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Dieta pegana
Paleo e vegana
No Pinterest, as pesquisas pelo termo “pegana” aumentaram em 337% desde fevereiro de 2018. Se na dieta paleo os alimentos são semelhantes àqueles que existiriam no período Paleolítico e normalmente inclui carne magra, peixe, frutas, vegetais, nozes e sementes, e na vegana são excluídos todos de origem animal, na dieta pegana entram itens frescos de origem vegetal e orgânicos de origem animal. Grãos e leguminosas são proibidos. Também há grandes restrições aos laticínios, que são permitidos apenas excepcionalmente, em pequenas quantidades, e somente se eles forem orgânicos e de animais alimentados exclusivamente com grama. O nutricionista Wesley Delbridge, porta-voz da Academia de Nutrição e Dietética dos EUA, vê como desnecessário eliminar alimentos como o feijão, um “superalimento da natureza”.
{ALIMENTAÇÃO
O que diz a medicina sobre a doença celíaca?
Doença celíaca é uma desordem autoimune, desencadeada pela ingestão do glúten e que acomete de 1% a 2% da população. Não consumir é a única forma do paciente viver bem. “As paredes do intestino do celíaco vão inflamando e perdem a capacidade de absorver nutrientes, como o cálcio e o ferro dos alimentos, podendo levá-lo à morte”, explica a nutricionista Luíza Carvalho.
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que você sempre quis saber sobre o
As mulheres têm mais chances de desenvolver a doença celíaca?
As mulheres são as mais afetadas pela intolerância ao glúten. A proporção é de duas para cada homem. Estudos internacionais apontam que até 70% das pessoas diagnosticadas atualmente são mulheres.
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6 4 coisas
PLUS, TERÇA, 24 DE SETEMBRO DE 2019 www.readmetro.com
glúten Mito ou verdade. Dieta sem glúten virou assunto recorrente quando se trata de alimentação saudável. Devemos evitá-lo?
Muitos ingredientes e hábitos alimentares se tornaram virais nos últimos anos. Contudo, um deles anda especialmente famoso: a dieta sem glúten. Será que evitar o consumo dessa fonte de proteína encontrada no trigo, cevada, centeio e espécies afins é mesmo necessário para a preservação de um organismo saudável? Alguns estudos revelam que isso pode não ser verdade. Especialistas em dietas restritivas estão aqui para responder algumas das principais dúvidas. EDUARDO RIBEIRO
Ser intolerante ao glúten é ser celíaco?
“A sensibilidade ao glúten está mais associada ao desconforto e sintomas digestivos que trazem prejuízo à qualidade de vida do que propriamente alterações orgânicas do intestino ou distúrbios nutricionais”, explica o médico gastroenterologista, proctologista e nutrólogo Fernando Valério.
“Muito se fala sobre retirar o glúten de uma dieta saudável com o objetivo da perda de peso, mas é importante saber que mais do que eliminar alguns quilos, o glúten influencia e pode desenvolver sintomas muito mais sérios de saúde como o desenvolvimento da doença celíaca e diabetes” LUÍZA CARVALHO, MÉDICA NUTRICIONISTA
Ser celíaco é genético?
Sim, a doença celíaca é geneticamente relacionada, mas nem todos que têm os marcadores genéticos vão manifestar a doença. De acordo com o professor Alessio Fasano, membro do Comitê Científico sobre Sensibilidade ao Glúten do Instituto Dr. Schär, além dos genes existem outros fatores que podem estar relacionados para o desencadeamento da doença. Outro fator é a composição da microbiota intestinal do indivíduo.
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Restringir o glúten da dieta provoca perda de peso?
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Alimentos com glúten levam mais tempo para serem digeridos?
Não há estudos que comprovem a relação do glúten com a perda de peso. O que muitas vezes acontece é que retirando ou reduzindo o consumo excessivo de alimentos que contém glúten, por serem muito calóricos e possuírem alto índice glicêmico e poucas fibras, contribuem na redução da glicose sanguínea, níveis de insulina e para a redução do peso.
O glúten é formado por duas proteínas: glutenina e gliadina. É uma estrutura complexa que, como outras proteínas, inicia sua digestão (ou quebra para virar aminoácido) no estômago. É considerada a única proteína que o corpo não consegue digerir completamente.