Artista cria parques em cemitérios

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2019 www.metrojornal.com.br

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Urbanismo. CCBB expõe projeto inovador do artista visual Pazé, que prevê cultivar em terrenos públicos mais de 1,3 milhão de m² de área verde JARDIM BOTÂNICO Vista aérea completa da maquete do parque previsto para o cemitério do Araçá

Vila Formosa em nova proposta

FOCO

Ganho em flora nativa Detalhe do projeto de parque no Araçá

Cemitério do Araçá, com

112.700 m²

Artista cria parques em cemitérios de São Paulo Baleia Rossi

MBD elege novo presidente

Em convenção nacional, o MDB elegeu o deputado federal paulista Baleia Rossi para dirigir o partido. Em seu discurso, Rossi afirmou que o MDB precisa de uma identidade. “Hoje precisamos escolher novas bandeiras. É preciso saber que é possível viver sem participar de governo porque somos muito maior do que isso”, afirmou.

Cotações Dólar - 0,80% (R$ 4,057) Bovespa + 1,02% (102.551 pts) Euro - 0,61% (R$ 4,454) Selic (5,50% a.a.)

Salário mínimo (R$ 998)

Já pensou se, no lugar de lápides, túmulos e caminhos concretados, os cemitérios de São Paulo dessem lugar a parques e áreas verdes? Nada mal, para uma cidade que sofre com o ar seco e poucos espaços de lazer. Isso é o que propõe o agrônomo e artista visual Pazé, por meio de uma exposição em cartaz no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). O espaço funciona na rua Álvares Penteado, 112, centro, das 9h às 21h, menos terça-feira, quando fecha. O evento vai até dia 28 e a entrada é gratuita. Jardins do Tempo resulta de uma longa pesquisa de oito anos, e apresenta, em fotografias, plantas arquitetônicas, desenhos, aquarelas e animação, projetos desenvolvidos para oferecer quatro jardins botânicos cultivados com espécies da flora brasileira. Na proposta, os jardins seriam cultivados em cemitérios públicos que, reconfigurados, continuariam a ser utilizados para sua finalidade inicial ao mesmo tempo em que ofereceriam áreas verdes como novas alternativas de convivência. Pazé traz como exemplo o que poderia ser feito em qua-

nas regiões centro e oeste

Vila Nova Cachoeirinha, com

247.280 m² na zona norte

São Pedro, conhecido como Vila Alpina, com

346.000 m² na região sudeste

“Continuar ocupando grandes áreas planas só para armazenar restos mortais é um contrassenso”

Vila Formosa, com

600.900 m² na zona leste

PAZÉ, ARTISTA VISUAL

tro cemitérios específicos: Araçá, Vila Nova Cachoeirinha, Vila Formosa e São Pedro (Vila Alpina). “Os túmulos seriam reposicionados em dois edifícios de seis andares, menores do que a média das árvores adultas de espécies nativas brasileiras”, detalha. “E haveria um espaço reservado para os futuros ‘residentes’.” “Já nascemos, trabalhamos, vivemos e morremos em prédios. Continuar ocupando grandes áreas planas só para armazenar restos mortais é um contrassenso”, critica o artista. A requalificação entregaria mais de 1,3 milhão de m² de área verde, algo quase equivalente ao parque Ibirapuera (zona sul), o maior parque da metrópole, com 1,5 milhão de m². EDUARDO RIBEIRO

METRO SÃO PAULO

São Pedro ganharia lago e vegetação nativa brasileira, diferentemente da foto ao lado

Ao todo, seriam mais de

1,3 milhão de m² de área verde VOX POPULI

Você gostaria de passear num parque que já foi cemitério? “Acho inusitado, mas é interessante. Se for para uma revitalização dos cemitérios, que estão abandonados, eu aprovo e frequentaria” CESAR FREITAS, 39, COZINHEIRO

“O Ibirapuera anda muito lotado, isso seria bom porque todo mundo acaba indo para um lugar só, e com parques mais acessíveis, melhora”

Assim ficaria revitalizado o cemitério de Vila Nova Cachoeirinha; acima, como está hoje

FABIANO COSTA, 33, BANCÁRIO IMAGENS/DIVULGAÇÃO

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