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GRANDE SÃO PAULO, QUINTA-FEIRA, 6 DE FEVEREIRO DE 2020 www.metrojornal.com.br
{CULTURA} As lutadoras mais temidas de Gothan entram em cena
JOÃO MOREIRA Conversamos com um dos criadores do personagem cômico português Bruno Aleixo, em cartaz nos cinemas
Arlequina e sua gangue IMAGENS/DIVULGAÇÃO
Série
Marilyn Monroe
Os meses finais da vida de Marilyn Monroe, atriz, modelo e cantora americana que morreu em 1962 aos 36 anos, serão tema de uma série de TV. Ainda sem previsão de lançamento, remonta ao livro “Os Últimos Anos de Marilyn Monroe”, escrito por Keith Badman. Os direitos foram adquiridos em 2017 pela Seven Seas.
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Sem dúvida, os fãs do universo DC Comics ficaram contentes com a chegada de “Esquadrão Suicida” ao cinema, em 2016, mas foi certamente a performance de Margot Robbie que roubou a cena. Elogiada pelos críticos por sua poderosa interpretação de Arlequina na tela grande, a vilã agora retorna para contar sua própria história em “Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa”. A ação, que estreia hoje no país, mostra sua transformação após ter rompido o relacionamento com o Coringa e abandonado o Esquadrão Suicida. Em “Aves de Rapina”, Arlequina reúne sua própria gangue feminina para enfrentar Roman Sionis (Ewan McGregor), o vilão mais narcisista e nefasto de Gotham,
Estreia hoje. A vilã das HQs retorna à tela grande como protagonista e seu braço direito, Zsasz. Eles visam uma garota chamada Cass e viram a cidade de cabeça para baixo à sua procura. Os caminhos de Arlequina, Caçadora, Canário Negro e Renee Montoya se cruzam, e o quarteto se vê sem escolha além de se unir para derrotar Roman. O filme também explica o relacionamento tóxico que ela teve com o Coringa. Arlequina e suas comparsas tocam o terror em Gothan City, numa prática violenta mais explícita do que costumamos ver em produ-
ções do gênero. As cenas de luta evidenciam coreografias muito bem orquestradas, que prendem a atenção. Arlequina é a psiquiatra Harleen Quinzel, que trabalhava no asilo de Arkham e criou fascínio pela mente complexa do Coringa. Foi ela quem o ajudou a escapar da instituição. A obsessão cresceu depois que Batman o capturou, e ela decidiu virar sua assistente. Para criar o perfil de Arlequina, a atriz Margot Robbie teve que ler “Loucos por Amor”, de Sam Shepard, para entender a dinâmica dos relacionamentos tóxicos, e também assistiu a uma conferência de mulheres com carreiras de sucesso que sofrem de esquizofrenia, para saber como elas lidaram com a doença. METRO
Lenda do cinema, Kirk Douglas morre aos 103 “Fiz carreira interpretando canalhas”, disse certa vez Kirk Douglas, ator americano que morreu ontem, aos 103 anos. Douglas será para sempre lembrado como o epítome do homem malvado de Hollywood. Ele atuou em inúmeros filmes ao longo de sua longa carreira, e também fez nome como diretor e produtor. Nascido Issur Danielovitch, era filho de imigrantes judeus russos e natural de Amsterdã, localidade próxima de Nova York, em 9 de dezembro de 1916. Esperou meses para financiar sua educação na Universidade St. Lawrence, onde foi um destacado lutador. Nessa época ele também trabalhou um pouco no teatro. Em
Ator em cena de ‘Spartacus’ (1960) | REPRODUÇÃO
1941, ele estreou na Broadway, mas teve apenas dois pequenos papéis antes de se alistar na Marinha e servir
na Segunda Guerra Mundial. Após sua baixa, Douglas retornou à Broadway em 1945, onde começou a obter papéis mais substanciais. Em 1955, o ator formou sua própria empresa, Bryna Productions, através da qual produziu seus próprios filmes e os de outros, incluindo “Glória Feita de Sangue” (1957) e “Spartacus” (1960), dois dos mais aclamados filmes do portfólio de Douglas, e que lançaram a carreira do diretor Stanley Kubrick. Em 1956, interpretou o papel de Van Gogh em “Sede de Viver”, pelo qual levou o Globo de Ouro de melhor ator em filme dramático. Kirk é pai do também ator Michael Douglas. METRO
Personagem cômico e famoso no YouTube, inclusive hit na web brasileira, o português Bruno Aleixo ganhou seu próprio filme, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros. Na trama, ele decide escrever uma autobiografia e se reúne com os amigos para ter ideias. “O Filme do Bruno Aleixo”, dirigido pelos próprios criadores João Moreira e Pedro Santo, mostra o protagonista numa espécie de reunião de brainstorming nonsense com os colegas: o Homem do Bussaco (monstro peludo, tipo Chewbacca), Busto (um busto de Napoleão) e Renato Alexandre (inspirado em “O Monstro da Lagoa Negra”). O filme mantém como referências as pequenas coisas do cotidiano, porém foca mais no imaginário comum do cinema do que propriamente no imaginário comum popular português. Aproveitando o sucesso da estreia por aqui, trocamos uma ideia com o diretor João Moreira. Vocês decidiram mudar a aparência do Bruno de um urso Ewok para um cachorro só por receio de processos por direitos de imagem? Antes de começar, um primeiro aparte: embora ele possa ter aparência de cachorro misturada com Ewok, ele NÃO é um cachorro. Nada no discurso dele aponta para tal. Cachorros nem falam, eu acho. Têm aquele aspecto, mas convivem com pessoas normais e outros seres de aparência estranha num mundo perfeitamente normal. O comportamento de todos os personagens é absolutamente consentâneo com o comportamento de “pessoa”. A mudança de imagem não foi motivada por receio... Mais por segurança. Hoje, os direitos de
João Moreira | REPRODUÇÃO
imagem do Bruno são nossos e não o seriam se tivéssemos mantido a imagem do Ewok. Dá pra fazer camisetas e meias. Como vocês definiriam a personalidade do Aleixo? Um sujeito de meia idade, carismático, ranzinza, que sente necessidade de ficar sempre por cima em qualquer situação ou discussão. Um pouco fechado sobre os próprios sentimentos, também, uma vez que existe uma clara dificuldade em manifestar apreço ou compaixão pelos que lhe são mais próximos. Por que vocês acham que o Bruno Aleixo faz tanto sucesso no Brasil? Sempre nos perguntamos isso. Sabemos que é bem raro algo português vingar aí, sobretudo porque a vossa produção cultural é muito mais pujante. Creio que funciona pela bizarria numa primeira abordagem… Talvez chame a atenção pela estranheza visual e pelo tipo incomum de entregar as piadas. Depois, gosto de acreditar que é a qualidade dos roteiros que fideliza as pessoas (risos). EDUARDO RIBEIRO
METRO SÃO PAULO
O hilário personagem ranzinza que virou astro de cinema | VITRINE/DIVULGAÇÃO