SÃO PAULO, QUINTA-FEIRA, 10 DE OUTUBRO DE 2019 www.metrojornal.com.br
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Capital confirma 92 casos por dia Sarampo. Secretaria confirma três novos óbitos no estado devido à doença, totalizando 12 Na última semana, o total de casos de sarampo na capital cresceu numa proporção média de 92 registros por dia. Segundo boletim divulgado ontem pela Secretaria Estadual da Saúde, a capital totalizava 4.408 pacientes com a doença, ante 3.760 na semana passada. A pasta divulgou ainda que mais três pessoas morreram devido ao sarampo no estado: uma bebê de dez meses, de Itapevi, sem vacina; um homem de 53 anos, de Santo André, e um menino de 1 ano, de Francisco Morato, ambos com condições de risco. Com esses, o estado já registrou 12 óbitos
A CAMPANHA DE VACINAÇÃO PRIMEIRA ETAPA • De 7 a 25 de outubro • Público-alvo: crianças de seis meses a menores de 5 anos • Dia D: 19 de outubro SEGUNDA ETAPA • De 18 a 30 de novembro • Público-alvo: de 20 a 29 anos • Dia D: 30 de novembro
As pessoas desses grupos devem ir às UBSs com a carteira de vacinação para que seja atualizada
RESTRIÇÕES À VACINA Gestantes e pacientes imunodeprimidos (pessoas com baixa imunidade, transplantados ou em tratamento contra o câncer) devem avaliar com seus médicos se podem ou devem tomar a dose
O QUE É O SARAMPO Uma doença viral aguda altamente transmissível. Ele pode dar complicações, como otite média aguda, pneumonia bacteriana, laringite e laringotraqueíte, doenças cardíacas, e até matar COMO É TRANSMITIDA Por fala, tosse ou espirro, por via aérea SINTOMAS Febre alta, mal-estar, coriza, conjuntivite, tosse e falta de apetite. Depois aparecem manchas vermelhas na pele, que são a maior característica da doença
ATÉ
18
PESSOAS
podem ser infectadas por um único paciente com sarampo
FONTE: SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE DE SP
em decorrência do sarampo, 5 deles na capital. A campanha de vacinação contra o sarampo continua. Nesse momento, o pú-
blico-alvo são crianças de seis meses a menores de 5 anos. Pais, mães ou responsáveis devem levar as crianças às unidades de saúde
com a carteirinha de vacinação para verificar se precisam atualizar as doses, que protegem ainda contra rubéola e caxumba. METRO
Balões rosa são soltos no centro da cidade | ROBERTO CASIMIRO /FOTOARENA/FOLHAPRESS
Mutirão. Mamografias têm inscrições abertas Uma parceria entre o Hospital Santa Marcelina (zona leste), o governo estadual e o Corinthians vai promover mamografias gratuitas para mulheres com 40 anos ou mais. Os exames serão realizados entre os dias 14 e 25 de outubro no estacionamento da Arena Corinthians. É necessário fazer um agendamento do exame, no site www. outubrorosasccp.com.br. O mutirão é uma iniciativa dentro do Outubro Ro-
sa, mês de conscientização sobre a importância da prevenção ao câncer de mama. Ontem, como parte das ações do mês, a Secretaria estadual da Justiça e Cidadania soltou uma revoada de balões rosa no Páteo do Colégio (centro). A atividade é promovida há cinco anos. Na Casa das Rosas, na avenida Paulista, o Coletivo Pink promove hoje oficina de automaquiagem das 13h30 às 15h30, como forma de fortalecer a autoestima. METRO
Molécula reduz agressividade de tumor infantil Um grupo de cientistas pesquisadores do genoma humano e células-tronco da USP (Universidade de São Paulo) identificou uma molécula capaz de reduzir a agressividade dos chamados tumores embrionários do sistema nervoso central, que acometem principalmente crianças de até 4 anos. Com financiamento da Fapesp (Fundação de Am-
paro à Pesquisa do Estado de São Paulo), os resultados foram publicados na revista “Molecular Oncology”. No estudo, os pesquisadores usaram uma versão sintética de um inibidor do microRNA-367 (miR-367), cuja ação favoreceu o combate ao tumor. “Usamos moléculas para interferir no funcionamento da célula tumoral, ou seja, direta-
mente no funcionamento, deixando essas células cancerígenas menos agressivas, que passam a crescer com menor velocidade e a serem mais sensíveis, inclusive, a tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia”, explicou o professor do Instituto de Biociências da USP e coordenador do estudo, Oswaldo Keith Okamoto. “Se uti-
lizada em combinação com químio e radioterapia”, continua ele, “seria possível reduzir as doses desses tratamentos, para continuarem tendo efetividade com menos efeitos colaterais e salvaguardando a qualidade de vida dos pacientes, pois a toxicidade desses procedimentos pode ser muito alta.” Segundo Okamoto, a descoberta é relevante, sobre-
tudo, porque entre os tipos de câncer o pediátrico carece de abordagens eficazes, assim como novas drogas capazes de amenizar os sintomas. E os tumores estudados pelo grupo da USP atingem o cérebro, de modo que afeta a capacidade de autonomia dos pacientes. “Os tumores pediátricos são os que mais matam”, alerta o coordenador. “Por
conta dessa necessidade clínica, temos investido muito esforço para tentar estudar formas de encontrar novos tratamentos.” A próxima etapa é o estudo clínico. Os pesquisadores buscam parcerias com empresas interessadas em patrocinar. EDUARDO RIBEIRO
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