ALMANÁUTICA
PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!
Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano V – nº 28 – janeiro/fevereiro 2017
www.almanautica.com.br ISSN: 23577800 28
Leia nesta edição:
Renata Decnop desiste da vela após perder patrocínios Nossos colunistas: artigos técnicos e informação ! E mais Novas colunas: Publique seu livro com a Vela e Batom: Mulheres no Leme EDITORA ALMANÁUTICA Cervejeiros que navegam Saiba como você pode ganhar dinheiro publicando!
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ALMANÁUTICA
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EDITORIAL Cegueira Moral
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o fechamento dessa edição fomos surpreendidos com o desligamento da atleta Renata Decnop de sua atividade como
velejadora. Mais do que isso, com o fim de uma de nossas representantes na vela de ponta. Já tivemos a oportunidade aqui de falar sobre o sacrifício que uma atleta faz para treinar em alto rendimento, sacrificando seu dia-a-dia, sua família, tendo que comer com hora marcada e treinar quando o próprio Deus devesse estar em baixo das cobertas comendo pipoca e vendo um filminho. Não sair, não faltar, não beber, horário e compromisso pra tudo. Todo dia. Com TODOS os seus apoios e patrocínios cortados após não ir às Olimpíadas, Decnop desistiu. Isso revela mais do que a destruição do sonho pessoal de Renata: revela a crueldade com que o Brasil (leia-se aqui governo de todas as esferas e empresários) trata sua juventude, seus atletas e seu futuro. Revela a mediocridade da visão imediatista de quem não investe: traveste oportunisticamente uma injeção de dinheiro mixo para um retorno imediato. Pensasse em longo prazo, nossa realidade seria outra. Pensasse em médio prazo, outra. Mas a ganância que tudo compra, que a todos usa, está impregnada nas córneas opacas e cataráticas dos donos do poder e das decisões. Sua visão só alcança a medida de seus braços, pobres, coitados, cegos que são. Mas o esporte e a humanidade dos que o praticam sempre serão maiores. Sabe por quê? Porque a força não vem do dinheiro. Vem do suor. Do sacrifício. Do aprendizado de quem levanta cedo, rala e conquista. Ricardo Amatucci - Editor
Murillo NOVAES
neste 2016 para este comunicador vélico e dicas, fotos e informações úteis para a prójá bem “vélhico” também. Alegria, alegria! xima edição! Viva a vela brasileira! E para todos os velejadores, cla O livro traz as súmulas (comple- ro, independente de partido, gênero, cor, Chegamos ao tas sempre que possível) e resultados das filosofia ou religião, os diretórios de serviprincipais regatas do Brasil e do mundo de ços, além de informações gerias de intenúmero zero!! julho 2015 até julho de 2016, de sema- resse vélico, trazem dados sobre dezenas na de Ilhabela a semana de Ilhabela, as de tipos e classes de veleiros, associações, Querido amigo e mais que que- de 2015 e 2016 inclusas. Com textinhos e endereços eletrônicos, waypoints, museus rida amiga, eis que finalmente temos im- boas fotos, sempre que possível. Um maná náuticos, etc. Um conteúdo exclusivo de presso o nosso Anuário Brasileiro de Vela. para os superaficionados. nosso querido parceiro www.sailbrasil.com Foi um contravento duro, demorado, árduo, mas vencemos. Esta grande aventura, a Esta primeira edição, é claro, tem “invenção” de um “livro”, com quase 400 imperfeições e lacunas que podem e depáginas, de alta qualidade, com o máximo vem ser preenchidas nas próximas. E, com de informação possível da vela brasileira fechamento previsto para setembro do ano no período, uma espécie de log book com que vem, espero que os amigos e interesumão dos resumões impresso para a ressados participem mais ativamente da posteridade, em plena crise econômica e edição 2016/2017. O anuário é de todos política, só podia ser coisa de manza mesvocês!! Informações, correções, sugestões, mo. Quase soçobrei! De novo!!... Mas deu críticas, colaborações, comentários são certo porque Éolo nunca abandona os que sempre bem vindos! tem bons propósitos no coração e rumo certo na proa! Ave!! No entanto, para fechar as contas A ideia, já ventilada na época do nosso querido e saudoso Tonico Souza Mello, na nossa antiga revista Velejar, com o beneplácito do ex-sócio e eterno amigo Diego, filho do Tonicão, ganhou corpo e a verdade é que o nosso anuário finalmente chegou! Uhuu!! Enfim vamos assentar esta pedra fundamental que, espero, preste à vela nacional sempre um bom e necessário trabalho. Depois de ter tido a imensa honra de chamar, de viva-voz, ao pódio, para receber suas douradas láureas olímpico-cariocas, a dupla Martine e Kahena, o lançamento deste anuário é o maior júbilo
com nossa querida gráfica Movimento, a melhor de Brasília e umas das de maior qualidade do país, temos aquela meta de comercializar, no mínimo, mil exemplares da publicação. Por isso peço aqui novamente a sua colaboração.
Para os que curtem mais o leve e livre cruzeirar, temos muita informação de qualidade nos diretórios de serviços, marinas, clubes, etc. no fim do “livro” e ainda os participantes dos principais ralis de cruzeiro do país em 2015, organizados por nossa querida parceira de primeira hora ABVC. E já pedimos aqui, desde já, que os cruzeiristas brasileiros, de qualquer ponto deste mundão azul, contribuam com
Crônicas Flutuantes Superstições e preconceitos
Meu primeiro barco foi um self made. Mais do que um brinquedo construído por mim e um colega da escola no quintal, foi um sonho. Íamos lá por 1968, ano mais do que crítico quando visto por determinados ângulos. Ele, o barco, recebeu o nome de TINHO que, não por coincidência, era o nome do meu amigo. Isso se deu pelo trágico motivo de que ele, meu amigo, morreu atropelado antes de ver nossa obra prima, que visava grandes pescarias e mergulhos por mares nunca dantes navegados, pronta. Meu primeiro barco... o TINHO! Durante seu lançamento, me lembro, apareceu um sujeito metido a comandante que vociferou do alto de seus tamancos: – Não vai flutuar... parece uma puta velha! Não gostei do comentário... me pareceu injusto para os dois lados, do barco e das putas. Todavia eu ainda era um rapazola e não tinha noção exata sobre determinados pré - conceitos. Meu segundo barco foi um snipe, “achado” à margens plácidas da represa de Ibiúna e comprado diretamente das mãos do Paulo, filho do ex-presidente Fernando Henrique. Até agora, não fomos – eu e meus antigos sócios no negócio – alvos da lava-jato, mesmo porque, houvesse à época algo de suspeito na transação, acho que, de acordo com o STF e o Renam, a coisa já teria sido anistiada. Não me lembro como se chamava, mas depois de reformado recebeu o lindo nome de NÁU-
PLIUS, graça dada a uma larva de crustáceos marinhos – três dos sócios eram estudantes de Biologia na velha e boa USP; o outro era um físico que, a depender dele, nosso célere veleirinho teria estampado em sua proa: “SORTILÈGIO”. O terceiro barco veio na forma de uma obra de arte; um Dolphin antiquíssimo comprado a um Espanhol que o conservava como a um filho. Já desta vez, para não haver discórdias quanto ao nome, escolhi a dedo os sócios, todos pretendentes a biólogos... e o barco foi rebatizado com o pomposo nome de RORQUAL, um dos apelidos da baleia azul que naqueles tempos tenebrosos assistiam sua quase extinção. Hoje estão aparentemente salvas, mas é melhor não afrouxar a vigilância. Veio então o quarto barco. Um Bruce Roberts 38’. Arrebatei-o por uma bagatela e resolvi não trocar seu nome, KATERICA, pois havia começado a estudar seriamente as coisas relativas a objetos flutuantes dirigíveis e descobri que essa história de rebatizar barcos era azar na certa, visto que se rompia acordos milenares tacitamente estabelecidos com Posseidon, Neptuno e outras entidades controladoras dos oceanos. Não sei não, tenho lá minhas dúvidas... nunca fui muito dado a Deuses e demônios. O barco, depois de exame minucioso, mostrou-se completamente podre em suas partes de madeira que ficavam por baixo da maravilhosa fibra de vidro.
Entre em www.anuariobrasileirodevela.com.br e compre já o seu. Recomende, dê de presente, mostre no seu clube, classe ou associação. Todos nós fazemos parte desta tripulação. E precisamos muito de você na escora, rumo ao futuro! Vida longa ao Anuário Brasileiro de Vela!! Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com
Coluna do escritor José Paulo de Paula Do Katerica pulei para o CARINA III – nome mantido após a compra –, um formoso Sparkman Stephens 43’ onde vivi com minha família por ano e meio mais ou menos. Ah!, se arrependimento matasse... e lá se foi o Carina III. Nesse meio tempo apareceu o SEA QUEST – a um Bristol 22’ –, logo transformado em ÓOAUÊAÍÓ nome dado por minhas filhas; não me lembro de episódios azarados com ele. Muitos anos se passaram e veio o TIZIU que, contrariando as leis da natureza, era vermelho, não piava nem dava (deu) cambalhotas. Apesar da troca de nomes – chamava-se MARAVIDA – fui muito feliz com ele, um Brasília 32’... nada de azar. Vendi-o para me digladiar com um Formosa 37’ que ao ser comprado tinha o nome de CORAL SEA. Troquei-o – o nome não o barco – para KARINA V, que ficou conhecido no pedaço por “Carinavi”. Tive centenas de milhares de sócios nesse negócio... cupins!, uma sociedade custosa de ser desfeita. E lá se foi o CARINA V. Veja o leitor que, estatisticamente falando, não se pode tirar quaisquer conclusões até aqui a respeito de sortes e azares. E veio o barco que está comigo atualmente sob o qual jurei por tudo que há de mais sagrado no universo que seria o último. Fiquei quatro anos reformando-o. Seu nome original era HENRIETTE-II, projetado em 1946 lá pelos Países Baixos,
e eu estava em dúvida se o trocaria ou não, poeto, como já dito, ainda não haver chegado a um consenso a respeito dessa história de azar. Certo dia, todavia, velejando a trabalho, cruzei com um bom amigo passeando em seu veleiro e, no espaço de tempo que foi possível, entabulamos o seguinte diálogo: – E aí seu Toninho... tudo jóia? – Fala Zé... e aí, já terminou a reforma do barco? – Ainda não velhão... num acaba nunca! – Vais trocar o nome dele? – Tô pensando... acho que sim. – Troca não cara, dá azar! – Mas, Toninho, não sei quem era essa Henriette... vai que era uma puta! – Aí sim meu caro!, muuuuito melhor... muito melhor!!! Penso que seja preciso constante atenção para que não incorramos em superstições e preconceitos. Hoje HENRIETTE-II desfila com toda dignidade – independente de atestado de antecedentes – durante algumas regatas ainda possíveis de se participar... e olha que não tem feito feio não! Azar? Tirando aquela vez que espetou seu pau de gurupê no costado do... José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador, violeiro, cervejeiro artesanal e autor dos livros “É proibido morar em barco” e “Divã Náutico” que podem ser encomendados em zepearte@gmail.com
Umas e Outras
Histórias de um navegante im pre ciso
a lio Vian Por Hé
Pegando no Tranco
Estas listas do WhatsApp viraram uma febre. Participo de várias. Serve para chamar a turma para o happy hour no Bowteco aqui na marina Bracuhy; ou para um papo cabeça, tipo filosofar sobre a série Westworld do canal HBO; ou ainda para trocar ideias sobre o mundo da vela. Numa delas, a Velejar, por sinal profícua, quase 300 mensagens/dia, em um post se durante uma velejada deve-se deixar o motor engrenado, ou não, alguém lembrou que Amyr Klink escreveu que o motor do Paratii pegou do nada. Se não me falha a memória, o que não é raro acontecer, já que com a idade estou cada vez mais zonzo e leso, o causo está no livro “Mar sem Fim”, o diário de bordo da viagem em solitário ao redor do mundo na rota mais complicada e perigosa: uma circum-navegação da Antártica. No réveillon de 1999 Amyr navegava em meio a uma tempestade aparentemente eterna, quando o Paratii desceu surfando uma onda descomunal e o motor, que estava com a alavanca engatada à vante, se ligou sozinho.
O Trawler que já foi do The Who O trawler Ferrara, de 65 pés, é um barco repleto de história. Foi construído em 1963 em Buckie, uma vila de pescadores na Escócia, pelo estaleiro Herd & McKenzie para o grupo de rock inglês The Who. Em meados de 2010 cruzei o Atlântico sob o comando de seu novo dono, o espanhol Jordi Mestres, que o levava para casa depois de uma reforma geral no estaleiro Kalmar, de Itajaí. O Ferrara está equipado com uma parelha de motores Gardner 6LX, de seis cilindros em linha e 127HP a 1100 giros, iguais aos que equipavam os ônibus de dois andares de Londres e velas – sim, motor e velas, ao mesmo tempo! – para ajudar na estabilidade e diminuir o consumo. Na perna entre a cidade do Natal e Cabo Verde, em algum ponto acima do Equador, tivemos que desligar o motor de boreste. O engate não era por cabo e sim hidráulico, que por conta de um vazamento foi isolado (a partir daí, o tripulante João Big River virou o homem alavanca: gritávamos da ponte de comando e ele, na casa de máquinas, engrenava para frente, ou ré). Findo o serviço, Jordi toca na chave e o arranque não faz nem “cleck”. Pense na minha cara de espanto, já imaginando como enfrentar só com um motor os ventos de Nordeste que estavam previstos. Então meu comandante calmamente acelerou o motor de bombordo, descomprimiu o que estava desligado e o engrenou à vante; quando o barco atingiu uns 7 nós, com o enorme hélice de quatro pás embalado, Jordi comprimiu 3 cilindros e... o motor pegou! Incrível, mas foi a primeira vez que vi um barco pegar no tranco. Foto: Ivan Perdigão
Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos ventos e mantém o maracatublog.com
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Eduardo Sylvestre Será que a vela está crescendo? Me lembro bem: 1977 quando ganhei meu primeiro barco um Finn BL 33. Era um “Brudder” usado com velas velhas, mas foi pra mim o melhor presente do mundo, com ele eu podia sair do SPYC (São Paulo Yacht Club) e velejar a vontade por toda a represa, sozinho ou com amigos, participar de regatas, me divertir. Por mais que eu pesasse apenas 70 quilos quando eram necessários 90 para segurar bem o barco no auge dos meus 13 anos... Naquela época todos os clubes tinham suas flotilhas, com muitos barcos, a represa de Guarapiranga era repleta de barcos e velejadores em todos os fins de semana, muitos velejavam de Pinguim, Snipe, Lightning, e começava a aparecer o Laser no Brasil uma vez que foi lançado no mercado em Janeiro de 1971 em NY.... Outra classe que também começou a se desenvolver naquela época foi a classe Optimist que já estava no seu quinto ano, com um bom número de velejadores. No Brasil havia vários estaleiros, o mais conhecido Estaleiro do Flório um dos maiores artesãos que a náutica brasileira já teve, fazia qualquer barco em madeira. Até hoje existem Snipes do Flório sendo competitivos na água. Mas fazíamos também Laser, Lightning, Snipes, Optimist, entre outros muitos barcos.... e não era apenas um fabricante para cada classe, tínhamos diferentes estaleiros para mesma classe... O que aconteceu? Os barcos foram sumindo, os estaleiros foram fechando, as classes se modernizando e os velejadores sumindo. Lembro também que há 40 anos velejávamos por pura diversão lógico participávamos de regatas - mas não era a razão principal de velejar. Saíamos para nos sentir livres, simplesmente relaxar. Vejo que hoje a nova geração não tem mais esta mesma motivação. Só sai se tiver treino, com técnico acompanhando, bote e tudo mais, ou dia de regata. A vela recreativa perdeu a
vez, só volta a ter vez se for um oceânico, aí a família começa a se relacionar com vela de recreação. Outra coisa que mudou foram os pre-
A solitária vela competitiva atual contrasta com as duplas de antigamente ços, antigamente não era tão difícil comprar um veleiro competitivo. Hoje ficou extremamente elitizado, pois com todas as crises que já passamos, nossos estaleiros foram fechando e não se acham mais veleiros tão facilmente no Brasil. A maior parte é importado e o preço não é para qualquer um, apertando ainda mais o ciclo no nosso esporte. De cabeça posso lembrar de duas classes internacionais feitas no Brasil hoje: Optimist, Snipe. Creio que ficamos mais individualistas, e os veleiros refletem isso. Na minha época de criança começávamos em veleiros que eram para duas pessoas. O pinguim era um deles, uma escola de proeiros, que se multiplicavam e depois saiam da classe e passavam para o Snipe, o Lightning. Era uma época em que o trabalho em equipe era extremamente valorizado e se sabia o papel do timoneiro e do proeiro. Creio que isto se perdeu no passar dos tempos.
Hoje a única classe que se tem a disposição para as crianças é o Optimist, uma classe excelente para formação de timoneiros, uma escola técnica e tática, porém perdemos a oportunidade de velejar juntos, de criar duplas, de ter que dividir tarefas, e com isso criamos um velejador solitário e egocêntrico que só aprendeu a comandar seu barco, e muitas vezes não sabe a importância de velejar junto com alguém... Será que é por isso que é tão difícil arranjar proeiros? Classes de dois ou três velejadores começaram a desaparecer. O que fazer depois de sair do OP? Passa-se para o Laser, outra classe de solitário. Tenho ido a várias escolas de vela e vários clubes e a maior dificuldade dos técnicos e instrutores é achar quem quer fazer duplas para veleiros como 420 e 29er, opções excelentes para adolescentes. Quem pode encontrar um veleiro destas classes e comprá-lo, uma vez que hoje só se compra estes barcos importados? E o restante, os 90 % dos velejadores que saíram do OP, que não conseguiram passar para estas classes serão levados a jogar vôlei, tênis, basquete ou futebol, pois não tem barcos pra todo mundo. Precisamos de veleiros nacionais, veleiros para duas ou três crianças, adolescentes, para poder fomentar a vela de maneira lúdica, recreativa e claro, competitiva também. Quem sabe se introduzirmos um veleiro para crianças navegarem juntas cada uma em sua vela, talvez nos próximos 30 ou 40 anos veremos todas as baias e represas repletas de velejadores... Eduardo Sylvestre é Diretor do Programa de Desenvolvimento da CBVela, Expert da ISAF, técnico nível 3 da USSailing e ISAF World Youth Sailing Lead Coach.
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Ano 05, número 28 jan/fev de 2017 Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier Contato: falecom@almanautica.com.br Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial. Visite nosso site: www.almanautica.com.br
Foto da capa: de Ricardo Amatucci, mostra o HPE Phoenix na SVI 2016
ALMANÁUTICA
4 A Bordo
regata
Guarapiranga - SP
Circuito Marreco 38ª Regata Marcílio Dias A 38ª Regata Marcílio Dias aconteceu em 10 de dezembro na Baía de Todos-os-Santos (BA), com regatas para as categorias Oceano, monotipos, Stand Up e Canoa Havaiana. Este ano foram mais de 50 embarcações. Promovida pelo Comando do 2º Distrito Naval, é organizada pela Capitania dos Portos da Bahia. A regata é parte das comemorações da Semana da Marinha de Salvador, e integra o calendário oficial da cidade. O veleiro “Bola 7” foi o fita azul com o tempo de 1h50min e 3 seg. Entre os saveiros, o grande campeão foi a embarcação “Cacha-Pregos”.
Marcílio Dias Criada em 1978, é um dos eventos comemorativos da Semana da Marinha, e seu nome homenageia Marcílio Dias, um dos heróis da Marinha do Brasil, morto em combate durante a Batalha Naval do Riachuelo, na guerra da Tríplice Aliança, em 1865, o qual deixou um legado de patriotismo e coragem. O relatório oficial sobre a batalha aponta Marcilio Dias como herói. Escrito pelo comandante do navio Parnahyba, capitão-tenente Aurélio Garcindo Fernandes de Sá (1829-1873), o relato destaca vários oficiais, sargentos, soldados e marinheiros que lutaram com bravura. Mas o destaque maior foi reservado a Marcílio Dias, que morreu enfrentando os inimigos na ponta da espada: “O imperial marinheiro de 1ª classe Marcilio Dias, que tanto se distinguira nos ataques de Paissandu, imortalizou-se ainda nesse dia. Chefe do rodízio raiado*, abandonou-o somente quando fomos abordados para sustentar braço a braço a luta do sabre com quatro paraguaios. Conseguiu matar dois, mas teve de sucumbir aos golpes dos outros dois. Seu corpo, crivado de horríveis cutiladas, foi por nós piedosamente recolhido, e só exalou o último suspiro ontem pelas 2 horas da tarde, havendo-se-lhe prestado os socorros de que se tornara a praça mais distinta da Parnahyba. Hoje, pelas 10 horas da manhã, foi sepultado com rigorosa formalidade no rio Paraná, por não termos embarcação própria para conduzir seu cadáver à terra”. * Peça de artilharia – canhão – colocado em mecanismo que permite a pontaria em um ângulo de 360 graus ao redor de um eixo vertical, no caso, na popa da embarcação. A Bordo vai ao ar todos os domingos das 10h às 11h pela Metrópole FM de Salvador: metro1.com.br Baixe o app e ouça em qualquer lugar!
Encerrou-se em dezembro o Circuito Marreco 2016 após a realização da sétima etapa. Após a competição houve um churrasco festivo e a premiação da etapa, da classificação geral e entrega de troféus de homenagens. Com uma média de 12 veleiros nas diversas etapas, a Classe Marreco confirmou sua boa fase em São Paulo. Os adeptos são apaixonados pelo projeto clássico de Jeff Howard, feitos pelo antigo estaleiro Cabrasmar na sua divisão de vela - Velamar. Posteriormente reproduzido por terceiros em São Paulo com os nomes de “Boto 16” e “Paturi 16”, muitos deles ainda estão pelas represas do Brasil. Este ano a “Marrecada” revoou bonito ao levar adiante - num ano de crise em que as classes mais antigas e respeitadas mal conseguiram o mesmo número de veleiros em suas disputas - uma série de 7 competições, com apoios e patrocínio. Ao contrário das classes mais competitivas, o Marreco em geral envolve famílias e pessoas de idade que beira os 35-40 anos (ou mais), e não os jovens cheios de testosterona apoiados pelos pés em contrapeso. Por isso um dos grandes concorrentes das competições é sempre o compromisso familiar. É comum ouvir na etapa seguinte o ausente da anterior justificar-se com um aniversário, um casamento, ou outro compromisso “que não tinha como deixar de ir”. Certamente em 2017 o Cir- A entrega dos troféus foi cuito Marreco já começará fortalecido com durante o churrasco realizado o sucesso deste ano. Classificação: O no Clube Castelo Campeão foi o veleiro Marlin XIV (Victor Neubern e Jairo Ramalho, Troféu e vale de R$ 100 do Almanáutica, e troféu Stocco A temporada náutica de 2016 consagrou Esculturas); vice-campeão o veleiro PS (Nelcides Marcondes de Souza e a esposa a Copa YCP (Yacht Club Paulista) como Maria Helena - Troféu e vale de R$ 50 do Almanáutica, e troféu Stocco Esculturas); uma das principais competições do calene terceiro terceiro Falcão Peregrino (Haroldo Fiocco e Antonio Correa Troféu e vale de dário nacional. Ao longo do ano foram nove R$ 50 do Almanáutica, e troféu Stocco Esculturas). Em 4º o Adesso do casal Wilson etapas na Represa Guarapiranga, com auKato e Madalena Kato, e em 5º o Banzeiro, de Marcelo Rustiguer e Luiz Fernando de mento de 50% em relação aos participantes Souza. Além do patrocínio do Jornal Almanáutica (www.almanautica.com.br), o Cir- de 2015. A segunda edição do campeonato cuito Marreco 2016 contou com o apoio da Loja Náutica Velamar (www.velamar.com. atingiu 400 velejadores e 180 embarcações br) e da Papel Ecológico/Papirus (www.papelecologico.com.br). de 20 classes. Entres as classes mais numerosas, confirmaram o título: Eduardo Guimarães – YCP (Laser Std), André Frimm – CCSP A 9ª etapa marcou o final do Circuito Guarapiranga. A etapa foi (Radial), Caio Prado e Carlos Ney Ribeiro – YCSA (Snipe), sediada pelo Clube ASBAC. Após a regata houve a tradicional festa Ricardo Valério – YCP (Finn), YCP Sailing Team Pajero – de confraternização na sede do clube, onde ocorreu a premiação da regata seguida da premiação geral da temporada de 2016. Foram distribuídos os troféus temáticos idealizados pela administração do ASBAC. Foi oferecido um jantar regado a cerveja e refrigerantes. Nicolas: mais O Circuito Guarapiranga de 2016 foi organizado pelos clubes ASBAC barcos - Associação dos Servidores do Banco Central; YCI - Yatch Clube na raia Itaupu; YCP - Yatch Clube Paulista; CCSP - Clube de Campo de e troféu São Paulo e CCC - Clube de Campo do Castelo. No próximo ano, Joerg o “Sailing Center” vai integrar o grupo de clubes organizadores do Brudder evento e sediará duas etapas em 2017.
Yacht Clube Paulista
Circuito Guarapiranga
O Circuito Guarapiranga tem o apoio da FEVESP e apoio de mídia do Jornal Almanáutica. A Papirus e Papel Ecológico apoiaram todas as regatas sediadas pelo Itaupu em 2016. Esse ano competiram 107 diferentes embarcações distribuídas em 4 categorias. O registro fotográfico do evento é oferecido por Alberto Henrique Rezende que é o juíz das regatas; Pedro Quezada é o responsável pela divulgação e marketing. A comissão técnica e organizadora é composta pelos membros: Rodolfo Menjou – YCI, Alberto Hackerott – YCP, Roberto Fontes – CCSP, Suzana Campanhã – CCC, Sergio Utagawa – CCC, Nestor Simonetti, Eduardo Ribeiro (Dudu) e Arari Gama do ASBAC.
André Fonseca (HPE 25). A Laser recebeu o troféu transitório Joerg Bruder, entregue ao coordenador de classe Nicolas Garcia (foto), considerado o mais ativo do ano por ter levado mais barcos à raia. “Para nós da classe Laser é uma imensa satisfação ter a vela agitando a represa durante todo o ano. Nossos velejadores ficam muito mais motivados” declarou Nick, também velejador da Laser. A FEVESP (Federação de Vela do Estado de São Paulo) premiou ainda os atletas juniores em destaque nas classes Laser e Snipe, com mil reais cada. Na Snipe, os vencedores foram Paulo Abi Eçab e Charles Daniel. Na Laser, José Hackerott
Porto Alegre - RS
Recife - PE 75 anos do Janga
A ilha artificial construída pelos associados em 1960 com liderança de Geraldo Tollens Linck e a atual Comodoria Com uma história de 75 anos, o Clube Jangadeiros colaborou para o desenvolvimento tanto na área esportiva como na urbanística. O clube trouxe grandes contribuições a Porto Alegre e ao RS, elevando o estado no esporte náutico com a conquista de 110 títulos de Campeão Brasileiro e nove mundiais. Conquistou a primeira medalha olímpica da vela feminina no Brasil. Modificou o cenário paisagístico com a criação, no início dos anos 60, de uma Ilha artificial, construída com a ajuda dos próprios sócios, uma tarefa muito difícil que levou 15 anos para se concretizar. Hoje é um dos espaços mais bonitos da cidade. Outro ponto forte é a Escola de Vela Barra Limpa, com 40 anos de atividades. Uma das mais bem equipadas do Brasil, é aberta ao público. Parabéns Janga!
Brasília - DF Cota Mil 57 anos Velhas fotos contam a história do tradicional clube de Brasília e podem ser vistas no site do Cota Mil
Há 57 anos, 3 jovens visionários se uniram para criar o primeiro clube social de Brasília, o Cota Mil Iate Clube. O objetivo era de reunir as famílias em momentos de descontração e lazer, o que é feito até hoje. Quando Brasília não passava de algumas ruas, sendo a maioria de terra vermelha e poucas construções, Talita Aparecida de Abreu, Teodoro Bayma de Carvalho e Gilberto Scarpa, motivados pelo ambiente de modernidade, ousadia e fraternidade da nova cidade, criaram o Clube do Cinema que deu início a formação do Clube. Parabéns ao Cota Mil pelos seus 57 anos de sucesso, esportes, lazer e descontração, sempre reunindo as famílias e os amigos.
Regional de Laser no Cabanga
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Recém saído do Optimist, o velejador do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, Tiago Monteiro (TimePE), conquistou, no início de dezembro seu primeiro título na classe Laser. O jovem atleta ficou com o título na categoria 4.7 do 39º Regional Nordeste da classe, realizado na subsede do Cabanga, em Maria Farinha, Litoral Norte de Pernambuco. A superioridade de Tiago Monteiro na competição foi visível desde as primeiras regatas. Das sete disputadas nos três dias de campeonato, ele venceu seis. Radial A definição do regional na categoria Radial só foi definida nos critérios de desempate. Os três primeiros colocados terminaram a competição com o mesmo número de pontos. Melhor para Geraldo Wicks, do Yacht Clube da Bahia, que somou mais segundos lugares e levou o troféu de campeão. O baiano Antônio Lopes Neto, também do YCB, ficou Tiago Monteiro em segundo e Yuri Reithler, do Cabanga, em terceiro. sai do Optimist STD e conquista O YCB também garantiu o primeiro lugar na categoria Laser Standard, seu primeiro com Alberto Vita. O baiano liderou todo o regional e mesmo não particitítulo na pando da sétima e última regata por conta de uma contusão garantiu o Classe Laser título por conta do descarte. O próximo Regional Nordeste de Laser 2017 (40ª edição), será realizado no Iate Clube da Paraíba.
48ª Regata Volta a Ilha
Florianópolis - SC
Zeus foi o Fita Azul na mais difícil Volta à Ilha dos últimos anos em Santa Catarina
Principal disputa de vela oceânica do estado, a Regata Volta a Ilha de Santa Catarina tem um percurso de 65 milhas ao redor da capital catarinense. A edição de 2016 ficou marcada como uma das mais duras já realizadas. Após largar às 10h da manhã do sábado, a competição só foi encerrada no começo da tarde de domingo, para a última equipe, com quase 27h de duração. A grande campeã e vencedora do Troféu Fita Azul foi a tripulação do Zeus Team, comandada por Inácio Vandresen. Para se ter uma ideia da dificuldade enfrentada pelas tripulações, o recorde da Regata Volta a Ilha de Santa Catarina, pertence ao veleiro Mano Champ´s (Avelino Alvarez), que em 2011 completou o percurso em 8h43min, mais de seis horas de diferença do tempo do Zeus. Além da conquista geral do evento, o Zeus Team conquistou também o título na classe ORC com pequena vantagem sobre o Catuana Kim após o tempo corrigido. Na RGS Geral o título ficou com o veleiro Bruxo, comandando por Luiz Carlos Schaefer, enquanto na RGS Cruzeiro, o título ficou com o Carino, do comandante Moacir Carqueja. Paralelo a disputa da Regata Volta a Ilha de Santa Catarina acontece a Regata Volta a Ilha do Largo, e o que se viu foi uma disputa extremamente equilibrada, entre os HPE 25 Arretado e Força 12. Ao final, apenas 20s de diferença separaram as duas tripulações com vantagem para o Arretado, que conseguiu a ultrapassagem nos metros finais.
ALMANÁUTICA
6 Santos - SP Circuito Santista 2016
As regatas do Circuito Santista de Vela de Oceano terminaram em dezembro, com a premiação realizada na sede náutica do Clube Internacional de Regatas. O Circuito Santista contou com 7 etapas espalhadas ao longo do ano. A tradicional Regata da Regata Marinha do Brasil, que chegou a sua 44ª edição foi válida pela 7ª e última etapa do IX Circuito Santista de Vela Oceânica 2016. Mais de 25 embarcações prestigiaram o evento. “Apesar do vento ter rondado durante a regata”, o experiente árbitro Dionysio Sulzbeck reposicionou as boias contra o vento, proporcionando maior competitividade aos participantes, que elogiaram a ação. O evento foi fantástico”, explicou José Calos Chrispin, diretor de vela do Clube Internacional de Regatas (foto). A Regata ainda contou com a presença do Capitão dos Portos de São Paulo, Alberto Pinheiro de Carvalho, do presidente da Soamar, João Bala, do vice-Comodoro do Iate Clube de Santos, Jonas Penteado, e do Presidente do CIR, Ricardo Lyra. A 44ª Regata conta com o apoio da Capitania dos Portos de São Paulo, Iate Clube de Santos, Federação de Vela do Estado de São Paulo (FEVESP) e Projeto Navega São Paulo de Praia Grande. Escola de vela No dia também aconteceu o lançamento do Curso de Vela do CIR. Mais informações sobre o curso na Secretaria da Sede Náutica do CIR pelo (13) 3354.3134 ou nautica@ inter.org.br.
Adeus, Renata Decnop Numa lamentável decisão causada pelo corte dos apoios, perdemos mais uma atleta de alto rendimento que poderia nos trazer muitas alegrias, no esporte cada vez mais deixado de lado. O Brasil mostra outra vez que é um país que virou as costas para o mar, onde se rouba, se gasta perdulariamente, mas não se investe no esporte. “Hoje é meu aniversário. 31 anos. E também é o dia que eu tomei uma decisão que está me partindo o coração. Estou vendendo meu barco, o 470 que foi meu parceiro nos últimos anos de campanha pra 2016. Tomei a decisão de parar, não vou seguir em campanha pra Tóquio”. Assim Renata Decnop iniciou sua despedida da vela dia 13 de dezembro. Velejadora que fez duas campanhas olímpicas, nas classes match race (2012) e 470 Feminina (2016), mas não conseguiu classificação para os Jogos Olímpicos, ela perdeu todos os apoios e teve que abandonar a carreira. “Eu estava no auge e tinha muito mais pra conquistar”, lamentou. Ela agradeceu a oportunidade que a Marinha lhe deu: “viver do esporte que eu amo, poder me dedicar 100% e alcançar o máximo de performance que meu material humano é capaz de suportar”, disse. “Muitos devem estar se perguntando porque desistir se eu cheguei tão longe e tinha tanto potencial pra conquistar muito mais? Eu lamento te dizer que a escolha não foi minha. Tínhamos a Embratel nos dando um salário bacana; a Marinha com toda sua estrutura; a CBVela nos dava técnico, bote, viagens pra competição, um barco na base da Europa; o COB nos fornecia fisioterapeutas, nutricionista, médico, plano de saúde, preparador físico. Tínhamos a Bolsa Pódio, um salário muito bom, que nos possibilitava não nos preocupar com nada além de ser excelente no esporte. O Time Nissan, que além do carro tínhamos a imensa honra de fazer parte do time”. Após a campanha Olímpica na qual não obteve êxito. Renata perdeu os apoios um a um: “Primeiro a CBVela: Não tinha mais técnico nem bote, e eu obviamente estava fora das prioridades pra competição internacional, afinal eu não ia para os Jogos. Fui informada de que o “meu barco”, um daqueles quatro que foram comprados pela CBVela e que eu escolhi deixar na Europa e gastei muito tempo e dinheiro pra deixar perfeito, foi entregue a outra dupla, afinal elas iam pros Jogos e eu não. Foda-se quem não vai pros jogos, né?”, explodiu Renata. E continua: “O COB cortou o fisioterapeuta, a nutricionista e o preparador físico. Quem não vai pros Jogos não precisa disso. Errado: eu precisava, passei a pagar. A Bolsa Pódio, cuja renovação já tinha sido aprovada (eu era a 13ª do ranking mundial) foi cortada por decisão do Ministério do Esporte mesmo eu preenchendo os pré-requisitos, e com renovação aprovada. A Embratel não renovou. Resumindo: fiquei sem barco, sem dinheiro, sem apoio, sem nada. Com o tempo despenquei no Ranking Mundial, pois não tinha mais como bancar os custos”, disse Decnop. E assim nosso país – onde há dinheiro para financiar milhares de falcatruas, mediocridades, inutilidades, políticos corruptos e inúteis – perde um atleta promissor. Lamentável. Triste. Assim é o Brasil.
Belov no Alasca Passaram-se apenas dois anos desde que Aleixo Belov voltou de uma viagem à Antártica. Mas, novamente sentiu o chamado do mar. E este é um tipo de chamado que ele não consegue ignorar. Por isso o navegador está preparando o Veleiro Escola Fraternidade para percorrer mais uma vez os mares do mundo. E desta vez pretende ir ao Alasca. O veleiro suspendeu do Segundo Distrito Naval, em Salvador dia 3 de dezembro, às 10 horas da manhã. O mesmo lugar de onde sempre saiu e sempre chegou das suas viagens. Ali recebeu o abraço dos filhos, parentes e amigos. A Marinha do Brasil deixou a área aberta ao público para a despedida. A tripulação inicialmente é de oito a dez pessoas, e o roteiro previsto passa por Natal, (única parada no Brasil), seguindo para Ilhas Granadinas e Martinica no Mar do Caribe. Depois Panamá, atravessando o Canal e passando para o Oceano
SSL Finals: Scheidt e Maguila em 3º
Próxima parada: Alasca Pacífico, indo então a Galápagos, Ilhas da Polinésia Francesa, Hawaii, Ilhas Aleutas e vários portos do Alasca. Como para voltar do Alasca fica longe por qualquer caminho que se escolha, é bem provável que a viagem venha a se transformar numa quinta volta ao mundo do velejador Aleixo Belov. Na realidade ele não quer engessar o roteiro nem o prazo, deixando que o destino vá escolhendo o caminho. A viagem não tem duração nem volta prevista.
ABVC no Fórum Náutico Paulista
Classificação: 1. Mendelblat/Fatih (USA) 2. Rohart/Ponsot (FRA) 3. Scheidt/Maguila (BRA) 4.Negri/Lambertenghi (ITA) 5. Polgar/Koy (ALE)
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Robert Scheidt e Henry Boening, o Maguila, conquistaram o bronze na prova decisiva garantindo assim o pódio na Star Sailors League Finals (SSL) nas Bahamas em dezembro. Mendelblat e Fatih (EUA) sagraram-se bicampeões (2014 e 2016), e os franceses Rohart e Ponsot ficaram com a medalha de prata. A SSL Finals 2016 distribuiu premiação geral de 200 mil dólares, sendo 40 mil para os campeões, 30 mil para os segundos colocados, 25 mil para os terceiros e assim sucessivamente. A competição reuniu 25 duplas com 16 medalhistas olímpicos, campeões mundiais, além de vencedores de America’s Cup e Regata Volta ao Mundo. Os campeões somaram quatro mil pontos no ranking da SSL.
A entidade dos velejadores de cruzeiro defendeu a reforma da altura das linhas de transmissão que cruzam o rio Tietê Foi realizada em novembro mais uma reunião do Fórum Náutico Paulista, com a presença de Paulo Fax, representante da ABVC no fórum. Durante a reunião, que teve transmissão ao vivo pela página do Fórum no Facebook, e contou com a presença de mais de 30 pessoas, Fax levantou a questão da altura das linhas de alta tensão que cruzam a Hidrovia Tietê-Paraná, dificultando a navegação de veleiros e causando acidentes – inclusive fatais. A ABVC através de sua Vice-Presidência do interior (atualmente com Paulo Abreu) realiza o Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná com veleiros cujos mastros necessitam de um mecanismo para ser abaixado durante a passagem pelas diversas linhas de alta tensão – chamadas localmente de “linhão”. A solicitação de Paulo Fax obteve eco num momento em que estão sendo iniciados trabalhos para mapeamento de problemas similares nas rodovias, onde também se encontram linhas de baixa altura. Um trabalho de levantamento minucioso deverá ser realizado para dar continuidade ao assunto. Sobre o Fórum Náutico Paulista
O Fórum Náutico Paulista, foi instituído pelo Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, com o objetivo apoiar, coordenar e fomentar as ações voltadas ao desenvolvimento da infraestrutura, indústria e turismo do setor náutico no Estado.
O drink do Oleg Gutemberg Felipe Martins da Silva é um velejador veterano, além de Chefe Escoteiro do Mar entre outras atividades. No início de 2011 ele esteve com o saudoso Oleg Belly em uma de suas expedições na Antártica. Dessa viagem, muitas histórias e uma boa lembrança contada por Gutemberg: a receita de um drink chamado Nicolai, um dos preferidos de Oleg. Como estamos no verão, recomendamos testar numa época mais fria, embora gosto e veleiro, cada um tenha o seu... Em todo caso, segue o contado por Gutemberg em seu blog: “Consegui os componentes e receita com o Fabio Tozzi: Rodelas de limão (Siciliano) passadas no açúcar e no pó de Café. Coloca-se na boca e toma-se um trago de Vodka. Nas palavras do Dr. Tozzi : “Uma delícia que só ele sabia fazer e aproveitar”. Santé, Oleg! Quer se deliciar com essa e muitas outras histórias? capitaogutemberg.blogspot.com.br
Itaipu - PR ICLI comemora 31 anos
A comemoração do aniversário de 31 anos do Iate Clube Lago de Itaipu aconteceu dia 11 de dezembro em clima de muita alegria entre os alunos do Projeto Velejar é Preciso, associados do clube e marinheiros, que prestigiaram o almoço de confraternização após a XXXI Regata da Marinha. Foram sete regatas em dois dias de competição para as classes Optimist e Laser , que contou com o patrocínio da Itaipu Binacional.
ALMANÁUTICA
8 Meteorologia & Oceanografia
Atenção: Faixa de “pedestres” no mar...
Por: Luciano Guerra
Provavelmente ao ver o título desta matéria você pode ter se perguntado: O que esse ser que habita uma Ilha do sul fluminense quis dizer com isso? Mesmo nos bons momentos de isolamento deste paraíso tropical que é a Ilha Grande, sou pego de surpresa com criações que fazem todo sentido para o nosso mundo. E para tirar as dúvidas a respeito do título lanço o seguinte questionamento: Qual a probabilidade de uma embarcação atropelar uma baleia durante sua singradura? Em 2009, o renomado velejador da Vendée Globe Roland Jourdain, ao atropelar uma baleia próximo ao Cabo Horn deu início ao processo de preocupação com os cetáceos falando ao radio a seguinte frase: “... Eu não suporto esta situação contra uma baleia. Aqui é o território delas...”. É uma das provas cabais de que o homem enquanto nauta precisa aprender ainda mais como trabalhar com a natureza e não contra ela. Em maio de 2016 foi a vez dos navios de cruzeiro. A embarcação Zaandam causou uma comoção nos locais quando atracou em um porto do Alasca com uma baleia jovem da espécie fin encaixada no bulbo de proa. Salientamos que a baleia estava morta. Os proprietários do navio, apesar de informarem que adotam estratégias e boas práticas para evitar os atropelamentos não
A zona de maior número de baleias em estudo de Jessica Redfern
foram capazes de informar como aconteceu o acidente. Voltando ao questionamento do início da matéria, achamos a resposta com a pesquisadora e bióloga Jessica Redfern, autora do paper “Um entendimento de áreas com as maiores quantidades de baleias”. Ela desenvolveu um estudo que mostra áreas onde há um alto grau de probabilidade deste tipo de ocorrência no Oceano Pacífico. Este estudo, que contou com a coleta de dados durante sete anos, mostra a densidade populacional de diversas espécies de baleias ao longo da costa da Califórnia e, em áreas costumeiramente utilizadas por navios militares, cargueiros, velejadores e barcos da indústria pesqueira. O trabalho serviu de base motivacional para a criação de uma ferramenta que auxilia navios e demais embarcações na determinação de novas rotas de navegação que evitam as áreas com maior adensamento populacional de baleias. O projeto, nomeado WhaleWatch
(http://www.umces.edu/cbl/whalewatch) é extremamente inovador, pois utiliza modelos preditivos em tempo real com auxílio da telemetria dos satélites Argos que trabalham em conjunto com transmissores instalados nas baleias, modelos matemáticos avançados e um banco de dados completo com informações a respeito da localização e ocorrência das baleias por período do ano. Inicialmente a ferramenta monitora as baleias Jubarte, Azul, Fin e Cinza, no entanto, a solução busca não somente o monitoramento das diversas espécies. Há também a preocupação de se descobrir o porquê das baleias frequentarem tanto determinadas partes do oceano. O sistema cruza os dados de geolocalização das baleias com a temperatura da superfície do mar, concentração de matéria orgânica entre outros dados ambientais, o que ajuda a entender o comportamento dos cetáceos. Desta forma os pesquisadores acreditam estarem dando voz aos grandes mamíferos do mar e fazendo com que os humanos se comportem de forma mais adequada no que se refere ao trânsito de embarcações. Fazendo um comparativo com o mundo terrestre, seria como se os pesquisadores tivessem criado uma espécie de faixa de pedestres que deve ser muito respeitada. Bons ventos a todos, respeito no mar e com o mar! Luciano Guerra, é especialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteorológicos no Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS.
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cruzeiro
demos graças às antitetânicas:
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só ferrugem! Mas um povo super simpático e prestativo... Como os 3 rapaRita e Rubens continuam sua viagem. Caribe? Bahamas? Mundo! zes estavam sozinhos, eu Surpreenda-se, divirta-se, embarque no veleiro Doris! e Mauri estávamos tentando contato de internet na Continuamos nossa navegação para Great Inágua, nossa primeira ilha biblioteca local e algumas das Bahamas. Ao nos encontrarmos a umas 3 milhas, começamos a duvidar da compras, ao chegar dissenossa sanidade e da dos nossos eletrônicos: não ram ter achado um barzinho legal para fazermos nosavistávamos nada, a não ser uma coisa que paresa despedida à noite, pois nós e Rodrigo do Sotália cia uma leve névoa... Fica aqui a dica da imensa seguiríamos para Cuba, e Luís e Mauriane do CascaConhecemos a única “casa diferença na aproximação de uma ilha com a calho subiriam pelas Bahamas para ficar nos EUA duracterística que predomina nas Bahamas: relevo de tolerância” do vilarejo... rante a temporada de furacões. À noite, arrumadinhas baixíssimo. Nada mais de grandes montanhas e e limpinhas, fora o traseiro eternamente molhado nos matas. É o mar mais belo que já vi, mas boa parbotes, desembarcamos com expectatite das ilhas são estranhamente baixas e um tubarão, era a maior e mais dentuça barracuda que já vi na vida. Confesso va para conhecer nosso destino. áridas, ao ponto de você só discerni-las que mesmo sendo dentista, tantos dentes juntos me incomodam, e a desgra- Sou meio ingênua apesar da a curta distancia. çada não me abandonou até a minha desastrada natação e quebra de record idade, e achei que a música alta de Esta, como outras que conheno quesito velocidade de subida na escadinha da popa. Ufa! mais, o fato de só haverem homens cemos mostra grandes estragos feitos No dia seguinte o reencontro com os amigos, a decisão de ancorar na- no lugar e a vestimenta das mocinhas por furacões, como construções sem quele lugar belo e difícil que havia citado e só uma pequena raladinha no fundo que nos serviam, curtas demais, algo telhados e semidesabadas. Choca um dos dois veleiros companheiros. Eu, Rubão e o gato Bebê incólumes a bordo curioso. Talvez típica do lugar? Copouco a sensação de abandono, e te nhecemos provaleva a imaginar quão velmente a única resiliente um povo tem “casa de tolerânque ser para viver e ter cia” do vilarejo, e o ânimo de reconstruir a foi divertidíssimo, cada nova ocorrência... todo mundo su Tínhamos comper respeitador! binado de nos encontrar No dia com nossos amigos do seguinte, só choCascalho e do Sotália, ro. Eu de cá, mas o ponto de encontro Mauri de lá, os revelou ser uma ancorahomens se fingem difícil, e nesse prigindo de dumeiro final de tarde nos rões, mas essa A cada furacão, nova reconstrução. desencontramos. Rubão é a nossa vida. Você assistiu Mad Max? após a ancoragem em Uma vida onde um local totalmente deserto (lembrem-se, estamos fugindo do Dóris, mas realmente é apavorante a quantidade de recifes nestas ilhas. as amizades se criam rápido, mas não dos trezentões das taxas - risos) foi dar Muito diferente de todas as nossas experiências anteriores e com o agravante são efêmeras. Onde cada um sabe que uma limpada no fundo e eu preparei o de percebermos inúmeros corais que não aparecem em nossas cartas eletrôtem, deve, e pode confiar na solidajantar, ambos exaustos após quatro dias nicas, portanto, olhos abertos, alguém sempre na observação visual. Antes riedade, e que laços que demorariam de navegação. Quando acabei resolvi de encontrá-los, eu e Rubão decidimos comprar diesel no vilarejo com nosso um tempo enorme a se solidificarem dar um mergulho e Rubens, já entrando botinho, e nos deparamos com o único posto, que achei que estava fechado há em condições normais simplesmente no barco gritou: CUIDADO COM TU- uns dez anos e com um cenário escatológico. Quem já assistiu Mad Max conacontecem... BARÕES... Quase desisti, mas teimo- segue visualizar: lixo por toda parte, tudo quebrado e caindo. Neste momento, Mandamos notícias. sa como sempre, e deslumbrada com a sensação de estar voando em um ar azul, zero suspensão, alguns bancos de coral tão visíveis e nítidos como nunca havia visto, fui me afastando, até notar que tinha companhia, e neste momento, quase me borrei... embora não fosse
Notícias do Caribe
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O relevo baixíssimo das ilhas não aparecem nos eletrônicos...
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Cervejeiros que Navegam
Você gosta de uma boa cerveja enquanto está curtindo uma parada paradisíaca em seu cruzeiro, ou depois de um dia de regata! E se eu disser que você pode fazer com bastante facilidade sua própria cerveja artesanal, com qualidade, rapidez e sem nenhuma experiência? É meu amigo, daqui pra frente toma estufante de milho quem quiser. Uma boa Pale Ale, uma Stout ou tantas outras possibilidades estão a seu alcance. E chega de bla´-blá-blá que já está dando sede... Vamos ter oportunidade de abordar o método tradicional e tudo que o envolve nas próximas edições dessa coluna. Aqui o assunto sempre será cerveja da boa, preferencialmente artesanal. Nosso objetivo não é ensinar, nem dar um curso, mas incentivar você a fazer, degustar uma boa cerveja, além de dar bons motivos pra conversar com seus amigos sobre o assunto. Mas indo ao ponto... Você pode abreviar uma parte da técnica tradicional que é a mais demorada, e começar logo, e sem curso. O assunto assusta, muita gente mistifica, mas dá pra começar sem muita frescura. Basta
O extrato lupulado é uma boa maneira de começar a fazer cerveja entender o caminho básico (entender, porque na prática você vai pular a parte mais trabalhosa que duraria 5 horas e fazendo-a em 10 minutos). A receita tradicional para fazer cerveja começa com a preparação do mosto: elevação da temperatura da água (mineral comprada no supermercado) de tempos em tempos, controladamente, para retirar o açúcar e componentes químicos dos diversos tipos de malte usados. Depois coar, ferver com o(s) lúpulo(s). Isso tudo dará sabor e amargor à sua cerveja. Essa é a primeira fase que leva as tais 5 horas e que pode ser substituída usando o “extrato de malte lupulado” (procure no Google esse nome). Você vai encontrar latas com o malte já concentrado e lupulado (fotos acima). Basta aquecer um pouco em banho maria, abrir a lata e jogar na água. O único trabalho é diluir açúcar em água e juntar. São aproximadamente 130 reais para 23 litros de boa cerveja. A receita vem junto, com as quantidades, dicas, etc. Depois disso você coloca a mistura em um balde alimentício e joga a levedura (que também vem junto, foto abaixo) para que o açúcar seja transformado em álcool. O balde deve ter uma torneira na parte de baixo (uns 2,5 cm do fundo) e um furo com o’ring na parte de cima, onde vai encaixado um chamado “locker” (foto abaixo) que contém álcool (desse tipo zulu) dentro. Ele serve para deixar sair o gás carbônico resultante do processo de transformação açúcar/álcool e não deixar entrar nenhum contaminante. Após 15 dias a cerveja está quase pronta e é hora de colocar o balde na geladeira (10 graus) por uma semana. É o tempo da levedura entrar em dormência e decantar. Depois troca-se de balde deixando a borra e é só engarrafar e acrescentar um pouquinho mais de açúcar para que o resíduo das leveduras criem o gás carbônico e a espuma. Outros 15 dias na garrafa (fora da geladeira) e “voilá!”. Chame os amigos... Busque na web: tudo se vende, tudo se entrega na sua casa, e tudo se aprende. E é barato: balde, locker, garrafas, tampinhas e lacrador das tampinhas. Ache as dicas, as receitas, os macetes, as quantidades desse último açúcar (você faz uma calda e adiciona ao balde antes de engarrafar ou pode comprar balinhas prontas e jogar na garrafa antes de fechar). A grande dica é: não enrole. Faça. A pior cerveja que você fizer vai ser muito, mas muito melhor que uma latinha de supermercado. Prometo! E o prazer de convidar seus amigos para subir no seu barco e beber a sua cerveja, não tem preço! Crie rótulos (Sabia que você pode usar leite como cola?) com o nome do seu barco. Existem sites onde você pode criar seus próprios rótulos online. Faça uma cerveja temática para uma festa a bordo, um aniversário... ou uma média com a sua sogra (sim pode colocar pimenta na mistura...). Obviamente esse não é o método ideal para obter uma cerveja complexa, com um sabor personalizado, com um teor alcoólico que você controle, com sabores e aromas escolhidos por você. É uma maneira de você entrar no mundo da cerveja artesanal de qualidade com simplicidade e tomar gosto pela coisa. Daí para um Mestre Cervejeiro de primeira é um passinho. Há inclusive extratos belgas! E você não vai querer discutir sobre cerveja com um belga, certo? Esse é um começo promissor que te levará ao mundo maravilhoso dos cervejeiros. Que navegam! Até a próxima. Dúvidas? falecom@almanautica.com.br Saúde!
m o t a VelaeAs B mulheres no Leme “You go Girls!” Visitando uma marina deparei-me com um cartaz onde havia uma citação que já ouvira da velejadora Izabel Pimentel: “A cura para tudo está na água salgada - o suor, as lágrimas ou o mar. Isak Dinesen”. O cartaz estava próximo à rampa onde funcionários, todos homens, movimentavam lanchas e veleiros. Um dos sócios da marina comentou: “Gostou dessa frase? É de uma escritora. O nome é masculino pois para escrever ela usava o pseudônimo masculino Isak Dinesen”. Como velejadora que frequentemente discursa sobre o sonho de ver mais mulheres saindo da cabine e assumindo o leme com seus parceiros (ou mesmo sem), fiquei apaixonada pela frase. Ao voltar para casa pesquisei sobre a escritora: era dinamarquesa, seu verdadeiro nome era Karen von Blixen-Finecke. Viveu até os 77 anos (1885 a 1962). Aos 10 perdeu seu pai que suicidou-se após saber que contraíra sífilis. Casou-se aos 28 e viveu na África, cenário de seu mais famoso livro Out of Africa (A Fazenda Africana no Brasil). Perdeu o prêmio Nobel para Hemingway. Usou outros pseudônimos masculinos. Um deles Isak Dinesen, em outra obra: Sete Contos Góticos, a que contém a frase que chamou tanto minha atenção. A vela é assim mesmo, cheia de curiosidades... No Encontro Nacional da ABVC de 2016, conheci uma dessas figuras inesquecíveis: Monique, holandesa, tripulante e skipper do imponente veleiro de 63 pés, o Red Max, que estava de passagem pelo Brasil. Monique tem 51 anos. Saiu para viajar o mundo a bordo com seu parceiro e marido, Bastiaan, em 2015. Ela me contou que diferentemente de Bastiaan, não velejou a vida inteira. Na Holanda praticou intensamente o win-
vras
Caça Pala
ALMANÁUTICA
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dsurf desde os 17 anos. Após sua primeira travessia a bordo do Red Max saindo da Flórida até Bermuda e Açores, sentiu que lhe faltava conhecimento e experiência: inscreveu-se para realizar cursos na The Royal Yachting Association, órgão inglês que promove cursos sobre como manejar um barco, navegação em segurança e resgate. Ela explicou que todo esse conhecimento adquirido lhe trouxe mais prazer, mais diversão e segurança. Disse que mulheres são muito mais capazes do que imaginam, inclusive fisicamente, e que por esse motivo adoraria encorajar mais mulheres a velejar: “No fim do dia, ser um membro da tripulação é mais gratificante que apenas ferver o chá e levar os biscoitos”, disse. E ela deixou uma mensagem às mulheres: “Tudo o que temos de fazer são alguns cursos sobre navegar e sobre segurança a bordo, que, em si, já são divertidos. Vamos, meninas! (You go, girls!)”. A previsão é que totalizem 5 anos pelo mundo no Red Max (www.redmax4friends.com). O ensinamento que fica é que tudo é possível e em qualquer momento da vida. Velejar é um divertido aprendizado: sobre navegar e sobre a própria vida... You go, girls! Bons vento leitoras!
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Priscilla Marjorie Olivastro é Pediatra, velejadora e Diretora Feminina da ABVC
Não poderíamos deixar de agradecer nossos parceiros, sem os quais o Almanáutica não estaria em suas mãos. Ache todos eles: ABORDO - ABVC - ANDREHMELLO - BAILLY - CBALDOSO - FLASH - MARINABRACUHY - NAUTISPECIAL - SAILABOUT - VELAMAR
CURTAS f O Jantar de Premiação da 48ª Regata Volta a Ilha de Santa Catarina, Campeonato Catarinense de Optimist e Snipe, Copa Veleiros de Monotipos 2016 e Copa Veleiros de Oceano aconteceu no Salão Social da Sede Central do Iate Clube de Santa Catarina
f Após 812 dias o veleiro Kat, da Família Schürmann, retornou a Itajaí. A viagem começou em 21 de setembro de 2014 e levou a família por mais de 30 mil milhas pelos 4 oceanos em lugares como Antártica e China.
f Por falar em Família Schürmann, o filme “Pequeno Segredo de David Schürmann acabou não sendo escolhido como representante brasileiro no Oscar. Mas o filme vale à pena e é muito bem realizado. A dica é: leve uma caixa de lenços...
f O hangar do Yacht Club Paulista foi reformado recebendo um piso em concreto in-
tertravado. O medalhista olímpico e tetracampeão mundial de Star, Bruno Prada, diretor de Relações Institucionais do YCP, comentou: “O clube sempre foi muito charmoso e pela estrutura de hangar que possui merecia a reforma”.
f Claudio Biekarck, Gunnar Ficker e Marcelo Batista conquistaram o Sulamericano de Lightning 2016, no qual participaram um total de 12 veleiros. O campeonato foi realizado de 15 a 18 de dezembro no YCSA, na represa de Guarapiranga em São Paulo.
Memórias do Avoante tos Filho
Por Nelson Mat
Causos de Velejadores Em toda atividade tem os casos engraçados que fazem a alegria da turma durante os encontros de bate papo. A náutica tem uma lista interminável deles e a vela contribui com uma grande fatia. São situações embaraçosas que muitas vezes escapam por pouco de se tornarem grandes acidentes, mas depois de ocorridos, e olhados através de uma grande lente de aumento, entram no manual das situações hilárias. Tem a história de um grupo de velejadores que resolveu sair para um cruzeiro pela costa brasileira. A grande maioria nunca havia navegado além dos limites do píer de seu clube e a outra metade havia se aventurado poucas milhas em mar aberto, mesmo assim todos se achavam grandes navegadores de oceano e prontos a empreenderem grandes navegações. Na primeira ancoragem depois da largada um dos comandantes pede para um tripulante jogar a âncora, o tripulante sabedor que ordem de comandante não se discute, lançou a âncora ao mar com toda pompa e toda força. Logo em seguida grita: - Âncora no mar! O comandante então manda outra ordem: - Amarre o cabo no cunho. O tripulante pergunta: - Que cabo? O comandante arregalando os olhos diz: - O cabo da âncora rapaz. O tripulante com aquela cara de interrogação e sem saber do que se trata, diz: - Eu joguei a âncora e nela não tinha cabo nenhum. Pronto, a partir daí a coisa se transformou num pandemônio. Em outro barco da flotilha a situação não foi tão diferente. Dessa vez um comandante grita para o barco vizinho: - Como faço para ancorar? O comandante do outro barco responde: - Jogue a âncora! O primeiro comandante na maior tranquilidade faz mais duas perguntas: - Que âncora? E precisava trazer âncora? Ninguém respondeu mais nada e a turma do abafa correu para os botes de apoio para tentar resolver a bronca. Em outra flotilha um operador de rádio chama por outro veleiro: – Atento veleiro Ainda Existe, é você que esta no meu través? O operador do veleiro Ainda Existe responde: - Se é você que esta no meu través então sou eu que estou no seu través. Num veleiro que corria uma regata bem dis-
Rio de Janeiro - RJ
putada e em mar mais grosso do que cabo de amarrar navio, a bordo estava um militar da Marinha do Brasil com a patente de Cabo. O comandante vendo que um cabo da vela de proa estava solto, grita para a tripulação: Morde o cabo! O Cabo que naquelas alturas do campeonato estava mais tenso do que estai de força, responde assustado: - Eu não! Eu Não! Um certo clube de vela pediu treinamento a Capitania dos Portos para uso dos foguetes de sinalização. O capitão dos portos prontamente atendeu ao pedido e no dia combinado enviou oficiais para a demonstração dos artefatos. Formou-se um grande grupo de velejadores, todos atentamente escutaram as informações teóricas e em seguida se dirigiram a um local descampado para a aula prática. O primeiro foguete sinalizador nem deu sinal de vida e todos se olharam meio atravessado. Um oficial, com ar desconfiado, pega o segundo foguete e, pow. O bicho rodopia no ar, dá duas piruetas e retorna feito um bumerangue de fogo no rumo do grupo. Foi uma carreira tão grande que ninguém retornou para assistir o resto da aula. Até hoje eu não soube se existiu outra aula. Outro veleiro que navegava numa noite de lua, um tripulante, sem nenhuma experiência de mar, começa a sentir pontadas na barriga depois de comer uma suculenta macarronada. Vendo o progresso do arranca rabo em sua barriga, mais do que depressa comunica ao capitão que vai usar o sanitário. O capitão com larga experiência nos odores que essas situações causam dentro da cabine, orienta que a necessidade fisiológica seja feita fora da cabine, mais precisamente na borda do barco, pois as condições de vento e mar eram tranquilas. O rapaz, não vendo outra alternativa, sai da cabine e manda ver. Depois de meia hora de gemidos e alívios, e dando por encerrada a contenda fisiológica, bota a cabeça dentro da cabine e pergunta: - Como faço para me lavar? O capitão responde de pronto: - Lá mesmo na popa! O rapaz responde: - Eu não fiz na popa, porque não tinha onde segurar, fiz junto ao mastro. Foi muito difícil segurar à ira do capitão. Feliz Natal e um 2017 repleto de bons ventos, mares tranquilos, paz, saúde e alegrias!
Scheidt aposentado? Nem pensar! O desafio agora será a classe 49er, ao lado de Gabriel Borges (que fez dupla com Marco Grael no Rio-2016), Eles farão sua estreia na etapa de Miami da Copa do Mundo, em janeiro. Ele ainda depende de um bom patrocínio: a nova classe “é 50% mais cara que a Laser”, explicou.
MB
Marinha do Brasil Operação Verão: Denuncie
No dia 15 de dezembro, a Marinha do Brasil iniciou a Operação Verão 2016/2017. A ação é realizada todos os anos por meio dos Distritos Navais, Capitanias dos Portos, Delegacias e Agências nas áreas de maior concentração de embarcações de esporte e recreio do País, neste período em que aumenta a intensidade do tráfego desses tipos de embarcações. Dados da Superintendência de Segurança do Tráfego Aquaviário da Diretoria de Portos e Costas (DPC) mostram que somente no verão de 2015/2016 ocorreram mais de 40% do total dos acidentes registrados até novembro deste ano. As lanchas e motos aquáticas se destacam nas estatísticas. Nos últimos três verões elas representaram mais de 70% dos casos registrados com embarcações de esporte e recreio. A principal causa dos acidentes em embarcações de esporte e recreio é a falha humana. Por isso, este ano a Campanha traz como tema a valorização da segurança da família e dos banhistas durante as atividades de lazer com peças que frisam a importância de se adotar atitudes conscientes para prevenir acidentes e preservar a vida não apenas dos responsáveis pela embarcação, mas de todos os que estão a sua volta. Naufrágio, abalroamento, queda de pessoas na água, incêndio e colisão são os casos que mais se destacam nas estatísticas. De dezembro de 2015 a março de 2016, as embarcações que mais se envolveram com esses acidentes durante o lazer foram lanchas (58%), motos aquáticas (15%) e botes (14%). Ao longo de toda a Operação Verão 2016/2017, Organizações Militares da Marinha do Brasil se mobilizam para verificar o cumprimento das regras de segurança da navegação. Para isso, Agentes da Autoridade Marítima Brasileira intensificarão as ações de fiscalização, envolvendo os seguintes aspectos: habilitação dos condutores, documentação da embarcação, material de salvatagem (coletes e boias), extintores de incêndio, luzes de navegação, a lotação e o estado da embarcação. Além disso, serão utilizados etilômetros, tendo em vista que é proibido o consumo de bebidas alcoólicas pelos condutores. A Marinha do Brasil convida a população a participar da Operação Verão. Procure a Capitania dos Portos, Delegacia ou Agência mais próxima de sua região por meio dos sites www.mar.mil.br ou www.dpc.mar.mil.br e denuncie alguma situação que represente risco para a segurança da navegação, para a salvaguarda da vida humana no mar e para a prevenção da poluição hídrica.
NOVO VISUAL DA LINHA QUE MAIS ENTENDE DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO
J70 Challenge D E I N OVAÇ ÃO
Com o apoio do Iate clube do Rio de Janeiro, a classe J70 realizou o J70 Challenge. As regatas aconteceram em formato de 3 séries para 16 equipes do Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo e Brasília. No final, Marco Soares ganhou, com Haroldo em segundo, e Helinho Lira em 3º com 1 ponto atrás empatado com a equipe do Flavio. Na classe Prata, quem levou a melhor foi a equipe de Chico Vianna com a equipe do Norman em segundo lugar. No final a turma comemorou com pizza e cerveja...
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ABVC
INFORMATIVO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO
Palavra de
Posse da Nova Diretoria
PRESIDENTE
Prezado Associado da ABVC, Gostaria de me apresentar. Tenho 42 anos, sou empresário do setor de eventos e diretor comercial, velejador há 12 anos. Nos oito anos de mandato como Vice-Presidente do interior, eu e minha diretoria realizamos muitos eventos, oficinas e palestras. Nos nossos cruzeiros, sempre priorizei a segurança e o cuidado com as pessoas e sempre fiz questão de envolver a mídia, a Marinha e as prefeituras nos nossos trabalhos. Em cada atividade, uma arrecadação de cunho social, alimentos, roupas, brinquedos. Com apoio da atual diretoria e quero dar continuidade a tudo que já foi construído pelos meus antecessores e trazer minha experiência, ampliando as atividades nas mais diversas regiões onde a ABVC tem diretorias e precisa estar mais presente. Também vamos fomentar a relação com cruzeiristas internacionais, realizando convênios e um trabalho intenso para mostrar que nossa costa é segura e que melhorias estão sendo feitas em toda costa (vide Itajaí e Angra e Nordeste). Quero fortalecer a ABVC na Guarapiranga e nas regiões onde as atividades ainda não acontecem no ritmo que deveriam. Por isso conto com você, associado, com sua participação, com sua interação conosco e com o Vice-Presidente de sua região, sugerindo, cobrando e participando das atividades que serão propostas. Fica aqui o convite: participe e nos ajude a continuarmos a construir nossa querida ABVC!
Bons ventos,
Após realização da Assembléia conforme convocação anterior, foi eleita a nova diretoria da ABVC para o biênio 2017-2018. Em um jantar festivo realizado no bairro de Alto de Pinheiros em São Paulo, foram diplomados os membros da nova diretoria eleita: Presidente (Paulo Fax), Vice-Presidentes Regionais, Presidente do Conselho Diretor (Fernando Sheldon) e o novo membro do Conselho, deixando a presidência, Volnys Bernal. Durante a cerimônia, Paulo Fax, assinou o livro que registra todos os presidentes da ABVC desde a sua fundação, recebendo seu diploma logo a seguir. Em seguida foi a vez da diplomação dos Vice-Presidentes. A festa terminou com o Paulo Fax e o Conselho Diretor da ABVC jantar festivo.
Paulo Fax
Presidente da ABVC
Costa Leste 2017 Continuam abertas as inscrições para a edição 2017 do Cruzeiro Costa Leste. Nosso Comodoro para esta edição é o velejador Ricardo Montenegro, experiente e velho conhecido do Costa Leste desde a sua primeira edição. Ele já iniciou os contatos com os Comodoros do clubes pela costa, que receberão os veleiros do Rio até Aratu, na Bahia. Além do cronograma, regulamento e inscrições, você poderá saber das novidades para esta edição (como a vistoria técnica, por exemplo). Acesse agora mesmo o site da ABVC e inscreva-se. Dúvidas? costaleste@abvc.com.br
Costa dos Tamoios A sexta edição do Cruzeiro Costa dos Ta- Aloha I (Paulo Roberto), BLU II (Claudio moios, que parte de Ubatuba e chega a Pa- Lehmert Renaud, organizador), Jambock raty aconteceu nesse final de ano. A flotilha (Carlos Taube), Liv (Nellio Nogueira) e foi composta pelos seguintes participantes: Dushi (Boris Volavicius), Tiare II (Mauricio Ferreira), Almanaque (Leonel Fernandes Filho), Devaneio Rio (Walter Maia),
Cruzeiro Internacional Depois do sucesso do Cruzeiro na Croácia em 2015, a ABVC organiza mais uma velejada em Flotilha em águas internacionais. Desta vez veleiros serão alugados na Ilha de Mallorca, em empresa de sua preferência. A flotilha sairá da cidade de Palma e navegará em grupo através de uma rota que será disponibilizada em breve. A ABVC possui parceria com a empresa Dream Yacht Charter, o que proporcionará descontos exclusivos aos associados. A empresa Dream Yacht Charter poderá lhe proporcionar descontos que poderão chegar a 25%, distribuídos da seguinte forma: 10% por ser integrante da ABVC; 5% se a flotilha ultrapassar 10 barcos. Mais informações no site da ABVC. Garanta sua vaga!
Despacito (Ralf Merschmann), Allelluia (Brasilio de Mello Neto). Esse ano a visita à ilha Anchieta proporcionou contato com a nossa fauna: capivaras, quatis, cotias, saguís, tudo pertinho dos tripulantes. Na Almada foram recebidos pelo barco de apoio do restaurante do Fernando (bar da Almada) que ofereceu poitas. E entre churrascos e confraternizações, terminaram a semana na marina Farol de Paraty (que ofereceu o transporte para a terra e banho) com um jantar de encerramento. Você pode ler o relato e ver mais fotos (de Philippe Gouffon) no site da ABVC!
Convênios Consulte o site para mais detalhes e condições Iate Clubes e Marinas Aratu Iate Clube, Cabanga Iate Clube, Iate Clube Guaíba, Iate Clube de Rio das Ostras, Iate Clube do Espírito Santo, Marina Bracuhy, Marina Porto Imperial: 50% de desconto nas duas primeiras diárias consecutivas em vaga molhada. Descontos Brancante Seguros, Botes Remar, CSL Marinharia, Geladeiras Elber, SetSail Inteligência Náutica (Iate Clube de Santos): descontos em vistoria/ Survey, assinatura semestral de previsão de tempo e mar, contratação de Navegação Planejada, Serviços e manutenções. Dream Yacht Charter Brasil aluguel de embarcações no exterior, Cusco Baldoso cursos de vela oceânica: desconto e Isenção da taxa de matrícula, isenção da taxa de pernoite, 10% de desconto nos cursos e atividades.
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