RG 105

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REGISTRO GERAL DO QUE INTERESSA

MAIO

O 105

à | EDIÇ

0 R$ 10,9.com.br erg it .s w ww

CABALA

Enjaulado

NA BERLINDA Com ou sem Madonna

MIKE TYSON SE FECHA PARA NÃO ENLOUQUECER

CHEFE DA TRIBO

ernanda 9 771678 904006

00105

ISSN 1678-9040

É HORA DE USAR JEANS, CASHMERE E FRANJA!

LIMA

A intimidade da mãe mais bonita do Brasil

ENDEREÇOS SECRETOS DE NOVA YORK: SIM, É POSSÍVEL










ISSN 1678-9040

PATRICIA CARTA Diretora Responsável

Diretora de Comunicação DORIS BICUDO Editora-chefe PHYDIA DE ATHAYDE Projeto Gráfico e Consultor Convidado STEVE WILLIAMS Editor Executivo MARIO BOLZAN Produtora Executiva MAYRA OMETTO Set Designer TISSY BRAUEN Arte BRUNO LENARDUCCI ANTONUCCI, CAMILA TOLEDO, MARCELLA KATZ UEHARA E ROGÉRIO DOMINGOS Assistente de Redação MANOELA MEIRELLES Colunista Convidada SUZY MENKES Editor Especial Convidado DUDI MACHADO Editor de Estilo Convidado FABRIZIO ROLLO Editora de Beleza Convidada CASSIA AVILA Diretor de Produção Gráfica PAULO SÉRGIO CASTILLO LOPES Coordenador ROBERTO APOLINÁRIO Produção Gráfica DANILO CARVALHO

Colaboradores ALÊ DE SOUZA, ANDRÉ BRANDÃO, ANDRÉ PASSOS, ANTONIO TRIGO, BENJAMIN KANAREK, CAMILA ALAM, CLAUDIA WITTE, CRIS BIATO, CRIS LOPEZ, DANIEL HERNANDEZ, DANIELA ARAÚJO, DAPHNE MERKIN, DAVI RAMOS, DAVID GODOY, DIEGO AMÉRICO, DIEGO GAIOTTI, DUDU PASTORE, FABIANA SKAFF, FAUSTULO MACHADO, FLAVIA POMMIANOSKY, FRÉDÉRIQUE RENAUT, GUI PAGANINI, GUSTAVO LEITÃO, HELENA LUNARDELLI PRADO, J.R. DURAN, JULIA LEÃO, KARLA MONTEIRO, KIKE MARTINS DA COSTA, LIA MARTINS, LIANA HAJE, LILI MARTINS, LUCIANO BOGADO, LUIZ HENRIQUE LIGABUE, MANU FIGUEIREDO, MARIANA BONFATI, MARILDA RODELLA, MARÍLIA LEVY, MARILIA NEUSTEIN, MARK PETERSON, MIRELLA PENTEADO, PALOMA ZARAGOZA, PATRICIA BROGGI, PAULA MENDES, PHILIPPE KLIOT, RAPHAEL BRIEST, RODRIGO PETRELLA, RODRIGO SCHMIDT, ROMULO FIALDINI, ROSANA RODINI E TEREZA KAWALL

Site RG Diretor de Redação JEFF ARES Editora ROSANA RODINI Designer e Gerente de Mídias Sociais CAIO ZALC Assistentes de Arte ANNA LUISA DEL MAR E MARIANA FLEURY Repórter MIRELLA PENTEADO DE CAMARGO Assistente de Redação VICTOR FRESI Fotógrafos ANDRÉ LIGEIRO E LIU LAGE

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Publicidade Diretora de Projetos Especiais BEATRIZ MONTEIRO Gerente Comercial ALESSANDRA OLIVEIRA Contatos ALESSANDRA GHERARDI, CATARINA CARVALHO, LUCIANE GRASCIANO E THIAGO ARIKAWA Contato Rio de Janeiro ISABEL MUNIZ (21) 8124-3205 isabelmuniz@cartaeditorial.com.br

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Diretores PATRICIA CARTA E IDEL ARCUSCHIN Fundador LUIS CARTA (1975-1986) ANDREA CARTA (1986-2003) RG não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não têm autorização para falar em nome da RG ou a retirar qualquer tipo de material se não tiverem em seu poder uma carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Registro nº 219.382, de 20/07/2004, no 1º Ofício de Registro de Títulos e Documentos, de acordo com a Lei de Imprensa. FOTOLITOS: Bureau São Paulo e Digiscan DISTRIBUIÇÃO: FC Comercial e Distribuidora S/A. IMPRESSÃO: Gráfica Prol

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ÍNDICE

MAIO 2011

29 REGISTROS EMICIDA E SEUS OBJETOS DE SONHO O LIVRO DE JOUMANA HADDAD VÁRIAS FACES DE MARINA RENAULT AS DICAS E A PACHÁ DE MÁRIO BULHÕES A LISTA DAS MÃES DESMIOLADAS

57 MODA ALFAIATARIA COM CALÇA SKINNY ENTENDA A MISTURA DO BOLD BOHO ALIADOS DO VERMELHO O MASCULINO SIMPLES E ELEGANTE

70 JOIAS PARA AS MÃES MÃE É UMA SÓ, MAS RG SUGERE OPÇÕES DE PRESENTES VARIADOS: DOS MAIS INOVADORES AOS DIAMANTES

80 FERNANDA LIMA NOSSA CAPA DE MAIO RECEBE RG EM CASA EM CLIMA INTIMISTA PARA FALAR DOS FILHOS, CARREIRA E DA VIDA

92 APACHE URBANA MISTURE SEM MEDO. É HORA DE USAR JEANS, CASHMERE, FRANJAS E ACESSÓRIOS NAVAJO!

100 CABALA EM CHAMAS

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Laura Neiva no editorial de moda girly

CAPA Fernanda veste Giulia Borges Foto J.R. Duran Styling Flavia Pommianosky e Davi Ramos Beleza Alê de Souza Produção de moda Well Santos Tratamento de imagem Photouch

FOTO ANDRÉ PASSOS

COM OU SEM MADONNA, RG REVELA OS SEGREDOS DA FILOSOFIA QUE CONQUISTOU O HIGH



ÍNDICE

MAIO 2011

112 TYSON PIANINHO O DOSSIÊ RG MOSTRA A VIDA REGRADA E SUBURBANA DA EX-FERA DOS RINGUES

116 A COZINHA DE GIGI INVADIMOS A CASA DE GIGI SIH, E ENTRE DIORS, BLAHNIKS E HERMÈS, DESCOBRIMOS QUE A DESIGNER DE JOIAS TEM TALENTOS CULINÁRIOS

130 POESIA EM CIMENTO ISABELLA GIOBBI LEVA RG A UM TOUR EXCLUSIVO PELA CASA DO NAMORADO, PROJETADA POR PAULO MENDES DA ROCHA

143 NY TOP SECRET SIM, É POSSÍVEL. RG APRESENTA UMA SELEÇÃO DE ACHADOS GOURMET EM PLENA MANHATTAN

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WWW.SITE

Na casa, cadeira de Frank Gehry

.COM.BR

O rapper EMICIDA indica cinco novos artistas que você precisa ouvir e Galeria com obras em destaque na lista os seus dez clássicos formadores SP-ARTE e uma entrevista com Fernanda Feitosa, a idealizadora da feira O making of do ensaio com a atriz e os top 10 filmes de LAURA NEIVA

FOTOS ROMULO FIALDINI

Gigi em Impressão Digital





COLABORADORES

KARLA MONTEIRO

Karlinha estreia na RG contando tudo sobre Fernanda Lima, a mãe radiante que está no perfil de capa da edição. Em agosto, a jornalista passa seis meses na Índia para escrever um livro. “Será um misto de diário e de encontros com mestres espirituais famosos no Ocidente. Mas não é autoajuda, hein!” Jornalismo literário, isso sim, e sai pela Record em 2012.

HELENA LUNARDELLI PRADO

Há quase um ano, Helena começou o blog amiciperamici.com.br Formada em Artes Plásticas, ela era designer gráfica e extravasava a paixão pelo mundo da maquiagem e dos produtos de beleza apenas na rede. Mas deu tão certo que agora ela é, oficialmente, blogueira. E aceitou na hora o convite para compartilhar essa paixão nas páginas de beleza da RG.

Ela logo avisa: nasceu no Acre, mas é paulistana de coração. Camila ama jornalismo cultural, tem uma coluna no site da revista CartaCapital e em breve será pós-graduada em História da Arte, com uma monografia sobre Banksy. Nesta edição, selecionou o que há de mais bacana na feira SP-Arte, além de indicar os melhores filmes (e o melhor abdome) do mês.

BENJAMIN KANAREK

O canadense já quis ser baterista de bandas punk e arquiteto (é formado pela Carleton University, de Ottawa). Mas, para nossa sorte, mudou drasticamente os planos e começou a fotografar. Autodidata, tem a mulher, Frédérique Renaut, como braço direito e seu trabalho pode ser visto em Harper’s Bazaar, L’Officiel, Cosmopolitan e, é claro, na RG. Nesta edição, clicou Bárbara Elias, divina, no Palais de Tuileries.

FOTOS ARQUIVO PESSOAL, GUSTAVO PELLIZZON E VALÉRIA ALMEIDA

CAMILA ALAM



FERNANDA LIMA

BÁRBARA ELIAS

Fernanda na toca O que será que uma moça linda e doce tem a ver com um fortão truculento com cara de poucos amigos? Tudo. Sim, estou tentando traçar um paralelo entre Fernanda Lima e Mike Tyson. A atriz de vida regrada que é capaz de seduzir com uma básica piscadela quase escondida por baixo de sua franja displicentemente cortada. Bem resolvida e bem-amada, Fernanda consegue se esconder em pleno Rio de Janeiro, onde construiu seu refúgio em Vargem Grande. É por lá que leva a máxima “um amor e uma cabana” ao limite. Mas, fora da toca, é capaz de se transformar na mais provocante das mulheres a ponto de falar de sexo na maior naturalidade na TV, entre outros predicados. Chegamos ao ponto em que a história de Fernanda se esbarra na de um dos maiores pugilistas de todos os tempos. Usando de uma licença poética, os dois poderiam ter se cruzado no meio do caminho: ela, segura de si, indo ao encontro de seu sonho realizado, enquanto ele, no sentido inverso, escolhe ir para uma cidade no interior dos Estados Unidos na qual se isola das tentações mundanas. A seu modo, Tyson tenta interpretar o papel da “boa mãe” que Fernanda assume com a maior naturalidade na vida real. Esta mesma vida que sabemos ser feita de altos e baixos. No caso, de belas e feras.

Patricia Carta

MIKE TYSON



SUZY MENKES

Parabéns

mamãe

A retrospectiva de Yohji Yamamoto, em Londres, celebra 30 anos de desfiles em Paris, mas é, acima de tudo, uma homenagem à mãe que o ensinou a costurar

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museu é informar e contextualizar a obra de um artista. Quantos visitantes vão saber que Issey Miyake também trabalhou intensamente com tecidos clássicos japoneses e hipermodernos? Ou que Rei Kawakubo, da Comme des Garçons, produziu roupas igualmente inovadoras que desafiaram o status quo? Ainda assim, Yamamoto se sai como um classicista em vez de iconoclasta. Há requinte em grande parte do trabalho, com a adoção deliberada da alta costura. A vantagem de ver as roupas de perto é apreciar o acabamento envolvido nas roupas ilusoriamente simples. Mas Ligaya também agrupou algumas roupas em “diálogos”: por exemplo, há um agrupamento de diferentes vestidos feitos com as técnicas japonesas shibori e yuzen de tingimento. Além disso, com um esforço combinado, o visitante pode selecionar um vestido em exposição – digamos, o vermelho assimétrico com armação – e então assisti-lo em movimento na passarela, em um dos muitos consoles de multimídia na parede da linha do tempo. Há atualmente dois outros projetos de Yamamoto acontecendo em Londres, assim como uma nova flagship Y-3 na Conduit Street comemorando a longa colaboração do estilista com a gigante dos esportes Adidas. Em South London, uma exposição de fotografias chamada Yohji’s Women está em cartaz na Wapping Project Bankside Galleries até 14 de maio. En-

YAMAMOTO e algumas das criações expostas no Victoria & Albert Museum, em Londres

quanto isso, a Wapping Hydraulic Power Station trará o famoso vestido de noiva com armação de Yamamoto de 1998 suspenso sobre água até 14 de julho. De volta ao V&A Museum, as criações de Yamamoto também podem ser encontradas “conversando” com artefatos alheios à moda: três trajes masculinos são exibidos entre estátuas clássicas em uma galeria de escultura e algumas roupas vermelhas são expostas contra um fundo de ricas tapeçarias do século 15. Mas a combinação mais linda é um piano do século 19 e um vestido branco ostensivamente simples que o estilista criou para Pina Bausch, com dobras delicadíssimas que descem pelas costas. Como Yamamoto disse, em uma tentativa de definir seu approach: “Com meus olhos voltados ao passado, ando de costas em direção ao futuro”. A expo Yohji Yamamoto está em cartaz no Victoria & Albert Museum até 10 de julho.

SUZY MENKES É COLUNISTA DO INTERNATIONAL HERALD TRIBUNE FOTOS DIVULGAÇÃO

Y

ohji Yamamoto é um homem com muitas facetas no design e poucas palavras. Então, quando falou na estreia de sua retrospectiva no Victoria & Albert Museum, em março, a principal mensagem foi: “Feliz aniversário para minha mãe”. Fumi Yamamoto, a costureira que o ensinou a fazer alfaiataria e drapear, estava presente na exposição de Londres, tanto em pessoa quanto no filme exibido na linha do tempo multimídia que enriquece o display de 60 trajes. As roupas, exibidas em um fundo branco, representam os 30 anos de desfiles em Paris, e o mais impressionante da exposição é que nada fica por trás de vidros: cada roupa pode ser tocada e acariciada, realçando a crença da curadora Ligaya Salazar de que “tecido é tudo”. As peças da mostra também não foram organizadas cronologicamente. Isso reflete o desejo de Yamamoto de que suas roupas sejam usadas por vários anos – portanto, datas não são significativas. Mas os desfiles que tiveram um efeito marcante são mostrados nas telas da linha do tempo: seu vestido de noiva inflado, o trabalho com a coreógrafa Pina Bausch e sua coleção masculina de 1998, que teve mulheres famosas como modelos, como Charlotte Rampling e Vivienne Westwood. No entanto, não há referência na mostra aos colegas japoneses de Mr. Yamamoto. Por mais que ele não deseje ser colocado em um grupo, a tarefa de um


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PRIMEIRA PESSOA

AS MIL FACES

de Elza

“S

ou guerreira, passional, ciumenta, exagerada e muito mais. Já me reinventei várias vezes. Quando vi Elza, o documentário que fizeram sobre mim, achei lindo. Agora estão preparando outro, um filme, com a direção da Elisabeth Martins. Deve ser lançado no ano que vem e vai contar mais a minha vida, será um longa... Tenho muitas histórias, já dei muitos foras. Na minha juventude, ser cantora não era bem visto. Minha mãe dizia: ‘Não sei onde você trabalha, mas se chegar com barriga aqui, é rua’. Eu ia cantar na boate e nem olhava para os lados. Mas, uma noite, vi uma mulher dançando muito, cantando comigo e me olhando. Depois, ela me chamou e disse: ‘Quando puder, senta aqui com a gente’. Respondi na hora: ‘A senhora está enganada. Não sou paga para sentar com cliente, mas para cantar’. A moça riu: ‘Não, não é nada disso, eu sou a Silvinha Telles e queria apresentar você a umas pessoas que podem ajudá-la’. Imagina, que vergonha! O filme vai falar também do meu casamento com Mané (Garrincha). Já me chateei um pouco com isso porque, apesar de toda a minha história na música, todo mundo parece querer saber só do nosso relacionamento. Mas, faz parte. Ele, com certeza, foi um grande amor, um dos maiores, mas, não o único. Eu me permito amar, meu lema é amar. Aliás, peco porque amo demais, gosto demais. Hoje, estou TRÊS MOMENTOS DE ELZA casada com o Bruno (Bruno Lecide). A PARTIR DO ALTO, CANTORA DO Temos um relacionamento maravilhoso. RÁDIO, NO INÍCIO DA CARREIRA; OVACIONADA NOS PALCOS ATÉ Ele era fã do Mané e não se importa nem HOJE; E AO LADO DE GARRINCHA por eu guardar um vestido feito em ouro NO TUMULTUADO CASAMENTO que o Mané comprou de um sheik. Bru-

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no sabe que faz parte da minha vida, da minha história e não se importa. Nossa relação é maior do que isso. Agora estou em paz. Mas minha vida foi uma sucessão de tragédias intercalada por esses períodos mais tranquilos. Sou como uma fênix. Comecei aos 15 anos no programa do Ary Barroso e ele, com aquele jeito desdenhoso, falou ao me ver mal vestida, com uma saia da minha mãe: ‘Veio de que planeta?’ A platéia riu e tive raiva. Então, falei na lata: ‘Do planeta fome, seu Ary’. Ficou todo mundo calado e eu me senti poderosa. Soltei a voz e venci. Ary me abraçou, sem graça, e disse: ‘Senhoras e senhores, acaba de nascer uma estrela’. Naquele dia, saí triunfal, com o prêmio nas mãos. Andei até de táxi, um luxo para mim na época. Com aquele dinheiro, comprei o remédio que meu filho precisava para não morrer. Mas não sou de me lamentar, está tudo ótimo. Se eu for reclamar, não faço mais nada. Trago dentro de mim aquela menina nascida na favela Vila Vintém, no Rio, que carregava lata de água na cabeça. É ela que me mantém viva. Mas não penso no passado, digo sempre: ‘My name is now’. Para subir em um palco você tem que ter atitude e eu tenho. Aprendi com a vida. Em 2000, fui eleita a melhor cantora do milênio pela BBC de Londres. Quando soube, achei que fosse brincadeira. Nunca fui muito valorizada no Brasil e nem aparecia em programas de TV. Mas era verdade e fiquei emocionada. Recebi o prêmio com um colete por causa de dores na coluna. Eu tinha sofrido uma queda meses antes e quebrado quatro vértebras. Também cantei o hino na abertura dos Jogos Pan Americanos (no Rio, em 2007), e espero voltar a cantá-lo na Copa de 2014.”

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Elza da Conceição Soares ou, simplesmente, Elza Soares. Musa de Mané Garrincha, mulher de muitas vidas e de novos projetos, ela conta a Cláudia Ramos os altos e baixos de sua carreira


ETERNA

RIVIÈRE CONTEMPORÂNEA

A clássica rivière ganha ar contemporâneo, diamantes cinzas separados por fios de ouro e um diamante redondo central de 9,50 quilates. Em ouro branco 18K com ródio negro.

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REGISTRO DESIGN+ ARTE +CINEMA+LIVROS

BELEZA DAVID GODOY/ABÁ MGT SET DESIGNER TISSY BRAUEN

A DUPLA POR TRÁS DA COLHEITA ESPECIAL, PROJETO DE GARIMPO E CONSULTORIA DE MODA MAIS COOL DE SP COLHEITAESPECIAL.COM.BR

FOTO VALENTINO FIALDINI

Renata Castro usa Colheita e bota Alaïa. Marina Sanvicente de Colheita e sandália Juliana Romano


REGISTRO

UM GIRO PELO MUNDO!

TURFE, CHAPÉUS E CHÁ DAS CINCO A ROYAL ASCOT, UMA DAS PISTAS DE TURFE MAIS FAMOSAS DA INGLATERRA, FAZ 300 ANOS. MAS, MAIS DIVERTIDO DO QUE A CORRIDA EM SI, É A COMPETIÇÃO FORA DA PISTA: AS MULHERES SE DESCABELAM PELO MELHOR CHAPÉU. E HÓSPEDES DO COWORTH PARK PODEM ESCOLHER UM DO ACERVO COUTURE DE STEPHEN JONES (À ESQ.). PARA O CHÁ DAS CINCO, BOLOS DO CHEF JOHN CAMPBELL (À DIR.). CHEERS! WWW.COWORTHPARK.COM/ASCOT (MARIO BOLZAN) 30


Lagerfeld na parceria com a Coca-Cola e na coleção Fall 2011 para Chanel

AMOR EM CUBA

Com uma indicação ao Jabuti por seu primeiro romance, Longe de Ramiro, CHICO MATTOSO comemora o lançamento de seu segundo “filho”, Nunca vai embora. O livro nasceu do projeto Amores Expressos, idealizado por Rodrigo Teixeira e João Paulo Cuenca. Na ocasião, 17 escritores foram enviados para diferentes países com um objetivo em comum: escrever uma história de amor. Chico tirou a sorte grande. Partiu rumo à capital cubana, Havana. “Fiquei animado. Não foi uma viagem para alguma cidade óbvia”, conta o autor. (MARILIA NEUSTEIN)

FOTOS DIVULGAÇÃO E GETTYIMAGES

CONCEITO MÉLANGE

A concept store COLETTE tem novidades. Supercriativa, a curadora e diretora Sarah Lerfel comanda uma exposição inédita de fotos do DJ Moby, exibida até o começo de junho e o álbum Destroyed, com 15 faixas e um livro de 128 páginas com fotos e histórias do artista, está marcada para o dia 16 deste mês, na própria loja. Outra novidade que Sarah modelou para a primavera é a segunda parceria com KARL LAGERFELD e CocaCola light. São três garrafas glamurosas, inspiradas nas musas da leveza, e à venda somente na Colette. www.colette.fr (JÚLIA LEÃO)

DESEMBAÇA!

LANÇAMENTOS QUENTES NA COLETTE, TURFE DIVERTIDO EM ASCOT E ROMANCE CUBANO NO AR

Primeiro vieram esmaltes foscos para as meninas e, seguindo a onda, homens resolveram adotar o “embaço” para seus possantes e circulam pela cidade sem brilho. A moda pegou há algum tempo e já caiu no gosto geral. Sinal que é hora de tirar? A decisão é sua, mas não custa dar dicas: se a boa e velha cera não resolver, uma cristalização restaura a pintura depois que você, finalmente, remover o adesivo. (MARIO BOLZAN)


REGISTRO

BRILHO NO DÉCOR E o nome DIOR continua a brilhar. Enquanto o nome do novo diretor de criação não é anunciado, descobrimos um segredinho. A Boutique Dior Joaillerie, no número 8 da Place Vendôme foi recém-inaugurada com interiores de estilo francês do século 18 assinados por Peter Marino. Seguindo os padrões de cinza da marca, as paredes são revestidas de tecido, emolduradas por lizardas ou faixas de seda metalizada em tons de grafite e prata, executadas aqui no Brasil pela PASSAMANARIA CHACUR. Quem diria que a capital mundial do décor, bem ali na praça de maior quilate do planeta, esconde esta joia brasileira? (FABRIZIO ROLLO)

OS ANOS GRACE KELLY A ETERNA DIVA GRACE KELLY CHEGA AO BRASIL EM GRANDE ESTILO. A EXPOSIÇÃO OS ANOS GRACE KELLY, PRINCESA DE MÔNACO, NA FAAP ATÉ O DIA 10 DE JUNHO, TRAZ MAIS DE 900 OBJETOS DO ÍCONE, INCLUINDO VESTIDOS, JOIAS, FOTOGRAFIAS E CARTAS QUE TRAÇARAM SUA

MOTOBOY

JÉRÔME COSTE é o nome entre motoqueiros que amam moda tanto quanto as duas rodas. Isso por-

que é de sua marca, a Les Ateliers Ruby, o capacete usado por Keira Knightley na nova campanha do perfume Coco Mademoiselle, da Chanel. Nele, a atriz interpreta uma motoqueira que circula por Paris para chegar a um ensaio de moda. O modelo Belchever Marceau foi criado para a coleção de verão de 2010. Mas o sucesso foi tamanho que Jérôme vai relançá-lo este ano. (LILI MARTINS) 32

FOTOS GETTYIMAGES E DIVULGAÇÃO FOTO STILL FAUSTULO MACHADO

TRAJETÓRIA PESSOAL E PROFISSIONAL. (MIRELLA PENTEADO)


costume.com.br


REGISTRO Projeto da Box House, do escritório de arquitetura Matador

DESIGN POR FABRIZIO ROLLO

O SONHO DA CAIXA PRÓPRIA Desde que o homem ergueu os dolmens, considerados as primeiras construções préhistóricas, o sweet home significa refúgio, conforto, proteção e, claro, poder: ter a casa com elementos de design e, preferencialmente, assinada por um bambambã, é o sonho de consumo de qualquer mortal. A equação deve ter requinte e complexidades quase imorais: é uma soma em que

arte, design e arquitetura elevam a beleza de qualquer lar ao cubo. Isso pode dar um nó nas mentes mais quadradas, mas tudo faz sentido. Basta somar a arte óptica de Vasarely, geométrica ou concreta, ao design de caixotes que empilhados formam nichos ou estantes, como fez Le Corbusier – aliás, suas “tabelas” de madeira acabam de ganhar uma primeira edição tardia, tornada realidade pela italiana Cassina, a mesma que produz a linha quadradona de sofás e poltronas LC. Para finalizar, encomende um projeto residencial exclusivo da Box House. Simples, pura e masculina, a Casa Caixa, do escritório bel-

DESEJO A poltrona quadradona LC

Obra óptica de Vasarely

ga de arquitetura chamado Matador, personifica a tendência mundial de morar dentro de caixotes. Há outros exemplos, como o projeto do estúdio japonês Tofu, ou o da dupla de brasileiros Alan Chu e Cristian Kato, que utilizou material local para criar a Casa Cubo, incrustada na rocha próxima de Ilhabela, no litoral norte paulista. São todos sinais da invasão cúbica no metro quadrado.


A Casa Cubo construída com material local, em Ilhabela Os caixotes de Leka Mendes

INCUBO

CUBO

O CUBO ESTÁ SUPER IN

O CUBO POSSUI SEIS FACES,

NA ARTE, NO DESIGN E

12 ARESTAS E OITO VÉR-

NA ARQUITETURA. MAS,

TICES. DIFERENTEMENTE

EM ITALIANO, A PALA-

DO CÍRCULO, UMA FORMA

VRA “INCUBO” SIGNIFI-

FEMININA QUE REPRESENTA

CA PESADELO. IMAGINE

CICLOS, OU DO TRIÂNGULO,

UMA PESSOA QUADRA-

QUE DAS TRÊS FORMAS

DA, DONA DE UMA CASA

PURAS É A DE MAIOR

CUBO, CONSTRUÍDA POR

RESISTÊNCIA, O QUADRA-

UM ESTÚDIO CHAMADO

DO OU PARALELOGRAMO

MATADOR? SERÁ SONHO

REPRESENTA A RACIONA-

OU PESADELO?

LIDADE MASCULINA.

O CUBO É TENDÊNCIA MUNDIAL: DE VERSÕES TARDIAS DE CORBUSIER À BOX HOUSE, AS CAIXAS AGORA SERVEM ATÉ PARA MORAR CAIXA ALTA

FOTOS DIVULGAÇÃO

A versão de Le Corbuiser feita pela Cassina


REGISTRO

O MEIO DE TRANSPORTE dos meus sonhos é um Lineage 1000, versão luxo

O dom de SUPER-HERÓI dos meus sonhos é ficar invisível

O AGENTE dos meus sonhos é Evandro Fióti

O BRASIL dos meus sonhos é um país sem miséria, sem racismo, sem preconceitos e com oportunidades mais semelhantes para todos A CASA dos meus sonhos tem janelas grandes, vista para a natureza, uma horta imensa e um lago com peixes A JAM SESSION dos meus sonhos é com Wilson das Neves na bateria, Johnny Alf ao piano, Ron Carter no baixo, Seu Jorge nos vocais e Mart’nália na percussão e vocais, com arranjo de Arthur Verocai

O SHOW dos meus sonhos é na Sala São Paulo, com orquestra e DJ

O CARRO dos meus sonhos é um Rolls Royce Ghost preto. Combina comigo

SONHO MEU

O PISANTE dos meus sonhos é o Nike Air Force 1

POR PHYDIA DE ATHAYDE

Depois de se tornar imbatível nas disputas de rimas (perdeu “umas cinco” entre 300), o rapper com cara de menino segue predestinado a extrapolar limites. EMICIDA, codinome de Leandro de Oliveira, não para. Depois de dar um rasante no festival Coachella, em abril, foi a Nova York gravar um EP com K-Salaam & Beatnick, para o Creators Project da Intel. No fim deste mês ele canta no Urban Legend, em São Paulo, e, em setembro, vai rimar com Martinho da Vila – em pleno Rock in Rio. Para a RG, ele abriu sua caixa mágica de sonhos e elegeu seu mundo ideal. “Outro dia quase alugamos um helicóptero. Agora só estou esperando uma nova desculpa”, promete. Olhe para cima: pode ser o Emicida. No www.siterg.com.br, Emicida indica cinco novos artistas que você precisa ouvir e lista os seus dez clássicos formadores.

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A PARCERIA dos meus sonhos é com Oswaldinho da Cuíca e Nereu Gargalo

O TOCA DISCOS dos meus sonhos é um Numark PT01 A FÃ dos meus sonhos é Rihanna

RETRATO VALENTINO FIALDINI FOTOS DIVULGAÇÃO

A VIAGEM dos meus sonhos é para a Amazônia


Tão bela quanto inteligente, Joumana, autora de Eu Matei Sherazade, é também exemplo de coragem

LIVROS POR ANTONIO TRIGO

FOTOS DIEGO GAIOTTI E GIORGIO PACE

MULHERES DO ORIENTE O tema é áspero e delicado como uma flor selvagem. Enquanto há tensão em Paris por conta da proibição do uso do véu muçulmano em locais públicos, na literatura um movimento recente de mulheres revela as mazelas dessa opressão. O livro da vez é Eu Matei Sherazade (Record), da libanesa Joumana Haddad. Aos 40 anos, a autora colhe elogios de Mario Vargas Llosa, que se refere a ela como a única expoente da liberdade feminina da região. Se não for a única, é com certeza das maiores. Na obra, autobiográfica, o leitor logo descobre que ficou guardado na infância o único

momento de submissão vivido por Joumana: o trauma da guerra civil libanesa, em 1975. Linda e subversiva, ela não usa véu e ganha dinheiro de fazer inveja em muitos homens. Com sua prosa delicada, mostra que é possível insurgir-se contra a uma vida sem liberdades. Mas, ainda assim, alerta que viver no Líbano é uma luta diária contra dificuldades políticas e o machismo dominante. Outra mulher que sabe exatamente o peso do fundamentalismo é Mukhtar Mai. Em relato chocante à jornalista francesa Marie-Thérèse Cuny revela, em Desonrada (Best Seller), sua experiência ao ser condenada ao estupro coletivo no

Paquistão. Já Corinne Souza é a autora de A Espiã de Bagdá (Landscape). Neste livro com viés de ficção, Corinne, filha de um agente do Serviço Secreto de Inteligência da Grã-Bretanha entre 1958 e 2001, revela dados valiosos sobre a Bagdá da década de 1960, bem como relatos da Guerra do Golfo. De teor mais político, Mayada – Filha do Iraque (Best Seller) conta a trajetória da iraquiana Mayada al-Askari, presa pela polícia secreta de Saddam Hussein por imprimir propaganda contra o governo. Com texto de Jean P. Sasson, as páginas sobre Mayada são a grande vitória da iraquiana, que comove os leitores. Homens

DE VÉU NO ROSTO Enquanto algumas mulheres conseguem vencer a opressão, a Al-Qaeda revida e lança uma revista feminina bem à sua moda. A Al-Shamikha (Mulher Majestosa) incentiva suas leitoras à conduta rígida dos fundamentalistas. Entre temas do tipo “que rímel usar com a burca”, enaltece o relato orgulhoso de uma viúva de homem bomba...


REGISTRO

“O mais interessante é ter seu trabalho visto por um número grande de pessoas”, diz Bruno Dunley. Ao fundo, obra dele, sem título, que estará exposta na SP-Arte

ARTE POR CAMILA ALAM

O FABULOSO ENCONTRO DAS ARTES Imagine reunir em um só local Anita Malfatti, Damien Hirst, Alfredo Volpi, Leon Ferrari e muitos outros artistas. Este casting dos sonhos torna-se real de 12 a 15 deste mês, quando acontece a sétima edição da SP-Arte. Durante quatro dias, a capital paulista é transformada num epicentro de criação, cores e beleza, com a reunião do que há de melhor no mercado da arte nacional e internacional. O hot spot, mais uma, vez é o Pavilhão Cicillo Matarazzo, o mesmo que recebe a Bienal. Durante os quatro dias, 85 galerias de arte compartilham o suntuoso espaço e, assim, expõem a incrível marca de mais de 2.500 obras. Uma celebração à arte e ao poderoso mercado que a sustenta. Além de passear por acervo tão amplo e entrar em contato com a obra de brasileiros ilustres de diferentes gerações, como Cândido Portinari, Leonilson ou Luiz Bra38

ga, o visitante tem oportunidade de mergulhar no universo de grandes nomes da arte contemporânea ainda pouco vistos no país. É o caso do grego Jannis Kounellis ou da fotógrafa americana Francesca Woodman, ambos com espaço garantido na agenda da Tate Modern londrina. Ou ainda de Bunny Yeager, queridinha pin up dos anos 1950 e amiga de Betty Page, que naquela época abandonou as poses em frente às câmeras e se tornou “a fotografa mais linda do mundo”. O escultor norte-americano Richard Serra, único artista a possuir uma exposição permanente no Guggenheim de Bilbao, também entra no hall dos imperdíveis, assim como o polêmico inglês Damien Hirst e a performer Marina Abramovic, que pretende estrear nos próximos meses a peça Life and Death of Marina Abramovic. Idealizadora e diretora da feira, Fernanda

Feitosa acredita que, assim como um grande museu, a feira é capaz de despertar nos visitantes uma paixão permanente pela arte. “Gostar de arte é um exercício constante. Ao longo da vida o gosto vai mudando e esse processo leva toda uma existência”, diz Feitosa, que ultimamente tem se encantado com a vídeo arte dos brasileiros Eder Santos ou Leonora de Barros. Ela também chama atenção para os jovens pintores que movimentam o mercado nacional, como Ana Sario ou Bruno Dunley. Bruno também falou com RG. “Participar da SP-Arte é uma oportunidade para expor em um local onde a circulação de artistas, colecionadores e diretores de instituições do mundo todo é constante. Esse talvez seja o aspecto mais interessante para o artista, conseguir que seu trabalho seja visto por um número grande de pessoas.”


Fotografia, 2006, de Marina Abramovic. A multiartista é um dos destaques da feira

OS MAIS COBIÇADOS

A cada edição, a SP-Arte se esmera em trazer obras de artistas almejados por museus de todo o planeta. Caso dos três abaixo

RICHARD SERRA O escultor norte-americano é o único artista no mundo a ter uma exposição permanente no Guggenheim de Bilbao, na Espanha

FOTOS MIRO/ARQUIVORG E DIVULAGAÇÃO

VALORES OCULTOS Na feira, os galeristas levam o que é vendável, na faixa dos milhares de reais. Uma boa aposta fica em torno de R$ 500 mil, mas esse valor pode subir. Depende da obra, do artista... de tudo! Uma obra pode passar de R$ 1 milhão, mas isso só o galerista e o comprador saberão. Para quem quer investir em arte, Fernanda esclarece que gosto pessoal é decisivo. “Além do valor comercial, é necessário manter um diálogo com a obra que se deseja. A regra número 1 é perceber o sentimento e a emoção que ela traz. Se você quer apenas retorno financeiro, é melhor ir pra bolsa”, brinca. E Dunley, resume: “Quero que as galerias façam bons negócios e que o mercado cresça cada vez mais”. O caminho é pela SP-Arte.

DAMIEN HIRST Casa e barco no Combú, de Luis Braga

Carapurú, da mesma série (Nightvision) de Luis Braga

Quer mais? No www.siterg.com.br fizemos uma galeria com outras obras também em destaque na SP-Arte. Além de uma entrevista com a idealizadora e realizadora da feira, Fernanda Feitosa

O controverso e ao mesmo tempo aclamado artista londrino tem seu trabalho exposto no estande da galeria Arte e Edições

JANNIS KOUNELLIS A Tate Modern londrina reserva uma sala especial ao pintor e escultor grego. Na SP-Arte é representado pela carioca Progetti 39


REGISTRO Peito Aberto

McConaughey sério, em O Poder e a Lei Farell (ao centro) em Caminho da Liberdade

CINEMA

Meninas, preparem-se! Com a chegada do verão nos EUA, fica aberta a temporada de caça a Matthew McConaughey descamisado. Em frente à sua mansão em Malibu, e sempre com peito descoberto, o ator protagoniza cenas de família feliz com a modelo brasileira Camila Alves e os pimpolhos Levi (2 anos) e Vida (1). Além de mostrar o corpo bronzeado, surfar e andar de skate, o ator aproveita o verão também para divulgar trabalhos da sua fundação, a J.K. Living (Just Keep Living). Trabalhando junto à escolas públicas norte americanas, a instituição incentiva jovens a manterem uma vida saudável, por meio de alimentação regulada e prática de esportes. E inclui ainda apoio à cultura. Com o apoio da J. K. Living, o músico Mishka faz turnê neste mês pelos Estados Unidos. Ah, nem precisava tanto...

POR CAMILA ALAM

Longe das câmeras desde 2009, Matthew McConaughey dá o ar de sua bela graça nos cinemas este mês. Em O Poder e a Lei, interpreta o advogado porta de cadeia Mick Haller. Pela primeira vez, o queridinho das comédias românticas McConaughey não tem medo de evidenciar rugas e olheiras. O advogado vivido por ele é um espertalhão, acostumado a defender aqueles que não merecem perdão. Quando é contratado para defender o mimado Louis (Ryan Phillipe) – acusado de agredir uma prostituta – quem parecia ser o cliente dos sonhos, inocente e rico, transforma-se em um 40

perigoso manipulador, capaz de reviravoltas e de fazer Haller repensar muitas atitudes tomadas em sua carreira. Com ágil direção de Brad Furman (quase novato em Hollywood), O Poder e a Lei discute o sistema judicial americano e seus tentáculos. Ao mesmo tempo, mostra a luta de Haller para, à sua maneira, manter a integridade. Nas telas dia 27. Depois de ver a tentativa de McConaughey para escapar do papel clichê de príncipe encantado moderno, aproveite para reencontrar alguns sumidos das telas. É o caso de Colin Farrell. Após acumular alguns papéis secundários em Coração

Louco e O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, o irlandês encabeça o elenco do drama político Caminho da Liberdade, que estreou dia 13. Outra que faz presença é a it girl Vanessa Paradis – ou devemos chamá-la de sortuda Senhora Johnny Depp? – que, depois de quatro anos sem filmar, está na comédia romântica Como Arrasar um Coração, ao lado do charmoso francês Romain Duris. Ainda este mês, a neovampirinha Kristen Stewart (de Crepúsculo) protagoniza o drama familiar Corações Partidos. E para fechar, ainda tem Gerard Depardieu no simpático francês Minhas Tardes com Margheritte, dia 20.

FOTOS DIVULAGAÇÃO

SAIA DE CASA POR ELES


INSETOS DE ACRÍLICO DA EVOLUTION DE NY

ANEL BY VERA CORTEZ QUE HELENA TIRA PARA TRABALHAR

BOB DYLAN PARA SE CONCENTRAR

JARDIM SECRETO

MEU MUNDO FOTOS RAPHAEL BRIEST O CINZEIRO UMA AMIGA TROUXE DE PARIS E AS LOUÇAS FORAM HERDADAS DA BISAVÓ

ROSAS, ORQUÍDEAS E ALECRIM...

SET DESIGNER TISSY BRAUEN

UM BOM VINHO AJUDA A RELAXAR

LIVRO DE RECEITAS SERVE COMO INSPIRAÇÃO

Boas ideias pairam sobre a mesinha de centro na sala da casa de HELENA LUNARDELLI. Florista requisitada das boas festas de São Paulo, Helena divide seu tempo entre as flores e tesouras do ateliê, seu filho Joaquim, um projeto social e seu recanto particular. O cantinho aconchegante é praticamente um retiro, onde, entre uma muda de alecrim, orquídeas e uma taça de vinho, a dona desta página prepara seu novo livro. Foi durante nossa visita que descobrimos que Helena tem novidades floridas para breve. Com título provisório Arranjos Possíveis, a segunda publicação de Lunardelli tem receitas simples e quase interativas para montar arranjos e buquês que podem mudar um cenário, um casamento e um dia. Tudo simplificado passo a passo, e ilustrado como em livro de culinária. Até as rosas vendidas nos faróis do trânsito da cidade não escapam do olhar da florista. Afinal, elas podem transformar qualquer caos em sorriso. Se bem arranjadas, viram arte. Com flores fomos recebidos e da mesma maneira nos despedimos. O dia ficou mais cheiroso, então. (MIRELLA PENTEADO)

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S ã o Pa u lo • R io d e j a ne ir o • Be lo Hor i zon t e • S a lva d or • Br a síl i a


trousseau.com.br


REGISTRO

C

RAIO X POR GUSTAVO LEITÃO

MB: A cidade deixa a desejar em termos de serviços. Estacionamento, conforto, produção... Existe, por exemplo, um posicionamento meio imediatista de querer aumentar a margem de lucro e diminuir a verba de produção. Nosso mercado é o do luxo, queremos buscar a excelência. RG: A violência ainda é uma preocupação para quem trabalha com a noite? MB: Desde que atuo nesse mercado, há três anos, a noite perdeu esse estigma graças a leis mais severas. A briga acaba tendo um peso criminal maior. Em Búzios, nunca tivemos uma confusão. O aparato de segurança conta, claro, mas como comecei produzindo festas em casa, acho que até hoje o que faço tem essa atmosfera. RG: Continua saindo à noite? MB: Hoje saio só para as melhores festas. Não dá para trabalhar no ramo de entretenimento e sair toda noite. Porque nosso trabalho é organizado e produzido de dia. Mas estou sempre atento ao que rola, procuro ir pelo menos uma vez por ano para a Europa. RG: Está solteiro? Ser dono de clube desperta o interesse das mulheres? MB: Acabei de terminar um relacionamento. Nessa profissão é difícil saber onde acaba a festa, onde começa a profissão. O complicado é achar alguém que entenda.

DA NOITE PRO DIA

RG: Por que você abandonou o direito? MB: Não tenho vocação. Desisti da

profissão, que não cheguei a exercer, quandosenti a responsabilidade que meu sobrenome carregava. E, para mim, o mundo dos processos era um pouco repetitivo, com temas similares.

Sou bacharel, mas não cheguei a conseguir minha licença. RG: Como surgiu a parceria com Thor? MB: Ele era frequentador da Pachá de Búzios e tínhamos amigos em comum. Nós dois achávamos o mercado do Rio muito amador, faltava profissionalismo RG: Onde estavam as falhas?

AS MELHORES NOITES DO MUNDO O empresário Mário Bulhões elege as baladas mais bacanas do planeta: onde estão os top DJs, gente bonita e espaços cool 44

THE BOOM BOOM ROOM

LES CAVES DU ROY

NOVA YORK

SAINT-TROPEZ

Com pé direito duplo e paredes de vidro, a vista é espetacular!

Para ver gente bonita. Os melhores meses são maio e junho.

PACHÁ IBIZA

Tem os melhores DJs residentes: David Guetta, Erick Morillo e Swedish House Mafia.

FOTO LUCIANO BOGADO E DIVULGAÇÃO

arioca, bonito e supercharmoso, MÁRIO BULHÕES, de 26 anos, nasceu numa ilha cercada de livros de direito por todos os lados. Boa parte deles de autoria de seu avô, José Luiz Bulhões Pedreira, e de seu pai, Carlos Eduardo Bulhões Pedreira. Com o sobrenome emoldurado na história do direito tributário do país, o futuro advogado, de diploma na mão e destino quase juramentado, decidiu pedir vistas do processo. Festeiro assumido, passou a produzir as próprias noitadas a pedido de amigos. Em 2008, inaugurou a Pachá Búzios, no balneário fluminense, um sucesso. A licenciatura no ramo do entretenimento para o high foi sacramentada com o lançamento da BBX, em janeiro. Ao lado de Thor Batista (filho de Eike), Mário comanda a empresa que tem como primeiro projeto a Pachá Jockey, na Gávea, um dos ícone da boemia carioca. A dupla vai investir R$ 6 milhões na casa, que começa a brilhar em junho.


De família

Réplica do hidroavião Jahú, do aviador João Ribeiro de Barros

Enfeite

Pulseiras Butler & Wilson

Para beber

Os porta-copos direto da Turquia

Para relaxar O narguilé descontrai os convidados

Preciosos

Os cremes com sais do Mar Morto, comprados em Israel

Estreia

Zero é primeira obra da artista Minhau

PORTFÓLIO FOTOS RAPHAEL BRIEST

DE BEM COM A VIDA A rotina de MARINA RENAULT é agitada. Além de pilotar uma agência de marketing em fase de expansão, a empresária ainda comanda um restaurante japonês nos Jardins. E para dar conta de tudo, cuida da espiritualidade com meia hora de meditação diária. Fora do trabalho e de casa, diverte-se

entre galerias de arte ou garimpando peças de novos artistas mundo afora, o que torna sua casa um retrato fiel de sua personalidade: objetos trazidos de todos os continentes se misturam com seus gatos de estimação – a Penélope é a da foto. (ANTONIO TRIGO)

Novos artistas Obra de Zezão que ela adora

No pé

O sapato Gucci é um dos preferidos

Energético

Essências para os chakras


REGISTRO

VIDA PRIVADA FOTOS RAPHAEL BRIEST

Há dois anos o ex-jogador de pólo – e guitarrista nas horas vagas – FÁBIO DINIZ percorreu os Estados Unidos por 25 mil quilômetros em 50 dias. Na viagem, nasceu a ideia de sua próxima investida: a Rock’n Cycles, uma oficina especializada em customização de motos novas e clássicas – com direito à coleção de roupas dedicada aos amantes das duas rodas. Mas 46

antes de abrir a loja no segundo semestre, prepara-se para uma nova trip em junho e, desta vez, vai desbravar os Estados Unidos e o Canadá. “O meu maior conselho para um motoqueiro é pesquisar estradas pequenas e aproveitar a paisagem” aconselha o neoempresário, que tem na garagem quinze motos, compostas de duas possantes Triumph e cultuadas Harley-Davidson

de várias gerações. De onde vem essa paixão? “Desde a infância eu já tinha pôsteres de Harley, não é uma moto para correr, é para aproveitar a vida”, explica o rapaz, que aos 34 anos, não para: registra suas aventuras no blog rockncycles.blogspot.com e já está de olho nas estradas da Europa, onde, muito em breve, será visto em nova aventura radical. (ANTONIO TRIGO)

SET DESIGNER TISSY BRAUEN

ALTA VELOCIDADE


AMOR, SÓ DE MÃE, MAS, E QUANDO ELAS FAZEM DA VIDA DOS FILHOS UM INFERNO? LISTAMOS ALGUMAS DESSAS E, CLARO, TOMAMOS A LIBERDADE DE INDICAR TRATAMENTOS

MÃES PROBLEMA POR MARIO BOLZAN

Mães “acusadas” e vítimas

Diagnóstico

Tratamento

JOAN CRAWFORD A filha adotiva diz que sofreu

até dizer chega e seus relatos deram origem ao filme Mamãezinha Querida, com gritaria e surras do início ao fim. Ficou célebre a cena em que Joan grita: “No wire hangers!!!”. CRISTINA MORTÁGUA O filho adolescente foi à delegacia.

Já tinha feito ensaio sensual com a mãe (oi?). Mas a queixa foi pelos cascudos que levou da mãe. KERRY CAMPBELL A inglesa decidiu que a

filha de 8 anos vai ser superstar e, por isso, faz aplicações de botox, preenchimento e depilação “preventiva” na menina. ANNE RAMSEY O papel em Jogue a Mamãe do Trem assustou uma geração. Quem a conhece releva falhas da mãe que tem em casa (filhos desta lista não precisam se sentir na obrigação).

FOTOS DIVULGAÇÃO

ADRIANA BOMBOM A dançarina deixou as filhas de 7 e 8 anos em um churrasco para pegar casacos para as meninas. Voltou no dia seguinte, às 10 da manhã. Sem os casacos.

Crise de estrela dos anos 40 associada a doses de scotch

Crise de quase-estrela dos anos 80 associada a doses de anonimato “Um boa mãe sempre previne!”

Instinto materno e testosterona em excesso Bagunça em casa: onde será que estavam os benditos casacos?!

Aulas de muay thai

Presenças semanais no Superpop Camisa de força. Agora

Um empurrão do trem

Uma arrumadeira

NORMA O pobre Norman Bates, de Psicose,

sofreu assédio moral da mãe até quando ela partiu desta para uma melhor. Ela dizia que nenhuma mulher era boa, exceto ela própria. BRITNEY SPEARS Os filhos da cantora passaram a viver sob a guarda do pai. O juíz atribuiu a sentença ao fato de ela ter problemas com drogas e bebidas, e ainda ordenou lições para aprender a boa maternidade.

MARGARETH WHITE A menina de Carrie, a Estranha foi acusada de ter o demo como pai e escapou de um facão de açougueiro. Ainda foi chamada de “a estranha” aqui no Brasil. Sorte da vítima possuir poderes paranormais para se defender.

Síndrome de Jocasta

Fama e farra esgotam qualquer boa mãe, oras

Fanatismo religioso dos brabos

Sepultamento

Rehab forever

Um pastor da... ops! Férias em Miami com muitos dólares




REGISTRO

IT GUY: FEDERICO, CHEF

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otivos não faltam para FEDERICO PADUAN

estar assim, rindo à toa. Aos 22 anos, ele acaba de entrar para um seleto grupo da alta gastronomia: é o chef da Petrossian que acaba de chegar ao Brasil. A maison que sabe tudo de caviar apostou suas fichas neste paulista-italiano formado pela Cordon Bleu, de Paris. Federico adaptou o menu internacional da casa e assina pratos e petiscos com o toque da especiaria. “E eu nem gostava de comida”, relembra. Mas o pé na cozinha é hereditário – os avôs eram donos de restaurante – e ele acabou arriscando uma aula sobre o tema. Tomou gosto e embarcou para a capital francesa. Formado, foi trabalhar na Itália e, de volta, colecionou breves passagens pelo Maní e pelo La Tambouille. Neste, conheceu Adriana Tutundjian, uma das responsáveis pela vinda da Petrossian para cá. E fez-se o prato principal. “A primeira vez que comi caviar tinha 16 anos, não me interessei”, diverte-se. Mais maduro, apaixonou-se pela iguaria. “Dá aquele sabor a mais ao prato.” Ah, Federico é comprometido. Fisgou uma moça pelo estômago há dois meses e meio. A receita? “O bolo de chocolate da avó.”

(ROSANA RODINI)

FOTOS ANDRÉ BRANDÃO

PETROSSIAN Federico, chef da primeira maison Petrossian no Brasil, no Shopping Cidade Jardim

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REGISTRO

IT GIRL: LUIZA, BUYER

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UIZA VON MUTIUS, 25

anos, tem o emprego dos sonhos de toda it-garota que se preze. Viaja dez vezes por ano para Paris, Milão e Nova York para comprar peças nada básicas de marcas como Balmain e Givenchy. Seu cargo? Compradora internacional da Daslu. Mas sua formação não é exclusivamente fashion. Garota esperta, teve até incursão no mercado financeiro. “Fiz economia na Columbia, em Nova York”, relembra. Mas mudou de rumo e foi para a conceituada Parsons. “Fiz pós em moda.” De bate pronto conseguiu um estágio como buyer da Bottega Veneta. Formada, passou para a equipe da Barneys (feito importante para o CV). Por um acaso do destino, não conseguiu o visto de trabalho, e isso encerrou sua temporada de seis anos em Manhattan. Por aqui, bastou uma festa ao lado de Martha de Souza Queiroz, sua mãe e conhecida das boas rodas de São Paulo, para receber o convite de Eliana Tranchesi. Aceitou. A rotina atual é frenética: viagens, bares, noitadas na Disco. “Não paro”, brinca. Percebe-se: Luiza acaba de voltar de Milão. E, quando a revista chegar às bancas, estará em Paris. C’est la vie.

(ROSANA RODINI)

FOTOS RAPHAEL BRIEST E ARQUIVO PESSOAL

DASLU Luiza von Mutius, a linda it-garota a se prestar atenção

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REGISTRO

Devendra & Oliver Ícones do novo folk-pop, o cantor Devendra Banhart e sua namorada Rebecca Schwartz são as estrelas da nova campanha dos óculos da OLIVER PEOPLES. Além das fotos, o casal estrela em um comercial de TV e já está na lista dos melhores e mais cool do ano. Nas lojas, chega a coleção inspirada nos óculos usados por Gregory Peck no filme O Sol Nasce Para Todos, que completa 50 anos agora. Comemoração em dose dupla.

EM JOGO

FRIVOLIDADE

MÁXIMA POR DUDI MACHADO

CONHECIDO POR FABRICAR AS MALAS E ACESSÓRIOS DE COURO E PRATA MAIS COBIÇADOS DE LONDRES, O DESIGNER THOMAS LYTE TAMBÉM É EXPERT EM PRODUZIR VERSÃO DELUXE DE ACESSÓRIOS PARA ESCRITÓRIO

Hora Nooka Com a ideia de mostrar as horas de maneira mais intuitiva, o designer Matthew Waldman lançou a marca de relógios NOOKA, febre das ruas de NY. Sem ponteiros, com design orgânico criativo e uma infinidade de modelos.

AIR LIVRE

E KITS PARA JOGOS COMO O DA FOTO. ELES PODEM SER ENCOMENDADOS SOB MEDIDA EM VERSÕES DE BOLSO, COM MATÉRIAS-PRIMAS RARAS E SUPEREXCLUSIVAS.

ÚLTIMA NOVIDADE DA NIKE, O AIR FREE LEVA O CONCEITO DA ERGOMIA AO EXTREMO. É TÃO FLEXÍVEL QUE PODE SER COMPLETAMENTE DOBRADO. PERFEITO PARA CORREDORES OU PARA SIMPLES AMANTES DO CONFORTO, OS “PISANTES” TÊM TUDO PARA SER O MAIS NOVO SUCESSO DA MARCA. 54


Quilate Tradição e inovação sempre andaram e mãos dadas na mais famosa e cobiçada joalheria alemã, a HEMMERLE. Sem medo de misturar e experimentar materiais pouco óbvios como madeira, aço e bronze com as pedras mais preciosas da vez, a marca cria peças únicas que são verdadeiros itens para colecionar. Criada em 1879 para servir à corte da Bavária, a grife chega à quarta geração sob comando familiar e sem perder a modernidade.

PULSO FIRME

PRIMEIRA-DAMA

BASTOU MICHELLE OBAMA DESFILAR COM UMA BOLSA DA REED KRAKOFF PARA QUE ELA SE TORNASSE OBJETO DE DESEJO INSTANTÂNEO. COM DESIGN ELEGANTE E DESPOJADO, AS KRAKOFF NÃO OSTENTAM LOGOS E A NOVA LOJA NA MADISON, EM NOVA YORK, É TAMBÉM PARA SER VISTA.

Fundada em Florença, a OFFICINE PANERAI ficou conhecida por seus modelos ultrarresistentes que participaram de todas as guerras nos pulsos da marinha italiana. O novo Luminor Submersible 1950 Bronzo tem caixa feita de um tipo especial de bronze – material pouco usado na relojoaria – resistente à corrosão, mas adquire um aspecto de gasto com o tempo. Em edição limitada, apenas mil felizardos terão acesso ao mimo.

MCQUEEN STYLE FAMOSA PELOS CASACOS ENCERADOS FOTOS DIVULGAÇÃO E CHRIS MOORE/CATWALKING

QUE VESTEM A FAMÍLIA REAL, A BARBOUR É ÍCONE INGLÊS. O ATOR AMERICANO STEVE MCQUEEN NÃO SAÍA DE CASA SEM UMA DE SUAS JAQUETAS. A MARCA COMPLETA 75 ANOS E RELANÇA 19 MODELOS USADOS POR ELE. UMA HOMENAGEM AO “REI DO COOL”. DETALHES ESPECIAIS, COMO FORRO COM A BANDEIRA AMERICANA E FOTOS DO ATOR SÃO ALGUNS DOS DETALHES QUE JÁ FAZEM DA COLEÇÃO UM HIT.

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O melhor que a vida tem a oferecer para quem não tem limites no cartão de crédito

www.blogdoluxo.com


MODA TENDÊNCIAS+ESTILO+JOIAS+BELEZA FOTO BENJAMIN KANAREK

CO-DIRETORA CRIATIVA FRÉDÉRIQUE RENAUT

BÁRBARA ELIAS É CIDADÃ DO MUNDO. MAS TAMBÉM É COISA NOSSA

Bárbara Elias, a musa de Pedro Lourenço, foi clicada especialmente para RG, no Palais de Tuileries, com uma das criações do estilista


MODA

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ALIADA DA ALFAIATARIA A CALÇA SKINNY GANHA EM ELEGÂNCIA. A HORA É AGORA! POR PAULA MENDES

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Forum, R$ 925

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OUSADIA BOHO DÊ ADEUS AOS TONS NEUTROS DO OUTONO: A PEGADA AGORA SÃO CORES VIBRANTES COM UM QUÊ BOHEMIAN. MISTURE E USE

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ACESSÓRIO DE COR VIVA LEVANTA O ASTRAL DO LOOK

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BEM-VINDO, PALETÓ PARA FICAR ELEGANTE VALE APOSTAR NOS BLAZERS: ATÉ COM CAMISETA E TÊNIS ELES CAEM BEM POR MARIO BOLZAN

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Audemars Piguet na Frattina, sob consulta

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Ellus, R$ 89



ESTILO ABIGAIL SPENCER FOI DE MANGA LONGA E VOLUMOSA, SUPER SEVENTIES

OS 10+ POR MARÍLIA LEVY

VIVA A NATUREZA DA AURA DE “PAZ E AMOR” À SOFISTICAÇÃO DO RED CARPET, A ESTAMPA FLORAL DÁ SHOW DE VERSATILIDADE EM MAXI COMPRIMENTOS

LOUISE ROE USA O VESTIDO DE ALGODÃO E ESTAMPA BAGUNÇADINHA COM SANDÁLIA RASTEIRA DE COURO E JAQUETA

BELLA THORNE QUEBROU O ASPECTO GIRLIE DO FLORAL CLARINHO COM CINTO DE COURO

FLOWER POWER EVA MENDES INVESTIU NO LONGO COM LENÇO NA CINTURA AMARRADO FINALIZADO COM LAÇO

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AS FLORES E O COMPRIMENTO SÃO DENOMINADORES COMUNS. ALGODÃO, CINTOS DE COURO E MANGAS BUFANTES DÃO AR BOHEMIAN, ENQUANTO SEDA E PELE ANUNCIAM SOFISTICAÇÃO.

MICHELLE TRACHTENBERG OPTOU PELO TRADICIONAL LIBERTY EM DECOTE BEM FRESCO


FEMINILIDADE AO QUADRADO NIEVES ALVAREZ SOBREPÔS BOLERO DE PELE COM LONGO DE SEDA E ESTAMPA DISCRETA

EM TEMPOS DE ANDROGINIA NA MODA, CELEBRAR O FEMININO É DIGNO DE NOTA. INVISTA EM LONGOS E FLORAIS: DO MAIS TÍMIDO DOS LIBERTIES AOS GRANDÕES MAXIMALISTAS, A PROPOSTA DE QUEM VESTE É A MESMA: SER MULHER É O MÁXIMO.

KAREN ELSON FLORAL MAXIMALISTA COM CASAQUETO DE TWEED E CINTO PARA UM LOOK MAIS MODERNO

FOTOS WIREIMAGE, GETTYIMAGES.COM E FILMMAGIC

ESTAMPA FLORAL É PARA SENHORAS? A ESTRELA TEEN MILEY CYRUS PROVA O CONTRÁRIO

ULTRACOLORIDO, O MODELO ESCOLHIDO POR FRANCESCA FISHER-EASTWOOD É PRATICAMENTE UM HAPPINESS STATEMENT

OUTRO EXEMPLAR DE REQUINTE, KRYSTEN RITTER OPTOU POR MODELO DE TOM ONÍRICO EM SEDA

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ESTILO OLÍVIA PALERMO FAZ PRODUÇÃO SOFISTICADA COM A FLARE DE TOM SUAVE E CASACO NA CINTURA

FLAGRA POR MARÍLIA LEVY

DE BOCA ABERTA COM PERFUME RETRÔ MAS SEM CHEIRO DE NAFTALINA, AS CALÇAS DE BARRA LARGA VOLTAM À CENA REPAGINADAS

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NOVO NOME

DE CINTURA BEM ALTA E BOLSO DIANTEIRO, O MODELO CAIU BEM COM CAMISA E CASACO DE PELE FAKE

NOS 70’s, ERA BOCA DE SINO OU PATA DE ELEFANTE, MAS AGORA ELA RESPONDE PELO CODINOME FLARE PANTS. AS CALÇAS DE BARRAS EXTRA LARGE ESTÃO MAIS CONTEMPORÂNEAS DO QUE NUNCA E CHEIAS DE CHARME. LENÇOS, ECHARPES E CACHECÓIS TORNAM O LOOK INFALÍVEL.

FEARNE COTTON COMPÔS VISUAL ARRUMADINHO PORÉM CASUAL, APOSTANDO NO BLAZER E LENÇO VOLUMOSO

CLAUDIA SCHIFFER INVESTIU NO LENÇO DE SEDA PARA COLORIR A PRODUÇÃO DE FLARE + BLAZER

FOTOS BUZZFOTO/FILMMAGIC E IMAXTREE

APOSTE!

ALESSANDRA AMBRÓSIO SE JOGOU NA TRÍADE FLARE + T-SHIRT + JAQUETA. CACHECOL NEUTRO ARREMATA O BÁSICO

ATENÇÃO: QUANTO MENOS SE VÊ DO SAPATO, MELHOR. O COMPRIMENTO DA CALÇA É MESMO ESBARRANDO NO CHÃO. BOTAS DE SALTO CONFORTÁVEL SÃO AS ALIADAS PERFEITAS

ALICIA KUCZMAN SOMOU A FLARE COM CAMISETA, BOTAS GASTAS E CASACO DE PELE FAKE

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JOIA

PODER TURQUESA

Camila Klein, R$ 908

KRISTIN KREUK USA BRINCO DE OURO AMARELO E GOTAS DE TURQUESA

A ONDA FOLK CHEGA EM JOIAS VOLUMOSAS COM ESTILO ÉTNICO E ELEMENTOS DE COR PARA O DIA A DIA POR MARÍLIA LEVY

Accessorize, R$ 32

TUDO AZUL A turquesa é a pedra da vez. Joias poderosas com ouro e diamantes vão às festas, enquanto as bijouxs de miçangas e cristais fazem boa dupla com jeans

Ana Tinelli, R$ 15.900

QUER

PROENZA SCHOULER

Inspiração Navajo Menos conhecidos do que seus conterrâneos apaches e dacotas, os índios norte-americanos navajos ficaram famosos pela criação de joias com prata e turquesa – que segundo eles atrai boa sorte, proteção e saúde. A estética navajo continua a ser reproduzida por joalheiros de todo o mundo e servindo de inspiração para joias de aspecto hippie chic.

Camila Klein, R$ 692

FOTOS FRED HAYES/GETTYIMAGES.COM, MARCIO MADEIRA E PHOTODISC/GETTYIMAGES.COM FOTOS STILL DIVULGAÇÃO

Silvia Furmanovich, sob consulta



JOIA

FILHOS SÃO ETERNOS

MOMMY DE ANJA, ALESSANDRA AMBRÓSIO USA BRINCOS, PULSEIRA E ANEL DE DIAMANTES

Antonio Bernardo, R$ 1.570

JOIAS DE OURO E DIAMANTES SÃO EXCELENTES PRESENTES PARA O DIA DAS MÃES

Assim como o laço que une mães e filhos, joias são eternas. E exercem verdadeiro fascínio sobre as mulheres. Existe presente melhor para homenagear a mulher mais especial da sua vida do que um adorno de metal nobre e pedras preciosas? Em formato de laço, coração ou palavras de afeto, são declarações de amor em muitos quilates.

Talento, R$ 4.065 Emar Batalha, R$ 4.900

Vivara, R$ 450 cada e separador R$ 250

Cartier, R$ 11.420

Tiffany & Co., R$ 3.160

H.Stern, R$ 1.180

Jack Vartanian, sob consulta

PINGENTES REPRESENTANDO OS FILHOS FORAM FEBRE NOS ANOS 80 E CONTINUAM NO MERCADO COM DESIGN RENOVADO. PARA QUEM GOSTA DE LEVAR OS FILHOS NO COLO, Pandora, LITERALMENTE sob consulta

MOM’S BEST FRIENDS “Mães têm que ganhar diamantes”, prefere JACK VARTANIAN. O top joalheiro diz que pulseiras ou colares são as peças ideais. “Nada melhor do que uma joia que a faça se sentir importante e mais bonita. Diamantes fazem isso. E representam muito bem a ideia do eterno que é um filho” enfatiza Jack. Atemporalidade é palavra-chave para não errar na escolha. 72

NA PELE Mães famosas têm tatuagens em homenagem a seus filhos. A apresentadora ANGÉLICA, tem no pulso as iniciais dos pimpolhos Benício e Joaquim. No ombro de LUIZA BRUNET, os nomes de Yasmim e Antonio fazem companhia às rosas. E ANGELINA JOLIE tatuou uma linha em sânscrito para cada um de seus rebentos. O início de uma sétima linha em língua morta daria indícios de uma nova adoção.

FOTOS JEAN BAPTISTE LACROIX /GETTYIMAGES.COM, CARLOS ALVAREZ/GETTYIMAGES.COM, ARQUIVO RG E DIVULGAÇÃO, FOTOS STILL DIVULGAÇÃO

POR MARÍLIA LEVY


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BELEZA

SOMBRA ALL THE WAY TUDO SOBRE O HIT DESSE INVERNO: SOMBRA ATÉ A SOBRANCELHA PARA OLHOS PODEROSOS Uma releitura bem 80’s está com tudo nas passarelas: sombra na pálbebra inteira. Fica lindo e diferente. Mas cuidado com algumas regrinhas básicas. De preferência, use duas cores, para dar profundidade e para seus olhos, principalmente os pequenos, não ficarem “chapados”. As laterais externas dos olhos ficam ótimas com um tom mais escuro. Se quiser um côncavo discreto pode usar a mesma cor. E, claro, não faça quase nada mais no resto do rosto, pois uma sombra inteira já é bem forte, o papel principal do make. De resto é só ousadia para experimentar. Se joga! (CASSIA AVILA)

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Givenchy, R$ 187 MAC, R$ 71 B Side, R$ 41

Avon, R$ 13

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DICA PARA O MAKE FUNCIONAR

MAC, R$ 79

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Dior, R$ 244

Com tanta atenção sendo chamada para os olhos com esse tipo de make, é essencial que toda a região ao redor dele também esteja perfeita! Para isso você precisa garantir três coisas: boa fixação da sombra, sobrancelhas arrumadas e olheiras bem longe! Um primer aplicado em toda pálpebra e também embaixo dos olhos, vai fazer tanto a sombra quanto o corretivo, permanecerem intactos, sem acumular nas dobrinhas. Já um lápis apropriado e um rímel incolor vão assegurar Yes sobrancelhas sem falha e com os pelinhos Cosmetics, no lugar. (HELENA LUNARDELLI PRADO) R$ 22

FOTOS BEN HASSET/TRUNKARCHIVE E MARCIO MADEIRA FOTOS STILL DIEGO GAIOTTI E DIVULGAÇÃO

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BELEZA

PRONTO SOCORRO CABELO PODRINHO? SÓ NO ESTILO. NA REAL, TEM DE SER SAUDÁVEL! POR PATRÍCIA BROGGI

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AROMA PRA VER Entre no site da Maison Martin Margiela e assista ao vídeo de lançamento do primeiro perfume da marca, ele diz tudo. Andrógina, a fragrância mistura madeira, notas verdes e florais, agrada às meninas e aos meninos também. O frasco, minimalista, parece manchado de tinta. O nome? UNTITLED. A ideia é que o perfume fale por si.

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Cabeleiras maltratadas pedem Fiberceutic, da L’Oreal Professionnel. É uma espécie de injeção reconstrutora, que penetra na fibra capilar, criando uma estrutura que preenche e sustenta o fio. O tratamento deve ser feito no salão e pode ser apenas nas áreas danificadas. Para fios em queda livre, algo mais drástico: pílulas antiqueda. No Brasil, experimente Inneov Nutri Care. Na Europa, longe das restrições da Anvisa, compre: Oenobiol Anti-Chute, Inneov Trico-Masse ou Imedeen Hair & Nails.



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serena e

natural

“Fala pra Fernanda Lima que eu faço tudo que ela quisser”,

sotaqueou J.R. Duran ao telefone. Que Rodrigo Hilbert não o ouvisse, mas o supertop fotógrafo estava apenas dizendo que aceitava o convite de RG para clicar a beleza espontânea dessa gaúcha que, diga-se, ficou ainda mais linda com a ajudinha dos stylists Flavia Pommianoski e Davi Ramos. E os dois mantiveram o mood natural para conceber o editorial de moda – mistura de jeans, franjas e joias navajo – registrado magistralmente por Gui Paganini. Divino. E esta minha primeira edição (muito prazer!) traz ainda uma reportagem sobre o que torna a Cabala tão atraente para as stars e o high. Tem também um relato tocante de como Mike Tyson criou um mundo “livre de pressões” a fim de manterse sereno. Algo que, cá pra nós, ele conseguiria se morasse na casa sublime, projetada por Paulo Mendes da Rocha, que Isabella Giobbi nos apresenta com exclusividade. Ou se frequentasse os recantos floridos por onde Laura Neiva tem passeado. Pra resumir: se lesse mais a RG! Acho que ele acaba de ganhar uma assinatura...

editora-chefe 79


Camisa Carlos Miele


A escolha de

ernanda Ser rica, famosa, bonita e perseguida por paparazzi foi só o começo. Casada com um galã e mãe de gêmeos, na intimidade, Fernanda Lima é uma bela dona de casa

POR KARLA MONTEIRO FOTOS J.R. DURAN EDIÇÃO DE MODA FLAVIA POMMIANOSKY E DAVI RAMOS


ete da manhã, trânsito intenso no sentido Barra da Tijuca, com retenções – justamente – dentro dos enfumaçados túneis que ligam a zona sul carioca à zona oeste. Duas horas de viagem, 40 quilômetros depois, e chego ao paraíso de Fernanda Lima: uma casa rústica, de madeira e cimento queimado, rodeada por um imenso jardim. No meio do gramado, um pula-pula gigante, cheio de brinquedos coloridos. Fernanda, diga-se, mora na roça, aonde o Rio acaba, no último suspiro da cidade, no final do Recreio dos Bandeirantes. Ela me recebe à vontade: minivestido, descalça, descabelada, linda. Como sempre, gata. Não parece vida real. Em poucos minutos, surge o marido, o ator Rodrigo Hilbert: bermudão, camiseta, descalço, descabelado, lindo. Como sempre, gato. A essa hora da manhã, o casal já está na função, plantando o jardim. Uma meia dúzia de homens carrega plantas para cá, plantas para lá, sob o comando da bela. “Vamos ter um pouco de silêncio. As crianças saíram para o parquinho”, avisa Fernanda. Penso: ‘Poxa, os pimpolhos lourinhos, os gêmeos João e Francisco, de três aninhos, complementariam o cenário comercial de margarina’. Quando, enfim, ela se senta para conversar, com as pernas para cima, na varanda, uma surpresa: Fernanda Lima é tão vida real. Na vida irreal, está à frente do programa Amor & Sexo, da Globo, 82

que vai para a terceira temporada, com mais dez episódios, no segundo semestre. Também apresenta Por Toda Minha Vida, no ar desde 2006. “Graças a Deus, o Amor & Sexo foi superbem de Ibope nas duas primeiras temporadas. O Ricardo (Waddington, diretor de núcleo da Globo) sempre acha que vai ser a última. Fico torcendo para que não, né? É isso que eu tenho agora, né?”, diz, com o charmoso sotaque gaúcho. Fernanda apareceu na Globo pela primeira vez em 2005, no Video Show: “Um dia me ligam para substituir a Angélica. Olha a vida: Globo, né? Bem onde eu queria. Tinha saído da MTV. Estava há um ano na espera.” No mesmo 2005, protagonizou Bang Bang. Levou porrada da crítica por todos os lados. “Na época da MTV, a Patrícia Kogut (colunista de TV do jornal O Globo) me dava um monte de 10. Ela me deu um zero na primeira semana de novela. Esse zero desencadeou críticas horríveis. Era nego chutando cachorro morto. Fiquei com o emocional destruído.” Em 2006, sacudiu a poeira com Pé na Jaca, recebeu um 10 da Kogut pela atuação: “Fiz a novela para tirar o fantasma da cabeça”. Foi a última: “Durante Bang Bang, me separei do Rodrigo. Namorei o diretor. Uma confusão. Depois que voltei para o Rodrigo, conversei com o Ricardo. Hoje somos amigos, ele vem na minha casa, e estabelecemos uma parceria profissional. Criamos, com uma galera bacana, do zero, os programas Por Toda Minha Vida e Amor & Sexo.


Blusa de moleton Doc Dog


“Na noite que engravidei, sabia que tinha engravidado. Foi louco. Muito amor. A gente tinha recém-voltado”

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Calcinha e sutiã vintage Trash Chic




realidade chama. O telefone toca e o jardineiro contratado para a empreitada do dia, Felipe, quer saber onde plantar as quaresmeiras, roseiras, pés de açaí... – Amor, amor... Atende ao telefone... Me ajuda, amor – berra Fernanda. Rodrigo vem faceiro, lá do fim do jardim, dá um beijinho na mulher: – Não fala assim comigo, não. Vou ajudar. Estou fazendo o meu imposto de renda. Fernanda faz cara de manha e vai resolver os pepinos: – Felipe, qual que é a quaresmeira mesmo? Deixa eu te explicar: a grama é para botar do lado do banheiro novo. A árvore maior, tu bota ali, naquele buraco. A outra, deixa eu pensar? Te falo daqui a pouco. Pode? A versão “administradora de empresa” de Fernanda Lima está, digamos, no pico da carreira. Ela conseguiu uma cozinheira, a Luzia; tem o Adilson, que cuida do jardim e também faz às vezes de motorista; e existe a Didi, a mais importante na hierarquia, a babá. “A cozinheira cozinha e limpa a sala. A Didi, quando os meninos estão na escola, cuida do banheiro, do quarto das crianças e do quarto de brinquedos. Eu e o Rodrigo limpamos o nosso quarto”, relata Fernanda. “Esse negócio de dona de casa tinha que ser remunerado, uns quatro paus por mês. É enlouquecedor: controlar compras, ligar para Cedae (a estatal de água e esgosto do Rio) consertar o relógio de água que estragou, ir à reunião da escola... Tudo tem de funcionar. Outro dia eu estava falando com o Rodrigo:

‘Cara, tu ti lembra como era quando solteiro? Como é que era? Eu esqueci.’” Ela levanta as mãos para o céu e agradece o parceiro que tem: “O Rodrigo é um puta parceiro, se não fosse não seria meu marido. Acho uma covardia homem que abandona mulher com filho pequeno. A mulher fica gorda e estressada e o cara se manda? Filho da puta. Os caras querem sexo logo depois que o filho nasce: qual é, vai esperar. O Rodrigo segurou a onda dele”. Fernanda conheceu Rodrigo há oito anos, em uma festa na praia. Na mesma noite, começaram a namorar. “Eu me lembro de no dia seguinte cruzar a praça General Osório, lá em Ipanema, de mão dada com ele. Puta sinal de namoro. Eu: ‘Caraca, a gente tá de mão dada’. Eu sempre soube que ia dar nisso. Mas foi aos trancos e barrancos”, comenta. Em 2007, depois de Pé na Jaca, ela engravidou: “Na noite que engravidei, sabia que tinha engravidado. Foi louco. Muito amor. A gente tinha tipo recém-voltado”. A gravidez coincidiu com o término da construção da casa nova. “Um período lúdico. Ficava em casa, plantando, decorando. Eu que pus todas essas trepadeiras no telhado. O Rodrigo batia fotos para mandar para o médico: ‘Olha, ela tá subindo em escada...’”, diverte-se. “Construímos os quartos das vovós, afastadinhos para a gente não se matar aqui dentro. No final da gravidez veio toda a família, a minha e dele. Eu ficava deitada no sofá, que nem uma porca”. Quando fala dos nove meses esperando os gêmeos, Fernanda não mitifica. Viveu a dor e a delícia de ser mulher: “Insônia para caralho, azia para caralho. Enjoo quatro meses seguidos, vomitava as tripas. Começo de gravidez é depressão, inferno. Nada poético.


“Lembro do dia que saímos do hospital, em dois carros. Fui dirigindo e olhando pelo retrovisor os bebês, no banco de trás. Caraca, responsa”

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Blusa de cetim e renda Lia Souza, e shorts jeans Chanel no Trash Chic



Set designer Tissy Brauen Beleza Alê de Souza Produção de moda Well Santos Assistentes de fotos Guilherme Arruda e Frederico Assunção Tratamento de imagem Photouch

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meio é uma curtição. O final, meu Deus, muita, muita insônia, preocupação, ansiedade: será que vão nascer bem? Será que vou dar conta de gêmeos? Será que vou conseguir uma babá?”. A babá, Didi, telefona do parquinho. Fernanda sai gritando pela casa: – Adilson, amor, cadê o Adilson? Amor, manda o Adilson lá no parquinho rebocar os meninos. O carrinho acabou a bateria. Rodrigo responde de longe: – Adilson, a Fernanda tá chamando. Amor, onde eu coloco as roseiras? Com a chegada das duas gracinhas, chamando pela mãe e correndo para o pai, a realidade cede passagem para o comercial de margarina, para o conto de fadas. Era uma vez uma menina linda de Porto Alegre, que se achava o patinho feio da escola, filha de uma família classe-média, dois irmãos mais velhos, Rodrigo e Rafael, que começa a vida – por acaso – num concurso de modelos. Vira apresentadora de TV, faz sucesso na MTV, migra para a TV Globo, encontra o príncipe encantado, forma uma família... E vivem felizes para sempre. Aos 33 anos, Fernanda, para quem olha, assim, de fora, chegou ao paraíso. Para ela, não é bem o caso. “Durmo dez e meia, acordo sete. Faço yoga três vezes por semana. Tô conseguindo. As coisas agora estão funcionando. A empresa tá funcionando. Lembro do dia que saímos do hospital, em dois carros, eu na frente e o Rodrigo atrás. Fui dirigindo olhando pelo retrovisor os bebês, no banco de trás. Caraca, responsa. Dirigindo tensa: ‘Vai dar tudo certo, vou chegar em casa’. A família inteira aqui esperando. No primeiro mês as avós ficaram me ajudando. Depois passei um tempo sozinha, sem babá. Aí, minha filha, cuida: noites e noites em claro, mama aqui, mama ali. Cansada, sem dormir, sem comer. Eu acordava de noite zonza, trocava as fraldas, passava Hipoglós na bundinha deles e aproveitava o resto nas minhas olheiras. Daí os bichinhos começaram a crescer. E tudo foi ficando muito bom. Cada vez melhor.”



Apache

URBANA Jeans lavados em sintonia com tons de camelo em couro, cashmere e camurça, franjas, turquesas exuberantes e pratas compõem o look da vez FOTOS GUI PAGANINI EDIÇÃO DE MODA FLAVIA POMMIANOSKY E DAVI RAMOS BELEZA DANIEL HERNANDEZ

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Jaqueta Carolina Herrera, R$ 2.016; camisa Daslu, R$ 660; e calça MCD, R$ 349. Brinco, usado como broche, Ruth Grieco, preço sob consulta; bolsa Schutz, R$ 520; cinto com pedras, Diferenza, R$ 689; cinto de franjas Juisy by Licquor de acervo; pulseira de ouro com turquesa e de ouro amarelo, pedra turquesa rajada e libélula Silvia Furmanovich, preço sob consulta


Pelerine Juisy by Licquor de acervo; cashmere Ballantyne na Petulan, R$ 3.490; shorts John John na Jeans Hall, R$ 320; e camiseta usada na cintura Isabela Giobbi, R$ 280. Colar Diferenza, R$ 1.389; cinto, R$ 40 (aluguel); gargantilha, R$ 150 (aluguel); bracelete com pedras azuis, R$ 80 (aluguel); e de prata, R$ 60 (aluguel) Brech贸 Minha Av贸 Tinha e bracelete de ouro amarelo Silvia Furmanovich, pre莽o sob consulta


Colete Hermès, R$ 19.272; camisa Puramania, R$ 209; calça Celine na NK Store, R$ 2.620, cardigan, usado na cintura, Marisa Ribeiro, R$ 1.281. Gargantilha, R$ 120 (aluguel), e pulseiras de prata, R$ 60 cada (aluguel) Brechó Minha Avó Tinha; colar de franjas Diferenza, R$ 1.623, bolsa Maria Garcia, R$ 585; cinto de tresse Corello, R$ 79; relógio Rolex na Montecristo, preço sob consulta; pulseira de ouro amarelo Silvia Furmanovich, preço sob consulta; e sapatos Christian Louboutin, R$ 3.000


Jaqueta Cris Barros, R$ 3.286; su茅ter Marisa Ribeiro, R$ 1.644; e cal莽a Forum, R$ 337. Colar, R$ 40 (aluguel), e braceletes, R$ 60 cada (aluguel) Brech贸 Minha Av贸 Tinha; bolsa Salvatore Ferragamo, R$ 4.990; cinto Diferenza, R$ 1.789; cinto de tresse Corello, R$ 79; anel Izabel Esteves; e sapatos Schutz, R$ 340


Colete Ellus, R$ 2.100; jaqueta Dopping, R$ 320; suéter Julia Aguiar, R$ 1.029; e bermuda Luigi Bertolli, R$ 80. Cinto, R$ 1.145, e fivela, R$ 527, Hermès; brinco usado como colar Diferenza, R$ 602; relógio Rolex na Montecristo, preço sob consulta; pulseiras, R$ 60 cada (aluguel) e gargantilha, R$ 150 (aluguel) Brechó Minha Avó Tinha


Cardigan Bianca Ranucci, R$ 227; camisa Carlos Miele, R$ 220; legging Colcci, R$ 364. Cinto Salvatore Ferragamo, R$ 1.390; bolsa Carolina Herrera, R$ 1.990; brinco usado como broche, R$ 569, e colar, R$ 929, Diferenza; rel贸gio Rolex na Montecristo; pulseira de ouro amarelo e turquesa, e de ouro amarelo, tucum e turquesa Ruth Grieco, todos pre莽o sob consulta


Blusa Isabela Giobbi, R$ 280; jardineira Levi’s, R$ 399; trench-coat, usado na cintura, Reinaldo Lourenço, R$ 1.496. Cinto D&G, R$ 840; c olar Diferenza; pingente e pulseiras de ouro amarelo e turquesa Ruth Grieco; pulseira de safira e turquesa Izabel Esteves; pulseira de ouro branco e turquesa Momussk; todos preço sob consulta, e sapatos Arezzo, R$ 260 Produção de moda Well Santos Produção de joias Patricia Grunheidt Assistentes de fotos Jonathan Chicaroni e Renato Costa Assistente de beleza Randré Martins Assistente de produção de joias Ariane Oda Tratamento de imagens Photouch


DOSSIÊ RG

O que é

que a Cabala

TEM?

Com ou sem Madonna, não importa. A mensagem de paz dessa filosofia, juram os adeptos, mudou para melhor vidas que já eram boas. Será só isso? E isso é pouco? RG desvenda o mistério POR DANIELA ARAÚJO RETRATO VALENTINO FIALDINI

banqueteira Maria Alice Solimene é pura espiritualidade. Sua casa é repleta de budas, imagens orientais, mas a Cabala fica em destaque. Ao falar com a RG, ela fez questão de carregar um volume do Zohar. “Estive muito doente nesse início de ano. Não vou te dizer que estar ao lado do livro me cura, mas me conecta com esse lado da espiritualidade”. Ela diz que sua vida mudou completamente. A relação com a mãe, que já foi quase nenhuma, hoje é pacífica e carinhosa. E as noitadas reduziram a ponto de ela preferir o dia às tacinhas de champagne que em outras épocas não recusava. Foi em 1995 que o israelita Yonatan Shani apresentou a sabedoria para a tropicália pela primeira vez. A esta altura aquela onda budista dos carecas gordinhos no altar de 100

casa já estava lá meio gasta. O mundo até quis ser budista nos anos 80 em busca de algum tipo de paz espiritual. Quem não deu conta de ir fundo na história pelo menos guardou o fofinho de olhos puxados como talismã. Maria Alice procurou a filosofia no início dos anos 2000 como quem resolve espanar a poeira. “Tinha acabado de me separar de um casamento de 20 anos. E você sempre procura uma coisa nova: corta o cabelo, emagrece, entra numa aula de dança. Assim foi a cabala para mim.” O primeiro shabat aconteceu só em 2004, numa pausa em Londres depois de uma viagem à China. E aí era aquela rotina – passeio pela london city, comprinhas com as amigas. Vamos num shabat? “Cheguei no centro de cabala e um amigo de uma amiga me perguntou: ‘Você esperando a tua amiga? Aquela que começa com Ma e termina com donna’.” Madonna foi assídua nos centros de Cabala pelo mundo nos últimos 15 anos. Nos últimos dias, porém, tablóides começaram a insinuar que a cantora iria trocar


ANTENA A banqueteira Maria Alice Solimene vive rodeada dos livros sagrados. “Sinto conexão com o lado da espiritualidade”


DOSSIÊ RG

a filosofia pela Opus Dei (a vertente superconservadora do catolicismo). Mas, mesmo se a Cabala perder sua frequentadora mais ilustre, o fato é que não será difícil encontrar uma substituta: Demi Moore e Gwyneth Paltrow seriam as primeiras de uma lista repleta de stars. É... Isso porque existem certos momentos em que as chamadas very important people, os VIPs, que só viajam em jatos particulares e que não compram, ganham, a última coleção da Louis Vuitton, são apenas people. No momento íntimo das orações, Madonna, Demi ou Gwyneth são, todas, apenas gente como a gente. É como são tratadas em um shabat, esta espécie de cerimônia da Cabala. O shabat acontece em um “momento de energia em que, através de diferentes conexões, a

fique bem claro) que remonta ao homem primitivo. Coisa de Adão e Eva mesmo. Sabe aqueles dois seres bíblicos? Certo dia, eles receberam um livro de um anjo, o primeiríssimo, muito antes desse negócio de Bíblia, que já carregava o conhecimento cabalista. De um em um, de Adão para Noé e Abraão, essa filosofia que parece até meio bruxa, meio mágica, chamada Cabala frutificou dentro do Judaísmo, do Islamismo e do Cristianismo. Ou seja, a Cabala (como escreveremos por aqui) veio muito antes da Madonna. Assim como a fitinha vermelha na mão esquerda, aquele bibelô que virou fashion por conta da popstar mas, vejam só, é a nossa cara. Tem, e muito, a ver com a fita do Nosso Senhor Bonfim. “Do mesmo jeito que a gente usa antivírus nos compu-

Shmuel Lemle, da Casa da Kabbalah, baseada no Rio de Janeiro. “Não é uma coisa judaica, é uma lei universal. Ela nos dá o caminho para um processo de crescimento e transformação obtendo melhores resultados e vivendo com mais plenitude.” São conceitos como: nada acontece por acaso; você colhe o que planta; é essencial compartilhar e ajudar o próximo. Também dá dicas de como lidar, por exemplo, com situações adversas. A ciência do viver – e aqui ciência faz sentido mesmo. “A física quântica abriu a cabeça das pessoas para uma nova realidade, a de que o fato de eu observar o universo já faz com que ele exista, e o observador é parte da observação”, ensina Lemle. “Não há nenhuma contradição entre a Cabala e a ciência.”

pessoa pode se alimentar espiritualmente”, define o rabino Yonatan Shani, do Kabbalah Centre do Brasil. Muitos famosos já foram fotografados indo e vindo de encontros cabalísticos, certamente em busca desse tipo de conexão com o sublime. Além dos hollywoodianos (Aston Kutcher incluso, é claro), o time nada modesto de cabala stars brasileiros inclui Ronaldo e Bia Anthony, Ellen Jabour, Marina Lima, Wanessa e Paulo Ricardo, além de nomes da sociedade como Glória Coelho, Dorinha Zarzur, Maria Alice Solimene, Raquel Silveira... Uma esmagadora maioria de mulheres. Mulheres, não. Mulherões. Chiques e bem de vida mas que, ainda assim, buscam algo para ficar bem com a vida. Mas vamos do começo: Kabbalah, Cabala, Quabbala, Kabalah? Tanto faz como se escreve, dizem os disseminadores de uma sabedoria (e não uma religião, que 102

tadores, também é legal contar com uma proteção contra energia negativa, especialmente para olho gordo”, explica Shani.

C

omo é que é? Antivírus? A Cabala, tão antiga quanto Adão e Eva, vem sendo desvendada com códigos que reconhecemos facilmente no mundo de hoje. Todo mundo entende quando se fala de trânsito, amor, dinheiro. Temas como estes são abordados em aulas, pois Cabala se estuda. Há cursos que ensinam os preceitos, e, ao longo da frequência você, digamos, passa de fase. Cabala 1, Cabala 2, Cabala 3, Cabala 4. Não é que receba uma medalha, mas, à medida que se vai além do conceito de que todos somos um e o mundo é feito de energia, a coisa fica tão complexa quanto a física quântica. “A Cabala é uma sabedoria que nos ensina as leis espirituais da vida”, descreve

Shmuel relaciona essa superexposição da Cabala dos anos 90 para cá com a maturidade do ser humano. Ou seja, o homem moderno está pronto para desvendar uma sabedoria que por muito tempo ficou restrita aos rabinos. “Nós não estávamos prontos. A Cabala fala de conceitos que só agora, na nossa época, e até com essa história na internet, conseguese compreender”, afirma. “Para entender a Cabala a pessoa tinha de ter a mente muito à frente do seu tempo.” Se a Cabala veste bem o homem e a mulher modernos, é quase natural que a internet seja um forte meio de comunicação. Tanto o Kabbalah Centre do Brasil quanto a Casa da Kabbalah alimentam constantemente seus endereços eletrônicos, usam mailing e até fazem vídeos ou transmitem palestras e encontros para os alunos virtuais. Interatividade que favorece a conexão.

RETRATO YONATAN RAPHAEL BRIEST FOTOS FOLHAPRESS E GETTYIMAGES

O rabino Shmuel defende que só agora o homem moderno “ficou pronto” para desvendar a sabedoria milenar da Cabala


NEM SÓ O PAPA É POP A partir do alto, em sentido horário: o casal cabalístico Ashton Kutcher e Demi Moore na saída de um Kabbalah Center, nos EUA; a modelo e apresentadora Ellen Jabour; Jesus Luz (cabalista fiel ao Kabbalah Centre de Nova York enquanto namorou Madonna); o rabino Yonatan Shami no Kabbalah Centre do Brasil, nos Jardins; paparazzis confirmam o quanto a Cabala está pop; o cantor Paulo Ricardo e Marina Lima (ao centro), que estão entre muitos adeptos da Cabala em versão nacional

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DOSSIÊ RG

“Já fui para a Índia, Butão. Estudei um pouco de budismo. Desde que o meu marido morreu, há 17 anos, comecei a buscar um pouco mais dessas partes espirituais para entender o que acontece”, conta a empresária Dorinha Zarzur, 57 anos, dona do hotel Regent Park, que abriga as aulas de Lemle em São Paulo. Ela diz que há mais ou menos quatro anos começou a ouvir falar muito de Cabala. O zumzumzum invadiu um momento feminino prá lá de reservado. “Uma amiga no cabeleireiro disse: ‘Aí, tem um negócio super legal de Cabala!”’ Dorinha foi a uma aula, gostou e começou a convidar as amigas para o regabofe cabalístico. E se os universitários terminam o dia de estudos com uma chopada, as moçoilas da sociedade preferem a mesa de jantar. E aí, aquela mulherada toda, longe da reprovação masculina, acaba confirmando o velho estigma de que a ala feminina reunida adora um mexerico. “Em geral, quando junta mulher, só sai futrica.

‘Nossa, e aquela lá que tá malvestiiida”’, exagera. Dorinha diz que a Cabala mudou esse modus operandi. “Um dos princípios da Cabala é não ficar falando mal dos outros. É incrível como a gente acaba conversando só sobre filosofia e coisa boa.” Assim tem crescido a Cabala no Brasil. Lemle diz que suas classes são compostas de um forte mulherio – 80% delas, 20% deles em média, e na faixa etária dos 40 anos. “A maioria vem de família católica, mas não liga muito para isso.” A explicação é simples: se Cabala não é uma religião, vale para qualquer um, seja católico, judeu, budista, praticante ou filósofo. Essa desconexão com os limites nos quais as religiões se baseiam funciona como atrativo. A arquiteta Raquel Silveira, 50 anos, foi batizada, casou na igreja, mas nunca teve uma busca espiritual. Raquel não procurou o budismo quando estava in, nem frequentou os encontros de candomblé que também viraram moda nos anos 90. Até que topou checar a Cabala à convite da amiga e empresária Isabella Prata, que comanda a Escola São Paulo. “O que me conquistou foi o princípio de fazer o bem. Porque a vida é um dominó. Você sai de um táxi malcriada, briga com o motorista por qualquer coisa, ele já fica irritado...”

LIBERDADE DE TER Dorinha Zarzur: “Na Cabala você não se envergonha de ter dinheiro. Não pode é ser escravo, viver em função disso”. Abaixo, a fitinha “do Bonfim” típica dos cabalistas

Ainda que assegurem que a Cabala nada mais é do que um conhecimento, uma filosofia, a aproximação com a religiosidade é inegável. Os cabalistas comemoram datas religiosas como o Pessash, a Páscoa judaica. Nos shabats semanais há a leitura do Torá, base do judaísmo. A agenda também inclui outros eventos em que a conexão astral é favorável, como a lua nova e a lua cheia. Dorinha Zarzur participou de um Rosh Hashaná, que comemora o ano novo judaico, em Dallas, Estados Unidos. Quer ver ficar mais chique? Donna Karan estava lá. “E fica no meio da gente”, conta Dorinha. “Isso é uma coisa que me bloqueou em uma certa altura”, diz Raquel, que chegou a frequentar as aulas de Cabala com o ex-marido, o cantor Paulo Ricardo. “Eles têm muita cerimônia no Kabbalah Centre, muita reza. Não faço essa linha.” Ela prefere a musculação espiritual no dia a dia. “É um exercício diário de viver bem, tentar harmonizar, não ser reativo”, explica Raquel. Já para a estilista Glória Coelho, cujo filho, Pedro Lourenço, e o ex-marido Reinaldo Lourenço também frequentaram a Cabala, os encontros e eventos são revigorantes. Ela conta

Dorinha Zarzur participou de um Rosh Hashaná, que comemora o ano novo judaico, em Dallas. Donna Karan estava lá


que, na semana que conversou com a RG, sentia um pouco de tensão no corpo. “Fui para o Kabbalah Centre, fiquei rezando das 11h às 13h, e acordei no dia seguinte sem dor nenhuma.”

RETRATO DORA ZARZUR VALENTINO FIALDINI FOTOS GETTYIMAGES E DIVULGAÇÃO

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ão é que a Cabala fale em sacrifício, mas ela exige algum esforço. E também um certo aporte financeiro. A começar pelo estacionamento, no caso do Kabbalah Centre do Brasil, situado no coração da pauliceia mais chique. Os cursos podem chegar a R$ 400, e a coleção de 23 volumes do Zohar, que disseca o Torá, bate os R$ 900. A doação é espontânea e, no caso do Kabbalah Centre, tem contribuído para os projetos sociais da entidade. Um deles é ambicioso: distribuir 100 mil cópias do livro O Poder da Cabala entre jovens carentes e universitários. A instituição também trabalha atividades filantrópicas. “Quem procura a Cabala em geral é da classe B para cima, B para A”, diz Lemle. “Uma pessoa que já está com uma certa estabilidade no plano material e pode buscar coisas mais profundas.” Mesmo assim, Shani reforça: Cabala é para todos. “É para quem quer. Outro dia recebi um e-mail de uma pessoa que nem sei se era da C, D ou E, mas disse que O Poder da Cabala mudou a sua vida.” E se o assunto é dinheiro, a Cabala, diz Dorinha Zarzur, não amaldiçoa a conta bancária. “Eles não falam mal de quem é rico. A Igreja Católica sim. Pobre é bom, rico é ruim. Você fica até com vergonha de ter dinheiro”, confessa. “Eles dizem que é ótimo você ter seu carrão, sua joia, seu negócio enorme, o luxo.” Não que aí não esteja uma questão fundamental. “Não pode é viver em função disso, ser escravo.” Também não pega bem ostentar. Exemplo mais bem-acabado disso vem do relato de Maria Alice em seu shabat com a rainha do pop. Guy Ritchie marcava uma presença, aliás, muito mais esfuziante do que a blonde ambition. Ele dançava e ficava batucando na mesa do jantar. “Ela era muito discreta. Não vi segurança, paparazzo. Não foi tão very, very special”. Sentiu a conexão?

É PRECISO FÉ Madonna, até então pupila da guru Karen Berg (à dir.), pode estar de saída. Repetirá Kaká e Caroline (abaixo), que deixaram a Renascer, da bispa Sônia, após denúncias de irregularidades?

A haute-spiritualité O jornalista Luiz Henrique Ligabue discorre, afiado, sobre o que é in ou out nas filosofias da moda

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ente, os ingleses são fogo! Estão espalhando que Madonna vai deixar a Cabala. Que horror! Cruz credo. Imagina. Não é porque a nossa yogue loiríssima cinquentona já fez travessuras com o crucifixo, se engalfinhou com (e dispensou) Jesus Iluminado – um peca-

do em forma de homem – que ela vai deixar a patota. Mentira! Ingleses invejosos, fofoqueiros. Vão ver só... Kate Middleton os espera. Aquele par de olhos azuis não engana ninguém: cabalista de primeira, of course, aposto! Mas fé é fé e isso não se discute. Ainda mais quando vem com milênios de tradição. Ou, convenhamos, quando os encontros da filosofia do momento também são eventos sociais nos quais, até, se pratica algo espiritual. Nada contra. Afinal, nesse mundo-mundano em que vivemos todos precisam de uma fezinha e ficar só no materialismo ninguém aguenta. É sempre bom equilibrar as novidades da haute-couture com as da haute-spiritualité. Mas não custa perguntar a quem eventualmente se jogou na Cabala graças à rainha do pop se a ideia é seguir a tendência onde quer que ela vá... Porque, dizem as línguas ferinas, Maddie estaria afim de um pulo radical para a vida centro-direita católica da Opus Dei. Teria ela se interessado pelo cilício (aquele bracelete de ferro que essa turma usa como autoflagelo)? Ou será que está apenas se punindo pelo constrangimento de ver o Kabbalah Centre de Nova York, da sua guru Karen Berg, sob investigação de desvios financeiros? Se for isso, não posso deixar de lembrar do astro futebolesco Kaká e sua senhoura Caroline Celico, que também se viram encabulados (um tanto tardiamente) com os negócios escusos dos bispos Estevam e Sônia Hernandes, da Igreja Renascer. Eles bandearam, mas afirmando que “a busca é somente por Deus”. Vai ver cansaram de intermediários. Será este o caminho? E se Madonna inventar a própria religião? Uia! 105


Laura

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A pré-adolescente estrela de À Deriva, Laura Neiva começa a deixar o status de garota... Mas só um tiquinho. O suficiente para o encanto não quebrar POR ROSANA RODINI FOTOS ANDRÉ PASSOS EDIÇÃO DE MODA VANDA JACINTHO/ABÁ MGT

ra manhã de sábado num lugar longe o bastante de São Paulo para ter um céu muito azul, e flores por todo o lado. “Só dormi cinco horas”, aparece e confidencia Laura. Nossa Cinderela pós-moderna aparenta zero cansaço no rostinho de 17 anos que, aos 14, debutava no cinema como Filipa, protagonista do elogiado longa À Deriva, de Heitor Dhalia. Jovem de tudo, dividiu o set com gigantes como Vincent Cassel e Deborah Bloch. Na contramão das milhares de garotas que correm atrás da fama, à Laura coube apenas o acaso. “Me acharam no Orkut. Fiquei com medo, minha mãe dizia para não dar confiança a estranhos.” Ela deu, mas só depois de muita insistência. E o resto desse filme você já conhece, com direito até a uma passagem no festival de Cannes, em 2009. Desde o tapete vermelho, algumas coisas mudaram. Ela não tem mais Orkut. Está usando o Facebook, mas vai deletar o perfil na rede social. “Perde-se muito tempo lendo bobagens.” E tempo é artigo de luxo para essa adolescente paulistana que divide as horas entre o roteiro típico da idade (escola, festas, férias, garotos) e a peça Ligações Perigosas, na qual contracena com Maria Fernanda Cândido – vive uma ninfeta, ora ora. Este é apenas o segundo trabalho da jovem atriz, que preferiu não fazer Malhação (ufa!) e nem pensou em horário nobre. “Seria muita exposição para alguém da minha idade”, pondera. Deixou a Globo à deriva e fincou os pés no chão.

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Foi estudar, “porque esta é a base de tudo”, e quer fazer uma faculdade. Entre as opções, pensou em aportar na comunicação, na arquitetura e, no momento, a “escolha da semana” é a psicologia. “Gosto de entender a mente das pessoas. E minha mãe também estudou isso”, diz, e acrescenta que a mãe vem a ser sua melhor amiga. Laura explica. “Ela me teve aos 15 anos. Nós já brigamos muito, mas hoje é para ela que conto meus pensamentos, meus segredos.” Conta dos namorados também? “Sim, mas agora estou solteira.” A gente duvida que por muito tempo... Pausa brusca no papo. “Desculpa, só estou resolvendo um assunto aqui”, justifica-se, enquanto tecla freneticamente o celular. A cena se repetiria inúmeras vezes aquela manhã. Tecla feito menina enquanto tem o cabelo puxado e os olhos pintados feito mulher. Do outro lado do telefone estão as amigas do colégio Waldorf, uma escola “tipo cabeça”, como a própria explica. “Estou fazendo um trabalho que visa entender a mente de crianças que matam crianças”, diz, na maior naturalidade. Meio macabro, não? “É que eu me interesso por pessoas.” E a gente se interessa por você, Laura. Queremos saber tudo dessa moça que se diz “uma virginiana de chatices ponderadas” e cheia de planos. O mais próximo é deixar-se levar. “Quero viajar antes de entrar numa faculdade.” O foco é Nova York, mas com passadinha em Los Angeles. Tá com pinta de Hollywood essa história, a dela. O making of do ensaio e os top 10 filmes de Laura Neiva você vê no www.siterg.com.br


Body Dzarm, R$ 99, e casaco de Angorรก Isabel Marant, R$ 2.160


Blazer Marc Jacobs, R$ 7.280, blusa Patachou, R$ 178, saia Tufi Duek, R$ 1.639. Meiacalça, R$ 200, e cap, R$ 380 Wolford, e sapato Corello, R$ 299

Depois da estreia no cinema, a jovem atriz disse não à Malhação e nem pensou em horário nobre. “Seria muita exposição para alguém da minha idade.”


Casaco CecĂ­lia Prado, R$ 529


Vestido Coven, preço sob consulta. Lenço Hermès, preço sob consulta, e meia-calça Wolford, R$ 200


Regata Vitor Zerbinato, R$ 168, saia Fernando Frisoni, preço sob consulta. Meia-calça acervo Beleza Diego Américo/Abá Mgt Produção de moda Mariana Bonfanti e Dudu Farias Assistente de fotos Erico Toscano Assistente de produção executiva Liana Haje Tratamento de imagem Leo Vaz Agradecimentos Entreposto, Jardim do Itaim e Quinta da Baroneza


DOSSIÊ RG

O PEQUENO

Tyson Conheça a rotina regrada do antes incontrolável Mike Tyson. “Aprendi a levar uma vida entendiante e adoro”, ele jura POR DAPHNE MERKIN

s dentes cobertos de ouro sumiram, assim como as frenéticas armadilhas da vida de celebridade: festas sem fim, carros, joias, bebidas e o tigre de estimação. Mike Tyson – que já foi viciado “em tudo”, como ele mesmo diz – agora vive em um ambiente totalmente controlado, que ele mesmo criou. O ex-campeão dos pesos pesados, de 44 anos, dorme às 8h da noite e costuma se levantar ainda às 2h da manhã, aí vai caminhar sozinho ouvindo R&B no iPod pelo condomínio fechado, no subúrbio de Las Vegas, onde vive. Tyson, então, lê (é ávido por história, filosofia e psicologia), assiste a filmes de caratê e fica no viveiro da garagem cuidando de seus pombos-correio, até às 6h. É quando sua esposa Lakiha (que chama de Kiki) se levanta. Os dois vão malhar em um spa nos arredores e muitas vezes também fazem uma massagem antes de começar a rotina e cuidar da filha de 2 anos, Milan, e do recém-nascido Morocco. Eles também cuidam da Tyrannic, a empresa de produção do casal. Vivem uma vida intencionalmente discreta enquanto, pessoalmente, cabe à porção sensata do cidadão Tyson a missão de manter sob controle sua faceta selvagem. A impressionante disciplina e empenho que um dia ele usou para prosperar no mundo do boxe, agora está canalizada para o propósito de levar uma existência ordinária, até monótona. Ao contrário de Ozzy Osbourne, que 112


CONTEÚDO THE NEW YORK TIMES MAGAZINE FOTO MARK PETERSON/REDUX

NA COZINHA DE CASA, TYSON ENCARNA O PACATO CIDADÃO AO LADO DA ESPOSA KIKI E DA PEQUENA MILAN

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DOSSIÊ RG

“Eu era insano... Tudo aconteceu rápido demais. Eu sabia como chegar ao topo, só não sabia o que fazer em seguida” escancarou sua rotina pós-rehab na TV, Tyson recusou-se a fazer um reality show, mas aceitou, com gosto, falar de seus pombos, na série Taking on Tyson, desde março exibida no Animal Planet (dos EUA). É impossível não se perguntar se tanto esforço vai durar para sempre. Se é possível remoldar os contornos de uma personalidade simplesmente por um ato de vontade. Mas não há dúvidas de que Tyson se comprometeu com uma renovação geral. Hoje ele passa parte do tempo envolvido em atividades domésticas, e outra promovendo sua carreira pós-boxe, fazendo sessões de autógrafos, e vislumbrando novas oportunidades com seu agente. Ainda que não consiga cachês muito altos na publicidade, ele ganha para “fazer presença” em eventos nos Estados Unidos e na Europa. Também fez uma ponta, memorável, no blockbuster Se Beber Não Case, e estará na continuação, Se Beber Não Case Parte II. Como parte de sua estratégia para se purificar, ele segue uma dieta estritamente vegana há quase dois anos e explica que não quer dentro de si “nada que vá me enfurecer. Nada de alimentos processados, nada de carne”. Diz que não suporta mais o cheiro de carne e que emagreceu 67 quilos desde que se pesou, em 2009, quando tinha 150 quilos. “Aprendi a levar uma vida entendiante e adoro”, declara, parecendo mais determinado do que certo. “Antes eu deixava entrar de tudo em minha vida, e veja só o que aconteceu... Eu vivia rodeado de mulheres, cheio de drogas ao alcance da mão. Um monte de gente à minha volta, pirando, sem controle algum.” A vida que ele criou, quase do nada, nos últimos dois anos foi lapidada tanto pelo que Tyson quer evitar – antigos antros, antigos hábitos, antigas tentações e antigos aproveitadores – quanto pelas coisas que quer abraçar. Uma das poucas ligações entre seu tumultuado passado e seu presente 114

mais calmo são seus pombos. Ele os cria desde que era um menino gordinho de óculos, perseguido, que vivia nos bairros pobres do Brooklyn com uma mãe alcoólatra e com tendência a acessos de raiva. O pequeno Tyson voltou-se para os pássaros tanto como um hobby quanto como uma fuga. Foi em defesa dos pombos que a criança tímida, chamada de “mulherzinha” e “bichinha”, socou alguém pela primeira vez na vida. Anos depois, quando saiu da prisão em 1995 após cumprir pena de três anos pelo estupro de Desiree Washington, foi visitar seus viveiros na região de Catskill Mountains (a noroeste de Nova York). Tyson mantém aves em Las Vegas, Jersey City e Bushwick, e até hoje ele vai visitá-las quando seu humor fica sombrio e agitado. “A primeira coisa que amei na minha vida foi um pombo”, diz. “De uma forma estranha, isso é uma constante em minha sanidade.”

A

primeira coisa que chama a atenção na sala de estar de Tyson é uma cadeirinha de carro de plush roxa, da Disney, sobre uma cadeira. Há também uma mesinha e cadeiras infantis. A casa de estuque branco (comprada do jogador da NBA Jalen Rose, por US$ 1,7 milhões) fica no condomínio Seven Hills e parece ligeiramente desabitada como todo condomínio fechado. A entrada ostenta um lago com carpas e o extenso interior é decorado em um estilo que poderia ser descrito como utilitário (em ameixa, bege e marrom) com toques rococó – há um enorme candelabro contemporâneo, bem como dois espelhos de latão dourado sobre uma lareira envidraçada que orna com os frisos das portas de entrada. Tyson está sentado à minha frente, num sofá de couro preto. Entre nós, uma mesa de centro de vidro sobre um tapete persa. Ele toma chá com mel e mordisca uma

banana. Pessoalmente, sua voz é mais grave e rouca do que parece na TV, e sua figura é muito mais alongada e bem conservada do que se poderia esperar. Ele está com uma camiseta escrito TYSON nas costas e tênis de corrida bem brancos. A cabeça está raspada, e o lado esquerdo de seu rosto ostenta a tatuagem dos guerreiros maori que fez em 2003. Mas ele parece mais tímido do que feroz. À medida que as horas passam, Tyson fica mais à vontade para dizer o que pensa. Autodidata, gosta de discutir personagens sobre os quais leu, desde Alexandre o Grande a Constantino e Tom Sawyer, e tem especial afeição por Maquiavel. Conhece a história do boxe de cabo a rabo, assiste a filmes de Muhammad Ali e outros boxeadores (incluindo a si próprio) quase todas as noites, voltando repetidas vezes para Touro Indomável. Ele gosta de temperar a conversa com frases de efeito: “O maior dos valentões no fundo só quer ser amado”. Mas mantém áreas inteiras de sua vida firmemente isoladas, principalmente os dias de “Kid Dynamite” enraivecido: “Fui louco por um longo tempo da minha vida. Eu era insano mesmo... Tudo aconteceu rápido demais. Eu não entendia a dinâmica na época. Sabia como chegar ao topo, só não sabia o que fazer em seguida”. Pergunto se ele tem algum arrependimento. “Sou jovem demais para isso. Não estou no túmulo ainda”, responde, meio irritado. Durante a entrevista, o telefone não toca nenhuma vez, e o silêncio durante pausas na conversa é quebrado apenas por uma crise de choro ocasional de Morocco ou pela voz de Milan, vinda do segundo andar. “Isso aqui parece uma funerária”, ele deixa escapar, como se estivesse pensando em voz alta. Foi uma das poucas vezes em que se referiu ao que parece ser uma vida de renúncia por opção, aos limites onde ele e Kiki chegaram para manter sua


privacidade livre de qualquer estímulo ou pressão externa. Tudo para preservar uma serenidade um tanto quanto frágil.

FOTOS MARK PETERSON/REDUX E REPRODUÇÃO

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yson sabe muito bem o efeito das más influências, já que foi suscetível a muitas delas na vida. Logo após um breve período de glória no final dos anos 80 – quando era talvez o atleta mais popular do mundo, garoto-propaganda da Pepsi, Nintendo, Kodak e outras – ele começou a ficar fora de controle. Os padrões autodestrutivos, que ficavam sob controle com Cus D’Amato (seu primeiro treinador), vieram à tona de novo, com ajuda e incentivo do promoter de boxe Don King, que persuadiu Tyson a acordar sua fera interior e fazer história (Tyson entrou com uma ação contra King em 1998, alegando que o promoter roubou milhões dele). Outrora uma máquina de fazer dinheiro que valia US$ 400 milhões no auge, Tyson entrou com pedido de falência pessoal em 2003. Tinha US$ 27 milhões em dívidas. Em dezembro de 2006, foi preso no Arizona sob a acusação de posse de droga e por dirigir embriagado, e em fevereiro de 2007 ele deu entrada na Wonderland Center, uma clínica de rehab em Hollywood Hills, para se tratar de vários vícios. Como é próprio de alguém que já foi, alternadamente, idolatrado e demonizado pela imprensa, Tyson é desconfiado em relação ao interesse contínuo do público em sua saga. Ele diz que ser uma celebridade o tornou “desiludido” e que foi preciso nada menos que uma “mudança de paradigma” para que colocasse os pés no chão: “Temos de nos manter fieis àquilo que somos. Sempre fico no meu lugar. Conheço meu lugar”.

Atrás dessa calma deliberada, e de um certo charme, há algo aparentemente perdido em Tyson. Ele fala de si mesmo como um “garotinho” que “nunca teve uma chance para amadurecer”. E acredita que essa carência, durante um período tão crucial de seu desenvolvimento, é o que alimenta seu objetivo de vida atual. “É isso”, resume: “As pessoas simplesmente esperam que você cresça e faça a coisa certa. Têm a expectativa de que você seja capaz de se tornar um ser humano melhor. Mas, quando você vai fazer isso?”. Pergunto se ele sente falta do glamour de sua antiga vida: “Não sou mais aquela pessoa”. Um cético poderia perguntar se esse Tyson mais gentil e suave é apenas mais uma atuação, uma invenção tão deliberada quanto ele alega que sua persona “Iron Mike” invencível era – “um tigre feroz”, diz, “que sai de casa para matar”. Há, de fato, algo de ator em Tyson, preparando-se para o novo papel de homem modesto, um gigante meigo com seus pássaros. Mas há também um tipo de heroísmo nesse esforço para construir uma pessoa mais responsável, deixando para trás décadas de excesso e voltando aos dias disciplinados em Catskills, com Cus D’Amato. Agora, no entanto, o foco não é mais se manter invencível no ringue, nem ser o maior do mundo, mas sim o objetivo mais difuso de manter sua fúria sob controle e tentar dominar seus impulsos selvagens – em vez de deixá-los controlarem sua vida. Com certeza, uma luta e tanto.

À ESQUERDA, EM CENA EM SE BEBER NÃO CASE, NO QUAL FAZ UMA PONTA DE LUXO REPRESENTANDO A SI MESMO. ACIMA, CAMINHA PELA VIZINHANÇA COM O FILHO MIGUEL, A PEQUENA MILAN E A ESPOSA KIKI NO CONDOMÍNIO FECHADO EM QUE VIVE “SEM ESTÍMULOS NEM PRESSÃO”

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Gigi de dar água na boca! A designer de joias Gigi Sih é apaixonada por moda e pela família, mas gosta mesmo é de se arriscar na culinária. Cheia de estilo, viaja o mundo de Nova York a Xangai, e volta sempre com um tempero a mais POR ANTONIO TRIGO FOTOS ROMULO FIALDINI SET DESIGNER TISSY BRAUEN BELEZA CRIS BIATO

loquente talvez seja a palavra exata para definir a designer de joias Gigi Sih. Não são necessários nem dez minutos de entrevista para que ela revele o quanto é cidadã do mundo: acaba de voltar de Nova York e se programa para uma nova ida à China. A paixão pelas viagens é explicável: saiu de São Paulo aos 13 anos para morar com os pais em Atlanta. Retornou quatro anos depois, ficou um único ano em São Paulo e nunca mais parou: já morou na Suíça, na França e nos Estados Unidos. De volta ao Brasil desde 2008, nunca deixou de viajar: só no ano passado foi oito vezes aos Estados Unidos. Por aqui, 116

administra com sucesso a marca de joias que leva seu nome. “Acabei de voltar de um trunk show das minhas joias em Nova York. Gosto de manter isso para um universo pequeno e exclusivo. Mas já penso em me envolver em um novo projeto profissional que ainda não defini, é uma fase de transição”, explica Gigi. Seus últimos anos no Brasil foram brilhantes: aqui ela conheceu o atual marido, Daniel Arippol. E com direito a pedido de casamento no lugar que ela mais ama: o closet. “Foi emocionante porque Daniel é um homem racional e fez o pedido entre as roupas, com a casa inteira decorada por flores,” suspira. Quando ela contou ao agora marido que a cena era similar à vivida por Carrie, personagem de Sarah Jessi-

ca Parker no saudoso Sex and The City, ele ficou encabulado, achando que devia ter pensado em algo diferente. Mas Gigi – que viveu onze anos em Nova York – talvez realmente se pareça com Carrie, não? “Sou um pouco, sim, pois amo moda e falo muito. Mas também sou meio Charlotte (a personagem vivida por Kristin Davis), a comportada, clássica, que ama cuidar da casa.” Pausa na entrevista: o celular toca. Ouve-se Cyndi Lauper, e ela entrega: “Foi ao som de Girls Just Want to Have Fun que joguei o buquê no meu casamento”. As bodas aconteceram em novembro último e, como planejado, reuniram todos os fãs que Gigi fez pelo mundo. Só do exterior vieram 50 convidados, incluindo amigos de outrora, da época da Suíça.



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“O casamento foi uma grande realização. E veio junto de uma boa fase profissional”

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o território neutro suíço, aliás, Gigi foi bem mais Charlotte do que Carrie. Em Glion-sur-Montreux, frequentou a tradicional finishing school Institut Villa Pierrefeu, onde teve aulas de decoração, etiqueta e, claro, culinária. Com poucos meses de casada, é na cozinha que ela exercita seu mais novo hobby. Além de massas e risotos, as mais recentes experiências resultaram em pratos mais light, como peixes e saladas tailandesas. “Só não cozinho melhor que meu irmão, que arrasa sem nunca ter feito um curso”, diz, com os olhos brilhando. O irmão mais novo, Kiko, talvez seja seu grande ídolo e parceiro. Eles já dividiram um apartamento em Nova York e adotaram, juntos, o yorkshire Manolo, hoje fiel escudeiro de Gigi. O período na Big Apple também foi útil para a formação profissional de Gigi: após cursar os dois primeiros anos de Fashion Design na Parsons em Paris, foi para unidade nova-iorquina concluir o curso. Acabou ficando por lá, onde trabalhou no departamento de moda da BCBG e de Marc Jacobs, até “se encontrar” no departamento de joias da Christie’s. E o apelido Gigi? “Meu nome é Giselle, mas só sou chamada assim quando alguém está muito bravo comigo”, gargalha a designer, que também poderia se chamar Gigi pelo célebre filme homônimo de Vincente Minelli, onde a Gigi interpretada por Leslie Caron sempre aparecia com um vestido de cair o queixo. O closet da nossa Gigi é alegre, colorido, e de fazer inveja a muita estrela de cinema: são incontáveis pares Manolo Blahnik, Ferragamo, Miu Miu e Louboutin. As bolsas? Chanel e algumas Birkin, da Hermès, que ela já não usa tanto por considerar que virou uma febre. “Gosto do vintage. A roupa tem que demonstrar a personalidade do dono, não pode ser só um objeto de desejo”, finaliza a moça, que expressa a sua própria com peças de seu estilista favorito, Azzedine Alaïa, ao lado de outras de Balmain, Herve Leger, Dior e Alexander McQueen. Um bom gosto eclético, de quem pode estar em qualquer lugar do mundo.

SAPATOS E CULINÁRIA, DUAS PAIXÕES DA DESIGNER. AO LADO O GUARDA ROUPA DE INVERNO QUE MONTOU NOS ANOS QUE MOROU NO EXTERIOR. ABAIXO O CÃO MANOLO, QUE ADOTOU COM O IRMÃO KIKO QUANDO AINDA MORAVA EM NOVA YORK


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Pingue-Pongue

O CRIADO-MUDO E UMA SAPATILHA DE CASHMERE; À DIREITA, UM VESTIDO ROULAND MOURET CARTEIRAS DA CHANEL E UM MODELO VINTAGE DA DÉCADA DE 40 AS JOIAS QUE DESENHA PARA UM PÚBLICO SELETO FORAM IDEALIZADAS COM A SÓCIA E GRANDE AMIGA DANIA REITER

PRODUÇÃO DE OBJETOS MANUELA FIGUEIREDO AGRADECIMENTOS ARTMIX, BY KAMY, ESPAÇO SANTA HELENA, ESTHER GIOBBI E LE LIS BLANC

Maquiagem: Yves Saint Laurent e gloss By Terry Um segredo de beleza: toda a linha Moroccanoil é fantástica para os cabelos Cosméticos: loção corporal da Botherm e o autobronzeador St. Tropez Perfume: Vetyverio, da Diptyque Uma cidade: Paris Uma viagem: Turquia, fui várias vezes Livro: Brideshead Revisited, de Evelyn Waugh Um filme: Io Sono L’amore, de Luca Guadagnino Uma obra de arte: O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli




FLASHES FOTO RODRIGO SCHMIDT

Tatiana Pilão, com longo incrível da marca, faz a linha voyeur

FLAGRAS DO JANTAR AO REDOR DE LAUDOMIA, A HERDEIRA DA PUCCI


FLASHES

PUCCI TROPICAL

MARIANA E ZECO AURIEMO RECEBEM LAUDOMIA PUCCI PARA CELEBRAR A CHEGADA DA MARCA COM UM JANTAR NO BELO JARDIM DE CASA POR DUDI MACHADO FOTOS RODRIGO SCHMIDT

OS ANFITRIÕES


HERDEIRA DA GRIFE QUE ESTAMPA O JET SET HÁ DÉCADAS, LAUDOMIA FAZ RASANTE EM SÃO PAULO PARA ABRIR A NOVA LOJA NO SHOPPING CIDADE JARDIM


FLASHES

RENATA DE MORAES

MIMOS NA SAテ好A

ANDERSON E MAYTHE BIRMAN

SANDRINE NASS

MARCOS E BETE ARBAITMAN

CHRIS PITANGUY


ROSANE BEHAR E MELISSA MORAES

CARLOS MIELE E ANA GEQUELIN

DENTRE MODELOS ATUAIS OU VINTAGE, REINARAM AS RENDAS, OS AZUIS E O PRETO E BRANCO 127


FLASHES

PAPO SÉRIO NO LIVING

ANNA E SALOMÃO SCHVARTZMAN

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PAULA MORONI


TANIA WAGNER E KIKA RIVETTI

BUONA SERA Laudomia pertence a uma das mais aristocráticas famílias da moda florentina, e é ela quem comanda a marca, sinônimo do jet set imortalizado nas praias e ruas de Capri, St. Tropez, Marbella e Portofino. Afinal, era com os caftans e ensembles chiques Pucci que as ricas e famosas desfilavam para os paparazzi nos anos 50 e 60. O mundo mudou, a marca hoje pertence ao conglomerado LVMH e hoje tem direção criativa de Peter Duntas. Os prints podem não ser mais tão óbvios, mas a magia e o glamour do nome continuam. Isso ficou claro no jantar oferecido a ela na bela casa dos Auriemo, no Jardim América. Em homenagem a Mrs. Pucci, que inaugurou recentemente loja no Shopping Cidade Jardim, o casal recebeu um grupo eclético e elegante. Mulheres de diferentes idades apostaram em modelos vintage ou atuais: a anfitriã Mariana, Maythe Birman, Marina al Makul e Renata Queiroz Moraes eram as mais mais dali. Emilio Pucci, catapultado à fama graças a uma foto de suas roupas de ski, em St. Moritz, publicadas por Diana Vreeland na Harper’s Bazaar há mais de 50 anos, teria ficado feliz com a noite.

TROCA DE...

...FIGURINHAS

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VIDA CONCRETA Muito além de ferro e cimento, a casa projetada por Paulo Mendes da Rocha é uma caixa de surpresas de arquitetura e arte. Uma viagem artsy cheia de boas sacadas POR MARIO BOLZAN FOTOS ROMULO FIALDINI SET DESIGNER TISSY BRAUEN



NA PÁGINA OPOSTA, O CANTO DA SALA DE JANTAR COM PALMEIRA E OBRA DE RICARDO VALENTIM. AO LADO, OBRA DE ESPELHOS DE HENRY KROKATSIS A INSTALAÇÃO DE DAVID BATCHELOR ILUMINA O LIVING

arte original da Mata Atlântica, o bosque que hoje forma o Parque Alfredo Volpi, em São Paulo, é um oásis urbano, quase utópico, no pé da ponte da Cidade Jardim. Jatobás, jacarandás e cedros são circundados pela rua onde o arquiteto e urbanista Paulo Mendes da Rocha escolheu para erguer uma de suas obras na década de 70. Justamente porque ali, em um declive, a casa feita de concreto armado, um oposto ao verde, fica anônima, camuflada para quem passa pelo lado de fora. A construção é de cimento aparente, marca registrada de Mendes da Rocha, e, se encanta os olhos de quem gosta de arquitetura, pode assustar os que esperam um lar acolhedor. Trata-se de um projeto típico da Escola Paulista — desenho limpo, grandes vãos e muito, muito concreto—, e do qual Mendes da Rocha é entusiasta e professor. A presença da mata fechada na vizinhança não é à toa. Dela vêm a brisa, os verdes e a sensação de respiro para o projeto concretista, e é uma grande sacada. Em contraponto à brutalidade dos materiais, a casa respira através de elementos como a água, o verde, o céu. Logo na entrada, seguindo o muro, o paisagismo original e igualmente simples tem três palmeiras majestosas cuidadosamente escolhidas para o espaço.


Cores, texturas, arte e natureza quebram a dureza do concreto. Com esses elementos a casa respira vida No início dos anos 2000, o dono atual (o nome é segredo, ele é super low profile) conheceu a casa, antes ocupada pelo (também) galerista André Millan. Na época, não havia portão, era aberta para a rua e o piso do interior totalmente recoberto por asfalto. Preferiu trocar a cozinha de lugar e, para fazer essas intervenções sem macular a obra, chamou o próprio arquiteto para projetar o portão, trocar o piso por cimento queimado e fazer, no lugar onde antes ficava a cozinha, uma lareira. Dessas ideias surgiram uma amizade e outros projetos conjuntos, inclusive a famosa Galeria Leme. E depois a casa foi preenchida com arte. A namorada, a estilista Isabella Giobbi, trouxe a bossa. Já na garagem, usada como entrada principal, um par de bicicletas fica pendurado na parede. Uma delas, de vime, é obra de Jarbas Lopes. A outra, supercharmosa, é de Paulo Nenflidio. Elas ficam como que ao acaso sobre skates dos filhos do casal. E é essa a regra do jogo: o que parece estar disposto en passant foi meticulosamente planejado para aguçar o olhar de quem visita e revelar, a cada momento, uma surpresa. Funciona. Ali, arte é parte do cotidiano. “Eu consigo enxergar feminilidade no concreto, acho que consegui trazer mais luz para a casa”, explica. Apaixonada por luminárias, Isabella insistiu para que o namorado arrematasse a escultura multicolorida do escocês David Batchelor. Quando acesa, dá um clima alegre ao living. 134

O PINÓQUIO PRESO À PAREDE POR UM PREGO QUASE PASSA DESPERCEBIDO. ABAIXO, A CLÁSSICA CHAIR DE WARREN PLATNER. NA PÁGINA AO LADO, AS BICICLETAS DE JARBAS LOPES E PAULO NENFLIDIO PENDURADAS NA GARAGEM



PAR DE POLTRONAS DE FLÁVIO DE CARVALHO. AS PEÇAS SÃO REFERÊNCIA DE CRIAÇÃO DO MOBILIÁRIO BRASILEIRO

urante o dia, a imensa clarabóia se encarrega dessa tarefa e enche o espaço de luz. Logo abaixo do vidro, a obra de espelhos recortados reflete o céu e as nuvens em constante movimento, arte sobre arte. Do chão, uma escada em semicírculo parece brotar em direção ao mezanino dos quartos. Do lado externo, ela é também de cimento, como todo o resto do ambiente. Mas, do lado de dentro, os degraus foram recobertos por resina branca e parecem o leito de um rio sinuoso. Para ajudar a refletir a luminosidade, uma enorme tela tríptica branca de Sandra Gamarra fica posicionada em um lado estratégico, aliada aos sofás do mesmo tom. A sala de jantar, anexa ao living, tem mesa e cadeiras imponentes de laca preta. Em um dos cantos, desce do teto uma lâmpada cheia de água, peça divertida por si só, mas que Isabella fez questão de ajeitar, acrescentando uma máscara de papel com ares sadomaso. “Essa é uma de nossas preferidas: é 136

super tricky, porque nem acende,” ela ri. Outro contrapeso para a sobriedade é um canto com vão aberto e uma pequena clarabóia onde repousa uma palmeira lindíssima. Afinal, são essas pequenas soluções que fazem com que o fato de a casa aparentemente não ter janelas passe despercebido. A vida está nos detalhes. A lareira (aquela onde antes ficava a cozinha), não funciona para aquecer o inverno: é uma instalação cheia de peças de quebra-cabeças coloridas que fazem as vezes de cinzas. Um caixote de madeira, que um dia transportou uma obra importante, virou mesa lateral para o sofá. Em uma parede, pequinininho, está um mini Pinóquio com um nariz que se enrola em forma de raiz. Ah, e tem as orquídeas coloridas, que Isabella traz toda semana, e os amigos, sempre por ali. A casa, uma viagem artística, é superflexível. Portanto, a visita pode (e deve) ser um passeio muito bem-humorado.

BELEZA CRIS LOPEZ/ABÁ MGT

NA PÁGINA AO LADO, ISABELLA NA SALA DE JANTAR: AO FUNDO, A OBRA DA CHINESA LIN TIANMIAO



The Residence Tunis


Lugares que todo mundo tem chance de conhecer. Alguma chance.

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GUIA

FOTO DAVID BURTON/TRUNK ARCHIVE

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QUE ÍNDIA, QUE NADA. UM ROTEIRO SECRETO DESCOBRE O MUNDO DAS ESPECIARIAS EM PLENA MANHATTAN!



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Anote (e guarde) os endereços!

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POR PALOMA ZARAGOZA

ROTA SECRETA GOURMET MUITO ALÉM DE WALL STREET E DA QUINTA AVENIDA, RG MOSTRA O CAMINHO PARA A BOA GASTRONOMIA

FOTOS RAYMOND MEIER/TRUNK ARCHIVE E DIVULGAÇÃO

N

ova York é a cidade do cosmopolitan no fim da tarde — e no começo dela também. Mas é também o centro das delis judias, restaurantes escondidos atrás de portas minúsculas e, claro, onde há comida, há especiarias. Com a chegada dos imigrantes aos montes, vieram sabores do mundo: kebabs, pastas, curry, dumplings... A cada aroma, NY parece dizer: “Decifra-me ou devoro-te”. Devore-a primeiro, então, e faça um passeio de descobertas. No Soho, vá ao DiPalo, loja que existe desde 1925 e é comandada pelas mãos de Salvattore, o filho do filho do filho... Lá dentro, pequenas joias como creme de aceto branco, orégano selvagem em ramos, manteigas feitas à mão e azeites trufados fazem conjunto a toda a sorte de temperos e molhos italianos. São experts em queijos importados com denominação de origem, então reserve vinte minutos de seu tempo e Salvattore lhe dará uma breve aula e alguns samples de seus queijos, como ou um gorgonzola dulce curtido no vinho. A The Meadow é uma loja especializada em sais. Sabe o que isso significa? Que o seu conceito de “sal lebre” já era. Eles são dividi-

dos por finalização, aromatizantes... Você irá se perder por horas entre alguns excêntricos como pinot noir (receita secreta), defumados — que acreditem, combina com melancia, frutados, em flocos, em infusões... Além disso, chocolates gourmets e uma tábua feita de sal bruto te farão ceder aos encantos. If the salt bug bites you, compre o livro Salted, escrito por Mark Bitterman (suspiros a parte) um dos sócios e amantes do ouro branco. Em Little Índia, fica a Foods of India, uma loja lotada de produtos importados indianos. Dentre temperos e cremes de beleza, o mais bacana deles são os chutneys. O Lime Sweet Pickle ou o Turmeric Chutney fazem o passeio valer a pena. Nem ligue para o mau humor dos atendentes: compre Methi Khakhra (biscoito indiano) ou comece uma coleção de curries. Para finalizar o roteiro, vá ao Truffette Aka SOS Chef, loja de especiarias francomarroquina onde é possível encontrar trufas negras, cogumelos japoneses e temperos sortidos. Não vacile nos cosmopolitans, a loja (que abastece grandes cozinheiros in town) fecha cedo, às 4 da tarde.

FOODS OF INDIA CHUTNEYS MARAVILHOSOS

121 Lexington Ave. 28th St. 212 683-4419

THE MEADOW VARIEDADES DE SAIS

523 Hudson Street 212 645-4633

EM HARMONIA

Quintessência da região de Cahors, na França, o Domaine de Lagrézette Cuvée Dame Honneur 2003 acaba de desembarcar no Brasil. O malbec é a menina dos olhos de Alain Dominique Perrin — dono da Cartier que dirige também o poderoso conglomerado de luxo Richemont. www.decanter.com.br.


GUIA

DESTINO POR DUDI MACHADO FOTOS PHILIPPE KLIOT

O PARAÍSO É AQUI CENTRO ARTÍSTICO, BOTÂNICO E ARQUITETÔNICO MAIS COMPLETO DO PAÍS, INHOTIM É UM BANHO DE CULTURA PARA CORPO E ALMA

L

ocalizado no pequeníssimo município de Brumadinho, a uma hora de Belo Horizonte, Inhotim é um misto de museu a céu aberto com jardim botânico e arquitetônico: poderia ser definido como os Jardins Suspensos da Babilônia no século 21. E provoca emoções até no mais blasé dos visitantes. Passada a entrada, o visitante só precisa manter os olhos atentos. O calçamento, que forma um mosaico perfeito com pedras raras brasileiras, já denuncia um pouco do que está por vir. Diversos pavilhões, cada um com seu próprio conceito arquitetônico, dedicado a um único artista e suas obras. Tudo entremeado pelo maior jardim botânico da América Latina, projeto do mestre Burle Marx, iniciado há mais de 30 anos e que continua a crescer harmoniosamente, ano após ano.

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Nosso editor especial Dudi Machado


ROTEIRO

Para comer, se hospedar e ler

Na página ao lado, a incrível galeria de Adriana Varejão e a obra espelhada de Olafur Eliasson. Acima, esferas de Yayoi Kusama. À direita, prédio da True Rouge e, à esquerda, escultura de Edgard de Souza

COMIDA CASA DE ABRAHÃO

Localizado numa região de rara beleza nos arredores de Inhotim o melhor da cozinha árabe preparado pela família Abrahão. www.casadeabrahao.blogspot.com

HOSPEDAGEM POUSADA FAZENDA NOVA ESTÂNCIA

“A VISITA É PROGRAMA PARA SE FAZER A SÓS, A DOIS OU EM GRUPO. O IMPORTANTE É FAZÊ-LO SEM PRESSA” Dedicado exclusivamente à arte contemporânea, o acervo de Inhotim abriga mais de 500 obras dos maiores expoentes da cena nacional e internacional. Tunga, Cildo Meireles, Helio Oiticica, Matthew Barney, Adriana Varejão, Chris Burden, Janett Cardiff e muitos outros fizeram da instituição sua morada e, uma vez instalados, ficam permanentemente. A visita é programa para se fazer a sós, a dois ou em grupo. O importante é fazê-lo sem pressa para poder desfrutar de tudo, até sentar em um dos belíssi-

mos bancos esculpidos em troncos gigantes de Hugo França e deixar as horas passar. Um fim de semana é o tempo ideal. A organização e infraestrutura têm padrões suíços. São 400 funcionários que cuidam até dos vasinhos de flores frescas das mesas. Dois ótimos (e despretensiosos) restaurantes oferecem comida caseira com charme, tempero e hospitalidade do interior mineiro. Coloque Inhotim em sua lista de prioridades. O paraíso é aqui na terra mesmo. www.inhotim.org.br

É a pousada com localização mais próxima à Inhotim. Serviço e hospitalidade caseiros são um charme a mais. www.pousadafazendanovaestancia.com.br

LIVRO ATRAVÉS: INHOTIM CENTRO DE ARTE CONTEMPORÂNEA

Através é o primeiro livro da coleção de arte de Inhotim, vendido com exclusividade na loja do próprio museu. 145



DOIS DRINQUES À BASE DE RUM Criações do mestre Derivan GATUN CLÁSSICO PANAMENHO

• 50 ml de rum Zacapa 23 • 10 ml de xarope de baunilha Kaly • 20 ml de aperitivo Lillet Blanc • Um palito de cana de açúcar Mexa os ingredientes em um mixing glass com 6 pedras de gelo, depois coe e sirva numa taça de martini bem gelada. Decore com o bastão de cana

DESTINO POR KIKE MARTINS DA COSTA

FOTOS RAPHAEL BRIEST E DIVULGAÇÃO

A

VIVA ZACAPA!

da em tonéis de carvalho final, de onde vem o me- RUM FEITO NA GUATEMALA utilizados na produção de lhor rum do CHEGA AO BRASIL COM A uísques Tennessee. Passaplaneta? Para muitos FAMA DE SER A FERRARI dos alguns anos, o rum experts, Cuba ficou DESSE TIPO DE DESTILADO vai para barricas usadas por vinhos espanhóis e para trás e agora a prijerez. Por fim, descansa em tonéis de carvamazia é de Jamaica, Martinica, Haiti, Barlho francês que já guardaram conhaque. bados e República Dominicana. Cada uma dessas etapas aumenta a comPara apimentar ainda mais a discussão, chega plexidade de sabores e aromas do produto este mês ao Brasil o rum superpremium Zacafinal, e o resultado é um rum rico, de cor pa, produzido na Guatemala, com característiâmbar e um paladar suave e persistente. cas que a destacam de suas “hermanas”: enO Zacapa é ideal para ser consumido quanto todos os outros runs são feitos a partir puro, ao final da refeição, na compado melaço (um subproduto da indústria açucanhia de um puro charuto cubano, mas reira), o Zacapa é obtido a partir do mel virgem também pode ser usado na elaborade cana, um concentrado do puro caldo resulção de coquetéis, como ensina o mestante da moagem dos toletes de cana. Outro tre Derivan de Souza, bar-chef do diferencial é o processo de envelhecimento: paulistano Bar Número, nos Jardins. primeiro a bebida recém-destilada é armazena-

PLAYA BONITA MOJITO COM ABACAXI

• 50 ml de rum Zacapa 23 • 3 cubos de abacaxi • 6 folhas de hortelã • uma colher de bar de açúcar • água com gás para completar Em um copo long drink, macere com um pilão o abacaxi, o açúcar e as folhas de hortelã. Adicione gelo picado, o rum e complete com a água gasosa. Misture e finalize com um ramo de hortelã e um cone de abacaxi na borda 147




HORÓSCOPO

CLIMA DE ROMANCE NO AR

MUITOS PLANETAS NO SIGNO DE TOURO INDICAM QUE ESTAREMOS EM SINTONIA FINA COM O ELEMENTO TERRA, QUE NA ASTROLOGIA ESTIMULA A ENERGIA DO TRABALHO, REALIZAÇÕES COM BONS RESULTADOS, EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE. PARA OS TAURINOS, SERÁ UM PERÍODO EXCELENTE PARA NOVOS ENCONTROS, CLIMAS ROMÂNTICOS E, QUEM SABE, ALGUMA PAIXÃO IMPOSSÍVEL, MAS COM FINAL FELIZ! POR TEREZA KAWALL

ÁRIES 21 Março – 20 Abril

Até os meados deste mês, Vênus e Mercúrio em seu próprio signo estão impulsionando sua vida amorosa e sobretudo uma boa comunicação com o seu parceiro. Você pode iniciar uma fase mais pacífica e, assim, trate de deixar tudo em pratos limpos, pois o clima de ciúmes e controle nunca fez bem a ninguém.

GÊMEOS 21 Maio – 20 Junho

Depois de uma fase de vida social acelerada, este mês deve se definir como um período de mais reflexão e ponderação. É hora de deixar as coisas fluírem naturalmente, de acordo com o ritmo das pessoas e do que é possível. Atenção com a saúde: invista em frutas, saladas e alimentos leves, bons para desintoxicar.

CÂNCER 21 Junho – 22 Julho

Mercúrio, que representa a comunicação, e Vênus, que representa a emoção e afeto, estão lado a lado no céu deste mês. O período é positivo para a assimilação de novas ideias e para a compreensão de que afinal o amor tem, sem dúvida, várias faces. E a família, que é o seu porto seguro, lhe dará a proteção que precisa.

LEÃO

150

de superar as contrariedades e de se encantar com oportunidades amorosas que possam surgir. As decepções nos tornam mais fortes e flexíveis, e o exercício de perdoar e esquecer só faz bem!

pliando sua eficiência e criatividade. O importante agora é solidificar as novidades e não partir para investimentos muitos caros e grandiosos. Seus bons aliados serão o discernimento e uma ação justa e moderada.

VIRGEM

CAPRICÓRNIO

23 Agosto – 22 Setembro

22 Dezembro – 20 Janeiro

Início de um ciclo de confiança e amor próprio. Nada como a sensação de que o universo está a seu favor e de que os caminhos estão abertos. O conhecimento espiritual ou filosófico, e as práticas de meditação, darão um upgrade em sua vida.

As possíveis dificuldades da vida amorosa já estão terminando, iniciando um ciclo mais animado e criativo. Delicadeza das palavras é um exercício valioso, que denota a sua crescente maturidade. Há uma ótima fase, entre 16 e 26 de maio, para a vida social e cultural.

LIBRA 23 Setembro – 22 Outubro

AQUÁRIO

Interatividade é a palavra deste mês, especialmente para quem privilegia o equilíbrio de tudo e todos. Porém, esse bem estar exige boa dose de conhecimentos estratégicos e determinação. Assuma as rédeas de sua vida, não deixe a sua felicidade na mão dos outros!

21 de janeiro a 19 de fevereiro

ESCORPIÃO 23 Outubro – 21 Novembro

Neste mês seu potencial criativo e transformador está em alta, e esta energia se reflete tanto no trabalho como na forma de encarar a vida. Uma vez que pensamento é energia, aquilo que desejar chegará para você.

23 Julho – 22 Agosto

SAGITÁRIO

Deixe de lado o julgamento mais severo das coisas e pessoas. Essa será a forma

22 Novembro – 21 Dezembro

O Sol ilumina seu setor de trabalho, am-

Ainda que encontre alguma divergência de opiniões ou rupturas entre você e seus amigos, siga em frente. É impossível agradar a todos! As mudanças positivas que esperava em seu trabalho já estão a caminho. Acredite nas suas potencialidades e na sua intuição que você vai se surpreender consigo mesmo!

PEIXES 20 de fevereiro a 20 março

Período auspicioso para focar e se concentrar em seus projetos intelectuais e profissionais. O bom humor e a espontaneidade sempre abrem caminho em meio às adversidades do cotidiano. Deixe o medo e a negatividade em casa, confie mais em seus talentos, ouse, seja mais interessada e interessante!

FOTO ANTONIO DE MORAES BARROS FILHO/ WIREIMAGE E DIVULGAÇÃO

TOURO 21 Abril – 20 Maio Certamente você terá motivos para se orgulhar de seus feitos e conquistas neste período. Marte, Mercúrio e Vênus próximos aumentam a sua autoestima, então nada de ficar na retaguarda amorosa. A dica é: relaxe, dance, cante, namore, usufruindo o melhor da vida. A felicidade é, antes de mais nada, um estado de espírito! RAQUEL ZIMMERMANN, taurina estonteante, que o diga. Anel A pedra do mês é a esmeralda. Dryzun


Onde

ENCONTRAR MODA

284, AV. CHEDID JAFET, 131, TEL. (11) 3841-4555, SP. ALEXANDRE HERCHCOVITCH, R. HADDOCK LOBO, 1.151, TEL. (11) 3063-2888, SP. BO.BÔ, R. HADDOCK LOBO, 1.702, TEL. (11) 3081-0469, SP. CAMILA KLEIN, TEL. (11) 5189-4908, SP. CORI, AV. BRIG. FARIA LIMA, 2.232, SHOP. IGUATEMI, TEL. (11) 3038-2524, SP. CRIS BARROS, TEL. (11) 3082-3621, SP. D&G, AV. BRIG. FARIA LIMA, 2.232, SHOP. IGUATEMI, TEL. (11) 3815-8387, SP. DASLU, AV. CHEDIDT JAFET, 131, TEL. (11) 38414000, SP. DUZA, R. PEIXOTO GOMIDE, 1.787, TEL. (11) 3063-0523, SP. ELLUS, R. OSCAR FREIRE, 990, TEL. (11) 30612900, SP. EMPÓRIO NAKA, R. BANDEIRA PAULISTA, 662, TEL. (11) 3079-9905, SP. ESPAÇO FASHION, AV. ROQUE PETRONI JR., 1.089, TEL. (11) 5181-2334, SP. FORUM, R. OSCAR FREIRE, 916, TEL. (11) 30628007, SP. FRATTINA, RUA OSCAR FREIRE, 588, TEL. (11) 3062 3244, SP. GANT, R. BELA CINTRA, 2.203, TEL. (11) 3083 3574, SP. HECTOR ALBERTAZZI, TEL. (11) 2292-9178, SP. LENNY E CIA, R. OSCAR FREIRE, 789, TEL. (11) 3085-8361, SP. LOOL, AV. BRIG. FARIA LIMA, 2.232, SHOP. IGUATEMI, TEL. (11) 3037-7244, SP. MARIA MADU, R. MELO ALVES, 227, TEL. (11) 3667-9680, SP. MIXED, AV. BRIG. FARIA LIMA, 2.232, SHOP. IGUATEMI, TEL. (11) 3031-7268, SP. MY SHOES, AV. ROQUE PETRONI JR., 1.089, TEL. (11) 5181-3269, SP. RENNER, AV. ROQUE PETRONI JR., 1.089, TEL. (11) 2165-2800, SP. ROCKSTTER, R. DA CONSOLAÇÃO, 3.350, TEL. (11) 3088-5296, SP. ROXANE DREAMS, AL. LORENA, 1.635, TEL. (11) 3088-4292, SP. SCHUTZ, R. OSCAR FREIRE, 944, TEL. (11) 4508-1499, SP. SHOP 126, AV. ROQUE PETRONI JR., 1.089, TEL. (11) 5181-1372, SP. STUDIO TMLS, R. MELO ALVES, 549, TEL. (11) 3063-5352, SP. TALIE NK, R. SARANDI, 34, TEL. (11) 3897-2600, SP. TVZ, AV. ROQUE PETRONI JR., 1.089, TEL. (11) 5181-4070, SP.

JOIAS

ACESSORIZE, TEL. (11) 3061-5136, SP. ANA TINELLI, TEL. (11) 3842-1150, SP. ANTONIO BERNARDO, TEL. (11) 3083-5622, SP. CAMILA KLEIN, TEL. (11) 3884-4503, SP. CARTIER, TEL. (11) 3081-0051, SP. EMAR BATALHA, TEL. (11) 3081-4529, SP. H.STERN, SAC 0800 022 7442.

JACK VARTANIAN, TEL. (11) 3097-8693, SP PANDORA, TEL. (11) 3081-3301, SP. SILVIA FURMANOVICH, TEL. (11) 3552-1460, SP. TALENTO, TEL. (11) 3081-9000, SP. VIVARA, SAC 0800 7744 999.

BELEZA

AVON, SAC 0800 708 2866. B SIDE, SAC (11) 3031-2878, SP. CONTÉM 1G, SAC (11) 3660-0378, SP. DIOR, SAC 0800-170506. GIVENCHY, SAC 0800-170506. IMPALA SAC 0800 5412595 INNEOV SAC 0800 727 4412 L’OREAL PROFESSIONNEL SAC 0800 7017237 MAC, SAC 0800 772 2777. MOROCCANOIL SAC 0800 8889091 YES COSMÉTICOS, SAC. 0800 970-0444

PERSONAGEM

AMERICAN APPAREL, R. OSCAR FREIRE, 433, TEL. (11) 3894-3888, SP. CORELLO, R. OSCAR FREIRE, 935, TEL. (11) 30612115, SP. DIANE VON FUSTENBERG, AV. BRIG. FARIA LIMA, 2.232, SHOP. IGUATEMI, TEL. (11) 3034-4720, SP. DOC DOG, AV. BRIG. FARIA LIMA, 2.232, SHOP. IGUATEMI, TEL. (11) 3031-2444, SP. LIA SOUSA, R. PEIXOTO GOMIDE, 1.801, TEL. (11 ) 3062-3877, SP. MIELE, AV. MAGALHÃES DE CASTRO, 12.000, SHOP. CIDADE JARDIM, TEL. (11) 3488-1301, SP. TRASH CHIC, R. CAPITÃO PRUDENTE, 223, TEL. (11) 3815-3202, SP.

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AREZZO, R. OSCAR FREIRE, 808, TEL. (11) 30818594, SP. BIANCA RANUCCI, R. OSCAR FREIRE, 236. TEL. (11) 3083-7805, SP. BRECHÓ MINHA AVÓ TINHA, R. ITAPICURU, 760, TEL. (11) 3865-1759, SP. CHRISTIAN LOUBOUTIN, AV. BRIG. FARIA LIMA, 2.232, SHOP. IGUATEMI, TEL. (11) 3032-0233, SP. COLCCI SAC (47) 3247-3000, SC. CORELLO, R. OSCAR FREIRE, 935, TEL. (11) 30612115, SP. CRIS BARROS, R. VITORIO FASANO, 85, TEL. (11) 3082-3621, SP. D&G, AV. BRIG. FARIA LIMA, 2.232, SHOP. IGUATEMI, TEL. (11) 3323-3560, SP. DASLU, R. CHEDID JAFET, 131, TEL. (11) 3841-4000, SP. DIFERENZA, AL. FRANCA, 1.332, TEL. (11) 30613437, SP DOPPING, R. OSCAR FREIRE, 587, TEL. (11) 30642600, SP. ELLUS, R. OSCAR FREIRE, 990, TEL. (11) 30612900, SP. FORUM, R. OSCAR FREIRE, 916, TEL. (11) 30856269, SP.

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MODA LAURA DIVA

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Despida de vulgaridade. Cober ta de inteligĂŞncia. STATUS. Uma revista para homens. Mas que tambĂŠm pode ser lida e apreciada pela mulher.


Nas bancas

Ensaios fotográficos, cultura, badalação, perfis, moda, toys for boys, viagem, esporte, gastronomia e comportamento. STATUS. Despida de ingenuidade. Coberta de inteligência. Uma revista para homens. revistastatus.com.br

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HAPPY END

ÀS

COMPRAS! O “shopping bag” é o elemento divertido que faltava para quebrar a rotina, pena que de poucas. Aprecie o mimo oferecido por Laudomia Pucci às suas convidadas em São Paulo e inspire-se! FOTO VALENTINO FIALDINI

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