Entrevista Lucas Silveira | Fresno

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

entrevista

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Lucas Silveira

Vocalista e guitarrista do Fresno

“Foi o primeiro disco que a gente compôs como adultos” O Fresno manifesta a vontade de se diferenciar entre as bandas de sua geração desde “Redenção” (2008). Mas somente agora a nova proposta, menos doce e mais enérgica, fica clara. “Revanche”, o novo disco, traz instrumental mais grave e pesado, como conta Lucas, vocalista da banda. Para ele, isso é apenas reflexo do amadurecimento. eduardo ribeiro O que levou a banda a investir no instrumental mais pesado? Acho que sempre tivemos músicas pesadas, só que agora o som retrata o nosso próprio amadurecimento. Esse é o nosso quinto disco e, quando começamos, éramos bem mais novos. Quisemos valorizar os teclados e as guitarras na produção e fazer um disco com riffs de guitarra e pianos inspirados em Queen e Elton John. Já a bateria tem

referências do hard rock de nomes como Mötley Crüe e Kiss. Por que esse nome, “Revanche”? Pode ter vários significados. A música fala sobre uma pessoa sendo abusada por outra. Mas, no quesito musical, é nosso retorno com uma pegada ainda mais rock. A juventude hoje não tem referências de rock, e a nossa geração ainda pegou o Nirvana, o Metallica...

Mesmo bandas como Green Day, Foo Fighters e Muse são alternativas no Brasil. As músicas estão mais reflexivas? Estão mais sóbrias, e o visual black reflete isso. Esse foi o primeiro disco que a gente compôs e escreveu como adultos. Como foi a concepção do álbum? Acho que existe uma confiança da gravadora

Da esq. para a dir., Rodrigo Tavares (baixo), Bell Ruschel (bateria), Lucas Silveira (guitarra e vocal) e Gustavo Mantovani (guitarra) divulgação

nesse disco. O produtor Rick Bonadio nos ajudou a escolher os timbres e organizar as mil texturas diferentes. Foi um trabalho complexo. Extrapolamos até

os canais. Agora é o momento de mostrar mais do que já mostramos, pois existem bandas fazendo aquilo que a gente fazia no começo. Algumas pesso-

as que escutaram as demos duvidaram que as músicas iriam para as lojas, mas acho que conseguimos encontrar um equilíbrio entre o pop e o alternativo.

Skate é cultura

Duas mostras destacam a cultura que vem das ruas “Transfer – Arte Urbana e Contemporânea. Transferências e Transformações”, no Pavilhão das Culturas Brasileiras (Parque Ibirapuera, portão 10, tel. 5083-0199). De ter. a dom., das 9h às 18h. Até 12/9. Grátis. “Destroy and Create”, na Matilha Cultural (rua Rego Freitas, 542, Centro, tel. 32562636). Ter. a sáb., das 12h às 20h. Estreia dia 6/8. Grátis.

lucas lima/mtv

Se hoje o Brasil é potência mundial no skate, nada mais natural que frequentemente a agenda cultural destaque o esporte. Entre julho e agosto, duas exposições abordam o tema. Em “Transfer” (foto), que já estreou, skatistas fazem performances como parte de uma exposição que contempla o trabalho de 500 artistas, vindos de diferentes países. Entre os destaques internacionais está Shepard Fairey, que ganhou notoriedade por uma famosa estampa de ca-

miseta com a rosto de Obama, febre durante sua campanha para a Presidência dos Estados Unidos. Do Brasil, espaço para Herbert Baglione, OSGEMEOS, Titi Freak, entre outros. Já em “Destroy and Create”, que estreia em 6 de agosto, a abordagem mostra como o skatista se relaciona com a cidade. O destaque é a instalação “Vênus”, que possibilita a realização de manobras. Ao fim da mostra, a obra migra para uma praça para a felicidade dos adeptos das rodinhas.


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