Seijun Suzuki

Page 1

2 CULTURA

Beastie Boys

A história

“Beastie Boys Story”, o documentário de Spike Jonze sobre o Beastie Boys, chega no dia 3 de abril aos cinemas e também estará disponível no serviço de streaming Apple TV+ a partir do dia 24 do mesmo mês. O filme é baseado na mega biografia de 592 páginas “Beastie Boys Book”(2018), que narra as décadas de amizade dos músicos e homenageia Adam “MCA” Yauch (foto), integrante morto em 2012, aos 47 anos, vítima de câncer. A banda novaiorquina surgiu em 1979 e foi pioneira em unir o rap ao hardcore.

08|

GRANDE SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2020 www.metrojornal.com.br

{CULTURA}

Crônicas do Japão violento e onírico

Retrospectiva. IMS Paulista exibe 17 filmes do consagrado diretor japonês Seijun Suzuki, em sessões gratuitas. Cineasta contribuiu para os gêneros de gângster e de vanguarda Dono de uma carreira de cerca de 50 anos e uma obra vasta e multifacetada, o cineasta japonês Seijun Suzuki (1923-2017), que influenciou nomes como Quentin Tarantino e Jim Jarmusch, é tema de mostra que abre hoje no Instituto Moreira Salles (Av. Paulista, 2.424, Bela Vista, São Paulo; tel.: 2842-9120. Ter. a dom.. 10h às 20h. Qui., 10h às 22h. Até 9/2). Em parceria com a Fundação Japão, o programa reúne 17 títulos, sendo 15 em cópias de 35 mm e dois em DCPs restaurados. A entrada é gratuita, com senhas distribuídas uma hora antes de cada sessão. O legado de Suzuki se divide em duas fases. Do final da década de 1950 até 1967, dedicada a produções corriqueiras, de puro entretenimento, nos estúdios Nikkatsu, entre eles os mais bizarros filmes de gângster já gravados em película; e a partir dos anos 1980, quando ele se reinventou no cinema de arte e ganhou inúmeros prêmios e reconhecimento da crítica. O que vale para ambos os períodos é que Suzuki foi um dos mais importantes criadores da cultura pop japonesa. Os pilares da Nikkatsu

CineSesc passa filmes clássicos dos anos 1990 “Gasparzinho, o Fantasminha Camarada”, clássico de 1995, integra a sessão nostalgia de hoje no CineSesc (rua Augusta, 2.075, Cerqueira César, São Paulo; tel.: 3087-0500. 19h. Grátis. Retirada de ingressos uma hora antes na bilheteria), que leva às telas, diariamente até o dia 29, outros longas-metragens que marcaram a década de 1990. “Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros” (1993), “Edward Mãos de Tesoura” (1991) e “Meu Primeiro Amor” (1991) serão outros destaques exibidos em cópias novas e dubladas. METRO Documentário

Cena de ‘A Marca do Assassino’ (1967), sobre matador profissional que vira alvo de perseguição | IMS/DIVULGAÇÃO

na década de 1960 eram filmes ultraviolentos de yakuza ou sadomasoquistas. Suzuki logo provou ser adepto desse formato pasteurizado e produziu 40 roteiros nessa linha. Da primeira fase do artista nascido em Tóquio, a mostra apresenta longas que recusavam a verossimilhança, com cores chamativas e cortes abruptos, como “Detetive Bureau 2-3” (1963), o primeiro protagonizado pelo ator Joe Shishido, e a grande referência de sua carreira: “A Marca do Assassino” (1967), que conta a história de um matador

profissional que vira alvo de uma perseguição. A produção foi considerada “incompreensível” pelos estúdios, que romperam o contrato com ele. Hoje, é considerada uma obra de vanguarda. Com a saída da Nikkatsu, Suzuki passou dez anos longe das câmeras. Quando retornou, na independência, fez valer sua autonomia e realizou “Zigeunerweisen” (1980), primeira fita da cultuada “trilogia de Taisho”, que faz referência ao Japão dos anos 1910-1920 e é marcada pelo caráter onírico. Presente na mostra, venceu

Indicado ao Oscar, ‘Judy’ tem exibição grátis no MIS “Judy”, filme que recria a trajetória de Judy Garland, famosa por seu papel em “O Mágico de Oz” (1939), e que rendeu à atriz Renée Zellweger o Globo de Ouro, tem pré-estreia gratuita hoje no Museu da Imagem e do Som (Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo; tel.: 2117-4777. Às 19h. Ingressos disponíveis a partir das 18h). O filme integra a mostra Musicais no Cinema, em cartaz até o dia 16 de fevereiro no espaço. Boa chance de ver a atriz indicada ao Oscar em ação antes da estreia do longa-metragem no circuito, no próximo dia 30. Dirigido pe-

Sessão família

lo britânico Rupert Goold, é uma adaptação da peça “Judy Garland - O Fim do Arco-Íris”, de Peter Quilter, que traça perfil de Garland com foco nas apresentações que ela fez no clube The Talk of the Town, em Londres, Inglaterra, entre 1968 e 1969, ano de sua morte. Passagens delicadas de sua biografia não ficam de fora, como o vício em anfetaminas estimulado por Louis B. Mayer, então diretor dos estúdios MGM. Na mostra, Judy Garland também está representada em exposição com fotos e vídeos, como “Casa, Comida e Carinho” (1950). METRO

Renée Zellweger vive Judy Garland no filme | PARIS FILMES/DIVULGAÇÃO

quatro prêmios da Academia Japonesa em 1981, incluindo os de melhor filme e melhor diretor. A seleção exibe também os dois últimos filmes de Suzuki: “Pistol Ópera” (2001), em que o diretor cria uma reencenação de “A Marca do Assassino” com viés abstrato, e “Princesa Guaxinim” (2005), que adentra o campo da fantasia ao contar a história de um príncipe que se apaixona por um guaxinim. EDUARDO RIBEIRO

METRO SÃO PAULO

Netflix produz documentário de Walter Mercado O astrólogo porto-riquenho Walter Mercado, conhecido pelo seu visual pomposo e o bordão “ligue djá”, vai ganhar documentário. A Netflix adquiriu os direitos para contar a sua história, e os diretores Cristina Costantini e Kareem Tabsch estão à frente de “Mucho Mucho Amor”. A data de estreia ainda não foi divulgada. Walter Mercado morreu em novembro, aos 87 anos, vítima de falência renal. METRO

Música. Radiohead cria biblioteca digital grátis Os caras do Radiohead, inquieto conjunto britânico de rock alternativo, não cessam de experimentar tanto na música como no modo de distribuí-la. Dessa vez, os integrantes liberaram uma biblioteca digital com absolutamente todo o conteúdo disponível da banda. Lá, o público vai encontrar desde sons raros até discografias inteiras. E o melhor: sem cobrar nada por isso. “O Radiohead.com sempre foi irritantemente pouco informativo e imprevisível. Agora, previsivelmente, tornamos isso incrivelmente informativo”, declarou a banda em comunicado, para dizer que sua antiga pá-

Radiohead Public Library compila todo o acervo da banda | REPRODUÇÃO

gina agora é o Radiohead Public Library, um acervo superorganizado, com o conteúdo arquivado por fases do grupo. Daí tem fotos, videoclipes, textos, singles, shows e, porque não?, merchandising oficial. METRO


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.