Revista Dia Mundial da Água 2021

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DIA MUNDIAL DA

AGUA

22 MARÇO 2021

ESTA REVISTA INTEGRA A EDIÇÃO DO JORNAL DE NOTÍCIAS E NÃO PODE SER VENDIDA SEPARADAMENTE

HÁ UMA AMEAÇA GIGANTE MESMO À NOSSA FRENTE

01 ANTÓNIO GUTERRES LANÇA APELO DRAMÁTICO

02 MINISTRO DO AMBIENTE AVISA: “É PRECISO POUPAR, POUPAR!”

03 OS BONS EXEMPLOS DE EMPRESAS E AUTARQUIAS


Os grandes números da água na Terra Sabia que só 8% da água doce é utilizada para consumo doméstico e que a grande fatia é gasta na rega? E que em mais de metade das maiores cidades europeias estamos a usar água do solo de forma muito mais rápida do que a sua restituição? Confira aqui os grandes números deste bem essencial para a nossa sobrevivência.

30% Perto de 1/3 da água doce disponível está armazenada no subsolo (lençóis freáticos, solos gélidos e outros). Isto representa 97% de toda a água doce disponível para uso humano

1,4

60%

A maior fatia da água doce é utilizada na rega, 22% na indústria e 8% no uso doméstico

Em mais de metade das cidades europeias com mais de 100.000 habitantes, a água do solo está a ser usada de modo mais rápido do que a sua restituição

mil milhões O volume total de água no planeta Terra é de 1.4 mil milhões km3. Os recursos de água doce rondam os 35 milhões km3 (cerca de 2.5% do volume total de água)

13

105

mil

mil

Os lagos e rios de água doce contêm aproximadamente 105.000 km3 (ou 0,3%) de toda a água doce mundial

70%

200

A atmosfera da Terra contém aproximadamente 13.000 km3 de água

24

mil

milhões

O total de água doce disponível ronda os 200.000 km3 menos de 1% de todos os recursos de água doce disponíveis

Do total de volume de água existente na Terra, cerca de 24 milhões km3 estão em forma de gelo (zonas montanhosas, Antártida e Ártico)


“Ameaça sem precedentes” ÍNDICE ˇ

Declaração de António Guterres, Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, sobre o Dia Mundial da Água

4-5 5 MIL MILHÕES ARRISCAM NÃO TER AGUA PARA CONSUMIR

6-7 ENTREVISTA MINISTRO DO AMBIENTE E DA AÇÃO CLIMÁTICA

12-13 O QUE FAZER PARA LUTAR CONTRA A ESCASSEZ DE UM TÃO DECISIVO

16-17 AS CAUSAS E AS CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO DA ÁGUA

20-21 O QUE AS FOTOS MOSTRAM SOBRE UM PROBLEMA QUE NOS AFETA A TODOS

O

s recursos hídricos do planeta enfrentam uma ameaça sem precedentes. Atualmente, cerca de 2,2 mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável e 4,2 mil milhões vivem sem saneamento adequado. Espera-se que os efeitos das mudanças climáticas aumentem estes números, se não atuarmos com urgência. Até 2050, entre 3,5 e 4,4 mil milhões de pessoas terão acesso limitado à água, dos quais mais de mil milhões viverão em cidades. A água é o principal meio em que percebemos os efeitos das perturbações climáticas, desde eventos climáticos extremos, como secas e inundações, até ao desaparecimento de icebergs, o avanço da água salgada e o aumento do nível do mar. O aquecimento global e o uso insustentável criarão uma concorrência sem precedentes pelos recursos hídricos, causando a deslocação de milhões de pessoas. Isto terá um efeito negativo na saúde e na produtividade e atuará

como um multiplicador de ameaças à instabilidade e ao conflito. A solução é clara. Precisamos de aumentar urgentemente os investimentos em bacias hidrográficas e as infraestruturas de água saudável, e melhorar drasticamente a eficiência do uso da água. Devemos antecipar os riscos climáticos a todos os níveis de gestão da água, para podermos responder adequadamente. É necessário redobrar esforços para fortalecer a resiliência e a adaptação das pessoas afetadas pelas perturbações climáticas. Precisamos de controlar a curva de emissões e criar uma base segura para a sustentabilidade da água. No Dia Mundial da Água, todos têm um papel a desempenhar. Apelo a todas as partes interessadas a intensificarem a ação climática e a investirem em medidas robustas de adaptação à sustentabilidade da água. Se o aquecimento global for limitado a 1,5 graus Celsius, o mundo estará mais preparado para gerir e resolver a crise da água que todos enfrentamos.


HENRIQUES DA CUNHA

ONU estima que 5 mil milhões lutem com a falta de água

ALERTAS DESDE 1992

Escassez absoluta começa a fazer-se sentir dentro de quatro anos!

H

oje comemora-se o Dia Mundial da Água. Apesar de, em 1993, a Organização das Nações Unidas (ONU) ter conseguido redigir a Declaração Universal dos Direitos da Água, a verdade é que, de lá para cá, os problemas têm vindo a agudizar-se profundamente. Também é verdade que há, hoje, uma crescente preocupação, sobretudo entre os mais jovens, quanto à qualidade ambiental. Uma coisa, porém, é certa: se queremos salvar o planeta, temos, todos, que olhar com particular atenção para a questão da água. No livro “Tudo o que não vemos”, Ziya Tong, vice-presidente da World Wildlife Fund no Canadá, lembra que “usamos, todos os anos, 4.600 quilómetros cúbicos de água, o dobro do volume de todos os rios do planeta”. Consequência: de acordo com a ONU, por volta de 2050 haverá 5 mil milhões de pessoas (500 ve-

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zes a população portuguesa) a lutar com a falta de água. Já em 2025, 1.800 milhões sentirão uma escassez absoluta de água. Há uma ampla gama de causas para estas consequências. A autora lembra, por exemplo, que “60 a 80 por cento do abastecimento anual de água para 70 milhões de pessoas no Oeste americano provém das neves das montanhas. Num mundo em aquecimento, o abastecimento não está a ser garantido sem aquela cobertura anual de neve a transformar-se em gelo e depois em água”. É possível somar exemplos. Estamos a despejar oito milhões de toneladas de plástico, por ano, nos oceanos. Na agricultura, águas de chuva há muito acumuladas em aquíferos subterrâneos estão a ser tiradas a um ritmo sem precedentes. É a chamada “crise invisível”. Hoje é o Dia Mundial da Água. É um bom dia para pensarmos nisto. ●

Escassez da água tem vindo a agravar-se todos os anos

O Dia Mundial da Água celebrase, anualmente, a 22 de março. A comemoração surgiu no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Ambiente, que decorreu na cidade brasileira do Rio de Janeiro, em 1992. Os países foram convidados a celebrar o Dia Mundial da Água e a implementar medidas com vista à poupança deste recurso. A data visa alertar populações e governos para a necessidade de preservação e poupança deste recurso natural tão valioso. As alterações climáticas provocam graves impactos nos recursos de água. Alterações atmosféricas como tempestades, períodos de seca, chuva e frio afetam a quantidade de água disponível e colocam em risco os ecossistemas que asseguram a qualidade da água.

DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021


BONS EXEMPLOS

A melhor água já se encontra em sua casa GROHE Blue Pure

A

s torneiras de água filtrada da multinacional alemã GROHE, com uma unidade produtiva em Albergariaa-Velha, fazem da água engarrafada uma coisa do passado. As designadas GROHE Blue, com uma forte componente de inovação, promovem o consumo de água, de uma forma sustentável e conveniente, diretamente da torneira de cozinha. Segundo a empresa, esta linha de torneiras fomenta a poupança familiar a curto/médio prazo e oferece uma grande conveniência, “pois evita que tenha de ir ao supermercado comprar água e armazenar os garrafões em casa”. Recentemente distinguidas com o prémio German Sustainability Award 2021, pelo seu impacto sustentável, o fabricante de artigos sanitários salienta que “as torneiras GROHE Blue também ajudam a responder a desafios globais, na medida em que contribuem para a redução dos níveis de plástico de uma única utilização, e promovem a sustentabilidade, ajudando a preservar um dos recursos naturais mais valiosos e escassos do planeta. A marca refere ainda que “enquanto a produção de um litro em garrafas de plástico requer até sete litros de água, com o sistema GROHE Blue cada gota pode ser aproveitada, evitando desperdícios”. Ainda no âmbito da sustentabilidade, a GROHE desenvolveu, em parceria com o seu fornecedor BWT, um sistema de recolha dos filtros usados para que estes sejam enviados novamente para o fornecedor, onde 99% dos materiais que os compõem serão reciclados. Com esta iniciativa, a empresa alemã potenciou ainda mais as suas torneiras de água filtrada como produtos sustentáveis e amigos do ambiente. ●

DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021

SOBRE A GROHE

Empresa tem 7.000 colaboradores distribuídos por 150 países

A alemã GROHE, líder global de soluções completas de casa de banho e de acessórios de cozinha, conta com mais de 7.000 funcionários em 150 países – sendo que detém em Portugal uma unidade de produção (em Albergaria-a-Velha). Desde 2014 que a GROHE faz parte do poderoso portefólio de marcas da LIXIL, fabricante japonesa de produtos pioneiros de água e para habitação. As atividades de engenharia de alta precisão, investigação e desenvolvimento (I&D), inovação e design da GROHE estão ancoradas num processo integrado na Alemanha, o que confere aos seus artigos o selo de qualidade “Made in Germany”. No sentido de proporcionar “Pure Freude an Wasser” (pura alegria da água), cada produto GROHE baseia-se nos valores de qualidade, tecnologia, design e sustentabilidade da insígnia. 5


ENTREVISTA

“É preciso poupar, poupar, poupar!”

A

ONU estima que, em 2050, existam 5 mil milhões de pessoas a lutar com a falta de água. Vamos a tempo de evitar esta catástrofe? A Europa está atenta e apostada no desenvolvimento de estratégias e ações de adaptação aos impactos das alterações climáticas, constituindo um dos seus eixos prioritários de financiamento. Por isto, o Plano de Recuperação e Resiliência Nacional dirige 47% do financiamento à transição climática e, em paralelo, condiciona a elegibilidade dos investimentos associados a qualquer dos setores de atividade à condição de que não prejudiquem significativamente os seis objetivos ambientais definidos pela Comissão Europeia, onde se inscreve a minimização das alterações climáticas e a adaptação às alterações climáticas. Se vamos a tempo? Vamos certamente, mas é preciso agir já, será necessário investir mais e melhor. Para levar água às populações é necessário recuperar os gastos com a operação e manutenção, gerindo-as de modo a garantir a sua durabilidade e, sobretudo, promover o uso eficiente do recurso. Temos de ser exigentes, mas vamos também ter de apoiar os países e as populações mais frágeis. Qual é, na sua opinião, o principal problema que Portugal tem para resolver, no que diz respeito à quantidade e qualidade da água? No que respeita à qualidade das nossas

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águas, foram feitos progressos muito significativos nos últimos 20 anos. Neste momento, mais de 98% das águas costeiras que banham as nossas praias têm qualidade balnear e têm bandeira azul, quando há cerca de 20 anos nem metade as teria. Isso deve-se aos progressos registados no combate à poluição e à proteção da qualidade das águas. Para reforçarmos um percurso que ainda apresenta, aqui e ali, algumas fragilidades, é necessário envolver todos e, também decisivo, contra com uma maior sensibilização dos tribunais para os crimes ambientais, algumas vezes tratados como incumprimentos administrativos e não como verdadeiros atentados à saúde pública e ao equilíbrio ambiental. Quanto à quantidade, a realidade do nosso país é muito heterogénea. A irregularidade sazonal, interanual e territorial da água marcam há muito o nosso país e, nos últimos anos, agravaram-se no além Tejo. Os cenários climáticos para as próximas décadas apontam para uma evolução negativa da precipitação no território, que pode atingir reduções entre 15 e 30%, no sul do país. Aliás, nos últimos anos, a persistência de baixas taxas de precipitação mostra o agravamento destas irregularidades e a seca, em partes do Alentejo e do Algarve, já apresenta um caráter estrutural. Mas são situações que têm solução e vamos resolvê-las, com o compromisso e responsabilização de todos os utilizadores. Exemplo disso foi o

REINALDO RODRIGUES/GLOBAL IMAGENS

Ministro Ambiente e da Ação Climática promete apoiar populações mais frágeis, mas diz que preço da água tem que refletir a escassez deste bem

rápido avanço do Plano de Eficiência Hídrica do Algarve. As novas origens de água serão a “apólice de seguro” da região, funcionarão de forma complementar às restantes origens de água, como reserva suplementar, a utilizar em situações de escassez hídrica, devendo os seus custos de operação serem pagos por todos os utilizadores de água do Algarve (urbano, agrícola, turismo), e não apenas na tarifa de água de abastecimento urbano.

Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Ação Climática

A utilização das águas residuais tratadas é uma boa solução? A utilização das águas residuais tratadas tem importância e, por isso, procedemos DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021


ção. Por outro lado, há que adaptar as culturas agrícolas às características hídricas das regiões. Já disse que o preço que os consumidores portugueses pagam pela água está abaixo do seu verdadeiro custo. Subir o preço é uma inevitabilidade? Se o produto água se está a tornar escasso, o seu preço deve refletir essa escassez, tanto mais que esse preço é o sinal mais forte que temos a dar aos utilizadores da água, no sentido de a usarem de forma mais parcimoniosa.

à regulamentação da qualidade a que estes projetos têm de obedecer, para não colocar em causa a saúde pública. Estes projetos foram objeto de um aviso do POSEUR (Investimentos Necessários à Reutilização de Águas Residuais Tratadas), no valor de 6 milhões de euros. Tem apelado várias vezes ao consumo moderado de água, tendo em conta, por exemplo, que o problema das secas passou a ter um caráter estrutural. É um apelo dirigido, sobretudo, ao setor agrícola, que consome 70 a 80% deste recurso? Ao sector agrícola, mas também ao sector urbano, pois verificam-se aí perdas DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021

físicas de água importantes. Mas sim, o sector agrícola é, de facto, o maior consumidor de água e muito há a fazer neste domínio. Por exemplo, há regadios cujas infraestruturas foram construídas há várias décadas e nos quais se pode conseguir maior eficiência no uso da água, sobretudo no transporte e na distribui-

“SE O PRODUTO ÁGUA SE ESTÁ A TORNAR ESCASSO, O SEU PREÇO DEVE REFLETIR ESSA ESCASSEZ”

As autarquias que têm apostado nos preços baixos vão ter um problema, uma vez que os fundos comunitários vão deixar de financiar as que não tenham os custos de abastecimento cobertos? São sobretudo as autarquias com menos de 10.000 habitantes que não recuperam os custos dos seus serviços de água e têm perdas elevadas (por vezes mais de 40%). O Plano Nacional de Investimentos prevê apoios financeiros aos investimentos necessários para mudar este estado de coisas. Para que estas soluções sejam viáveis, vai ser necessário avançar na recuperação dos gastos destes serviços, talvez não tanto no que se refere ao investimento nas infraestruturas, para as quais pode haver comparticipações a fundo perdido, mas seguramente para a cobertura dos gastos operacionais. Hoje é o Dia Mundial da Água. Se tivesse uma plateia de jovens à sua frente, o que lhes diria? Dir-lhes-ia: a água não vai faltar, desde que façam parte da solução. É certo que a água vai ter outra distribuição sazonal e interanual e vai passar a ser mais escassa em grande parte do nosso território. Podemos aumentar a oferta, mas isso tem limites – a água não é só nossa, há que atender, também, às necessidades hídricas dos ecossistemas, para que o nosso desenvolvimento seja sustentável. Por isso, temos de poupar, poupar, poupar. ● 7


BONS EXEMPLOS

Valorizemos a Água Gestão rigorosa e ambientalmente responsável em Gaia

A

22 de março comemora-se o Dia Mundial da Água. Esta data foi estabelecida em 1993 pelas Nações Unidas e pretende destacar a importância da água enquanto recurso, bem como consciencializar e incentivar a adoção de medidas para promover a salvaguarda deste escasso recurso e prevenir e enfrentar uma crise mundial assente na escassez da água. Por outro lado, este dia leva-nos igualmente a reforçar o cumprimento da Meta de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6: “Água e saneamento para todos até 2030”. Todos os anos, as Nações Unidas (UN-Water) promovem um tema diferente, este ano, o tema é: “Valorizemos a água”. E como é que podemos valorizar a água? Em primeiro lugar, compreendendo o real e multidimensional valor da água. Apesar de tendencialmente já se sentir uma enorme evolução comportamental, a verdade é que até há muito pouco tempo a água potável não era encarada como um recurso finito, nem tão pouco se percebia a complexidade de todo o processo de até chegar a nossas casas e ao simples gesto de abrir a torneira e ter água disponível! Ao negligenciarmos o processo e os valores associados, sejam eles ambientais ou económicos, corremos o risco de desperdiçar este recurso insubstituível. É, pois, fundamental valorizar a água, enquanto recurso hídrico, valorizar as infraestruturas hídricas, valorizar os serviços e as várias fontes. Por um lado, o foco das entidades gestoras deve continuar a ser a redução das perdas de água e da água não faturada, promovendo assim, uma gestão rigorosa e económica e ambientalmente responsável, continuando a investir em melhores e mais modernos sistemas de distribuição e naturalmente na manutenção de altos níveis de qualidade e controlo de qualidade. Por outro lado, devem igualmente ser tidos em conta “outros fatores desta equação”, sendo sempre que possível preferível uma vi-

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são integral do círculo urbano da água e, portanto, serem tidas em conta as águas residuais domésticas e as águas pluviais. É neste contexto que a Águas de Gaia, enquanto entidade gestora de todo o ciclo urbano da água, encara também a gestão das águas residuais e pluviais como um desafio ambiental, financeiro e económico, com uma visão de futuro, futuro esse que para nós já começou! Tratando-se de um desafio, a gestão e valorização de águas pluviais para fins não potáveis poderá (e deverá) constituirse como uma oportunidade, aproveitando-a como um recurso fundamental para o funcionamento dos ecossistemas, deixando de ser associadas, normalmente, a problemas de maior ou menor dimensão, consoante se trate de episódios mais ou menos extremos e cujas consequências sejam mais ou menos graves, no contexto atual das alterações climáticas. Para além disso, a reutilização da água residual, que, após tratada, também poderá (e deverá) ser utilizada para vários fins, como aliás a legislação já permite e cuja tendência internacional será de multiplicar os fins do uso da reutilização de água residual tratada. Uma visão integrada e única tem sido sem dúvida bastante importante para o sucesso da operação da Águas de Gaia. E, ao manter uma visão de 360º, sustenta a nossa política de gestão e naturalmente na estratégia ambiental e de sustentabilidade do Concelho de Vila Nova de Gaia. ● DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021


ÁGUA

O SEU BEM MAIS PRECIOSO PARA QUE A ÁGUA CHEGUE A TODAS AS TORNEIRAS, HÁ TODO UM PROCESSO COMPLEXO QUE IMPLICA INÚMEROS MEIOS E RECURSOS. SE NÃO A VALORIZARMOS E SE A DESPERDIÇARMOS, A ÁGUA POTÁVEL TERÁ CUSTOS INCOMPORTÁVEIS… OU LEVANDO À SUA ESCASSEZ. NA ÁGUAS DE GAIA, O FUTURO JÁ COMEÇOU! GERIMOS TODO O CICLO URBANO DA ÁGUA, NUM DESAFIO QUE ENCARAMOS COM UMA VISÃO DE 360º QUE SUSTENTA A NOSSA POLÍTICA DE GESTÃO NUMA ESTRATÉGIA AMBIENTAL E DE SUSTENTABILIDADE DO CONCELHO DE VILA NOVA DE GAIA. A ÁGUA É O SEU BEM MAIS PRECIOSO, SEM ELA NÃO HÁ DIA. VALORIZEMOS A ÁGUA!

ÁGUAS DE GAIA, MEMBRO DA AQUAPUBLICAEUROPEA /aguasgaia

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BONS EXEMPLOS

Be Water está há três décadas em Portugal Acesso seguro a água de qualidade

A

água é um bem essencial que não é limitado. Segundo a ONU, existem ainda cerca de 2,2 mil milhões de pessoas sem acesso a água potável e 4,2 mil milhões que vivem sem saneamento apropriado. Com um impacto direto na saúde e prosperidade das populações, estima-se ainda que em algumas regiões do globo o aquecimento possa agravar os números associados a esta dificuldade de acesso. Em Portugal, praticamente toda a população é servida por sistemas públicos de abastecimento de água que garantem o acesso a um bem de elevada qualidade uma vez que 98,66% da água distribuída é segura. Por cá, raras são as vezes em que refleti-

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mos sobre a preservação dos recursos hídricos necessária para garantir que a maioria da nossa população tenha um acesso seguro a água de qualidade. Recorremos à água das nossas torneiras sem imaginar o que acarreta tornar a água adequada para consumo, à distância de um gesto tão simples. A verdade é que o percurso que ela faz até chegar às nossas casas obriga a uma operação que garante, com capital humano qualificado e com acesso a tecnologia sofisticada, as melhores soluções no seu tratamento para disponibilizar um bem de excelência. É o caso do trabalho zeloso da Be Water, presente em Portugal há 30 anos, com longa experiência e investimento no ciclo urbano da água. Hoje, na Be Water, trabalhamos em proximidade jun-

to das comunidades onde nos inserimos, garantimos o abastecimento de água a mais de 230 mil pessoas em Portugal e continuamos sempre disponíveis para cada uma delas. Na nossa operação, temos um claro investimento em toda a linha com o desenvolvimento sustentável que se divide em compromissos de foro ambiental, social e económico. Este investimento afirma-se essencial para mitigar os impactos do aquecimento global, para garantir a gestão sustentável do ciclo da água e para proteger a biodiversidade. Otimizamos ainda as infraestruturas do sistema de abastecimento de água e os custos de serviços sem nunca comprometer a mais alta qualidade. Optamos também pela eficiência energética dos nossos equipamentos e instalações. O resultado do nosso trabalho de três décadas em território nacional reforça a certeza de que estamos no caminho certo, a fazer cada vez mais e melhor pelo nosso país. E a pandemia veio evidenciar isso mesmo: mantivemonos na linha da frente, a assegurar um serviço essencial, com a qualidade de sempre. Com a Be Water, pode contar com água de excelência e pronta para consumo. ● DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021


pronta para consumo

trabalhamos para garantir o acesso permanente a

segura e com qualidade comprovada uma empresa do grupo

BEVVG

anos em Portugal


Perceção de abundância prejudica comportamentos O que se passa em Portugal?

E

de cobertura e qualidade dos recursos hídricos distribuídos, subsistem problemas, como as elevadas perdas de água registadas em muitos sistemas de abastecimento e a capacitação, nomeadamente financeira, para manter bons níveis de funcionamento. Mantêm-se, ainda, vários problemas ligados com o estado dos recursos hídricos nas origens de água, que têm que ser ultrapassados. Algumas das consequências das alterações climáticas podem ter reflexos particularmente negativos nas zonas mais secas do território, aumentando alguns dos problemas já hoje registados. ●

O QUE FAZER?

Será possível solucionar os problemas existentes no domínio dos recursos hídricos, para o que deverão ser implementadas ações a nível mundial, nacional, local e individual.

Uso eficiente

Sustentabilidade

Ligação

O uso da água em Portugal apresenta elevadas ineficiências. As perdas são, em média, de 37,5% na agricultura, de 25% no setor do abastecimento urbano e de 22,5% na indústria. Além da redução de perdas, nas quais devemos estar todos implicados, pode aumentar-se o uso eficiente da água através da reutilização de efluentes tratados, por exemplo na rega de jardins. A implementação de técnicas de rega mais modernas e eficazes, bem como a utilização de culturas agrícolas que permitam obter produções equivalentes com menores consumos de água, são também práticas que promovem o uso eficiente da água em Portugal.

Em Portugal, as tarifas pagas pelos serviços de água e saneamento variam muito entre concelhos. Por outro lado, vários sistemas geram receitas claramente insuficientes para suportar os gastos de operação e manutenção, muitas vezes sobrecarregados por elevados níveis de perdas de água. Para melhorar ou manter os bons indicadores de qualidade existentes globalmente em Portugal, será necessário garantir que os sistemas existentes são sustentáveis nas várias vertentes: ambiental (reduzindo as perdas existentes); social (através da cobrança de tarifas socialmente adequadas); e económico-financeira (garantindo a cobertura dos custos sobretudo através das tarifas).

Como forma de reduzir o divórcio que ainda se verifica entre os ecossistemas aquáticos e muitas pessoas, tem sido promovida uma maior ligação entre as pessoas e os rios, ou mesmo toda a bacia de drenagem (incluindo as águas subterrâneas). Esta maior ligação envolve geralmente as pessoas e os rios em cuja bacia de drenagem habitam, com os quais podem ter uma relação mais próxima e interventiva. Em Portugal existe um bom exemplo deste esforço representado pelo projeto RIOS, que visa a adoção e monitorização de troços fluviais, de modo a promover a sensibilização da sociedade civil para os problemas e a necessidade de proteção e valorização dos sistemas ribeirinhos.

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ARTUR MACHADO

mbora em Portugal se verifique um acesso generalizado aos serviços de abastecimento e saneamento, parece existir uma falsa perceção de abundância ilimitada dos recursos hídricos disponíveis, o que faz com que muitas pessoas desvalorizem a água e tenham comportamentos pouco sustentáveis na sua utilização. É importante corrigir essa perceção, já que Portugal continua a apresentar desafios importantes para melhorar e manter os padrões de gestão e utilização da água. Apesar da melhoria global dos indicadores relativos a taxas

DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021


Escassez afetará 2/3 da população mundial

A

Governança

Comportamento Ordenamento

Deve ser aumentada a participação das pessoas na chamada governança dos recursos hídricos. Várias análises têm realçado a importância do papel da governança na gestão eficaz da água. Em Portugal, a participação das pessoas é particularmente enquadrada na fase de planeamento, no âmbito da discussão pública das propostas de planos.

Será ainda relevante continuar a alterar os comportamentos individuais, com o objetivo de consumir menos e melhor, reduzindo a poluição gerada e a água consumida. Por exemplo, a redução do consumo de carne permite reduzir substancialmente a pegada hídrica individual, já que outros alimentos, como os vegetais, requerem quantidades de água menores para serem produzidos em quantidades equivalentes.

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A mitigação de vários problemas existentes na gestão de recursos hídricos passa por um melhor ordenamento do território que, além da proibição da construção em zonas de risco (zonas inundáveis pelas cheias, zonas de erosão), deverá contribuir para a redução das áreas impermeáveis (como são as zonas urbanizadas e pavimentadas) e para a recuperação de zonas húmidas.

pesar das melhorias registadas no mundo em muitos domínios da gestão e utilização de recursos hídricos e das capacidades técnicas existentes para lidar com muitas questões, continuam a subsistir problemas graves. Além do acesso, ainda inexistente, em muitos locais a redes de abastecimento e saneamento, salientam-se os problemas relacionados com a escassez (física) de recursos hídricos disponíveis. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), a escassez de água afetará dois terços da população mundial em 2050, devido ao uso excessivo de recursos hídricos para a produção de alimentos. Este aumento estará relacionado com o consumo não sustentável de água para a agricultura. Em 2050, serão necessários 60% a mais de alimentos para alimentar o planeta, enquanto a agricultura continuará a ser o maior consumidor de água a nível mundial. Os cenários de alterações climáticas podem também acentuar alguns dos problemas de escassez no futuro, através da sua influência sobre componentes do ciclo hidrológico, nomeadamente a temperatura, a precipitação e a evapotranspiração (perda de água do solo por evaporação e a perda de água das plantas por transpiração). Em algumas regiões, a agricultura intensiva, o desenvolvimento industrial e o crescimento urbano serão os responsáveis pela contaminação de origens de água, reduzindo a sua disponibilidade. ● 13


BONS EXEMPLOS

Água na Póvoa de Varzim - a excelência sustentável

A

Póvoa de Varzim é, na região, um dos raros municípios detentores das redes de água e de saneamento que servem o concelho – a rede de água com uma cobertura de 100%, a de saneamento na casa dos 95%. As duas constituem um ativo do município avaliado em 100 milhões de euros. Estes dois serviços são daqueles que, pela sua importância no quotidiano dos cidadãos, devem permanecer na esfera da ação direta do poder local, o mais próximo, o mais atento, o mais disponível e o mais escrutinado – logo, o mais interessado na prestação de um serviço de qualidade. Há anos, em contexto de dificuldade económico-financeira, resistimos à insistente proposta de privatização do serviço, rejeitando a choruda compensação com que nos ace-

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navam. Arrostámos então com a impopularidade do preço a que o município vendia água aos munícipes: o preço justo, quando à volta se praticavam preços subsidiados – que garantiam a popularidade ocasional, mas conduziam (como conduziram) à insustentabilidade do negócio e, portanto, à necessidade de concessão da rede e privatização do serviço. A partir de então o panorama alterou-se, logicamente: o serviço público, gerido com critérios de sustentabilidade e sem o objetivo do lucro, tem permitido a estabilização do preço – ao invés do privado, que, nos termos dos contratos assinados, pratica preços que não param de subir. A Póvoa de Varzim (que tinha, há anos, uma das águas mais caras do país) distribui hoje a água mais barata do distrito. E água cuja excelência é reconhecida pela entidade regu-

ladora, que, ponderando todos os parâmetros de prestação do serviço, distinguiu a água servida aos Poveiros com o Selo de Qualidade Exemplar para Consumo Humano. A qualidade da água (que nos permite recomendar aos Poveiros que a bebam da torneira, dispensando a engarrafada) não nos dispensa de investir na qualidade do sistema de distribuição, designadamente através do combate às perdas, que na Póvoa de Varzim se situam na ordem dos 17%. (Há 4 anos, aqui como no país, rondavam os 60% - o que quer dizer que o combate ao desperdício é imperativo, quer pela necessidade de preservação de um recurso tão escasso, quer porque essa poupança é contributo valioso para a sustentabilidade financeira do serviço e, concretamente, para a formação do seu preço de venda ao consumidor). ●

DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021



Má qualidade da água mata 500 mil por ano Poluição de rios, mares e oceanos não para de aumentar

C

om secas cada vez mais extremas, o planeta lembra-nos, todos os dias, uma verdade irrefutável: sem água não há vida. Além de ser imprescindível para a sobrevivência dos seres vivos que o habitam, este recurso também é indispensável para o desenvolvimento socioeconómico, para a produção de energia, ou para a adaptação às mudanças climáticas. Problema: a poluição dos rios, mares, oceanos, canais, lagos e barragens não para de crescer, apesar dos alertas que nos entram pelos olhos adentro. Mas o que é, afinal, a poluição da água? A Organização Mundial da Saúde (OMS) define água contaminada como aquela que sofre alterações na sua composição até ficar inutili-

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DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021


CAUSAS

CONSEQUÊNCIAS

Os fatores naturais, como a filtração do mercúrio presente na crosta terrestre, podem contaminar os oceanos, rios, lagos, canais e barragens. Porém, é mais habitual que a deterioração da água proceda de atividades humanas e de suas consequências.

A deterioração da qualidade da água tem impactos negativos no meio ambiente, na saúde e na economia global. David Malpass, presidente do Banco Mundial, lançou o seguinte alerta: “A deterioração da qualidade da água impede o crescimento e agrava a pobreza em muitos países”. Isto significa que, quando a procura bioquímica de oxigénio — medida que determina a poluição orgânica verificada na água — ultrapassa um determinado limite, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a riqueza produzida) das regiões localizadas nas bacias hidrográficas cai até um terço.

Aquecimento global O aumento da temperatura terrestre, em função das emissões de CO2, aquece a a água, provocando uma diminuição dos níveis de oxigênio.

Desmatamento O corte das florestas pode esgotar as fontes hídricas e gerar resíduos orgânicos que propiciam o aparecimento de bactérias perigosas e capazes de contaminar.

JOSE MOTA

Atividades industriais, agrícolas e pecuárias

zável. Isto é: é água tóxica que não pode ser bebida nem usada em atividades essenciais como a agricultura. Além disso, é uma fonte de insalubridade que provoca mais de 500.000 mortes anuais a nível global por diarreia e transmite doenças como a cólera, a disenteria, a febre tifoide e a poliomielite. Bactérias, vírus, parasitas, fertilizantes, pesticidas, medicamentos, nitratos, fosfatos, plásticos, resíduos fecais e até substâncias radioativas: eis os principais poluentes da água. Estes elementos nem sempre tingem a água, de tal forma que a poluição hídrica é muitas vezes invisível. É por isso que se fazem análises químicas de pequenas amostras e organismos aquáticos, para saber o estado da qualidade da água. ● DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021

Biodiversidade A poluição hídrica empobrece os ecossistemas aquáticos e facilita a proliferação descontrolada de algas nos lagos (eutrofização).

As descargas de produtos químicos procedentes destas atividades são uma das causas principais da eutrofização da água (multiplicação da quantidade de algas em lagos e represas que originam múltiplos problemas ambientais).

Poluição da cadeia alimentar

Lixos e efluentes de águas fecais

Escassez de água potável

A Organização das Nações Unidas (ONU) garante que mais de 80% das águas residuais do mundo que chegam ao mar e aos rios estão por depurar.

Tráfego marítimo Boa parte dos plásticos que poluem os oceanos procedem dos barcos pesqueiros, petroleiros e do transporte de mercadorias.

Derramamentos de combustível O transporte e o armazenamento do petróleo e seus derivados dão azo a derramamentos que podem chegar às fontes de água.

A pesca em águas contaminadas, bem como a utilização de águas residuais na pecuária e agricultura, podem transmitir toxinas aos alimentos que prejudicam a saúde de quem os ingere.

A ONU admite que ainda existem largos milhões de pessoas no mundo sem acesso a água potável e saneamento, especialmente em áreas rurais.

Doenças A Organização Mundial de Saúde calcula que cerca de 2 mil milhões de pessoas bebem água contaminada com excrementos, expondo-se a doenças como a cólera, hepatite A e disenteria.

Mortalidade infantil Segundo a ONU, as doenças diarreicas ligadas à falta de higiene provocam a morte a cerca de mil crianças por dia em todo o mundo. 17


BONS EXEMPLOS

Águas do Interior Norte Objetivo: qualidade e preço justo

Q

uando, em 2016, se uniram as vontades dos Municípios que hoje integram a AdIN (Freixo de Espada à Cinta, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Torre de Moncorvo e Vila Real), foi dado o tiro de partida para a constituição da sociedade Águas do Interior Norte E.I.M., S.A. (doravante AdIN). Depois de obtidos os necessários pareceres favoráveis da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e do Tribunal de Contas, procedemos, em 15.11.2019, em Vila Real, à celebração da Escritura Pública de constituição da AdIN que materializou a agregação dos sistemas de abastecimento de água e drenagem de águas residuais, “em baixa”, nestes territórios. O atual Conselho de Administração da AdIN, ao longo deste quase ano e meio de atividade, procedeu, por um lado, à migração dos dados comerciais dos Municípios acionistas, numa parceria que julgamos ser de sucesso com a EPAL porquanto, possibilitou que, desde a primeira hora, estivéssemos em condições de faturar os serviços prestados aos nossos Clientes. Por outro lado, foi desenvolvido um processo contínuo de incorporação dos recursos

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humanos e materiais provenientes dos Municípios seus acionistas, de encontrar e adquirir as instalações e equipamentos essenciais ao desempenho das nossas atribuições, de tomar contacto próximo com a realidade das infraestruturas que agora se encontram sob a nossa gestão bem como, de serem traçadas as melhores estratégias que nos permitam atuar com a eficiência e eficácia que presidiu ao nosso processo de agregação de sistemas. Esta viagem em que embarcamos só tem sido possível partindo da confiança depositada pelos nossos acionistas, contando com o empenho e dedicação de todos os colaboradores da AdIN bem como, com o comprometimento de todos os nossos prestadores de serviço. Salientamos ainda o contributo do Ministério do Ambiente e do POSEUR, entidades que desde sempre fizeram seu este nosso projeto, que se pretende no futuro de âmbito regional. Para que possamos concretizar os nossos objetivos, importa sublinhar a importância estratégica dos Apoios Comunitários concedidos pelo POSEUR (cerca 14M€ para investimento na melhoria de eficiência das redes de abastecimento e 21M€ para investimento para a reabilitação das redes de saneamento) bem como, na obtenção de financiamento

por parte Banco Europeu de Investimentos (BEI), que ainda estamos a ultimar (cerca de 30M€), para suportar o autofinanciamento dos investimentos previstos. Cientes que o horizonte é desafiante, estamos já profundamente comprometidos com a materialização de todos os investimentos que possibilitarão a descida do atual nível de água não faturada (as denominadas perdas de água) em todos os territórios onde a AdIN opera bem como, com a concretização de um programa de troca de instrumentos de medição, elementos essenciais para a viabilidade económico-financeira da Empresa. De referir por fim, que é objetivo da AdIN, arduamente trabalhar para que seja possível nos próximos anos esta empresa assumir-se como uma referência nacional no sector da Água e do Saneamento, prestando estes serviços essenciais com qualidade e a um preço justo porque, afinal… É A ÁGUA QUE NOS LIGA! ● O Conselho de Administração da AdIN Eng.º Carlos Manuel Gomes Matos da Silva (Vereador da Câmara Municipal de Vila Real) Dr. José Manuel Gonçalves (Presidente da Câmara Municipal de Peso da Régua) Dr. Mário Artur Lopes (Presidente da Câmara Municipal de Murça)

DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021



POLUÍDA

ARTUR MACHADO / GLOBAL IMAGENS

ÁGUA

Animais também sofrem com o lixo depejado nas águas ▼

Apesar de poluídos, rios continuam a ser fonte de lazer

NOEL CELIS / AFP VIA GETTY IMAGES

DIREITOS RESERVADOS

LEONEL DE CASTRO

A perceção de que continumos a ter água que baste é um das causas do seu mau uso. Inverter a situação depende de cada um de nós

Descargas tóxicas são recorrentes Pai e filho recolhem plástico para venderem


Espelho de água (ainda) limpo

LEONEL DE CASTRO

MIGUEL PEREIRA/GLOBAL IMAGENS

ARTUR MACHADO / GLOBAL IMAGENS

Cascata no Poço do Inferno (Vizela)

UNIVERSAL IMAGES GROUP VIA GETTY IMAGES

Atividade agrícola é grande consumidora de água Matar a sede com água potável: necessidade cada vez mais difícil de satisfazer

ÁGUA

LIMPA Além de satisfazer uma necessidade básica, quando bem tratada a água propicia imagens e prazeres que não temos o direito de estragar


BONS EXEMPLOS

Celebrar o Dia Mundial da Água no Porto e em Família Turismo do Porto e Norte e Pavilhão da Água assinalam data com jogos em família, dicas de sustentabilidade e workshops

O

Turismo do Porto e Norte e o Pavilhão da Água no Porto vão assinalar o Dia Mundial da Água, que se celebra a 22 de Março, com uma ação conjunta que visa promover o turismo sustentável. Devido ao atual contexto, a ação decorrerá em plataformas digitais, nomeadamente no instagram do Turismo do Porto e Norte @visitportoandnorth e no instagram do Visit Porto @visitporto, onde será proposta a realização de uma visita virtual pelo Pavilhão da Água, localizado

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no Parque da Cidade do Porto. Jogos didáticos e workshops, direcionados sobretudo para as crianças, completam a proposta, que tem como mote um despertar da consciência para as questões da sustentabilidade ambiental, tema também ele central para a atividade turística. O Pavilhão da Água, equipamento gerido pela Águas do Porto, é já uma referência na área da educação ambiental e na preservação dos recursos hídricos, tendo recebido já cerca de meio milhão de visitantes desde que se sediou no Porto, em dezembro de 2002. Ali, de uma forma científica, mas simultaneamente lúdica, é proposta uma viagem interativa pelo fascinante universo da água, onde são realizadas experiências que demonstram a importância deste recurso para a vida no planeta terra, assim como os diferentes meios em que está presente, ou as suas diversas utilizações. Este importante recurso para o segmento famílias localiza-se numa zona privilegiada, entre o verde do parque da cidade e o azul do Atlântico, com as praias do Porto e Matosinhos no horizonte. Segundo Luis Pedro Martins, Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, “a preservação ambiental, para a qual as novas gerações estão particularmente consciencializadas, é um trunfo na hora de escolher o destino, tanto mais que é sabido que a opinião dos mais novos influencia a decisão dos pais no momento do planeamento do des-

tino de férias e, neste domínio, a sustentabilidade é um dos pilares da estratégia de turismo da região”. A oferta do Porto e Norte é diversa e vasta, uma vez que, para lá de rios, lagoas e albufeiras de águas límpidas inseridas em paisagens deslumbrantes, existe uma grande variedade de águas com capacidades terapêuticas que integram a oferta de Saúde e BemEstar das Termas do Porto e Norte, indicadas para a cura e prevenção de doenças de vários foros, proporcionando um equilíbrio físico e mental tão importante nesta altura. O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1993, e todos os anos os Estados são desafiados a realizar ações que promovam a consciencialização pública para a conservação e boa utilização dos recursos hídricos. ●

DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22 MARÇO 2021


No Dia Mundial da Água, o Pavilhão da Água vai encher de conhecimento as redes sociais do Turismo do Porto e Norte de Portugal! Sigam-nos para ver tudo! pavilhaodaagua.pt

Vamos ter experiências divertidas, visitas virtuais à exposição, e workshops em direto!

@visitporto @visitportoandnorth

22 de Março


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