ALMANÁUTICA Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano II – nº 07 – julho/agosto 2013 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!
Edição de aniversário: 1 ano de Almanáutica Nesta edição:
A história dos Classe Brasil
Comprando e mantendo uma embarcação fora do Brasil Izabel Pimentel muda rumo e planos após capotar
Confira também: Nayara Licarião, tetra no kite, é campeã invicta em Bonaire Deputado leva multa por pesca em área protegida Saiba como retocar peças de alumínio pintado Aprenda a fazer um sashimi a bordo
Classe Brasil Cayru II no dia de seu lançamento
Navegue conosco pelas águas do Tietê Técnica: aprenda manhas do balão Cartas náuticas mais caras Morre Dona América
ALMANÁUTICA
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EDITORIAL
O Almanáutica faz um ano! Que sensação maravilhosa a de ver que o espaço sério, crítico, representativo dos pólos mais distantes - geográfica e midiaticamente - da imprensa náutica tradicional, faz mais sucesso a cada número. Quando publicamos matérias como a do Classe Brasil deste número (resumo do que foi publicado no site), apostamos no registro da história da vela brasileira. E as contribuições que recebemos enquanto fazíamos as pesquisas nos apontaram o caminho. Muito mais vem por aí. O registro da história da vela é um compromisso do nosso jornal. A partir de agosto os pontos de distribuição do Almanáutica estarão mais bonitos e
Foto da capa
Título: “A tarrafa”. Veja a imagem original em iMageMar.com - Fotos de Hélio Viana
organizados com a colocação de displays personalizados. Um presente do jornal para o público leitor e os locais que nos apóiam. Em tempos de reivindicações, de ebulição nas ruas, nossas informações sobre as condições da Marina da Glória mais uma vez, além de outras “alfinetadas” cujo objetivo é mostrar e informar sobre alguns acontecimentos que podem ter passado despercebidos: informação é a melhor arma. Também inauguramos uma velha e simpática prática dos antigos jornais, a charge. Nosso personagem, um rádio VHF, estará sempre recebendo ou transmitindo algumas ironias ou chistes do meio náutico de forma leve e descontraída. Para quem sonha em ter uma embarcação no exterior, as dicas de quem já fez isso e conta como e quanto se gasta. E nossa colunista e Tetracampeã no Kitesurf, Nayara Licarião levou o título Centro Sul Americano em Bonaire. Que orgulho! Agradeço aos que nesse tempo apoiaram o nosso jornal, seja na distribuição, enviando matérias, sugestões, críticas e comentários e os anunciantes parceiros. A ABVC que publica seu boletim oficial aqui no Alma. A Fevesp que é parceira. Cada um de vocês nos ajuda a construir o Almanáutica todos os dias! Valeu muito! Bons Ventos!
Crônicas Flutuantes
Coluna de José Paulo
Males que vem para bem
Vez que outra coloco de lado as ondas, sudoestes arrasadores, tempestades, tubarões e outras mentirinhas inofensivas usadas em minhas crônicas para adentrar em terrenos mais movediços. É o caso que ora se relata. Não pense o leitor que eu possa ter tendências chauvinistas; não sou machista nem feminista, muito pelo contrário, sou apenas um biólogo ultrapassado e artista plástico que gosta de velejar por aí, e os protagonistas da história que segue poderiam muito bem ter seus gêneros trocados por quaisquer dos vários atualmente em atividade. A separação não foi das mais amenas, só não saíram às vias de fato por se tratar de gente culta, bem formada... esclarecida. Dentre os motivos maiores havia uma traição – que se soube – pelo lado dele; dentre os menores havia um veleirinho quase inocente, conseguido com muito sacrifício, de nome “TRUE LOVE”... É fato que parte das pessoas traídas, se é que o termo ainda se aplica aos dias de hoje, não se vê em condições de elaborar civilizadamente a questão em níveis psíquicos mais profundos e acaba por desenvolver, quando preteridas, sentimentos um tanto desencontrados e de intensidades muitas vezes fora de esquadro. Pois – quando conto muitos resistem em crer – aconteceu que numa das reuniões – agora já na presença dos respectivos advogados – para aparagem de arestas, o pobre barquinho, de repente, entra na negociação de forma, no mínimo, inusitada. Conversa vai, conversa vem, deliberou-se que ele, o ex., ficaria com o “TRUE LOVE”, pois ela, além de enjoar quase sempre, pouco ou nada se dava às lidas náuticas e queria vendê-lo ao primeiro que aparecesse, além de que... detestava o nome do barco. Ela ficaria com o resto, inclusive, como sucede na maior parte das vezes por imperativos Freudianos, com a guarda da filha de cinco para seis anos. Quando tudo parecia já acertado... houve uma última exigência! Nos fins de semana – um por mês, determinado pelo juiz – que ele fosse ficar com a filha, caso tivesse a intenção de velejar a garota teria que se fazer acompanhar por uma babá. Ele costumava ser uma pessoa calma e centrada e tentava resolver as coisas sempre de maneira justa e racional, mas não se conteve: – Uma babá!!!, no True Love?, você pirou de vez Abigail!!!?, disse prá lá de indignado. – Ela não confia mais
em você... e segurança para a criança é ponto pacífico, retrucou o advogado adversário. – Mas isso é um absurdo... o quê que eu vou fazer com uma babá a bordo?, sua vagab... Nesse momento sentiu por baixo da mesa um cutucão quase dolorido na canela; olhou pro seu advogado que, macaco velho, dá uma piscadela e inclina imperceptivelmente a cabeça para frente. Calou-se. Por se tratar, como já disse, de gente esclarecida, a herdeira foi poupada desse encontro amigável. De maneira geral ele ia velejar quase todos os fins de semana. Era a maneira encontrada para afastar o estresse do dia-a-dia de executivo numa empresa de propaganda e marketing. Resolveu que agora, toda vez que fosse pegar a filha, primeiro analisaria o semblante – e otras cozitas mas – da babá do mês, contratada em uma agência, para então se decidir se ia velejar ou ia ao zoológico dar pipocas aos macacos. Como requinte de crueldade que só determinadas mulheres sabem elaborar, Abigail escolhia a dedo as babás – era parte do acerto; ela escolhia a babá e... ele pagava. Todas já passadas dos cinquenta, com manequim superior a 58 e, se possível, com mau hálito ou chulé. Na melhor das hipóteses poderiam servir de lastro numa orça mais forçada, de maneira que ele teve que se contentar com a pipoca aos macacos. Sucedeu, todavia, que numa das vezes, ao ver a babá de mãos dadas com a filha esperando no jardim, quase caiu de costas! A moça parecia a Luana Piovani! “Nesse angu deve ter mosquito” pensou logo de cara. Mas não, o que de fato acontecera é que a ex. tinha ido viajar e deixou a escolha com a tal agência de babás, um deslize do qual jamais se perdoaria, pois a Walderete, entre outros atributos, adorava as grandes ondas, os ventos fortes esvoaçando seus cabelos maravilhosos, as tempestades não enjoava e... de cara a-d-o-r-o-u o nome do barco. Feliz mesmo ficou o advogado que recebeu de presente uma caixa de Blue Label junto a um convite para ser padrinho do casamento, se é que esse tipo de ritual ainda se aplica aos dias atuais. José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador e conta, em crônicas com muito humor, situações vividas a bordo com sua família no livro “É proibido morar em barco”, à venda na Livraria Moana
Murillo NOVAES
O Oceano nas Ruas Olá querido amigo e leitor deste periódico de muita alma. Em tempos de Brasil varonil esperto (e desperto) como um drible Neymar, este jornalista poderia ignorar a onipresença midiática da Copa das Confederações e até mesmo dos incansáveis protestos que invadiram o país e falar como foi incrível estar de corpo presente na Sardenha, na Loro Piana Superyacht Regatta, onde velejei com o próprio Piana e, dentre outros italianos estelares, o tático Tommaso Chieffi, para vencer o torneio cujo menor dos 21 barcos tinha 82 pés e valia algo próximo a R$ 12 milhões. Poderia também falar do começo da temporada dos incríveis catamarãs MOD70 que vieram substituir os não menos acachapantes ORMA60 no imaginário europeu e mundial e contam com a presença ilustre de figuras como Löick Peyron e o professor Michel Desjoyeaux, só para citar dois. Poderíamos comentar a morte estúpida do boa gente Andrew Simpson, campeão mundial de Star em águas (polutas) da Guanabara com seu amigo de infância Iain Percy no timão, preso por infindáveis 10 minutos sob o casco do AC72 Artemis, na baía de São Francisco. E dizer ainda que esta America’s Cup californiana corre o risco de ser chatíssima com apenas três barcos disputando a série de desafiante (Louis Vuitton Cup). Eu poderia mesmo render uma homenagem ao cara mais sorridente e sangue bom que já vi no planetinha vela, Magnus Olsson, que nos deixou e a quem nunca poderei devolver os Rublos emprestados no verão frio de São Petersburgo quando me salvou da fúria de um taxista no final da VOR ganha por Torben e coadjuvada pelo próprio, como comandante do outro barco da Ericsson, o três. Mas não! Hoje temos a obrigação, jornalística e cidadã, de falar sobre o belíssimo movimento que assolou este gigante ora deitado em berço dito esplêndido, mas, na verdade, adormecido em uma caminha fuleira, mal feita, de material inferior, cujos recursos foram desviados para um qualquer (este sim em berço de ouro) que contratou
Dos Leitores
Aqui você lê os recados recebidos por e-mail sobre nossos artigos no jornal, no site e no Facebook. Mande o seu!
Radar...
o marceneiro, mal remunerado, por sinal. Pois bem, com a certeza de que este despertar jamais retrocederá. Que a juventude que está na vanguarda deste movimento e que sabe que seu futuro depende de mudanças radicais na condução e gestão das instâncias políticas e dos recursos econômicos, humanos e ambientais deste planetinha azul, nossa nave tão combalida, com a qual navegamos no sideral e à qual não temos alternativa de sobrevivência. Que as elites, os ainda alienados e os inúmeros bandidos que plagam por estas terras, não poderão ignorar a força destas vozes, faço humildemente aqui minha homenagem. Ver que Martine Grael e Kahena Kunze, lá da Dinamarca,postaram seu cartaz de apoio e protesto no FaceBook (a inusitada voz política da nação). Ver que até a turminha do Optimist está mobilizada e atenta às questões urgentes que preocupam a todos daqui. Acompanhar os perfis, tuítes, sítios, feices, etc. etc. de inúmeros velejadores (normalmente apaixonados e quase monotemáticos como este que voz escreve) e sentir a força real de suaparticipação cidadã, é mais que emocionante! É lindo!! Este velho militante vermelho de tantas causas e hoje verde, de outras ainda incipientes, como a necessária sustentabilidade, em todos os níveis, das sociedades, deixa registrado aqui, com sua alma náutica tocada pelo novo (que sempre vem, como dizia o poeta), o seu mais profundo respeito, solidariedade e admiração por aqueles que, no mundo tão materialista e pragmático de hoje, se dignam a enfrentar os poderes estabelecidos e perdem(ganham!) seu tempo indo às ruas protestar por todos nós brasileiros. Eu navegarei eternamente com vocês! Minha proa está no seu rumo! E mesmo do meio do oceano estarei sempre nas ruas para formar ao seu lado! #mudabrasil #ogiganteacordou #vemprarua
Murillo Novaes Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com
RISW... Após a publicação de nosso artigo e a posterior participação (também publicada) do Sr. Carlos Eduardo de Souza e Silva, Diretor de Vela do YCI, recebemos do Sr. Harry Finger, (Secretário de Turismo de Ilhabela, a mensagem que segue: Agradeço a excelente colocação do Carlos Eduardo de Souza e Silva, Diretor de Vela do YCI e o editorial por entender e dar forca para que possamos ter de volta neste momento as regatas dos Bico de Proa e as diversas regatas que podem ainda fazer com que nossa principal raia, receba cada vez mais provas e fomentando o Turismo em nossa cidade e região . Aproveito também para agradecer ao Yate Clube de Santos, o Yate Clube Pinda pelo apoio aos nossos principais eventos. Não fazemos nada sozinhos e poder ler tudo que foi colocado aqui mostra mais uma vez que estamos no caminho certo.
Sobre o artigo dos refletores de radar... Se você acender uma lanterna em dois espelhos que sejam perpendiculares entre si, a luz bate num deles reflete no outro e volta pra lanterna. É a regra da reflexão: o ângulo de incidência é igual ao refletido. Por isso Harry Finger - Secretario de Turismo e fizeram o refletor em forma de triedros. Fomento de Ilhabela Não depende da posição que você coloca o Nós é que agradecemos! refletor. O efeito utilizado é: Como o pulso Almanáutica: do radar tem uma certa largura horizontal Jornalista Responsável: de 2º, é um lóbulo, todo o tempo que esse Paulo Gorab triedro estiver dentro do lóbulo ele envia Jornal bimestral, com distribuição nacional de volta o sinal, portanto um refletor de ranos principais polos náuticos do Brasil. dar não depende do tamanho e nem da área Ano 02, número 07 julho/agosto de 2013 Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier para refletir o pulso. Quanto à altura, se o Contato: falecom@almanautica.com.br refletor estiver a 3 metros desconsiderou a Almanáutica é uma marca registrada. antena do navio (uns 40 metros de altura), Proibida a reprodução total ou parcial. Visite portanto o calculo seria D = 2,23 √ 3 + 2,23 nosso site e fique por dentro das novidades √ 40 = 14 milhas... diariamente: Fabio Reis www.almanautica.com.br
Rio Grande do Sul É Tetra!
Tripulação do VDS é tetracampeã do Sul-americano de Soling na Argentina Tripulação do Veleiros do Sul é tetracampeã do Sul-americano de Soling na Argentina. A tripulação do barco Bossa Nova com George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lúcio Ribeiro do Veleiros do Sul é campeã do Sul-americano da classe Soling encerrado nesta terça-feira no Club Náutico San Isidro, de Buenos Aires. O trio venceu pela quarta vez o campeonato e consolidou a posição de principal equipe do continente. Em 2007 eles foram campeões mun-
George, Marcos e Lúcio: Soling é Tetra diais da classe. Em segundo lugar ficaram os argentinos Pablo Despontin, Pablo Noceti e Ezequiel Sasso. Além dos campeões, mais quatro tripulações representaram o Clube. Nelson Ilha, Paulo Lemos Ribeiro e Flávio Naveira ficaram em 4º lugar, Guilherme Roth, Beto Trein e Roger Lamb em 6º, Kadu Bergenthal, Frederico Sidou e Vilnei Goldmeier alcançaram o 7º e André Gick, Caio Vergo e André Passow ficaram em 14º lugar. (Foto Matias Capizzano)
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UM GIRO PELA COSTA As principais notícias de Sul a Norte. O que acontece nos polos náuticos.
Santa Catarina Avistamento de Deputado leva baleias proibido multa por pesca Uma recente decisão judicial após uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal a partir de denuncia feita pela Sea Sheperd Brasil - Instituto Guardiões do Mar proíbe o avistamento das baleias da espécie Franca através de barcos, na região de Santa Catarina. A proibição vale para Laguna, Imbituba, Garopaba e a área de abrangência da APA. Todas as partes responsáveis – Direção da APA, ICMBio e mesmo a coordenação do Projeto Baleia Franca são favoráveis à atividade. Maria Elizabeth Carvalho da Rocha, chefe da unidade da APA defende o avistamento e entende que a proibição acarretará perdas no turismo da região. “A atividade atrai turistas de muitos lugares. A APA tem medidas de precaução que são únicas no mundo inteiro, como forma de preservar a espécie e não prejudicá-la”, explica. O ICMBio vai buscar formas para reverter a decisão.
Pelo segundo ano consecutivo o VDS terá representante no Mundial de Opt Sea Sheperd Brasil: precipitação?
Içando o Balão
Com o término do Sul-brasileiro de Optimist 2013 a Flotilha Minuano do Veleiros do Sul levou o clube a ter um representante competindo no Mundial de Optimist pelo segundo ano consecutivo. Gabriel Lopes conquistou a vaga para o Mundial da classe após finalizar o Sul-brasileiro de Optimist 2013 em terceiro lugar. Tiago Quevedo, ficou em quinto e alcançou a classificação para o Europeu. Erik Hoffmann (27º) e Ana Paula Lutz do Canto (36º) obtiveram vaga para o Norte-americano de Optimist. Este ano, a seletiva para os campeonatos internacionais foi a soma dos resultados obtidos no Brasileiro e no Sul-brasileiro da classe. Foto: Ricardo Pedebos
Dias 4 e 5 de maio aconteceu a Regata de
Turismo deve ser prejudicado se não Funcionário do Ibama foi transferido Veleiros Clássicos, etapa Angra dos Reis, for suspensa decisão que proíbe avis- após multar Jair Bolsonaro por pesca em Mangaratiba. Foram 27 veleiros com tamento embarcado de baleias franca ilegal dentro da Estação dos Tamoios mais de 30 anos de existência, inscritos na
Gabriel Lopes no Mundial de Optmist
Galera do Optmist feliz com resultados
Angra - RJ Clássicos dão show novamente
O balão deveria ser o maior aliado dos cruzeiristas por conta de sua grande área vélica, mas ainda é utilizado com certa reserva por muitos. Vamos ver como içá-lo da maneira correta. Existem muitas configurações de vela num veleiro, mas o mais comum é usarmos um balão leve e um pesado, definição caracterizada de acordo com a gramatura de cada um. Içá-lo não envolve muitos segredos, é uma sequência lógica, mas a precisão dos poucos segundos que envolve a manobra é o importa. Apesar de poderoso o balão é extremamente delicado e por isso sua saída da cabine é de extrema importância: um descuido pode impedir sua utilização em condições favoráveis. Na maioria das vezes é feito um “berço” que fica fixado na entrada da cabine onde o balão permanece “passado”. Para quem não conhece esse procedimento, “passar o balão” consiste em, a partir do tope encontrar os dois punhos, desenrolando a vela corretamente sem confusão. Isso é de extrema importância e pode ser feito den-
Após receber uma multa de R$ 10 mil aplicada pelo Ibama, o deputado Jair Bolsonaro entrou com mandado de segurança para poder pescar na Estação Ecológica Tamoios Angra (RJ). Em 2012 ele foi flagrado pescando num barco no costão da Ilha da Samambaia. De acordo com a fiscalização, Bolsonaro argumentou que “tinha autorização para pescar em qualquer ponto da Baía da Ilha Grande”. Ele chegou
competição. Nas duas regatas o vento deu as caras, além o calor e tempo bom que a festa merece. Quem se deu bem? Torben e seu Lady Lou, com Fita Azul nos dois dias levando o título da Classe C e da BRA/ RGS. Presente o Secretário de Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro, André Lazaroni. Loic Gosselin, organizador da regata comentou: “Nosso evento cresce a cada etapa e estamos fomentando esse movimento no país. Na Argentina, por exemplo, essa cultura já é bem forte e esperamos que na próxima etapa já hajam veleiros argentinos competindo, dando um aspecto mais internacional”, concluiu.
Nova Lima - MG
“Ele foi arrogante e prepotente” a ligar para o então ministro da Pesca, hoje deputado federal, Luiz Sérgio do PT-RJ, ex-prefeito de Angra, que o aconselhou a deixar o local. Coincidentemente (?), após o bate-boca entre o deputado e os fiscais foi proposto um projeto de lei na Câmara dos Deputados, por Luiz Sérgio, que tenta a liberação de embarcações particulares, pesca artesanal ou amadora, além da utilização das praias por banhistas na Esec Tamoios. “Ele foi arrogante e prepotente”, comentou o então chefe do escritório do Ibama em Angra, José Augusto Morelli, que não atua mais como fiscal de campo desde o episódio... tro da cabine, caso já se tenha utilizado e quando não houve a chance de dobrá-lo no seco. No caso dos barcos de regata, o balão é mantido durante todo o percurso, principalmente nas regatas entre bóias de barla-sota, onde é usado de 6 a 9 vezes içando e baixando. Mas para cruzeiros, para não impedir o tráfego de acesso à cabine e não entulhar o veleiro, ele pode ser utilizado e depois retirado. Considerando que o barco já esteja empopado: içamos o balão por sota, ou seja, ele sairá da cabine onde um tripulante o manuseará do lado de sotavento, safando o balão de qualquer ponto de atrito onde possa ser rasgado (um stopper por exemplo), manuseando-o “encharutado” - como um tubo enrolado - evitando que se espalhe durante o procedimento. O amantilho já terá içado o pau do spi, que estará posicionado a barla, pois, a função do pau é ajudar a equilibrar e alinhar o barla do balão, tendo como limite o stay de proa. Considerando ainda que no rumo desejado o vento é de popa, o balão exigirá dois momentos de precisão: o primeiro, é que um tripulante (secretário/piano) deve caçar a adriça o mais rápido que puder
Lagoa dos Ingleses desponta como novo polo náutico mineiro
Nova Lima (MG) recebeu a quinta edição da etapa Brasil do Campeonato Mundial de Wakeboard, na Lagoa dos Ingleses. O primeiro lugar ficou com o atual campeão mundial Phillip Soven. O brasileiro melhor colocado (5º) foi Mario Manzoli, o “Marito”. Ele é tetracampeão brasileiro e atual presidente da Associação Brasileira de Wakeboard. Nova Lima foi apontada por unanimidade pelos atletas como a melhor sede do Campeonato Mundial.
Técnica evitando que ele arme durante o processo. Em segundo, e simultaneamente, outro tripulante (o barla) deve caçar a escota para que o balão arme na posição a deslocar o barco para a vante. Alguns acidentes podem acontecer por que o barla pode demorar, e com o vento intenso o balão arma no través forçando o barco a adernar para um bordo. Lembre-se, o balão desloca à vante não de través! Outras vezes o próprio “piano” não caça com rapidez a adriça e com uma rajada inesperada o balão arma no través estando ainda a meio mastro. Esse descuido pode causar algum acidente com um tripulante e até mesmo causar alguma avaria na embarcação! Navegar com um balão é tão tranquilo quanto navegar com uma genoa. Deve-se fazer regulagens sensíveis, mantê-lo sempre cheio, regulando barla, sota e proa para o melhor aproveitamento do vento. Na próxima edição mais dicas desse uso. Bons ventos! Ricardo Machion, é iatista da Classe Soling e das Classes ORC Internacional e RGS e possui diversos títulos nos circuitos Sul Brasileiros de vela oceânica.
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São Paulo - Interior Beleza caipira
Mini Circuito Rio reafirma sua força
Marcos Chiquitelli Neto, o “Pirata da Ilha”, nos conta um pouco da história e dos atrativos da Hidrovia Tietê-Paraná. Tem até mergulho! A utilização dos rios Tietê e Paraná pelos navegantes já foi muito intensa nos séculos passados e hoje está se tornando o mar do caipira apaixonado pela natureza. No início do século XVIII, mesmo com a presença de centenas de quedas d´água e outras barreiras naturais que impediam a passagem harmoniosa das embarcações pelos rios, os paulistas enxergavam esse caminho como o melhor meio para a conquista de novos territórios e a busca pelo ouro. A transposição de cachoeiras, levando batelões de até 12 metros de comprimento, arrastados pelos barrancos, subindo morros, carregando e descarregando todo o equipamento à cada bloqueio, não desanimavam aqueles “homens da água” que venciam os intempéries naturais e sociais com o grande objetivo de melhoria de vida. Após essa euforia inicial pela cobiça sobre os recursos naturais como foi o caso da conquista de Mato Grosso, especialmente na exploração de ouro em Cuiabá e mesmo de áreas Amazônicas com o uso de navios a vapor que saiam do Rio de Janeiro e subiam pelo rio Prata e Paraguai até Cuiabá, a navegação foi reduzida até ser totalmente abandonada. Hoje a navegação dos rios Tietê e Paraná já não requer todo aquele esforço para a transposição de pequenas distâncias. A formação dos lagos pelas usinas hidrelétricas submergiu quase a totalidade dos acidentes geográficos, facilitando o acesso de mais de 1.000 km de trechos navegáveis. Apesar dessa magnitude, tudo isso ainda é biologicamente
Estrutura no teto como referência: o edifício de ontem e o mergulho de hoje
muito novo - pouco mais de 30 anos - e as pessoas estão começando a se acostumar com a ideia de aproveitar o rio para sua melhoria de vida contemporânea. O complexo de Urubupungá (região dos Grandes Lagos), descrito pela bacia represada do rio Paraná no entorno da foz do rio Tietê, detém uma das maiores áreas submersas artificialmente do país. Apesar do impacto ambiental causado pela inundação de uma grande extensão territorial, a implantação das represas também promoveu a formação de outros nichos biológicos. Pequenas lagoas, baías, ilhotas, canais, bem como, recifes artificiais (ruínas, naufrágios, pedras e outros matérias submersos), tudo se torna um grande atrativo para a exploração de diferentes espécies animais. A pesca foi o ponto de partida, todo município detém aquele grupo de pessoas que se lançam, quase que diariamente, com sua pequena voadeira para áreas onde “dá mais peixe “. No entanto essa prática não é a única alternativa para quem frequenta essa região. No período entre agosto e janeiro, as águas do Tietê e do Paranazão na região dos Grandes Lagos, tornam-se cristalinas com visibilidade de até 20 m em alguns locais. Nesse contexto, a atividade de mergulho tornou-se um grande filão tu-
A raia (Potamotrygonidae motoro)...
Rio de Janeiro
rístico para a região, com áreas de até 50 metros de profundidade e construções submersas que se tornaram points de visitação obrigatórios para novatos ou experts. Além do mergulho contemplativo (youtube.com/ watch?v=Hj1N-K9XuTo), a atividade de pesca subaquática também tem sido praticada em substituição à pesca tradicional. A universidade estadual paulista (UNESP de Ilha Solteira), por meio do projeto Caça-
... e o Cascudo (Liposarcus anisitsi)
-Vento, Vida-Sub & Bicho-do-mato (youtube.com/watch?v=O874aCMR0Gg), tem realizado trabalhos de pesquisa e de educação ambiental, com oferta gratuita de cursos de introdução ao mergulho e observação do comportamento de peixes de água doce, bem como, atividades de instrução do uso de barco a vela e navegação em rios da região. Apesar de todo o potencial natural disponível, a infraestrutura voltada a quem deseja utilizar o rio com todos esses recursos ainda é pouco desenvolvida. Isso afasta o grande público, mas já atrai aqueles que transcendem o desconforto físico e percebem o bem natural. Nas fotos acima, a usina hidrelétrica de Itapura (Foz do Rio Tietê) em 1952. A parte superior do telhado tinha um suporte para caixas de água. Na foto recente o mesmo suporte na atividade de mergulho. Vale muito conhecer!
Mini Circuito Rio realmente ressuscitou. A edição em 2013 foi um grande sucesso e teve a participação de 40 barcos, sendo 14 a mais que na edição de 2012. Durante dois finais de semana de sol com ventos de médio forte a fraco, foram realizadas regatas barla-sota, longas médias, curtas e uma muito longa, colocando seus quase 200 velejadores à prova em busca do desempenho máximo de seus barcos. Na Categoria ORC a disputa se repetiu, sendo campeonato disputadíssimo, fechando somente o resultado final na última regata. O Campeão foi o veleiro EURUS, um J24 comandado por Ronaldo Senfft do ICB, sendo o vice, o veleiro STAND BY ME de Lars Grael, representando o RYC. Em 3º o veleiro LADY MILLA comandado por Ricardo Tolentino do ICJG. Mais uma vez a Categoria RGS foi a que teve o maior número de participantes. O campeão foi o XEKMAT, representando o ICB, comandado por Robert Bailly que manteve a liderança desde a primeira regata. O vice-campeão foi o veleiro ESPIRITO DA COISA comandado por João Bosco e o 3º o veleiro MALOLU comandado por Paulo Carvalho ambos representando o CNC. A Classe J24 teve 8 barcos inscritos com o resultado: EURUS, seguido por ASAEL comandado por Newton Passos (ICRJ); 3º MERGULHÃO comandado pelo aspirante Sidon do GVEN. A participação maciça dos veleiros J24 do GVEN garantiu a representatividade da classe no evento. A Classe HPE , que também teve grande participação do GVEN, foi outra
que prestigiou o evento com 8 barcos e também teve resultados disputadíssimas. Em todas as 5 regatas do campeonato o fita azul foi um dos HPE. O veleiro MOTU, comandado por Celso Quintella, representando o ICRJ, conquistou o campeonato ainda na quarta regata seguido pelo veleiro WRIGHT ON WHITE comandado por Caio Swan de Freitas, representando o RYC e em 3º o veleiro HPE PANICO de Wagner Rodrigues (RYC). A Classe Ranger 22 compareceu com 8 barcos e também teve um campeonato muito disputado tendo como campeão o veleiro Hook (ICRJ), de Alexandre Haddad, seguido pelo veleiro PETISSO (CNC), comandado por Edgar Pohlmann e 3º VAGAL de Luiz Gurgel, representando o PCSF. O campeonato teve representantes ainda na Classe VELEIROS 23’ com o barco CL DURF (Luiz Marcelo Maia) e SKIPPER 21’ com o UBA (Colégio Naval) comandado por Henrique Lima Rocha. Destacamos a participação dos alunos do PROJETO GRAEL no veleiro Finisterre um 32’. A inclusão dos veleiros ate 32 pés foi um grande sucesso, a participação das classes monotipo também foi de fundamental importância para o sucesso do evento. Tivemos regatas bem disputadas, o encontro diário dos velejadores na raia, e no clube após as regatas, em uma belíssima confraternização de grandes esportistas, medalhistas olímpicos, a nova geração que está chegando e tomando seu lugar na raia e no pódio e tripulações amadoras, mas amantes do nosso esporte.
Guarapiranga - SP Jundiaí - SP Parque da Cidade Taça dos Lagos
A disputa da 74º edição da Taça dos Lagos na Guarapiranga contou com mais de 100 veleiros de 21 classes e 11 clubes, num dia de muito sol e pouco vento. O troféu homenageia Ernesto Reibel. Em 1957 Reibel competiu na Semana de Kiel (Alemanha) trazendo com Melchert o primeiro título internacional do YCSA. Em 61 foi Comodoro. Também é autor do livro “Soprando A turma animada aproveita a ocasião as velas: YCSA 70 anos”. Em abril aconteceu mais uma regata no Parque da Cidade, em Jundiaí, interior de São Paulo. O evento foi em comemoração ao aniversario de 9 anos do parque e con- O título ficou com Pedro Correa (YCSA) tou com diversos HC 16 além de outras ca- e o vice é Lucas Faria (ICB-DF). Clara tegorias que reuniram mais de 15 veleiros Penteado (ICRJ) foi a campeã feminina da disputa. Além de Gabriel Lopes, represenpara a festa. O parque conta com boa estrutura de mari- tarão o país no Mundial de Optimist Pedro na e a turma de velejadores aproveita cada Correa (YCSA), Lucas Faria, Pedro Zonta (VDS) e Gustavo Abdulklech (ICRJ). ocasião para fazer regata.
35º Sul-brasileiro de Optimist
Hidroanel Metropolitano em Sampa
O governo do Estado de São Paulo anunciou que começa em junho a construção de uma eclusa na barragem da Penha, na zona leste da capital. A previsão de término é no fim de 2014. A obra vai permitir que mais 14 quilômetros do rio Tietê sejam navegáveis. Deve ser mais um passo para a criação do Hidroanel Metropolitano. Quando a obra ficar pronta será possível navegar entre São Miguel Paulista, na zona leste, e Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, num total de 58 quilômetros. A navegação do Tietê faz parte de um projeto que prevê 186 quilômetros no Hidroanel. Além do Tietê as embarcações usarão o Pinheiros e as represas Guarapiranga, Billings e Taiaçupeba. Para formar o círculo completo será preciso ainda construir um canal de 16 quilômetros entre Ribeirão Pires e Suzano. A passagem pela montanha (30 metros) entre as duas cidades exigirá um curso artificial com um sistema de eclusagem. Só a eclusa da Penha deve ter um investimento de R$ 100 milhões. O cheirinho? Bem. Quem sabe até lá...
5 São Sebastião - SP Vitória - ES Brasília Descaminhos do Brasileiro de Star: 1º Rally Náutico Construindo dois Petróleo Lars é Penta acontece no ES veleiros No início de abril um vazamento de óleo no Terminal Almirante Barroso (Tebar) em São Sebastião atingiu nove praias do município e mais três outras praias em Caraguatatuba. O problema ocorreu durante um teste em uma rede que, segundo a empresa, estava sem uso há algum tempo e havia passado por um reparo. Para remover as manchas de óleo foram lançadas barreiras de contenção e utilizados helicópteros na identificação de manchas de óleo que escaparam desses limites. Uma equipe de 300 pessoas e 37 embarcações foram necessárias para o trabalho de despoluição. O vazamento prejudicou comerciantes e turistas, fechando diversos estabelecimentos e impedindo o uso das praias atingidas. Em maio dois funcionários da ANP (Agencia Nacional de Petróleo) foram afastados. Um após aplicar auto de infração contra a OGX de Eike Batista, e outro foi trocado de setor após apoiar publicamente o primeiro. O auto de infração - anulado - poderia gerar multa de até R$ 15 milhões à empresa de Eike. Foi cancelado pelo superintendente de operação com o argumento de que o técnico “não estava designado para essa fiscalização”. A OGX que deixou de instalar uma válvula de segurança em uma plataforma. A válvula serve para evitar vazamentos em caso de acidentes e, por isso, o técnico considerou que a empresa não poderia ter deixado de fazer sua instalação. Outro processo relativo à questões de segurança da plataforma da OGX, aberto em 30 de maio de 2012, encontra-se parado desde 8 de junho do ano passado.
Ilhabela - SP Circuito SUP
A primeira etapa do campeonato Ilhabela Stand Up Race reuniu muitos remadores da região. Largaram da praia do Pelicano e chegaram na praia do morro da santa Tereza. As condições não poderiam estar melhores: água lisa e uma corrente forte de leste. Resultado geral: Campeão, Paulo dos Reis, vice Rafael Leão, e terceiro Maíra M. T .Pustiglione.
Teste
Lars conquista pentacampeonato na Star. A competição foi em Brasília.
Dia 10 de agosto acontece o 1º Rally NáuNão bastasse as dificuldades da tico Locamaxx, com provas de regularidaconstrução amadora, o amante do de e navegação por GPS. A turma animada mar Eugênio Herkenhoff constrói dois Ao lado de Samuel Gonçalves, Lars con- vai testar os conhecimentos de navegação veleiros ao mesmo tempo, um para quistou o Brasileiro de Star em maio, em e pilotagem. Para inscrever-se (lanchas e cada filho. E claro, vai de carona. Brasília. Com o título, Lars Grael tornou- veleiros) acesse Facebook.com/locamaxx. O designer gráfico Eugênio Herkenhoff, -se pentacampeão. Samuel Gonçalves é 54 anos, sempre foi encantado pelo mar. ex-aluno do Projeto Grael – organização “Meu pai era metido a inventor e adorava social criada pela família – e recebeu o madeira. Ele vivia me levando para visiconvite para velejar ao lado de Lars depois tar os estaleiros tradicionais dos barcos de de conquistar o título da tradicional regapesca. Naquele tempo, eles eram todos à ta Cape Town – Rio, em 2010. Com essa vela. Aquilo tudo me encantou”. vitória, Lars soma 28 pódios na Star, após Com 21 anos já formado em Artes, Eugêter uma de suas pernas amputada devido nio soube que um conhecido havia acabado a um atropelamento por lancha, em 1998. de construir um veleiro e estava procuranA competição foi uma realização do Iate do tripulação para atravessar o Atlântico. Clube de Brasília com apoio da Federação Náutica de Brasília e da CBVela, além da A Locamaxx organiza o 1º Rally Náutico “Não pensei duas vezes: vendi meu carro, pedi uma licença sem remuneração de dois Flotilha Paranoá da Classe Star. anos e, dentro de uma semana, já estava em alto-mar”, contou Herkenhoff. Hoje, em sua oficina no Centro de Vitória Fernanda Decnop venceu o Campeonato - apelidada de Bar se Álcool onde recebe a Carioca de Laser Radial em Búzios. Este visita de amigos e curiosos - ele se dedica à Organizada pelo Iate Clube de Ubatuba título coloca Fernanda como a primeira ve- construção de dois veleiros, um para cada filho nos quais também pretende viajar. aconteceu em maio o IV Ubatuba Sailing lejadora a vencer um Estadual da Classe. Festival 2013 com regatas para as classes ORC, RGS-A, RGS-B, RGS- Cruiser, IRC, Bico de Proa e escunas. Destacamos as apresenças do diretor da nova classe IRC Pierre Joullié e do comodoro da ABVO, Lars Grael.
Fernanda Decnop leva Ubatuba - SP o Estadual de Laser IV Sailing Festival
Santos - SP Regata Reversa
No dia 29 de julho - duas semanas após o termino da RISW - acontece a 1ª Regata Reversa da Baixada Santista. A regata “Alberic Joseph Robillard Le Peutre de Marigny” homenageia o primeiro velejador de esporte/recreio do Brasil. O apoio é do Clube de Pesca de Santos, Clube Internacional de Regatas, Iate Clube de Santos, Bar Sobre o Pontão dos Navegantes. Mas o apoio mais importante será dado pelo velejador Rogério M. de Carvalho. Ele vai fornecer um barril de Heineken para os dois “elementos” que estarão tirando fotografias e marcando horários de largada e chegada. Pelo menos é o que diz no Aviso de Regata. O perigo é ter um DNF nesse pessoal. Todos convidados!
Você sabe que é um cruzeirista quando... Por: Werner Rossger Lápis ou caneta e mãos à obra. Leia atentamente as questões e reflita. Responda ao teste para saber se você nasceu pra regatas, cruzeiros, ou passeios. Depois confira o resultado no fim do teste
Boa vizinhança é um lugar amplo com bastante espaço para ancorar - S ( ) N ( ) Você compra carne enlatada e gelo em barra - S ( ) N ( ) Sua sala seve como copa, estação de navegação e dormitório das crianças - S ( ) N ( ) Àgua corrente, 110V, internet e geladeira são luxos, ao invés de algo óbvio - S ( ) N ( ) Sua única conexão com a terra é um inflável com um motor de popa - S ( ) N ( ) O único alarme que você liga é o da âncora e não seu despertador - S ( ) N ( ) Suas decisões diárias mais importantes incluem quando e como você pode velejar na sombra de uma vela ou do bimini - S ( ) N ( ) É perfeitamente aceitável haver três dias entre um banho de chuveiro e outro - S ( ) N ( )
Sua roupa consiste em algumas bermudas, camisetas e roupa de baixo para chegar até o próximo porto - S ( ) N ( ) Você raciona estoques de cerveja e papel higiênico até a próxima parada - S ( ) N ( ) Você nunca escolhe o destino com base na próxima marina ou restaurante, mas num ancoradouro abrigado - S ( ) N ( ) Sua aparelhagem de ancorar é superdimensionada e levada em duplicata - S ( ) N ( ) Você acorda na sua cama, em casa e procura apressadamente checar o alarme de âncora do GPS - S ( ) N ( ) Resposta: Se você respondeu de 0 a 4 sim, é um regateiro. De 5 a 7, um cruzeirista enrustido: Assuma logo! Acima de 8, um cruzeirista nato...
Em pouco mais de um mês duas trapalhadas mostraram quão frágil é nossa exploração do petróleo.
ALMANÁUTICA
6 Classe Brasil: Uma história de amor
Como um veleiro de madeira nasceu da paixão de um homem - José Cândido Pimentel Duarte - penou para nascer, ganhou fama, e até hoje encanta quem o vê, navega ou mesmo cuida como se fosse um filho...
O estaleiro Arataca ficou em festa no dia do lançamento do Brasil Cayru II
Origens A década de 40 foi pródiga para a vela brasileira, principalmente por nomes como José Cândido Pimentel Duarte, Leopoldo Geyer, Anchyses Carneiro Lopes, Jorge Bhering de Mattos. Destacou-se Pimentel. Pimentel Duarte diretor e mais tarde presidente do Guanabara que passou a fazer pequenos cruzeiros pela baía com a esposa e filhos. Em 1944, Pimentel importou os desenhos de Snipe e junto com Fernando Avelar fundou a primeira flotilha deste monotipo.
Não havia estaleiro para fazer: estávamos em guerra
A primeira revista brasileira especializada em náutica, a “Yachting Brasileiro”, foi fundada por ele em 1947, mesmo ano em que, junto com o iatista argentino Hipolito Gil Elizalde idealizou a Regata Buenos Aires-Rio. Em 1943 Pimentel Duarte e um grupo de velejadores, sentiram a necessidade de um barco de oceano adequado para cruzeiros e regatas mais longas. Orientados por Preben Schmidt (avô de Torben e Lars Grael), encomendaram através de uma carta à firma “Sparkman & Stephens Inc.” em Nova Iorque, o projeto do Classe Brasil, um 40 pés. Entretanto, com a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), Olin J. Stephens II, que trabalhava para a marinha americana com projetos de embarcações e anfíbios, atrasou a entrega. Ela só seria feita em abril de 1945. Nesse ano as oficinas do Iate Clube do Rio de Janeiro estavam ocupadas pela construção de alguns Star e outros veleiros da Classe Rio de Janeiro. Jose Cândido Pimentel Duarte sai em busca de estaleiros que construíssem seu projeto. Todos estavam ocupados por causa da guerra. Naquele ano, durante a realização do II Campeonato Brasileiro de Vela e Motor no Rio de Janeiro, Mario Nocetti, Engenheiro Naval e diretor do Estaleiro Arataca (SC) estava no Rio de Janeiro; conheceu e entusiasmou-se de tal modo pelo projeto que se prontificou a estudar a construção em Santa Catarina. Assim – pelas mãos de Nocetti, é preciso que se faça justiça – os projetos foram parar em Santa Catarina. Em setembro de 45 foram encomendadas
as primeiras seis unidades, seguindo-se pouco depois, mais quatro encomendas. Os primeiros interessados a assumirem a encomenda junto ao Arataca foram Mariano Ferraz (SP), Eduardo de Carvalho, Pimentel Duarte (RJ), Leopoldo Geyer (RS), Jorge da Silva Prado, Eduardo Simonsen, José Cortez e Ulysses Ribeiro.
Os cariocas A produção no sul, entretanto, também atrasou. Em 1947, quando chegaram os primeiros veleiros participantes da primeira Buenos Aires-Rio e fundearam em frente ao Iate Clube da Praia Vermelha, o público em geral voltou sua atenção para eles. Entre os veleiros, o “Vendaval” e o “Cangrejo”, chamaram a atenção do Dr. Joaquim Belém. Tal foi seu entusiasmo que pouco tempo depois ele encomendou um jogo dos desenhos do projeto do Classe Brasil a Pimentel. A esta altura, as oficinas do Iate Clube do Rio de Janeiro estavam com menos serviços e em pouco mais de um ano o BL 13 Ondina, o primeiro Classe Brasil foi para a água, em dezembro de 1948. O Ondina foi o vencedor das duas primeiras Santos-Rio em 1951 e 1952. Posteriormente ele foi adquirido por Fernando Ferreira que o rebatizou de Analee (com essa grafia mesmo, e não Ana Lee). Mais tarde com o terceiro dono, Domingos Giobbi, foi rebatizado de Bermuda, vencendo novamente a Santos-Rio de 1963. Hoje se encontra abandonado e destruído numa carreta em Bertioga, no litoral paulista. Além dele, alguns anos depois também foi feito no Rio de Janeiro o Gaivinia, para João Manderback. O terceiro, que seria de Ivo Strada de Oliveira não se concretizou porque o estaleiro onde estava sendo concluído, pertencente à Brazilian Coal Company, na Ilha dos Ferreiros, Caju (RJ), pegou fogo.
Barriga-verdes e soteropolitanos Do estaleiro catarinense Arataca da ENNH vieram os próximos Classe Brasil, das mãos de Mario Nocetti. Auxiliado pelos artesãos “Claudinho” e “Dedinho” que a história não registrou, nasceram o BL 10 Aracaty, do paulista Mariano Marcondes Ferraz (depois de Marco Antonio Vieira de
Carvalho, e depois de João Zarif). Ele foi para a água apenas em setembro de 1949. Nesse mesmo ano foi produzido o BL 12 Cayru II que ficou pronto em novembro de 1949 para Leopoldo Geyer. Ele emprestou o veleiro para seu filho, Jorge Franke Geyer correr a Buenos Aires-Rio em 1953, e naquele ano, o Cayru II foi o veleiro vencedor. Com a vitória, Leopoldo deu o barco de presente ao filho, Jorge. Em 1960 ele foi vendido para Mentor Muniz que o rebatizou de Sagres V e voltou a ser Cayru II por volta de 2008 quando foi adquirido por Eduardo Regua. Também do Arataca vieram o BL 11 Majoy, que foi feito para Eduardo Simonsen (e que depois pertenceu a Bruno Heydenreich em 1957 e depois a Jean Peters em 1967). Em 1951 o BL 15 Procelária de Fernando Pimentel Duarte, tetracampeão da Santos-Rio em 53, 57, 61 e 64, e que afundaria anos depois em Fernando de Noronha. A descrição desse naufrágio está no livro do escritor (nosso colunista) José Paulo de Paula “É proibido morar a bordo”. Também foi construído no Arataca o BL 14 Simbad, de Alcides Lopes (depois Jorge Basílio). Lopes cogitou batizá-lo de “Tribuzana”, mas por motivos óbvios – e graças ao bom Deus - acabou desistindo. Em 1952 veio o BL 16 Mistral, de Leon Marius Joullie, (e depois Osmar Stamm) e o BL 18 Turuna (Foto acima hoje em dia - clique para ampliar). O Turuna foi um dos três últimos Classe Brasil a serem produzidos no Arataca. O proprietário inicial, Jorge da Silva Prado, desistiu da encomenda. Caio de Barros Penteado (Santos SP) comprou. O chumbo para a quilha do Turuna foi comprado por ele em lingotes recuperados do naufrágio do “Príncipe das Asturias”, enviados a Florianópolis. Depois de terminado o barco veio a reboque para Santos, pelo navio “Ana” um dos navios da ENNH de Carl Hoepcke. Em 1962 o Turuna foi o vencedor da Santos–Rio e em 63 ficou em segundo. Passou a chamar-se Aquarius e depois Tai-Pan por algum tempo, voltando a ser Turuna. Em 1954 foi construído o oitavo e último Classe Brasil, pelo Arataca, o BL 17 Cangaceiro, de Domício Barreto, que foi fita azul na Santos-Rio 1954. Na década de 60 o Cangaceiro passou para Mauro Joppert que o rebatizou de Kincaid, e posteriormente para J. Eugênio Villarino (que ao vendê-lo comprou o Vendaval, de Pimentel Duarte em 1968). Este vendeu para Humberto Neno Rosa que o comprou em sociedade com Norival (em agosto de 1967). A dupla trocou o mastro original de madeira por alumínio. Ele voltou a ser Cangaceiro na década de 70 (a última referência ao nome Kincaid encontrada data de outubro de 1970 na XX Santos-Rio) com Luiz Alberto G. de Mendonça e depois com Wagner e seu filho, Guilherme Vestphal, atuais proprietários. Da encomenda original de 10 barcos para o Arataca, somente nove foram produzidos. Um proprietário desistiu. A existência do Classe Brasil Barracuda apesar de documentada (Jornal Correio da Manhã de 30 de agosto de 1955 não tem - pelo menos
A cobertura original não era de madeira. Deveria ser feita de lona, mais leve. até agora - sua origem documentada, embora provavelmente seja o nono veleiro construído no Arataca. Finalmente entre 1960 e 1961 os três últimos Classe Brasil foram construídos em Salvador (BA): o BL 42 Voodoo (em 1967 de Alfredo Santos Sousa), o Zumbi (construído no Yacht Clube da Bahia, afundou em Aratu) e o BL 41 Malagô (final de 1961), este o último construído para Antonio Adelson Coelho, depois pertenceu a Jean Barbará e depois a Carlos Cezar Pini. O Malagô correu sete edições da Santos Rio e em 1962 obteve seu melhor resultado, um 4º Geral e 2º na Classe B. Originalmente o projeto do Classe Brasil encomendado, tinha a cobertura de lona, ao invés de madeira, como atestam as palavras de Pimentel Duarte, em duas edições de 1946 da revista Yachting Brasil:
“Classe Prossegue a construção dos 8 iates da Brasil nos estaleiros Arataca. Es-
tão alguns dos proprietários inclinados a fazer o convés de araribá, em vez de coberto de lona, como estava inicialmente previsto” (abril/46).
“o Sr.Os Eduardo dois novos associados da Classe, Simonsen e Jorge da Silva Prado, encomendaram seus iates. São assim em número de dez as unidades. Os planos do Brasil prevem convés coberto de lona; a esse respeito acaba de sair no número de Abril do Yachting World interessante artigo...”. (maio/46).
Os Classe Brasil dominaram as competições Rio-Santos até 1964, quando começaram a ter a concorrência dos veleiros importados de fibra de vidro. A partir de então a maioria foi adaptada para cruzeiros embora esporadicamente participem ainda de regatas
BL 13 Ondina, morrendo aos poucos
Hoje Alguns veleiros resistem bravamente, recuperados e navegando com altivez nas regatas de clássicos, como o caso do Malagô, do Cangaceiro, do Turuna e Cayru (O veleiro Mistral está em reforma). Atualmente o Turuna pertence ao velejador Eduardo Faggiano (Cocó) e está à venda em Paraty, para algum apaixonado: velaturuna@yahoo.com.br. E o Malagô pertence a Juca Andrade que tem uma escola de vela na região de Ubatuba (Cusco Baldoso) onde você pode aprender ou aprimorar suas habilidades, ou mesmo fazer um charter charmoso nesse veleiro histórico: fone 013 – 9790.8175
Comprar e manter um veleiro novo lá fora. Será que vale a pena? Depois de um veleiro usado no Brasil e subir a costa, o empresário Marcelo Balbo resolveu comprar e manter um novo na Europa. Saiba agora como ele fez isso. Após subir a costa até a Bahia em 2010, novas ideias surgiram nos dias que se seguiram após nosso retorno à Ilhabela. A vivência no mar a bordo do Thalassa II, um Cabo Horn 35 no qual aprendemos a velejar foi importante para entender os vários aspectos técnicos, assim como de navegação, uma ótima escola para os próximos passos. Eram muitas as possibilidades. Comprar um barco maior usado que estivesse em ordem para uma viagem até o Caribe. Comprar um veleiro novo produzido no Brasil e seguir instalando alguns opcionais que eram mais caros no Brasil... Fui criando referências de valores que envolviam não só a compra, mas qualquer outro custo até que resolvi compará-los fora do Brasil. Foi incentivado pela política de importação de barcos no Brasil que decidi comprar um veleiro novo na Europa. Mas precisaria me informar sobre o tramite burocrático para tudo funcionar. Com um corretor no Brasil, eu defini as opções de pacotes e equipamentos oferecidos pela Jeanneau. Fui ao Miami International Boat Show e pude conhecer o barco e diversos equipamentos em lançamento, coisas interessantes e baratas já que qualquer produto daqueles no Brasil custaria até quatro vezes mais. Já que não iria pagar impostos optei por um modelo recém lançado, o Sun Odyssey 439. Concluído o negócio, o barco seria entregue em La Rochelle na França. Optei inicialmente por abrir uma empresa offshore no estado de Delaware - EUA que seria a proprietária do barco para depois registrá-lo em algum país que não cobrasse nenhum imposto de importação. Pensava que no futuro pudesse navegar o barco por uns tempos pelo Brasil como skipper italiano (tenho cidadania), como se fosse um turista, já que o barco estaria em nome da empresa. Isso não é viável já que tenho de fato domicilio fiscal brasileiro - o que importa para a receita federal. A única forma seria trazer sempre a bordo um skipper realmente estrangeiro o que não é viável econômica e fisicamente, pois quando este se ausentasse do barco precisaria avisar a receita federal que proíbe que o bem em regime de importação temporária seja navegado, etc. E assim a ideia de navegar para o Brasil foi descartada. É fácil abrir uma LLC (Limited Liability Company). Depois de preencher formulários e pagar algumas taxas a empresa é oficialmente aberta em menos de vinte e quatro horas e isto tudo com a assinatura do secretario de estado de Delaware autenticada nos documentos enviados por e-mail. Em cinco dias os originais chegariam em casa. Como já havia enviado a documentação digitalizada da empresa para um banco na Florida, dias depois a empresa tinha uma conta bancaria para a qual poderia fazer as remessas de dólares via Banco Central através de uma corretora de valores. Feitas as remessas o Banco Central exige que se faça todo ano a declaração anual de Capitais Brasileiros no Exterior
Quanto custa?
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Para um 43 pés: Abrir a empresa: US$ 500 Manutenção anual da empresa: US$ 350 Registro Gibraltar (+ Licença Est. Navio & registro Epirb): $ 3.000 euros Manutenção anual do registro: $ 500 euros (Pode-se fechar a empresa após passar para pessoa física, mas manter significa poder repatriar o dinheiro) Seguro: menos de 1% do valor do um barco novo Invernagem em marina (em seco): $ 3.300 euros p/ 6 meses na Espanha (Port Calafat), incluso subida/descida, limpeza de fundo, tinta e mão de obra da pintura. Diárias de marinas: Podem variar de $ 13 euros em marina pública (Baleares) a $ 100 euros nas privadas (Croácia), mas varia muito de época e lugar. Passagem aérea: Brasil - Croácia (ida e volta) R$ 3.200,00 Faça suas contas e bons ventos! que é obrigatória para os residentes no país, detentores de bens e valores no exterior. Com isto pode-se reingressar posteriormente no país o valor remetido. Um despachante em La Rochelle cuidou de requerer a isenção dos impostos na receita francesa, pois como estávamos importando o veleiro da França para um terceiro país, não se pagaria o VAT (imposto local) de 19,6%. Depois de abrirmos a empresa em Delaware optamos por registrar o veleiro em Gibraltar. Fui alertado que as autoridades não aceitavam registrar barcos em nome de empresas americanas, o que levou a minha empresa, a Nikito LLC a vender simbolicamente o barco para minha pessoa física italiana. Só passaportes europeus ou que fizessem parte do Commonwealth (Comunidade de Nações Britânicas) seriam aceitos para o registro da propriedade. Outra providencia importante é contratar um seguro internacional. Escolhemos fazer três apólices: casco, terceiros e acidentes pessoais. O valor final a ser pago não chegava a 1% do valor total do barco, incluso a cobertura de todos os opcionais. Podemos renovar o seguro automaticamente pelo cartão de crédito e basta enviar algumas fotos como prova de vistoria. Em caso de sinistro, além dos telefones de contato é possível encaminhar o fato através de um aplicativo gratuito da seguradora para I-Phone. O seguro contra terceiros na Europa é uma exigência das marinas. Sem isso não aceitam a embarcação. Ilhabela foi ficando para trás, primeiro na travessia da balsa, depois nas curvas da rodovia. Tudo o que conhecíamos sobre a vela oceânica ficava para trás junto com o Atlântico para dar lugar ao novo: as coisas do mar e de nós mesmos... Marcelo Augusto Balbo, 46 anos, é empresário e mora - algum tempo por ano - em Ilhabela Facebook: http://www.facebook.com/veleiro.sakura
Morre de infarto a radioamadora mais querida do Brasil, Dona América Morreu vítima de um infarto, a radioamadora paulista América Almeida de 84 anos. “Dona” América, como era chamada, sempre foi referência entre velejadores. De seu apartamento em Curitiba (PR), ela participava das aventuras de navegadores brasileiros como Amyr Klink, Márcio Dottori e Marçal Ceccon. Com essa atividade ela acabou aprendendo línguas como italiano, espanhol e inglês. E em contato com velejadores acabava fazendo uma “ponte” entre as famílias distantes, via telefone. Ela chegou a monitorar 30 barcos simultaneamente. Foi ela quem batizou de Theobaldo, o leão-marinho de Amyr Klink na Antártica. Marcelo Augusto Balbo hasteia a bandeira da Croácia: “Viver lá é mais barato” Das 18 às 22 horas era um horário sagrado
Seminário de Gerente de Regatas
Fevesp e YCSA realizam em SP seminário preparatório para os jogos de 2016 Como parte do programa da Fevesp, foi realizado em maio no YCSA por Ricardo Navarro - representante da ISAF - um Seminário de Gerente de Regatas. O Curso foi o primeiro de outros que serão realizados para formar novos Gerentes de Regatas para os clubes. São Paulo vai realizar dois seminários por ano para Gerente Nacional, e um para Gerente Internacional com vistas a ajudar na preparação dos oficiais necessários para as Olimpíadas de 2016. O curso é gratuito para pessoas recomendadas pelos clubes filiados à FEVESP, e outros clubes federados indicados pela CBVela. Além deste cursos a Fevesp também estará oferecendo curso de treinamento de técnicos e monitores de vela jovem e cursos de Arrais para funcionários dos clubes federados. Participaram 22 pessoas, de diversas localidades como Paraty, Curitiba, Foz do Iguaçu, Praia Grande e S. Sebastião, além, claro de São Paulo.
Foto: Hélio Viana
Silêncio no rádio
Silêncio no Atlântico: morre D. América para ela, quando todos os velejadores faziam contato com ela. “Dona América foi o anjo da guarda dos velejadores. Durante os 10 anos que navegamos pelos mares em nossa primeira expedição, nosso principal elo com o Brasil era ela”, comentou Heloísa Schürmann. Nos últimos anos ela já estava afastada das funções que a deixaram famosa em qualquer roda de velejadores cruzeiristas. Fique em paz, Dona América!
ALMANÁUTICA
Maranhão 8 Embarcações
Bahia Após capotar Izabel Sobrou pro seu bolso Marinha renova o contrato de venda Copa Aniversário Pimentel muda Izabel Pimentel desiste de não fazer de cartas náuticas, com um aumento . típicas ameaçadas do Yacht Clube A Marinha do Brasil está renovando o conescalas mas continua a navegação A Prefeitura de São Luís multou os da Bahia “Ontem (21/4) ao verificar a posição de trato de todos os agentes revendedores de pequenos estaleiros e mandou suspender as atividades. E voltou atrás.
Segundo informações recebidas de Sérgio Marques, um dos construtores navais artesanais do Maranhão, a Prefeitura Municipal de São Luís através da sua Secretaria de Meio Ambiente, estaria percorrendo todos os pequenos estaleiros, multando sumariamente e mandando suspender as atividades. A ordem seria pagar a multa e fechar as portas. A ação já percorreu toda área e imediações foz do ria Anil, Camboa, foz do Bacanga como Porto da Gabi, Vovó e Sitio do Tamancão. Os estaleiros de construção naval estão sendo considerados praticantes de crime ambiental. “Na nossa redondeza seis estabelecimentos tiveram que parar com a produção”, lamentou Sérgio. A exigência é a licença ambiental concedida pela Prefeitura. Ainda segundo Sérgio, “a Prefeitura não fornecerá a licença ambiental porque não tem uma política para o setor de uso do solo nas áreas ribeirinhas e de costa”. Houve mobilização e uma reunião com representantes dos dois lados. A prefeitura municipal de São Luís se comprometeu a apoiar a construção artesanal designando um grupo de trabalho para elaborar o projeto para regularização legal e permanente da atividade, assim como promover e orientar os devidos ajustes que se fazem necessários aos construtores navais. Além disso, deixaram claro que “os construtores não deveriam sofrer retaliações, sim incentivos, serem vistos como um motivo de orgulho para cidade”.
Durante décadas o uso do solo foi regulamentado pela Capitania dos Portos, que concedia licença a título precário para funcionamento da atividade de reparo e construção naval, que pela própria natureza tem que ficar na beira do mar ou de um rio. O Licenciamento Ambiental no Município de São Luís passou a ser obrigatório às atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio ambiente em 2006 (regulamentadas na Lei Municipal nº 4.730/06). A construção artesanal no Maranhão é centenária. “O mestre carpinteiro, o calafate, o pintor e o veleiro (pessoa que faz as velas) guardam na sua memória a ciência e a arte da construção naval, as quais vem sendo transmitidas de pai para filho pela tradição oral desde os tempos coloniais”, escreveu Luiz Phelipe Andrés estudioso e autor do livro “Embarcações do Maranhão”. No inventário por ele chefiado, contou-se 521 profissionais atuando na área além de 15 tipos de embarcações típicas maranhenses: cúter, bote proa de risco, biana, igarité, boião, iate, casquinho, casco, lancha de Timon, canoa de Nova Iorque, canoa de Benedito Leite, canoa de Tasso Fragoso, gambarra, rabeta e canoa de um pau.
Organizado pelo Yacht Clube da Bahia, a Copa Aniversário aconteceu de 4 a 26 de maio e reuniu nas águas da Baía de Todos os Santos os veleiros das classes Optimist, Laser, Dingue, Hobie Cat 16, Supercat 17, Snipe, Skipper 21 e Windsurf (FW, FE e Race Board). A entrega dos prêmios (1º ao 3º na classificação Geral e nas subcategorias que contem com o mínimo de três representantes) foi dia 28 na sede do Yacht Clube, com uma animada festa. Na Bahia não podia ser diferente... Axé, meu rei!
Marina da (in)Glória capítulo III... O juiz Vigdor Teitel do Rio de Janeiro determinou o cancelamento do contrato entre a Prefeitura e a EBTE, empresa que administrou a Marina da Glória de 1996 a 2009, quando foi comprada por Eike Batista. Segundo a sentença, todas as alterações promovidas no local desde a concessão devem ser revertidas. Teitel afirmou que “a modelagem adotada pelo Município do Rio desvirtuou a destinação primária do bem Público”. Além disso disse que “os sucessivos projetos de exploração econômica da Marina da Glória, com a ampliação de lojas, restaurantes, vagas para estacionamento em detrimento de vagas secas para barcos demonstram o intuito de se privilegiar o atendimento de interesses particulares da ré EBTE, em detrimento do interesse público inerente à preservação do patrimônio histórico tombado”. A anulação terá efeito retroativo ou seja, a compra da EBTE por Eike Batista e a consequente gestão da Marina da Glória ficaram anuladas e o projeto de revitalização inviabilizado.
Izabel, vi que ela está em maus bocados. Na minha opinião, corre risco de vida. Ela deveria ter saído dois meses antes, pois nesta época esta entrando no momento das tempestades a cada 20 horas. Ela veio muito ao sul, 50°, onde todas as frentes passam. Estamos falando de ventos de 45 a 60 nós. O frio é enorme e parece que ela não está preparada. A noite vai ser muito prolongada e até o estreito de Magalhães... vai ser noite quase o tempo todo. Se o barco for muito bom, tem chance, pois o homem lá agora, pouco pode fazer diante da natureza. As próximas 48 horas será o início da pior fase desta aventura...”. O e-mail de um experiente velejador que para não criar polêmica pediu que não o identificássemos, foi premonitório. Na noite do dia 23 Izabel Pimentel teve seu barco capotado por uma onda desencontrada de través. O giro foi completo, 360º. “Dois dias dramáticos com ondas de mais de 10 metros. Quando o barco capotou eu estava preparando a comida”, contou Izabel. O painel de placas solares foi quebrado, a cruzeta também, além de outros problemas na parte elétrica como piloto automático, notebook, e o carregador. “O barco já capotou uma vez e tombou quatro, em situações nem tanto extremas assim”, comentou José Geraldo Pimentel, que atualizava as notícias. Depois disso ela resolveu mudar a trajetória e desistir da circunavegação sem escalas. Izabel seguiu para o canal do Panamá e dali para a França., fazendo uma parada na Ilha de Páscoa e terá como destino final a França, e não mais o Brasil. Ao desembarcar na França, ela será a primeira brasileira a completar uma circunavegação em solitário. Para quem conhece Izabel Pimentel, não será surpresa o feito apesar de tudo... Parabéns!
cartas náuticas. Além do aumento do valor unitário da carta, foi retirado o desconto para a compra que esses revendedores tinham. Dessa maneira deverá haver o repasse pelas lojas. Isso acarretará um aumento acumulado da ordem de 55% no valor atual. Dos R$75,00 (preço médio de venda), uma carta passará para algo em torno dos R$105,00. Aos agentes revendedores cabe garantir o pagamento de tributos por faturamento, o custeio do estoque, manuseio para atualização das cartas quando disponível. Arcam com todas as despesas antecipadas de embalagem e transporte (frete) das cartas até seus estabelecimentos, já que a Marinha exige o pagamento à vista e antecipado integral. Além disso, claro deve ser considerado ainda o custeio da loja e uma margem de lucro.
Cartas náuticas: aumento de preço...
A Marinha do Brasil é o único órgão autorizado a imprimir e comercializar as cartas oficiais. O custo deve-se basicamente à qualidade do papel e impressão que são caros, a pouca quantidade efetivamente impressa, já que as vendas são poucas e a necessidade de atualização é constante. A distribuição nacional também contribui para esse alto custo. Talvez fosse a hora de melhorar alguns aspectos, principalmente levando em consideração a tecnologia (cartas digitais) e a terceirização de alguns serviços. Se você fizer as contas levando em conta o número de cartas necessárias para se fazer um costa leste pela primeira vez, só até a Bahia precisará desembolsar algo em torno de R$2.700,00 só com as 26 cartas náuticas básicas. Se for até Recife e Noronha, pelo menos mais R$525,00. Sobrou para o bolso do navegador. Solicitada pelo Almanáutica a se manifestar pelo e-mail disponível no site da DHN, a Assessoria de Imprensa da Marinha do Brasil Izabel Pimentel: capota mas não breca não comentou o assunto.
Proteção Solar (parte 2)
Saiba como isso afeta você
Nos barcos, não só nos preocupamos com os raios que vem direto do sol, pois são muitos os raios solares refletidos. O convés e as velas, geralmente brancas, favorecem a reflexão, a água é altamente reflexiva. Uma capota branca vai continuar com a ciranda das reflexões. É por isso que não adotamos o índice fator solar para determinar o tecido mais adequado para proteção solar numa embarcação. Este índice determina a parcela da energia solar diretamente transmitida e absorvida que penetra num ambiente através de, por exemplo, um vidro. Quanto maior o FS, maior o ganho de calor. Não considera os raios refletidos. Veja o caso de uma capa de retranca aberta na parte de baixo, por exemplo: Os raios solares refletidos pelo convés atingem a vela dobrada sempre na mesma posição, danificando rapidamente aquela área da vela. Um raio solar ao atingir a terra é composto aproximadamente por 3 % de ultravioletas (UV), que são os raios danosos, nocivos e destruidores; 55 % de infravermelhos (IR), que são responsáveis por aquele calorão danado e 42 % de luz visível, que são responsáveis pelo desconforto visual, obrigando o navegante a utilizar seus óculos escuros. No entanto, por outra ótica, podemos também dizer que os raios ultravioletas são os raios destruidores de indesejáveis fungos, os infravermelhos são responsáveis pelo aquecimento num dia frio e a luz visível, evidentemente, é necessária para se enxergar as coi-
sas... Uma capota retrátil permite que você controle a incidência de sol, permitindo usufruir de cada benefício que ele proporciona ou se proteger dos malefícios...
Lars sabe a importância do protetor
Natal - RN Nayara Licarião leva Marina em Natal o Campeonato Centro Um grupo de investidores franceses reuniu-se com o prefeito de Natal, Carlos Sul Americano de Kite Eduardo, e com consultores e técnicos da empresa interessada na construção de uma marina em Natal (RN). De acordo com os estudos a área cogitada para receber a intervenção seria no inicio da Via Costeira, na Zona Leste da cidade. O projeto prevê que a marina receba 450 embarcações entre 8 e 15 metros, uma escola técnica e de manutenção de barcos além de um centro de formação de profissionais náuticos. A equipe informou que o projeto respeita toda a legislação ambiental brasileira. Há muito tempo Natal – que tradicionalmente recebe a volta da Refeno – merece uma estrutura que comporte o grande número de veleiros que certamente passará a receber com esse equipamento. Oxalá!
RC Potiguar Foram realizados os primeiros encontros visando desenvolver o nautimodelismo no Iate Clube do Natal. Após as primeiras trocas de informação e orientações do comandante de RC Fred Smith o grupo foi para a raia da piscina do clube para as primeiras manobras. Hoje já são 13 os praticantes da modalidade, que tende a crescer a partir de agora. Na programação haverá competição para as classes 65 e foot, com raia e bóias.
Rádio controlados: novidade no ICN
Jet ski
É Top 10, meu rei
O piloto baiano Bruno Jacob terminou em 10º a primeira etapa do Mundial de Jet Ski Freeride (manobras nas ondas), realizado em Vendays Montalivet, na França. A competição reuniu 65 atletas de 12 países e o campeão foi o francês Pierre Maixent, seguido pelo sul-africano Jake Montandon e o piloto americano Zack Bright. Após sofrer uma derrota nas eliminatórias, Bruno passou pela repescagem e voltou a brigar. Nas oitavas de final foi eliminado pelo francês hexacampeão Mundial Pierre Maixente. A próxima competição será em setembro em Pacific City. Em junho Bruno vai à Argentina dar aulas a pilotos da mesma modalidade.
WIND
Pasqualin leva Formula Fernando Pasquilin é o Campeão Brasileiro de Formula One Design, realizado em Alagoas, Maragogi em junho. Em seguida os velejadores Elizeu Vieira (PE), Gabriel Bastos (ES) e Marcello Morrone (DF). Na Sport venceu Fábio Pinto, com Sinval Costa em segundo e Diego Recena em terceiro. Em uma iniciativa inédita as escolas de diversas partes do Brasil se uniram para realizar o evento. Cada uma ficou responsável por um ou mais itens dos bastidores, desde a confecção dos troféus e camisas, até a CR. Em, novembro rola o Mundial de Formula One Design em Araruama, no Rio de Janeiro.
Os melhores atletas do mundo da modalidade Kiteboarding Race - aquela que quase entra nas Olimpíadas - reuniram-se na Ilha de Bonaire no Caribe holandês, Para disputarem de 11 a 16 de Junho o Campeonato Centro Sul Americano. Importante evento já que o mesmo vale 100 pontos pro ranking da classe, que definirá os 120 homens e 40 mulheres aptos a disputarem o campeonato mundial que será na China, de 18 a 24 de Novembro. Foram 4 dias de competições com 16 regatas disputadas em ventos fortes que em nenhuma hora chegaram abaixo da casa dos 20 nós. Entre os homens, o colombo-Italiano Ricardo Lecesse levou a melhor e conquistou o evento. Porém com Ricardo utiliza sua nacionalidade Italiana,quem ficou com o título Centro Sul Americano foi o Colombiano John Mora,seguido pelos Brasileiros Wilson Veloso (PB) e Kaká Dutra (PB). Nas disputas pelo título feminino, me sai bem nas condições do local e consegui vencer todas as regatas contra a Britânica radica-
kite
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Nayara (no centro) ganha mais um título. E sem perder nenhuma regata.: Porreta! da na Ilha de St. Lúcia Beth Lyoge, Beth de Julho. Até lá os treinos continuam fortes que competiu de laser nas últimas olímpia- e espero que os brasileiros possam estar em das se mostrou muito técnica e ficou com mais um evento vestindo e representando a 2ª posição. Fechando o podium tivemos a nossa camisa brasileira! Bons Ventos!!! a canadense Jessica Sicknger. O próximo Nayara Licarião é tetracampeã campeonato Internacional será o Europeu, brasileira de kite, mora e veleja em e será disputado na Gizzeria –Itália, no fim João Pessoa
MERGULHO
CURTAS
Papo de Cozinha
São várias as áreas de atuação no mergulho: Lazer, profissional, esportiva e militar, que naturalmente ainda podem entrelaçar-se deixando essa divisão complexa. O Mergulho Militar, como a própria denominação, é uma modalidade onde se utiliza do emprego do mergulhador como ferramenta (um vetor) nas atividades militares seja em serviço ativo de Paz ou Guerra. Grande parte dos equipamentos empregados até nossos dias para se praticar o mergulho em larga escala, veio da necessidade de emprego, primeiro nesta atuação. Um exemplo disso é o sistema semi-fechado ou fechado de respiração chamado Rebreather. Esse sistema permite que o mergulhador possa respirar sem ser notado pois não solta bolhas. No Brasil em especial temos em nossa Marinha o Grupamento de Mergulhadores de Combate (Grumec), uma unidade de Forças Especiais da Marinha do Brasil. Com doutrina semelhante à US Navy Seals e Special Boats Service (britânico), a sua função é a de se infiltrar, sem ser percebida em áreas litorâneas e ribeirinhas, e executar tarefas como reconhecimento, sabotagem e destruição de alvos de valor estratégico. Também são especialistas em guerra não convencional, o que caracteriza a sua doutrina de forças especiais. Foi criado em 1974 e é subordinado à Força de Submarinos, que lhe fornece o principal meio de transporte. As equipes são transportadas até às proximidades do alvo por um submarino, a partir do qual saem nadando, em caiaques ou em barcos infláveis que podem ser lançados do submarino ainda sob a água. O GRUMEC também pode alcançar o alvo saltando de paraquedas ou desembarcando de helicópteros. O GERR - MEC , Grupo Especial de Retomada e Resgate - Mergulhadores de Combate, congrega o pessoal responsável pela retomada de navios, instalações navais, plataformas de petróleo, bem como o resgate de reféns que venham a ser tomados/dominados por terroristas ou outros criminosos. Utilizam a tática conhecida como VBSS (Vessel Boarding Search and Seizure) e treinam regularmente em conjunto com os Comandos Anfíbios. Também no Brasil, Exército e Aeronáutica possuem componentes que praticam esta modalidade em suas necessidades de atuação.
f Em maio o Iate Clube do Rio de Ja-
Fazendo Sashimi
neiro através da Escola de Desportos Náuticos (EDN) promoveu o “Limpa Baía”, reunindo mergulhadores e voluntários para limpar a piscina de barcos do clube. Excelente iniciativa!
tanto, se você vai fazer um longo cruzeiro, prepare-se. Na pior das hipóteses você leva tudo de volta pra casa e compra um peixe quando voltar... Limpando o peixe
Ainda a Marinha: Disponibilizadas as instalações da Escola Naval para a equipe olímpica brasileira (vela), enquanto não se resolve confusão na Marina da Glória.
Dependendo da espécie você terá mais ou menos espinhas, escamas ou pele (couro). As espécies mais comuns para fazer sashimi a bordo são o atum e a cavala (ahu), embora algumas outras espécies possam ser utilizadas. Inicie fazendo o corte para retirar a barrigada, limpando e lavando. A pele deve ser retirada da cauda para a cabeça. Segure firmemente o peixe pela cauda e com a faca na parte de baixo do peixe (a pele retirada é a do lado de baixo) vá forçando com movimentos leves o peixe contra a faca, que deve ficar parada. Essa é a técnica correta.
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Cortando os peixes:
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Promovida pela Marinha do Brasil, a 14ª Regata Ecológica da Escola Naval do Rio de Janeiro retirou mais de 200kg de lixo da Baía da Guanabara. Só o veleiro Puxando a pele e deixando a faca fixa Quiricomba recolheu 36,2kg de lixo. Material Embora as condições numa embarcação nem sempre sejam as ideais, ter uma faca de sashimi a bordo e uma boa e grande tábua de corte é essencial para um boniNo dia 25 de maio o Clube Internacio- to sashimi. E claro, os hashis (pausinhos) nal de Regatas de Santos (CIR) comemo- também darão o charme. Shoyu e wasabi rou 115 anos de existência. Vida longa ao também são importantes e duram bastante. clube, direção, associados e funcionários! Na falta deles, use (com parcimônia) raspas da casca de limão sobre o sashimi. Por-
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Túnel do Tempo Em julho de 1941 o jornal carioca “O Imparcial” anunciava a construção do “veleiro mais rápido do Brasil”, o Vendaval de José Cândido Pimentel Duarte. Foi com o Vendaval que Pimentel Duarte fez a viagem até Buenos Aires em 46 como preparação da 1ª Regata Buenos Aires-Rio no ano seguinte. O veleiro entretanto ficou em terceiro. A reportagem do jornal Imparcial reproduzida abaixo marca o início dessa história.
Cada peixe possui uma estrutura corporal diferente e, portanto deve ser cortado diferentemente. Entretanto existem algumas regras básicas que vão ajudá-lo nessa tarefa: Prepare as partes que serão cortadas, separando blocos. Note que as partes internas da carne do peixe são divididos por membranas mais ou menos rígidas dependendo da espécie. Quando possível procure cortar os blocos por essas membranas. Entretanto, as fatias finais devem ser sempre no sentido contrário dessas membranas (foto) para dar firmeza às fatias. Retire os espinhos quando houver. Uma pinça comum é o melhor método. Divida os blocos maiores em menores de aproximadamente 3,0 cm. Deles é que sairão os cortes finais. A carne deve ser cortada de forma oblíqua (inclinada), respeitando o sentido do comprimento do peixe para obter um melhor resultado de textura da carne e sabor. Corte uma primeira fatia para dar o ângulo oblíquo e prossiga com fatias de 0,5 cm de espessura ou menos. Use toda a extensão da faca para fazer o corte e fatie o peixe num movimento só (evite o vai e vem), com a faca na sua direção. Entre os cortes, passe um fio de água na faca para lubrificar o corte (cuidado para não encharcar). Faça o sashimi com o lado com mais gordura, será muito mais saboroso!
Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 Marinha do Brasil e Instrutor NAUI / PADI
Velejar mais rápido nunca foi tão fácil!
As velas de cruzeiro North Sails são revolucionárias. As Radian® são fabricadas com Nordac Radian®, com fibras de poliéster orientadas no sentido longitudinal. A Radian® é a primeira vela no mundo que combina performance radial e menor estiramento, maior durabilidade, fácil trimado e resistência de um poliéster laminado. Se você é um velejador de cruzeiro que busca maior rendimento e velocidade e também participa de regatas onde as velas laminadas não são permitidas, as velas Radian® são o que você está buscando! As velas Radian® de Dacron tri radial tem uma vantagem decisiva: não criam fungos ao serem enroladas como as velas laminadas de enrolar. É a maneira mais rápida de levar seu barco de cruzeiro à um nível enefício. superior, além de seu ótimo custo benefício. tre em Para saber mais sobre a Radian, entre www.brasil.northsails.com
Dan Nerney photo
ALMANÁUTICA
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O corte é feito no sentido contrário... Sobras Deve sobrar muito peixe, que pode ser aproveitado posteriormente. Uma das técnicas é fazer o tartare que nada mais é do que “moer” com a faca sobras de maneira a fazer uma pasta. A ela pode ser acrescentadas algumas ervas, molhos, condimentos. Passa-se no pão ou bolachinhas como entrada. O seviche também é uma opção que pode agradar. Pique as sobras em partes bem pequenas e apenas cubra com sumo de limão. Espere 2 horas, esprema com a mão eliminando o limão e tempere com cebola, pimentão, cheiro verde ou o que tiver à mão. Caso ainda tenha sobrado algum peixe, não guarde na geladeira por mais de 1 dia. Assados e grelhados são uma boa opção para o dia seguinte.
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Oficina do Capitão
Como retocar peças de alumínio pintado Use essas dicas para garantir uma boa aparência, acabamento de qualidade em cortes, rachaduras e manchas, e para prevenir danos maiores O resultado da oxidação de uma peça de alumínio é o óxido de alumínio, amarelado e úmido, resultado da exposição à água, na ausência de oxigênio. Quando se trata de alumínio e de pintura, o melhor revestimento é - nada. Como resultado de um processo conhecido como passivação, quando exposto ao ar o alumínio desenvolve um revestimento de óxido extremamente duro e resistente. A razão de longarinas de alumínio, portas e pedestais serem pintadas ou revestidas é simplesmente para melhorar sua aparência. Anodização é uma alternativa popular, mas muitos acham que não é tão atraente como o acabamento de alto brilho do poliuretano. O problema do alumínio pintado é a sua propensão para corroer quando o revestimento da tinta é permeado. Um arranhão permite que a água migre sob o revestimento, onde o ar é escasso. O alumínio permanece ativo ao invés de passivo, e o resultado é a corrosão. Existem dois tipos: seca, identificável através de um pó branco e a úmida. Portanto, se você tem uma peça de alumínio a bordo - e quase todos tem, a melhor coisa a fazer é evitar danos à pintura. Se o dano ocorrer, faça seus reparos rapidamente. Em termos de prevenção, procure proteger a fixação de cada peça de equipamento que fica fixada nas peças de alumínio. Use fixadores apropriados onde essas peças interagem com superfícies pintadas. Evite a entrada de água nas ranhuras. Para pequenos cortes e arranhões, primeiro é preciso remover a tinta solta ou as partículas (que os americanos chamam de “chips”). Em seguida, com um pano limpo e seco, lavado em água limpa use um solvente, como o removedor de adesivo para uso geral. Depois, com o pincel de qualidade e tinta esmalte epóxi também de boa qualidade e da cor que melhor se aproxime do pigmento existente, preencha o arranhão. Um par de camadas vão reconstituir espessura. Se a área for grande lixe com uma lixa 600 e em seguida use uma pasta de polimento. Para reparar áreas maiores, faça uma descamação com uma escova e uma lixa mais grossa, limitando a área com fita crepe. Remova toda a tinta solta. Em seguida, limpe a superfície com um solvente (evitar tocar depois) e proteja a área com a fita que deve
As lições de um Velho Lobo do Mar Aleixo Belov, o velejador ucraniano mais baiano do mundo, fez sua primeira circunavegação em 1982. O mundo mudou, e ele também. Trinta anos depois ele iniciava sua quarta volta ao mundo. Entre essas duas viagens, outras duas, em 1986 e 2001.
Sobre a escolha dos tripulantes: Alumínio: corrosão menor sem pintura dividir a área existente e a ser retocada. Em seguida, usando um bom pincel aplique um primer de alumínio, de preferência, do mesmo fabricante da tinta que você vai usar. Siga as instruções da embalagem que devem prever lixar entre o primer e o acabamento. Em seguida, aplique o acabamento, utilizando uma escova de boa qualidade feita para o tipo de tinta que você está usando. Dependendo da cobertura, várias camadas podem ser necessárias. Uma vez que a cura da tinta estiver pronta, remova cuidadosamente a fita adesiva, puxando-a paralelamente com a superfície (nunca perpendicular). Algumas pessoas poderão considerar fazer a pintura em duas partes para esses reparos maiores. Não se esqueça que quando você liga um metal duro a um mole (inox ao alumínio), a corrosão vai ocorrer no mais mole. Por estar o barco na água salgada sem aterramento, existe um campo elétrico que vai migrar para o metal mais fraco gerando no alumínio a corrosão citada. A corrosão seca vai fundir o inox no alumínio tornando a remoção da peça às vezes impossível. Mastro e retranca devem ter um anôdo só para eles. Este anôdo tem que ser anôdo de motor de popa pois são mais fracos o que facilita seu trabalho. Devem ser ligados em série e não paralelo. Parafusos para fixação de peças em alumínio se possível pode ser de nailon, ou mesmo de inox, deve ser fixado com colas brandas que atenuam o fundir que impede a retirada mais tarde. Alumínio anodizado também é muito bom. Aumenta e muito a durabilidade. Existe anodização transparente ou colorida. E lembre-se: Use sempre uma máscara, luvas e óculos de proteção! Colaborou: Eduardo Faggiano (Cocó)
Lars Grael defende legado público para Marina da Glória “O Tempo já foi nosso aliado. Hoje é nosso inimigo”, disse Lars Grael na mais recente audiência pública que discutiu a (triste) situação da – dita pública – Marina da Glória, no Rio de Janeiro, às vésperas das Olimpíadas em 2016. Argumentando com exemplos mundiais de marinas bem estruturadas e que geram lucros e empregos após seu uso em competições internacionais, Lars defendeu uma proposta realista e mostrou-se preocupado com os projetos apresentados. “A proposta náutica do projeto da Marina na Glória e praticamente nula”, disse ainda, comentando sobre disponibilização a marina 4 meses antes das competições. “Ela precisa estar pronta muito antes. Isso é regra do Comitê Olímpico Internacional”, argumentou. Antes das olimpíadas são disputadas as competições pré-olímpicas, etapas obrigatórias e com mais de 100 países presentes. Outra preocupação foi que nenhum dos projetos apresentou o chamado enrocamento, maci-
Biblioteca de Bordo
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Mas Belov não é só um velejador aventureiro. E a quarta edição de sua viagem, não foi uma viagem qualquer. Afinal, o comandante era Belov: mergulhador, professor concursado na Universidade Federal da Bahia, empresário do ramo de engenharia portuária, e trabalhando com equipamentos de manuseio subaquático e offshore. Além, claro, de já ter dado outras 3 voltas ao mundo. Foi querendo possibilitar uma experiência a um grupo de alunos que surgiu a ideia de construir um veleiro-escola que abrigasse os tripulantes-alunos em mais uma volta ao mundo. Assim nasceu o Fraternidade, um veleiro de aço de 70 pés (22 metros). Só a quilha do veleiro pesa treze toneladas... O veleiro de Belov deixou o Porto de Salvador em 16 de janeiro
ço composto por blocos de rocha compactados que funciona como proteção para as ressacas que atingem anualmente o local. Com propriedade, Lars confrontou projetos que preocupam-se com feiras náuticas em detrimento de necessidades também não contempladas como dragagem, embarcações afundadas no local, falta de rampa, falta de vagas, travel lift, além de um local para contêineres já que cada um dos 100 países deverá trazer até 4 deles. “Temos que deixar como legado o que um dia ela pretendeu ser: uma marina pública!”, concluiu, mas não sem antes comentar sobre o esgoto lançado dentro da marina: “isso é inadmissível para uma marina que se pretende olímpica”. Recado dado, Sr. Eike?!
“Escolhi para ir as pessoas que iriam mudar suas vidas” de 2010, levando 11 alunos a bordo. Cada turma passou aproximadamente 6 meses a bordo, com tudo pago pela Belov Engenharia Ltda., empresa de Aleixo. Depois de depois 21 meses e 40 mil milhas navegadas, voltou a seu lar, Salvador. Essa experiência está contada no livro 4ª Volta ao Mundo – a bordo do veleiro-escola Fraternidade. Mas não é apenas um livro que conta o que ele viu e as travessias que fez, como em seus livros anteriores. O texto é rico em reflexões e visões de um homem diferente do jovem musculoso que descobriu a vela e o mundo na década de 80. O mundo agora é visto com um olhar crítico e experiente. O olhar de um verdadeiro lobo do mar. Uma leitura imperdível para quem já leu outros livros de viagens, e procura mais que grandes ondas e ilhas isoladas. Uma verdadeira lição de vida. Uma vida no mar, em quatro atos... Você pode encontrar esse e muitos outros livros na Livraria Moana, a mais completa e confiável livraria náutica do Brasil. De um pulinho no site e viaje você também!
INFORMATIVO
ABVC
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO
Palavra de
PRESIDENTE Associados e amigos, Sucesso! A realização de nosso Encontro Nacional em Florianópolis (veja matéria ao lado) este ano contou com grande presença de associados que puderam participar das palestras do Schürmann, família Klink, Flavio, Clovis, Luiz e Mauriane, Regina e Maurício, Paulo Fax e Eduardo Moura. Meus agradecimentos a todos eles. Uma das grandes atividades, foi a participação para criarmos os rumos de nossa ABVC, determinando nossa missão e nossa visão. Durante este dois próximos meses temos a meta de preencher a matriz SWOT, com nossas forças, fraquezas, oportunidades e. Tudo para entrarmos em 2014 com uma ABVC que atenda os anseios dos associados e possa acompanhar seu crescimento, tanto em novos associados como em novas parcerias. Sucesso também no lançamento do Cruzeiro Costa Verde. Estourou em número de inscrições e agora vamos lotar a baía de Sepetiba com nossos veleiros associados neste inicio de julho. Continua o trabalho da comissão do Cruzeiro Costa Leste de 2014, com muitas novidades (vamos mergulhar em Abrolhos novamente??). Também em fase final de organização o Cruzeiro Costa dos Tamoios, de Ubatuba a Paraty, passando pela temida Ponta da Joatinga. Fique atento pra não ficar de fora. Fique atento também a divulgação de novos convênios com Iates Clubes e fornecedores de equipamentos náuticos. Nossa parceria com ABVO para baratear o seguro de nossa embarcação esta a todo pano. Fale com Fábio Avelar na Brancante Seguros e tire suas duvidas. Também não esqueça as regatas dos Clubes que são nossos parceiros quando do Cruzeiro Costa Leste: Dia 24 de agosto a Aratu-Maragogipe (Aratu) e dia 05 de Outubro a Refeno (Cabanga). Bons Ventos e vou dando um bordo pra fechar a mochila e me preparar para outra regata que é um Cruzeiro em família: a regata de São Pedro em Paraty com renda em prol da Escola de Vela de Paraty... Maurício Napoleão
ABVC - Interior Interior realiza a 4ª edição do Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná
Encontro Nacional
No último feriado de Corpus Cristhi foi realizado o décimo primeiro encontro Nacional da ABVC em Florianópolis, nas dependências da subsede do Iate Clube de Santa Catarina em Jurerê. Durante o evento que reuniu mais de 100 pessoas para as palestras e jantares, houve muita confraternização e passeios por Floripa. Diversas palestras importantes aconteceram, entre elas destacamos a presença de Vilfredo Schürmann, que contou com muita alegria e entusiasmo, suas viagens e projetos, incluinO Comodoro do ICSC e Napoleão do a busca de um submarino da segunda metragem) até a viagem que reproduzirá as guerra mundial (que está virando um longa primeiras expedições chinesas embarcadas pelo mundo. Já “as Klinks”, as simpaticíssimas filhas de Amyr e Marina Klink, Marina, Tamara e Laura contaram suas aventuras nas várias viagens à Antártica a bordo do Paratii 2, e que viraram o livro “Férias na Antártica”. Uma importante reunião para discutir o futuro e metas da ABVC, com uma mesa redonda onde os associados e a diretoria puderam discutir linhas de ação que nortearão os trabalhos futuros da nossa associação também teve lugar. OuTamara, Laura e Marininha: as Klinks Jardim (volta ao mundo), o meteorologis- tras palestras interessantes foram: Flávio ta-chefe do Centro Meteorológico de Santa Catarina (Ciram) Clóvis L. Correa, o casal Luiz Fernando e Mauriane Conte que vieram da Itália ao Brasil, Paulo Fax falando sobre cruzeiros no interior de São Paulo, o workshop gastronômico por Regina D’Elia e Maurício Rosa e “Quem vai ao mar avia-se em terra: preparação para lançar-se ao mar” de Eduardo Moura. E o jantar de encerramento – com ostras – teve sorteio de prêmios e música ao vivo. Até o ano que vem… se Deus quiser!
ABVC - RJ
Vice-Presidente do Rio de Janeiro promove palestra para os cariocas
A ABVC Rio e Niterói realizou através de seu Vice-Presidente Matheus Eichler a palestra Técnicas e Regulagens, Um Melhor Desempenho Náutico para Velejadores proferida pelo velejador Maurício Santa Cruz (tricampeão mundial da classe J 24) no auditório do Clube de Regatas Guanabara
ABVC - SP
Realizada no auditório do Centro Cultural da Marinha em São Paulo que mais uma vez ficou lotado, a palestra do experiente velejador Mário Buckup. Mário discorreu sobre as regulagens de vela para os cruzeiristas da ABVC. Muitas dicas preciosas como ajustes de carrinho, utilização de genoa e mestra, entre outras, rechearam o conteúdo da fala de Buckup. Depois uma parte da turma se reuniu em uma pizzaria para confraternizar.
Parece o mar... Mas é o rio Tietê!
ABVC - Santos
Também em julho (de 4 a 20) acontece o 4º Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná 2013, pela ABVC Interior Sudeste e seu Vice-Presidente, Paulo Fax. Aberto a participação de todos, principalmente para pessoas que ainda não tem experiência em navegação, recebe embarcações a vela ou a motor, de 16 a 37 pés. Fax promete: “Será uma experiência cultural única e enriquecedora, conhecendo de um ponto de vista diferente, os atrativos turísticos das cidades ribeiras, seus costumes e folclores, sabores coloniais e sua importância histórica”. As eclusagens e paisagens são um atrativo à parte. Quem nunca foi, precisa participar!
Sob a batuta de Volnys Borges Bernal Vice de Santos, aconteceu a palestra “Cruzeiro de Águas Interiores”. O evento ocorreu na sala de troféus do Clube Internacional de Regatas, que este ano completou 115 anos. Na oportunidade Paulo Fax ressaltou os investimentos nas hidrovias no Brasil, o surgimento de marinas nas margens de represas e rios e a possibilidade de sair de barco do Rio Tietê até Buenos Aires. Na platéia, alguns velejadores santistas que já percorrem à vela a hidrovia Tietê-Paraná, como Celso e Celina Antunes, que participaram em 2012 do Cruzeiro da Hidrovia Tietê Paraná. Água salgada + água doce!
Vilfredo: do submarino aos chineses
Costa Verde
Com recorde de inscrições – mais de 40 – a Vice-Presidência de Paraty (Eduardo Schwery) realiza a quarta edição do Cruzeiro Costa Verde de 6 a 13 de julho. A flotilha singra as águas de Angra entre Paraty e a Baía da Sepetiba, e termina com um almoço oferecido pelo casal Telma e Naude – donos do já tradicional ponto de encontro de velejadores por lá, o Bar da Telma - na praia da Tapera, Ilha Grande.
ABVC: 10 anos
A ABVC surgiu a partir de uma troca de e-mails entre amigos, realizada na lista de discussão do Yahoo! “Altomar” em janeiro de 2003. Alguns integrantes realizaram um encontro em Paraty em um apartamento alugado e lá discutiram a viabilidade de uma associação. A partir de então, a discussão por e-mails aconteceu durante o mês de janeiro, e em 5 de fevereiro aconteceu uma reunião no Rio de Janeiro (no restaurante Pharo’s), organizada por Dario Renato e Alexandre Velloso. As discussões foram realizadas até 11 de fevereiro, quando por falta de iniciativa prática, cessaram. Entretanto, um grupo de entusiastas liderados por Denílson Padilha Fuchs (PR) e Fernando Sheldon Jr. (SP) já havia trocado e-mails em particular, fora da lista, e nada menos que 459 mensagens depois, foi fundada a Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro a 25 de maio de 2003, às 10h, na cidade de São Paulo tendo a presença dos sócios fundadores Roberto Porto, Fernando de Camargo Sheldon Jr., Cláudio Lehmert Renaud, Denílson Padilha Fuchs, Nestor Brandão, Jayme Leite Nunes Jr., Maribel Silva de Andrade, Lauro Haber, Carlos Augusto Estevez, Márcio Ricardo Teixeira Moreira, Márcio C. Pinheiro e Danilo Queiroz Palermo.
Costa Leste 2014
Em 1987, sob a liderança de Newson Campos e Paulo Monteiro foi realizada a viagem que deu origem ao Cruzeiro Costa Leste. Reunindo velejadores interessados em chegar a Noronha, eles partiram do Rio de Janeiro com destino a Recife. Somente em 2004, a dupla decidiu repetir o cruzeiro, agora batizado de Costa Leste. Chamaram François Moreau para ajudar a organizá-lo. A partir daí veio o formato de evento com cursos, e palestras preparatórias. Desde o dia 28 de setembro de 2007, quando foi firmado um Termo de Compromisso entre o Iate Clube do Rio de Janeiro e a ABVC, nossa associação passou a ser a
Prepare-se: 2014 é ano de Costa Leste
responsável pelo Costa Leste. 2014 marca a sétima edição desta maravilhosa viagem em flotilha que hoje conta com a adesão de veleiros argentinos oriundos do Crucero de La Amistad. Em breve serão abertas as pré-inscrições e Regulamento. Fique de olho: as vagas serão limitadas, com exigência de currículo e vistoria prévia. A flotilha parte e chega junta aos destinos que compõem o circuito, normalmente saindo do Iate Clube do Rio de Janeiro e chegando à Bahia, passando, claro, por Abrolhos com direito a mergulho autônomo. Vai ficar de fora?
CONVÊNIOS A ABVC mantém convênios para os sócios. Veja alguns abaixo e outros no site: IATE CLUBES - Aratú Iate Clube - Cabanga Iate Clube - Iate Clube Guaíba - Iate Clube de Rio das Ostras - Iate Clube do Espírito Santo - Marina Porto Bracuhy - Iate Clube Brasileiro - Jurujuba Iate Clube DESCONTOS 7mares Equipamentos Náuticos Botes Remar Coninco - Tintas e Revestimentos Ship’s Chandler: Loja Náutica em Paraty Murolo Seguros: Preços especiais Enautic : Loja Náutica Virtual Divevision Loja Virtual E muitos outros. Consulte nosso site para saber dos detalhes de cada parceiro. Seja sócio da ABVC: você só terá vantagens. Se já é associado, traga um amigo!
Midias Sociais
Nosso fórum ou lista de discussão, funciona no Yahoo Grupos. Se você é associado e ainda não participa, basta enviar um e-mail para abvc@yahoogrupos.com.br e solicitar a participação. Estamos também no FACEBOOK. Lá não é preciso ser associado para participar. Conheça e participe!
Produtos ABVC
Os produtos da grife ABVC estão à sua disposição para compras via internet. São camisetas, flâmulas para embarcações, bolsas estanques, entre diversos outros produtos que podem ser adquiridos na loja virtual da ABVC. Acesse e conheça: www.atracadouro.com.br/abvc
O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.