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GRANDE SÃO PAULO, SEXTA-FEIRA, 3 DE JANEIRO DE 2020 www.metrojornal.com.br
Precaução. Especialistas alertam para necessidade de proteção diária da pele contra os raios solares
• É necessário passar protetor solar mesmo quando o dia não está ensolarado. Dias nublados ainda contém emissão de raios ultravioletas, que danificam a pele • Queimaduras podem evoluir para câncer de pele. Quem tem histórico de queimaduras graves, principalmente na infância, deve procurar o médico para checar se está tudo bem • Não existem formas seguras de bronzeamento artificial. A prática, proibida no Brasil, utiliza lâmpadas de raios ultravioleta, que podem provocar alterações nas células do pigmento • Creme bronzeador aumenta o risco de câncer de pele, pois tem baixo fator de proteção
• Câncer de pele nem sempre é relacionado ao Sol. Há casos em que fatores genéticos são os responsáveis. Pequena parcela dos casos são hereditários • Não é preciso ficar muito tempo no Sol para a absorção de Vitamina D pela pele, que fortalece os ossos. Dez minutos ao sol já são suficientes Fonte: SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia)
Uma pesquisa da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) constatou que apenas 23% dos brasileiros usam o protetor solar da maneira recomendada pelos médicos. A entidade estima que seis milhões não usam nada na exposição ao Sol. Daí o foco da campanha Dezembro Laranja, que alerta para a necessidade de uma proteção diária, principalmente no rosto. Segundo a SBD, a exposição aos raios ultravioleta é a causa de 90% dos tumores de pele, tipo de tumor mais frequente no Brasil, e o uso de protetor solar é o principal fator de prevenção. Ainda de acordo com a SBD, 70% da exposição solar se dá nas atividades cotidianas e somente 30% nos momentos de lazer. Atualmente, são mais de 180 mil novos casos esperados da doença a cada ano, segundo o INCA (Instituto Nacional de Combate ao Câncer). Existem dois tipos de câncer de pele: o melanoma — mais raro e agressivo, que provoca 1.700 mortes anuais — e o não-melanoma, que dificilmente leva à morte, mas pode causar deformações e cicatrizes. “A radiação ultravioleta penetra a pele e pode levar a danos no DNA, tornando aquelas células cancerígenas”, explica Jade Cury Martins, coordenadora do departamento de oncologia da SBD. “Essa exposição solar pode causar o dano tanto por efeito cumulativo, de exposição crônica ao Sol ao longo de muitos anos, como por exposição intermitente, ou seja, agudas queimaduras solares, principalmente na infância.” EDUARDO RIBEIRO
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