Tony Levin

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SÃO PAULO, SEXTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2019 www.metrojornal.com.br

{CULTURA}

DIVULGAÇÃO

G N N I O S K M I CR

Puxado pela marcante guitarra de Robert Fripp, expoente definitivo do rock progressivo britânico comemora 50 anos na ativa com turnê que passa hoje por São Paulo; baixista Tony Levin falou com o Metro Jornal sobre o show

‘NÓS VEMOS A MÚSICA COMO PEÇAS’

Como vocês conseguem se manter inovadores após tanto tempo? Cada integrante da banda tem uma visão sobre isso. No meu caso, tento ser progressivo enquanto instrumentista. Nós vemos as músicas como peças, e não

Serviço No Espaço das Américas (r. Tagipuru, 795, Barra Funda). Hoje, às 21h30. De R$ 300 a R$ 850 no site ingressorapido.com.br

TRISTAN FEWINGS/GETTY IMAGES

No improviso. Músicos da Sun Ra Arkestra e brasileiros se unem em show no domingo Em agosto do ano passado, o músico Rodrigo Brandão lançou seu disco, “Outros Barato”. Agora, ele vai além com seu projeto, numa reunião estelar com “Outros Espaço: Sintonia Cósmico Sônica”, em show de improviso nesse domingo, no Sesc Belenzinho. O show terá um time pesado, a começar por Marshall Allen, Danny Ray Thompson e Knoell Scott, todos da Sun Ra Arkestra, que estarão juntos dos músicos brasileiros Tulipa Ruiz; Juçara Marçal e Thiago França (Metá Metá); Guilherme Granado e Marcos Gerez (Hurtmold), Thomas Rohrer; Paulo Santos (Uakti). A ideia surgiu graças a uma apresentação que reuniu Marshall e Brandão pela primeira vez, no Moers Festival, na Alemanha, em junho deste ano. Com a vinda da Sun Ra Arkestra – para shows com ingressos esgotados no Sesc Pompeia –, o espetáculo vem em momento oportuno. METRO

Marshall Allen, da Sun Ra Arkestra | THEO WARGO/GETTY IMAGES

Serviço No Sesc Bom Retiro (al. Nothmann, 185, Campos Elíseos; tel.: 3332-3600). Dom., às 18h; R$ 40.

como faixas, então nunca nos preocupamos em reproduzir as versões originais de estúdio. Estou sempre mudando as linhas de baixo de um show para o outro. É uma forma de crescer musicalmente. Essas mudanças surgem de improviso no palco ou elas são ensaiadas? Uma ou duas vezes por ano, a banda fica junta algumas semanas ensaiando e depois uma semana antes de cada turnê. Então, ensaiamos muito, mais do que qualquer banda que se possa imaginar. É algo que precisamos fazer, porque trata-se de um tipo tecnicamente complexo de música. Demanda muita concentração, para isso precisamos nos sentir confortáveis e familiarizados com a música. Não gostamos de começar a turnê fazendo os chamados “esquenta”. Isso explica a razão pela qual vocês têm investido nos álbuns ao vivo? O problema dos discos de estúdio é que eles exigem um processo criativo muito longo. Ensaiar bastante e captar a energia da apresentação com excelente fidelidade é um modo de encurtar esse processo. EDUARDO RIBEIRO

METRO SÃO PAULO

Música. Banda A Cor do Som celebra 40 anos de carreira Famoso balanço nas décadas de 1970 e 1980, a banda A Cor do Som completou 40 anos de carreira e lança hoje em disco “A Cor do Som – 40 Anos”, em show às 21h no Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195, tel.: 3095-9400; R$ 40). O grupo mantém a formação original com Armandinho (guitarra e voz),

Banksy em dose dupla Uma obra de Banksy, “Devolved Parliament” (“Involução do Parlamento”), de 2009, que mostra primatas no lugar de deputados no parlamento britânico (acima), alcançou o valor de US$ 12 milhões em leilão na Sotheby’s ontem, o maior já alcançado pelo artista. Ele também confirmou em seu Instagram que abriu uma loja com seus trabalhos em Croydon, no sul de Londres (ao lado).

Um dos maiores ícones do rock progressivo, a banda britânica King Crimson se apresenta hoje , às 21h30, no Espaço das Américas, antes de subir ao palco do Rock in Rio, domingo. Os shows fazem parte da turnê comemorativa aos 50 anos de carreira do grupo criado e liderado por Robert Fripp. O KC chega com um time de multi-instrumentistas formado por Tony Levin, Mel Collins, Pat Mastelotto, Jakko Jakszyk e os bateristas – sim, são três – Bill Rieflin, Jeremy Stacey e Gavin Harrison. Famoso por seu trabalho com Peter Gabriel, o virtuoso baixista Tony Levin frequentou a Eastman School of Music e integrou a Rochester Philharmonic, mas com o tempo se afastou da música clássica para se dedicar ao rock e ao jazz. Desde então, gravou em LPs clássicos, incluindo “Berlim”, de Lou Reed, e “Still Crazy After All These Years”, de Paul Simon. Às vésperas da apresentação, o músico bateu um papo com o Metro Jornal.

Dadi (baixo e voz), Mú Carvalho (teclado e voz), Gustavo Schroeter (bateria) e Ary Dias (percussão), terá no palco a participação especial de Moraes Moreira. No setlist, sucessos como “Zanzibar”, “Swingue Menina” e “Abri a Porta”, além das novas músicas, que incluem “Alvo Certo” e “Somos da Cor”. METRO

Grátis. Som Imaginário toca ‘Milagre dos Peixes’

REPRODUÇÃO

Criada inicialmente para acompanhar o trabalho do Milton Nascimento, a banda Som Imaginário é um dos marcos da música nacional, mas ganhou destaque mesmo em 1974, ao acompanhar o cantor mineiro no álbum “Milagre dos Peixes”. Para celebrar os 45 anos do lançamento, o quarteto se reúne para show gratuito hoje, às 20h,

no Sesc Campo Limpo (r. Nossa Senhora do Bom Conselho, 120; tel.: 5510-2700). A formação Wagner Tiso, Robertinho Silva, Luiz Alves e Nivaldo Ornelas, que toca hoje, vai apresentar músicas como “Cais”, “Milagre dos Peixes” e “Viola Violar”, e ainda homenagear o cantor e compositor Tavito, que faleceu em março. METRO


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