'1917'

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GRANDE SÃO PAULO, QUINTA-FEIRA, 23 DE JANEIRO DE 2020 www.metrojornal.com.br

{CULTURA}

‘1917’ renova a trama de guerra em ação sem cortes Estreia hoje. Drama consagrado no Globo de Ouro e indicado a dez categorias no Oscar chega aos cinemas. Dirigido por Sam Mendes, traça corrida contra o tempo na vida de dois soldados na Primeira Guerra Mundial Concebido como se fosse um longo plano-sequência, “1917”, dirigido por Sam Mendes (“Beleza Americana”), ganhador dos prêmios de melhor filme de drama e melhor direção no Globo de Ouro, estreia hoje nos cinemas brasileiros cercado de expectativas. Mas o que mais uma história de guerra pode ter de tão especial?, alguns poderão pensar. E é justamente numa experiência cinematográfica imersiva que o diretor triunfa, beneficiando-se das memórias de seu avô e outros nomes que serviram na Primeira Guerra Mundial para construir um épico visceral. “1917” aborda a corrida de dois jovens soldados britânicos no auge da guerra, interpretados por George MacKay e Dean-Charles Chapman. Eles recebem

Épico visceral foi parcialmente inspirado nas experiências do avô do diretor | UNIVERSAL/DIVULGAÇÃO

uma missão aparentemente impossível: cruzar o território inimigo, lutando contra o tempo, e entregar uma mensagem que pode salvar as vidas de 1.600 soldados, inclusive a do irmão

de um deles. Nessa jornada, a plateia acaba por ser conduzida junto aos soldados como testemunha próxima e absorvendo a tensão do conflito. “Como a maioria das his-

Morre criador do Python ‘Karatê Kid’

Das telas à Broadway

“Karatê Kid”, o clássico filme de sessões da tarde, vai virar musical. O roteirista Robert Mark Kamen, autor do original, está adaptando o enredo para a Broadway. Amon Miyamoto, o primeiro japonês a dirigir um musical na Broadway, comandará a montagem. O longa-metragem de 1984 trouxe como protagonistas Ralph Macchio (Daniel Larusso) e Pat Morita (Sr. Miyagi). Teve três sequências e uma nova versão, com Jackie Chan e Jaden Smith, em 2010.

Terry Jones, um dos fundadores do grupo de comédia britânico Monty Python, morreu ontem aos 77 anos. Nascido no País de Gales, Jones também foi diretor de cinema e historiador. Ele participou de séries e filmes com a trupe Python, incluindo “Monty Python em Busca do Cálice Sagrado” e “A Vida de Brian”. Em 2016, foi diagnosticado com demência frontotemporal, um distúrbio neurológico res-

ponsável por 10% dos casos de demência. Ao lado de Eric Idle, John Cleese, Michael Palin, Graham Chapman e Terry Gilliam, formou o Monty Python, cujo humor anárquico revolucionou a comédia britânica a partir de 1969, quando foi ao ar o primeiro dos 45 episódios da série cômica “Monty Python’s Flying Circus”, com piadas que não perdoavam da política à filosofia,

do marxismo ao esporte, do chá das cinco à morte. O Monty Python logo inaugurou um modelo de humor que inspirou tanto programas como “Saturday Night Live” nos EUA como o “Casseta & Planeta Urgente!”, no Brasil. Os Pythons passaram a ser venerados até mesmo pelos Beatles, que paravam os ensaios, a pedido de Paul McCartney, no momento em que o programa era transmitido. METRO

Estreias no cinema

Um Espião Animal [Spies in disguise, Estados Unidos, 2019], de Nick Bruno, Troy Quane (Disney). Gênero: animação. Elenco: Tom Holland, Will Smith. Classificação: 10 anos O superespião Lance Sterling e o cientista Walter Beckett são completamente opostos. Mas quando algo inusitado acontece, terão que confiar um no outro.

Adoniran, meu Nome é João Rubinato

O Melhor Verão das Nossas Vidas

[Brasil, 2019], de Pedro Serrano (Pandora Filmes). Gênero: documentário. Elenco: Adoniran Barbosa, Carlinhos Vergueiro, Eduardo Gudin. Classificação: 12 anos Vida e obra do maior nome do samba paulista, autor de sucessos como “Trem das Onze” e “Saudosa Maloca”, por meio de seu acervo pessoal.

[Brasil, 2019], de Adolpho Knauth (Galeria Distribuidora). Gênero: comédia. Elenco: Giulia Nassa, Bia Torres, Laura Castro. Classificação: Livre Três amigas são aprovadas para participar da final de um famoso festival de música, mas descobrem que estão de recuperação na escola.

tórias de guerra que eu admirava, quis criar uma ficção baseada em fatos”, explica o diretor. O avô de Sam Mendes, Alfred H. Mendes, tinha 19 anos em 1917. Devido à sua baixa estatura,

1,62m, foi escolhido para ser mensageiro no front. A névoa sobre a Terra de Ninguém — território não reivindicado entre as trincheiras que nenhum dos lados atravessava por medo de ser atacado — ficava a cerca de 1,68m de altura. Então, o truque de Alfred era transportar mensagens lateralmente de um posto a outro. “Houve um período em que os britânicos não sabiam se os alemães haviam recuado. Estavam perdidos em terras que nunca tinham visto antes, a sós naquela terra desolada cheia de atiradores, minas terrestres e fios de detonação”, resume o cineasta sobre como chegou à linha narrativa. EDUARDO RIBEIRO

METRO SÃO PAULO

Comédia. Bruno Aleixo, famoso na web, vira filme Personagem cômico e famoso no YouTube, inclusive hit na web brasileira, o português Bruno Aleixo ganha seu próprio filme, a partir de hoje nos cinemas. Na trama, Bruno, um cachorro shi tzu com aspecto de urso ewock e comportamento humanizado, decide escrever uma autobiografia e se reúne com os amigos, para que eles lhe deem ideias para o texto. “O Filme do Bruno Aleixo”, dirigido pelos próprios criadores João Moreira e Pedro Santo, recorre à metalinguagem envolvida no processo de criação de um outro filme. Para isso, fazem Bruno convocar uma espécie de reunião de brainstorming nonsense com os colegas: o Homem do Bussaco (monstro peludo, tipo Chewbacca), Busto (um busto de Napoleão) e Renato Alexandre (inspirado em “O Monstro da Lagoa Negra”). No longa a ser produzido, o cachorro, dublado por João Moreira, é vivido pelo ator português Adriano Luz (“Mistérios de Lisboa”). A adaptação cinematográfica ainda traz no elenco a par-

O hilário personagem, que agora quer ser cineasta | VITRINE/DIVULGAÇÃO

ticipação de Rogério Samora, José Neto, José Raposo, João Lagarto, Manuel Mozos, Fernando Alvim, David Chain Ribeiro e Gonçalo Waddington. “O filme continua a ter como referências as pequenas coisas do cotidiano, mas centra-se mais no imaginário comum do cinema do que propriamente no imaginário comum popular português”, diz Moreira. O Sr. Aleixo, que já participou do Choque de Cultura e cobriu a Copa do Mundo no Brasil para o canal RTP, da TV portuguesa, tem tudo para aumentar o seu sucesso por aqui. METRO


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