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PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA

ALMANÁUTICA Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano I – nº 05 – março/abril 2013 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Leia nesta edição:

Educação Ambiental:

Enquanto governo, escolas e famílias não priorizam a educação das crianças em relação ao meio ambiente você pode fazer a diferença no seu barco, nas férias ou mesmo num simples final de semana. Saiba como!

Não espere: faça!

Confira também:

Semana Brasileira de Vela: Os velejadores para 2016 Regatas definem os brasucas que vão para as Olimpíadas

FEVESP inicia 2013 a todo vapor Fruto da organização e trabalho da entidade, Optimist reune mais de 180 em SP

ABVC e ABVO iniciam parceria

Associações de velejadores discutem para oferecer ideias e serviços a seus sócios

Beto Pandiani viabiliza sua travessia em catamarã Izabel Pimentel cumpre promessa feita a Slocum João Lara Mesquita resgata seu barco naufragado Tudo o que acontece nos polos náuticos pelo Brasil

Pão a bordo: como fazer? Refletor de radar funciona? Jet Ski: conheça a legislação Mudam as regras para o kite


ALMANÁUTICA

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EDITORIAL

Acabou o verão (ou quase...) cheio de atividades náuticas pelo Brasil. A principal, claro, a definição das equipes que representarão o Brasil nos jogos de 2016. Mas tem muito mais: pelos polos náuticos, as notícias que você só encontra aqui. Nossas boas vindas ao parceiro Freedom Despachante Náutico que nos honra com seu prestígio. Seja bem-vindo! Não deixe de ler a coluna do escritor Zé Paulo, como sempre imperdível. Na reportagem especial, como fazer educação ambiental com seus filhos, aproveitando o mundo náutico. Passeando pelo mundo, curiosidades sobre a volta ao mundo da Izabel Pimentel, o resgate do Mar sem Fim entre outros assuntos interessantes. E nossos agradecimentos aos colaboradores: Do Sul, Ane Meira e Claudio Copello, de Santos, Juliana Molinari, em Jampa, Nayara Licarião e no interior, Paulo Fax. Obrigadão a todos! E claro, parabéns aos ganhadores das lanternas especiais sorteadas pelo Almanáutica. Vocês receberão em casa, pelo correio, seus premios. Boa leitura a todos! Ricardo Amatucci

Murillo NOVAES

Olá dileto leitor, é com muita alegria que encerrado o reinado momesco nosso Brasil varonil finalmente conhece as dores e as delícias do ano 13 deste século que, entre outras inovações, já assistiu até a uma renúncia papal, entre outras coisas estranhas que a pós-modernidade produz. Se até o Papa não estava satisfeito com o chefe dele, que era um Deus, imagina eu? Pano rápido. Mas como não estamos aqui para falar do além, vamos rapidinho para a super suja e muitas vezes fétida raia olímpica do Rio 2016. Foi lá que, no prólogo deste ano que se inicia, pudemos conhecer a nova EBVO – Equipe Brasileira de Vela Olímpica 2013. Findo o entrudo, eis que nossas feras olímpicas e até alguns gringos de renome e resultados, como a espanhola Marina Alabau, ouro na RS:X feminina em Londres 2012, e os dinamarqueses do 49er, bronze nos mesmos jogos, resolveram se aventurar em águas cariocas. E o que se viu foi Vela de altíssimo nível. O maior destaque, sem dúvidas, foi o re-

Crônicas Flutuantes

Coluna de José Paulo

Truco Ladrão

Aquela viagem, contrariando a normalidade, tinha tudo para acontecer sem quaisquer tipos de incidentes. Isso devido a ser o barco novíssimo e a distância somente daqui ali... dois, três dias no máximo. Mesmo assim tudo foi meticulosamente checado: combustível, água potável, primeiros socorros, baterias, sinalizadores, remedinhos e agregados, óculos para vista cansada e abastecimento da adega. O que jamais imagináramos, todavia – éramos quatro na tripulação –, é que, após dia e meio, o Jairo achasse dentro da gavetinha da mesa da cabine uma caixinha de baralho. Isso mudava tudo! A seqüência dos turnos foi imediatamente esquecida e uma espécie de euforia tácita tomou conta do ambiente, provocando olhares acumpliciados. Mar de almirante, um leste em boa direção, sinais convenientemente combinados e estava formada a mesa para o carteado. Eu de parceria com o Alcides... Jairo com o Bó. A história da navegação, desde tempos imemoriais até dias de hoje, poderia ser dividida, guardadas devidas proporções, em antes e depois dos GPS, piloto automático e radar. No meu tempo – quando o cabra começa a falar assim é que está começando a descida da rampa – a coisa não era fácil! Engenhocas como sextantes, fazedores de bips como radiogoniômetros, alidades e outras velharias pouco ou nada refrescavam na mão de amadores, fazendo permanecer dúvida constante sobre uma posição confiável e se encarregando em manter tripulações sempre em estado de alerta máximo, criando óbvios desgastes físico e psicológico. Cenário perfeito para baixas significativas no humor de bordo. Já com esses aparelhinhos modernos navegar virou brincadeira de pirralhos e, por essas e outras, no meio amador tem havido certo aumento no número de acidentes, confirmando o relaxo como apanágio humano. Pois então, com rumo traçado, ueipóintis segredados às maquininhas e vento a favor, não tardou a vir o primeiro truco-ladrão acompanhado de seis sô... nove... E aquela alegria, aquela gritaria, aquela anarquia toda que faz do truco o jogo mais importante do Brasil, tirante o dominó e, para alguns, a porrinha, claro! Houvesse tais modalidades nas olimpíadas... Tudo correndo muito bem; o barco pouco inclinado sendo suficiente o feltro verde da mesa para o não deslizar dos copos. Após desarrolhar a quarta ou a sexta garrafa do bom Malbec chileno que nos acompanha-

va, Bó regressou dizendo que parecia ter escutado um chiado, um apito, um guinchado, sabia lá, vindo de algum lugar próximo ao painel de instrumentos. E a turma ali, se esbandalhando, dizendo que devia ser o caminhão do gás dando marcha-à-ré ou juiz de futebol com asma. O Bó ainda quis insistir, mas o jogo tava bâo dimais da conta. Seja! Era o alarme do piloto; o vento havia rondado e... – Truco mesmo sô! – Seis desgraçado! – Nove ladrão!! E assim ia a jogatina noite adentro. A lua nasceu tarde, mas ninguém viu. Entre as três e meia e a abertura da oitava – acho – garrafa, o Jairo começa uma misturada de sinais trocando o do zapi pelo do espadilha, o que redundou em derrota definitiva da dupla dele mais o Bó. O Jairo, em se tratando de fermentados, sempre foi meio fraco. Com o encerramento do truco, como sempre acontece nessas ocasiões, houve breve momento de silêncio para meditações. Todavia, o alarme do piloto não havia parado de tocar e a ele, agora, somava-se o do GPS um tom abaixo, ou acima, produzindo um estranho duo de sons cibernéticos. A carraspana passou na hora e todos, tentando passar ao mesmo tempo pela gaiúta, subimos ao convés apenas para, abestalhados, vermos passar a quinze ou vinte metros a bombordo uma imensa e iluminada plataforma de petróleo! José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador e conta, em crônicas com muito humor, situações vividas a bordo com sua família no livro “É proibido morar em barco”, à venda na Livraria Moana

Dos Leitores Olá Ricardo, Recebi a edição #04 do Almanáutica e adorei o conteúdo. Bons Ventos em 2013. Lars Grael _/)_ ~~~~~~~~ Recebi a Edição de numero 4 via o São Paulo Yacht Club. Gostaria de dar meus parabéns e oferecer nosso apoio. Atenciosamente, John Bennett – Presidente FEVESP

torno não menos que triunfal de Robert “Alemão” Scheidt ao Laser. O barco que consagrou nosso ídolo com dois ouros e uma prata olímpica e nada menos que oito títulos mundiais foi o que teve, como sempre, o maior número de competidores. E Scheidt venceu “apenas” todas as regatas menos uma, incluindo aí a medal race, a prova final que conta pontos dobrados. E assim mesmo a única que ele não faturou foi de propósito. Para afastar ainda mais o seu rival mais próximo, Bruno Fontes, na súmula. Um Deus inclemente! Outro que sobrou na Guanabara, foi Jorginho Zarif. Nosso representante olímpico na Finn. O garoto venceu também nove de dez regatas e manteve o posto na equipe olímpica no ano de 2013. A surpresa na classe foi o vice do jovem niteroiense Pedro Trouche que acabou deixando o ex-proeiro de Robert Scheidt na Star e medalhista Pan-americano de Finn, Bruno Prada, em terceiro. Brunão está se readaptando e, com certeza, não vai deixar barato. Aqui se faz necessário esclarecer que a presença na EBVO 2013 não garante nada no futuro, apenas dá aos velejadores da equipe o privilégio de ter todo o apoio do COB/CBVela (viagens, passagens,

material,barcos) no corrente ano. E, no caso de Bruno, como medalhista olímpico ele é membro permanente da EBVO. Para finalizar a trinca dos imbatíveis, veio a dupla da mais nova classe olímpica feminina, a 49er FX, Martine Grael e Kahena Kunze. As meninas simplesmente venceram tudo e com as vitórias no Norte Americano da classe e na Miami OCR, no começo do ano, se mantém com 100% de aproveitamento e líderes do ranking mundial. Filha de peixe, sabe como é... Por falar em 49er, André “Bochecha” Fonseca e o brasuco-portuga Chico Andrade, seu novo companheiro na classe, venceram o torneio, deixando os medalhados dinamarqueses em segundo e renovando as esperanças de Bochecha de participar de sua terceira olímpiada. Aliás, que sucesso o 49er está fazendo. Depois de anos com apenas um ou dois barcos no Brasil, o esquife olímpico teve dez barcos nesta pré-olímpica. Outro que já vai para 17 anos de presença na equipe brasuca é o windsurfista Ricardo

FEVESP

ABVO

(Continua na pág. 08) Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com

Por: John Bennett, Presidente-FEVESP

Por: Lars Grael, Comodoro da ABVO

O inicio de 2013 trouxe para São Paulo algumas competições muito importantes, e a Guarapiranga mostrou que com bom planejamento e realização competente podemos nos candidatar aos principais eventos Nacionais e Internacionais da vela. O Campeonato Brasileiro da Classe Optimist realizado pelo YCSA na Guarapiranga recebeu mais de 150 velejadores mirins por quase 15 dias de ventos variados, sol, chuva e uma equipe de profissionais de alta qualidade. Este evento nos mostra o quanto temos que focar a vela jovem e principalmente a transição ao final do período em que os jovens fecham o ciclo do Optimist. O Campeonato Brasileiro da Classe Finn realizado pelo Yacht Club Paulista, mostrou que a vela de alto rendimento também pode vir a São Paulo. Mostrou também que a disputa de vagas para a equipe Olímpica de 2016 será emocionante, e não ficará reservada a uma pessoa por classe. Jorginho Zariff e Bruno Prada duelaram com os outros 23 velejadores, todos os dias pelo título assim como a disputa do Robert Scheidt e do Bruno Fontes no Brasileiro de Laser mostrou que a existência de 2 ou 3 pessoas por classe buscando a vaga, só melhora o atleta, a competição e a preparação, além de atrair a mídia e os demais atletas da classe. Dias 23 e 24 de Fevereiro começamos o novo ano com a Regata de Abertura da Cidade de São Paulo realizada pelo SPYC na Guarapiranga com mais de 200 veleiros de todas as classes. E 2013 verá ainda em São Paulo o Brasileiro e Sul Americano de A Class, 7º Distrito do Star, Sul Brasileiro e Brasileiro de HC 14 e HC16, Brasileiro de MT, Brasileiro de Day Sailer, Seletiva de Mundial e Brasileiro de Lightning, além dos diversos eventos da vela de Oceano, com destaque para a 40ª Rolex Ilha Bela Sailing Week. O Calendário Completo e as noticias da vela estão em nosso site, que fica em www.fevesp.org.br e na página do Facebook. Bons Ventos a todos e Feliz 2013!

2012 foi ano de assumirmos a ABVO e sanear suas contas. Conseguimos promover a unidade da Vela de Oceano no Brasil – ORC; BRA/RGS; Veleiros Clássicos; Multicascos (MOCRA) e nos aproximamos da respeitável Associação Brasileira de Vela de Cruzeiro – ABVC. Em 2013 temos muito o que fazer, e desde já pedimos seu voto de confiança e apoio. ORC: Aconteceu no Circuito de Santa Catarina no ICSC subsede de Jurerê em fevereiro (peso 2,5 para ORC e 2,0 para BRA/ RGS na Copa Brasil de Vela de Oceano Ranking da ABVO). Anuidades: Clubes promotores de eventos oficiais da ABVO e associados ORC; IRC; BRA/RGS; Multicascos e Veleiros Clássicos puderam quitar suas anuidades com desconto até o final de janeiro. Os associados são aptos a participar dos eventos oficiais da ABVO e tem descontos na inscrição em vários circuitos oceânicos e regatas, além de descontos em produtos serviços (Bailly Capotaria; North Sails Service RJ; Ronstan; Olimpic Sails). Buscamos anunciar em 2013 um produto diferenciado de seguro com desconto para associado ABVO. Associados receberão selo para colocar no mastro (altura do garlindéu) de BE e flâmula da ABVO. Campeonatos Mundiais: Mundial da ORC em Ancona/ITA 22 a 29/06/2013: Estaremos representados pela tripulação paulista do “Touché Super/Tomgape” (Ernesto Breda). Estaremos na torcida! No mundial de Soto 40 Concepción/CHI de 29/01 a 03/02/2013 – Brasil foi representado pelas equipes Carioca (Roberto Martins) e a equipe gaúcha do Crioula do Veleiros do Sul (Samuel Albrecht). 1º Brasileiro da IRC: Acontecerá de 28 a 30 de Março de 2013 (Semana Santa), durante a BUZIOS SAILING WEEK. 40 anos do Iate Clube Armação dos Búzios – ICAB: Diretor da IRC na ABVO, Pierre Joullié anuncia que está apto para começar a pesar barcos. Para tal, conta com a balança de tração da ABVO e balança de 4 células de compressão do Secretário da ABVO, Eduardo Penido. Especialmente em 2013 para incentivar a adoção da regra, a Comissão Técnica poderá computar pesos analisados de projeto; pesagens anteriores e (ou) certificado ORC com decréscimo de 10% do peso. A lista de medidores será anunciada em breve. Os barcos das classes Soto 40`e Carabelli 30`terão ratings padronizados se mantidos fiéis a regra de origem. Regra ideal para barcos de regata e regata/cruzeiro que possuem confi-

Almanáutica: Jornalista Responsável: Paulo Gorab Jornal bimestral, com distribuição nacional nos principais polos náuticos do Brasil. Ano 01, número 05 março/abril de 2013 Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier Contato: falecom@almanautica.com.br Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial. Visite nosso site e fique por dentro das novidades diariamente: www.almanautica.com.br


gurações distintas do cliché convencional de barcos IMS / ORC. Caso dos barcos de quilha pivotante; lastro de água; gurupés e grandes assimétricos; dois lemes = barcos da geração de pura velocidade sem compromisso com regras. Brasileiro da BRA/RGS: Será promovido na parceria da BRA/RGS com a ABVO e será reconhecido pela ABVO e CBVela como título brasileiro oficial. Acontecerá no Circuito-Rio 2013 de 01 a 03/11/2013. É o grande momento da regra BRA/RGS no RJ. Contamos com a mobilização nacional do Walter Becker, entusiasmo da Valéria Soares e mobilização fluminense do Valdir Petersen. BRA/RGS no centro das atenções do mais tradicional Circuito de Vela Oceânica do país. Santos-Rio 2013: será organizado pela ABVO, ICS e ICRJ. Sem regatas simultâneas, mais distante da REFENO e terá a categoria de duplas. Volvo Ocean Race e Jacques Vabre: Itajaí, após sediar com sucesso stopover da Volvo Ocean Race em 2012, foi anunciada como chegada da tradicional regata transatlântico de multicascos, Jacques Vabre. Itajaí deve ser confirmada ainda, como destino da VOR 2014/2015. Recife também confirmada na VOR 2014/2015. O Brasil será o único país a sediar 2 Stopovers! Recife substituirá a cidade de Cape Town como chegada da 1ª etapa. A ABVO esteve presente nas tratativas. Promessa de barco brasileiro na VOR: Falando em Multicascos, a BR Marinas realizou com surpreendente sucesso, a última etapa do Extreme 40`Series em dezembro passado no Rio de Janeiro. A organização do evento, confirmou retorno em 2013 e 2014. Organizadores de Regata de Super Yachts Loro Piana, estudam a promoção de etapa no Rio de Janeiro em 2014. Barcos brasileiros acima de 50 pés, poderiam participar! Recife além de sediar a bem sucedida REFENO, é candidata a etapa da VOR 2015/2016. Torcida total! Brasil com 2 etapas da Volvo Ocean Race? Quem sabe, um barco brasileiro? Outras novidades: A Rolex e a ORC confirmaram a Rolex Ilhabela Sailing Week como evento oficial para 2013. A organização da tradicionalíssima regata Buenos Aires – Rio segue de vento em popa. Celebrará 200 anos da Marinha da Argentina e a promessa de várias participações brasileiras para reviver os anos de glória. Largada em 05/02/2014. E a Cape Town Rio 2014 está confirmada. A ABVO atenta e presente em todos estes movimentos. Agradecemos aos clubes que nos apoiam: YC de Ilhabela; Ubatuba Iate Clube; I. C. de Sta. Catarina; Clube Naval de Charitas; I. C. do Rio de Janeiro; Yacht Club da Bahia. E agradecemos também os apoios importantes da FEVERJ; Media Mundi, além dos meios de comunicação que divulgam nossas notícias: Revista Náutica; Murillo Novaes; Jornal Almanáutica; Revista Velejar & Meio Ambiente; Alexandre Haddad / Mar Brasil; Conhecimento Náutico; Bóia 1; Revista iate Life; Mariane Thamstem; ABVC; Site da BRA/RGS.

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UM GIRO PELA COSTA As principais notícias de Sul a Norte. O que acontece nos polos náuticos.

Rio Grande do Sul Veleiros do Sul: preparação para Olimpíadas 2016

Santa Catarina ICSC - Veleiros da Semana de Vela e Ilha: como formar Circuito Oceânico equipes de ponta Aconteceu em fevereiro a etapa de monoOs campeões brasileiro da Laser Matheus Dellagnelo (Radial), e Maria Carolina Boabaid (Standard), são atletas do Iate Clube de Santa Catarina (ICSC) - Veleiros da Ilha. Além deles, mais sete treinam com alguns custos viabilizados com recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

tipos da Semana de Vela de Florianópolis, que aconteceu na sede do Clube de Jurerê. O evento contou com a participação de 22 competidores divididos em quatro classes: optmist estreante e veterano, laser standard, radial e 4.7, snipe e HC 14. No Optimist estreante o campeão foi João Vitor Orestes, no veterano Erik Hoffmann. No Laser Standard quem levou a melhor foi Flabio Batista, no Radial Luca Mazzaferro e no 4.7 Maria Luiza Rupp. No HC 14 Aldo Kirsten ficou com o troféu. 29º Circuito

Hartmann: foco na alta performance No final de 2012 o Veleiros do Sul comemorou os seus 78 anos de história e empossou o Comodoro, velejador e advogado Cícero Hartmann para o biênio 2013-2014. A solenidade marcou o fim do mandato de Newton Aerts que nos últimos dois anos trabalhou pela modernização do Clube gaúcho. Hartmann pretende concentrar esforços na vela de alta performance e na formação de atletas visando os Jogos Olímpicos de 2016. Também integram a nova comodoria Guilherme Roth (vice-comodoria Esportiva), Carlos Alberto Trein (vice-comodoria Social), Luís Antonio Schneider (vice-comodoria Patrimônial) e Paulo Hennig (vice-comodoria Administrativa). Parabéns e sucesso! Foto: Ricardo Pedebos

Logo depois aconteceu o 29º Circuito Oceânico no qual o barco Absoluto, do comandante Pedro Prosdócimo Neto, foi o grande vencedor pela ORC. Entre as demais classes participantes, os vencedores foram:

Matheus, campeão brasileiro pelo ICSC A competição terminou dia 29 de janeiro, em Porto Alegre, mas Matheus já havia garantido o título do campeonato com duas regatas de antecedência. Essa é a terceira vez que ele conquista o título brasileiro (2009 e 2011). O ICSC – Veleiros da Ilha também desenvolve o projeto Talentos Olímpicos, que busca novos atletas da modalidade nas escolas municipais, estaduais e federais de Florianópolis.

ORC - Campeonato Brasileiro 1º Absoluto; 2º Flash Best Fellow; 3º Tembó Guaçu; C30 1º TNT Loyal; 2º Zeus Team; 3º Katana Energia; Bra RGS A 1º Garrotilho; 2º Bruxo; 3º Argonauta; Bra RGS B 1º Nemo; 2º Blade Runner; 3º Moleque Clássicos 1º Cairu (único inscrito) Bico de Proa A 1º Xamego; 2º Aruna; Bico de Proa B 1º Blue; 2º Blue 1; 3º Anita

Iate Clube de Santa Catarina: Crise ou dia-a-dia?

Postado no Facebook, uma nota dizia “Crise na Vela - O Diretor de Vela do ICSC Veleiros da Ilha (Artur Junqueira), neste momento de crise, convoca os velejadores de Oceano para uma reunião urgente para discutir sobre os caminhos da Vela de Oceano em 2013...”. Segundo velejadores com os quais o Almanáutica a “crise” no clube é algo mais complexo. Reclamam que os velejadores sentem-se desprestigiados em detrimento das grandes embarcações. Além disso reclamam do pretenso aumento que a Comodoria faria da ordem de 36% entre mensalidades e taxas. “Menos de 10 dias do inicio das copas de oceano e monotipo cortaram despesas importantes das regatas e juria. O clube só participou com os marinheiros e a embarcação para a CR”, reclamou um velejador que preferiu não se identificar. Contatamos a Comodoria, mas o Sr. Carlos Roberto Bresolin estava no Rio de Janeiro acompanhando as seletivas Visite sempre o site da ABVO que fica em: do Pré-Olímpico e os atletas do ICSC. O Gerente Geral do clube Sr. Luciano OliveiWWW.ABVO.ORG.BR/NOVO ra em nome da Comodoria afirmou que não existe uma crise na vela do ICSC. “Hoje o clube vem investindo muito em nossas ANUNCIE: equipes, em busca de erguer a Vela. Nossos É barato e você aparece em todo o Brasil. atletas tem participado de campeonatos, São leitores de qualidade e colunistas como recentemente no Rio Grande do Sul formadores de opinião. e agora no Rio de Janeiro (seletiva Jogos Associe sua marca! Olímpicos de 2016), e hoje competem com falecom@almanautica.com.br apoio da Lei do Incentivo do Ministério do Esporte”, explicou. Ainda segundo Olivei-

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ra, o ICSC esta trabalhando com o intuito vista, nem trabalhar para o clube. E a eferde fortalecer a vela, fazendo uma remode- vescencia do Veleiros mostra que por lá a lação junto às flotilhas, que são indepen- coisa acontece. Tomara que para melhor! dentes, terminando com o paternalismo e convocando todos a participarem deste novo projeto. “Isso já está acontecendo nas flotilhas de monotipo, onde os resultados demonstram que o caminho seguido esta correto”, afirmou. Da reunião, decidiu-se preparar um documento a ser enviado ao Presidente do Conselho solicitando a manutenção do apoio as regatas. O certo é que existe um lado bom nessa discussão. Em muitos clubes, associados e Comodoria Comodoria do ICSC: Crise onde? não fazem nada – nem discutir pontos de


ALMANÁUTICA

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Paraty Com Gosto de Sal

Juliano veio da Sardenha até Paraty Wlademir Juliano Treis mora em Paraty, e veio da Sardenha, no mar Mediterrâneo para o Brasil em 2010. A viagem foi realizada em um pequeno veleiro de ma-

deira medindo 8 metros de comprimento, com o qual, hoje, Juliano leva turistas para charters na região da cidade onde mora. A viagem rendeu um DVD, “Gosto de Sal”, com roteiro do próprio Wlademir e direção de Nassau de Souza. O documentário, patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura de Blumenau, foi lançado em Santa Catarina em outubro de 2012. No filme, cenas do cotidiano a bordo de uma pequena embarcação que se encontra nas mais diversas situações, típicas de uma viagem transoceânica. A realidade de quem vive no mar. “Gosto de Sal” vai além de uma simples história de navegação, mostra também os medos e ansiedades vividas por um homem que decide levar a própria família para uma grande aventura marítima. Para adquirir contate o próprio Wlademir: wjuliano@hotmail.com

Itajaí

ANI se destaca no Snipe forte no ICRJ Brasileiro de Laser Velejadores do ICRJ faturam quase Após completar 15 anos e ter que deixar a Classe Optimist, a atleta Carolina Copello representando a ANI Associação Náutica de Itajaí, estréia na classe Laser em uma prova de fogo, ou seja, direto no 39º Campeonato Brasileiro da Laser. Apesar de ter treinado apenas um mês, o desempenho da atleta foi excelente. Carolina garantiu o podium com o 3º lugar na categoria Laser Radial Feminino Sub 17. Isto demonstra que o trabalho realizado na ANI após a Volvo Ocean Race está dando resultados, e que estão no rumo certo.

Os Escoteiros do Mar Muita gente não sabe, mas o ramo do escotismo tem uma vertente de suas atividades voltadas para o mar. São os chamados Escoteiros do Mar, que procuram desenvolver nos jovens o gosto pela vida no mar através de uma cultura marítima e de um espírito marinheiro, sendo também praticado em lagoas, represas, mares e rios no Brasil e no mundo. Eles praticam o escotismo realizando também os acampamentos, excursões e outras atividades em terra, mas claro, com ênfase nas artes e técnicas marinheiras, navegação à vela e a motor, transportes marítimos, pesca, esportes náuticos e subaquáticos e até estudos de oceanografia. O Escotismo do Mar está integrado a organização mundial do movimento escoteiro, WOSM, e é parte da União dos Escoteiros do Brasil em nosso país, representada em nível nacional pela CONAMAR - Coordenação Nacional de Escoteiros do Mar. No Brasil existem cerca de cem grupos de Escoteiros do Mar espalhados de norte a sul do país com um contingente de cerca de 5.000 associados brasileiros (números de 2012), fora os colaboradores esporádicos, admiradores e antigos escoteiros que gostam de participar. Apenas a Holanda, a Grécia, a Inglaterra e os Estados Unidos possuem mais Escoteiros do Mar que o Brasil. André Torricelli F. da Rosa, que é membro da Coordenação Nacional dos Escoteiros do Mar da União dos Escoteiros do Brasil conversou com o Almanáutica e explicou: “Para as crianças entre 7 e 10 anos, temos um trabalho mais leve, tendo em vista a condição física e psíquica. Eles participam de atividades lúdicas voltadas para histórias marinheiras como aprender a velejar em pequenas embarcações (como Optmist), ou sair em caiaques, além da segurança de saber nadar, usar coletes etc. Neste ramo, as mães inclusive, costumam

Escotismo: também no mar se pratica

participar muito intensamente na organização das atividades”, explicou André. Já os jovens de 11 a 17 anos tem atividades como acampamentos em praias (ilha, represas, rios), pesca, mergulho, jogos de praia, navegações e até regatas. E os jovens de 18 a 21 anos são mais focados no serviço comunitário e também participam das atividades náuticas de seus grupos. “O que mais gosto na minha função é saber que meu trabalho voluntário serve para organizar e motivar os Grupos de Escoteiros do Mar Brasil a fora. É motivador ver que o pessoal gosta das nossas Tradições, e é instigante fazer parte disso”, completou Torricelli. O grupo mais antigo do Brasil é o 10º Grupo de Escoteiros do Mar, sediado no Iate Clube de Ramos. Eles completam 100 anos em 1º de março de 2015. Atualmente os grupos mais atuantes no Brasil são: 10ºGEMAR (Rio de Janeiro/ RJ), o 90ºGEMAR Passo da Pátria (Porto Alegre/RS), o 85ºGEMAR Ilha do Mel (Paranaguá/PR), o 16ºGEMAR Amigo Velho (Curitiba/PR), o 65ºGEMAR Ilhas Guará (Florianópolis/SC), o 2ºGEMAR Marcílio Dias (Salvador/BA), o 13ºGEMAR Almirante Barroso (Santos/SP), o 17ºGEMAR Barão de Teffé (Caxias do Sul/RS) e o 123ºGEMAR Almirante Abreu (Rio Grande/RS). Para saber mais: www.escoteirodomar.org http://scoutsjmj2013.org

São Paulo - Interior

Alguns veleiros do interior de São Paulo trouxeram seus veleiros (16 a 20 pés) para Paraty, de onde saíram para Angra dos Reis e Ilha Grande, num cruzeiro que durou 10 dias. Apesar do verão chuvoso, a turma se divertiu bastante, e conheceu a região que para a maioria era novidade. Acostumados a navegar principalmente no rio Tietê, ancoragens e pernoites no mar foram de grande aprendizagem. Claro, não sem alguns percalços como uma frente fria que entrou com 40 nós na Vila do Abraão e fez com que 3 deles garrassem. Mas nada que a “turma” não resolvesse. Que venha o próximo!

Rio de Janeiro tudo nas competições de Snipe

Nesse início de 2013 o Rio de Janeiro foi sede de competições para a Classe Snipe. O 1º Campeonato Brasileiro Júnior para a classe aconteceu no Iate Clube do Rio de Janeiro que sediou as 5 regatas da competição (25-27/jan) e no final, Leonardo Lombardi e Victor Sabino do CNC levaram o ouro. Depois, e respectivamente ficaram Nicholas Grael e João Pedro Moreira e João Bulhões e Gabriel Borges, todos do ICRJ. Também por lá aconteceu o 64º Campeonato Brasileiro. Após 9 regatas e um descarte ficou assim o resultado, pela ordem: Bruno Bethlem e Dante Bianchi; Mario Tinoco e Gabriel Borges e em terceiro Henrique Haddad e Rodrigo Lins, todos do ICRJ

Pré-olímpico

Carolina (3ª) da ANI: estréia e sucesso Para 2013 há ainda muitos projetos com a Equipe de Vela de Rendimento da ANI. Mas para continuar o aproveitamento destes talentos será necessário incentivo e apoio, o que não deverá faltar conforme anunciou o prefeito Jandir Belline em entrevista para jornais locais sobre a Regata Transat Jaques Vabre. Bons ventos Itajaí. O Almanáutica espera que o Sr. Jandir faça como os grandes Iate Clubes do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e realmente incentive o esporte de ponta. Afinal, talento a molecada já mostrou que tem!

Fãs do Facebook ganham as lanternas do Almanáutica

Ganhadores recebem em casa os premios Júlio Auler, Julio Paulino e Jorge Antônio Lopes foram os 3 vencedores dos mais de 200 participantes que curtiram a página do Almanáutica no Facebook. O sorteio foi realizado através do site sorteiospt.com após postagem da lista completa de todos os “curtidores”. Eles estão recebendo as lanternas pelo correio junto com a próxima edição do Almanáutica que sai no início de março. E se você não participou desse, não se preocupe. O próximo sorteio já está a caminho. Fique de olho!

A Semana Brasileira de Vela de 2013 reuniu os melhores velejadores brasileiros no Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ) no final de fevereiro. A competição foi a primeira a ser disputada na raia olímpica pelas mesmas classes que estarão nos jogos de 2016. Os melhores em cada categoria (confira relação abaixo) são os titulares brasileiros da temporada. Por isso, o evento foi encarado como um dos mais importantes de 2013. A Semana Brasileira de Vela é organizada pela FEVERJ. E claro, não por coincidencia, as velas North Sails - parceira do Almanáutica - marcaram presença nas primeiras colocações (confira quem usou NS). Após as competições, ficaram assim os resultados: Laser 1º Robert Scheidt 2º Bruno Fontes 3º Eduardo Couto Laser Radial 1ª Fernanda Decnop 2ª Adriana Kostiw 3ª Maria Cristina Boabaid 470 Masculino 1º Fábio/Samuel Albrecht (Janga) NS 2º Geison Mendes/Gustavo Thiesen (VDS) 3º - Sucari/Francisco Renna (ARG) 470 Feminino 1ª - Fernanda Oliveira/Ana Barbachan NS 2ª - Renata Decnop/Isabel Swan NS Finn 1º - Jorge Zarif NS 2º - Pedro Trouche NS 3º - Bruno Prada NS 49er 1º - André Fonseca/Francisco Andrade 2º - Allan Norregaard/Thomsen (DIN) 3º - Dante Bianchi/Thomas Low-Beer 49er FX 1ª - Martine Grael/Kahena Kunze 2ª - Juliana Mota/Stephanie Ferron 3ª - Juliana Senfft/Gabriela Nicolino RS:X Masculino 1º - Nimrod Maschiah (ISR) 2º - Byron Kokkalanis (GRE) 3º - Ricardo Winicki (Bimba) Santos RS:X Feminino 1º Patricia Freitas 2º Bruna Martinelli 3º Marina Alabau


41º Brasileiro de Optmist reune mais de 180 veleiros Céu azul e bons ventos, famílias e muito colorido fez a festa dos velejadores mirins. Quem levou foi Pedro Luis Marcondes do YCSA. Quem entregou o troféu foi Robert Scheidt.

Guarapiranga - SP

Abertura e seletiva para o Mundial de Lightning

Com realização e sede do São Paulo Yacht Club, no final de semana de 23 e 24 de fevereiro aconteceu a Regata de Abertura da Temporada 2013 da Represa de Guarapiranga para todas as classes. Destaque para a Classe Optimist (sábado) e Minioceano (g1, g2 e g3) domingo. O Clube Asbac tem se esforçado em manter as regatas de Minioceano com um bom trabalho há algum tempo. Seria interessante que os outros clubes também apoiassem essas competições. Além da adrenalina das regatas, o Minioceano é uma classe que se situa entre a regata e o cruzeiro. Ou seja, quando não tem competição a turma se reúne para passear, churrasquear e até dormir a bordo fora do clube! Uma maneira de ocupar as sedes durante os fins de semana que não tem competição...

Com céu azul e bons ventos, aconteceu o 41º Brasileiro de Optmist, na Guarapiranga (SP), nas dependências do tradicional Yacht Club Santo Amaro. Mais de 180 veleiros representando sete estados (SP, RS, PE, BA, RJ, SC e PR) mais o Distrito Federal, além de diversos clubes brasileiros, fizeram uma linda festa da vela em Sampa. Os números dos últimos campeonatos brasileiros mostram que a classe está cada vez mais organizada e numerosa. Em 2011, no Rio de Janeiro que tem a maior flotilha do País, 204 velejadores competiram. Na temporada seguinte foram 156 em Porto Alegre e agora, em São Paulo 180. O próximo encontro será em Recife em janeiro Mundial de Lightning de 2014, na praia de Maria Farinha. De 1 a 3 de março acontecem no São Paulo Yacht Club, as seletivas da Equipe Brasileira para o mundial da Classe Lightning, organizada pela Associação Brasileira da Classe Lightning e pelo São Paulo Yacht Club, com apoios da Federação de Vela do Estado de São Paulo.

Santos - SP

Show: 183 Optmists na Guarapiranga Resultados: Campeão: Pedro Luis Marcondes Correa (YCSA - SP) Primeira Categoria FemInina: Olivia Belda (CCSP – SP) Por Equipes: 1º) RIO DE JANEIRO 1 BRA 3630 - Felipe Toledo Werwie BRA 3442 - Clara Villaça Penteado BRA 3743 - Gustavo L. R. Abdulklech BRA 3611 - Iagor Simões Franco 2º) RIO GRANDE DO SUL 1 BRA 3757 - Pedro Zonta BRA 3729 - Gabriel Lopes Camargo BRA 3345 - Tiago Loch Quevedo BRA 3562 - Erik G. Rebelo Hoffmann BRA 3637 - Marcelo Galicchio

Clube de Regatas faz regata nos 467 anos da cidade de Santos

Em baixo de tempo ruim, ventos moderados e com muita chuva (se é que pra velejador isso conta), aconteceu a Regata de Aniversário da Cidade de Santos. Foram cerca de 40 embarcações que velejaram pela Baía de Santos. A regata comemorou o 467º aniversário da cidade de Santos e o evento foi organizado pelo Clube Internacional de Regatas (CIR), o Iate Clube de Santos e a Prefeitura Municipal. O Navio Escola Cisne Branco prestigiou o evento, dando o tiro de largada da competição. A premiação foi realizada na Sede Náutica do CIR, o secretário municipal de Esportes, Alcidio Michael Ferreira de Mello entregou as medalhas aos competidores. Participaram as classes HPE 25, Soling, Dingue, Holder, Laser, Snipe, Byte 2, BIC, Prancha a Vela, Aberta, RGS A, RGS B, RGS Cruiser, Cruzeiro A e Cruzeiro B.

Fita Azul: Chroma ORC: Croma BRA 3558 - Pedro L. Marcondes Correa Classe RGS Geral: 1° lugar: Aloha/Nossa Caixa BRA 3811 - Luis Antonio Dotta 2° lugar: H3+PF BRA 3530 - Olivia Belda 3° lugar: Chrispin BRA 3699 - Jacopo Gioanina HPE 25: BRA 3738 - André de Mari Fiuza 1° lugar: Avanto (Foto: YCSA) 2° lugar: Toghether 3º) SÃO PAULO 1

Vitória - ES

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Regata Vitória Guarapari: Saravah meu pai !

Realizada no último dia 19 de janeiro, a 12ª regata Vitória - Guarapari, teve como vencedor o veleiro buziano, dos velejadores Pierre e Allan Jouliée, o Carabelli 53 Saravah. A regata trouxe um brilho especial para a vela capixaba, num circuito que liga duas lindas cidades através de uma costa muito bem preservada e de raríssima beleza, num total de 25 milhas de vento em popa, com destaque nas passagens ao través do parque Paulo Cesar Vinha e das Três Ilhas. A competição se desenrolou com vento nordeste fraco, com 16 barcos entre eles: Saravah, o Azurro (HPE 25 do Comandante Luciano Secchin), os delta 32 Aventureiro de Rodrigo Stephan, e o Shark de Marcos Almeida, o Phantom of the Opera (Marcelo Gama e Renato Avelar) timoneado por Fabiano Porto, o Ranger 26 Coringa de Luiz Henrique Abaurre, o Albatroz de Janio Rigo, o Skipper 30 Kironsete, de Simão Bassul Neto, o Meninuska de Bruce Parker, com a participação do skipper internacional Jens Ulfeldt no timão , e o recém reformado Fumaça do Ricardo Gimarães. O fita azul foi o Saravah, que liderou com boa vantagem, seguido por um bloco compacto formado pelo do Alabatroz, Aventureiro , Phantom e Kironsete que protagonizaram uma chegada apertadíssima, ficando assim o resultado no geral corrigido: RGS 1 1° lugar: Kiron Sete (comandante Simão Bassul) 2° lugar: Aventureiro (comandante Rodrigo Stephan) 3° lugar: Phanton Of The Opera (comandante Fabiano Porto) RGS 2 1° lugar: Meninusca (comandante Brute Parke) 2° lugar: Coringa (comandante Luiz Henrique Abaurre) 3° lugar: Pó de Arroz (comandante Luiz Guilherme) Bico de Proa 1° lugar: Albatroz (comandante Janio Rigo) 2° lugar: Azzurro (comandante Luciano Secchin)

Volta da Taputera

No dia 16 de março teremos aqui a volta da Taputera, uma das regatas mais antigas do Brasil, que neste ano realizará a sua 59ª edição, e desde já convidamos a todos os interessados a participarem desta festa. A regata tem um percurso interessantíssimo, saindo do Iate Clube até o centro de Vitória, no porto, num canal de raríssima beleza onde o público poderá literalmente tocar nos barcos durante o trajeto de aproximadamente 8 milhas. Os interessados poderão vir com seus próprios barcos ou participar integrando algumas das tripulações, no primeiro evento de intercâmbio da vela de oceano. Ou ainda até mesmo alugar um barco para correr com sua tripulação. Vitória tem uma boa logística excelente: o aeroporto fica a 5 minutos do clube, e os hotéis (a preços excelentes e de ótima qualidade) em frente ao ICES literalmente! No miolo da Praia do Canto, onde a vida capixaba acontece noite e dia! Os interessados em participar da regata, devem enviar um e-mail para avelok@gmail.com Colaborou: Renato Avelar

Flotilha Santista vai a Angra para Regata A festa começou em Santos e terminou na Regata de Caras, em Angra Este ano a tradicional regata de Ilha de Caras, realizada anualmente em Angra dos Reis, contou com uma animada turma de Santos, SP. Os seis veleiros do Clube Internacional de Regatas - Chrispin, Panda, Santo Forte, H3+, Inti e Totora se fizeram presentes e saíram de Santos em flotilha no dia 20 de fevereiro, pernoitando em Ilhabela na marina do Iate Clube de Santos. De lá seguiram para Angra para participar da regata no dia 23 de fevereiro. O fato relevante é o espírito de equipe e amizade reinante nesse time de velejadores regateiros. Não importa a colocação, afinal a regata de Caras é uma festa. A Fita Azul pode ter ficado até com outro veleiro. Mas no primeiro lugar de animação e companheirismo deu um empate sextuplo...

Ubatuba - SP O Ubatuba Iate Clube realizou no início de fevereiro a tradicional Regata do Inverso, com percurso entre a Ponta Grossa (largada), dando volta na Ilha do Mar Virado e retornando. Disputada dentro do conceito usado desde 2005, todos os veleiros oceânicos, independentemente de modelo, tamanho ou classe, são colocados em uma única competição. Cada embarcação recebe um handicap próprio baseado em medições ou em similaridade com outros barcos. Os cruzeiristas recebem ainda uma bonificação. O handicap é usado para definir o horário de largada e a chegada é em tempo real. Os barcos com menores handicap´s, largam primeiro. Na chegada, um grande número de barcos ao mesmo tempo e o primeiro a cruzar é o vencedor. O resultado foi: Montecristo (Carabelli 54) em primeiro, seguido do Argos (HPE 25) e do Caballo Loco (C 30).


ALMANÁUTICA

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Educação Ambiental Não espere pela escola e pelo governo. Eles não podem (ou não querem) fazer muita coisa pela educação ambiental. Mas você pode plantar uma semente (literalmente ou não), e em pouco tempo vai fazer por seu filho muito mais que todos eles fizeram juntos. Ilha Grande, Abrolhos, Noronha são lugares para fazer isso e estão ao alcance de quem tem barco - ou mesmo quer aproveitar as férias em roteiros que já são acessíveis para a classe média. Experimente! De um lado a máquina governamental, que é lenta e muitas vezes burra (ou esperta demais?!), e de outro as escolas (se bem que as públicas estão do mesmo lado), e que tem um currículo a cumprir, pressionados pelos pais que querem seus filhos nas universidades. No meio disso tudo estão as crianças, sujeitas aos valores e atitudes de suas famílias cujas prioridades passam longe da educação ambiental verdadeira. A prioridade na escolha da escola hoje são preços baixos, pouca distância e nenhum trabalho com o filho. Delegam toda a educação – inclusive a opção da linha moral – para uma entidade que deveria mais instruir do que educar mas que aos poucos vem tomando ares de família. Como resultado, geração após geração os pais não tem critérios para criar seus filhos e escolher o que serve ou o que não serve para eles. Crianças que dormem a hora que querem, pouco ou nada estudam e se vão mal, a culpa, claro, é da escola. Geração após geração temos maltratado a natureza com atitudes que seriam muito fáceis de serem modificadas, se associadas à educação básica do dia-a-dia da criança. Em casa. No barco... Exagero? Quem navega sabe: Hoje não há mais coerência nas previsões meteorológicas, nas cartas-piloto, e com exceção dos grandes furacões, não é mais possível dizer que “tal época a mais favorável para descer/subir a costa”. Os altos índices pluviométricos e o calor excessivo sujeitam o planeta ao desgaste e mudanças atmosféricas e geológicas sem precedentes. O que fazer? Agir no dia-a-dia e principalmente na educação das crianças dentro da própria casa, é uma solução viável, barata e eficaz. E quem tem o mar por “quintal” – mesmo que de vez em quando – é um privilegiado. Pode levar seu filho a ter uma relação estreita com a natureza, convivendo com animais, plantas, locais pouco atingidos pela mão do homem. Mostrar, discutir, conversar sobre problemas e soluções. Um mergulho noturno pode soar como coisa de curso avançado de mergulho, mas não é. Basta uma lanterna barata e a disposição para ver um mundo fascinante de peixes e outros seres que não se expõem de dia. Nada de ir para o fundo e fazer grandes mergulhos. Basta ficar perto de pedras ou mesmo na areia para vermos divertidos

Avistamento de baleias Jubarte

Crianças: A educação ambiental pode ser feita “in loco” convivendo com animais como as tartarugas na Ilha Grande camarões, peixes coloridos de várias espécies. Uma criança pequena vai adorar essa “aventura”, de mãos dadas com os pais e com sua própria lanterna na mão. Mesmo ficar a bordo com os menores e iluminar o mar, esperado a aproximação natural de peixes, é uma diversão e tanto para eles.

de baixa profundidade. Na ilha, com permissão do Ibama é possível ver os ninhais dos Atobás, seus predadores, filhotes e conhecer a vida selvagem acontecendo. Em Fernando de Noronha há a possibilidade de fazer o “passeio dos golfinhos” onde os barcos saem no início da manhã ou no final da tarde para acompanhar bandos de até 250 golfinhos nas baías locais.

quatro tartarugas (todas apelidadas prelo proprietário de “Cacildas”). Lá, é possível dar pedaços de lulas na boca das tartarugas e mesmo mergulhar com elas (foto da capa e esta, acima). Com toda essa vivência, é possível trabalhar com a criança amor e respeito plenos por nosso planeta, com muito mais intensidade e propriedade do que qualquer aula que qualquer escola possa proporcionar. Mergulhando com as tartarugas Mostrar a ela que matar baleias e golfinhos em pleno século XXI é um absurdo que Em Angra (Enseada Sítio Forte - Tapera) já poderia ter acabado, vai ser um esforhá o flutuante do Bacana’s, onde moram ço quase desnecessário. Ou ainda que uma

Fun Dive em Abrolhos: inesquecível Baleias, tartarugas & outros bichos Outra possibilidade é quando observamos golfinhos, baleias e tartarugas, animais que normalmente estão longe da visão e da “intimidade” que essa proximidade pode proporcionar. Em algumas épocas (junho a setembro) as baleias da espécie Jubarte vem do polo sul para a Bahia e podem ser avistadas com freqüência no litoral, principalmente do Espírito Santo para cima. Em especial, na cidade de Caravelas – a mais próxima do Arquipélago dos Abrolhos – há passeios acessíveis para o avistamento das baleias. E passeios com mergulhos em Abrolhos também partem de lá. Para mergulhar não é preciso ter um certificado. As empresas fazem o chamado “Fun Dive”, um mergulho com todo o equipamento autônomo com instruções básicas e em locais

Ninhais de Atobás em Abrolhos: aprendendo a respeitar a natureza tartaruga pode comer um saco plástico confundido com seu alimento predileto, matando-a, vai se tornar simples. Depois de mergulhar com elas e saber disso, ne-

nhuma criança vai jogar plásticos na água. Quem cresce aprendendo a amar a natureza, torna-se um adulto consciente. E não é isso que queremos para nossos filhos?


O resgate do Mar Sem Fim

Como prometido (ver Almanáutica num. 04), João Lara Mesquita voltou para resgatar o Mar Sem Fim, do fundo do mar gelado da Antártica. Emocionado, ele relatou os momentos decisivos no Facebook e em seu blog. O Almanáutica acompanhou e traz para você esse momento, nas palavras do jornalista João Lara Mesquita: “Pontualmente, às sete da manhã ouvi silvo da alvorada. Eu já estava acordado. Desde as cinco e meia quando o despertador tocou, não consegui mais dormir. Esperava apenas o apito para descer e tomar o café da manhã. Foram oito horas e meia de trabalho contínuo. Começou às 13h e só parou por volta das 21:30h. E sim, houve problemas. A faixa da popa foi passada de forma errada e não agüentou o primeiro esforço. Teve que ser recolocada. E aqui, quando as coisas dão errado, o retrabalho é muito demorado. Todo o processo é suspenso, os mergulhadores saem da água com o supervisor de mergulho, até que tudo comece outra vez leva tempo. Depois, uma das boias da lateral do barco também teve que ser retirada da água, consertada no convés da balsa, para depois ser instalada outra vez. De novo, a parada foi grande. Cada uma das boias leva meia hora para encher. Eram cinco. Duas horas e meia só pra saber se cinco são suficientes, ou se será preciso injetar ar comprimido nos tanques de água, ou no compartimento estanque da proa… Mesmo quando tudo dá certo, é demorado. Quando não dá, então, já viu. Estava gelado. Na balsa não existe proteção. Ou você fica exposto aos elementos, ou trancado na pequena cabine, sem calefação. Não sei o que é pior. Aos poucos o frio vai minando as forças. Os pés, por mais grossas que sejam as meias e botas, ficam duros de frio. As mãos também. O nariz escorre sem parar. O corpo começa a doer. A paciência diminui, por maior que seja a esperança e a torcida pra faina dar

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Bruno Prada e a Finn Beto Pandiani prepara Ex-parceiro de Scheidt retorna para a classe que o consagrou e já é destaque nas competições mais recentes

Travessia do Atlântico

Fazendo a famosa “vaquinha”, PanEm 18 de Janeiro o ex-parceiro de Robert diani complementou seu orçamento Scheidt na classe Star, Bruno Prada, fez através de doações recebidas pela web sua reestreia na classe Finn no Campeonato Brasileiro da Classe. Prada competiu na Finn entre 1989 e 2004, conquistando 45 títulos. Dentre os principais estão o tricampeonato brasileiro (1993, 1997 e 1998), três Pré-olímpico (1997, 1998 e 2001) e a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg-1999. No Brasileiro de Finn disputado na Guarapiranga ele ficou com a prata. No primeiro dia de disputas, o velejador fechou a única regata do dia na

Utilizando parte dos recursos através de um o crowd funding – um financiamento coletivo onde projetos divulgados em sites específicos buscam de investimentos nas redes sociais – Beto Pandiani conseguiu Mar Sem Fim: resgatado do fundo reunir mais 150 mil reais para sua nova certo. Chega um momento que você torce travessia em veleiro aberto (catamarã). A pra coisa acabar. Mesmo que o barco ain“Travessia do Atlântico” começa no dia 10 da esteja lá embaixo, inerte, grudado no de março entre a Cidade do Cabo, na Áfriassoalho do mar. Com tristeza, desaponca do Sul, e Ilhabela, SP, com previsão de tamento, e uma ponta de alívio, voltamos 30 dias. Pandiani e Igor Bely vão atravespara o Felinto Perry. “Fué un dia negro, sar os 7 mil km que separam a África do Joao,” sem til mesmo. É assim que ele me Brasil. “Minha cota de apoio é de R$ 195 chama: Jô-áo. Não houve comemoração mil. Tirei os impostos, o valor ficou em pro aniversário de “don Francisco”. Logo R$ 160 mil. Pensei em colocar R$ 100 mil depois do jantar o Comandante Luiz Fecomo meta, mas no final, coloquei R$ 150 lipe desceu e, com sua equipe, analisou o mil. Foi emocionante acompanhar o detrabalho. É preciso mais agilidade, ainda senvolvimento do projeto. Eu fiquei muito que don Francisco só tenha trazido quatro surpreso com a resposta. Quando comecei, mergulhadores para o complexo trabalho achei que a maioria dos doadores ficaria na em ambiente tão hostil. Ficou decidido que faixa dos R$ 50 e R$ 100. Mas já são 280 alguns oficiais da Marinha vão mergulhar pessoas que doaram em média R$ 500. É hoje. E que o trabalho deveria começar Prada: sai da Laser e volta para a Finn um valor muito alto”, comentou Betão. tão logo houvesse luz. Há mais uma frente oitava colocação. Jorge Zarif foi o grande chegando esta noite. Não há tempo a per- vencedor da primeira etapa, com André der. Por isto às cinco e meia a primeira Mirsky ficando em segundo. No final da equipe acordou e foi à luta. A nossa, de tarde houve uma tempestade na represa jornalistas, segue logo mais, pra registrar de Guarapiranga, em São Paulo, local do seja o que for. Torço furiosamente para torneio, e a segunda regata foi cancelada. que seja o Marzão levantando. Meu reló- Nas últimas disputas ele deu a volta por gio marca oito e meia. A última boia aca- cima e papou a prata. Na recente Semana ba de ser enchida. Caramba, o Marzão tá Nacional de vela, que decidiu o time brasubindo!!!!!!!! Ele vem vindo….a chaminé zuca para representar o Brasil - inclusive está saindo da água!! Puta que o pariu! em 2016 - ele ficou em terceiro garantindo Conseguimos!!!!!!! Caramba, é o dia mais a vaga. Ele que já é tricampeão mundial e feliz dos últimos nove meses. Desde abril tem 2 medalhas olímpicas, com a exclusão Picolé inspirou o nome do catamarã do ano passado espero por este momento. da classe Star do programa olímpico, retorEstou mandando o texto da barcaça russa. na ao antigo barco na Finn. E já começou Somente na véspera do término da “vaquiAté já...”. (Foto e texto: João L. Mesquita) bem: Melhor pra nós que torcemos por ele! nha” é que o montante foi atingido. Caso contrário o dinheiro arrecadado teria que ser devolvido aos doadores. Na página de arrecadação, Pandiani colocou “recompenAos 20 anos, em plena Copacabana, Izabel Pimentel prometeu para ninguém menos que Joshua Slocum, que daria sas” para cada doação. Foram, jantares, cauma volta ao mundo. Agora ela está cumprindo sua promessa e, como ele, em solitário. Só que sem escalas. Porreta! misetas, livros, fotos, e até uma velejada no “Picolé”, o novo cat, um Eaglecat 25 “Passei pelo Cabo da Boa Esperança na ao mundo!”, explicou Izabel. construido na Alemanha e enviado de connoite do dia 27 de janeiro, às 22 h. O mar Depois ela segue novamente para Séte. Por têiner para a África. O nome Picolé é uma estava gigante desde a noite anterior. Ape- ter iniciado e terminar na parte setentrional homenagem ao seu cachorro (na foto de, sar disso fiz um empadão de massa podre e do planeta, a viagem entrará oficialmente e com Pandiani). O Jornal Almanáutica assei na janta. Não teve champanhe, pois na relação das grandes navegações em socolaborou com a arrecadação de Beto Panestava com dor de estômago. Tomei Coca litário, realizado pela primeira vez por um diani, e estará presente na travessia, simCola. O sentimento era como iniciasse um velejador brasileiro. bolicamente, a bordo do Picolé. Betão vai novo ano. Era uma nova etapa e a entrada Ou melhor, velejadora. levar todos os nomes dos colaboradores esOu melhor ainda: Izabel “Pimenta” Pimende um novo Oceano. Bel”. tel. Bons ventos, moleca! Izabel: Volta ao mundo com a gatinha critos em seu catamarã. Então, bons ventos pra nós todos! Nos vemos na volta, Betão! Como se fosse um mero passeio até a esquina, a velejadora Izabel Pimentel – que está dando uma volta ao mundo em solitário e sem escalas – comentou sobre a passagem pelo sul da África. Na verdade, nem tão solitária assim. Além de seus livros, tem a companhia de sua gatinha Ellen. A viagem – que foi planejada para acontecer em duas etapas, já está na segunda parte. A primeira começou na cidade de Sète, na França, após a preparação do seu novo veleiro, o Don, um modelo Romanée, de 34 pés, construido em alumínio. Depois de passar pelo Estreito de Gibraltar, e fazer escalas nos nas Ilhas Canárias e Cabo Verde, atravessou o Atlântico, chegando ao Brasil (Noronha, Salvador, Rio e Paraty). A segunda etapa que começou e vai terminar no Brasil, sem escalas, teve início no dia 28 de dezembro (na verdade 27). Izabel quis marcar o dia 28 como o símbolo, porque estava passando em frente ao Copacabana Palace. Justifica-se pois tratava-se de uma promessa feita a ninguém menos que Joshua Slocum: “Lá pelos meus 20 anos, um dia, em plena praia de Copacabana, fiz uma promessa. Mas fiz a uma pessoa: Joshua Slocum, o primeiro homem a velejar em solitário ao redor do mundo. Eu, Izabel Pimentel, darei a volta

Izabel Pimentel cumpre promessa feita a Slocum


ALMANÁUTICA

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Rio Grande do Norte

Recife

Bahia

Brasília

Iate Clube do Natal Regata Salvador / Cabanga: Snipe realiza oficina e quer deve ir ao mundial Morro de São Paulo desenvolver a vela A dupla pernambucana formada por Edival Organizada pelo Yacht Clube da Bahia O Iate Clube do Natal, investindo no desenvolvimento da vela, iniciou em fevereiro uma oficina de vela para a classe Optimist. Na programação, noções básicas sobre o esporte, recreações e conhecimento da embarcação/navegação. Para os já iniciados, houve treino na água com bóias e equipe de apoio. Também estão retomando o trabalho com os “Capitães de Flotilha”. Tão necessários para um efetivo auxílio nas classes específicas. Se tudo acontecer como quer a Diretoria de Vela, as classes Day Sailer, Dingue, Laser, Hobie Cat, Snipe e até Oceano devem ter representantes. Desde, claro, que a turma de velejadores se disponha a participar. Vamos lá pessoALL!

Junior e Mateus Pinheiro está perto de conquistar uma vaga no Mundial de Snipe que acontece em setembro no Rio de Janeiro. No Brasileiro eles estão em 16º na geral (classificam-se para o mundial os 15 primeiros). Como o campeonato está apenas na metade, eles tem boas chances. Pernambuco ainda conta com mais quatro duplas do Cabanga Iate Clube: Daniel Dantas e Ítalo Silva, Ted Monteiro e Rafael Monteiro, Avelar Loureiro e Tiago Monteiro, Yuri Reitlher e Victor Azevedo. Yuri também faz dupla com Mateus Pinheiro, e já se classificaram para o Mundial Sub 21 de Snipe‫‏‬. A dupla do Cabanga Iate Clube conseguiu ficar em 9º lugar na geral no Campeonato Juniores de Snipe e conquistaram a classificação para o Mundial Sub 21 que vai acontecer em setembro no Rio de Janeiro. Competiram na Baía de Guanabara 29 duplas, de 25 a 27 de janeiro, na Baía de Guanabara/RJ. As 11 primeiras vão para o Mundial.

Aos 69 anos Barbosa é pentacampeão Natal: Optimist na mira do clube

Fernando de Noronha fica sem ônibus

Noronha: frota sucateada e ilhéus a pé Não bastasse a gasolina passar dos R$ 5 o litro, agora o problema é a falta de transporte coletivo. “Todos” os três ônibus (pequenos) que faziam o transporte – principalmente da população - estão parados na Divisão de Trânsito do Governo, na Vila do Trinta. A empresa “Noronha Transportes” está deixando a ilha após o término do contrato. “A Administração da Ilha vai assumir temporariamente o transporte, até a conclusão da licitação que escolherá a nova companhia que vai operar o serviço” informou Reginaldo Valença diretor de Gestão do distrito no blog de Ana Clara Marinho (crédito da foto), o Viver Noronha. Mas cá entre nós, com a Taxa de Preservação que pode chegar a R$ 370 para quem pretende passar 10 dias por lá, a “Taxa de Ancoragem” que vai aos R$ 180 por dia independentemente da permanência, e a Taxa de Acesso ao Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, onde estão as trilhas, praias e locais de atividades aquáticas, que custam R$ 130 para estrangeiros e R$ 65 para brasileiros, será que não dá pra ter um transporte decente na ilha?

Murillo NOVAES

(Continuação)

“Bimba” Winicki. Com o terceiro lugar no Rio, atrás do israelense e do grego, nosso eterno campeão também garantiu seu lugar ao sol das verbas públicas de apoio ao esporte. E na RS:X feminina, a incrível Patrícia Freitas carimbou a medalha de Marina Alabau e mesmo na flor de sua tenra juventude se encaminha para sua terceira olimpíada. Incrível!

Este ano, quem representou Pernambuco no 39º Campeonato Brasileiro de Laser 2013 foi o velejador Edvaldo Barbosa, 69 anos, pentacampeão de Laser 4.7 e há quatro anos competindo pela categoria Gran-Master. Entre os dias 19 e 23 de janeiro, com o apoio da Associação Brasileira da classe Laser (ABCL), o Veleiros do Sul recebeu os Laseristas para dar início ao Campeonato de laser Standart e 4.7. Este ano, Edvaldo foi campeão na classe e 23º geral. Ao final do campeonato, entre os dias 25 e 29 de janeiro, conquistou o 1º lugar no Laser Radial, da categoria Gran-Master. Ano passado, ficou, em 22º na geral da 4.7 – competindo junto a mais seis velejadores da classe.

Barbosa: Pentacampeão na Gran-Master Embora tenha enfrentado obstáculos durante a segunda fase do campeonato, Edvaldo conquistou o título demonstrando garra e competência devido a uma longa carga de treinamento. Devido a um problema no barco, ficou impossibilitado de participar da regata. Mas, não desistiu e, com ajuda, conseguiu improvisar um arranjo que tornou possível sua participação na regata do segundo dia. Ao final da competição, conseguiu somar 26 pontos na frente do segundo colocado. “Já estou me preparando para o próximo ano!”, comentou entusiasmado com a 40ª edição do Campeonato que está por vir em Maria Farinha. No 470 masculino tivemos o retorno à classe do proeiro gaúcho Samuca Albrecht, que junto ao conterrâneo Fábio Pillar, venceu a seletiva do Rio e mostra que a dupla está se entrosando. Por fora vem o antigo proeiro de Fabinho, Gustavo Thiesen, que ao lado do comandante Geison Mendes, mostra a força dos gaúchos na classe e promete boas brigas até 2016. No entanto, foi entre as meninas que as grandes disputas rolaram no Rio. No 470 feminino a eterna rivalidade da primeira dupla medalhista da vela nacio-

com apoio do Clube de Vela de Morro de São Paulo, a nona edição da Regata Salvador – Morro de São Paulo, foi realizada em 26 de janeiro. A largada realizada em frente ao Y. C. da Bahia, foi dada com vento muito fraco e contra. A maré também estava contra, beneficiando os que optaram por velejar próximos à praia do Porto da Barra, de onde os banhistas puderam acompanhar de perto as manobras dos velejadores naquelas condições especiais. Neste grupo, estava o super veloz catamarã Maguni, do Comandante Eduardo Costa, do Aratu Iate Clube que acabou levando a Fita Azul. No caminho, um portão de segurança (gate), onde os juizes da regata podiam conferir a passagem dos participantes. A preocupação com a segurança é porque a regata é em mar aberto e correm apenas veleiros multicascos (catamarans e trimarans), alguns sem cabine como Hobie Cat, Tornado e Supercat. A partir do Farol da Barra, o vento passou a soprar com intensidade média a forte.“Uma regata como esta exige conhecimentos de navegação por satélite, meteorologia e marés. É uma regata oceânica, e o destino não é visto a olho nu por mais da metade do percurso”, explicou Luis Pato, Gerente de Vela do Y. C. da Bahia. O Maguni foi o primeiro a cruzar a linha de chegada com 2 h e 40 min. A dupla Cearense Alexandre Martins e Sebastião Gomes na classe Tornado foram os Campeões Gerais o tempo corrigido. Logo após chegou o Nêga, (Horst Drechsler). Na Hobie 16, destaque para Kim Vidal e Antonio Carlos Lopes Neto. A dupla treinará para a Copa da Juventude em Niterói, tentando a classificação para o Mundial da Juventude, competição da qual Vidal foi Campeão em 2011, ao lado do paulista Martin Lowy.

Foto: Fred Hoffmann

Fernanda Decnop: rumo ao mundial

Cota Mil Iate Clube de volta ao Snipe

A 64º edição do Campeonato Brasileiro da Classe Snipe foi realizado entre os dias 26 de Janeiro e 03 de Fevereiro, na baía da Guanabara (ICRJ). O campeonato foi um dos maiores da história da classe com noventa e quatro tripulações inscritas, representando nove estados e o Distrito Federal. Foram disputadas nove das dez regatas programadas e o DF foi representado por oito duplas, sendo uma do Cota Mil e sete do ICB. Na quinquagésima posição, Juliana Mota e Fernanda Decnop, dupla que representou o CMIC, conquistaram o título brasileiro na categoria feminina, e o direito de representar o país nos Campeonatos Sul-americano e Mundial da Classe. Em menos de uma semana, foi o segundo título nacional de Fernanda Decnop.

Vela Adaptada em Brasília

Depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, chegou a vez de Brasília querer se tornar um pólo para o desenvolvimento de vela adaptada no Brasil. Na verdade a vela adaptada de Brasília teve inicio em agosto de 2009, com a chegada de dois barcos da classe 2.4 mr, específicos para pessoas com deficiência. Os veleiros são do Comitê Paralímpico Brasileiro, que junExemplo de Brasília: a equipe de Vela Adaptada está de olho nas Paralimpíadas de 2016 e já treina duro, obtendo bons resultados. Para isso recebeu apoio da Confederação Brasileira, e estabeleceu uma parceria com a Embaixada Australiana conseguindo oito barcos para os treinamentos.

to com a Confederação Brasileira de Vela Adaptada iniciaram um trabalho de incentivo a vela adaptada na Capital Federal. “Como não tínhamos experiência em trabalhar com pessoas com deficiência, procuramos algumas entidades locais que lidam com estas pessoas”, explica Bruno Pohl, Coordenador Técnico do Núcleo de Brasília de Vela Adaptada. O 1° local a ser visitado foi o conhecido Hospital Sarah Kubitschek, onde Pohl passou o dia conhecendo suas instalações e como lidar com os futuros alunos. Em seguida seguiu para o CETEFE (Centro de Treinamento de Educação Física Especial) para captar pessoas interessados em aprender a velejar. O CETEFE já trabalha com a Educação Física Adaptada há mais de 25 anos. O trabalho no Núcleo de vela adaptada é dividido em 3 segmentos: Iniciação Esportiva, onde o aluno aprende a velejar; Participação Esportiva: que promove passeios à vela com pessoas com diversos tipos de deficiência e o de Alto Rendimento, onde são trabalhados os atletas voltados para resultados e com foco nas Paralímpiadas de 2016. Em termos de resultados Brasília já tem resultados positivos. Prova que falta no Brasil é mesmo o investimento: 2° geral Campeonato Brasileiro da Classe 2.4 mr em São Paulo em 2010 e o 3°geral no Campeonato Brasileiro da Classe Sonar de Brasília em 2012. Recentemente ainda houve uma parceria com Embaixada Australiana. A partir daí conseguiram 8 barcos da classe Access, utilizados em diversas escolas de vela pelo mundo para iniciação a vela adaptada. Parabéns ao trabalho de mais um pólo que promete dar trabalho aos demais! nal, Fernanda Oliveira, agora com Ana Barbachan na proa, e Isabel Swan, desta feita com a timoneira Renata Decnop, novamente pegou fogo. Fernandinha e Ana, com a experiência acumulada em Londres mostraram força, mas a dupla de Niterói já dá sinais de evolução e promete elevar sempre o nível da disputa. E, para finalizar, a disputa do Laser Radial que viu Adriana Kostiw e Fernanda Decnop chegarem à medal race rigorosamente empatadas. Quem vencesse levaria a vaga e... Tchan, tchan, tchan! Deu a niteroiense

representante da Marinha do Brasil Fernanda Decnop. Foi intenso! Com isso se encerrou mais um capítulo do lindo livro vélico que culminará com a disputa dos jogos olímpicos em nossas raias. Muita água (e muito lixo) ainda vão passar debaixo destas bolinas, mas a briga para representar o Brasil no Rio já está rolando forte. E promete muitas e novas emoções até 2016. Fique ligado!

Murillo Novaes


WIND Calendário repleto

kite

Pereira Barreto faz abertura do 26º Brasileiro de Jet Ski.

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Runabout Turbo Stock, Runabout Turbo Limited, Runabout GP, Supercourse Light 130, Supercourse Novatos Aspirado, Supercourse Novatos Turbo, Supercourse Aspirado Stock, Supercourse Turbo Stock, Supercourse Aspirado Limited, SupercourO Windsurf inicia 2013 com muitas A cidade do interior de São Paulo, Pereira se Turbo Limited, Supercourse GP, Freescompetições importantes e é destaque Barreto, que fica às margens do ali des- tyle Amador, Freestyle Profissional e Fre- Depois da AGM que foi realizada no inicio no circuito nacional e internacional poluído Tietê e pertinho do Rio Paraná estyle Profissional Open. A movimentação de Fevereiro na Itália, foram apresentadas recebe em 16 e 17 de março, a etapa de começa no dia 15 com a recepção dos pilo- novas regras para a temporada 2013: Depois da Semana de Vela de Miami que abertura do 26º Campeonato Brasileiro de tos. No dia 16 após as inscrições e vistorias aconteceu de 21 de janeiro a 3 de feverei- Jet Ski. Será a primeira vez que o muni1. Quatro kites a serem registrados ao inro, nos dias 14 a 24 também em fevereiro cípio do Noroeste paulista será a sede de vés de três, porém sem limitação do vento aconteceu Campeonato Sul-americano de uma etapa da mais importante competição em 25knots. RS:X (masculino e feminino) no Iate Clu- nacional da modalidade. As disputas serão 2. Os Kites serão registrados por evento e be do Rio de Janeiro. realizadas na praia do Pôr do Sol, situada a não anualmente como estava sendo proJá em março e abril é a vez do Campeonato margem direita do Tietê, no reservatório da posto. Sul-americano de Windsurf na Argentina, Usina de Três Irmãos. A competição tam3. 4 Kites = 1 kite por faixa de tamanho a realizado no Club Náutico Córdoba, Lago bém definirá os pilotos que defenderão o ser registrado: San Roque e Villa Carlos Paz, em Córdoba. Brasil no Campeonato Mundial, que será Grandes: 15m ou maiores O evento também inclui o Sul-americano realizado de 5 a 13 de outubro, em Lake Médios: 15m a 11m (incluindo os 2 tamafoto: João Neto de Techno 293 e Raceboard. Havasu, no Arizona (EUA). nhos) Ricardo “Bimba” Winicki começou 2013 O 26º Campeonato Brasileiro de Jet Ski Brasileiro de Jet no interior de SP Pequenos: 11m e menores (incluindo o 11) a toda e está forte nas competições. “Meu tem 4 etapas programadas e contará com rolam os treinos oficiais, e as tomadas de X Pequeno: 9m e menores (incluindo o 9) objetivo é estar nas Olimpíadas do Rio. E as presenças de pilotos dos Estados de São tempo. No final da tarde será disputada a 4. Menos Pedidos de reparação= Menos estou começando esse novo ciclo olímpico Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Bahia, primeira bateria do Freestyle. Dia 17, às protestos: Reparação será limitada a danos muito motivado, muito feliz, porque poder Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambu- 10 horas rola a disputa das categorias Su- pessoais e “emaranhado”. A regra antiga competir na minha cidade, ao lado da fa- co, Paraná, Rio de Janeiro, além do Dis- per Course e 14 horas, a segunda série de dava espaço para muitos pedidos de repamília, dos amigos, da minha filha, que ain- trito Federal. Também convidados da Bo- bateria do circuito fechado, seguida pelo ração, o que estava causando um grande da não tinha nascido quando conquistei a lívia, Uruguai, Paraguai e Argentina. As Freestyle. 16h30 está prevista a premiação. número de protestos. medalha de ouro no Pan, em 2007, é um categorias em disputa são as seguintes: Ski A realização é da Associação Brasileira de 5. Quilhas permanecem abertas, sem limisonho”, disse Bimba. Aspirado Stock, Ski Aspirado Limited, Ski Jet Ski, com homologação da International tação. De 1 a 6 de março em Búzios, rola o Mun- Aspirado e Turbo GP, Runabout 800 GP, Jets Sports Boating Association, apoio da 6. Penalidades: O velejador terá que exedial de RS-X e o Campeonato da Classe Runabout Aspirado Stock, Runabout As- Prefeitura de Pereira Barreto e conta com cutar um jaibe e um tack (bordo). AnteriorU21, em cooperação com a Isaf. pirado Limited, Runabout Aspirado GP, a supervisão da Marinha e dos Bombeiros. mente era exigido um 360º. A temporada de competições válidas para o ranking mundial da classe terá início em Embora poucos saibam e cumpram, a legislação para o Jet é rigorosa. O que falta é fiscalização e bom senso do piloto Soma Bay( Egito) ,com o Campeonato Africano de 24 a 29 de Março. O evento serviço de salvamento. Para pilotar um jet terá uma premiação de 20.000 Euros e conEm todo o país existem mais de 70 mil jet é preciso a carteira de motonauta, além tará 100 pontos para o ranking. skis registrados. Mesmo assim, a maioria de cumprir quatro horas de aulas práticas. A boa notícia é que o Kitesurf foi inclunão tem conhecimento da legislação vigenElas incluem noções básicas de operação so juntamente com as classes olímpicas te. Fique atento e veja se você está legal: do jet e o treinamento deve abordar: limites no Troféu Princesa Sophia, em Palma de A embarcação deve ser registrada 15 dias operacionais do equipamento, técnicas de Mallorca durante a etapa do Isaf Sailing após a compra, sujeito a multa. É proibipilotagem, RIPEAM quando na presença World Cup. do o emprego do Jet para reboque, seja de de outras embarcações, regras para saída outra embarcação, de pessoas praticando Nayara Licarião é Tetracampeã e aproximação segura de praias, cumpriesqui ou similares. Somente é autorizabrasileira de kite, mora e veleja em mento das áreas seletivas para navegação da a utilização para reboque pelos jets a Jet: proibido o reboque para pequenos João Pessoa e situações de emergência. Fique esperto! partir de 3 lugares ou por empregados no

Kiteboarding Course Race: novas regras

Uso de Jet Ski é regulamentado por lei específica

TRITON

Performance para todos Display LCD

TRITON control autopilot

•Possui o maior display da categoria •Melhor custo x benefício •Baixo consumo de energia •Bonded screen: ótima visibilidade com uma maior durabilidade e zero condensação •Display de LCD que facilita visualização noturna ou com reflexos do sol •Fácil instalação •Tecnologia de ponta b&g utilizada nas regatas mais importantes do mundo •Sistema com vento + velocidade + profundidade, com 1 display a partir de R$ 5.990 em 3 x no cartão

Indicado para barcos de cruzeiro/club racer, o sistema de navegação TRITON de B&G integra sensores de vento, profundidade e velocidade. Além disso você também pode incluir o piloto automático e fazer a navegação com o controle remoto.

North Sails do Brasil Av. Princesa Isabel, 2095 / Barra Velha, Ilhabela, SP - Brasil / e-mail: info@northsails.com.br Ilhabela: 12 3895 -8754 / SP: 11 3721 9244 - 2893 2077 / RJ: 21 2543 6107 / BA: 71 8150 5655 / SC: 48 3225 7600 / DF: 61 3244 8937 / RS: 51 2103 2885


MERGULHO Mergulhando através da história do homem

Damos sequencia a nossa coluna de mergulho ainda voltado aos aspectos de época. A literatura é vasta, farta de comprovações sobre a atividade humana como buscar alimentos ou bens submersos. Vamos nos fixar mais a frente, no período d.C. (depois de Cristo). Séculos e séculos se passaram e o conhecimento da Navegação evoluiu. Levou muitos governantes de diversas nações a acreditarem que este meio de transporte era cada vez mais seguro para lidar com suas riquezas, seus bens, seu patrimonio. Então as grandes potências de época já no primeiro milênio tiveram percalços com suas naus, causado pela natureza ou por cobiça. Já não bastava terem o poder do conhecimento. Queriam tirar proveito retirando umas das outras, abatendo e surrupiando cargas. Grandes nações como Inglaterra, França, Portugal, Espanha, Holanda, sempre se digladiaram buscando hegemonia em algumas rotas que lhe favoreciam no comércio marítimo. Faziam-se ao mar para roubos de forma “legal” (corsários ) ou não (piratas) tentando abater seus oponentes. Até aqui o mergulho era algo muito incipiente, feito a expensas de conhecimento vago, sem que a “ciência” pudesse ajudar. É de se imaginar que a atividade na maioria das vezes não lograva êxito, portanto aqueles mais fortes, audazes quando conseguiam um resultado positivo, viravam “heróis”. Adiantando no tempo, a relação mais íntima da busca do conhecimento dos fundamentos científicos vinha se passando de boca em boca, sem o compromisso de anotações ou memórias. Com certeza é em meados do século XX que o homem adquire grande parte do conhecimento sobre como a pressão atinge seu organismo. Depois de guerras, independências e principalmente depois da Primeira Guerra Mundial - onde diversos artefatos criados para uso subaquáticos foram introduzidos no uso militar - abre-se uma lacuna muito grande para usufruto do homem, e o conhecimento não para... E lembre-se: Quer mergulhar? Faça um curso reconhecido em uma empresa credenciada. Segurança acima de tudo.

YC Ilhabela faz 56 anos e comemora com bela regata

Papo de Cozinha

A regata de aniversário de 56 anos do YCI aconteceu dia 4 de fevereiro com muito sol e vento na faixa dos 5 a 12 nós. Foram realizadas duas regatas, uma, para a classe HPE, no formato Barla-Sota e outra para as demais classes, que realizaram um regata de percurso até o Farol dos Moleques. A premiação da regata será feita junto com a primeira etapa da Copa Suzuki 2012, que acontece no mês de março.

Com a mão na massa

Quem sai para navegar mais do que 3 ou 4 dias sabe: nada pior do que ter que tomar café da manhã sem pão fresco. Se você estiver perto e algum vilarejo, tudo bem. Caso contrário tem que se virar com pão de forma. E se passar de uma semana prepare-se para achar manchas de bolor e dar de comer aos peixinhos (coitados!). Este número a navegadora Diana Melchheier – Resultados que já fez a costa brasileira de Santa Catarina à Salvador nos manda uma receita de HPE: Ginga; M24: Normandie; C30: Or- pão para se fazer a bordo. “É bem fácil e son; RGS A: Inae Transbrasa; RGS B: prática. Não suja e fica uma delícia”, expliBlue Too; RGS C: Rainha; RGS Cruiser: ca Diana. Segundo ela, o único problema é Cocoon que “é difícil fazer e não comer quase todo logo em seguida”. Ela ainda explicou que adaptou a receita de outra, para aquelas máquinas de fazer pão. Após uma ou duas experiências Melchheier chegou a uma adaptação que além de fácil, dura bastante tempo. Gostou? Tente em casa e repita a bordo. Bom apetite!

Velejando de terno e gravata em pleno RJ

Ingredientes 3 xícaras de farinha 1 xícara de água 1 colher de sopa de azeite 2 colher chá de sal 1 colher sopa açúcar 2 colher chá de fermento biológico seco (envelopinhos)

Com calor, mas sem perder a pose

Em uma ação inusitada de marketing, a marca alemã traz um dos veleiros mais modernos do mundo ao Rio de Janeiro. O Carnaval Carioca recebeu uma visita inusitada: o belo veleiro Black & White, da equipe Alex Thomson Racing, terceira colocada na Vendée Globe, regata de volta ao mundo considerada o “Everest dos iatistas”. O velejador inglês entrou para a história da corrida ao acabar com a hegemonia francesa que sempre ocupou os três primeiros lugares no podio. O barco, considerado como “embaixador da Hugo Boss”, tem as mesmas especificações do utilizado por Thomson nos mais de oitenta dias em que ficou sem atracar na regata solo. O veleiro, que chama atenção por sua robustez e seus grandes mastros, já visitou a Ásia, América do Norte e ficou no Rio de Janeiro até dia 18 de fevereiro, vindo da África do Sul. Da Marina da Glória segue para Miami. Durante sua estada o barco foi palco de uma ação inusitada: a tripulação Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 Marinha a bordo navegou vestindo terno e gravata, do Brasil e Instrutor NAUI / PADI claro, da Hugo Boss...

Além de ficar delicioso, fazer pão a bordo é um charme. O perigo é comer tudo Preparo Misturar todos os ingredientes em uma tigela com uma colher de pau ou nylon. Em seguida amassar com as mãos até a massa ficar bem lisa (pode ser feito dentro da tigela mesmo). Cobrir com pano de prato e deixar descansar longe do vento em um local abrigado de 20 a 30 minutos (perto do motor da geladeira é ótimo). Depois de crescido, amassar mais uma vez e colocar numa assadeira (tipo de bolo inglês) untada com azeite. Arrume a massa no fundo, cubra com um pano de prato e deixe crescer novamente. Depois de crescida a massa, faça um corte não muito profundo no sentido longitudinal e coloque em forno médio (180 a 200 graus) até que fique dourado. cife, um peixinho nos disse que a nova Comodoria deverá ser ocupada por Claudio Cardoso tendo Marcos Medeiros (o ReO Começou a funcionar em Natal feno man) como seu vice, do mesmo jeito a Radio da Marinha, chamada RADIO que foi 5 anos atrás quando a dupla iniciou BONS VENTOS FM 100,1 mhz. Além de a recuperação do clube. Bons ventos! música, tem informações sobre o mar e notícias diversas sobre a marinha. Poderiam fazer no Brasil todo, né?!

CURTAS

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Embora o fechamento dessa edição tenha ocorrido dia 25/2, portanto 5 dias antes das eleições do Cabanga Iate Clube de Re-

Velejar mais rápido nunca foi tão fácil!

As velas de cruzeiro North Sails são revolucionárias. As Radian® são fabricadas com Nordac Radian®, com fibras de poliéster orientadas no sentido longitudinal. A Radian® é a primeira vela no mundo que combina performance radial e menor estiramento, maior durabilidade, fácil trimado e resistência de um poliéster laminado. Se você é um velejador de cruzeiro que busca maior rendimento e velocidade e também participa de regatas onde as velas laminadas não são permitidas, as velas Radian® são o que você está buscando! As velas Radian® de Dacron tri radial tem uma vantagem decisiva: não criam fungos ao serem enroladas como as velas laminadas de enrolar. É a maneira mais rápida de levar seu barco de cruzeiro à um nível enefício. superior, além de seu ótimo custo benefício. tre em Para saber mais sobre a Radian, entre www.brasil.northsails.com

North Sails do Brasil

Av. Princesa Isabel, 2095 / Barra Velha, Ilhabela, SP - Brasil / e-mail: info@northsails.com.br Ilhabela: 12 3895 -8754 / SP: 11 3721 9244 - 2893 2077 / RJ: 21 2543 6107 / BA: 71 8150 5655 / SC: 48 3225 7600 / DF: 61 3244 8937 / RS: 51 2103 2885

Dan Nerney photo

ALMANÁUTICA

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Oficina do Capitão

Escolhendo seu Refletor de Radar

Aproveite o tema para uma reflexão: Quantas vezes você pensou na importância do refletor de radar em sua embarcação? Quantas vezes já se interessou em ler, aprender e corrigir - se necessário - esse importante meio de ser visto ? Os refletores de radar são dispositivos que amplificam a identificação de uma embarcação na tela do radar de outra. Vendidos na faixa de R$100,00 a R$300,00 no mercado náutico, estão longe de falhas, mas auxiliam minimamente na segurança dos navegadores. Além disso, são obrigatórios pela Norman da Marinha do Brasil (Capítulo 4, item 0418 para navegação costeira). Em recente pesquisa, no nordeste do EUA - pasmem - apenas 1 em cada 35 veleiros utilizam o refletor de radar. Os tipos mais comuns são feitos de aço inox, construídos com superfícies planas entrepostas ortogonalmente (formando ângulos retos), variando em seu número de faces. Existem também os feitos de alumínio e os menores, encapsulados em plástico. Existem também os refletores infláveis, indicados para balsas salva-vidas, mas que começam a ser utilizados nas embarcações de recreio pela facilidade, peso, boa reflexão e por não ostentar superfícies cortantes. Como funciona? As ondas emitidas pelo radar são refletidas nas faces do refletor e retornam, aparecendo na tela do emissor. A identificação depende tanto da área quanto da reflexão oferecida pelos ângulos. Assim, quanto mais “divisões” (ângulos reflexivos) o refletor oferecer, e quanto maior ele for, melhor sua efetividade. Mas em geral, a não ser pelos muito pequenos (exceção aos infláveis que são bem grandes), os tamanhos do mercado são quase os mesmos. Em geral a embarcação poderá ser vista numa distância (em milhas) de pouco mais de 2 vezes a raiz quadrada da altura (em metros) do seu refletor de radar, na tela de um radar.

Isso significa que quanto mais alto o refletor, maior a distância que ele será visto nos radares. Na prática, um refletor colocado a 3 metros de altura (algo como a primeira cruzeta de um 30 pés), seria visto apenas a pouco mais de 3 milhas, o que não é suficiente para nenhuma manobra, nem do ve-

Refletor: modelo e altura errados leiro muito menos de um navio. Num mar ruim, com ondas altas, provavelmente o sinal não apareça no radar. Entretanto, numa situação de neblina, o efeito é melhor. Há alguns anos, a Practical Sailor (www. practical-sailor.com) um site especializado em testes de embarcações e equipamentos para navegação, fez um estudo comparativo com refletores e descobriu que um refletor de alumínio em forma de octaedro funciona tão bem quanto os mais caros de aço inox. E melhor que os encapsulados. Descobriram também que a posição de instalação é importante, sendo a mais efetiva a que chamaram de “coletora de chuva” ou seja, com um dos nichos voltados para cima como se fosse para acumular água numa chuva. A maioria das pessoas instala o refletor exatamente para evitar isso, deixando os ângulos retos perpendiculares ao cockpit. A melhor escolha

Modelo é certo, mas a posição errada

Como visto acima, a dica para escolha deve ser de um refletor com um bom número de divisões ortogonais de alumínio ou aço inox e que seja colocado na posição mais alta possível para aumentar o alcance do radar que o captará. Além disso, no caso dos não encapsulados, instalar numa posição correta (“coletora de chuva”).

Brasília comemora 204 anos da AABB A Associação Atlética Banco do Brasil comemora seus 204 anos com uma programação náutica no Paranoá DF

Em fevereiro aconteceu no DF (Brasília) a Regata Aniversário Banco do Brasil comemorando os 204 anos da instituição. A participação foi intensa e teve até rali náutico para as lanchas. Na classe Dingue, o 1º colocado foi a dupla Sandro e Bruno da AABB. Na classe Laser Standard, o terceiro colocado foi Rodrigo Chula, o segundo Rafael Silveira (ICB) e o 1º colocado foi Roberto Renner (AABB). Na classe Radial, a velejadora Elisa Ramos conquistou o 1º lugar. Já no Kite surf o vencedor foi Josué Victor de Andrade Júnior. No Rali náutico, realizado pelas lanchas, o primeiro colocado foi a lancha Danada (AABB), o 2º lugar foi a lancha Stella Uno, do Clube Naval (CNB) e a terceira colocada foi a Ibiza (CNB). Na classe Oceano, na Regata B/RGS, o

Festa no Paranoá: aniversário da AABB vencedor foi o barco Nauru, enquanto o segundo colocado foi o barco Cirrus. Na RGS, percurso longo, o vencedor foi o Kilauea. No percurso curto, classe Ranger, o 1º colocado foi o Pipa. Em 2º lugar ficou o barco Prado, o 1º colocado na Flotilha Fast. Na categoria SMP², a embarcação Magia 4 (ICB) conquistou o 1º lugar e o troféu Fita Azul. Em segundo lugar ficou o barco War (AABB), e em 3º lugar ficou o Bicho Solto (ICB). Parabéns a todos ! (Foto de Roberto Araújo)

Biblioteca de Bordo

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ro - virou um excelente livro. Passageiros do Vento é o relato dessa estória. Mais que isso, o relato de um sonho que virou realidade. Edson escreve como quem conversa: solto, gostoso de ouvir, simples. Isso traz o leitor perto da realidade de um cruzeiro de longo curso. Ao contrário de “estrelas” que contam sobre ondas gigantescas e soluções geniais, o que lemos em seu livro é o dia-a-dia de uma família feliz. O leitor consegue perceber que para essa jornada Edson planejou e trabalhou muito tempo. Além de descrever a viagem - rica de experiências e econômica nos gastos – Edson teve o cuidado de inclui um roteiro de preparação para viagens, o que também serve como lição para quem deseja fazer longas ou pequenas viagens a bordo. São dicas de travessias, trecho a trecho nas regiões do Atlântico até a Europa. Seu relato é feito com simplicidade, mas nos, lembra que o mar pode ser duro e não costuma perdoar os erros. O livro que tem mais de 300 páginas traz fotos coloridas, mapas e no final o excelente guia de planejamento de navegação além de dicas preciosas para cruzeiristas e que podem ser aplicadas até por quem navega apenas em finais de semana. É imperdível em sua biblioteca seja a bordo ou em casa. E ainda pode ser um bom presente para quem curte Edson e família: realizando sonhos o mar. Você pode encontrar esse e outros livros na Livraria Moana, parceira do Al“- Painho, venha ver. Isto é assim mesmo? manáutica. Lá, além dos preços bons, a en- Não, não é. Isto é o pino prensado do trega é confiável e garantida. terminal que está para soltar, e se soltar o mastro cai! Sabe Bete? Você pode ter-nos salvado a vida, e por isso vai ganhar uns sorvetes!” Entre os anos de 1990 e 1991, Edson de Deus, sua esposa Géu e suas filhas Maria Luiza e Bete - então com 13 e 10 anos - fizeram uma viagem pelo Atlântico Norte a bordo do veleiro Aleluia, um modelo Alpha 32.3 e projeto de Jorge Arena construido na década de 80. A família saiu de Salvador rumo ao Caribe e Europa, para viver um sonho de muitos anos, e que depois – cla- A família arruma o porão no Aleluia

Moro na segunda nuvem, à esquerda


ABVC

INFORMATIVO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO

Palavra de

PRESIDENTE Associados e amigos, 2013 começou a todo pano! Aconteceu o Cruzeiro Costa Fluminenese. E diferentemente do ano passado, fomos brindados com lua cheia a caminho do Rio de Janeiro e sol todos os dias na estada no Rio e Paquetá. No Cruzeiro Costa Caipira os velejadores de represa lançando-se ao mar pela baía da Ilha Grande e aproveitando para salgar suas quilhas. A integração com a Flotilha Guanabara visando navegar por outros mares. A Largada do Cruzeiro Costa Sul neste 02 de Março, em Paraty junto com nossos amigos velejadores argentinos em retorno do Cruzeiro da Amizade, rumo a Florianópolis e, para alguns, Rio Grande do Sul e Argentina. E estamos a todo vapor com os preparativos para realização do XI Encontro Nacional ABVC, que neste ano será em Florianópolis. Ufa, esta diretoria empenhada em navegar, navegar, navegar. Mas tem mais... Em abril, reiniciaremos os ciclos de palestras em São Paulo e Rio de Janeiro. Novos produtos estão por vir na loja virtual da ABVC. Aguardem. Boas navegadas e antes de zarpar, não deixem de consultar a previsão do tempo e a página da operação verão da Marinha do Brasil no Facebook. Mauricio Napoleão

Costa Caipira

Pela primeira vez veleiros do interior fazem um cruzeiro em flotilha por Angra dos Reis: “Foi lindo!” A experiência de realizar o 1º Costa Caipira 2013, foi de uma velejada pelo mar a bordo dos nossos “pequenos grandes veleiros”. Rever amigos, fazer novas amizades. Na volta, cada um com sua estória pra contar. Este primeiro Cruzeiro Costa Caipira mereceu mesmo este nome: com exceção dos três grandes veleiros oceânicos, os demais barcos vieram do interior: Piracicaba, Piraju, Cabreuva, Avaré, Cotia, Furnas (MG) e Bauru. De Ubatuba veio o Acrux, velejando. Muitos acontecimentos na preparação para a viagem, bons e ruins, mas tudo acabou bem. Problemas com a carreta na saída de Avaré para Angra, problema numa quilha, alguns botes perdidos e veleiros garrados, mas nada que a solidariedade e a experiência de alguns não resolvessem a bom tom. Na chegada a Angra para o início, claro, os amigos do mar que por lá ficam já esperavam os demais com as devidas honras etílicas a bordo! A flotilha se encontrou no dia 05 de janeiro, encontrando-se ao largo da Ilha da Bexiga para seguir rumo à bela enseada de Paraty-Mirim, com sua concorrida Ilha da Cotia, muito frequentada pelos integrantes da ABVC da baía de Ilha Grande, devido a suas belezas naturais e ótimo fundeadouro. Depois seguiu-se Tarituba, Ilha do Cedro e Enseada do Sítio Forte, já na Ilha Grande. A caminho uma parada estratégica na famosa Lagoa Verde onde todos puderam nadar e mergulhar à vontade. Já na Tapera (Sítio Forte) todos puderam admirar as tartarugas que vivem a volta no Flutuante onde é servido um dos melhores

ABVC E ABVO: NOVA PARCERIA A presença de um representante da ABVO no Encontro Nacional da ABVC que acontece em maio no Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha iniciará oficialmente a parceria entre as entidades. Lars Grael (Presidente da ABVO) e Maurício Napoleão tem mantido contato e discutido sobre interesses comuns aos membros de ambas associações. O convite foi feito a Lars por Napoleão, para que os associados possam tomar ciência da parceria e também para que ela seja iniciada oficialmente através de uma cerimônia oficial. “Infelizmente no dia 31 maio vou viajar para o campeonato norte-americano de Star nos EUA. Mas com certeza a ABVO se fará representar neste encontro”, explicou Lars. As primeiras conversas entre as entidades dão conta de um convênio na área de seguro para embarcações, que poderá proporcionar descontos que podem chegar até

Lars da ABVO: parceria com a ABVC

30% mais baixos que os atuais valores de mercado. Se a parceria e esse percentual se confirmarem, os associados da ABVC terão uma economia que pode ultrapassar facilmente os R$400,00 em seus seguros, se levarmos em conta um valor médio de R$1.500,00. Outra boa notícia para os cruzeiristas é que os barcos com mais de 20 anos serão aceitos. Ganham os associados!

Um “causo” de pescador...

Essa foi contada pelo associado Assis Ribeiro, na lista de discussão do Yahoogrupos da ABVC. Ele, que mora à bordo do cat Craca-a-toa, na Marina Bracuhy jura de pés juntos que é a mais pura verdade: “Um certo dia minha mãe e meu pai estavam pescando no fundo da baía da Guanabara, na foz do rio Suruí, quando meu pai pediu para ela preparar um lanche. Ela pegou o caniço e colocou ao lado e foi fazer o lanche. Eis que o caniço saiu voando, passava riscando a água de um lado para outro até que sumiu. Eles continuaram pescando o dia todo e no final da tarde, quando estavam retornando ao Carioca Iate Clube, passaram por uma gamboa e viram um caniço preso, foram lá e, adivinhem? Era o caniço dela com um robalo de 5 quilos fisgado”. Agora quero que me digam: quem é que questionaria um história contada pela própria mãe ?!?! Tá bom, nós acreditamos...

Produtos ABVC

Os produtos da grife ABVC estão à sua disposição para compras via internet. São camisetas, flâmulas para embarcações, bolsas estanques, entre diversos outros produtos que podem ser adquiridos na loja virtual da ABVC. Acesse e conheça: www.atracadouro.com.br/abvc

Midias Sociais

Nosso fórum ou lista de discussão, funciona no Yahoo Grupos. Se você é associado e ainda não participa, basta enviar um e-mail para abvc@yahoogrupos.com.br e solicitar a participação. Estamos também no FACEBOOK. Lá não é preciso ser associado para participar. Conheça e participe!

AGENDA Anote as datas dos próximos eventos da ABVC pra não esquecer: Costa Sul: 02/03/2013 Expedição Tietê-Paraná: julho Encontro Nacional da ABVC: Feriado de Corpus Cristhi

CONVENIOS Mergulhando com as tartarugas na IG pastéis de camarão de toda a Ilha Grande. Outros fizeram passeios e trilhas pela mata, descobrindo recantos e banhos nas cachoeiras. Na Tapera existe uma enorme pedra no meio da Baía, onde é possível atracar para abastecer e lavar o barco com água doce cristalina direto da serra. No quarto dia a turma seguiu para a Enseada do Abraão onde pegaram um “ventinho” de 35 nós. Dois veleiros da flotilha garraram, porém os fugitivos foram recapturados e reancorados rapidamente. Dali a flotilha voltou para Tarituba, mas passando pelas Ilhas Botinas, cartão postal de Angra onde puderam mergulhar com os peixes. O roteiro seguiu por Gipóia, Brandão, Sandri, Araraquara. Dia seguinte, de volta a Paraty, na Marina Farol de Paraty, foi realizado um animado jantar e um belo rodízio de massas e molhos, brindados com champanhe, encerrando assim, com chave de ouro o primeiro cruzeiro do interior pelas convidativas águas da Baía de Ilha Grande.

A ABVC mantém convênios para os sócios. Veja alguns abaixo e outros no site: IATE CLUBES - Aratú Iate Clube - Cabanga Iate Clube - Iate Clube Guaíba - Iate Clube de Rio das Ostras - Iate Clube do Espírito Santo - Marina Porto Bracuhy - Iate Clube Brasileiro - Jurujuba Iate Clube DESCONTOS Botes Remar Coninco - Tintas e Revestimentos Ship’s Chandler: Loja Náutica em Paraty Murolo Seguros: Preços especiais Enautic : Loja Náutica Virtual Divevision Loja Virtual E muitos outros. Consulte nosso site para saber dos detalhes de cada parceiro. Seja sócio da ABVC: você só terá vantagens. Se já é associado, traga um amigo!

11º ENCONTRO NACIONAL DA ABVC

O ano de 2013 vai marcar o décimo primeiro Encontro Nacional da ABVC. É o terceiro sob o comando de Maurício Napoleão como presidente da entidade. A novidade esperada é que ao contrário dos anos anteriores, esta inaugura um rodízio nas cidades onde a ABVC tem representação. Ou seja, a cada ano o Encontro acontece em uma cidade diferente. Em 2013 ele acontece nas dependências da subsede do Iate Clube de Santa Catarina - Veleiros da Ilha, em Jurerê, após o final do Cruzeiro Costa Sul, no feriado de Corpus Cristhi. A turma por lá, liderada pelo Vice-Presidente de Santa Catarina Luis Fernando L. Beltrão já está trabalhando desde meados de dezembro para receber os cruzeiristas aqui “de cima”. Para quem não vai de veleiro, a dica é reservando as passagens de avião, mais baratas nessa época. Fique de olho nos sites das companhias aéreas que costumam realizar promoções nos preços das passagens. E fique de olho também no site da ABVC para fazer a inscrição. Se você ainda não conhece Floripa, não sabe o que está perdendo: paisagens deslumbrantes, gastronomia de primeira com suas ostras e restaurantes do lado sul da ilha, além do charme da Lagoa da Conceição, suas lojinhas e seu clima underground. As praias são um espetáculo à parte. Mas cá entre nós, chegar pelo mar passando sob a ponte Hercílio Luz é algo inesquecível, que só os velejadores sabem. O encontro deve receber mais de 350 pessoas que vão se reunir para palestras, cerveja, bate papos e muita confraternização. A ocasião será propícia para apresentar a ABVC aos cruzeiristas do ICSC, categoria que tem crescido ao longo os últimos anos por lá. Vá se programando para não perder essa festa maravilhosa! O Programa preliminar do Encontro (os palestrantes ainda estão sendo convidados) é o que segue:

Filhas de Amyr Klink: convidadas XI Encontro Nacional ABVC – 2013 Florianópolis De 30 de Maio a 01 de Junho 30/05 – quinta feira 19hs – Abertura oficial 20hs – Jantar 31/05 – Sexta feira 10hs – Work shop 11hs – Work shop 14hs – palestra 16hs – palestra 18:30hs – Churrasco 01/06 – Sábado 10hs – Workshop 11hs _ workshop 14hs _ palestra 16hs – palestra 20hs – Jantar de encerramento, sorteio de prêmios, quizz, musica ao vivo 02/06 - Domingo Café damanhã (por adesão) Dia livre/retorno No evento haverá Exame de Arraes Vai perder? Você não é louco, né?!

O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.


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