ALMANÁUTICA
PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!
Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano V – nº 29 – março/abril 2017
www.almanautica.com.br ISSN: 23577800 29
Leia nesta edição:
Aplicativos que usam a meteorologia para traçar sua derrota Aos 57 anos ela remou em solitário 62km ! E mais Vela: Diversão ou Competição? * Cervejeiros que navegam E-mail via SSB agora no Brasil * Mulheres a bordo * Notícias do Caribe Regatas, colunas, diversão e muito mais!
ALMANÁUTICA
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EDITORIAL
Edna, Guerreira
Q
uem já passou dos 50 anos – como eu – sabe que praticar esportes com constância é mais difícil a cada dia. O corpo não responde mais tão rapidamente aos estímulos, a perda de massa muscular e, portanto da força é maior e mais rápida do que a sua capacidade de repô-la em seu corpo. Cada treino é uma superação. Sair de casa cedo para treinar com dor no corpo faça chuva, frio ou calor de rachar, não é sempre prazeroso. Então, porque? Por que a cada superação, a cada competição, você sente que valeu a pena. Quando você olha pra trás e vê muitos jovens de 20, 30, 40 anos que ainda não conseguiram bater sua marca, sabe que está no caminho certo, e isso te leva pro treino de segunda-feira cedinho. Agora imagine-se aos 57 anos, competindo em canoa havaiana em solitário, saindo de Salvador para chegar em Morro de São Paulo. 62 quilômetros solitários e lentos. Oito horas no total. O mar na saída da barra é mexido, os muitos navios estão por lá, entrando, saindo, (ou estariam parados?) e você ainda tem muitas e muitas horas pela frente. O Farol da Barra ficando pequenininho e o mar crescendo à sua frente. Suas mãos formigam, os braços doem. Muito. A bunda dói. O pescoço. Tudo dói. E você se pergunta “O que é que eu estou fazendo aqui?”. Edna Delmondes estava exatamente lá, nesse estado e respondeu a si mesma: “Me superando, quilômetro, após quilômetro. Comemorando a cada passo”. Edna, a guerreira dessa história contou (pág. 4) como foi essa superação. Sessenta atletas participaram dessa competição, organizada pelo Yacht Club da Bahia. Quem me deu a dica foi meu amigo Julival Góes, do Programa A Bordo da rádio Metrópole de Salvador: “Amatucci, você precisa conhecer esse feito”. Dito e feito. Que o exemplo dessa mulher nos inspire a conquistar nossas metas, a superar nossas dificuldades e a chegar onde sonhamos. Um quilômetro por vez... Ricardo Amatucci - Editor
Murillo NOVAES Carnaval Atlântico É carnaval. Enquanto multidões enlouquecidas enchem as ruas das principais cidades nacionais, em um resgate saudável da popularidade rueira da festa que nos define, eu, bem quietinho no covil do manza, em Cabo Frio, só vejo, penso e sonho sobre os veleiros HPE. Finalmente, o trinado momesco, para este escriba convertido apenas em um super feriadão, me permite terminar o livro sobre a classe HPE e sua história. Sem dúvida, uma narrativa de êxito feita a várias mãos, cabeças e corações que transformou o HPE25 no veleiro esportivo nacional de maior sucesso dos últimos tempos com 58 barcos singrando nossas águas. Aguardem! Por causa da tarefa, não pude ir na festa de premiação da tradicionalíssima Buenos Aires-Rio no Iate Clube do Rio de Janeiro. Uma pena! Pois nesta edição da regata foi feita história, muita história. Primeiro porque, depois de 19 anos, um barco brasuca venceu a prova. O último havia sido o ‘Madrugada’, de Pedro Paulo Couto, em 1979. Daí em diante só argentinos, chilenos, uruguaios e americanos estiveram no mais alto do pódio. O Dufour 500 ‘Ventaneiro’ do comandante Massara, que também atende pelo apelido de Renato Cunha Faria, levou 7 dias, 14 horas e 46 minutos da capital portenha até a cidade maravilhosa e venceu no tempo corrigido, ganhando o tradicional e cobiçado troféu do evento. Na tripula estavam ainda: Ricardo Ermel, André Nahoum, Felipe Diniz, Breno Osthoff, Alfredo Rovere e Sergio Goretkin Filho. Guerreiros do Atlântico! O feito de Massara só aumenta seu tamanho nos anais da mais famosa prova oceânica da América Latina. Em 1987, à bordo do antigo (pequeno, comparado ao navio de hoje) ‘Cisne Branco’ ele, ainda
um aspirante da Marinha do Brasil, junto aos seus companheiros foi o fita-azul e bateu o recorde da regata com 4d 18h e 52m. Recorde que duraria 21 anos. Só sendo batido, com 4d 9h e 55m, pelo estadunidense ‘Rambler’, a máquina de regatas do comandante Ken Read, que viria a ser vice-campeão da Volvo Ocean Race, no ‘Puma’ e hoje é o presidente mundial da North Sails. Até hoje apenas os dois barcos conseguiram completar a prova em 4 dias. E pela primeira vez o velho Comandante Cunha Faria, baluarte da administração, da educação e da vela militar no Brasil, viu seu nome inscrito na história da regata. Veria novamente neste 2017. Para este misto de manza e escriba, que fui e sou navegador, no sentido estrito do termo, de grandes comandantes como Pierre Joullié, do ‘Saravah’ (outro a brilhar nas águas do Atlântico Sul recentemente na Cape2Rio) e Torben Grael, no seu ‘Lady Lou’, a edição da Bue-Rio deste ano trouxe também uma alegria ancestral. A pedido do Massara, além de velejar eventualmente no ‘Ventaneiro’, fiz, direto do covil cabo-friense, o roteamento/planejamento/ navegação do barco para a regata Buenos Aires-Punta del Este no Circuito Rolex Atlântico Sul e também o mesmo para a supra citada Buenos Aires–Rio 2017. Quando enviei a rota, mapas, descritivo, etc. pro comandante, logo antes da largada, lembrei a ele que, curiosamente, era a segunda vez na história da minha família que alguém fazia isso para a regata e não podia efetivamente estar a bordo. Na primeira vez, meu saudoso avô, Carlos Reis, que fora navegador do legendário ‘Atrevida’, no final dos anos 1940, mais precisamente em janeiro de 1950, fizera todo o planejamento (sem GPS, softwares, modelos de previsão matemática, etc.) para a prova e, por compromissos profissionais, não pôde ir. A história era famosa na família e motivo de orgulho pro “velho”, pois pela primeira vez, a rota a ser singrada não era o tradicional caminho que todos, em cruzeiro, comércio ou regata (a primeira foi em 1947),
Crônicas Flutuantes
faziam. A ideia do vô era ir bem pro meio do oceano e não costeando o litoral como normalmente acontecia à época. Deu muito certo! E ele foi celebrado pelos seus companheiros pela fita-azul na regata! Com a morte dele, em 1976, boa parte destas histórias se perdeu. Eu, que sempre soube dos feitos no ‘Atrevida’, acreditei que se tratava também de mais um brilho da nossa nave mãe da vela nacional. Nunca me dei ao trabalho de checar nada. Sempre contei a história assim e até escrevi isso pro Massara já que, além de tudo, a rota que passei pra ele era bem aberta no oceano, assim como em 1950. Ledo engano! Comentando com a única filha sobrevivente do velho Carlos Reis, minha tia Heloisa, que hoje mora em Estugarda, na Alemanha, descobri que, na verdade, o barco que mudou a rota tradicional e fez história no passado era outro, o do Pimentel Duarte, o não menos famoso ‘Vendaval’. O velho Reis era esperto. Além de velejar no ‘Atrevida’ e no ‘Vendaval’, ainda foi pioneiro das classes Star e Guanabara no Brasil e companheiro dos Schmidt, pai e filhos, lá em Niterói. Schmidts esses que se tornariam mais famosos quando outro sobrenome se agregasse ao de origem dinamarquesa: Grael. Por tudo isso, mesmo sem pular o carnaval, meu peito se encheu de alegria festeira. E meu desfile, ainda que imaginário, foi com o bravos e queridos tripulantes do ‘Ventaneiro’ que me permitiram, por aquelas lindas coincidências do acaso, repetir um feito do meu ídolo maior, Carlos Reis, que legou à minha mãe e a mim o profundo amor pelo mar, e fazer uma navegação vencedora na Buenos Aires-Rio. Minha Sapucaí neste ano começa no obelisco e termina no Cristo Redentor. Folia total! Em tempo, em 1950 o vencedor geral da regata foi o ‘Fjord III’, de Germán Frers, e em 1987, foi o ‘Daphne’, de... Germán Frers. Os fita-azul nestas edições já sabemos. Finalmente fiz a pesquisa!... Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com
Coluna do escritor José Paulo de Paula
Grandes travessias
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. Vá lá, temos que concordar que é um pensamento e tanto, assim como toda a obra de Fernando Pessoa, aquele do navegar é preciso, viver ... Dizem boas e más línguas que o poeta, que assinava sob diversos heterônimos, era chegado n’umas e n’outras e não saia do balcão de seu bar preferido, o “Café A Brasileira”, em Lisboa, capital de Portugal para quem deseje uma localização mais exata. Dizem ainda que foi-se, devido a pernície hepática, aos vermes precocemente. Não é preciso ser poeta ou filosofo ou escritor ou lá mais o que seja para filosofadas sobre travessias, sejam elas enormes, médias ou pequenas; basta fazê-las. De maneira geral tais lucubrações ocorrem em mesas, sejam de algum botequim, do restaurante da marina ou no interior – ou no cokpit – de um aconchegante veleiro viageiro. As histórias se dividem desde as mais humildes até
as mais extravagantes mas, regra geral, têm certa tendência ligeiramente deslocada em prol de mentirinhas inofensivas. Já as definições são taxativas e, no mais das vezes, cercadas de bom e sarcástico humor. Já ouvi mais de uma vez e repito sempre durante meus cursos de vela: “Grandes travessias são intermináveis momentos de tédio entremeados por alguns momentos de pavor”. Realmente, por mais que se estude o trajeto e se desenvolva estratégias, apoios logísticos e etecetera-e-tal, ao se atravessar um oceano é de bom alvitre abastecer-se de muuuuuita leitura e uma boa roupa de tempo. Para estes “momentos de pavor”, por pior que possam parecer, recomendo uma frase – não sei a autoria – de que gosto muito: “Em todo beco sem saída existe uma passagem secreta”. Hoje em dia as previsões de tempo são fantásticas para todos aqueles cujos bolsos permitam a existência e manutenção a bordo de sinais de internet e todos os equipamentos necessários para isso. Mas é interessante sempre ter em mente que há uma previsão de tempo que está sempre correta... Ele não para, a não ser em travessias extremamente perigosas
onde quaisquer estratégias logísticas são absolutamente inócuas como, por exemplo, as da das balsas da DERSA sobre o canal que separa São Sebastião de Ilhabela. Voltemos a pensamentos mais dignos de análises. “Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para gente é no meio da travessia”. Essa aí é de ninguém menos do que João Guimarães Rosa, aquele do Grande sertão veredas... Diadorim, cumpadre meu Quelemém, Riobaldo Tatarana... aquele do “O diabo na rua, no meio do redemunho”. Esse pequeno trecho cai como uma luva para navegantes que pretendam travessias mais ousadas... O diabo na rua, no meio do redemunho não deve ser esquecido quando sobre as águas. Voltemos às mesas. Começo do ano passado fui dar – sosseguem as mentes mais estrumadas – no Caribe, saindo de Santarém, estado do Pará, a bordo do veleiro Kuarup do meu amigo Fábio. Tivemos nossos breves “momentos de pavor” na foz do rio imenso, todavia achamos nossa passagem secreta, após o que... leituras e boas pescarias. Na ilha de Grenada muitos brasileiros, de maneira que as mesas estavam quase sempre
lotadas. Numas das noitadas pude contar tripulações de, pelo menos, oito veleiros que desfraldavam o sofrido pavilhão verde e amarelo. Lá pelas tantas e, consequentemente, depois de tantas, estabeleceu-se conversa sobre nosso tema, travessias. Entre os protagonistas um casal muito engraçado: ele Carioca, ex piloto de objetos voadores, desde pipas até helicópteros e ela cearense da gema, fala alta e franca, um tanto espalhafatosa. Os dois absoluta e francamente aficionados a uma boa noite de bebedeiras. Definições daqui, conjecturas acolá, nossa amiga nordestina finalmente coloca os pingos nos “is” de maneira magistral quando sentencia em alto, bom e cambaleante tom – tente o leitor imaginar o sotaque: “Grandes travessias são a maneira mais difícil que o cabra tem de achar um botequim pra encher a cara”. Venhamos e convenhamos, é de fazer inveja a Alberto Caieiro ou ainda Ricardo Reis, alguns dos heterônimos usados por Fernando Pessoa . José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador, violeiro, cervejeiro artesanal e autor dos livros “É proibido morar em barco” e “Divã Náutico” que podem ser encomendados em zepearte@gmail.com
Umas e Outras
Histórias de um navegante im pre ciso
a lio Vian Por Hé
Regata na casa da minha casa Eu tenho uma amiga que mora em um Atol 22 – é isso mesmo, não é erro de digitação, o Aquarela é um protótipo do Atol 23. Muito fofa a Chris, que chama a Marina Bracuhy de “a casa da minha casa”. Eu também escolhi este lugar para morar e divulgar um evento em minha casa, como aquele reclame do MasterCard, não tem preço. Então anote aí na agenda: 25 de março, um sábado, que espero amanheça ventoso, vai rolar a 1ª Regata JL Marina Bracuhy. Quando participei do grupo que organizou o IV Encontro Nacional da ABVC – Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro, o primeiro de uma série no Bracuhy, me impressionou a força do trabalho voluntário. A turma vestiu a camisa, suou muito apesar do frio de junho e criou um evento que se tornou um marco na vela de cruzeiro brasileira, botou a ABVC na boca do povo e transformou a Marina Bracuhy no “porto dos velejadores” de Angra dos Reis. Agora não poderia ser diferente, os voluntários já trabalham há mais de mês para organizar uma regata festiva, com muito calor humano e que já estreia fazendo parte do Campeonato anual da FARVO – Flotilha de Angra dos Reis de Veleiro de Oceano.
Os barcos de fora poderão chegar à véspera da regata, a JL Marina franqueou 35 vagas até o domingo; o furdunço começa na sexta-feira com um happy hour especial no BowTeco, no canal de acesso a marina; os bares da orla terão programação especial, no quiosque Carambola você terá a opção de sanduíches exóticos para matar a fome durante a velejada. Fugimos da tradicional canoa de cerveja pós-regata, em compensação teremos uma chopada da Mistura Clássica. No jantar de confraternização, com música para dançar, mais chope (serão quase 400 litros!), sorteio de brindes maneiros e entrega de troféus para os três primeiros de cada uma das 11 classes convidadas. Será uma regata democrática, além da sopa de letrinhas APS, APS-C, BRA-RGS, são bem-vindos os Bico de Proa (barcos sem medição ou classe definida para regatas, que normalmente têm as tripulações mais festeiras), os de Cruzeiro, os sempre esquecidos Multicascos, e os Clássicos, que cá pra nós, não correm regata e sim desfilam, além de uma premiação especial para Beneteau e Delta. Para os participantes da Regata Caras-Náutica, que acontece em 11 de março, que emendarem com a “nossa” e quiserem deixar o barco aqui, a JL Marina está com tarifa especial. Mais detalhes você encontra na página 6 deste pasquim, que é parceiro de primeira hora do evento, ou em www.facebook.com/RegataJLMarinaBracuhy Tá na área? Então corra que as vagas são limitadas. Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos ventos e mantém o maracatublog.com
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Eduardo Sylvestre Diversão e Competição Neste final de janeiro tivemos na Argentina o Simpósio da World Sailing para desenvolvimento da Vela. Foi a primeira vez que este simpósio foi realizado na América do Sul. Lá tivemos a participação de vários países como Austrália, Inglaterra, Japão, Taipei, Equador, Argentina, Brasil, Venezuela, Portugal, Chile entre outros. O tema foi o “Desenvolvimento da vela” como desenvolvê-la em linha com o novo lema da World Sailing: “Esporte, Natureza e Tecnologia” e dentro do quadro de treinamento recomendado pelo ICCE (International Council for Coaching Excellence) que é adotado pela ISAF. Este quadro ou Framework, nos mostra uma estrutura de treinamento com dois modelos claros e trabalhando em conjunto lado a lado. Um seria treinamento para participação na vela e outro seria treinamento para performance. Ou seja um dos objetivos da World Sailing é que cada país através de sua federação ou confederação desenvolva a vela seguindo lado a lado dois programas interagindo entre si, um com objetivo de expandir a vela como esporte para a vida toda através de atividades lúdicas e participativas onde o foco é se divertir, ou simplesmente velejar. O outro seria preparar o velejador para competições e regatas. Desta forma poderíamos ter um esporte no qual não estaríamos só vendo o lado competitivo dele e sim o participativo também. É impressionante que muitas federações não têm nenhum interesse em desenvolver o lado participativo. Isso é muito claro quando vemos e analisamos nossos clubes e escolas
de vela e vemos que não temos opção fora do sistema de preparação para regatas. A grande preocupação comum a todos os países participantes no simpósio foi: como expandir a vela; como reter mais
velejadores adolescentes; como difundir a vela em todo o país; como ampliar a base existente de velejadores; etc.. Tudo isso sem esquecer da sustentabilidade no nosso esporte. Como tenho viajado pelo mundo todo e dado vários cursos e clinicas, tenho visto vários exemplos positivos e negativos e não vejo outra saída para nosso esporte a não ser uma mudança de mentalidade de nossos dirigentes, federações, clubes e escolas de vela. Mudanças que teriam que ser tomadas com medidas concretas, como por exemplo, tirar do papel o programa de desenvolvimento da vela que está engavetado por três anos na CBVela e pô-lo em prática no Brasil todo. Programas como este visam a formação de instrutores e técnicos com metodologia, didática e conceitos modernos com propósitos claros visando exatamente o que temos falado, programas para todos, competidores e participantes para o crescimento de nosso esporte.
Cabe a você e a mim começarmos este diálogos em nossos clubes e escolas de vela e federações envolvendo diretores e pais de velejadores. Felizmente vejo vários programas sociais inclusivos de vela espalhados por nosso Brasil, muitas vezes sem apoio algum e muitos destes projetos perto de clubes tradicionais muitas vezes vazios com programas de vela ineficientes. Nestes projetos sociais muitas crianças e adolescentes estão descobrindo exatamente o que queremos, ou seja, que o esporte a vela é um esporte para vida toda, onde elas aprendem a controlar as velas os cabos e com o a extensão da cana do leme conseguem uma liberdade jamais sentida, e que é possível velejar simplesmente para se redescobrir, e achar novas direções e quem sabe também competir. Gostaria muito de ver um dia nacional da vela onde nossos clubes ficariam abertos com um grupo de voluntários prontos para levar alguém que nunca velejou conhecer o esporte e velejar. Desta forma começaremos a desmistificar o nosso esporte que é visto como elitista e extremamente fechado. Exemplos como o dia nacional da vela já existem na Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra e vários clubes ao redor do mundo já abrem suas portas uma ou duas vezes ao ano com este objetivo. E você o que tem feito para o desenvolvimento do nosso esporte? Se cada um de nós fizer algo, mudaremos a vela para melhor. Eduardo Sylvestre é Diretor do Programa de Desenvolvimento da CBVela, Expert da ISAF, técnico nível 3 da USSailing e ISAF World Youth Sailing Lead Coach.
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Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier Contato: falecom@almanautica.com.br Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial. Visite nosso site: www.almanautica.com.br
Foto da capa:
Jorge Zarif disputa a etapa Miami da Copa do Mundo de Vela na foto de Pedro Martinez (Sailing Energy)
regata
Guarapiranga - SP
Copa YCP virou Copa Paulista com regatas em Santos
Solitária na Canoa Aconteceu em fevereiro o I Desafio Travessia Yacht Club da Bahia – Morro de São Paulo, reunindo 60 atletas num percurso de 60 km, sem revezamento ou barco de apoio. A competição foi uma realização do Yacht Clube da Bahia com o apoio da Secretaria de Turismo de Cairu, Secretaria Municipal de Trabalho, Esporte e Lazer de Salvador – SEMTEL, Secretaria Estadual de Turismo e Marinha do Brasil. O destaque foi Edna Delmondes, 57 anos, que compete na categoria grand master, e é remadora de canoa havaiana há apenas dois anos. Ela competiu na categoria OC1 (solitário) Feminina, fazendo o percurso de 60 km em exatas 7 horas 59 minutos e 19 segundos. “Na prova havia três modalidades: canoa havaiana de 6 pessoas, surf ski e canoa havaiana de uma pessoa, a OC1. Eu escolhi essa, a mais desafiadora. Aquela que era eu comigo mesma, aquela que só tinha eu mesma para conversar”, contou Edna ao Almanáutica. “Usei a estratégia do otimismo. Em nenhum momento pensei nos 62 km e tampouco pensei em desistir. Fui contando de 10 em 10 km e comemorando. Quando as pernas e as mãos adormeciam, sem parar de remar, eu as movimentava. Nos últimos 10 km fiz contagem regressiva, 9... 8... 3... 2... 1... e CHEGUEI! Aí não contive as lágrimas. Foi a hora que deixei a emoção tomar conta de mim”, conta Edna emocionada. A premiação da competição foi em praça pública, no palanque central e os atletas foram bastante aplaudidos pela população local, turistas e pelos acompanhantes e amigos, que foram à Morro de São Paulo exclusivamente para prestigiar os atletas e o evento. Luis Pato, Gerente de Esportes do Yacht, Álvaro Zollinger, Diretor de Remo e Antonio Saback, Vice Comodoro de Esportes concluíram a cerimônia de premiação anunciando a data da II edição do evento: 3 de fevereiro de 2018.
A abertura da Copa Paulista indicou um rumo promissor para a vela na temporada de 2017 no Estado de São Paulo. A regata inaugural atraiu para a Represa de Guarapiranga 88 barcos, sendo 13 da classe Optimist (15 Classes no total), recorde de participantes em apenas uma etapa da competição criada em 2015. Neste ano a disputa mudou de Copa YCP (Yacht Club Paulista) para Copa Paulista. E uma das novidades é o acréscimo de nove para 12 etapas, sendo três inéditas a serem realizadas no litoral devido à parceria entre YCP e Iate Clube de Santos. A numerosa classe Snipe correu duas regatas e tem liderança da dupla do YCP, Leonardo Prioli e Gabriel Chorociejus seguidos por Enrico e Frederico Francavilla e por Alberto e Eloáh Hackerott (YCP). As três divisões da Laser têm os seguintes líderes após três regatas: José Hackerott (YCP – Standard), Stephan Kunath (Radial) e Felipe Fonseca (4.7). Ricardo Santos lidera a classe Finn, enquanto Arno Buchli Jr. (ASBAC) é o primeiro colocado na Day Sailer. Foto: Douglas Moreira
ALMANÁUTICA
4 A Bordo
Recife - PE
Com regatas em Santos (SP) a Copa Paulista promovida pelo YCP bateu recorde logo na primeira etapa
Taça Comodoro As embarcações Patoruzu (Oceano); Kamikaze (Dingue); Lady Lu (Day Sailer) e o velejador Roberto Cardoso Filho (Optimist) conquistaram no início de fevereiro a Taça Comodoro 2017. Os vencedores foram premiados em uma cerimônia realizada no Cabanga Iate Clube de Pernambuco. Na classe Oceano, a embarcação Patoruzu (Mocra Regata), do comandante Higínio Marinsalta, conquistou o Troféu Fita Azul, com as embarcações Quarta-feira 14 Bis (Eugênio da Fonte), Morning Breeze (Guilherme Araújo) e Ciranda (Sérgio Avelar), campeões das classes RGS B, RGS A e Mocra Cruzeiro. Na classe Dingue, o atual Campeão Pernambucano da categoria, Leonardo Almeida (Kamikaze), que teve a velejadora Danielle Morais como proeira, conquistou o primeiro lugar. O segundo e terceiro lugar foi ocupado, respectivamente, pelos velejadores Clóvis Holanda e Thiago Holanda (Munganga) e André Verona e Roberto Xavier (Nuclear). Day Sailer: Lady Lu, (João Limeira e Vitor Peixe) venceu. Na Optimist, Roberto Cardoso Filho conquistou o bicampeonato, Marina da Fonte, atual campeã brasileira de Optimist feminino, ficou em segundo por critério de desempate, e Guilherme em terceiro
43º Brasileiro de Laser Aconteceu em janeiro o 43º Campeonato Brasileiro de Laser, realizado na Represa Guarapiranga. A categoria Radial foi vencida por Martin Lowy por antecipação, Antonio Rosa confirmou o segundo lugar, e João Emilio Vasconcellos o terceiro,estes últimos do Clube dos Jangadeiros (RS). No feminino o ouro ficou com Gabriella Kidd, (ICRJ), terminando na quarta colocação no geral. Odile Ginaid ficou em segundo e a francesa Marie Bolou em terceiro e Maria Hackerott (YCP) em quarto. O campeão da classe Standard foi Alex Veeren, do Iate Clube de Santa Catarina com João Pedro Oliveira, do Iate Clube do Rio de Janeiro em segundo, e Phillipp Grochtmann, do Veleiros do Sul em terceiro. Na classe 4.7. Andrey Godoy, do Paraná, conquistou o bicampeonato. A grande surpresa foi Nicolas Bernal, que acabara de voltar do Espírito
Naufrágios
Edna, a guerreira solitária A Bordo vai ao ar todos os domingos das 10h às 11h pela Metrópole FM de Salvador: metro1.com.br Baixe o app e ouça em qualquer lugar!
Quatro navios rebocadores foram afundados no Recife para criar novos pontos de mergulho e recifes artificiais. Já havia 14 rebocadores afundados. Agora são 18. Quatro O Bellatrix (30 m) Phoenix (30 m), São José (24 m), ficaram a uma distância de 13 km da rebocadores costa a uma profundidade de 28 metros. Já o foram rebocador Virgo foi afundado a 11 km do Porto naufragados do Recife e fica a 25 metros de profundidade, em Recife no chamado “Parque dos Naufrágios” de Perpara nambuco. Além de Recife, Fernando de Noo turismo ronha, Abrolhos (Bahia) e Bombinhas (Santa de mergulho Catarina) também tem parques de embarcada região ções naufragadas.
Nicolas Bernal: Campeão Brasileiro de Optimist e Vice Brasileiro na Laser. Na mesma semana! Santo onde sagrou-se campeão brasileiro de Optimist, e que emendou o Brasileiro de Laser, obtendo o segundo lugar na classe. Pedro Bomeisel ficou em terceiro.
Porto Alegre - RS
Babitonga - SC
Sul-Brasileiro de Hobie Cat
Perigo na Baía da Babitonga
5 Perigo na Babitonga: Laje sem baliza exige cuidado!
Após a realização do 28º Circuito Oceânico, o Iate Clube de Santa Catarina retorna ao centro das atenções da vela nacional com a disputa do 43º Campeonato Sul-Brasileiro de Hobbie Cat 14 e 16. Os barcos de oceano darão vez aos monotipos que proporcionam belas imagens com as velas coloridas preenchendo a raia de Jurerê.
A flotilha de Cat 14 e 16 disputam o Sul-Brasileiro em Jurerê
Brasília - DF
Classe Finn no Paranoá
A Classe Finn, atuante na Guarapiranga (acima) agora também está mais forte no DF Foi Gabriel Raulino que trouxe o primeiro barco da Classe Finn para o Iate Clube de Brasília em 2012. Depois Juliano Rosas trouxesse o segundo barco no ano seguinte; e em 2016 outros mais, de Renato Moura, Marcus Amaral e Rommel Castro. Assim nasceu a flotilha Finn - DF. Ainda em 2016, Diogo Pelles trouxe mais um Finn para o Cota Mil Iate Clube e agora em 2017, Carlos Freitas entrou para flotilha representando a AABB-DF. No Brasil a flotilha mais atuante é a de São Paulo, na represa de Guarapiranga. Outro polo forte da classe é no Rio de Janeiro, que recentemente recebeu as Olimpíadas de 2016 deixando um belo legado para a cidade. Em Brasília a flotilha está se organizando para oficializar seu ranking e se filiar à Federação Náutica de Brasília ainda este ano. Nossa torcida para vê-los disputando o Brasileiro representando o DF!
Em virtude de um acidente com embarcação, aconteceu a destruição da baliza encarnada que marcava a “Laje Grande de Cima” nas coordenadas Lat S 26°14.620’ / Long W 048°39.424. Esta área oferece grande risco à navegação,
porque a laje se estende na direção SE por aproximadamente 80 metros e pedras a descoberto, e que variam entre 25 cm a 0,5m. A colaboração veio do Comandante Gunther Webber, do Joinville Iate Clube. Fiquem atentos!
Ilhabela - SP
Brasileiro de Snipe Foi realizado de 20 a 27 de janeiro o 68º Campeonato Brasileiros da Classe Snipe, organizado pela Flotilha 455 de Ilhabela, pela E-ventos, CBVela e com apoio da Prefeitura de Ilhabela, da Fevesp e da Coordenação Classe Snipe São Paulo. Na classificação geral, ficou em primeiro lugar, sagrando-se Campeã Brasileira, a dupla formada por Alexandre Paradeda e Lucas Mazin Clube dos Jangadeiros. Bruno Behtlem e Dante Bianchi (ICRJ) ficaram em segundo e Matheus Tavares e Gustavo Carvalho, do Yacht Clube da Bahia e terceiro. “Foi um dos campeonatos mais duros que eu já tive. Nós começamos mal, precisávamos nos recuperar, concentrar na largada e voltar a andar bem. Conseguimos isso, evoluímos ao longo das regatas, apesar de uma punição no terceiro dia. Tudo isso deu um gostinho especial à conquista”, definiu Paradeda.
A sede do evento foi a Escola Municipal de Vela Lars Grael. Veja os resultados aqui. Próximos eventos da Classe Entre as novidades divulgadas no evento, Rafael Gagliotti, da flotilha 483 Santos é o novo secretário da Classe Snipe e contará com uma equipe de SP e Santos para ajudá-lo. Também foram decididos em relação a datas e eventos que o Campeonato Brasileiro de 2018 acontecerá em Porto Alegre no Clube dos Jangadeiros. Já em 2019, o brasileiro vem para a Guarapiranga no Yacht Club Paulista – YCP. O Norte-Nordeste 2017 acontece em Pernambuco. Também foi criado um novo campeonato chamado de Sudeste Brasileiro, que terá como sede em 2017 o Yacht Club Paulista já em 1° de maio. E o Sul-Brasileiro 2017 será disputado no Jangadeiros em setembro.
ALMANÁUTICA
6 Salvador - BA
4.350 milhas náuticas – 8.056 quilômetros até a chegada na Baía de Todos os Santos.
Na rota internacional World ARC Dez anos desde a última edição na Bahia, a Transat Jacques Vabre, maior regata transatlântica do mundo, terá Salvador como chegada na edição de 2017. A cidade brasileira disputava a candidatura para sediar o evento, que ocorre em novembro, com a colombiana Cartagena. O anúncio oficial foi feito hoje, terça, na França. A cidade recebeu a competição de 2001 a 2007 (a cada dois anos) e, ao lado de Itajaí (SC), são as únicas duas cidades brasileiras a serem porto de chegada da travessia. A largada oficial para a 13ª edição será dada no dia 5 de novembro, em Le Havre, e a previsão é de que os primeiros veleiros cheguem a Salvador no fim do mesmo mês. O trajeto terá ao todo
Um dos mais importantes e ventos náuticos internacional, o rally de vela World Arc chegou a Salvador após sair do Caribe e completar passagem pelo Atlântico Sul. Embarcações de 38 e 62 pés, de 15 paí¬ses diferentes foram recepcionadas na Bahia Marina onde ficaram atracadas, Os competidores vão passar o Carnaval na Bahia (que dúvida...) e seguem depois para um cruzeiro pela costa brasileira. A Regata Internacional World ARC é disputada todos os anos, por diversos tipos de embarcações, com tripulações que variam entre seis e 12 velejadores, totalizando em torno de 100 pessoas envolvidas diretamente no evento.
André Homem de Mello: site novo
André Homem de Mello dispensa apresentações. Velejador e autor de livro, ele tem representações dos veleiros Beneteau e Lagoon no Brasil e sua sede fica em Ilhabela. Mas a novidade é que agora ele modernizou seu site. De casa nova - hmyachts.com.br – a primeira imagem que encontramos já dá vontade de largar tudo e estar em um veleiro. O design ficou mais funcional, bonito e a navegabilidade fácil e intuitiva. E os veleiros... bem isso é um assunto à parte. Novos e seminovos com garantia de origem são opções certas para fugir dos micos e surpresas desagradáveis que se escondem sob o casco por aí... Vale a visita e uma boa navegada no site. Parabéns André!
Angra - RJ Marina JL Bracuhy realiza regata
Acontece no sábado, dia 25 de março, a primeira edição do que promete ser mais um sucesso na Baía de Angra dos Reis: A Regata JL Marina Bracuhy, para as classes APS, APS-C, RGS, RGS Clássicos, Cruzeiro, Bico de Proa sem balão, Bico de Proa Multicascos, Beneteau e Delta A FARVO – Flotilha de Angra dos Reis de Veleiros de Oceano, já confirmou que a Regata JL Marina Bracuhy fará parte do Campeonato 2017. Isso significa que os resultados desta Regata valerão pontos para o Campeonato Anual de Regatas de Angra dos Reis. Com isso, a festa da vela que está sendo preparada ganha status de “oficial”. E é muito provável que seja inserida no Calendário de Regatas nos próximos anos, trazendo o Bracuhy de volta ao circuito de eventos de vela de oceano da região. Os veleiros participantes inscritos nas classes APS e APS-C estarão competindo pelo Campeonato da Farvo, mas ao mesmo tempo as classes RGS, Classicos, Cruzeiro, Bico de Proa e Multi Casco continuam convidadas sem nenhum compromisso com o campeonato. O veleiro Lu Galante (Sampaio e Luiza) é o fita azul das inscrições, tendo sido o primeiro a se inscrever. Os inscritos terão uma série de benefícios na festa: – Vaga na Marina Bracuhy para os veleiros participantes – Kit com camiseta e brindes – Jantar regado a chope – Sorteio
O novo site de André que fica em hmyachts.com.br está mais bonito e fácil de navegar. Visite!
A 1ª Regata Marina Bracuhy tem o patrocínio da Marina Bracuhy de Angra, e apoio do Jornal Almanáutica, Tlaloc (veleria e equipamentos), Sailabout (charter no Bracuhy), FARVO (Flotilha de Angra dos Reis de Oceano).
E-mails via SSB: agora no Brasil O velejador Maurício Ferreira trouxe para o Brasil a empresa. Da instalação do rádio à antena e aplicativos, agora você pode ter uma assessoria completa!
Em 2012 resolvi preparar meu veleiro para subir a costa brasileira incluindo a REFENO. O primeiro desafio foi o SSB, pois não temos muita gente com experiência, as lojas tradicionais não tem em estoque, e temos poucos veleiros com este item de segurança. Mas como o meu objetivo era navegar com o máximo de segurança, pesquisei e comprei um Icom M802 com antena turner. Não trouxe a antena rígida, pois achei muito grande. O pessoal da West Marine recomendou a instalação no estai de popa. Quando comecei me informaram que a instalar no estai envolve o corte do cabo de aço, o que não queria. Então fiquei sabendo da Rope Antenna: um cabo com um fio de antena por dentro, que se estica do convés até o mastro, que atende tanto quanto a utilização de um estai, com a vantagem de não comprometer nada no barco. Também instalei uma placa de cobre para aterramento independente, só para o rádio, algumas placas de acoplamento capacitivo para o terra
Rio de Janeiro - RJ
e uma malha de terra para ser esticada pelos porões do veleiro. Nos testes consegui falar com Vitória, Abrolhos e o barco de apoio da Marinha durante a Refeno. Depois que instalei o rádio, o proprietário da empresa que me vendeu a antena me ligou e me ofereceu um sistema de email via SSB. Depois de entender o sistema, percebi o potencial do mercado e resolvi desenvolver todo esse sistema no Brasil (inclusive a repetidora!). O ambiente já está operacional e agora consigo mandar e receber email no veleiro via SSB. Basicamente conectamos um modem Pactor no rádio SSB do veleiro que conecta na USB do notebook. Há um software que escreve, manda e baixa emails de uma central. Na empresa instalei a central, onde temos outro rádio SSB, um modem Pactor conectado a um servidor Linux e tudo conectado com a internet com um IP fixo contratado. Existe um aplicativo para notebook, que permite escrever os emails e anexar arquivos para serem enviados. Uma das opções do aplicativo é enviar os emails postados na caixa de saída. Outra opção é ver os emails que estão no servidor para serem baixados, escolhendo quais serão baixados e no próprio aplicativo pode ser ver o conteúdo destes emails. Pode parecer complicado, mas não é não! Na verdade é bem simples. Se você ficou interessado em instalar esse sistema no seu veleiro, contate-nos: mauricio@cruiseemail.com.br / www.cruiseemail.com.br Veja detalhes no anúncio da minha nova empresa que está na página 5 aqui no Almanáutica. Lá eu mostro a cobertura e o meu endereço, caso queira vir pessoalmente conhecer tudo!
Almanáutica e Sailing Sense
O Sailing Sense teve início em 2007. O objetivo da instituição é oferecer oportunidades de participação e prática esportiva na Vela, para portadores de deficiência, principalmente os surdocegos, onde os instrutores comunicam-se com os alunos através da língua de sinais, mas com toques de mão, a chamada linguagem libras tátil. Agora o Sailing Sense e o Jornal Almanáutica firmaram uma parceria institucional, onde o Almanáutica vai divulgar de maneira consistente ao longo do ano, as atividades do projeto. Miguel Olio, diretor do Sense explica como é realizado o trabalho: “Primeiro apresentamos o barco, alguns preferem conhecer o tamanho do barco passando a mão em todo o seu comprimento, outros preferem conhecer o barco já sobre o deck e caminhar por ele. Depois ligamos o motor e saímos, explico como funciona o leme e para onde vamos e o tempo de duração da saída. Uma vez fora do canal desligamos o motor, abrimos as velas e começamos a velejar. Eles fazem tudo: caçam ou soltam as velas e comandam a direção no veleiro. Depois de algumas manobras, voltamos a marina e buscamos saber se gostaram e se divertiram” conta Olio. Desde 2007 já foram realizados mais de 30 práticas, como altos e baixos níveis de independência e cognição; e mais de 10 palestras em universidades e congressos, dois treinamentos técnicos para professores, auxiliares, e educadores físicos.
Buenos Aires – Punta O veleiro Camiranga, do Veleiros do Sul, foi o fita azul da Regata Buenos Aires – Punta del Este no Circuito Atlântico Sul Rolex Cup 2017. O Soto 65 de Eduardo Plass cruzou a linha de chegada em Punta às 06h49min. O Camiranga, que corre na ORC Internacional, não conseguiu bater o recorde em tempo real Regata Buenos Aires – Punta del Este ao fazer a regata de 167 milhas em 18h49min. Ele igualou a mesma marca de Fortuna III, de Cesar Recalde, da Armada Argentina, no circuito do Atlântico Sul Rolex Cup 2005. O registro em tempo real permanece nas mãos de Lola, de Alberto Roemmers com 18h06min51s. Os integrantes do time do VDS na tripulação de 14 velejadores do Camiranga, estavam os irmãos Eduardo e Renato Plass, Samuel Albrecht, César Augusto Streppel, Gustavo Thiesen e Alexandre Rosa. O segundo barco a chegar em Punta foi outro brasileiro, o Soto 40 Pajero, de Eduardo Souza Ramos às 11h04min56s.O Circuito Atlântico Sul Rolex Cup 2017 segue nesta segunda-feira com o circuito em Punta del Este com as regatas de percurso médio e barlasota. O Crioula Sailing Team, do comandante Eduardo Plass competirá em outro barco, o Soto 40 Crioula 29. Com informações do VDS
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Buenos Aires - Rio
Tripulação comemora após 38 anos Com o resultado (tempo real) de 7 dias e 14 horas, o veleiro Ventaneiro do Iate Clube do Rio de Janeiro levou a tradicional regata Buenos Aires – Rio quebrando um jejum de 38 anos sem que um barco Brasileiro subisse no pódio. O Ventaneiro foi comandado por Renato Faria Cunha e competiu pela ORC Internacional com Ricardo Ermel, (Imediato e Trimmer), Felipe Diniz Martinez Autin (Trimmer), André Nahoom (Mastro), Breno Osthoff (Secretário), Sergio Filho (Trimmer) e Alfredo Rovere (Proeiro). O segundo lugar ficou com o Fuga (Mariano A. Delgui ARG) e o terceiro foi o Big Match (Marcelo Parra ARG). O Fita Azul foi o Argentino Fortuna com pouco mais de 7 dias e 13 horas. O Camiranga, (Soto 65) de Eduardo Plass, desistiu da regata por uma delaminação no convés. O time chegou a voltar para Buenos Aires, onde fez um reparo, porém, não foi suficiente e o abandono foi inevitável. Foto: Mark Allen Diniz (Facebook)
ALMANÁUTICA
8 Meteorologia & Oceanografia
Por: Luciano Guerra
“Eu consigo fazer uma travessia oceânica com o meu veleiro de 27 pés?” Minha resposta: qualquer pedaço de pau faz uma travessia oceânica desde que pegue o tempo e a corrente certos.... Em 2014, na Tanzânia, me propus a alugar um veleiro tradicional local para fazer a travessia de Dar Es Salaam, até o farol de Ras Kigomasha, passando pela ilha de Tumbatu e, retornando ao porto inicial (400 milhas) numa caixa de fósforos flutuante, cheia de vazamentos, vela rasgada e sem qualquer ferramenta de previsão do tempo (veja o vídeo em https://www.youtube. com/watch?v=yxLnKOQlD1M). Para velejar em mar aberto, o melhor é que sejamos bons meteorologistas e oceanógrafos, antes de sermos exímios velejadores. Em janelas de tempo, podemos velejar de forma segura, acumulando milhas e milhas náuticas sem passar por momentos desconfortáveis. O teste que fiz foi para aprender mais com nativos e não desconectar minha alma da natureza. Uma experiência antropológica que não recomendo, ao menos que estejam dispostos a colocar suas vidas em risco... Dentro da Meteorologia e Oceanografia voltada para a navegação, houve um avanços significativos no conjunto de ferramentas de auxílio ao navegador. Sistemas computacionais de interpretação e visuali-
Aplicativos que usam meteorologia para traçar sua derrota (Parte 1) Curva Polar do veleiro J/27, a um fator de desempenho de 100%. Novos aplicativos usam meteorologia para traçar as derrotas
E como esta tecnologia funciona? A componente principal para o cálculo de uma derrota é o dado de previsão do tempo, cujas fontes são diversas e variam em cada ferramenta. Umas utilizam o modelo global GFS, outras utilizam demais modelos disponíveis no mercado e, algumas fazem até a conjugação de dados de diversos modelos para uma mesma derrota. É o caso do site fastseas http://www.fastseas.com que leva em consideração inclusive a direção das correntes (parâmetro desconsiderado por algumas ferramentas disponíveis atualmente). O grid de resolução das ferramentas de predicção de rota varia bastante, mas podemos encontrar soluções onde a resolução mínima chega até 0.25 graus (15 milhas náuticas aproximadamente). Para se fazer boa utilização das ferramentas de Weather Routing não basta simplesmente você inserir a origem e o destino da sua derrota, é necessário ter o conhecimento mínimo de uma curva matemática – sempre enfatizo nas palestras a importância deste conhecimento. Esta curva é formada pelo cruzamento de parâmetros físicos da embarcação e que resulta na exibição de uma curva de desempenho e segurança. É a chamada curva polar, como mostra a ilustração ao lado. Na próxima edição do Almanáutica, mais detalhes dos parêmetros de configuração inicial desses programas. Não perca!
zação de modelos matemáticos se multiplicam. Não existe Comandante sem um aplicativo de previsão de tempo em seus dispositivos móveis: Windguru, AccuWeather, PredictWind, The Weather Channel, são mais do que conhecidos. No início eles forneciam apenas previsões da região escolhida. Mas essas ferramentas evoluíram e ganharam mais uma potencialidade. Hoje elas já traçam a derrota estimada, levando em consideração parâmetros da embarcação e limites mínimos e máximos que são inseridos pelo comandante. São as chamadas Weather Routing Tools. As ferramentas de Weather Routing fornecem informações muito importante para uma travessia rápida e segura, evitando condições extremas. Atualmente estão disponíveis para diversas plataformas, como por exemplo, Ms Windows, Mac OS, iOS e Android, e algumas já são gratuitas. A escolha por parte do comandante depende apenas do sistema operacional e da identificação com a interface gráfica. Algumas ferramentas fornecem conexão com GPS, Radar, SSB, Iridium e outros modos de comunicação satelital. Todos os programas que testei geraram resultados similares e com uma acurácia que garante Luciano Guerra, é Capitão Amador, especialista em meteorologia pela UFF/RJ segurança na navegação. e trabalha com modelos meteorológicos.
Venha ser feliz na Marina Bracuhy Segurança - Comodidade - Apoio - Posto de combustível - Vagas molhadas Fone: (24) 3363-1166 - www.marinabracuhyangra.com.br
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cruzeiro Notícias do Caribe
No escritório da rede Gaviota atrás dos Cuc’s para pagar as estadias...
Rita e Rubens passam por Cuba e contam o que viram por lá... Partimos de Great Inágua rumo a Cuba e fizemos uma navegação relativamente tranquila, chegando em um dia e meio ao nosso primeiro porto, Baía de Vita. Fizemos contato por rádio, e só recebemos resposta já adentrando um canal bem fechado, um braço de mar mal balizado,e quem navega sabe quão tenso você fica em situações assim. Conforme a orientação do rádio, ancoramos em uma baía anterior aos píeres, onde só poderíamos atracar após as inspeções de rotina. Eita rotina longa: • Primeiro o veterinário para examinar nossa gata, a Rainha do Mar, Bebê. • Depois o nosso veterinário, upa, médico. E aí vem um fato que retrata o cuidado que temos que ter em um sistema tão diferente, pois ao bater um papo informal, o futebol como sempre o assunto principal, ele pergunta quanto custa uma bola, e Rubão chutando baixo fala: acho que uns 20 ou 30 dólares, e o cara arregala um baita olho dizendo que é mais do que ele ganha no mês. • Na sequência, Customs e imigração, que ainda terão que ser complementadas em terra, e após algumas claras alusões ao que você pode presentear, principalmente óculos de sol, que é a tara local, ou desodorantes e perfumes, finalmente um píer. Uma marina pequena mas muito bonita e estruturada, pertencente ao governo e a uma rede chamada Gaviota, cuja marina principal fica em Varadero onde deixamos o barco mais tarde. Fomos ao escritório tentar pagar com o cartão de débito ou dólares, e fomos informados que só aceitavam CUCs, uma das moedas locais, e a utilizada pelos turistas, e que este valia mais que um dólar. Tudo bem...onde conseguí-los? Pois esta marina fica em uma área praticamente rural, e como comprovamos depois, eles separam de uma maneira extremamente rígida a população local dos turistas, seja pela distância das cidades, ou pela criação de uma área extensa voltada só para o turismo, onde só penetram cubanos “diferenciados” ou trabalhadores contratados, e a interação é terminantemente proibida, mas eles dão um jeitinho de papear, e são super simpáticos. Aí co-
Chegando a Cuba com o veleiro Dóris
meçam as disparidades desse país... até um vilarejo próximo o taxista nos cobrou 25 CUCs, em um país onde o médico insinuou ganhar uns 30 por mês? Lógico, foi indicado pela funcionária do governo que administrava o escritório. E fomos nos deparando com situações onde o jeitinho Brasileiro ficava no chinelo, mas muito ajudados por Aristo, velejador catarina que já conhecia os trâmites. Após uns quatro dias partimos para Varadero, planejando não parar no caminho, mas ao anoitecer do segundo dia
samos pela mesma experiência, pois não conseguimos chegar na área balizada e já era noite. A marina Gaviota é um luxo só! Uma estrutura gigantesca, com vários hotéis lindos, restaurantes, mais de 70 catamarãs gigantescos do governo preparados para passeios turísticos, o melhor travel lift que vi na vida, operado por controle remoto (assustador quando é a vez do seu barco subir, kkk), e - maravilha dos Deuses - PODÍAMOS USAR UMA DAS PISCINAS. Era tanta água doce junta que achei que era miragem depois de dois anos no mar! Os supermercados das marinas são exorbitantes, e tentamos a cidadezinha vizinha, Santa Marta, para comprar alimentos. Os supermercados para os moradores tem menos opções do que o boteco de pinguço/vendinha da esquina da sua casa, e as carnes, só porco ou frango ficam expostas sem nenhuma higiene, mas descobri uma bocas de venda, e depois de andar alguns quilômetros com o Rubão e o Rodrigo do Sotália, me execrando, e até achei uns víveres razoáveis. Os ônibus maravilhosos, com dois andares que os turistas utilizam te levam até um certo ponto e o restante tem que ser a pé ou táxi, pois não podemos utilizar os ônibus dos Cubanos. Fomos à faina. Trabalho ininterrupto, pois eles exigem que você deixe o barco pelado em cima, sem velas, botes... nada! Em situação de furacão “eles dizem” que baixam seu barco e levam para o mangue. Graças a Deus não precisamos testar a teoria, pois apesar de tudo ser linde navegação a coisa ficou feia. Mar e vento contra, correnteza fortíssima, literalmente do, notamos que era uma estrutura ainda navegando para trás, e isso com o motor no talo. Nessa circunstância adversa, pela em formação, correndo atrás das transforprimeira vez apreciamos o fato de que eles nos monitoram o caminho todo, fazendo mações políticas do país. contato e perguntando seu destino, instalados em seus postos de fiscalização em terra. Mais notícias na próxima publicaNos orientaram a entrar em um trecho, Cayo como chamam, chapado de recifes e fiquei ção, já estou caindo da borda da página, até religiosa de novo, kkk. kkk Ao amanhecer do dia seguinte retomamos, mas chegando em Varadero pas-
“
Fomos pagar em dólares. Só aceitavam CUC’s...
”
Cervejeiros que Navegam Pense numa cervejaria no pé da Mantiqueira, mantida por uma família de montanhistas e escaladores. Uma chácara em uma área verde de São Bento do Sapucaí (SP), onde além de muito verde existe uma escola de escalada (afinal a Pedra do Baú fica quase no quintal), uma loja de equipamentos, a casa da família, um alojamento para visitantes e – o mais importante, a cervejaria. Assim é a sede da Bauzera (www.bauzera.com.br) liderada por Eliseu Frechou que, com a família: Ana, a esposa pé no chão que põe ordem na rotina,
m o t a VelaeAs B mulheres no Leme Vela, um caso de amor
Midori a bordo do Beagle
Família cervejeira, os Frechou produzem a Bauzera, homenagem à Pedra do Baú, no quintal de casa Vitor, Artur e o caçula Jorge (segundo Eliseu, os Minions trabalhadores), conseguiu entrar - e em alguns bons pontos comerciais ganhar - a briga das cervejarias. Seu segredo? Qualidade e cuidado artesanal. Os diversos estilos são distribuídos pelas cidades da região e chegam até São José dos Campos. Tudo de primeira, apenas em pontos escolhidos a dedo por Eliseu. “Não vendo em supermercado porque a cerveja tem uma qualidade Premium. Se vender desvaloriza não só a cerva, mas meus principais clientes”, explica Eliseu. Esse cuidado também se estende na carta de rótulos oferecidos: das tradicionais Ales às sazonais e frutadas cervejas mais leves e aromáticas, passando pelo choque 220v de uma Dubbel e pela especialíssima single hope Mandarina Bavária (abaixo). Eu, claro, degustei todas, inclusive algumas experiências e “otras cocitas” mantidas em segredo por lá. Inspirei-me e fiz em casa uma Gruit baseada no clima campestre: sementes de coentro da minha horta, sementes de romã, casca de limão siciliano, carqueja no lugar de lúpulo, numa base de malte Pale. Visitar a Bauzera também serve para isso: arejar as idéias e sair da loucura da cidade grande. Você também pode dar um pulo e passar um final de semana especial, ficando hospedado na própria sede da cervejaria Bauzera, fazendo caminhadas maravilhosas pelas muitas trilhas da região, visitando outros atrativos da cidade,
Qualidade artesanal em toda a produção como uma fazenda produtora de azeite extra-virgem e sua plantação de oliveiras, e até aprendendo a escalar - porque não? Afinal, entre um esforço e outro, sempre haverá uma gelada de prima te aguardando... Procure na web por escola de escalada Montanhismus e/ou Cervejaria Bauzera e não perca essa dica. Saúde!
a
c Crepio
Papo de Cozinha
O prato desse mês veio através do velejador e gourmet Paulo Collier, Contra-Comodoro do Cabanga Iate Clube, de quando estávamos fazendo a regata Salvador Ilhéus no Risco Zero, o 345 do nosso amigo Fabricio Galvão. A receita é a Crepioca, uma mistura de crepe e tapioca, um delicioso desjejum a bordo. Os ingredientes para uma pessoa são: 1 ovo 2 colheres de goma de tapioca azeite (ou manteiga), sal e uma pitada de açúcar para dar uma leve cor dourada. Caso se queira fazer a versão doce acres-
cente 45 ml de leite e capriche no recheio. Misture todos os ingredientes até formar uma massa consistente. Pré-aqueça uma frigideira anti-aderente, coloque e espalhe bem um fio de azeite, derrame a massa e espere aquecer ao ponto. Se preferir recheada coloque pedacinhos de queijo, presunto, linguiça, etc. Se fizer doce, há uma variedade de possibilidades: pedacinhos de fruta, geléia, banana com açúcar, leite condensado... uma pitada de canela caem bem. Boa degustação.
Maurício Rosa é velejador, amante de gastronomia e autor do livro “Gastronomia em veleiros”
Recentemente o lindo texto de um apaixonado velejador brasileiro correu pelas redes sociais revelando esse amor que há tempos surge no coração de cada velejador: “Os veleiros são objetos criados com arte, tempo e esforço que carregam em seu bojo um valor espiritual agregado, o “mana”, descrito em verso e prosa pelos nativos da Polinésia, reconhecidamente, os maiores navegadores a vela que o mundo já conheceu. O “mana”, esse algo mais, é a melhor maneira que encontramos para definir este “não sei o que” tão grande, tão importante, sensação de presença viva que um veleiro sempre nos transmite” - Álvaro Snibwieski. A velejadora entrevistada nessa edição, nos fala com propriedade do amor que surgiu com a vela e pela vela em sua vida. Midori Yamato, 40 anos, é uma curitibana radicada em Bauru, interior de São Paulo. Midori nos contou que começou a velejar em 2009, quando conheceu seu marido Maurício (futuro marido, na época), e que acabara de adquirir o veleiro Beagle, um Bruma 19. “Ah, foi amor à primeira vista!”, conta Midori sobre a primeira velejada de sua vida. “A sensação de liberdade, o respeito ao poder da natureza manifestado pelo vento e pela água: isso tudo é encantador”.
Midori também explicou que admirava a maneira como seu marido manifestava sua paixão pela vela: “O amor que o Mauricio tinha pelo Beagle era indescritível, infinito”. Após o falecimento de Maurício em 2015, a engenheira agrônoma também nos conta que foi difícil voltar a velejar: “Apesar da felicidade em saber que o Beagle estava com suas velas abertas, sempre havia um nó na garganta e uma tristeza sem fim. Demorou, foi um processo difícil, até eu me “despedir” durante uma velejada em Key West no final de 2016. Com o vento soprando em meu rosto, foi como se ele me dissesse: “Vai dar tudo certo, está tudo bem”. E decidi velejar com o Beagle novament” contou. “Em 2016 eu havia velejado só três vezes e agora, no início de 2017, já fui mais três vezes. Uma sensação de felicidade libertadora!”. Perguntei a Midori como ela enxerga o papel da mulher no mundo da vela: ”Não vejo discriminação alguma em relação às mulheres, muito pelo contrário, somos incentivadas a participar, a velejar e a estarmos presentes. Entretanto, somos mais frequentemente encontradas no papel de marinheiras do que no de Comandantes. Falo por mim mesma: nunca velejei sozinha com o Beagle e esse será meu próximo desafio. Mas no meu caso, sendo um veleiro de cruzeiro, ainda há muito a aprender, como em uma situação de pane do motor e sem vento algum, situações que o Mauricio resolveria facilmente. Indagada sobre que conselhos deixaria para mulheres que desejam começar a velejar, Midori é firme: “Como falei antes, meu próximo desafio é velejar sozinha. Ainda tenho alguns receios, mas vou me preparar para isso. Quando vemos mulheres velejando, é inspirador e nos gera o sentimento de que, sim, somos capazes”. E finaliza: “Acredito que quanto mais velejadoras assumirem o leme, muitas outras mais irão se inspirar também!”. Sentiu-se inspirada? Então junte-se a esse time de mulheres velejadoras que só cresce. Até a próxima coluna! E 8 Março, a todas as leitoras um Feliz Dia Internacional da Mulher!
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Priscilla Marjorie Olivastro é Pediatra, velejadora e Diretora Feminina da ABVC
vras
Caça Pala
ALMANÁUTICA
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Essa edição homenageamos as regatas pelo Brasil. Ache as 10 relacionadas: SANTOSRIO BUENOSAIRESRIO - CARAS - MARINAJLBRACUHY - MARCILIODIAS - ARATUMARAGOJIPE - REFENO - CIDADEDEPALEGRE - VOLTATAPUTERA - VOLTAAILHASC... Boa sorte!
CURTAS f Faleceu em 29/01, João Frattini, velejador e diretor da Escola Náutica do Iate Clu-
be de Brasília, conhecido na cidade pela atuação no esporte e na preservação do meio ambiente.
f Faleceu em 03/02, Marcílio Carrilho, Comodoro do Iate Clube do Natal. Marcílio, 67 anos, estava no terceiro mandato a frente do clube náutico potiguar e lutava há mais três anos contra um câncer.
f Drops Almanáutica: além do já tradicional resumo apresentado na rádio Metrópole de Salvador todos os domingos, às 10 horas (local) durante o Programa A Bordo, o Jornal Almanáutica publica no site um resumo do que aconteceu de mais importante durante a semana. É o Drops Almanáutica que fica em www.almanautica.com.br/DROPS O resumo também é enviado aos amigos e associados da FEVESP pelo mailling da instituição máxima da vela paulista. São mais de 3.400 leitores recebendo o Drops pela FEVESP!
Memórias do Avoante tos Filho
Por Nelson Mat
Angústias em um mar espelhado Passa longe de mim a ideia de ser especialista em alguma coisa, principalmente em navegação, que é o que me envolve há quatorze anos. Mas acho que posso dizer que já conheço um pouco, apenas um pouco, do que é a rota Natal/Salvador, que já naveguei dezenas de vezes e em todas elas aprendi e desaprendi alguma coisa. Certa vez conversando com um amigo, que se acha o dono dos mares e dos ventos, me espantei quando ele falou que nenhum mar conseguia lhe surpreender, por que as milhas que ele já navegou lhe dão o direito de domar tudo o que vier pela frente. Preferi ficar calado a ter que responder aquele disparate. Dizem que o mundo é dos audaciosos, mas eu prefiro achar o contrário. Não ache que existem poucas pessoas nos mares com o mesmo pensamento desse meu amigo. Em todos os lugares, principalmente sobre os palhoções dos clubes e marinas, encontramos pessoas que acham o mar um ser domável e extremamente previsível. Muitos acham tudo tão fácil que dificilmente se dão o trabalho de ir ao mar. Preferem gastar toda a teoria, que um dia aprendeu nos livros, em conversas ao redor de uma boa churrasqueira, a ter que mostrar na prática se realmente sabe o que diz. Quando olhei para o tapete de mar, que navegávamos este ano entre Sergipe e Bahia, sem um sopro sequer de vento, lembrei do meu amigo rei dos mares. O que será que ele diria quando chegasse em terra? Será que diria que Netuno se rendeu a sua passagem ou será que diria que nunca mais navegaria em um mar calmo como aquele? Envolvido nas perguntas, e afirmações possíveis, fiquei apreciando aquele mar de sonhos e vendo o nosso Avoante se deslocar como uma imensa preguiça dos mares. Coisa de quem não tem o que fazer! Essa foi a navegada que muitos pedem a Deus e que derrubam todas as barreiras. É numa dessas que muitos se acham super competentes e tudo pode ser incrivelmente previsível. Deve ser em um mar assim que o meu amigo vira as costas para os elementos da natureza e se acha infalível. Aquele era um mar que mais parecia um grande lago do mais puro azeite. Mais liso impossível, mas alguma coisa nos espreitava ao longe. Nada naquele mar parecia real. Em nossa
volta, nuvens encobriam o mundo deixando as nossas manhãs com aquele jeitão de verão europeu, que eu não conheço, mas que deve ser assim. O Avoante deslizava tão macio, empurrado pela força do motor, que até as pequenas ondulações produzidas pelo atrito do casco com a água, se transformavam em criativos desenhos em nossas mentes. O céu estava tão encoberto de nuvens que nos dois dias e meio de duração da nossa travessia não tivemos a felicidade de visualizar o pôr do sol. Nuvens escuras e ameaçadoras se formavam ao longe e relâmpagos iluminavam por cima dos morros. Ecos distantes de trovões davam aquela sensação que alguma fera estava prestes a voar sobre as nossas cabeças. Era tudo tão surreal que passávamos horas a observar o céu, a procura de algum sinal que disparasse um alarme. Como se eu já não estivesse com todos os sentidos em alerta. Aprendizados! Nada mais do que aprendizados. São situações como essa que me faz ver que não sabemos nada sobre a natureza. Podemos até nos cercar de todas as modernas tecnologias meteorológicas, mas apenas para ler as previsões e nada mais. Nos poucos momentos em que tive acesso aos sinais da internet e do celular, busquei informações do que estava acontecendo com o tempo ou o que poderia acontecer, mas nem de longe consegui nada que pudesse descrever o que estávamos presenciando. Aquele era o tipo de mar que qualquer roteirista de filme de amor americano gostaria de ter como cena de fundo: O veleirinho navegando sem adernar, a atriz sem nem assanhar os cabelos, o ator se desmanchando em tórridas declarações e de vez em quando um clarão iluminando o céu para mostrar que a vida é bela. Nunca desejei tanto avistar os lampejos do Farol da Barra e adentrar as águas da Baía de Todos os Santos, para receber a proteção do Senhor do Bonfim. Queria fugir de todos aqueles olhos que nos espreitavam não sei de onde. Queria respirar aliviado, apesar de estar navegando em um mar mais aliviado impossível. Sonhava estar ancorado quando todos aqueles elementos resolvessem dar início a festa. Mas ao mesmo tempo pensei nas palavras do meu amigo, porém não me vi com capacidade de domar nada, muito menos a natureza. Atracamos o Avoante no píer do clube Angra dos Veleiros e em menos de duas horas o mundo desabou sobre nossa cabeça. Acho que deu para escutar um sussurro: Seja bem vindo a Bahia! Só me restou agradecer.
Nelson Mattos Filho
Velejador avoante1@gmail.com
Copa do Mundo
Aconteceu em fevereiro a primeira etapa da Copa do Mundo da Federação Internacional de Vela (World Sailing), disputada em Miami. Brilharam – mais uma vez – as campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze na 49er e o campeão mundial 2013 da Classe Finn, Jorge Zarif. Zarif fincou o pé no bicampeonato (em 2016 também obteve o ouro nesta competição, além dos bronzes em 2013 e 2014). Martine e Kahena não encontraram dificuldades. De 13 regatas venceram 4, e em 11 ficaram entre as 5. Mas é bom que se destaque a ausência de duplas fortes como as neozelandesas Maloney e Meech e as dinamarquesas Hansen e Iversen. Robert Scheidt não se deu bem estreia na 49er (com Gabriel Borges) ficando apenas em 16º lugar entre 26 competidores. A próxima etapa da Copa do Mundo acontece em abril em Hyeres, na França. Confira como foram os outros brasileiros na etapa de Miami: 470 masculina: Henrique Haddad e Breno Abdulklech, 9º lugar; Laser: Bruno Fontes 10º lugar RS:X feminino: Bruna Martinelli 17º lugar Laser Radial: Gabriella Kidd 25º lugar
MB
Marinha do Brasil
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Adeus, porta-aviões São Paulo
Com 32,8 mil toneladas, 265 metros e capacidade para 1.920 tripulantes, o porta-aviões NAe A-12 “São Paulo” está com os dias contados. A Marinha decidiu desativar o porta-aviões depois de estudar o custo de reforma e modernização: mais de R$ 1 bilhão para recuperar principalmente deficiências nos motores, no eixo de propulsão e nas catapultas empregadas para lançar e recuperar as aeronaves. Comprado na França em 2000 por Fernando Henrique Cardoso por US$ 12 milhões, o São Paulo tem 56 anos. A desativação já começou e deve ser concluída em 2020. Os aviões caças A-4 Skyhawk continuarão operando em terra. Nosso outro porta-aviões, o Minas Gerais, foi aposentado em 2001 e no ano seguinte foi vendido como sucata por cerca de R$ 1 milhão, enviado a Alang, na Índia, onde fica um dos maiores desmanches de navios do mundo. O destino do São Paulo ainda não foi traçado, mas deverá ser o mesmo, dado o alto custo de reforma, o que deve inviabilizar sua venda.
Concursos MB 2017 A Marinha do Brasil através da sua Diretoria de Ensino divulgou o calendário com a previsão de concursos para 2017. Haverá oportunidades para profissionais de todos os níveis de escolaridade. O cronograma prevê datas para a publicação dos editais e das provas para 12 concursos. Alguns já foram publicados, como os para Aprendizes-Marinheiros, para Fuzileiros Navais, e ingresso no Colégio Naval e na Escola Naval. Confira tudo no site da Diretoria de Ensino da Marinha que fica em
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INFORMATIVO
ABVC
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO
Palavra de
PRESIDENTE
Caro Associado,
Nesta nova jornada dentro da ABVC, queremos estreitar a relação com nossos cruzeiristas e associados, promover mais eventos locais, trazendo novos casais para a vela de cruzeiro. Também auxiliar cruzeiristas internacionais, realizando convênios e um trabalho intenso para mostrar que nossa costa é segura e que melhorias estão sendo feitas em toda costa (vide Itajaí e Angra e Nordeste). Quero fortalecer a ABVC na Guarapiranga e nas regiões onde as atividades ainda não acontecem no ritmo que deveriam. Com apoio da nova diretoria que elegemos, quero dar continuidade a tudo que já foi construído pelos meus antecessores e trazer a nossa experiência, ampliando as atividades nas diversas regiões do nosso país. Conto com você, associado, com sua participação, com sua interaçã com o Vice-Presidente de sua região, sugerindo, cobrando e participando das atividades que serão organizadas na sua região, como também as de âmbito nacional. Fica o convite: Participe e nos ajude a continuarmos a construir nossa querida ABVC! Nosso site já está com a área de pagamento das anuidades aberta para sua renovação. Basta ir até o site, logar-se com seu nome de usuário e senha e depois clicar em “cadastro”, acessando sua ficha. Lá, depois de conferir os dados e atualizá-los caso necessite (você pode colocar sua foto e sua carteirinha será feita com essa foto!), há um link “clique aqui para renovar a anuidade”. Basta acessá-lo e optar pela forma de pagamento, cartão de crédito ou boleto bancário. Qualquer problema , basta enviar um email. Envie sua sugestão, crítica ou opinião, é muito importante para nós. Abaixo segue uma lista da nossa diretoria, procure o seu Diretor Regional, ele vai atende-lo com muito carinho. As demais diretorias estarão a sua disposição também. Um forte abraço de toda nossa Diretoria. Bons ventos!
Paulo Fax
Presidente da ABVC
6º Cruzeiro Hidrovia Tietê - Paraná 2017 Acontece em Julho próximo o 6º Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná 2017, através da sua diretoria Sudeste, organizada por Paulo Fax e pelo Vice-Presidente do Interior, Paulo Abreu. O passeio de 13 dias levará a flotilha por 11 Cidades, entre Iate Clubes, marinas, condomínios e atracadouros públicos. Em cada parada será oferecida uma palestra a toda comunidade ou seus associados, demonstrando o potencial turístico fluvial da hidrovia e suas belezas. Através de um trabalho sério e dedicado, as cidades ribeiras se envolvem apresentando seu turismo regional, e recebem os participantes com muita alegria, festas típicas e atividades, tornando a viagem um verdadeiro festival gastronômico e cultural. Os preparativos serão realizados no dia 05 de Julho (quarta) e a partida será no dia 6 de Uma das muitas eclusagens julho, no Clube Água Nova em São Manuel. Na durante o cruzeiro pelo sequência, também é possível adentrar a Flotilha rio Tietê... na Marina Sunset em Pederneiras no dia 08/07, na passagem do Cruzeiro. O retorno previsto para 18 e 19 de julho, nos mesmos locais A qualquer tempo as pessoas que possuem ou não embarcação podem se programar entre as datas e locais onde estará a flotilha, a entrada no Cruzeiro e fazer quantos dias desejar. O 6º Cruzeiro é aberto a participação de todos, sem limite de idade, principalmente para pessoas que ainda não tem experiência em navegação, com embarcações a vela ou a motor, de 16 a 37 pés, obrigatório quilha. Em torno de 20 embarcações e 50 pessoas participam de cada edição deste inusitado evento. As inscrições para o 6º Cruzeiro 2017 deverão ser feitas pelo site da abvc e demais informações: diretoria.interior@abvc.com.br
Fale conosco!
Presidente Nacional: Paulo Fax presidente@abvc.com.br Diretor Financeiro: Volnys Bernal tesoureiro@abvc.com.br Diretor de Comunicação: Ricardo Amatucci amatucci@abvc.com.br Diretor de Informática: Juca Andrade informática@abvc.com.br Diretores de Responsabilidade Social: Eduardo Schwery (sudeste) eduardo.schwery@gmail.com Maurício Rosa (Demais Regiões) veleiroalphorria@yahoo.com.br Diretora Feminina: Priscilla Marjorie primarjorie@gmail.com Interior Sudeste – SP/MS: Paulo Abreu p.abreu@terra.com.br São Paulo - Capital: Marcelo Rustigue marcelo.newway@uol.com.br Santos – SP: Max Gorissen gorissen@sailbrasil.com Rio de Janeiro e Niterói: Matheus Eichler matheus.eichler@gmail.com Paraná: Werner Schrappe O mar de água doce chamado Rio Tietê, não é poluído no interior de SP... bengal@uol.com.br Paraty/RJ: Murilo Junqueira mclimasist@gmail.com Ubatuba: Claudio Renaud Continuam abertas as inscrições para a edição 2017 do Cruzeiro Costa Leste. renaud@uol.com.br Nosso Comodoro para esta edição é o velejador Ricardo Montenegro, experiente e Brasília – DF: Elson Fernandes velho conhecido do Costa Leste desde a sua primeira edição. Ele já iniciou os contatos capitaomucuripe@yahoo.com.br com os Comodoros do clubes pela costa, que receberão os veleiros do Rio até Aratu, na Bahia. Além do cronograma, regulamento e inscrições, você poderá saber das novidades para esta edição no site da ABVC. Acesse agora mesmo o site www.abvc.com.br e Consulte o site para mais detalhes e condições inscreva-se. Dúvidas? costaleste@abvc.com.br Até o fechamento desta edição oito Iate Clubes e Marinas veleiros já estavam inscritos. Lembre-=se, as vagas são limitadas. Não deixe para a Aratu Iate Clube, Cabanga Iate Clube, Iate Clube última hora. Inscritos (veleiro/Comandante): PAPPI (Helano Landim F. Leitão), SORELGuaíba, Iate Clube de Rio das Ostras, Iate Clube LE (Richard Canella), MAGOO II (Giancarlo Angelucci), SPECTRA (Marcelo Lacava Pagnocca), VORTEX (David Lindo), YALLAH (Mouhamed Mourabet), NAUMI (Rui Ta- do Espírito Santo, Marina Bracuhy, Marina Porto Imperial: 50% de desconto nas duas primeiras laia) e o GRÃO (William Bueno). Bem-vindos, Comandantes!
Costa Leste 2017
Convênios
VP Santos
Homenagem
Maximilian Gorissen, vice-Presidente para Santos divulgou sua pré programação. Nela há passeios para os fortes da região, happy-hours em marinas promovendo a confraternização dos associados de Santos, palestra com saída em veleiro pela baia de Santos para pratica a teoria de “Como manter o rumo com o piloto automático, com o Self Steering Vane e com ajustes manuais através de moitões/ velas”. As datas serão divulgadas no site da ABVC, fique de olho!
A ABVC Água Doce fará uma homenagem especial ao velejador Waldemar Cunha, o “Barô”, da cidade de Tietê. Ele ficou conhecido pelas suas incursões a remo nas corredeiras do Tietê, uma delas com o saudoso Luis Guidotti, autor de livros sobre o nosso rio. Barô Cunha está em tratamento contra um câncer e seu nome será grafado na Bandeira do 6º Cruzeiro Hidrovia Tietê Paraná deste ano. Força Barô!
diárias consecutivas em vaga molhada. Descontos Brancante Seguros, Botes Remar, CSL Marinharia, Geladeiras Elber, SetSail Inteligência Náutica (Iate Clube de Santos): descontos em vistoria/ Survey, assinatura semestral de previsão de tempo e mar, contratação de Navegação Planejada, Serviços e manutenções. Dream Yacht Charter Brasil aluguel de embarcações no exterior, Cusco Baldoso cursos de vela oceânica: desconto e Isenção da taxa de matrícula, isenção da taxa de pernoite, 10% de desconto nos cursos e atividades.
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