ALMANÁUTICA
PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!
Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano IV – nº 23 – março/abril 2016
www.almanautica.com.br ISSN: 23577800 23
Leia nesta edição:
Lançamento do Anuário Brasileiro de Vela Jorge Zarif é campeão Brasileiro da Classe Finn Holding Tanks e Degradadores: Saiba tudo sobre eles Cruzeiro inédito pelos canais dos EUA com um catamarã !!! s i a Novas parcerias do Almanáutica: Mais pra você om t i u Em
ALMANÁUTICA
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Murillo NOVAES
EDITORIAL
Bons Ventos...
B
ons ventos a barla para o nosso Almanáutica, seus leitores e parceiros. Nesse janeiro e fevereiro foram três parcerias fechadas com nosso querido jornal. O Grêmio de Vela da Escola de Oficiais da Marinha (GVEFOMM), o Yacht Club Paulista (YCP) e o Estaleiro Flash (veja as matérias detalhando as parcerias nesta edição). Esse fortalecimento de marcas de mão dupla, apoiado nos respectivos trabalhos somam-se para – certamente – construir mais e melhor para todos os que usufruem de nossos produtos e serviços. Com a EFOMM e o YCP, nossos leitores e os membros das instituições terão mais notícias de qualidade e todos teremos maior visibilidade. A parceria com a Flash propicia a quem quer velejar na Guarapiranga (por enquanto só lá...) um serviço inédito e de muita qualidade. Na outra via dessa estrada de água e vento, nossa penetração junto aos leitores é cada vez maior e com mais qualidade, considerando os contatos e sugestões mais frequentes a cada edição, bem como os elogios e comentários positivos. O resultado da pesquisa divulgado na edição anterior (num 22) mostra que o caminho está certo: De vento em popa... Na área editorial, destaco o lançamento do Anuário Brasileiro de Vela, uma iniciativa do nosso colunista Murillo Novaes (veja aqui ao lado e na página 11 mais detalhes). Um material de qualidade que faltava no Brasil, para registro - importante - da nossa história em termos de vela. Fico me perguntando o quanto já perdemos ao deixar de registrar: Pessoas, histórias, resultados, projetos, fotografias. Já comprei meus exemplares para guardar e presentear pessoas especiais... Espero que você goste desta edição, preparada com carinho. E lembre-se: Se quiser sugerir, elogiar, criticar ou mandar alguma colaboração, estamos esperando: falecom@almanautica.com.br. Bons ventos sempre!
Brasil 2016
Olá querido amigo e mais que querida amiga de alma totalmente náutica, findo o carnaval eis que nos encontramos aqui em mais um começo de ano. E que ano!! Este promete!! Se já não bastassem todas as ameaças externas, do lixo plástico flutuante que forma verdadeiras ilhas de dejetos nos oceanos e sufoca toda a vida marinha ao famigerado Estado islâmico e seus trogloditas assassinos (mais como adjetivo mesmo e com a devida vênia dos verdadeiros trogloditas que, guardada a distância temporal, até eram bem civilizados em suas cavernas), dos asteróides que passam raspando em nossa frágil espaçonave Terra à eleição de Ronald McDonald Trump para comandar o maior arsenal do planeta, ainda temos aqui em Pindorama a recessão, a inflação, a corrupção, a desinformação e a mosquita, da zika microcéfala, da incompetência acéfala e de outras moléstias. Como diria Zé Baiacu em sua infinita sabedoria: carái, tá flórida! Mas como nem só de más notícias vive a humanidade, afinal existe a Luana Piovani, o sorvete de graviola e a Estação Primeira de Mangueira, vamos seguindo a procissão porque o show não pode parar. E nas águas de todo o mundo não para mesmo! Ainda bem! De pequenos monotipos a tipos mais radicais de naves a vela, os ventos generosos de Éolo e outros deuses sempre sopram. E o que se vê – graças! –, são imagens de rara beleza e harmonia em meio ao caos que virou a humanidade (se é que a coletividade de homo sapiens que grassa nestas plagas ainda merece a alcunha). Vamos por aí porque a parcela brasuca desta epopeia aquática tem sido bacana! Este 2016, como a onipresente mídia de massa não nos deixa esquecer, é ano de olimpíadas. E para boa parte do Ricardo Amatucci - Editor mundo da vela é o momento mais alto do nosso desporto/paixão/vício. Como já dito
aqui neste espaço na última missiva, nossa equipe está formada, bem formada, e as esperanças de sucesso são grandes. Para todos aqueles que me perguntam sobre nossas reais chances na poluta e, por vezes, fétida, Guanabara sempre respondo o mesmo: acho que Robert Scheidt (Laser), Martine Grael e Kahena Kunze (49erFX), Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (470 Fem.) tem boas chances de medalha. Jorginho Zarif (Finn), Ricardo “Bimba” Winicki (RS:X Masc.) e Pat Freitas (RS:X Fem.), se estiverem focados e tranquilos, também. Henrique Haddad e Bruno Bethlem (470 Masc.), Marco Grael e Gabriel Borges (49er), Samuel Albrecht e Bel Swan (Nacra17) e Fernanda Decnop (Laser Radial) podem surpreender em uma semana inspirada e com alguma derrapada dos favoritos. Ou seja, há muito não se vê um time olímpico de vela tão bom e bem preparado quanto o de 2016. Ponto pra CBVela, pro COB e os patrocinadores. A aposta é alta, mas as chances são reais. Que ve-
nham os jogos! Outro motivo de orgulho para os velejadores brasileiros (e de alguma esperança par este combalido jornalista açoitado diuturnamente pelas notícias mais escabrosas de nossa contemporaneidade) se deu na atlântica travessia da Transat Jacques Vabre no final do ano passado. Pela primeira vez em nossa história oceânica uma dupla O Anuário Brasileiro de tupiniquim participou de uma prova de alto Vela 2015 já está a venda: nível da modalidade de vela conhecida em www.anuariobrasileirodevela.com.br inglês como shorthanded (ou seja, a poucas mãos, em duplas ou solitário). E foram Murillo Novaes é jornalista especializado em muito bem! náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com Meu mestre e ídolo, Eduardo Pe-
Crônicas Flutuantes
Macucos me mordam
Varamos a cerca, eu mais o primo Zóin – alcunha causa de que usa óculos fundo de garrafa, o primo – c’os bodoques no pescoço e os embornaizinhos cheios de rebelotes – palavra esquecida da infância para umas pedrinhas arredondadas catadas mais era em beira de corgo, parecendo feitas para encaixe perfeito no courinho do estilingue – para derrubar uns macucos que, tardezinhas, sentavam naquele jambolão lá no mangueirão do João do Luca. Homem rude e bom o do Luca, exímio machadeiro – tempo de lenhas – envergando eterno par de borzeguins sem meias palmo abaixo de calças encardidas que há tempos poderiam ter sido brancas; era quase completamente surdo o do Luca. Para a mulher, Geralda, feita de rugas e ranhetice, era ouvir a molecada e sair de casa com o porrete feito dum cabo de machado, desprezado há tempos pelo marido, que ficava bastante escondido por detrás do armário da cozinha de paredes escurecidas por picumãs antigos. Emputecia dum tanto!, a Gerarda, que era como a gente de lá diziam, e vinha em direção à gurizada, empunhando o porrete
e arrotando baixos calões... era o ponto alto da caçada. Aquele cabo de machado era dum que o do Luca usara para matar um Francelino Biguá em disputa de cercas. Esse Biguá, já devidamente defuntado, foi enterrado detrás dum matacão bem ali por onde começava o bambuzal, sendo que o assassino, em astúcias, observou cuidados de acomodar junto ao cadáver a arma do crime, nada, todavia, escapando de Gerarda que, observado uns tempos – coisa siô! –, foi, sorrateira, desenterrar a ferramenta pra pegar só o cabo. Cria ela que, tendo sido usado para o quê foi, tinha maiores poderes nas horas agás de necessidades... ainda que por cima fora confeccionado num pau de matacalado. A fama porrete funcionava e a molecada, no mais das vezes, era posta dali às carreiras.
nido, ouro em Moscou 1980 no 470, junto de Renato Araújo, a bordo do Classe 40 “Zetra”, chegou em um honroso e histórico sexto lugar. Desde Le Havre até a nossa Itajaí (já consolidada como destino de grandes regatas) foram milhares de milhas de perrengues e desafios constantes. E nossos heróis não se abateram! Altivos e sagazes cruzaram a linha com o sorriso que só os malucos daqui deste país tropical têm!! Parabéns ao Renato! Arrebentou! Ave, Edu!! Quando crescer quero ser igual a você!! Por fim, faço um apelo. Estamos lançando, com o patrocínio da Mitsubishi e o generoso auxílio do nosso sempre presente e disposto a tudo pela vela nacional Eduardo Souza Ramos, uma nova publicação que espero tenha vida longa. O Anuário Brasileiro de Vela. Vai ser um “livro” anual de alto nível, em edição premium de luxo, que vai reunir em 256 páginas todos os resultados, com belas fotos, mapas e súmulas, das principais regatas do Brasil e do mundo no ano passado. Teremos ainda um super especial com tudo sobre o Rio2016 e sobre a nova coqueluche da vela de alto desempenho: os fólios. No final, um pequeno diretório com os melhores prestadores de serviços para veleiros no país. Para dar certo temos que vender, no mínimo, 2500 exemplares. Participe e ajude e compre o seu! Obrigado!
Coluna do escritor José Paulo de Paula aranha; covardia minha, da grossa! Sucedeu, ademais, nesse caso, por descuido imperdoável no reparo de acontecimentos ao derredor, que tinha por ali uma vaquinha, pequenininha, um nadica de rês, já cismada de nascença que, destrambelhada que era, levava por graça Saidafrente. No meio da animalada era a única parida de dias. Seja então!; investiu de guampas arriadas, cabeceando em desordem. Sorte foi a bichinha, apesar de mestiçagem indefinida, ter queda mais para o Gir, raça afamada de mansa, orelha retorcida, couro chitado, testa redonda com os cornos virados assim, mais para trás, fosse nelore... sei não! Mesmo, foi que houve marrada certeira bem nos quartos traseiros do primo, jogando-o direto à casa de saúde das freiras lá do convento. Foi costurado por um Dr. Mizael de não-sei-que, único doutor médico naqueles tempos em Boca do Guajapirá, cidadezinha crescente em progressos, atravessada pelo corgo São Gonzalo do Pretim, isso entre outras maiores e menores qualidades.
Pois seja!, naquele dia Zóin, na alegria da fuga, enroscou-se no farpado da cerca e careceu momentos de ajuda, ficando Por conta da falta de prática em suturas, lá pendurado como mosquito em teia de garrafadas e outros arranjos do charlatão,
Zóin, hoje taludo, já passado dos cinquenta, anda ainda feito fosse meio manco, repuxando a perna esquerda tal e qual ganso com frieira. Uma ou duas vezes ao ano sai à procura de macucos, cada vez mais difíceis de serem achados. PS: Inicialmente não pensei neste pósfacio, mas ando (sempre fui) cada vez mais interessado nas relações, melhor dizendo, paixões dos homens... e mulheres... e todos os outros gêneros atualmente em exercício, principalmente a paixão por objetos flutuantes levados pelo vento. Portanto, essa crônica, modesta e nada náutica cuja musa passeou lá pelos meus tempos de criança idos e acontecidos no nariz das Minas Gerais, aparece aqui apenas como uma parábola ligeiramente divertida na tentativa de iniciar um marketinzinho ao meu próximo livro de nome “MAR CABOCLO” que reunirá contos e crônicas da beira mar e do sertão das Gerais e, dia desses qualquer, deverá ser lançado por aí... ao vento. José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador, violeiro, cervejeiro artesanal e autor dos livros “É proibido morar em barco” e “Divã Náutico” que podem ser encomendados em zepearte@gmail.com
Umas e Outras
Histórias de um navegante im pre ciso
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Eduardo Sylvestre Campeonato Mundial da Juventude, Para muitos uma experiência única!
a lio Vian Por Hé
Cobras a bordo
Vira e mexe sou contratado como skipper, nome pomposo para o comandante que faz quase tudo a bordo no lugar dos charteiros, que alugam o barco. Nunca vi ninguém voltar decepcionado – não por mim, é claro, mas pelo programa em si, que é realmente bem bacana. O último charter foi com dois casais do sul, mais a irmã de um deles. Apesar dos irmãos terem uma lancha em Joinville, a turma nunca tinha velejado, muito menos dormido em um veleiro. No início as meninas ficaram ressabiadas quando proibi o uso de secador de cabelos a bordo, mas depois elas entraram no clima. No quarto dia amanhecemos numa poita na praia da Tapera, na ilha Grande. Eu sempre acordava com o cheirinho de café feito pelo mestre Cuca de bordo, que era o primeiro a acordar. Sentamos no cockpit, enquanto o Cuca mexia em seus apetrechos de pesca, até o outro tripulante acordar. Daí cedi o meu lugar pra fumar um cigarrinho na plataforma de popa, quando escuto o recém-acordado soltar um palavrão e falar baixinho: tem uma cobra enrolada na catraca! Isto é um cinto de tecido de uma das meninas, retruquei incrédulo. Tá que pariu, é uma cobra mimetizada na escota de bombordo, perto de onde estive sentado e dormi parte da noite anterior! Tripulação não entre em pânico! Fechei todas as vigias e gaiútas do barco, o Cuca pegou o croque e com cuidado enganchou a cobra e a jogou no mar. A danada, que parecia ser uma jararacuçu e devia ter pra mais de metro, saiu nadando faceira com um palmo de corpo fora d´água. No café da manhã, no cockpit, o assunto foi nossa visita indesejada e por onde ela teria subido. Depois fui com os charteiros em terra à cata de gelo. De repente as meninas começam a berrar: a cobra voltou! No inicio achei que elas estavam nos zoando por conta da demora, mas quando as vi fazendo movimentos lentos e repetidos, de cima para baixo, com os braços estendidos (que eu havia dito ser o sinal para pedir socorro no mar) voltamos voando para bordo. E não é que a cobra voltou? Ela estava aninhada no banco do púlpito de popa. Começou tudo de novo: fechamos o barco e o Cuca jogou a peçonhenta no mar, que saiu nadando, tentou subir sem sucesso pelo costado e foi direto para o cabo da poita. Já estava a meio caminho quando o Cuca novamente a jogou no mar. Com a gritaria o pessoal que estava na ancoragem veio acudir e o Marcão, do catamarã Anakã, a enxotou com o bote para a margem. O título acima parece de filme de terror, ou história de pescador, mas não é. Eu não matei a cobra pra mostrar o pau, mas a foto taí para quem quiser ver:
Neste começo deste ano, tive o privilégio de ser o técnico geral de vela no Mundial da Juventude da Malásia. Foi a primeira vez que um brasileiro foi convidado para o cargo, e eu fiquei bastante honrado e motivado para esta nova função. Este foi sem dúvida o maior campeonato mundial de vela de todos os tempos, pois participaram 425 atletas e 120 técnicos de 76 países, batendo o recorde de participação. Para o leitor entender como funciona este mundial, todos os velejadores ficam em dois ou três hotéis bem pertinho do centro nacional de vela, com um hotel central onde todos tem acesso. O país sede provê todo o transporte(aeroporto/ hotel/eventos) e comida para todos. Na Malásia tivemos 4 raias de regatas para as classes: Windsuf Masc e feminino, 29er (M e F), Laser Radial(M e F), 420 (M e F) e F16 (Catamarã), ou seja, uma semana intensa com muito trabalho e muita vela. Por serem classes pré-olímpicas, é neste campeonato que se destacam os futuros campeões olímpicos. O sonho de muitos adolescentes do mundo inteiro é participar deste evento, pois podem ter muitos contatos e conhecer velejadores de todo lugar, além de ser altamente competitivo. Todos os velejadores se preparam muito para este evento. Aqui no Brasil, por exemplo, tivemos uma competição especialmente para a classificação dos melhores atletas, a Copa da Juventude, além de clinicas realizadas pela CBvela. O Brasil mandou uma equipe com
12 atletas e 3 técnicos. Como Técnico da competição, fui responsável por todos os atletas que não trouxeram um técnico de seu país (40 velejadores). No ano passado tivemos 5 clinicas preparatórias que antecederam este campeonato, uma em cada continente para ajudar a preparar velejadores que não possuem tanto acesso a técnicos e treinamentos espe-
nhã, onde falo qual é a tendência da maré, vento, ondas e coloco alguns desafios para o dia. No final do dia, sempre mostrava um vídeo que filmava durante as regatas e comentava algumas coisas observadas como manobras, posicionamento, técnicas de regulagens e checava se os objetivos lançados pela manhã haviam sido alcançados. Fiquei muito surpreso ao ver que não só os velejadores que estavam sem técnicos estavam participando dos briefings e debriefings, mas vários outros participavam todos os dias. Muitas das equipes participavam com seus técnicos e interagiam bastante, em média tínhamos Foto: Christophe Launay
cíficos, os chamados “Países Emergentes da Vela”(PEV). Tive a oportunidade de ser um dos técnicos de laser de duas delas: Antígua e Moçambique. Este programa foi criado para dar uma chance a quem jamais teria a oportunidade de participar de um evento deste nível. Tanto por nível técnico como financeiro. Cada velejador recebe ajuda com passagem, hotel, barco e técnico. Nestas clinicas os velejadores tem a oportunidade de velejar com pessoas de outros países, aprender técnicas novas e trocar várias informações e experiências. Programas como este, são patrocinados pelo Comitê Olímpico Internacional(COI) através do Solidariedade Olímpica. Pois bem, uma de minhas funções era preparar todos os dias um “Briefing” pela ma-
de cento e cinquenta a duzentos participantes. Muitos dos atletas destes países emergentes nunca haviam viajado para fora de seu país, outros nunca haviam velejado numa flotilha maior que 20 barcos, e se depararam com 80 barcos na raia. Este programa do COI, trouxe uma experiência única para muitos velejadores. Sei que para muitos outros acendeu um sonho Olímpico que pode alcançável e para alguns esta foi a experiência “Olímpica” de suas vidas. Eduardo Sylvestre é Diretor do Programa de Desenvolvimento da CBVela, Expert da ISAF, técnico nível 3 da USSailing e ISAF World Youth Sailing Lead Coach.
Dos Leitores
Novas parcerias do Almanáutica
Agradeço pela qualidade do material disponibilizado nas edições do Almanáutica. No início de 2016 foram São temas atuais e contemplam notícias firmadas duas parceque outros meios não apresentam, com rias institucionais com informações de campeonatos estaduais, o Jornal Almanáutica: fatos pitorescos, etc. Parabéns! Gostaria Yacht Club Paulista de sugerir um tema de reportagem que (Guarapiranga SP), e é a questão da utilização de tanques de GV EFOMM – Grêmio retenção para esgoto. Tenho interesse no de Vela da Escola de Formação da Marinha Mercante. assunto, mas não tem muito material disO objetivo é o fortalecimento das respectivas marcas ponível. Pontos como legislação, obrigatoe a vinculação das atividades de comunicação. Pela riedade, modelos, funcionamento, eficácia, parceria, o Jornal Almanáutica passa a ser o veículo ofietc, poderiam estar na pauta. cial de divulgação do Yacht Club Paulista na divulgação Abraços, Leo Petersen - Veleiro Mar&Mar dos eventos, compartilhamento de mídias eletrônicas (internet, Facebook) para datas, avisos, comunicados Acabei de chegar em casa e ver que ene publicações de interesse do clube. E também será tregaram a última edição! Fico feliz em ver responsável pela divulgação dos eventos e participações do GV da EFOMM. Para 2016 o YCP incluiu na Copa YCP a Classe HPE que agora deverá ter participação que veio num saquinho sem danificar a assídua dos principais expoentes da vela brasileira, entre os quais André Fonseca, o capa! Guilherme Mendonça Gomes Bochecha e Eduardo Souza Ramos. Em 2015 o clube trouxe Bruno Prada para o clube, para fazer parte da Diretoria Institucional, além de Jorge Zarif – nosso representante nas Valeu, pessoal. Sugestão já acolhida nesta edição e qualidade melhorando, sempre! Olimpíadas Rio 2016 na Classe Finn, que treina pelo ICRJ e pelo YCP. O Almanáutica agora é o veículo oficial do Yacht Club Paulista
Vocês, leitores, merecem! Obrigado.
Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos ventos e mantém o maracatublog.com
Almanáutica: Jornalista Responsável: Paulo Gorab Editor: Jornalista Ricardo Amatucci MTB 79742/SP ISSN: 23577800/23 Jornal bimestral, com distribuição nacional
Ano 04, número 23 março/abril de 2016 Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier Contato: falecom@almanautica.com.br Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial. Visite nosso site: www.almanautica.com.br
Foto da capa: A foto de Matias Capizzano mostra o Mundial da Classe 470 realizada na Argentina no final de fevereiro, enquanto fechavamos esta edição
ALMANÁUTICA
4 A Bordo
Nova Diretoria no Aratu Iate Clube No último dia 19 de janeiro, o Conselho Deliberativo do Aratu Iate Clube empossou a nova Diretoria do clube para o biênio 2016/2017, eleita pela Assembléia Geral no mês de novembro de 2015. A Diretoria é composta pelos seguintes membros: Comodoro: Wilder Gouveia Santos /MARACATU Vice Comodoro: Clóvis Augusto Cabral / ZEN Diretor Secretário: Milton Fontes /TRIKSU Diretor Administrativo-Financeiro: Lúcio Flávio Rebelo Bahia/VENTANIA Diretor Adm. Financeiro Adjunto: José Welinton Costa /LE PAR UN Diretor de Operações e SMS: Carlos Kise /SONHO Diretor de Obras: Diretor de Obras/ MAYORCA Diretor de Esportes e Eventos: Mauro Cruz/ TAKE IT EASY Na reunião, a Diretoria apresentou também o plano de metas para o período da gestão, onde estão previstas diversas ações a serem realizadas, destacando-se a continuidade do processo de informatização das atividades gerenciais, adequação das nossas instalações às condicionantes previstas no processo de licenciamento ambiental, ampliação da oferta de vagas em píer, além a elaboração de um plano diretor para definição de obras a serem realizadas nos próximos anos. Na mesma oportunidade foram eleitos e empossados o ex Comodoro Roberto Nadier Barbosa e o conselheiro Everton Fróes como, respectivamente, Presidente e Vice do Conselho Deliberativo, além dos membros da câmara fiscal (Cláudio Miranda Costa, Edison Perlungieri Casanova e Gerson Estrela) e de obras (Withiney Costa, Luis Maurício Santos Vila e Valdemir Osanah). Além disso, o calendário de vela do clube também já foi divulgado, com destaque para a realização da Aratu-Maragogipe prevista para acontecer no dia 20 de agosto. A Classe HPE também é outro destaque, com a continuidade de sua Copa AIC, em duas etapas, A primeira já realizada em fevereiro e a segunda em março. A Bordo vai ao ar todos os domingos das 10h às 11h pela Metrópole FM de Salvador: metro1.com.br Baixe o app e ouça em qualquer lugar!
regata
São Lourenço do Sul - RS Encontro da vela
Foi realizado durante o carnaval, o 49º Encontro da Vela do Iate Clube de São Lourenço do Sul (RS). O evento - que começou com uma reunião de Comandantes e um coquetel de boas Raul Leite de vindas - contou com a presença de veleiros do Almeida Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre e Tapes, numa registrou a confraternização e velejada que deixará saudafesta que des. acontece em A festa, com direito e baile de carnaval, São Lourenço também teve regatas para veleiros, caiaques e do Sul (RS) SUP’s. No Domingo de Carnaval rolou um almoço de confraternização e a entrega de prêmios das São Lourenço fica na parte central da Lagoa dos Patos, distante 60 regatas. Terminou como deveria: Com um veleja- milhas de Rio Grande e 100 milhas de Porto Alegre. Conheça a página do clube ço. no Facebook: /iateclubesls
Brasileiro da Classe Finn Jorge Zarif sagrou-se campeão Brasileiro da Classe Finn em fevereiro, ao vencer com folga seus 22 adversários na Represa de Guarapiranga, em São Paulo. O último dia de competição proporcionou uma disputa acirrada e técnica, já que o vento além de variar bastante de intensidade, chegou a rondar em alguns momentos. Em algumas rajadas superou a casa dos 22 nós. O campeonato foi organizado e sediado pelo Yacht Club Paulista (YCP). A prata ficou com o carioca (ICRJ) Henry Boening. O espanhol Rafael Trujillo (prata em Atenas 2004) é o técnico de Zarif e
Uruguai
Guarapiranga SP
Recife - PE
Pernambucano de Dingue
Aconteceu em fevereiro o XVII Campeonato Pernambucano das Classes Dingue, Day Sailer e Laser. A organização foi do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, e as competições aconteceram na raia de Maria Classes Farinha, Paulista/PE. Uma das novidades Dingue, do campeonato este ano foi a realização Day do 1º Ranking Pernambucano dos ClásSailer sicos. Trata-se de uma competição que e Laser ocorreu em paralelo à pontuação geral do em PE Campeonato Pernambucano de Dingue, e envolveu automaticamente todos os barcos participantes fabricados no período pré-Holos (Estaleiros Pomar, Mapau e Elbe). Com mar agitado, vento sudeste com aproximadamente 18 nós e uma disputa bastante acirrada, levaram as melhores colocações Alfredo Nunes e Fernando Carvalho (Day Sailer), Leonardo Almeida e Suzana Ferreira (Dingue), Daniel Dantas (Laser Radial) e Tiago Soares (Laser 4.7), que dominaram as duas primeiras regatas realizadas do Estadual 2016 e terminaram na liderança da competição, que terá ao todo oito regatas distribuídas em quatro etapas. A próxima etapa do Pernambucano de Dingue, Day Sailer e Laser será realizada dia 15 de maio no Iate Clube de Itamaracá. E no dia 09 de abril acontece a Copa de Aniversário do Cabanga Iate Clube de Pernambuco.
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Salvador - BA
João das Botas No final de fevereiro foi realizada a 43ª edição da Regata João das Botas na Baía de Todos os Santos, para três tipos de embarcações: Saveiro de Vela, Saveiro de Vela de Içar e Saveiro de Pena. A regata é realizada desde 1969, mas foi só em 1972 que recebeu esse nome em homenagem ao Oficial da Marinha, o Tenente João Francisco de Oliveira (Itaparica, século XIX), um militar brasileiro que lutou pela independência do Brasil na província da Bahia, combateu as embarcações portuguesas nas águas da baía de Todos os Santos no trecho entre a praia da Ponta da
Cabanga expulsa ex-Comodoro
Zarif levou o brasileiro de Finn e ainda brincou com o técnico que ficou em terceiro: “Agora ele vai sofrer”... O Almanáutica distribuiu canecas terminou em terceiro, atrás de seu pupilo que não poupou a gozação em cima do espanhol: “Isso foi muito bom. Ele sempre brincava comigo que eu nunca havia ganhado dele. Se eu dizia alguma coisa ele falava “mas você nunca ganhou de mim”. Agora ele vai sofrer...”, brincou Zarif em entrevista exclusiva ao Almanáutica (que você pode ouvir na íntegra em nosso site). A organização do YCP proporcionou ainda uma clínica de vela aos presentes, feita por Trujillo que passou aos velejadores algumas dicas que só um velejador experiente do seu nível poderia dar. Durante a premiação, o Jornal Almanáutica distribuiu canecas alusivas ao campeonato, que foram bastante disputadas...
Centro Sul-Americano de Laser Realizado no Uruguai (Yacht Club Uruguayo) no final de fevereiro, o Brasil fez bonito. Na Classe 4.7, embora o ouro tenha sido da uruguaia Dolores Moreira, do segundo ao quinto lugares só deu Brasil: Andrey Godoy em segundo, seguido do bronze para Odile Ginaid, em terceiro João Emílio Vasconcellos, oriundo do Optimist do Clube do Jangadeiros (RS), e em quinto Henrique Dias. Na Standard o Brasil dividiu o pódio com a Argentina, com J. Alsogaray (ARG) em primeiro, J. Herrlein (BRA) na vice, e J. Bisio (ARG) em terceiro. Na Classe Radial o Brasil conseguiu o segundo lugar com Alex Veeren (Lucia Falasca da Argentina ficou em primeiro) e o quarto lugar, com Alan Willy. O terceiro lugar ficou com o uruguaio Santiago Diz.
Segundo informações do jornalista Jamildo Melo, de Recife, o Cabanga Iate Clube expulsou o ex-Comodoro Cláudio Cardoso, acusado de ter promovido desvios de recursos da entidade. Cláudio teria perdido também o título de sócio-benemérito. A reunião contou com a presença de 40 conselheiros, (são 50 no total), e 27 deles votaram pela expulsão. Doze votaram pela suspensão e uma abstenção. Cláudio esteve presente e teve a oportunidade de se defender no inquérito interno realizado pela atual gestão, sob o comando do atual Comodoro Jaime Monteiro. Uma comissão designada pelo Conselho Deliberativo constatou que todas as reservas da instituição, na ordem de R$ 2,2 milhões, foram aplicadas – sem autorização do Conselho Deliberativo ou parecer da Comissão Fiscal do clube – na Correto-
Refeno, organizada pelo Cabanga ra Corval, liquidada extrajudicialmente pelo Banco Central devido a fraudes em 2014. A mesma corretora Corval teria doado, em abril do ano passado, R$ 100.000,00 para patrocínio do veleiro Paturuzu na Regata Recife-Fernando de Noronha. A equipe era composta pelo então diretor financeiro do Cabanga, Cláudio Cardoso...
Brasília - DF
Aniversário com diversos kits Em fevereiro aconteceu a Regata de Aniversário de 56 anos da Associação Atlética Banco do Brasil. A regata foi aberta às Classes aberta a todos os barcos das classes: Monotipos: Optimist, Laser, Dingue e vela adaptada; e Oceano: RGS: Regata A e B, Cruzeiro, além das tradicionais flotilhas: Ranger 22, Fast 23, Delta 26, e ainda SMP² e 30+. A ideia interessante e inédita nas regatas - talvez inspirada nas corridas de rua que tem essa prática - foi dar no ato da inscrição, uma opção de vários tipos de kit: O básico, composto por uma camiseta e churrasquinho (pós prova), o Kit premium, com camiseta boné e churrasquinho, e o Supreme, com camiseta, boné, isotônico, churrasquinho, o3 long neck e uma sacola. Fica a ideia mais que interessante para o restante do Brasil através da organização da AABB de Brasília!
Areia e a barra do rio Paraguaçu. É bom lembrar que na Bahia, a luta pela Independência veio antes da considerada oficial brasileira, e só terminou um ano depois. Após a proclamação em 7 de setembro, tropas portuguesas continuaram lutando para manter o domínio português principalmente na Bahia. Só ao custo de milhares de vidas e acirradas batalhas por terra e mar emancipou-se de Portugal. A letra do Hino do estado da Bahia registra em sua letra: “Nasce o sol a 2 de julho, brilha mais que no primeiro” que maca a data oficial da independência. Você sabia?
A regata homenageia o Tenente da Marinha que combateu os portugueses para garantir a Independência quase um ano depois do 7 de setembro... em alusão à data anterior (Foto: Fátima Navarro)
Ilhabela - SP
Brasil Centro de Optimist O Campeonato Brasil-Centro de Optimist 2016, será realizado do dia 18 a 23 de abril de 2016 em Ilhabela (SP). A competição vale como seletiva para o ranking brasileiro, A sede do campeonato será a Escola Municipal de Vela de Ilhabela (EVI), no Bairro Pequeá. Os dois primeiros dias do evento serão destinados à medição e, a partir do dia 20, ocorrem as regatas, com largada ao meio dia. Estão programadas 12 regatas.
ALMANÁUTICA
6 Itajaí - SC
O Soto 40 de Torben Grael agora é da equipe de competição de Itajaí Depois de fazer uma excelente temporada em 2015, o time de vela do Itajaí Sailing Team – equipe que representa a cidade em competições nacionais – acaba de assinar o contrato para utilizar um veleiro do velejador Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, uma de prata e duas de bronze), em suas próximas competições. O novo barco da equipe itajaiense é um Soto 40, considerado um dos mais rápidos da classe Oceano. O novo barco do time será apresentado oficialmente ao público em março. Desde o começo do ano, o time do Itajaí Saling Team está disputando o circuito nacional de Vela na categoria IRC. A IRC
Itajaí Sailing Team vai de Soto 40
é uma regra de classificação que permite que diferentes projetos de barcos de oceano possam participar da mesma regata. O “rating” de cada equipe é calculado levando-se em conta as medidas do barco, incluindo comprimento, peso, calado e área de vela. O corretor de tempo resultante, o chamado “TCC”, é o handicap do barco. Depois da regata, o tempo real decorrido para completar o percurso é multiplicado pelo seu TCC, resultando no tempo corrigido. O barco com o menor tempo corrigido é o vencedor da regata. De acordo com Alexandre dos Santos, coordenador do Itajaí Sailing Team, o desafio para 2016 é manter o bom desempenho da temporada passada e conquistar títulos. Ele acredita que a participação efetiva de Bochecha como técnico do time favorecerá o desenvolvimento da equipe.
Interior - SP
Novo encontro da Vela Caipira
A ABVC interior realizou em março a oitava edição de seu encontro. A confraternização aconteceu no Rancho do Capitão Frank e da Suzanne, no Condomínio Broa Golf Resort, em Itirapina. Na programação além do churrasco, palestra com o velejador José Spinelli que contou sobre O velejador Spinelli sua viagem de Ubatuba a do veleiro Soneca Buenos Aires em um 30 foi um dos palestrantes pés. Juca Andrade, proprietário da Escola de Vela Oceânica Cusco Baldoso – e parceiro do Almanáutica – também falou sobre a prática da vela em alto mar. A festa animada contou com brindes do Almanáutica, brechó náutico e muita confraternização.
Venha velejar ilimitado na Guarapiranga Recém inaugurado na Guarapiranga em SP, o Flash Clube é um modelo inteligente (e econômico) de velejar. Através de um serviço de qualidade, o cliente veleja obedecendo um sistema simples de reservar e usar, em seguida reservar novamente, podendo cancelar e transferir sua reserva de período como preferir. São dois períodos disponíveis, manhã ou tarde, de terça a domingo. O sistema conta com modelos Flash 165 e 195. A grande vantagem é que o cliente não se preocupa com nada: limpeza, rampagem, manutenção, marina, absolutamente tudo está incluído. É chegar e velejar. E depois ir embora ou curtir o local. Além disso, o cliente pode levar quem desejar, e até di-
vidir sua parcela com os amigos, criando uma equipe e participando de regatas na Guarapiranga, ou ainda simplesmente desfrutar de passeios a com a família, fazer um piquenique, brincar na água. Há planos avulsos (4 horas de navegação), mensais, trimestrais, semestrais e anuais. O Flash Clube fica no Sailing Center que tem estacionamento, ampla área verde arborizada, vestiário e toda infraestrutura que você precisa tudo incluído no valor (de R$350 avulso a R$490,00 mensais para anual), sem taxa de inscrição. Você pode obter mais informações pelo telefone (11) 9-8354-3254 ou pelo email do Almanáutica: falecom@almanautica.com.br
Clássicos Atrevida na raia A schooner brasileira Atrevida marcou sua presença na Semana de Clássicos de Punta del Este de 2016. O barco de 95 pés velejou com cinco associados do Clube Veleiros do Sul (RS). O Comandante Átila Böhm, o Tático André Gick, o navegador Miguel Petkovitz, o trimmer de Carangueja André Renard, e nos Circuito Solanas e Vuelta Gorrites, a presença de Cicero Hartmann como trimmer de buja. O tático Gik comentou sobre os circuitos: “Fizemos duas Fita Azuis e em outras duas regatas chegamos em 3°, devido às condições de ventos mais fracos, que não favoreciam a velejada para as 93 toneladas e as características de casco e vela do nosso Atrevida”, explicou. O Atrevida é um dos barcos clássicos mais importantes do país, Ele foi lançado em Bristol Rhode Island (EUA) em 1923 com o
Natal - RN
nome Wildfire e foi rebatizado de Atrevida depois que passou a navegar no Brasil em 1946. Integram também a tripulação: José Carlos Gonçalves de Oliveira, Matheus Amaral Nunes, Walter Michel, Marco Lagoa, Marcelo Vallan, Kasuo Miyake, Gabriel Borgstrom e Fabio Negrini. O vencedor da Semana de Clássicos foi o barco Delphis – Classe 8m, de 1930. Em segundo ficou Cippino – Classe Atlântico, um German Frers, 1949. E em terceiro Alfard, também Frers, 1942, e vencedor da 1° BsAs/Rio em 1947. Você pode conferir os resultados do circuito no site do VDS. Na foto, parte da tripulação: Comandante Átila, André Gick, André Renard e Miguel Virgílio, todos do VDS.
Paraíba a Natal: De Laser
O velejador potiguar Francisco de Assis Dantas - de 62 anos! - teve uma ideia ousada para curtir a folga do carnaval: Resolveu dar uma velejada e fazer uma travessia de Cabedelo, na Paraíba, até Natal, no Rio Grande do Norte. Até aí nada de mais. São 80 milhas de mar com ventos e correntes normalmente a favor... Se o barco não fosse um monotipo da classe laser. Assis Veleja faz pouco tempo, e como todo novato está cheio de disposição para encarar a sua opção esportiva. Com a ajuda de amigos e familiares se preparou para a viagem levando um tablet com o programa Navionics instalado com cartas náuticas, um telefone num desses sacos estanques, alguns alimentos leves e água. A primeira parte da viagem foram 21 milhas que ele fez em três horas, de Cabedelo até Baía da Traição, onde parou por estar muito cansado de ficar na mesma posição, acocorado no meio do barco para melhor equilibrá-lo, já que as ondas vinham pela alheta de boreste e o vento pela popa. Depois de pernoitar, saiu cedo na manhã seguinte para continuar a travessia, após se afastar da costa ao dar um bordo notou que na empolgação tinha montado o leme por cima do traveller, e ao retirar a cana do leme para corrigir o erro uma onda o desequilibrou e o jogou no mar. “Quando caí, achei que o barco iria virar e ficar parado, mas não sei porque ele não ficou e continuou se afastando mesmo depois de virar”, contou Assis. “Eu não conseguia alcançá-lo, pois estava com o colete e segurava a cana de leme,
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O Diário da China
então amarrei a cana no colete e me desfiz dele para tentar alcançar o barco a nado, mas não tinha jeito. O vento e as ondas o afastavam mais depressa do que eu conseguia nadar. Resolvi então nadar para a praia e buscar ajuda. Estava aproximadamente 800 metros da praia e quando tinha nadado uns 400, apareceu uma catraia a remo e me resgatou en-
O velejador Bruno Fontes está na China e fica fora do Brasil um bom tempo. De lá, vai para Abu Dhabi. Tudo isso como preparação para o Mundial de Laser que acontece em maio, no México. Durante um mês ele participa de treinamentos e competições no exterior ao lado dos atletas da equipe chinesa olímpica de vela, na cidade de Xiamen. Em sua página do Facebook (/fontesbruno) ele faz um interessante diáDiário de Bordo na China rio, com crônicas de sua estada, contando desde a alimentação esquisita, até os trei- ri fazer alguma coisa e sair do centro de nos no frio. Vale a pena acompanhar! Veja treinamento e então me levaram para um alguns trechos que separamos pra você: churrasco, que mais parecia um cozido... Dia 9: 8:30h Chegamos para treinar a parDiário de bordo Dia 8: Treino congelando!!!! Mais um dia te física e a programação do dia era correr começa e parece que o frio aqui aumentou! na rua, porém todos estavam convictos, A temperatura pela manhã fica em torno que o preparador físico iria trocar para outro treino pelo frio e chuva que caía. Só dos 6°C. Dia 7: Churrasco e sinuca! A viagem até que não! o momento tem sido de experiências bem A tarde eu dei o troco, com vento forte e intensas. Hoje é o festival chinês! Aqui é a mta onda foi a hora da vingança! Fizemos terra dos fogos de artifícios e desde cedo o treino de velocidade e regatas... Nem me barulho começou. Com a previsão de ven- viram!!!! Que dia sofrido, mas muito proto bom fomos velejar pela manhã. Suge- dutivo! O velejador e blogueiro Antônio Carpes nos mandou a incrível história de Francisco de Assis (foto ao lado), que tentou fazer uma travessia entre Paraíba e Natal. mas por um incidente não conseguiu. Por pouco...
Niterói - RJ
Vergonha mundial
O fotógrafo Fred Hoffmann flagrou mais uma vez a poluição no Rio de Janeiro, desta vez na rampa do Clube Charitas, Niterói. A vergonha mundial ainda está para quanto uns pescadores em uma jangada piorar com a realização dos Jogos Olímpiiam em direção ao veleiro para tentar recu- cos logo mais. Que dizer? perá-lo. Infelizmente ao retirarem o mastro, deixaram a base cair no mar e se perder, impossibilitando assim a continuidade da viagem. Não restou mais nada a não ser agradecer a ajuda e retornar para Natal para recuperar o barco e continuar a travessia numa próxima oportunidade”, disse, já com aquele brilho de quem não se deu por vencido nos olhos. Ele contou ainda que tem projetos bem mais ousados: Ir de Salvador a Natal e O fotógrafo Fred fazer toda a costa leste do Brasil, do RS ao Hoffmann RN, tudo de laser. Como ele é um sujeito flagrou o lixão bastante disposto e que esta se preparanna rampa do do física e mentalmente para isso, vamos Clube Charitas aguardar, pois parece que esse menino de no Rio de Janeiro 62 anos vai dar o que falar...
ALMANÁUTICA
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técnica &
área. A combinação de águas rasas com escarpas submersas muito afiadas que facilitam a formação das ondas gigantes, a inconstância do tempo, com ventos fortes e o famoso “Fog” inglês, ajudam o local a reforçar sua fama de costa infame. Em dias
Meteorologia Oceanografia
Por: Luciano Guerra
O pior mar do mundo No artigo deste mês um dos locais do mundo que mais devastou vidas no meio náutico, e os motivos que fazem com que foi a tempestade Imogen, que no início de de sol, durante o verão, é muito comum a os Comandantes que cruzam aquelas fevereiro deste ano de 2016 atingiu a costa visibilidade passar de 10 milhas para apeáguas sejam mais do que Comandantes... da Bretanha trazendo ondas de mais de 20 nas 5 metros em pouquíssimo tempo, jun-
Esqueça o Cabo Horn com seus ventos uivantes e suas ondas colossais; guarde no bolso suas histórias a respeito das “Freak Waves” que surgem de surpresa no Cabo Agulhas; e nem traga a tona a tempestade do Cabo Lewis que seifou vidas na regata Sydney Hobart. Estou falando de um lugar no Atlântico. O chamado “Mar do Norte. Me debrucei sobre as previsões de diversos lugares do mundo onde são produzidos os melhores marinheiros, e cruzando informações de vento, onda e tempo, me deparei com uma curiosidade no litoral da Bretanha, especificamente no Cabo Cornwall ou Cabo da Cornoália. Verifiquei que um vento de 90 nós soprando durante o mesmo tempo no Cabo Horn, Cabo Lewis ou Cabo das Agulhas, não levanta ondas do tamanho das que surgem nesta parte da costa a qual me refiro. Um bom exemplo
metros de altura. Para tornar este número mais palpável comparemos com as ondas que quebram no Havaí durante o inverno do hemisfério norte. Lá elas chegam a incríveis 12, 15 ou até 30 pés. Tamanhos desprezíveis quando comparados aos 66 pés das ondas que assolaram aquele lindo lugar da costa do Reino Unido. O mais incrível é que a Cornoália é um dos lugares preferidos pelos navegadores ingleses por conta de sua beleza, mas alguns fatos, números e características deste pedaço de mar/terra fazem com que qualquer navegador de águas tropicais dê máquinas a ré e se mantenha distante dessas águas. Um estudo recente a respeito da história marítima da Cornoália revelou que milhares de vidas foram perdidas com o naufrágio de centenas de embarcações na mesma
navio Jeune Hortense foi literalmente jogada na praia por vento e mar muito fortes; Veleiro Cargueiro Hansy (1911): Todos os tripulantes se salvaram, alguns através dos botes salva vidas e outros escalando as pedras; Tall Ship Andola (1895): Naufragou no grupo de pedras Manacles quando atingiu uma parte chamada apropriadamente de “Shark’s Fin”; Tall Ship Cromdale (1913): Voltava de uma travessia longa (Chile-UK) e atingiu um grupamento de pedras conhecido como “Graveyard of Ships” ou Cemitério de Navios; Tall Ship Socoa (1915): Levaria um carregamento de cimento para a cidade de São Francisco na Califórnia quando foi arrastado por uma tempestade; Relembro que recentemente um grupo de velejadores brasileiros partiu para navegação em águas internacionais. Foram para a Croácia curtir o que aquele país tem de melhor, o mar cristalino e as condições propícias para uma navegação segura com a família. É muito importante para nós que gostamos de navegar em lugares tropicais ou em raias mais radicais, que saibamos analisar as características locais e não somente os seus aspectos gerais. Fica aqui a dica. Olhem sempre o micro clima da região por onde se deseja velejar para que não paguemos preços muito caros por atitudes negligentes. Bons Ventos!
tamente com uma grande variação de maré e ventos fortes. Completamente diferente da costa brasileira, que raramente tem visibilidade reduzida associada a ventos fortes. Outro fator que contribui para a produção de correntes, marés e ondas em clima caótico é a geografia local. Quase não há lugares para se refugiar e, com um litoral formado por penhascos e falesias. Se o navegador for pego desprevenido, não conseguirá avistar luzes das cidades. A seguir alguns naufrágios causados por eventos meteorológicos e oceanográficos que nos mostram o poder desta costa. Veleiro cargueiro Malta (1889): Atingiu a lage Botallack Head quando um nevoeiro forte atingiu a área. Nenhuma vida foi perdida; Luciano Guerra, é especialista em meteorologia Escuna de resgate a vela Pezance pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteoro(1888): Quando retornava do resgate do lógicos no Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS.
Holding Tanks e Degradadores
Se você navega, certamente já se viu num feriado, numa enseada paradisíaca, e cercado de 20, 30, 40 ou mais embarcações. Mas será que já parou para fazer uma conta simples? Se cada embarcação tem uma média de três pessoas que fazem pelo menos um cocô e um xixi por dia, quanta poluição você estará sujeito se for dar aquela braçada matinal, ou se cair do seu Stand Up? Eca... Infelizmente só pensamos em poluição quando uma grande catástrofe acontece, esquecendo-nos que no dia-a-dia também somos responsáveis pela degradação do meio ambiente. Ou você acha coerente dizer que a vela é um meio “limpo” porque é movido pelo vento, e sair despejando seus dejetos pela costa? No Brasil a legislação ambiental é tão farta quanto ineficaz. O interessado em pesquisar sobre a poluição de nossas águas terá vasta leitura para perder-se, começando pela Constituição Federal que define o domínio das águas doces e marítimas no Brasil, passando pelo Código de Águas, Decreto Federal n. 24.643, 1934 que dispõe sobre sua classificação e utilização, continuando pela Resolução CONAMA n. 20, de 18/6/86 que por sua vez é regulamentada pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que é regulamentada pelo Decreto nº 88.351, de 01 de junho de 1983, entre muitas outras... A Lei 9.966 de abril de 2000 bateu na trave. Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional. Infelizmente foi feita para legislar sobre navios, excluindo as embarcações de recreio. Em seu artigo 2º, o inciso dez define que “substância nociva
ou perigosa é qualquer substância que, se descarregada nas águas, é capaz de gerar riscos ou causar danos à saúde humana, ao ecossistema aquático ou prejudicar o uso da água e de seu entorno”. Mas logo em seguida define que “descarga é qualquer despejo, escape, derrame, vazamento, esvaziamento, lançamento para fora ou bombeamento de substâncias nocivas ou perigosas, em qualquer quantidade, a partir de um navio, porto organizado, instalação portuária, duto, plataforma ou suas instalações de apoio”, deixando as embarcações de recreio de fora. Nos Estados Unidos, a regulamentação existe desde 1948, mas foi efetivamente reorganizada e implementada em 1972 através da “Clean Water Act”, que determina claramente (entre outras coisas) a proibição da eliminação de dejetos a menos de 3 milhas da costa por embarcações de recreio, inclusive de charter e estrangeiras. A legislação também prevê a proibição da descarga em lagos fechados ou rios de pequeno porte. Por aqui temos que contar
com o bom senso na utilização e instalação dos chamados Holding Tanks (tanques de retenção) ou biodegradadores. O tanque de retenção é um recipiente para armazenar esgoto, usado em veículos equipados com WC, caminhões (uso nos EUA), trens, barcos, aviões e até mesmo em naves espaciais. Os dejetos ficam armazenados para descarga em marinas ou locais que possuam destinação final para tratamento (segure os risos se pensar no Brasil), ou para descarga em alto mar onde – teoricamente – não fará tanto estrago. Já no caso dos biodegradadores, o sistema de tratamento através de bactérias aeróbias em um tanque específico, limpa em mais de 90% essa descarga. Uma fábrica brasileira produz o “Biodegradator”, um digestor de alta eficiência que recebe a água, urina e fezes. Dentro do biodigestor, duas câmaras O Biodegradador pode ser usado por pequenas embarcações e sua instalação é simples
A imagem mostra o esquema de instalação de um holding tank a partir de uma privada com uma válvula direcionadora
internas separam sólidos e líquidos. Os primeiros são fragmentados e formam uma massa orgânica com a segunda. Bactérias especializadas degradam essa massa. A água resultante, a cada nova descarga segue para um tanque de degradação/contenção aeróbica cuja função é armazenar o efluente já tratado e agregar oxigênio, além de armazenar de 10 a 40 descargas, dependendo do modelo. Opcionalmente pode-se adicionar de agente oxidante/esterilizante como peróxido de hidrogênio ou cloro quando da descarga do efluente garantindo a total inexistência de qualquer contaminação , por menor que seja. O menor modelo da fábrica mede comprimento 42cm largura 25cm altura = 24cm e pode ser adaptado em veleiros pequenos. No site do Almanáutica, na área de downloads você pode baixar uma imagem que ilustra a instalação desse sistema em um barco.
cruzeiro
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excelente durante a navegação. corrente e mais segurança. Os ventos predominantes são de Sul a Dormimos em lugares espeLeste chegando às vezes a Nordeste, No taculares, muitas vezes no verão é quente e tem muitos temporais rá- meio do nada, onde apreciamos sunrises e pidos. Não tem mar, apenas marolas, e sunsets maravilhosos. marés e correntes, que mudam constan- No terceiro dia da travessia entrando na temente tanto de intensidade como de di- Carolina do Norte pegamos dois dias de a Miami com 56’). Todas as demais pontes reção conforme a proximidade de alguma uma frente fria forte, com ventos NNW são de abrir (drawbridge). Muitas abrem por barra com o Atlântico. gelados de 16-23 nós dia e noite, com solicitação ao operador pelo VHF (canal 9 É bom sempre programar a singradura a temperatura de 8° C. Menos mal que veou 13 dependendo do Luiz Fernando Beltrão velejou por caser feita pois em alguns lejamos 85% do tempo. Foi quando atraestado), outras tantas nais, rios e lagos nos EUA com seu cat trechos há poucas op- vessamos os sounds Albermale e Pamlico só abrem em horáTinguá e conta essa experiência... ções de ancoragens, fora que estavam bem mexidos. rios determinados, as marinas. Outra consi- Dá para velejar na ICW, sim. Depende do Depois de ter feito o trajeto St. Augustine em geral de meia em deração são as correntes vento e da região. E da disposição de tri(Fl) a Annapolis (MD) pelo Oceano Atlân- meia hora. Há umas mar as velas a tico, retornei no inicio de Outubro a Anna- poucas ainda que não abrem nos períodos de maré que, dependendo cada curva, nos polis para fazer o caminho de volta, des- de pico do transito. do local, podem exigir o uso trechos sinuota vez pelas vias navegáveis internas, a A ICW permite a navegação de qualquer de ancoras na proa e popa. sos. Atlantic IntraCoastal Waterway, conhecida tipo de embarcação que atenda aquelas O fundo em geral é de boa A cada 4-5 pela sigla ICW. Sai da Liberty Marina, nas restrições. No entanto, veleiros e trawlers tensa. dias paramos proximidades de Annapolis, com o parceiro médios, com calado até 6’ não terão ne- Para “encurtar” a waterway em marina em Comandante Jorge Luiz Silveira, também nhum problema, além de observar a maré existem vários cuts, que locais que eleem alguns poucos pequenos trechos. do ICSC – Veleiros da Ilha. são canais artificiais, para gemos conhecer Finalizamos nossa jornada após 28 dias Ela é bem sinalizada e cartografada, inclu- passar de um rio ao outro. melhor e para em Pompano Beach, Sul da Florida, após sive em alguns pontos críticos como bar- Uma hora se esta descendo abastecermos 1.037 milhas náuticas. As primeiras 138 mn ras, com balizamento móvel periodicamen- um rio passa-se pelo cut e de bens perecípassa-se a subir no outro. veis, água, dieAssim o rumo vai mudando sel, lavar roupa. de Leste até Oeste, enquanAs pontes de to nosso objetivo é o Sul. abrir (drawbridNos cuts é onde, além da ges) são uma proximidade de barras, estão característios baixios (shoalings), princa diferente da cipalmete nas suas entradas ICW. É até legal e saídas e na maré baixa, quando se tem que varia de 2m para mais (chegamos a pegar 2,62 m). Isto também uma ou outra por dia. Mas é importante ter provoca muita troca de sentido da corrente. a informação dos horários de abertura para É uma região muito bonita sempre com os se programar. Já no Sul da Florida elas marsh (terras inundáveis, portanto úmidas, viram uma verdadeira aporrinhação. No úlespécie de pântano) cobertos pelo capim timo dia da travessia foram 16 drawbridges, Sweetgrass na beira da água e as constru- a maioria abrindo de meia em meia hora. ções mais ao fundo na terra firme. Na Flo- Foi um verdadeiro rallye náutico. foram pela maior e mais famosa baía ame- te atualizado. Constantemente mantida, rida o meio ambiente muda. Não há mais o Nesta época muitos veleiros descem para ricana, a Chesapeake Bay, até Norfolk (VA) mesmo que nos últimos anos a entidade zig-zag entre rios que aqui correm parale- a Florida e Bahamas fugindo do frio. Assim onde fica o marco zero da Atlantic Intraco- responsável não tenha tido toda a verba los a costa oceânica. As margens da ICW diariamente tínhamos os companheiros de astal Waterway. Annapolis, considerada a necessária. Quando se ruma ao Sul o ba- são bem mais urbanizadas com um tráfego jornada. Em uma ponte de abrir com hoCapital da Vela americana, e a Chesapeake lizamento é como entrar no porto (verde- maior. As “chatas” de carga encontradas rário na Carolina do Norte chegou a juntar Bay são um capítulo a parte. Fizemos esta -vermelho) e no rumo Norte é como sair do mais ao Norte desaparecem. Quando há 8 veleiros. Mas em geral eles mudavam a etapa em 2 dias, o primeiro uma navegada porto (verde-verde). pântanos, eles são parecidos com os nos- cada dia. Ao contrário de nós eles paravam tranquila com vento fraco a moderado, no Recomendo usar um guia que te dê todas sos mangues. pela metade da tarde. segundo uma navegada desagradável em as dicas de navegação, ancoragens, mari- Em geral navegávamos desde cedo, assim Há quem desdenhe dizendo que é uma dia nublado com vento forte contra e mar nas, pontos de interesse, dados das pon- que tinha claridade, até a proximidade do motorada só. Não é verdade. É uma namexido. Pernoitamos ancorados na Hospital tes, etc. Eu utilizei o CruiseGuide for In- Por do Sol, fazendo entre 50 e 70 mn. vegação diferente com muitas alternativas Point, o marco zero, de onde saímos cedo tracoastal Waterway (tem versões impressa A maioria de nossos pernoites foram anco- e variáveis, que exige atenção e planejano terceiro dia para a segunda etapa até e digital), de Mark e Diana Doyle, muito rados. Sempre procurávamos um local fora mento, e possibilita uma rica experiência. Beaufort, na Carolina do Norte. completo, com uma seção mile-by-mile, do caminho principal para termos menos A ICW é uma via navegável interna ao longo da costa Atlântica e do Golfo do México nos Estados Unidos, composta por rios internos de água salgada, lagoons e sounds, canais artificiais, inlets (barras) e até ecluRESPEITA O MEIO AMBIENTE E VOCÊ! sas. Difícil explicar o conceito de sound. Para eles não é uma baía nem um lago ou lagoa. Fazendo um paralelo com o Brasil, a Baía da Babitonga, a de Paranaguá seriam aqui chamadas de sound. Oficialmente ela abrange cerca de 4.000 R$ 6,49 R$ 11, 59 R$7,15 R$11, 49 statute miles (stm) entre Cape Ann, ao DESENGORDURANTE Norte de Boston, em Massachusetts, e LAVA LOUÇAS LIMPA BANHEIRO MULTIUSO Brownsville, no Texas, junto a fronteira do OZINHA 500 ML C 300ML 500ML 500ML México. Há duas restrições ao se navegar na ICW: o calado e a altura da superfície da água até o ponto mais alto da embarcação (o BUCHA NAÚTICA CABO DE CROCK clearance). O canal navegável é para ter no SEM ABRASIVO 1,5M mínimo 12’ (pés ou 3,66 m) de profundidade R$ 6, 88 R$ 69, 90 no seu centro, mas eu encontrei em várias ocasiões profundidades menores. O problema da altura é com relação as pontes. As WWW.ARMAZEMNAVAL.COM.BR pontes fixas tem por padrão 65’ (19,81 m), mas há duas exceções (uma com 64’ na (48) Carolina do Norte e a Turtle Bridge, próxima
Velejando a IntraCoastal Waterway
“
Recomendo usar um guia...”
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ALMANÁUTICA
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MERGULHO 6º Encontro de Mergulhadores da Marinha do Brasil
Aconteceu em janeiro, Centro de Convívio da BACS (Base Almirante Castro e Silva) Ilha de Mocanguê – RJ, o encontro anual que tem se tornado um marco de entretenimento e troca lembranças entre os mergulhadores de nossa Marinha, para a grande comemoração do Dia do Mergulhador (18 de Dezembro). Neste dia é sempre alegria, e mesmo com lembranças de fainas penosas, estes homens de brio especial sempre se safaram da melhor maneira cumprindo as tarefas. Evento aberto aos militares ativos e inativos, e alguns convidados. Especial agradecimento pela organização ao Suboficial Jone Vieira Tilli, que com o apoio de seus Comandantes, fizeram de tudo para abrilhantar o encontro. E este ano especial lembrança, fazendo jus ao trabalho de uma carreira de sucesso, ao nosso Homem de Honra, Suboficial Luiz Oliveira. Luiz fez o concurso para a EAMBA (Escola de Aprendizes Marinheiros da Bahia), que ficava localizada em Salvador. A escola ficava em frente onde hoje funciona o eleva-
dor Lacerda, próximo ao mercado modelo. A escola há algum tempo deixou de existir para dar lugar ao Comando do 2º Distrito Naval. Após o curso de marinheiro ele então foi mandado para Natal, Rio Grande do Norte, onde cursou Eletricidade. Lá ele também embarcou no Navio Bertioga, seu primeiro Navio. Em 1954 a Marinha do Brasil publicou em Boletim de ordens e notícias (Bono) a chamada para os voluntários a realizarem o curso de mergulho e salvamento, que seria realizado nos Estados Unidos da América. Na época havia cerca 40 candidatos no processo seletivo. Dos 40, iriam para os EUA apenas 2 e ele foi um dos selecionados. Foi para Beyonne – Nova Jersey, onde a Escola de Mergulho e Salvamento da US Navy funcionava desde 1947 e teve um colega de turma famoso, se tornaram amigos e por várias vezes nos exercícios de mergulho formaram dupla, Carl Brashear. Carl Brashear foi o primeiro mergulhador negro formado como mergulhador escafandrista na Marinha Americana em 1954. Este fato e sua história foram protagonizados no cinema com o filme “Homens de Honra” dirigido por George Tillman Jr., estrelado por Cuba Gooding Jr., Robert DeNiro e Sharlize Theron. Momento ímpar desse amigo mergulhador Luiz assim como tantos outros presentes. Até o ano que vem! Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 da Marinha do Brasil e Instrutor NAUI / PADI
Caça Palavras
CURTAS
f A vela brasileira está de luto com a morte precoce do atuante velejador Pedro Basílio, de Minas Gerais. Nossos sentimentos. f Também nos deixou em fevereiro o Jorge Guilherme Bertschinger, ex-Comodoro do Veleiros do Sul entre os anos 1950 e 1959. Conselheiro vitalício do Clube, trabalhou de forma incansável pelo clube.
f A Regata de Abertura da temporada
Túnel do Tempo
A regata Buenos Aires Rio em 1950 foi uma das regatas marcantes para quem viveu essa época e mesmo para os amantes da vela e da história dessa regata. A primeira edição havia sido realizada em 1947 através do grande incentivo e trabalho de Pimentel Duarte, o grande responsável pelo desenvolvimento da vela no Brasil. Em 1950, seu veleiro “Vendaval” (foto) estava pronto para participar, mas ele descobriu que era portador de leucemia e buscou tratamento nos Estados
Anuário Brasileiro de Vela
Encontre 10 tipos de embarcação. Vale em todos os sentidos incluisive na diagonal. Boa sorte! Traineira - Escuna - Veleiro - Lancha - Jet - Navio - Jangada - Bote Catraia - Catamarã Unidos, deixando ao cargo de seus filhos a participação. O Vendaval cruzou a linha de chegada às 00: 21 min sagrando-se Fita Azul da 2ª edição da Buenos Aires – Rio. Em seguida cruzaram os argentinos Fjord III, (50 minutos depois), e em terceiro o Joanne (13h). A notícia do Jornal Correio da Manhã de janeiro daquele ano, fala sobre a participação da Marinha do Brasil que além da participação com dois veleiros, ainda enviou um contratorpedeiro para escoltar as embarcações que levariam os aspirantes da Escola Naval para participar da regata.
MB
Marinha do Brasil
Novo Applet
O novo App da Marinha traz muita informação para seu celular
A Marinha do Brasil através do Instituto Rumo ao Mar (associação de direito privado sem fins lucrativos) lançou um novo aplicativo, o Bolertim ao Mar. Com ele você recebe diariamente informativos metereológicos sobre as condições do mar e informações náuticas sobre as condições de navegação como Avisos de Mau Tempo, Meteogramas, Cartas Sinóticas e o Meteomarinha (boletins diários sobre condições meteorológicas. Além disso, acessa a Rádio Náutico com informações de relevância para segurança da navegação que apresentam modificações nas publicações náuticas brasileiras,e o Aviso aos Navegantes, com as alterações nas publicações náuticas. Você pode baixar gratuitamente no Goolgle Play ou na Apple Store
O veleiro Vendaval foi o Fita Azul daquele ano. Nessa foto rara, aparece ancorado em Angra com o velejador Argentino Vito Dumas (ao centro) a bordo O Jornal Correio da Manhã de 3 de janeiro de 1950 noticiou a preparação para a largada da Buenos Aires - Rio
Grêmio de vela EFOMM
Preparo: Corte uma cabeça de alho em fatias e faça uma pasta com o restante. Corte a cebola e a pimenta de cheiro em rodelas. Tempere os filés de peixe com e o suco das Papo de Cozinha tangerinas, a pasta de alho, a manteiga, a pimenta e deixe descansar por 10 minutos. Acenda o forno, corte o papel alumínio em retângulos do tamanho adequado para os filés de cação. Monte sobre cada um os filés, as rodelas de alho, cebola e pimenta e regue com um pouco de azeite. Feche o papel alumínio como se fosse um envelope dobrando as pontas, e leve ao forno (180 graus - médio) por aproximadamente 15/20 minutos. No Nordeste a ocorrência de cações é bem Sirva no próprio envelope. Decore com salsinha. Escolhi essa receita para inaugurar a significativa, o que não é um problema, já cozinha do meu novo veleiro, o Alphorria. Bons ventos e bom apetite a todos! que na maioria dos casos o meio ambiente está em equilíbrio. Aqui na Paraíba encontra-se com facilidade essa carne que, além de ser macia, não tem espinhas e torna o seu consumo agradável.
Cação no papelote
Ingredientes: 500 g de filé de cação 2 cabeças de alho 1 cebola roxa 2 tangerinas Manteiga Papel alumínio Sal Pimenta de cheiro Azeite Salsa bem picada para decorar
Maurício Rosa é velejador, amante de gastronomia e autor do livro “Gastronomia em veleiros”
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A comunidade da vela vai ganhar uma publicação de peso. Nosso colunista Murillo Novaes e Diego Souza Mello que foram, junto ao falecido Tonico Souza Mello, responsáveis pela revista Velejar estão lançando o Anuário Brasileiro da Vela. Em edição de luxo, com 256 páginas, para colecionadores e aficionados, com farto material fotográfico e as súmulas das principais regatas de norte a sul do Brasil, o anuário traz ainda um especial sobre o Rio2016 e sobre Dois novos os fólios, as novas bolinas lançamentos que estão fazendo os vepara rechear leiros voarem, além de um com qualidade diretório com prestadores sua de serviços e empresas de biblioteca interesse dos velejadores. Os primeiros com“A ideia é preencher uma Contato direto com Guilherme náutica: pradores ganham Um relato e pelo e-mail: também o DVD da lacuna no mercado editoo outro, mais guilherme@telequipe.com.br viagem de Guirial. Com o fim da Velejar reflexivo... lherme. nossa comunidade ficou sem nenhuma revista ou O segundo livro é escrito por Elio Somaschini (acima), chamado “O que sobra de uma viagem: histórias de boa publicação especialium velejador em solitário” conta as histórias desse velejador que tem profundo conhecimento em navegação zada, fora, claro, o nosastronômica, e navega sem GPS mesmo hoje em dia, vejam só... Tomando um rumo diferente da maioria dos livros escritos por navegadores que velejaram pelo mundo, o livro, editado pela Grafar, revela a beleza so querido Almanáutica que miFeras do jornalismo e profundidade das relações humanas e histórias vividas por ele ao longo de mais de sete anos velejando lita nesta mesma trincheira. Com se unem para um pelo planeta. Para adquiri-lo também é direto com o autor: crapun@gmail.com minha experiência no mercado de lançamento de peso luxo, como editor da revista Iate Para quem gosta de leituras náuticas, dois livros acabam de ser lançados. O primeiro pelo velejador José Guilherme Borja Martins (abaixo, de boné) chamado “Minhas Primeiras Mil Milhas Náuticas“. O livro tem 128 páginas e é fotográfico. São textos curtos e de agradável leitura contando de maneira leve e despretensiosa a viagem de Salvador a Noronha.
f Em setembro será realizado o Campeonato Brasileiro de Lightning na Baia de Guaratuba, Paraná, sediado pelo Iate Clube de Guaratuba.
2016 da Guarapiranga, organizada pelo Clube SPYC foi um sucesso. A enorme quantidade de veleiros participantes deixou a represa ainda mais bonita. O vento... bem, digamos que foi uma regata “técnica”. A bonita festa de premiação aconteceu na sede do Clube.
Novos lançamentos editoriais
Em fevereiro rolou a seletiva para compor a Equipe de Vela do Grêmio de Vela e Remo da EFOMM (Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante). Nesse período, os alunos do primeiro ano candidatos a integrar a equipe de vela tem as instruções básicas do esporte e são avaliados para definir quem fica com as vagas disponíveis. Com um impressionante contingente de cerca de cinquenta alunos, o primeiro dia consistiu numa aula de desviragem do veleiro Laser na pisci-
A seletiva define vagas para equipe de vela da EFOMM na do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA). Essa prática básica é essencial para a segurança dos velejadores de barcos pequenos e, além disso, serve como prévia para a técnica de desvirar balsas salva-vidas de navios. Foi um dia muito divertido e instrutivo para Feras e instrutores, mostrando que a seletiva esteve muito animada!
Life, fiquei com vontade de fazer algo que orgulhasse nossos velejadores e fizesse jus à importância do nosso esporte pro país. Daí procurei o Diego e retomamos a velha ideia do anuário. Eu diria que é um resumão dos resumões em formato super premium”, conta Murillo. Para viabilizar o projeto os editores contam com o engajamento de todos os velejadores e simpatizantes já que, mesmo com o patrocínio da Mitsubishi do Brasil, é preciso comercializar um mínimo de 2500 exemplares. “Não é um crowdfunding porque estamos lançando para venda no site e vamos fazer de qualquer jeito, mas é um apelo forte que faço a todos os velejadores para que minha mulher não me abandone e meu gerente do banco não mande me prender”, fala com humor o “manza” Murillo Novaes. O Anuário Brasileiro de Vela custa R$72 e pode ser adquirido no site www.anuariobrasileirodevela.com.br
ABVC
INFORMATIVO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO
Palavra de
Cruzeiro Costa Sul
PRESIDENTE
Prezado Associado da ABVC, Visando a conveniência, o associado pode agora renovar a anuidade diretamente pela Internet. Para isso, basta realizar o login no site da ABVC e acessar o link “Cadastro”. Além de rever seu cadastro, pode também incluir uma foto para ser impresso na nova carteirinha da ABVC. Nesta mesma página, existe a opção para realizar o pagamento da anuidade por cartão de crédito ou por boleto bancário. A atualização do cadastro, principalmente informações de contato, possibilita uma melhor comunicação com o associado. A inscrição nos eventos da ABVC pode, agora, também ser pago com cartão de crédito. A ABVC lançou em 2016 uma nova categoria: associado “água doce”. Ela é voltada aos velejadores que não possuem veleiros em áreas de acesso ao mar e sejam vinculados às Vice-presidências de São Paulo e Interior Sudeste. Esta iniciativa visa fortalecer a realização de ações em áreas de água doce, como os Encontros do Interior e os passeios náuticos em rios e represas. Em comemoração ao lançamento da categoria de associado água doce, em março a ABVC planeja realizar um passeio náutico na Represa de Guarapiranga em São Paulo. Em fevereiro, depois de 3 anos, foi realizado o tradicional Cruzeiro Costa Sul, que percorreu a costa do Brasil de Paraty a Florianópolis (veja matéria ao lado). Em 2017 será a vez do Cruzeiro Costa Leste e do próximo cruzeiro internacional organizado pela ABVC. Fique atento ao calendário de eventos no site da ABVC. Lá estão informadas as palestras, oficinas, passeios e cruzeiros promovidos pela ABVC e outros eventos relacionados. Participe! Bons ventos,
Volnys Bernal
Presidente da ABVC
Carteirinhas Visando agilizar o processo de fabricação e liberação das carteirinhas para os associados, a ABVC adquiriu uma máquina que fabrica as carteirinhas. Com um software próprio e impressão de qualidade diretamente no cartão plástico, isso possibilitará inclusive a inserção da foto do associado, se assim for decidido pela atual diretoria. Dessa maneira a médio prazo, a associação também economizará os valores desse serviço que antes eram terceirizados e geravam atrasos. Antes, era impossível a confecção de apenas uma ou duas carteirinhas. Isso penalizava o novo associado que precisava esperar por um “lote” mínimo para confecção. Agora a confecção e envio é “on demand”, ou seja, cada vez que um novo associado entra, a carteirinha pode ser confeccionada e enviada com rapidez.
Doze veleiros participaram de mais uma edição do Cruzeiro Costa Sul este ano. A flotilha foi formada pelos veleiros Almanaque 36 pés, Blu II (34), Horizontes (32), Fratelli (36), Despacito (36), Enza (34), Adhara (30), My Way (41), Caroll (39), Mangareva (41), Fisker (38), Queen Maud (47). O roteiro passa por locais como o Lagamar, nome dado à faixa costeira de 200 quilômetros entre os municípios de Iguape (SP) e Antonina (PR). O Lagamar foi declarado em 1991 pela UNESCO a primeira Reserva da Biosfera Brasileira. A região possui dezenas de ilhas, dentre elas Ilha Comprida, Ilha de Cananéia, Ilha do Cardoso, Ilha do Superaguí, Ilha das Peças e Ilha do Mel, formando um grande arquipélago. Entre estas ilhas e o continente são formados canais e baias que possibilitam a navegação em águas interiores. Também passaram pelo Varadouro, um canal artificial, construído pelo homem e inaugurado em 1952 para permitir navegação entre a região de Cananéia e o complexo da Baía dos Pinheiros, Baía das Laranjeiras e Baía de Paranaguá. Outro local visitado foi São Francisco do Sul, onde se encontra o Museu Nacional do Mar, que ocupa os galpões da extinta Cia Hoepcke de navegação. Lá atracavam os navios para o transporte de erva-mate, sal e outros produtos. Em seu acervo, o museu reúne uma grande diversidade de embarcações de várias regiões do país, organizado em 18 salas divididas por temas. Entre as peças disponíveis à visitação do público, estão mais de 91 barcos em tamanho natural e cerca de 150 peças de modelismo e artesanato naval. O Forte Marechal Luz, inaugurado em 21 de dezembro de 1915 para defender de invasores estrangeiros também é ponto alto na cidade. Em Itajaí a flotilha ficará atracada na moderna Marina Itajaí, recém inaugurada no final de 2015. A marina é apoiadora do evento e está localizada na Baia Afonso Wippel, uma região privilegiada próxima ao Centro da cidade e anexa à Avenida Beira-Rio, a via Gastronômica de Itajaí. A visitação dos veleiros é aberta ao público. Os veleiros passaram por Cananeia e depois na nova Marina Itajaí
Livro e palestra em SP Realizada nas dependências do Centro Cultural da Marinha em São Paulo no início de março, a palestra de lançamento do livro de Somaschini foi um sucesso. Elio Somaschini,
nasceu em 1949 em Seregno, norte da Itália. Veio ao Brasil com 11 anos de idade, teve sua formação acadêmica em física na Unicamp. Dedicou boa parte da sua vida ao ensino em várias universidades e cursinhos, tendo inclusive realizado trabalhos na Universidade de Roma (Itália). Entre 2006 e 2013 viajou sozinho ao redor do mundo a bordo do veleiro Crapun, um Beneteau First 40.7. Para orientar a sua navegação, não usa sextante nem instrumentos eletrônicos, apenas as estrelas e um “relógio” desenvolvido por ele. Além de velejador, é mergulhador e voa de parapente. Seu livro “O que sobra de uma viagem: histórias de um velejador em solitário”, permite ao leitor viajar para lugares distantes e sentir as suas emoções. Algumas páginas são dedicadas aos conhecimentos que servem de base para entender melhor como as sociedades do mar Mediterrâneo. “Velejar é transformar a física em poesia”, contou Elio na palestra. “Navegar é amar a natureza em sua essência”, também disse ele. Se quiser contatar Elio basta enviar um email para ele no endereço: crapun@gmail.com
Angra dos Reis
em couro, tais como protetores de cruzeta, brandais, cobertura de timão, etc.). Os participantes receberam um kit de ferramentas e material para utilização durante o curso. O curso foi pensado para permitir aos que moram em São Paulo e Rio possam se deslocar sem problemas para Angra. Que venham outros!
ABVC Angra sob a batuta do Vice Presidente Maurício Rosa, realizou em março nas dependências da Marina Piratas, a Oficina “Marinharia Avançada”, com o renomado velejador, gestor náutico e amante da marinharia nas (poucas) horas vagas Ricardo Ermel. A programação passou por temas como cabos e suas características (material, utilização, cargas, etc), costura e emendas em cabos torcidos de 3 pernas (de topo, alças, acabamentos, corrente e falcaças) e ferramentas para costuras; e Tecidos: tipos de tecido a bordo e tipos de Marinharia com o gestor Ricardo Ermel costuras, ferramentas, aplicações a bordo
Convênios Iate Clubes Aratu Iate Clube, Cabanga Iate Clube, Iate Clube Guaíba, Iate Clube de Rio das Ostras, Iate Clube do Espírito Santo, Marina Porto Bracuhy, Iate Clube Brasileiro, Jurujuba Iate Clube Descontos Brancante Seguros, Botes Remar, CSL Marinharia, Geladeiras Elber: Valor promocional; Azimuth: Desconto nos cursos; JetSail: (prestadora de serviços do ICS): Desconto em vistoria/survei, serviços e manutenções, estadias em seco e molhado e valores diferenciados para a lingada das embarcações.
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