Revista Weekend - Edição 347

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Guarulhos, 09/09/2016 Ano 7 n.º 347

clickguarulhos.com.br

Brasileiros descobrem o mundo

Comportamento Entenda o que é a adolescência do bebê

Atibaia Festa das Flores e Morangos é opção para o fim de semana

Foto: banco de imagens

Pessoas que decidiram morar em outros países relatam os prós e contras de viver fora de terras tupiniquins

Saúde Ansiolíticos devem ser usados com moderação


[ COLUNA DO CARLETO ]

FLAGRANTE No sábado, menino vestido de palhaço estava pedindo dinheiro na rua N. Sra. Mãe dos Homens, visivelmente aborrecido. Há cada vez mais órgãos para cuidar dos direitos da criança e do adolescente, mas parece que ninguém vê muitos deles sendo explorados por adultos.

LIXEIRAS ELEITORAIS

E CAMISETA, PODE?

Causou polêmica na cidade a retirada, pela Prefeitura, de lixeiras colocadas nas vias públicas pelo PP - Partido Progressista, com a frase “Por uma cidade mais limpa”. Apesar de criativa e educativa, a ação é vedada pela legislação eleitoral. São autorizadas mesas de distribuição de material eleitoral, desde que retiradas entre as 22h e 6h da manhã. Porém, compete à Justiça Eleitoral determinar ou não a retirada. Como bem lembrou o jornalista Sergio Lessa, em sua coluna Espalha Fatos, do Guarulhos Hoje e reproduzida no Click Guarulhos, se fosse de um candidato do PT, a Prefeitura agiria com a mesma rapidez e eficiência?

Há uma questão sobre camisetas. É proibido distribuí-las como brindes. Mas as equipes podem trabalhar uniformizadas. Como garantir que a Justiça Eleitoral não considere que o eleitor vestindo camiseta não a tenha recebido como vantagem em troca do voto?

BANDEIRAS, IDEM O vereador João Dárcio (PTN), candidato à reeleição, espalhou bandeiras “plantadas” em latas. A Lei diz que pode “desde que sejam móveis”. E aí, pode?

VOTO NULO É NULO É falsa a informação que circula na internet de que, se mais da metade dos votos forem nulos, a eleição é anulada e convocada outra disputa com candidatos diferentes. Mesmo que haja um único voto válido, quem o tiver obtido estará eleito. E ainda que houvesse outra eleição, nada impediria que os mesmos candidatos novamente concorressem.

TEM GENTE BOA! A grande maioria da população está descrente da classe política. Mas há bons nomes disputando as eleições: gente digna, que tem bons princípios e vontade de servir, mesmo entre os atuais ou que já exerceu mandato anterior. É injusto achar que todo mundo é bandido. Anular apenas facilita a eleição de quem gasta demais na campanha e irá querer recuperar depois.

DANÇA DOS NÚMEROS Nova pesquisa do Instituto Sebram, divulgada pelo jornal Guarulhos Hoje, aponta o candidato do DEM, Eli Corrêa Filho com 19,5% das intenções de voto; Elói Pietá (PT), com 14,7%; Martello (PSD), com 12,89%; Jorge wilson (PRB), 7,6%, Guti (PSB), 6,12%, Carlos Roberto (PSDB), com 5,96%, Wagner Freitas (PTB), 3,47%; Albertão (PSol), 1,82% e Néfi Tales Filho (PPL), 1,32%. A margem de erro é de

NÃO SE ANULE Faça valer sua vontade: escolha com critério e vote consciente.

4%, foram ouvidas 400 pessoas nos dias 30 e 31/8.

SEGUNDO TURNO Em eventual segundo turno, aponta o Sebram, Eli Corrêa venceria Pietá por 26,12% a 21,82%; brancos e nulos, 8,76% e não sabe ou não opinaram somam 43,3%. Já se for Martello, venceria Pietá por 24,13% a 21,82%. Brancos e nulos, 11,24%; não sabem ou não opinaram, 42,81%.

APOIO ÀS MPES Na quinta, 1/9, o secretário de Desenvolvmento Econômico, Luis Carlos Teodoro, e representantes de entidades empresariais estiveram na Câmara Municipal para defender a aprovação do Projeto de Lei 5291/15, que prevê facilitar a formalização de pequenas empresas, retirando exigências burocráticas. Vereadores comprometeram-se a discutir e votar o PL nas próximas semanas.

OBRA ELEITOREIRA A Prefeitura cobriu com asfalto, às pressas e de qualquer jeito, ruas de pouco movimento, pavimentadas com paralelepípedos, na vila São Jorge, região central. Enquanto isso, falta dinheiro para coisas essenciais e prioritárias.

Novas notas da Coluna do Carleto são publicadas durante a semana em www.clickguarulhos.com.br

Diretor Responsável: Valdir Carleto (MTb 16.674) valdir@revistaweekend.com.br Diretor Executivo: Fábio Carleto fabio@revistaweekend.com.br Assistente de Edição: Tamiris Monteiro (MTb 65.493) Redação: Cris Marques // Jônatas Ferreira // Val Oliveira Fotografia: Marcelo Santos Design Gráfico: Felipe Pires // Gabriel Nakashima Comercial: Ana Guedes // Cristina Souza // Laila Inhudes // Maria José Gonzaga // Patrícia Matos // Thaís Tucci comercial@revistaguarulhos.com.br Administrativo: Viviane Sanson // Saiummy Sales Takei Distribuição Luiz Aparecido Monteiro Impressão e acabamento: D’ARTHY Editora e Gráfica Ltda. Tel: (11) 4446-4600

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[ FRASES ]

“Pouca coisa me encanta na TV hoje. [...] Talvez tenha avançado tecnologicamente. No sentido humano, acho que regrediu.”

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[ CLICK GUARULHOS ]

A atriz Laura Cardoso, 88 anos, em crítica à TV brasileira.

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“Golpista é você, que está contra a Constituição. Não vamos levar ofensa para casa. Precisamos responder.”

A greve dos bancários começou nesta terça-feira, 6. Entre outras reivindicações, a categoria pede um reajuste salarial de 14,78%, mas os bancos oferecem apenas 6,5%.

O presidente da República, Michel Temer, em resposta às acusações da ex-presidente Dilma Rousseff, de que ele teria lhe aplicado um golpe de estado.

“Nós voltaremos para continuar nossa jornada rumo a um Brasil em que o povo é soberano.” A ex-presidente Dilma Rousseff, depois de confirmada sua cassação pelo Senado.

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Bancários entram em greve por tempo indeterminado

11ª Rodada de Negócios em Guarulhos O Ciesp promove no dia 6 de outubro, a 11ª Rodada de Negócios na cidade, que acontecerá no Adamastor. As inscrições podem ser feitas até o dia 25/9.

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“Aquele que perde a capacidade de se indignar diante da injustiça, perdeu a sua humanidade, por isso eu me emocionei.”

Você repórter

O ex-ministro e defensor de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, ao chorar depois de discurso no Senado.

e veja o resultado no portal www.clickguarulhos.com.br

“Não acompanhei nada desse patético espetáculo que foi o ‘impeachment tabajara’ de Dilma Rousseff. Não quis perder tempo.” O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, em manifestação por suas redes sociais.

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1. Lave bem o bacalhau em água corrente, para remoção do excesso de sal. 2. Ponha de molho em bastante água e leve à geladeira, deixe dessalgando por oito horas, trocando a água de duas em duas horas. 3. Cozinhe as batatas inteiras e com casca, elas devem ficar bem cozidas, porém firmes. Retire da fervura e reserve para esfriar. 4. Escorra o bacalhau e leve à uma panela,

refogue bem até que solte toda água e seque. Retire da panela, deixe esfriar e desfie bem fino. Devolva o bacalhau à panela juntamente com a cebola, o alho, a salsinha e um fio de azeite, refogue tudo. 5. Descasque as batatas e esprema até ficar uma massa lisa, misture a batata ao refogado e acerte o sal. Está pronta a massa do bolinho. 6. Enrole os bolinhos com as mãos, acerte o tamanho para que saiam todos iguais. Passe os bolinhos em ovo batido com um pouco de água para afinar e após empane em farinha de rosca. 7. Frite em óleo quente para que não encharquem, “também podem ser assados em forno”. Caso sobre bolinhos crus, basta congelá-los separadamente para que não grudem um no outro. Podem ficar no freezer por bastante tempo.


[ COMPORTAMENTO ] Por Cris Marques Fotos: Marcelo Santos, arquivo pessoal e banco de imagens

A crise dos dois anos C

riar um filho não é uma tarefa fácil e isso já é consenso entre pais, tutores e quem pensa em aumentar a família. Cada fase tem os seus desafios e, principalmente, tempo de adaptação. É assim com a gravidez, a chegada do recém-nascido, os estímulos e descobertas iniciais, a introdução alimentar, os primeiros passinhos, a entrada na escola, a alfabetização, o fim da infância e até a tão temida puberdade, com suas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais. Mas, você sabia que essa adolescência pode dar uma mostra muito antes? É o caso da crise dos dois anos, também conhecida como adolescência do bebê. “Apesar do nome, esse período pode ocorrer de 1 ano e meio a 3 anos, variando de criança para criança, e é assim chamado pois muito se assemelha à juventude, uma vez que o pequeno está aprendendo a expressar suas vontades. Até então, eram os adultos que decidiam se ele

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colocaria o casaco ou comeria brócolis, por exemplo. Quando a expressão das vontades começa, surgem também a capacidade de se opor e o desejo de testar o ambiente para entender até onde pode ir”, explica a neuropsicóloga Adriana Fernandes (foto), que atua no Instituto Psicológico Recomeçar, na Vila Augusta, e em um consultório particular. Para ela, que também mantém um site de atendimento on-line, autorizado pelos Conselhos Federal e Regional de Psicologia, o www. olharparadentro.com.br, a intervenção dos pais se faz extremamente necessária, justamente para sinalizar regras e limites. “Esse é um momento delicado, tanto para o filho quanto para os pais, que são de carne e osso e também se irritam, devendo manter o controle; normalmente, ele é marcado pelas alterações no comportamento da criança, que agora faz ‘birra’, tem ataques de choro,

se joga no chão, quando contrariada; e é teimosa, optando, quase sempre, por fazer o contrário do solicitado. [...] Também é importante mencionar que, nessa fase, o cérebro do bebê passa por uma mudança importante, a apoptose, além dos ‘ajustes’ para se adaptar às diversas alterações sofridas. Do momento do nascimento até então, foram desenvolvidas várias ramificações neurais com o objetivo de possibilitar o desenvolvimento em qualquer área. Com o crescimento, algumas ramificações são mais utilizadas que outras; então, as pouco ou não utilizadas são ‘podadas’, ficando apenas aquelas que estabelecem conexões funcionais”.


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[ COMPORTAMENTO ]

AJUDA PROFISSIONAL

LIDANDO COM O MINIADOLESCENTE Nem toda criança reage da mesma forma à crise dos dois anos: algumas utilizam outras estratégias (menos desgastantes) para expressar suas vontades, mas, para a maioria, a birra parece mesmo ser “requisito” fundamental. Segundo Adriana Fernandes, a postura dos pais/tutores será determinante para alimentar ou contornar a situação, principalmente se ela vier permeada de berros e explosão motora. “É importante manter a calma e deixar claro que o pequeno é amado, mas que tal ato te entristece, além de não se enfurecer junto

ou, pelo menos, não demonstrar”. Entre as orientações, ela ressalta abaixar e olhar diretamente nos olhos da criança para conversar e pedir que ela se controle; já no caso de ataques mais intensos, o ideal é tirá-la do local, principalmente se for público e estiver gerando constrangimento. Se for em um ambiente controlado e que não represente riscos, o adulto pode optar por sair. Depois, com os ânimos controlados, é hora de dialogar, deixando claro que quer entender o que motivou tal situação, e explicar o porquê daquela atitude ser inadmissível.

Um olhar atento pode ser providencial para definir se tais comportamentos são inerentes à fase em que o filho se encontra ou se já se faz necessária intervenção profissional. “Um dos sinalizadores é a autoagressão, situações em que o descontrole e ataque de nervos são mais intensos que o comum e representam riscos à integridade física”. De acordo com a neuropsicóloga, também é essencial correlacionar as atitudes com o ambiente, já que, se a família estiver vivendo um momento turbulento e isso estiver aparente no dia a dia, com choro, brigas ou discussões entre os entes, é possível que o bebê esteja sentindo o impacto e reagindo a essas alterações ambientais, o que requer auxílio especializado.

EXERCÍCIO DE PACIÊNCIA Pouco depois de completar dois anos, Maria Eduarda deixou de acatar os pedidos dos pais, sem antes questionar alguns porquês ou tentar contrariar. “Com a idade, a Duda começou a ser mais independente, cheia de vontade própria e mais respondona, quase sempre fazendo o contrário do que pedimos. Não conhecia como adolescência do bebê, mas sabia que essa era a fase da rebeldia; só não imaginava o quanto era difícil”, pontua Lilian Rodrigues Fernandes, consultora independente de beleza.

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A mãe conta que, além de ter muita paciência, é importante ser firme nas decisões e procurar dividir experiências com outras famílias. “Tenho várias amigas com filhos pequenos e procuro conversar com elas sobre as vivências e experiências, bem sucedidas ou não. Aqui em casa, temos conversado bastante e a ensinado a respeitar e não ser respondona ou rebelde, mas quando a conversa não basta, vai para o castigo, dois minutos para pensar no que fez”, finaliza.


EVENTOS Por Jônatas Ferreira Fotos: divulgação

A festa dos seus sonhos no sítio Della Torre Quem deseja que seu evento seja marcado por um ambiente agradável e sofisticado pode conhecer a estrutura do Sítio Della Torre. Se for de dia, o Sol garantirá um espetáculo de luz natural; se a opção for à noite, tochas e luzes darão aquele ar de requinte ao seu evento. O sítio tem dois ambientes para realização das cerimônias. O primeiro conta com a paisagem natural, a céu aberto e com uma charmosa ponte que leva os noivos até o altar no pergolado. O segundo, também ao ar livre, é coberto. Se escolhida a primeira opção, caso ocorra alguma intempérie, o local da cerimônia será transferido, sem custo algum, para o segundo ambiente. A equipe do Della Torre entra em contato com os noivos duas horas antes da celebração. O local da festa é amplo, além de ser completamente coberto, e conta com mesas de vidro, cadeiras de ferro e lustres que garantem suntuosidade ao seu evento. O bufê abrange canapés de entrada antes da

cerimônia, ilha de salgados após a celebração e um almoço ou jantar com dois pratos principais escolhidos pelo casal. Os noivos ainda têm a opção de incluir no pacote o DJ e todo o trabalho do fotógrafo. Localizado em Mariporã, o sítio fica a 30 minutos de Guarulhos, com asfalto até a porta.

SUA VIAGEM GARANTIDA Os noivos que fecharem o pacote promocional (consultar condições) ganharão uma viagem de cinco dias para Cancún, México, com hospedagem no Park Royal, um hotel cinco estrelas com serviço all-inclusive (café, almoço e jantar mais bebidas incluídos). A equipe do Della Torre destaca: não é sorteio. Sítio Della Torre , Estrada Mun. do Santo Antonio, 270 Jardim Sandra 2 - Mairiporã

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CAPA

As alegrias e angústias de quem escolhe viver fora do Brasil

Por Tamiris Monteiro Fotos: arquivo pessoal

bem provável que você tenha pelo menos um amigo ou algum conhecido que mora ou já tenha manifestado o desejo de morar em outro país. E as razões para viver fora de terras tupiniquins são as mais variadas possíveis. Há quem vá por querer aprender outra língua, quem esteja em busca de aprimorar os conhecimentos para deslanchar na carreira ou que sinta a necessidade de provar novas experiências conhecendo outra cultura. Também existe a turma dos que se sentem insatisfeitos com o Brasil e partem em busca de melhores condições em outro lugar do globo. Os motivos que levam cada brasileiro a morar no exterior são bem particulares para cada um, mas o que é quase igual para

GIOVANNA FIALHO 22 anos País:

Itália

Viveu na cidade de San Mauro Pascoli por 1 ano.

Giovanna é apaixonada por moda e programou-se para morar na Itália durante um ano para ter experiência internacional, acadêmica e profissional. “Buscava uma experiência na área de criação de moda; então, nada mais justo que a Itália, celeiro de grandes nomes da moda”, compartilha. Há quase um mês, Giovanna voltou para no Brasil.

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todos, independente da localidade escolhida para começar uma nova vida, são as delícias e os desprazeres de estar a quilômetros de distância de casa, da família e amigos. Para muitos, principalmente para os que têm vontade de ir, mas ainda não foram, a ideia de morar em outro país pode parecer um sonho dourado, em que tudo é muito bonito, fácil e prático. No entanto, a visão – ou ilusão – de que morar fora pode proporcionar uma vida maravilhosa e tranquila está bem longe de ser verdade. Diferente de uma viagem de turismo, normalmente feita em poucos dias, ser habitante de outro país implica viver o dia a dia do lugar, procurar um espaço para morar, pagar contas, fazer supermercado,

ir ao médico, construir uma nova rede de amigos, lidar com empregos diferentes, entre tantas outras questões. Dá até para arriscar dizer que o grande barato de emigrar tem mais relação com as dificuldades e desafios do que com o contentamento de conseguir fixar-se.

► Dificuldades Foram duas: o Inverno e o relacionamento interpessoal. O primeiro foi surreal, não só pelo termômetro abaixo de zero, mas também por conta dos dias serem mais curtos. Escurece mais cedo, às 16h já não tem claridade. Com isso, as pessoas ficavam mais reclusas em seus lares, dificultando a criação de laços e aproximação. Senti-me muito sozinha. ► Custo de vida e moradia O custo de vida em comparação com o Brasil é menor. Isso que mais me encanta: o acesso às coisas. A diferença salarial é pequena; com isso, mesmo quem tem menos, tem acesso. A educação e a saúde são gratuitas, o que também facilita a vida. Digo que no Brasil a gente sobrevive e na Itália conseguem desfrutar e viver. É mais tranquilo e menos caótico. Já no quesito moradia, são comuns os contratos de aluguel, que são mais burocráticos que no Brasil. No meu caso, tenho o privilégio de ter família lá que me acomodou. ► Mercado de trabalho Não trabalhei: consegui um estágio não renumerado por intermédio do curso que fiz. Foi uma experiência incrível que realmente me ajudou. Consegui colocar em prática tudo que aprendi e observei como

era o ritmo de trabalho por lá. Pontualidade e pró-atividade são valores imprescindíveis para o crescimento profissional. ► Lições mais valiosas Aprendi a valorizar muito mais o alimento. Um país que sobreviveu a duas guerras tem um respeito muito maior com o que planta, colhe e consome. Acho que isso foi uma das coisas mais legais. ► Coisas legais que viveu na Itália Foram as festas medievais comuns durante o Verão. Acontecem dentro dos castelos das regiões. Nas festas há música, comida e roupas típicas de época. É como entrar em uma máquina do tempo. Conhecer a neve foi outro momento mágico. A visita a Pompeia também foi muito legal, pois sou amante de ruínas; foi um momento emocionante. E não posso esquecer da visita ao Museu do Vaticano, onde pude observar e chorar de alegria com a Capela Sistina e participar de uma festa da região de Spello chamada Infiorata, uma manifestação artística majestosa. São desenhos gigantes expostos no chão, coloridos por flores. ► Pretende voltar para a Itália? Claro! A Itália me acolheu como se fosse sua filha e hoje também a reconheço como mãe.

Para entendermos melhor sobre as alegrias e perrengues que essa galera passa, nada melhor do que ouvir gente que vive essa realidade. Por isso, conversamos com oito brasileiros que moram em diferentes partes do mundo e contam como é a vida fora do Brasil.



CESAR BUZZOLA 32 anos Inglaterra

País:

Vive em Londres há 4 anos Cesar escolheu a Inglaterra por ter conseguido a cidadania italiana e quando decidiu ir morar em Londres foi com a certeza de ficar por muito tempo. “Há muitos anos almejava viver fora do Brasil, a princípio na Itália, mas com o passar dos anos o foco mudou e o Reino Unido se tornou mais atraente, pois precisava melhorar meu inglês. Programei-me com um ano de antecedência, pesquisei passagem, tarifas e quando houve o melhor preço, comprei as passagens. Como eu estava em processo de obtenção de cidadania italiana, precisei do passaporte brasileiro e italiano”, conta.

► Dificuldades Quando cheguei a Londres, minha maior dificuldade foi a barreira da língua. Hoje em dia já não há essa dificuldade, mas por não ser a minha língua mãe, todos os dias se aprende algo novo, é um aprendizado continuo. ► Custo de vida e moradia Londres é uma cidade cara. O transporte e aluguel são as contas que mais pesam no orçamento. O transporte, diferente do que acontece no Brasil, é pago pelo trabalhador, o que encarece o custo de vida na capital inglesa. Os gastos também variam de acordo com o lugar onde se vive. Por exemplo: Londres é dividida por zonas, que vão da 1 a 8. Se o indivíduo vive na Zona 1 ou 2, ele paga mais caro, por ser muito próximo do Centro. Já nas demais regiões, há um leve desconto no valor de moradia. Mas nada que seja exorbitante. Como há muitos imigrantes, a demanda por casas é imensa, só que nem todos têm condições de manter uma casa morando sozinho, pois há o aluguel, água, luz, telefone, internet, etc. E nada disso é barato. Muitas pessoas vivem em casas compartilhadas com amigos ou até desconhecidos. ► Mercado de trabalho Conseguir emprego é fácil, mas o tipo de emprego que se almeja é mais complicado. A princípio, tem que ter o inglês de intermediário a avançado para se conseguir uma posição melhor. Mas quando não se fala ou se fala muito pouco da língua, o que aparece são os subempregos,

Elis escolheu a Austrália por ser um país de clima tropical e de economia equilibrada. De acordo com ela, seu objetivo inicial era ficar por seis meses para aprender inglês e se virar sozinha em um lugar diferente. “Tracei um plano e durante um ano fui pagando tudo da viagem”.

ELIS FRAGA 29 anos País:

Austrália

Vive em Brisbane há 3 anos

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► Dificuldades Dificuldades foram muitas e de diferentes tipos, desde comprar somente o necessário no mercado, porque ia vencer a parcela da escola, até ter que exercer trabalhos que no Brasil não faríamos nem pagando bem. ► Custo de vida e moradia O custo de vida é alto, porém, muda de cidade pra cidade. Em Brisbane, por exemplo, a hora de trabalho mínima é de $18. O que não é nada ruim. As moradias são, na grande maioria, “shareHouse”, onde pessoas se

como clear (limpeza), por exemplo. Atualmente, trabalho numa companhia aérea no aeroporto de Heathrow. Mas já tive vários empregos antes desse. No início, trabalhei com limpeza, depois passei por empresas como McDonalds, KFC e um supermercado de orgânicos. ► Lições mais valiosas A independência, seja financeira, seja pessoal. Sempre há alguma situação com a qual se possa aprender. E tudo faz parte do seu crescimento pessoal como indivíduo. ► Coisas legais que viveu em Londres No começo tudo é muito legal: a arquitetura, as ruas invertidas, os carros de mão inglesa, mas depois, tudo se torna rotina. Não há grandes aventuras. O legal de viver em Londres é que você está no centro dos acontecimentos. Volta e meia, há artistas hollywoodianos lançando filmes, shows, etc. Há um pouco de tudo por aqui. ► Família e amigos Minha relação com a família e amigos não mudou em nada, a diferença é que não estou tão presente como gostaria. A vida aqui é mais corrida que no Brasil; então, às vezes, deixamos a desejar com nossos amigos e entes queridos, mas sempre que posso entro em contato, para matar um pouco da saudade. ► Volta para o Brasil? Não penso em voltar a viver no Brasil em curto prazo. Estou feliz com o meu emprego, com o que já conquistei aqui e vejo que posso ainda mais. Então, acho precipitado pensar em voltar por agora.

unem para locar um imóvel. Há também famílias que oferecem quartos para serem alugados dentro de suas casas. Bairros distantes podem diminuir o aluguel em até $100 por semana. Existem grupos no Facebook da comunidade de brasileiros em Brisbane, onde rola muita troca de informação, inclusive, sobre vaga de trabalho e dicas de moradia. ► Mercado de trabalho Para a maioria dos imigrantes, o emprego inicial é o subemprego. Tudo o que, normalmente, não faríamos no Brasil, fazemos aqui. O pagamento é semanal e você trabalha por hora, não tem contrato fixo e estudante tem carga horária de trabalho limitada. Aqui não é vergonha ser camareira, ajudante de limpeza ou mesmo pedreiro. Trabalhei em diferentes áreas, limpeza, hotel, promoter em loja e restaurante, que é onde me encontro até hoje.



► Lições mais valiosas Primeira de todas: o ser humano é muito adaptável. Nós não sabemos nem da metade do que somos capazes de realizar. Segundo: a Austrália está aqui para todo mundo, mas nem todo mundo está preparado para a Austrália. Parece mar de rosas, e pode até ser que seja nos primeiros seis meses, mas depois que a saudade bater, os amigos iniciais voltarem para o país de onde são ou se mudarem, a grana encurtar e o trabalho cansar, tudo isso pesa na decisão.

BRUNO INHUDES 27 anos País:

Portugal

Vive em Lisboa há nove meses Bruno sempre teve o sonho de morar fora do Brasil e três anos antes de ir embora começou a amadurecer a ideia até tomar coragem de partir definitivamente. “Já tinha em mente essa coisa de querer viver em outro lugar, mas sempre pensei na Espanha. Contudo, tenho uma irmã que vive em Portugal há muitos anos e para iniciar o processo de desprendimento do Brasil, resolvi vir primeiro pra cá, até porque eu já não a via fazia muitos anos. Comecei a pesquisar como funcionavam as coisas aqui e fui me interessando. Comprei a passagem com 10 meses de antecedência e quando já estava bem perto de vir, fiz um seguro viagem e paguei o aluguel do lugar onde ficaria”, explica. ► Dificuldades Tirando a saudade, o que mais me incomodou e me incomoda ainda são os processos burocráticos pra conseguir documentos aqui. Te mandam de um lado para outro, dão informações contraditórias e muitas vezes é preciso algum representante português pra assinar algo por você; enfim, é um processo muito chato.

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► Coisas legais que viveu na Austrália Com certeza os elos inexplicáveis de amizade. Pessoas que se vão com o tempo, seguem seus rumos e novas fases que iniciam com essas partidas e chegadas. ► Família e amigos Infelizmente não dá para manter todos, mas me considero muito sortuda. Meus pais nunca me abandonaram uma semana sem saber como eu estava, e amigos que conquistei na escola, na faculdade, no trabalho e até na infância, permanecem em contato.

► Custo de vida e moradia O custo de vida não é alto. Supermercados têm preços muito baixos. Os transportes públicos são muito bons, têm preço justo e ainda existem planos fixos em que se paga uma taxa mensal única e usa-se o transporte quantas vezes quiser. Restaurantes, bares, discotecas, cinemas e atrações deste tipo são geralmente acessíveis e há sempre eventos gratuitos para o público. Há diversas formas de viajar para outros países da Europa e, no geral, não custa caro. Hospitais nunca são gratuitos, há taxas, mas é bem barato e funcionam bem. A cidade é bastante segura. Sozinha ou acompanhada, qualquer pessoa anda na rua a qualquer hora do dia ou da madrugada sem correr riscos. Desde que cheguei, moro num quarto em um apartamento compartilhado. Alugar um quarto é bem fácil, é pagar e entrar. Muitas vezes, esses lugares já têm as contas como água, luz, internet e TV inclusas no valor do aluguel. Alugar apartamentos inteiros diretamente com o proprietário, geralmente, requer o pagamento de alguns meses de aluguel adiantado. ► Mercado de trabalho Não é assim tão difícil arrumar emprego em Portugal. No Verão, tem sempre mais trabalho por conta do turismo e, por isso, falar inglês é quase essencial. Normalmente, trabalhos no setor da construção civil e de vender de porta em porta são os mais fáceis de conseguir. Em restaurantes e bares, às vezes, pode ser um pouquinho mais complicado, mas nada fora do comum. O segredo é não desistir: todo mundo acaba encontrando. Trabalhei em uma empresa de energia elétrica. Aqui as pessoas podem escolher de qual empresa querem comprar energia, é parecido com TV a cabo no Brasil. Minha função era ir batendo na porta da casa das pessoas tentando convencê-las a mudar de empresa. Depois de duas

Sabemos que estamos a 13 mil quilômetros de distância, a 13 horas de fuso horário e aqui eu vivendo no futuro, mas saber que temos esses anjos que nos ajudam tanto a seguir adiante, mesmo tão longe, não tem preço. Eu agradeço a Deus todos os dias pelas maravilhosas pessoas que Ele colocou em meu caminho. ► Volta para o Brasil? Não penso em voltar. Decidi construir minha história aqui, até quando for permitido por Deus e pela Imigração (risos).

semanas trabalhando nessa empresa, um brasileiro chamado Luciano Ottani ligou-me e ofereceu-me um estágio em uma empresa de produção e pós-produção de filmes publicitários. Durante os dois primeiros meses, não havia remuneração, pagavam-me somente as despesas com alimentação. Só depois é que passei a ter um salário normal e hoje continuo a trabalhar nessa mesma empresa. ► Lições mais valiosas O desprendimento faz um bem que eu nunca imaginei. Não precisamos nem da metade dos bens materiais que temos. Você pode ser bom no que faz, mas vai encontrar muita gente melhor que você. Ficar adiando as coisas, esperando ou enrolando pra fazer algo que você queira é uma grande burrice. ► Coisas legais que viveu em Portugal Ainda não fiz muita coisa por aqui, mas já deu pra passar por alguns lugares legais. Vi a neve, fui a um clássico de futebol, viajei de carro entre países e ano que vem farei uma viagem de bicicleta. Contudo, o mais legal é o contato que se tem com pessoas de outros países, tentar conversar com pessoas em um idioma que muitas vezes nem sequer vem do latim e conseguir se entender dando risada é muito bacana. ► Família e amigos Com a minha mãe eu falo todos os dias; com meu pai, nem sempre, porque ele prefere aquele celular mais simples sem internet, então fica mais complicado, mas sempre que ele está próximo da minha mãe nos falamos. Com meus amigos, converso sempre, todos os dias, eles sempre me ligam ou ligo pra eles. ► Volta para o Brasil? Não penso em voltar. Quero ir ver minha família e meus amigos, mas não quero mais andar na rua sempre com medo. Tive experiências ruins relacionadas à violência no Brasil. Já fui assaltado inúmeras vezes e apontaram arma para mim: criei pavor disso tudo.


NANY CARDOSO DE LIMA 27 anos País:

Irlanda

Vive em Dublin há 1 ano e 8 meses Nany optou pela Irlanda por ser um país acessível e que defende a ideia do imigrante estudar e trabalhar. Com o objetivo de ir aprender o inglês e conhecer outras culturas, a jovem conta que a decisão de fazer um intercâmbio aconteceu de maneira muito rápida. “Desde o ensino médio, queria fazer o tão sonhado intercâmbio, mas nunca tinha tido coragem de largar minha vida, trabalho, amigos e família. Enfim, no começo de 2015 tive coragem. Geralmente, as pessoas se programam bastante; já eu não, me programei três semanas antes. Tinha um amigo aqui que me ajudou bastante. ► Dificuldades Já foram tantas dificuldades, mas digo que o frio e a saudade dos amigos e familiares são as piores coisas. Acho que todos deveriam se propor a encarar um intercâmbio, ao menos uma vez na vida. Posso dizer que, com

todas as dificuldades que passei, evoluí não só o lado pessoal como o espiritual. Você aprende a se virar, a encarar o mundo de frente, pois só é ele e você. ► Custo de vida e moradia Dublin é uma cidade cara; porém, é um lugar onde se ganha bem e o alto custo para se manter acaba não sendo tão alto. A moradia aqui é cara, não é nada fácil alugar um espaço, mas eu particularmente sempre tive muita sorte. Assim que cheguei, consegui alugar um apartamento direto com “landlord”, ou seja, com o próprio dono. Hoje moro com quatro pessoas, bem no Centro da cidade, pago em torno de €400 de aluguel. Já morei com seis pessoas, foi um período tenso e conturbado, mas quanto mais tempo passa, você evolui e as coisas vão começando a melhorar. A qualidade de vida é uma delas. Contas como água, luz e internet são baratas: por mês, somam €25 no máximo. Já mercado, eu diria que é ridiculamente barato, pois gasto no mês cerca de €150 e vivo muitíssimo bem. ► Mercado de trabalho Não é fácil. Como em todo lugar, tudo depende da sua capacidade e força de vontade. O inglês é primordial para uma boa oportunidade de emprego, tanto para um subemprego como para uma oportunidade melhor. Eu trabalhei com eventos, pré e pós-shows e hoje sou transfer, tenho meu próprio carro e realizo passeios para estudantes visitantes. Diariamente faço viagens pela Irlanda inteira, de Norte a Sul. Costumo dizer que é o emprego dos sonhos, pois ao mesmo tempo em que interajo com as pessoas, também viajo pelo país todo. ► Lições mais valiosas Fazer um intercâmbio é muito mais do que arrumar as malas e ir para outro país, é muito

Juliana mudou-se de país por causa de um convite de trabalho e diz que ela não escolheu o México, mas o México a escolheu. “Tive um mês para preparar tudo. Entrei como turista e aqui a empresa tirou meu visto de trabalho. Tudo foi acontecendo. Não sabia se ficaria um mês, um ano ou mais”.

JULIANA GASPARINI 28 anos País:

México

Vive na Cidade do México há 5 anos

► Dificuldades Senti fome. Na época que vim estava em depressão e para me distrair, comecei um curso de desenho de imagem. Pagava aluguel, curso e comida uma vez por dia. Minha alimentação era à base de pão e água; quando tinha sorte, rolava presunto ou ovo.

mais do que aprender outra língua. Ser intercambista é ter espírito de intercambista, ou seja, estar pronto para qualquer dificuldade e desafio. Evoluí como se tivesse vivido dez anos. Com toda certeza, me considero finalmente madura e pronta para qualquer desafio. Toda experiência é muito valiosa. Vale a dor da saudade, a angústia da falta, o medo, o receio, o sucesso, o fracasso, o cansaço... Vale a risada, a cerveja, o vento na cara, vale não entender uma palavra do que o outro está falando, contar as moedas, correr para não perder o busão, o frio que dói no osso, vale a conversão eterna da moeda na cabeça, vale combinar horário no skype para conversar com quem você ama. ► Coisas legais que viveu na Irlanda Vivo diariamente coisas extraordinárias. A vida aqui é tipo uma caixinha de surpresas e a melhor coisa que fiz foi sair em busca desse sonho, que me deu condições de conhecer lugares como Marrocos, Londres, Escócia, Paris, Amsterdã, entre outros maravilhosamente lindos. Esta semana, por exemplo, organizei uma viagem pra Inglaterra e pude ver de pertinho a banda Red Hot Chili Peppers. ► Família e amigos Minha família é tudo pra mim, não deixo de falar um dia com eles. Já em se tratando de amigos, quanto mais a gente fica longe, mais vai se distanciando; afinal, a rotina, o modo de vida e as horas passam a não combinar tanto mais. ►Volta para o Brasil? Penso em voltar todos os dias, adoro o Brasil e tenho entes muito queridos. Mas ainda não é hora: o País está em crise, uma confusão. Vou aproveitar essa fase ruim para explorar mais a Europa e as coisas boas que ela tem pra me dar.

► Custo de vida e moradia Acho que o México é um dos países mais baratos para se viver. Tudo aqui é barato: comida, moradia, passeios e viagens. A cidade não é muito diferente de São Paulo. Muita gente, trânsito, lugares bonitos e feios. Aqui o transporte público é barato e existem muitas opções. Quando cheguei, morava com brasileiros; logo depois fui morar com um namorado e agora faz mais de um ano que moro sozinha. Pago o equivalente a R$ 2 mil de aluguel, isso porque moro num prédio que tem piscina, academia e outros espaços de lazer. Como no Brasil, tudo depende do que você procura. Mas é possível encontrar aluguel barato também.


► Mercado de trabalho Trabalhar aqui é igual a maioria dos lugares do mundo. Se você está capacitado, consegue rápido. Vim para trabalhar como fotógrafa numa agência de modelos. Hoje tenho dois trabalhos: um na comunidade judia, em que vou de segunda a sexta; e outro na agência, aonde vou aos sábados. Aqui vivo superbem, mesmo estando longe da família. E, apesar de dizerem que dinheiro não traz felicidade, bem, no meu caso, me traz muita felicidade. Com o que ganho, consegui viajar para os Estados Unidos algumas vezes e há um mês fui para a Europa por dez dias. Como e compro o que quero. Sou completamente feliz.

LUÍS FELIPE SILVEIRA MOLINARI E ROSÁLIA MARIA DE OLIVEIRA MOLINARI Luís: 27 anos Rosália: 28 anos País:

Canadá

Vivem em Montreal há 1 ano e 3 meses Rosália e Luís casaram-se no Brasil e tinham uma vida estruturada, mas decidiram mudar-se para o Canadá pela qualidade de vida e maiores oportunidades. “Tomar essa decisão não foi fácil, pois tivemos que resolver e pensar em muitas questões importantes. Contudo, o que nos motivou foi a vontade de viver uma nova experiência e tornar nosso sonho realidade”, afirma Rosália. O casal descobriu que seriam pais quando já estava no Canadá. “Foi um susto muito grande, principalmente pela preocupação com os documentos que garantiriam o pré-natal da Rosália. Descobrimos que o parto custaria 10 mil dólares canadenses. Ficamos desesperados, cogitamos até retornar ao Brasil, mas com o tempo tudo se ajeitou e agora estamos ansiosos pela chegada da nossa filha, prevista para acontecer no início de novembro”, relata Luís.

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► Lições mais valiosas Valorizar muito mais a família. Entender você mesmo, entender as pessoas e ser mais tolerante. Desfrutar cada refeição. Perceber que a vida não é só trabalhar e temos que sempre reservar um tempo para viajar e conhecer coisas novas. ► Coisas legais que viveu no México Cada momento foi único. Mas um dos mais emocionantes foi conhecer Acapulco e ficar no hotel onde foi gravado um episódio do Chaves. Ah, e também ter ganhado uma viagem para Big Bear, na Califórnia, para esquiar. ► Família e amigos Falo quase todos os dias com meus pais.

Com redes sociais e FaceTime é muito mais fácil. Amigos, não todos, porque nem todos entendem minha vida aqui. Muitos acham que são flores, mas ninguém sabe que para ter o que tenho, trabalho muito e até hoje estudo para conseguir muito mais. Não estou longe da minha família para não ter novas conquistas. Se for para sofrer de um lado, que o outro seja muito bem recompensado. ► Volta para o Brasil? Não. Vivo muito bem aqui, em relação a tudo. Já me acostumei tanto que, quando vou ao Brasil, acho que as pessoas falam feio, que não são tão educadas. Mas confesso que sinto falta da alegria do brasileiro.

► Dificuldades As maiores dificuldades aconteceram no começo, pois nós não sabíamos nada de francês e nos comunicarmos na rua foi realmente muito difícil. Com o tempo, isso passou. Para o Luís, foi menos difícil, pois ele conseguia se virar com o inglês, mas mesmo assim, a dificuldade de se expressar em uma outra língua que não a materna vai sempre existir. ► Custo de vida e moradia Primeiramente seria melhor frisar que não é bom comparar fazendo a conversão do dólar. Então, digamos que em uma família onde duas pessoas trabalham ganhando apenas um salário mínimo, ela consegue viver tranquilamente. Com apenas uma pessoa trabalhando, se vive, mas sem luxo nenhum. A necessidade de um carro não é tão grande quanto em São Paulo, conseguimos viver apenas com o transporte público. Aqui é muito mais comum morar de aluguel, principalmente quando não é tão longe do Centro. Normalmente, os contratos de aluguel são de um ano. Encontrar um espaço para morar não é difícil, mas são apartamentos e casas mais antigas. É um pouco diferente do que estávamos acostumados no Brasil. Em compensação, não pagamos taxa de água e nem de aquecedor, moramos em um bairro onde em cinco minutos caminhando encontramos campos de futebol, piscina, parque para crianças e uma estação de trem. ► Mercado de trabalho Conseguir um emprego não é fácil. Por um lado, Montreal é uma boa escolha por ser bilíngue; por outro, os candidatos às vagas também precisam ser bilíngues. Dá para achar um emprego só com inglês ou só com o francês, mas isso limita muito as vagas. Passei os dois primeiros meses fazendo entrevistas por telefone só para vagas em inglês e em apenas uma fui selecionada para fazer entrevista pessoalmente. Já o Luís, desde que

chegamos, trabalhou e continua a trabalhar na mesma empresa. Ele é desenvolvedor de softwares na Rideau Recognition Solutions. ► Lições mais valiosas A primeira de todas foi o desapego aos bens materiais, vivenciamos isso desde o princípio, quando tivemos que vender tudo. Aprendemos que bens materiais podemos conquistar novamente, pois o que importava era vivenciar a experiência. Outra foi integrar a cultura do faça você mesmo: aqui a mão de obra é valorizada, por isso existe uma educação muito forte para você se aventurar em resolver problemas que normalmente se paga para resolver no Brasil. Exemplos: ao comprar móveis, você vai à loja, escolhe os produtos e aí se quiser que eles façam a entrega paga no mínimo CAD$ 100 ou você pode alugar uma van ou um caminhão pequeno por CAD$ 20 a diária. Caso queira que eles montem também, é cobrado um valor extra, porém, cada móvel vem com o guia de montagem com o passo a passo e você pode se virar em casa. ► Coisas legais que viveu no Canadá Conhecer pessoas de outros países e ter contato com outras culturas. ► Família e amigos Temos falado sempre com a família e alguns amigos, podemos até dizer que, em alguns casos, apesar da distância, nos deixou até mais próximos, pois agora que estamos aqui e não tem mais aquela facilidade de ir na casa, temos mantido mais contato. Mas tudo isso via Skype, Facebook e WhatsApp. ► Volta para o Brasil? Não podemos dizer que nunca, pois o futuro a Deus pertence, mas por enquanto não temos vontade de voltar. Nosso objetivo sempre foi pensando em qual futuro queríamos dar para nossos filhos e agora com a chegada de nossa filha pretendemos ficar aqui para que ela possa usufruir dessa oportunidade e poder ter melhores opções.



[ PASSEIO ] Por Valdir Carleto Fotos: divulgação

36ª Festa de Flores e Morangos de Atibaia homenageia o produtor rural

T

eve início na sexta, 2, a 36ª. edição da Festa de Flores e Morangos de Atibaia, promovida pela Associação Hortolândia de Atibaia. Este ano, tem como tema “Riquezas da Terra”, como homenagem ao trabalhador rural e às dádivas da natureza, que gera emprego, alimento e renda para milhares de famílias e que tornou a cidade de Atibaia e região referência no cultivo de flores e morangos. A cada quatro flores comercializadas do Brasil, uma é de Atibaia.

Já no primeiro fim de semana, milhares de pessoas visitaram o evento, visitantes de outros estados como Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Chamam a atenção a beleza, harmonia e sensibilidade das obras, arranjos ornamentais, flores e frutos presentes na decoração. Na área de gastronomia, o evento conta com restaurantes e estandes diversos, com o objetivo de agradar o paladar de diferentes públicos.

36ª. Festa de Flores e Morangos de Atibaia Sextas, sábados e domingos, até 25/9 Das 9h às 18h Ingressos: R$ 14 (meia) e R$ 24 , Parque Municipal Edmundo Zanoni: avenida Horácio Neto, 1030, Atibaia N 0800-555-979 w www.floresemorangos.com.br

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[ BEM ESTAR ] Por Jônatas Ferreira Fotos: banco de imagens

O crescente uso dos ansiolíticos

Q

uerer que uma festa que você já vem programando por tanto tempo chegue logo. A semana de provas que você sabe que está para chegar e vai ser barra pesada ou o dia tão esperado do seu casamento. Todos esses fatores geram a ansiedade e isso pode ser considerado normal. Contudo, existem limites, que, se ultrapassados, pode transformar a sua viagem dos sonhos ou o prazo da entrega do serviço em síndrome do pânico, doenças psicossomáticas (gastrite, taquicardia, hipertensão, são alguns exemplos) e por aí vai. Com rotinas cada vez mais estressantes, seja pelo aspecto profissional, financeiro ou amoroso, verdade é que mal acordamos e nossa cabeça já está no amanhã – isso quando a tal ansiedade não invade os nossos sonhos e os transformam em pura tensão. Os sintomas não são difíceis de detectar: sensação de sufoco, tensão muscular, bloqueio mental, aperto no peito, medo, tremores e a famosa “dor de barriga”. Seja físico ou emocional, as ideias embaraçam e parecemos fios desencapados de alta voltagem. O bacana é que dá para conviver com isso; mas para alguns, nem sempre é possível.

“Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade”. Esopo

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O QUE É A ANSIEDADE? É bom saber que ela não é doença, mas faz parte da nossa defesa; ou seja, todos são ansiosos, em menor ou em maior grau, inclusive os animais. De acordo com a psicóloga do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos Marina Arnoni Balieiro, “a ansiedade é uma resposta fisiológica normal do organismo diante de algo novo, inesperado, desejado, temido e até muito feliz. O que acontece é que, muitas vezes, esses sintomas de ansiedade deixam de ser pontuais e passam a ser cada vez mais frequentes, tornando-se, então, um transtorno de ansiedade. As pessoas estão cada vez mais impacientes e querem que tudo seja resolvido e feito de imediato; ninguém mais consegue esperar. Desde as crianças até

os adultos, todos querem que as coisas aconteçam na hora e lugar desejados. Ninguém mais tem paciência de esperar e de se frustrar”. Marina conta que não existe uma fase da vida em que essa característica seja mais acentuada, mas, questionada do porquê de sermos ansiosos, a psicóloga explica: “Hoje em dia, queremos que tudo ocorra de imediato, pois estamos cada vez mais nos esquivando das frustrações; é como se não pudéssemos perder. Os pais tentam sempre compensar os filhos, seja com presentes, comidas, viagens. A criança não tem que lidar com o vazio, a perda, com o não fazer nada; estão sempre ocupadas com atividades e compromissos e, por isso, não sabem lidar com a espera, com o tempo. Assim querem sempre algo, querem sempre tudo no agora”.


ANSIOLÍTICOS: PARA O BEM OU PARA O MAL? Nos Estados Unidos, doenças relacionadas com a ansiedade atingem 18% da população, enquanto que no Brasil, são 12%. Somos um dos países que mais fazem pesquisas na internet com o tema “como vencer a ansiedade”. Talvez, esse número indique que, neste momento, enquanto você lê esta matéria, a ansiedade está ditando os seus pensamentos. Um dos tratamentos para essas inquietudes são os ansiolíticos. Os mais famosos são: bromazepam, diazepam, alprazolam e clonazepam. No Brasil, foram comercializadas 23 milhões de caixas de um conhecido ansiolítico. Essa pesquisa coloca o País no ranking dos maiores consumidores de medicamentos para essa finalidade. As informações são do IMS Health, entidade privada especializada em informações da área da saúde, com pesquisas feitas em 2015. As estatísticas afetam também os adolescentes – a época em que os hormônios estão “na flor da pele” e de que há o desconforto natural de querer que aconteça tudo na hora ou que os momentos cheguem logo, além do desejo de experimentar o novo. Em qualquer doença, os primeiros tratamentos procurados são sempre os remédios, o que pode ser um grande perigo

quando se trata de automedicação. “Na grande maioria das vezes, as pessoas se utilizam de remédios quando estão em crise, o que se torna um problema sério. Nessa hora, a automedicação é, sem dúvida, muito perigosa, podendo levar à intoxicação e colocar a vida dessa pessoa em risco”, alerta a especialista. Para Marina, o uso de ansiolíticos só é indicado quando a relação risco/benefício é válida. O paciente será avaliado pelo médico e dependerá de cada paciente – fase de vida ou sintomas que apresentam, por exemplo. “É importante dizer que nem todas as pessoas que se consideram ansiosas têm transtorno de ansiedade. O risco do uso de medicação não prescrito é muito grave e no caso das medicações de ansiedade pode trazer problemas, desde reações adversas das medicações como complicações bem graves e dependência”. A memória e o aprendizado também podem ser afetados pelo consumo exagerado desses remédios. A psicóloga ainda recomenda a atividade física como ajuda natural no controle da ansiedade. Um tratamento alternativo são as terapias, além das técnicas de relaxamento.

PRECAUÇÃO O ansiolítico Rivotril (clonazepam), usado no tratamento da ansiedade e da insônia, consta na lista dos dez medicamentos mais consumidos no Brasil. Especialistas do American College of Osteopathic Neurologists and Psychiatrists apontam pesquisa que mostrou a relação do uso dessa classe de remédios com o risco do Alzheimer em 32%, se usados por um período superior a três meses, mas inferior a 180 dias. Quando o consumo passa de 6 meses, o risco chega a ser de 82%. O estudo foi feito com pessoas acima de 65 anos.


[ SAÚDE ] Por Val Oliveira Fotos: Marcelo Santos e banco de imagens

Qual o melhor tipo de sal para o consumo diário?

O

sal é muito usado para conferir sabor e conservar os alimentos. Apesar disso, o mineral é frequentemente colocado na “lista negra” dos médicos e, por consequência, na de muitos consumidores. Tudo porque, se consumido em excesso, pode ser prejudicial à saúde, atuando como agente desencadeador de males como a hipertensão arterial e doenças cardiovasculares (fatores de risco). Contudo, o organismo humano necessita do sódio para funcionar adequadamente e o nutriente não pode ser excluído da dieta diária. “O sódio é um mineral importante, responsável pelo equilíbrio hídrico do corpo. Além disso, ele participa de impulsos nervosos, contração muscular e transporte de moléculas entre nossas células”, afirma Camila Torreglosa, nutricionista do Setor de Promoção à Saúde do HCor – Hospital do Coração, de São Paulo, em entrevista ao Portal IG.

QUANTIDADES RECOMENDADAS E TIPOS DE SAIS De acordo com a OMS- Organização Mundial de Saúde, a quantidade diária ideal de sódio a ser ingerida é dois gramas, o que corresponde a menos de uma colher rasa de café. A média de consumo por brasileiro é de 12 gramas ao dia. Dessa forma, para preservar a boa saúde, recomenda-se diminuir a ingestão do mineral. Para tanto, ficar atento às letrinhas miúdas das embalagens dos alimentos industrializados pode ajudar. “A presença de sódio nos alimentos industrializados pode ser identificada pelos consumidores por meio da lista de ingredientes, informação obrigatória na rotulagem desses alimentos, de acordo com a Resolução RDC n. 259/2002”, informa nota no site da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Outra saída é colocar menos sal no preparo dos alimentos e trocar o sal refinado, que normalmente é usado nas cozinhas

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brasileiras, que oferece 400 mg de sódio por grama, por outros tipos que apresentem menor teor de sódio na composição. Além do refinado, há o sal light, grosso, negro, havaiano, marinho, defumado, rosa do Peru, flor de sal e o rosa do Himalaia.



[ SAÚDE ]

PROPRIEDADES E BENEFÍCIOS DO SAL DO HIMALAIA De acordo com a nutricionista Mirian Costa, entre todas as opções, o sal rosa do Himalaia, com 230 mg de sódio por grama, apresenta-se como boa alternativa devido a sua pureza, pois não é misturado com substâncias sintéticas no momento do refino. O sal light tem 197 mg e o líquido 110 mg de sódio por grama. “O sal do Himalaia é considerado o mais saudável por ser o mais puro dos sais marinhos. Além da pureza, reúne mais de 80 tipos de minerais, entre eles o potássio, ferro, cobre, magnésio e cálcio. Na quantidade certa, o sal é vital ao equilíbrio da água e dos eletrólitos dos organismos. Mas, fica o alerta: apesar de ter menos sódio, como todos os outros

tipos de sais, não deve ser usado com exagero”, diz. De acordo com a profissional, além de ter menos sódio, o sal rosa do Himalaia tem propriedades “terapêuticas” e pode colaborar positivamente na prevenção de outras doenças, além das cardiovasculares e a hipertensão. “O magnésio, bastante presente neste sal, ajuda a prevenir cãibras e colabora para o fortalecimento do sistema imunológico e muscular. Além disso, elimina toxinas do organismo, levando a uma melhor circulação, controla a oleosidade da pele e colabora para o aumento da hidratação”, enumera. Miriam destaca que não existem alimentos vilões, que comprometem a saúde e dificultam a busca por melhor qualidade de vida. “O que existe é o desequilíbrio. Moderação é sempre a dica mais importante que costumo passar”, finaliza.

CONFIRA NA TABELA ABAIXO O TEOR DE SÓDIO EM DIFERENTES TIPOS DE SAIS E FAÇA SUA ESCOLHA.

Tipo de Sal

Teor de Sódio (mg) por grama de sal

REFINADO

400

GROSSO

400

LIGHT

197

MARINHO

420

HIMALAIA

230

HAVAÍ

390

ROSA DO PERÚ

250

DEFUMADO

395

LÍQUIDO

110

NEGRO

380

FLOR DE SAL

450

Mirian Costa – Nutricionista , Rua Josephina Mandotti, 340, 5º andar, conj.54, Jardim Maia. N 11 2440-7007

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[ GASTRONOMIA ] Por Val Oliveira

DESAFIO DO SUSHIMAN O desafio do sushiman oferece, em um mesmo prato, 6 peças de sushis, 24 makis e 20 sashimis. São elas: salmão (4), gunka shakê negui (2), uramaki (4), acelga especial salmão (4), hot rolls (16) e 20 cortes de sashimi salmão marinado. R$ 87,90. Serve até duas pessoas.

Divulgação

Márcio Monteiro

Temakeria e Cia , Rua Josephina Mandotti, 338, Jd. Maia. N 2937-1637. w www.temakeriaecia.com.br

YAKISOBA TRADICIONAL

CREPE DE DOCE DE LEITE

Macarrão frito, carne bovina, frango acelga, brócolis, cenoura, couve-flor e cogumelo. R$ 17,90.

Fina massa crocante, com receita exclusiva, recheada com o mais puro e cremoso doce de leite e coco. R$ 13.

Xamei refeições e lanches , Av. Paulo Faccini, 365, Centro. N 2440-8955 / 2440-7366. w www.xamei.com.br Divulgação

Havanna , Rua Bartolomeu de Carlos, 230 Jd. Flor da Montanha Parque Shopping Maia, piso 3. N 2485-1131. w www.havanna.com.br

BRÓCOLIS A pizza leva molho de tomate, queijo muçarela, calabresa fatiada, brócolis ao alho e azeite, orégano e azeitonas. Somente delivery.. Preço sob consulta.

Divulgação

Babbo Fabrízio Pizzaria , Rua Dr. Miguel Vieira Ferreira, 20, Jd. Zaira. N 2600-9222.

CUPIM CASQUEIRADO Cupim casqueirado na brasa e servido na telha acompanhado de mandioca puxada na manteiga de garrafa. Meia porção R$ 65 e porção inteira R$ 89,90.

Divulgação

Adega 33 , Rua Tapajós, 120, Jd. Barbosa. N 3428-6294. w www.adega33.com

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[ AGENDA ]

Por Cris Marques e Tamiris Monteiro Fotos: Associação Desportiva Facex, Márcio Lino (PMG), Rafael Amaro e divulgação

#MÚSICA

#CIDADANIA

Rock independente embala a “Noite Inflamável”

“Capoeira Sangue Bom”

9 de setembro Nova edição da já tradicional festa de música independente. Com as bandas Mirant (foto), Carbônica, Vento Motivo e Enig & Mareantes Sônicas. Além da música, a noite também contará com exposição de arte do Projeto Essência, com fotografias de artistas da cidade. Classificação: 18 anos. RS 10. Deco Rock Bar. R ua Roberto Tadeu Fornazari, 18, Centro. (conhecida como rua do Cano). Sexta, a partir das 21h.

10 de setembro Evento da Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Rosa Baiana, fundada pelo mestre Mirão (em memória) e dirigida por sua filha Céllia Nascimento, para propagar os ensinamentos da capoeira e suas raízes, para crianças e adolescentes. Com apresentação de teatro de rua e campanha de incentivo à doação de sangue, a “Capoeira Sangue Bom”. Tenda branca do Bosque Maia. Avenida Paulo Faccini, s/nº, Jardim Maia. Sábado, a partir das 11h.

#DIVERSÃO

Oficina de Dedoche 11 de setembro Atividade criativa, que promete envolver crianças e adultos, ensinar a arte dos dedoches, incentivando a criação de personagens, histórias e brincadeiras interativas. Os fantoches para os dedos serão criados com materiais como feltro e poderão ser levados de presente para casa. Classificação: livre. Gratuito. Shopping Pátio Guarulhos – piso térreo. Avenida Rosa Molina Pannocchia, 331, Vila Rio. Informações: 2458-8100 ou www.shoppingpatioguarulhos.com.br. Domingo, das 13h às 17h.

#CIDADE

História e a geografia de Guarulhos 17 de setembro Mora por aqui e quer aprimorar seus conhecimentos sobre a cidade, que é a segunda mais populosa do Estado? Curso Guarulhos de Aldeia a Metrópole vai resgatar a formação da cidade, desde os seus primeiros habitantes, passando por seus diferentes ciclos. Ministrado por Elton Soares de Oliveira (pesquisador, historiador e

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autor de livros sobre história e cultura de Guarulhos); Ellen Santana (professora de história, pesquisadora da história local e membro da Associação Amigos do Patrimônio e Arquivo Histórico); e Lionel Fontanesi (professor de geografia, pesquisador em educação e geografia local e professor-pesquisador do Observatório da Remuneração Docente da Unifesp).

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até 14/9, no site: www.portalmaromomi.com.br. Biblioteca Monteiro Lobato. Rua João Gonçalves, 439, Centro. Sábado, das 9h às 15h.



EVENTOS NO ESPAÇO NOVO MUNDO Autoconhecimento através do tarô

9 de setembro Palestra com a terapeuta Cleuza Piveta e utilização do tarô egípcio. Sexta, às 19h.

Florais de Minas

10 de setembro Curso com Darci Fernandes. Informações e reservas com a palestrante no celular 99359-5323. Sábado, das 9h às 17h.

Vencendo a timidez

#ESPORTE

Inscrições abertas para o III Circuito Montanhês de Ciclismo Até 7 de outubro Prova do dia 9 de outubro, com percurso que sairá do Bosque Maia e passará por ruas, estradas asfaltadas e montanhas, está com inscrições abertas. Distância percorrida será de 80 km para categoria elite masculina e 30 km para as demais. Lote I (até 20/9) R$ 50, Lote II (de 21/9 a

7/10) R$ 80. Informações e inscrições: www.circuitomontanhes.com.br

10, 17 e 24 de setembro Curso com a life e executive coach Fernanda Fernandes. Informações e reservas com a palestrante no WhatsApp 97258-7392. Sábados, às 15h.

“Dicionírico”

10 de setembro Noite de autógrafos e lançamento do livro com o autor, poeta e professor universitário César Magalhães Borges. Será fornecido certificado de participação. Sábado, às 17h.

Meditação

14 de setembro Primeira aula do curso com a psicóloga e terapeuta psicocorporal Andreia Valente Tarsitano. Duração: 10 encontros. Reservas com a palestrante no celular 99536-3339. Quarta, das 18h às 21h.

“Os Últimos Casos de Miss Marple”

14 de setembro Roda de leitura da obra de Agatha Christie, com a bibliotecária e contadora de histórias Lúcia Sasaki. Quarta, às 19h.

Olhar sobre a cidade convida

15 de setembro Debate com os candidatos a vereador Eduardo Vela (PRTB), Gregui (PT), Wilson David (PSB) e Nelson Zanotto (PRP) sobre o esporte em Guarulhos. Organização Auriel Filho. Quinta, às 19h.

#TV

Tem guarulhense no Cozinha sob Pressão A 4ª temporada do reality culinário do SBT “Hell’s Kitchen – Cozinha sob Pressão” acabou de estrear e, entre os 20 participantes que concorrerão ao prêmio de 100 mil em barras de ouro, além do título de melhor cozinheiro profissional do País, está Augusto Herrera Caniato, 21. Além de ser o candidato mais novo do programa, ele é guarulhense, criado na região do Picanço. Cozinheiro técnico, formado pela ETEC Carlos de Campos, Brás, e estudante do curso de gastronomia na UNG, Caniato já trabalhou em grandes restaurantes, como Mellao Trattoria, Doce Arte, Paris 6 e Tartar and Co, com o chef Erick Jacquin.

Frequência vibracional das emoções

16 de setembro Palestra com a terapeuta floral e radiestesista Regina Torézàm. Sexta, às 19h.

1 kg de alimento não perecível, gibi ou livro infantil são bem recebidos nos eventos do espaço.

#SÉRIE

Espaço Novo Mundo (Livraria Nobel) , Avenida Salgado Filho, 1.453, Jardim Maia N 11 4963-1133 / 2408-9762 / 98539-0139 G espaco.novomundo m marketing@espaconovomundo.com.br

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Segunda temporada de Narcos na Netflix A caça a Pablo Escobar continua. Isso porque a segunda temporada da série Narcos está sendo exibida na Netflix. A trama foi produzida na Colômbia com dinheiro dos Estados Unidos e conta com um elenco multinacional, incluindo o brasileiro Wagner Moura, que é o protagonista. Bastante elogiada pelos brasileiros, a série narra a história da vida de Escobar. Traficante conhecido mundialmente por produzir cocaína em alta escala para Estados Unidos e Europa,

durante os anos 1980 e 1990, transformou a droga em um problema de saúde pública. A triste notícia para os fãs de Wagner Moura é que a segunda temporada será a última com a participação dele. “Essa é, definitivamente, a última temporada para mim”, disse o protagonista durante uma conferência realizada pela Associação de Críticos de Televisão dos EUA. “Nesta temporada, começaremos a ver a queda desse cara. Veremos Pablo Escobar muito vulnerável.”


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