na cidade, deu certo. Tanto que de cliente em cliente, hoje a empresa sobre duas rodas atende a sete escritórios de contabilidade. Dá para dizer que, sim, ele conquistou a confiança do mercado. 40
PERFIL
Diversão e seriedade Por um lado, a história de que uma pessoa se diverte quando trabalha com o que gosta vale para Clécio. Afinal, desde que ele se entende por gente, já andava de bicicleta: “comecei a andar aos 8 anos e antes de fazer entregas, eu trabalhava em oficinas”. Por outro, o lado sério vem logo à tona ao falar sobre o respeito das leis de trânsito, o que ele faz questão de transmitir para o pessoal com quem trabalha. “Há treinamento e teste de aptidão. Nada de andar na contramão, por exemplo. É necessário trabalhar com cuidado e atenção”, relata, enquanto faz o monitoramento do trabalho dos funcionários pelo celular e no computador de seu escritório/casa. “Nunca houve nenhum acidente”, detalha, enquanto fala sobre a rotina. “O trabalho começa por volta das 8h, e são percorridos entre 50 km/h e 60 km/h por dia”, relata. “Quando há entregas para locais mais distantes, como o bairro Bonsucesso, elas são feitas após
agendamento prévio. E saio quando preciso ajudar o pessoal que está na rua a fazer alguma entrega ou na reposição de peças da bicicleta.” E, ao ser questionado sobre desafios do cotidiano, Clécio foi enfático: “Não há dificuldade. Ou melhor: há um pouco, mas é um desfio diferente. Eu sempre me desafio para ser mais rápido e fazer mais entregas.” Além disso, o princípio de que trabalho atrai trabalho pode ser aplicado nesse caso. “Já cheguei a fazer compras para clientes em padarias e acabou surgindo outro cliente lá.” Idem para o cuidado com as tarefas exercidas. Para se ter uma ideia, enquanto eram feitas as fotos da reportagem, Clécio mostrava uma troca de roupa que carregava
Trajetos
na mochila, o que era necessário de acordo com o lugar onde seria feita uma entrega – em um escritório ou empresa, por exemplo. Idem para dias de chuva, quando os produtos são embalados e ele, assim como os demais entregadores, tinham de usar capas de chuva. “Só o tênis molha, porque não há jeito.”
futuros
“Já está acontecendo e já estão aceitando a ideia. Quanto mais gente, mais se chama a atenção. Somos iguais a qualquer um”, diz Clécio, sobre a relação de ciclistas no trânsito. Vá lá, ainda é algo que não é necessariamente a relação mais calma do mundo, mas a presença de ciclistas no trânsito é realidade, não dá para negar. E seu objetivo, quando o assunto são as vias públicas, é montar um grupo de pessoas para andar de bicicleta por lá, como o evento Massa Crítica – ou Bicicletada –, em que ciclistas se juntam em grupos para ocupar o espaço deles nas ruas. “Pretendo montar um grupo, pouco a pouco, com quem quiser ocupar a via, e com quem gosta, mas tem medo. Com todos usando itens de segurança, como capacete, é claro.” Contudo, os seus planos não param por aí. Ele tem como meta profissional montar uma base da Bike Style Courier na região central, para atender a bairros ao redor. Por fim, seja a trabalho ou a diversão, Clécio mantém o estilo calmo, porém focado e determinado. “Eu me considero bem seguro, tranquilo, criativo e alegre.” E assim ele vai seguindo o seu rumo, pedalando, tentando superar seus limites e mostrar que há outros caminhos. Sobre duas rodas, é claro. 42
PASSARELA
Os óculos
da era hippie
Por Talita Ramos
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Fotos: banco de imagens
Um dos ícones de moda que mais marcou a década de 70, sendo sucesso entre artistas como John Lennon, Janis Joplin e Jimi Hendrix, foram os óculos de Sol com armação redonda. O item, que está de volta junto às demais peças da época, é hoje um dos principais acessórios deste Verão. “Os óculos de Sol redondos nunca saíram da moda, mas como foram ícones de uma geração, explodiram naquele determinado momento para depois se tornarem algo mais comum com menor evidência. Recentemente algumas marcas usaram esses óculos como acessórios em seus desfiles e não demorou até que fossem adotados por celebridades e tomassem as ruas novamente”, explica a professora e consultora de moda e estilo Flávia Piña.
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PASSARELA
Para todos Por ser um acessório fácil de combinar com demais peças, os óculos redondos podem ser usados por qualquer pessoa, mas é preciso ficar atento a alguns detalhes para não formar uma combinação inadequada. “Esta é uma tendência que pode ser facilmente adotada tanto por homens quanto mulheres. O ideal é sempre tentar repetir a proporção de tamanho do rosto para o tamanho da armação. Ou seja, se o rosto for pequeno, o ideal é que a armação siga o mesmo tamanho”, explica Flavia. Segundo ela, pessoas com rosto arredondado ou ovalado também podem usar os óculos, mas tomando cuidado para não deixar a silhueta ainda mais redonda.
Estilo Esse tipo de óculos é uma peça curinga, que costuma combinar com qualquer tipo de roupa, mas normalmente é associado ao estilo hippie. “Os óculos redondinhos clássicos ficam um charme com produções boho, compostas por um look clarinho, saia longa, blusa fluída floral. Já em armações mais grossas, em tons de preto ou tartaruga, por exemplo, tem uma pegada mais urbana, deixando os looks mais modernos”, afirma a professora. Também é possível adequar os óculos no look diário. “Este é um acessório fácil de ser usado. Para o dia a dia, aposte num modelo mais básico e sofisticado. Se gostar muito do acessório compre em diversas cores para variar”, completa Flávia. Hoje é possível encontrar muitas variações dos óculos de Sol em armação redonda, como os de lentes espelhadas, os de lentes coloridas e até os de grau, mas segundo a consultora, o modelo clássico em armação fina de metal é imbatível seguido das versões mais grossas em acetato. Como o modelo é bastante democrático, vale investir. 46
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BEM VIVER
O que o seu corpo diz
sobre você?
Fotos: banco de imagens
Por Amauri Eugênio Jr.
Situação 1
Uma pessoa parece estar bem à vontade no ambiente de trabalho, como se aquele fosse o seu habitat natural. Contudo, a sua postura por vezes descontraída demais, como se estivesse em casa, ao sentar-se de modo “largado” na cadeira, compromete a sua imagem quanto ao respeito que ele inspira em outros colaboradores, por melhor que ele seja.
Situação 2
Uma pessoa tem a postura descontraída e relaxada, mas sem transmitir a sensação de falta de comprometimento com suas atividades cotidianas. Acaba deixando qualquer pessoa ao seu redor bem à vontade, ao ponto de ela parecer alguém da família. 48
Situação 3
Um indivíduo anda cabisbaixo, com passos curtos, e tem a postura arqueada, como se ele tivesse medo de se relacionar com qualquer um e com o mundo ao seu redor. Como consequência, sua postura retraída inibe as pessoas de tentarem qualquer aproximação.
Situação 4
Uma pessoa tinha, inconscientemente, o tórax erguido, a postura física próxima demais de quem estivesse por perto e o olhar direto, quase penetrante. Ao juntar gestos e o modo como ela falava, ela parecia transmitir a sensação de estar bem consigo mesma, o que acabava afastando quem quisesse conversar com ela.
Pode não parecer, mas os exemplos à esquerda, por mais isolados que sejam, têm algo em comum: a postura de cada um dessas pessoas, a imagem que elas passavam para quem estivesse ao redor e, como consequência, as reações que elas causavam. A postura tem relação direta com o modo como pensamos e tendemos a agir, pois o cérebro se organiza ao redor dela. Isso sem contar que a primeira impressão que causamos nas pessoas é a que fica quando o assunto é a postura. “Ela é determinante em nossa forma de pensar. Quando temos essa consciência utilizamos essa forma de comunicar a nosso favor. O cérebro se organiza de acordo com a postura física. Então, naturalmente, isso favorece ou bloqueia o acesso a nossa mente e vice-versa”, explica a coach e psicóloga Márcia Dolores Resende, diretora do Instituto de Thalentos.
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BEM VIVER
Ah, sabe aquela história de ter simpatizado ou não com uma pessoa, mesmo não a conhecendo? Pois bem, isso tem a ver com a postura física dela. “A comunicação não verbal é determinante. Não ‘ir com a cara de alguém’ é sinal de que a leitura corporal da pessoa não passou algo legal pra mim. Mas será que vale a pena confiar na primeira impressão sobre alguém? Pode haver equívocos”, pontua Mônica Hauck, CEO da empresa Solides e especialista em mapeamento de comportamento humano.
Personalidade em movimento
Há quatro tipos de perfis, cujas predisposições posturais estão logo abaixo: Executor: uma pessoa com esse perfil tende a sentar-se com o corpo mais à frente, como se estivesse inclinada. Além disso, tende a gesticular com frequência; Comunicador: pessoas com esse perfil são mais descontraídas e relaxadas, e por isso tendem a se sentar como se estivessem “esparramadas”. Assim como pessoas com o perfil executor, tendem a gesticular muito; Planejador: são indivíduos mais estáveis e tranquilos, o que é refletido na hora em que se sentam, com a postura equilibrada; Analítico: pessoas com esse perfil são mais detalhistas e introvertidas, e tendem a sentar-se de modo mais correto, o que as fazem preferir sentar-se em cadeiras mais estruturadas. Em contrapartida, elas podem se sentir desconfortáveis em pufes, por exemplo.
Treino é treino
Você se sente confortável?
Pensemos no seguinte exemplo: Luiz trabalha na área de criação em uma agência de publicidade e, certo dia, ele foi convidado a representar a empresa em que atua em um evento grande. Ele estava sentindo-se deslocado em meio a pessoas que ele julgava ser mais importantes do que ele e, com isso, a sensação de desconforto era nítida. O conforto (ou a falta de) tem relação com a autoestima. Isso acontece porque uma pessoa com boa autoestima está encaixada com o seu próprio ser, ou seja, sente-se confortável consigo mesmo e, com isso, os seus gestos são mais espontâneos e tranquilos – isso é visível, por exemplo, na expressão facial, movimentos de braços e pernas e no tom de voz. Em contrapartida, uma pessoa com baixa autoestima tem dificuldades de se expor e acaba por ficar mais voltada a si própria, apenas observando outras pessoas para ver se elas a estão olhando. Isso faz com que ela fique na defensiva quando tenta interagir com alguém. 50
Veja abaixo as perguntas para autoanálise, feitas por Márcia Dolores Resende, para descobrir se a sua postura condiz com o modo como gostaria de ser visto por outras pessoas: Como a pessoa se vê e sente o próprio corpo? A pessoa tem a sensação de “encaixe” e se sente bem com o corpo que tem? Há conforto? O que se quer transmitir com a comunicação por meio do próprio corpo? Quais são os sentimentos que costuma ter com frequência e como os demonstra? Como o corpo os expressa?
Autoanálise
O primeiro passo para mudar e melhorar a postura do corpo é conhecer-se bem, para transmitir imagem compatível à sua personalidade. O mesmo vale para valorizar suas próprias singularidades e ter em mente que cada pessoa é única, ao evitar comparações com outras. “Tentar reproduzir a imagem de outra pessoa pode ser um erro muito grande, pois a comunicação é inconsciente e o trabalho para isso é muito grande. O ideal é conhecer o próprio corpo e trabalhar sobre isso”, completa Mônica Hauck.
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EU QUERO
Decoração
Fotos: divulgação
de escritório
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Por Talita Ramos
Quem trabalha em locais fechados como escritórios, home office, entre outros, normalmente passa a maior parte do tempo em seu ambiente de ofício. Sendo assim, uma boa maneira de animar o espaço deixando-o mais aconchegante e inspirador é redecorando com pequenos objetos que podem colorir a rotina e trazer à tona a personalidade de cada um. Pensando nisso, selecionamos produtos úteis que vão dar mais graça para o dia a dia no local de colocar as mãos na massa. Confira!
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MEU CANTO
Churrasco na laje?
Não, na varanda
Como criar um espaço gourmet para todos os bolsos e gostos
Bárbara Dundes
Por Michele Barbosa
Ambiente que vem ganhando espaço e sendo o “queridinho” na escolha de um imóvel, o espaço gourmet é o cômodo indispensável para quem gosta de receber os amigos para descontrair e cozinhar. Mas, não pense que o espaço gourmet é algo cheio de requintes em um local de grande espaço: pequenas varandas também entram na onda. Para planejar o cômodo é preciso levar em conta muitos fatores, pois se trata de um ambiente externo e a mobília fica exposta ao Sol, chuva, umidade, vento e calor. “A escolha de materiais duráveis faz toda a diferença. Opte por pisos e revestimentos fáceis de limpar; móveis de madeira ou resina, que não amarelam ou têm resistência à água ou Sol; cuidado com tecidos de estofados e almofadas, não escolha o branco, mas caso opte por um, 54
prefira o linho ou sarja e faça impermeabilização. Uma boa escolha são peças de fibra sintética, sua estrutura é de alumínio que deixa a peça leve se quiser mudá-la de posição”, enfatiza Bárbara Dundes, arquiteta. Como em qualquer cômodo da residência, o projeto da varanda ou terraço gourmet deve primeiramente atender às necessidades dos moradores, sempre considerando a dimensão do espaço disponível. Porém, neste ambiente social, cozinhar e comer são os determinantes de todo o resto. Para o preparo dos alimentos, uma área livre para a instalação de uma bancada equipada com, ao menos, uma cuba e cooktop elétrico é essencial. “Além dela, uma mesa para as refeições com cadeiras confortáveis, buffet ou aparador são também indispensáveis”.
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MEU CANTO
Churrasquinho com classe
As churrasqueiras são muito procuradas para compor o espaço gourmet, afinal é sempre bom receber os amigos e familiares assando aquela “carninha”. A fumaça e o cheiro gerados nas churrasqueiras, presentes na maioria das varandas dos apartamentos mais novos, também pedem materiais resistentes e de fácil limpeza. O granito, por exemplo, está presente em grande parte das pias de espaços gourmet. Segundo Bárbara existem churrasqueiras com dutos que contam com ventilação forçada eliminando o cheiro de churrasco. Muito indicada para apartamentos. “Sua coifa pode ser revestida, ou aparente, que fica muito bonita. Já para quem não quer fazer grandes reformas, uma dica é usar as churrasqueiras portáteis”.
Pouco espaço
Ambientes pequenos, dependo da metragem, não comportam muitos móveis, mas o básico como puffs, bancos e até mesmo mesa retrátil dão o charme de uma varanda gourmet. E, em vez de uma bancada do tipo ilha, no centro do ambiente, opte por posicioná-la junto à parede, equipe-a somente com um cooktop. Outra saída à falta de espaço é usar a cozinha principal como área de suporte para o preparo das refeições: na varanda gourmet, ficam apenas um charmoso aparador - em que a comida pode receber os toques finais -, e a mesa com poucos lugares. Sem abrir mão da churrasqueira é bom apostar nas elétricas. Para dar uma sensação de amplitude ao local, uma boa ideia é ter como peça decorativa um espelho na parede que reflita a paisagem externa. “O bom senso é indispensável na escolha da mobília e adequá-la ao ambiente, pois a passagem precisa estar livre para trânsito das pessoas”. 56
Cores
Tons claros como o bege, creme, entre outros, casam com qualquer cômodo e são mais indicados para revestir o espaço gourmet, que precisa de cores que conversem com o restante da casa. Para incrementar a decoração, peças coloridas, móveis em fibra ou madeira mais rústica e vasos com flores e plantas ficam alegres e convidativos.
Iluminação
Como a varanda faz parte da fachada do empreendimento, normalmente os pontos de iluminação no teto já vêm definidos. Para complementar, pontos focais podem ser embutidos em gesso ou instalados em diferentes locais para valorizar paineis, bancadas, prateleiras e nichos e destacar objetos e plantas, que também podem ser iluminadas por espetos de luz posicionados nos próprios vasos.
Muito espaço
Se a dimensão do espaço permitir, projete armários e gavetas para guardar os aparelhos de jantar, talheres, jogos americanos e guardanapos. Sendo assim, mais prático é evitar sair do local várias vezes para ir à cozinha buscar os utensílios. “Claro que, para deixar os convidados mais aconchegados, sofás específicos para áreas externas, puffs, mesas para refeições devem fazer parte da mobília”. Outra dica é instalar uma televisão na parede para reunir os amigos e assistir eventos esportivos, musicais e o que mais quiserem.
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Merluza Austral
O prato, que é servido no menu de almoço da casa, leva peixe grelhado e temperado com molho remoulade, à base de mostarda, maionese e um mix de temperos exclusivos. Caso o cliente não queira o remoulade, é possível trocar por molho de camarões Scampi. Além disso, a merluza é combinada com uma entrada (salada ou sopa do dia) e um acompanhamento à escolha do cliente. Outback Internacional Shopping Guarulhos Rodovia Presidente Dutra, km 230, Itapegica. Tel.: 2304-2135.
Baião de Dois
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Composto por feijão-de-corda, arroz, carne-seca desfiada, bacon, linguiça calabresa, cubos de queijo coalho, pimenta-de-bico e pedaços de torresmo, o prato ainda é acompanhado de carne-seca acebolada puxada na manteiga de garrafa.
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ACELERA
Autotal, por Luiz Fernando Lovik Fotos: divulgação
Fera
anunciada
A linhagem mais nervosa da Audi vai ganhar um novo representante no Brasil este ano. O RS3, baseado no A3 de terceira geração, desembarca no segundo semestre no mercado brasileiro para encarar o Mercedes-Benz A45 AMG e o BMW M235i. Como não poderia deixar de ser, o atrativo do hatch é o motor 2.5 TFSI capaz de gerar 367 cv de potência e 47,4 kgfm de torque. Vale lembrar que a tração é integral. O propulsor, que também equipa o utilitário esportivo RSQ3, leva o RS3 aos 100 km/h partindo da imobilidade em 4,3 segundos e a máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h. A transmissão é a S-Tronic, nome adotado pela Audi para o câmbio de dupla embreagem e sete marchas.
Acerto no milhar
A McLaren vai levar para o Salão de Genebra, na Suíça, no próximo mês, uma versão ainda mais apimentada de seu híbrido P1. O bólido P1 GTR, projetado para as pistas, traz o motor tradicional V8 3.8 litros, de origem Nissan, configurado para 800 cv. Associado a ele, um propulsor elétrico que adiciona 200 cv para atingir redondos 1.000 cv – o P1 original 60
tem “apenas” 916 cv. Além da cavalagem de quatro dígitos, a versão GTR ainda pesa 50 kg a menos. A redução de peso foi obtida a partir do uso intensivo de materiais mais leves na montagem do modelo – desde policarbonato nas janelas até titânio no sistema de exaustão, além de fibra de carbono em inúmeras peças.
Injeção de ânimo
A Nissan mostrou no Salão de Chicago, nos Estados Unidos, o 370Z Nismo Roadster Concept. A versão mais invocada do conversível traz um motor V6 3.7 litros com 350 cv de potência e suspensão reforçada produzida pela divisão esportiva da marca japonesa. Por fora, o modelo conta com a adição de peças aerodinâmicas inspiradas no GT-R, incluindo um aerofólio traseiro feito em fibra de carbono exclusivamente para
o conceito, além de saias laterais e para-choques mais agressivos. Já o interior tem bancos Recaro. O desenho sinuoso das linhas lembra bastante o do Jaguar F-Type e contraria a tradição de objetividade do esportivo da Nissan. O 370Z Nismo Roadster Concept, se aprovado para se tornar modelo de produção, expandirá a gama de carros da divisão esportiva para cinco – já são comercializados o 370Z Nismo Coupé, o GT-R, o Juke e a Pulsar.
Sintonia fina A Bentley vai ao Salão de Genebra, que abre as portas no dia 3 de março, na Suíça, com a gama do Continental GT de cara nova. As carrocerias cupê e conversível ganharam pequenas modificações nos para-choques, grade e para-lamas. No interior, a marca britânica alterou o quadro de instrumentos, painel central e o acabamento dos bancos. Na onda desta renovação, a Bentley aproveitou para dar mais potência ao esportivo de superluxo. Nas versões GT e GTC, o poderoso motor W12 de 6.0 biturbinado passou de 575 para 590 cv e o torque foi a 73,4 kgfm – 2 kgfm a mais em relação ao anterior. A fabricante ainda anuncia que o propulsor ficou 5% mais econômico, graças ao sistema de desligamento seletivo de cilindros, nos momentos em que não há exigência de tanta força. A configuração Speed continua com 635 cv e 83,6 kgfm de torque, assim como as
versões V8 e V8S, que usam um propulsor 4.0 litros e permanecem com 500 cv com 67,3 kgfm e 528 cv com 69,3 kgfm, respectivamente. 61
CURRÍCULO
Empregabilidade:
termômetro profissional
Foto: Márcio Monteiro
Projeto do CEBRAC visa a preparação do indivíduo para o mercado de trabalho
Por Michele Barbosa
Empregabilidade é a capacidade de um indivíduo entrar ou manter-se no mercado de trabalho. Em outras palavras, é possível dizer que a pessoa precisa estar adequada ao que o mercado de trabalho exige. Saber o grau de empregabilidade é importante para recolocação profissional. Portanto, para iniciar tal jornada, o primeiro passo é refletir sobre a importância de se preparar profissionalmente. Pensando nisso, o CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos) criou o Programa de Empregabilidade para auxiliar pessoas que estão em busca de recolacação ou que vão entrar no mercado de trabalho. “A metodologia das aulas prevê momentos de reflexão e de aplicação. 62
Assim, em todos os encontros, o aluno é convidado a refletir sobre um tema, conhecer as ferramentas e fundamentos teóricos que o compõem e ainda vivenciar situações que o farão aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos”, explica Luiz Carlos Zanotti, gestor do CEBRAC- Guarulhos. O programa promove oito encontros que abordam os seguintes temas: descobrindo o autoconhecimento; currículo; estratégias para a conquista de um emprego; preparando-se e participando de uma entrevista de emprego; participando de uma dinâmica de grupo; estabelecendo metas e objetivos; postura empreendedora é o diferencial que o mercado quer; e a hora da ver-
dade: dicas para o primeiro dia de trabalho. Segundo Luiz, o programa oferece uma série de dicas e um roteiro de ações que permitirão que o aluno desenvolva sua empregabilidade. Sem contar que atende desde o jovem, que busca seu primeiro emprego, até o profissional que já está no mercado, mas busca uma melhor colocação. “Este programa coloca os alunos em grande vantagem na disputa por um emprego. Além disso, este aluno vai adquirir autoconfiança e conhecimentos para trilhar um caminho de sucesso em sua vida profissional”, finaliza Zanotti. CEBRAC – Centro Brasileiro de Cursos. Rua João Gonçalves, 254 – Centro. Tel.: 4964-2222.
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POR AQUI
Por Amauri Eugênio Jr. e Valdir Carleto
Inauguração da Maple Bear
Divulgação
Foi inaugurada, em 31 de janeiro, a unidade Guarulhos da Maple Bear Canadian School, escola bilíngue de educação infantil. O evento, realizado na sede da escola, contou com presenças de pais e alunos; do diretor acadêmico associado da instituição, Don Farrow; do cônsul canadense, Stéphane Larue; e da equipe da escola. A Maple Bear Canadian School está localizada na avenida Salgado Filho, 516, Centro. Informações: 4574-1114 ou recepcao.guarulhos@ maplebear.com.br. Esquerda para a direita: Fernando Cofiel, diretor de operações da Maple Bear Latin America; Stéphane Larue, cônsul-geral do Canadá em São Paulo; e Luciana Cofiel, diretora da Maple Bear Guarulhos
Divulgação
Conquistas de 2014 do Sindicato dos Metalúrgicos
Durante coletiva de imprensa organizada em 30 de janeiro, o Sindicato dos Metalúrgicos divulgou as conquistas obtidas pela categoria em 2014, no que diz respeito a aumentos salariais, avanços na PLR (participação nos lucros e resultados), lutas por melhorias de condições de trabalho e qualidade de vida. Tais aspectos foram relatados em minilivro editado pela entidade. Além disso, o Sindicato está mobilizado para combater mudanças divulgadas pela equipe do governo federal. “Os trabalhadores não podem ser penalizados, para resolver problemas de gestão dos governantes”, declarou o presidente, José Pereira dos Santos, durante a coletiva.
Bicampeonato da Escola de Samba Parque Cecap
A Escola de Samba Parque Cecap sagrou-se bicampeã do Grupo Especial do carnaval 2015 de Guarulhos ao apresentar o enredo “Samba, magia e sedução”. O título veio de modo acirrado, ao derrotar a Império do Samba do Cocaia. Enquanto a Parque Cecap chegou a 179 pontos, a vice-campeã obteve 177,25. Na terceira posição ficou a Escola de Samba Tok Final Pimentas, seguida pela Renascer de São Domingos. A Liesg (Liga Independente das Escolas de Samba de Guarulhos), responsável pelo carnaval no município, optou por não haver descenso, em virtude de problemas técnicos durante os desfiles, realizados em 16 de fevereiro. Além disso, a Caprichosos da Vila e a Unidos de Vila Tijuco, respectivamente campeã e vice do Grupo de Acesso, subiram ao Grupo Especial para o carnaval de 2016. Márcio Lino / PMG
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LISTA 5
As cinco profissões
menos estressantes Por Talita Ramos Fotos: banco de imagens
Como a qualidade de vida, além do salário e da aptidão, tem sido cada vez mais um item decisivo na hora de escolher uma profissão, o site de empregos norte-americano, CareerCast, divulgou uma lista com as dez profissões menos estressantes do mercado, que ainda foi replicada na revista Forbes, famosa por suas listagens curiosas. Dentre as dez profissões, selecionamos cinco, para inspirar os profissionais que pretendem mudar de vida em 2015.
1. Cabeleireiro
Média salarial anual: US$ 22.800. Projeção de crescimento até 2022: 13%.
2. Otorrinolaringologista
Média salarial anual: US$ 69.700. Projeção de crescimento até 2022: 34%
3. Professor universitário Média salarial anual: US$ 69.000
Projeção de crescimento até 2022: 19% 66
4. Técnico em registros médicos Média salarial anual: US$ 34.200
Projeção de crescimento até 2022: 22%
5. Joalheiro
Média salarial anual: US$ 35.400 Projeção de crescimento até 2022: -10%.
Fonte: Forbes Brasil.