Fazer mais gastando menos
causas e consequências da baixa produtividade da economia brasileira
A frase, dita em 1994, nunca esteve tão atual. O fato é que a baixa eficiência na produção, que representa uma barreira para a expansão da economia nacional há décadas, tem se agravado nos últimos anos, segundo o Observatório da Produtividade do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
Em 2021, um funcionário da agropecuária produzia R$ 18,60 por hora laboral. Em 1995, eram R$ 4,30.
A produtividade da indústria caiu de R$ 38,80 para R$ 36,60, no mesmo período.
Por outro lado, ficou estagnada no setor de serviços – o maior empregador do País e responsável por cerca de 70% das horas trabalhadas –, saindo de R$ 33,50, em 1995, para R$ 37, no ano passado.
Rendimento do trabalhador brasileiro em comparação ao norte-americano
DÉCADA DE 1980: 46,1% 2021: 25,5%
DESAFIOS PARA ELEVAR A PRODUTIVIDADE NO BRASIL
Melhorar os índices de qualificação do trabalhador e formação de mão de obra.
Reduzir a burocracia nos processos de formalização e desenvolvimento dos negócios.
Garantir mais segurança jurídica, sem alteração frequente de regras.
Reduzir e simplificar a carga tributária.
Melhorar a infraestrutura precária.
Aumentar o investimento em pesquisa e desenvolvimento.
O QUE ESPERAR?
O Conference Board, instituição de referência em análises de eficiência produtiva, prevê que, em 2022 , a produtividade mundial continue estagnada, com queda nas economias avançadas (- 0 , 2 %) e pequena elevação nas emergentes ( 0 , 2 %).
Para o Brasil, a previsão é de queda de 2 , 3 %, refletindo a combinação de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e forte recuperação das horas laboradas.
O QUE A FECOMERCIO-SP PENSA?
> A Reforma Trabalhista contribuiu para um ambiente mais favorável, possibilitando novas modalidades de contrato e simplificação das regras.
> Ainda é necessário que a legislação evolua para prever novas formas de contratação, mantendo os critérios de proteção de seguridade e autonomia das partes.
> O que se espera é a continuidade da evolução da legislação, para modernizá-la e adaptá-la às necessidades da sociedade atual.
> Falta mais direcionamento de recursos aos ensinos fundamental e de segundo grau técnico e profissionalizante. Além disso, os currículos escolares devem contemplar especificidades regionais dentro de uma base unificada mínima.
Em reportagem dedicada ao tema, a revista Problemas Brasileiros analisa aspectos relacionados à baixa eficiência competitiva, tão prejudicial à economia nacional.
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