ATUALIDADES ANANINDEUA 2018 -2.1

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CONCURSO PÚBLICO – ANANINDEUA ATUALIDADES – PROFESSOR: ROGÉRIO SILVA

1-POLÍTICA  ORGANIZAÇÃO ESTRUTURA POLÍTICA O Brasil é formado por 26 Estados, a União, o Distrito Federal (cuja capital é Brasília) e os Municípios, sendo ele uma República Federativa. Cada ente federativo possui sua autonomia financeira, política e administrativa, em que cada Estado deve respeitar a Constituição Federal e seus princípios constitucionais, além de ter sua Constituição própria; e também, cada município (através de sua lei orgânica), poderá ter sua própria legislação. Essa organização é formada pelos três poderes: Poder Executivo, Poder Judiciário, Poder Legislativo, adotando a teoria da tripartição dos poderes. A administração pública federal é feita em três níveis, cada qual com sua função geral e específica: Nível Federal – a União realiza a administração pública, ela é um representante do governo federal, composta por um conjunto de pessoas jurídicas de direito público. Nível Estadual – os Estados e o Distrito Federal realizam a administração pública. Nível Municipal – os Poderes Legislativo e Executivo realizam a administração pública nos municípios. Além dessas divisões dentro dos órgãos existem outras subdivisões (como conselho, coordenação, diretoria, etc.) chamado de Organização ou Estrutura do Poder. Poder Legislativo no Brasil O Poder Legislativo é realizado pelo Congresso Nacional. Esse poder é responsável por criar as leis e é formado pela Câmara dos Deputados (representantes do povo), Senado Federal (representantes dos Estados e Distrito Federal), e Tribunal de Contas da União (órgão regulador e fiscalizador das ações externas, prestando auxílio para o Congresso Nacional). O Congresso Nacional elabora as leis e realiza a fiscalização financeira, contábil, operacional, patrimonial e orçamentária da União e entidades ligadas à Administração direta e indireta. O Poder Legislativo é organizado em duas casas (bicameralismo), tradição desde o período da Monarquia (1822-1889). No caso, as Casas são: Câmara Baixa (Câmara dos Deputados) e Câmara Alta (Senado). O objetivo é que uma Casa realize o trâmite e discussões das matérias e a outra Casa melhore e revise os trabalhos e vice-versa. Assim, as duas casas poderão contribuir para a elaboração das normas jurídicas. A Câmara dos Deputados tem como função, além de representar o povo, discutir sobre os assuntos nacionais e legislar sobre eles, fazendo a fiscalização dos recursos públicos. 

Poder Executivo no Brasil Com a preferência do sistema presidencialista, proposto na Constituição de 1988, esse poder é exercido pelo Presidente da República com a ajuda dos ministros de Estado. 

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O Presidente da República age liderando, sancionando, promulgando, dando ordens para publicação das leis, criando cargos, funções ou empregos públicos na administração pública, aumentando salários, vetando projetos de leis e coordenando a administração federal. É crime presidencial, art. 85, atos do Presidente da República que impedem o exercício do Poder Legislativo, Judiciário, Ministério Público e as constituições das demais unidades da federação. Poder Judiciário no Brasil O judiciário tem o poder de julgar e garantir o cumprimento das leis, promovendo a paz social. Ele tem uma estrutura singular e existe uma hierarquia dos seus órgãos, nomeados de 'instâncias'.  Quantos são e de que forma é definido o número de Deputados O art. 45 da Constituição Federal determina que o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, deve ser estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma das unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. A Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993, estabelece que o número de Deputados não pode ultrapassar quinhentos e treze. A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística fornece os dados estatísticos para a efetivação do cálculo. Assim, desde 1993, a Câmara dos Deputados é composta por exatamente 513 Deputados. No Pará temos 17 deputados Federais e 41 Estaduais. Feitos os cálculos, o Tribunal Superior Eleitoral encaminha aos Tribunais Regionais Eleitorais e aos partidos políticos o número de vagas a serem disputadas. Além do número mínimo de representantes, a lei determina que cada Território Federal será representado por quatro Deputados Federais. Senado Federal O Senado tem 81 integrantes. Eles são eleitos para mandatos de oito anos de duração. A cada quatro anos, são realizadas eleições em que são eleitos 27 ou 54 senadores. Ou seja, de quatro em quatro anos a Casa é renovada (em uma eleição, 1/3 dela é mudada; em outra; 2/3). Diferentemente da Câmara, onde há representação da população de forma proporcional por estado, no Senado há três senadores para cada estado e para o Distrito Federal. 

 SISTEMA ELEITORAL: Voto Distrital Além de estreitar as relações entre o político e a sua base eleitoral, o eleitor passa a ter consciência plena de quem o representa na sua localidade. Essa aproximação facilita na hora de fiscalizar, cobrar e saber o que o político da sua região está fazendo. Uma das maiores virtudes do voto distrital é eliminar a lógica dos puxadores de voto, o famoso efeito Tiririca. O sistema atual permite que você vote em um e acabe elegendo outro sem nem saber. Nas eleições de 2014, por exemplo, apenas 38 dos 513 deputados foram eleitos por

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ATUALIDADES suas próprias pernas. O restante contou com votos dados a outros políticos ou às suas legendas. No sistema proporcional, os candidatos a deputado federal e estadual e vereador precisam percorrer todo o estado (ou cidade) em carreatas caras para se fazerem conhecidos. Já no voto distrital, eles se limitariam a uma área bem menor, diminuindo significativamente os gastos com campanha. Campanhas mais baratas refreiam a corrupção e abrem caminho à eleição de lideranças locais. Em vez de ter que escolher entre mais de 1.000 candidatos a deputado federal, por exemplo, como ocorre no sistema proporcional, você optaria por no máximo 35 nomes - número total de partidos que existe atualmente, já que cada legenda só poderia indicar um candidato por distrito. A multidão de políticos que fazem aparições relâmpago na propaganda eleitoral televisiva desapareceria. E ficaria muito fácil estudar a trajetória dos pretendentes. (Fonte: http://www.euvotodistrital.org.br/#entenda)  ELEIÇÕES-2018 Os 2 partidos que terão candidatos disputando a Presidência no 2º turno também serão donos das maiores bancadas na Câmara dos Deputados a partir de 2019. PT e PSL elegeram mais de 50 deputados cada e serão as siglas com mais força na Casa. O PT terá 56 deputados e o partido de Bolsonaro, 52. MDB e PSDB despontam como os maiores perdedores em relação à última eleição, em 2014. O partido do presidente Michel Temer elegeu 34 deputados –quase metade dos congressistas que teve há 4 anos. O PSDB elegeu 54 deputados em 2014 e terá apenas 29 representantes na Casa a partir do ano que vem. Os 2 partidos que terão candidatos disputando a Presidência no 2º turno também serão donos das maiores bancadas na Câmara dos Deputados a partir de 2019. PT e PSL elegeram mais de 50 deputados cada e serão as siglas com mais força na Casa. O PT terá 56 deputados e o partido de Bolsonaro, 52. MDB e PSDB despontam como os maiores perdedores em relação à última eleição, em 2014. O partido do presidente Michel Temer elegeu 34 deputados –quase metade dos congressistas que teve há 4 anos. O PSDB elegeu 54 deputados em 2014 e terá apenas 29 representantes na Casa a partir do ano que vem. (poder 360)  CLÁUSULA DE BARREIRA ou PATAMAR ELEITORAL. Também conhecida como cláusula de exclusão ou cláusula de desempenho, é uma norma que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado percentual de votos. O dispositivo foi aprovado pelo Congresso em 1995 para ter validade nas eleições de 2006, mas foi considerado inconstitucional pela unanimidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sob o argumento de que prejudicaria os pequenos partidos. A regra determinava que os partidos com menos de 5% dos votos nacionais não teriam direito a representação partidária e não poderiam indicar titulares para as comissões, incluindo CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). Também não teriam direito à liderança ou cargos na Mesa Diretora. Além dessas restrições, perderiam recursos do fundo partidário e ficariam com tempo restrito de propaganda eleitoral em rede nacional de rádio e de TV. (SENADO FEDERAL)

para movimentar recursos ilícitos pertencentes a uma das organizações criminosas inicialmente investigadas. Embora a investigação tenha avançado para outras organizações criminosas, o nome inicial se consagrou. A operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal do país, esteja na casa de bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão econômica e política dos suspeitos de participar do esquema de corrupção que envolve a companhia. No primeiro momento da investigação, desenvolvido a partir de março de 2014, perante a Justiça Federal em Curitiba, foram investigadas e processadas quatro organizações criminosas lideradas por doleiros, que são operadores do mercado paralelo de câmbio. Depois, o Ministério Público Federal recolheu provas de um imenso esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobras. Nesse esquema, que dura pelo menos dez anos, grandes empreiteiras organizadas em cartel pagavam propina para altos executivos da estatal e outros agentes públicos. O valor da propina variava de 1% a 5% do montante total de contratos bilionários superfaturados. Esse suborno era distribuído por meio de operadores financeiros do esquema, incluindo doleiros investigados na primeira etapa. As empreiteiras - Em um cenário normal, empreiteiras concorreriam entre si, em licitações, para conseguir os contratos da Petrobras, e a estatal contrataria a empresa que aceitasse fazer a obra pelo menor preço. Neste caso, as empreiteiras se cartelizaram em um “clube” para substituir uma concorrência real por uma concorrência aparente. Os preços oferecidos à Petrobras eram calculados e ajustados em reuniões secretas nas quais se definia quem ganharia o contrato e qual seria o preço, inflado em benefício privado e em prejuízo dos cofres da estatal. O cartel tinha até um regulamento, que simulava regras de um campeonato de futebol, para definir como as obras seriam distribuídas. Para disfarçar o crime, o registro escrito da distribuição de obras era feito, por vezes, como se fosse a distribuição de prêmios de um bingo (veja aqui documentos). Funcionários da Petrobras - As empresas precisavam garantir que apenas aquelas do cartel fossem convidadas para as licitações. Por isso, era conveniente cooptar agentes públicos. Os funcionários não só se omitiam em relação ao cartel, do qual tinham conhecimento, mas o favoreciam, restringindo convidados e incluindo a ganhadora dentre as participantes, em um jogo de cartas marcadas. Segundo levantamentos da Petrobras, eram feitas negociações diretas injustificadas, celebravam-se aditivos desnecessários e com preços excessivos, aceleravam-se contratações com supressão de etapas relevantes e vazavam informações sigilosas, dentre outras irregularidades. Operadores financeiros - Os operadores financeiros ou intermediários eram responsáveis não só por intermediar o pagamento da propina, mas especialmente por entregar a propina disfarçada de dinheiro limpo aos beneficiários. Em um primeiro momento, o dinheiro ia das empreiteiras até o operador financeiro. Isso acontecia em espécie, por movimentação no exterior e por meio de contratos simulados com empresas de fachada. Num segundo momento, o dinheiro ia do operador financeiro até o beneficiário em espécie, por transferência no exterior ou mediante pagamento de bens. http://lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso

 OPERAÇÃO LAVA JATO O nome do caso, “Lava Jato”, decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de automóveis

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ATUALIDADES

2-ECONOMIA  SISTEMA CAPITALISTA O capitalismo teve seu início na Europa e começou a brotar por volta do século XV com a decadência do sistema feudal, e começou a florescer por volta do século XIII, com o aparecimento da burguesia, classe social que possuía os meios de produção e com a expansão comercial, neste período várias cidades cresceram, foram abertas novas rotas marítimas, que permitiram o contato com novos centros comerciais, descoberta de metais preciosos no novo mundo e ampliação do comércio entre as cidades européias. A expansão do capitalismo comercial, ocorreu entre os séculos VIII e XVII, com a difusão das idéias mercantilista, no qual estimulou os sentimentos nacionalistas, provocou o florescimento do comercio e criou condições para o surgimento do modo de produção capitalista. As riquezas acumuladas durante o período mercantilista deixaram de funcionar como capital comercial e capital usurário (empréstimos a juros), para assumir a forma de capital industrial. – Evolução do capitalismo O capitalismo toma seu grande3 impulso a partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra, e estendendo-se nos países da Europa Ocidental e posteriormente aos Estados Unidos. A Revolução Industrial iniciou um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucros e acumulo de capital. Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia, acabando com o privilégio de nascimento e a força do capital se impõe e começam a surgir as primeiras teorias econômicas. Essas teorias conhecidas como liberalismo econômico defendia a livre iniciativa e a não interferência do Estado na economia. Em pouco tempo, o liberalismo econômico mostrou suas primeiras imperfeições e as empresas passaram a enfrentar dificuldades para comercializar os seus produtos, pois o mercado consumidor não cresciam na mesma proporção que a capacidade produtiva da indústria. •

NEOLIBERALISMO

A prática do neoliberalismo é norteada, fundamentalmente pela ideia de Estado mínimo, que significa intervenção estatal mínima sobre a atividade econômica, e esta deve ser regulada pelo mercado e suas leis, segundo a doutrina liberal da “Mão invisível”, cuja referencia central é a obra de Adam Smith. A Doutrina político-econômica neoliberal foi elaborada para adaptar o modelo liberal as condições do sistema capitalista do século XX. Para os neoliberais acreditam que a sociedade civil deve buscar soluções para seus problemas, e não o Estado. A ele cabe apenas a tarefa de garantir o bem comum e o equilíbrio social, os neoliberais são contra a postura assistencialista do poder público. A política neoliberal só seria consolidada de fato nos anos 70 e 80, principalmente nos governos de Margaret Thacher, Ronald Regan e de Helmut Kohl, se difundido posteriormente para outros países do mundo. No Brasil e em outros países, essa perspectiva gerou uma onda de privatizações de empresas publicas, que foram criticadas

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por parte da sociedade privada.  PRIVATIZAÇÕES Entende-se por privatização o processo de transferência de órgãos ou empresas estatais (pertencentes ao Estado, portanto, públicos) para a iniciativa privada por meio da realização de vendas, que costumam ser instrumentalizadas a partir de leilões públicos. Diferentemente do que muitos imaginam, esse processo é considerado comum, ocorrendo de forma menos intensa no Brasil desde a década de 1980. No entanto, podemos dizer que o Brasil ingressou, de fato, na era das privatizações a partir dos anos 1990, com destaque para o Governo FHC. Ao todo, foram privatizadas mais de 100 empresas, que, até 2005, geraram uma receita de 95 bilhões de dólares, o que, corrigindo para valores de 2013, equivale a 143 bilhões de dólares. As privatizações no Brasil tiveram direta relação com o Consenso de Washington, realizado em 1989, que apresentava uma série de recomendações econômicas que funcionaram como instrumento de pressão internacional para a adoção do neoliberalismo, principalmente pelos países subdesenvolvidos. Dessa forma, muito instrumentalizadas pelo FMI, as recomendações desse consenso foram amplamente difundidas no Brasil, das quais as privatizações são destaque. Os defensores das privatizações no Brasil argumentam que a administração pública centralizadora é bastante precária, impede a evolução das empresas e trava a economia. Com as privatizações, a lucratividade dessas instituições elevar-se-ia, gerando mais riquezas (embora essas mesmas riquezas não mais pertençam ao poder público, e sim ao grupo de empresários investidores). No cerne dessa proposição está a minimização dos gastos com a folha salarial, uma vez que o número excessivo de funcionários é diminuído e, sempre que possível, os cargos passam a ser terceirizados. Para se ter uma ideia, entre 1995 e 2005, o número de empregados em empresas privatizadas nesse período caiu de 95.000 para 28.000 trabalhadores, assinalando uma queda superior a 70%. Enquanto isso, nessas mesmas empresas, a lucratividade saltou de 11 bilhões de reais para 110 bilhões de reais, um aumento de 900%. É justamente nesse ponto, no entanto, que se encontra boa parte das críticas direcionadas às privatizações no Brasil. As argumentações estão no fato de que elas foram responsáveis por acelerar o processo de terceirização da economia e precarização das relações de trabalho, aumentando o desemprego e diminuindo a renda dos assalariados. Os críticos – geralmente representados por grupos e partidos de esquerda – afirmam que essa difusão somente foi possível graças à estruturação feita pelo governo a partir da década de 1960 que permitiu a integração nacional das redes de telefonia. Além disso, questiona-se a qualidade dos serviços das empresas de telefonia, frequentes alvos de reclamações dos consumidores. Outro assunto que gera polêmica no debate entre “privatistas” e “estatistas” foi a venda da Companhia da Vale do Rio Doce, uma das maiores empresas de minérios do mundo e que, até então, era uma das principais estatais brasileiras. Os questionamentos referem-se, principalmente, aos valores da venda (pouco mais de 3 bilhões de dólares na época), considerados muito baixos para os padrões de operacionalização das empresas. A seguir, um resumo das principais etapas das privatizações ocorridas no Brasil, com base em informações

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ATUALIDADES fornecidas pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento): - Década de 1980: privatização de quase 40 empresas, todas de pequeno porte; - 1990: Criação do Plano Nacional de Desestatização (PND); - 1990-1992: venda de 18 empresas atuantes no setor primário da economia, com ênfase no setor siderúrgico. Foi gerada uma receita de 4 bilhões de dólares; - 1993: Privatização da CSN, Companhia Nacional de Siderurgia; - 1997: Venda da Vale do Rio Doce, privatização de vários bancos estaduais (alguns federalizados antes da venda) e início do processo de privatização do setor de telefonia; - 1998: Privatização de empresas de energia na região Sul, além de ferrovias e rodovias na região Sudeste; - 2000: Redução nas ações estatais de participação na Petrobras e venda do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), além de inúmeros outros bancos estaduais. - 2002-2008: Continuação da privatização de bancos e empresas elétricas estaduais. Vendas e concessões para o uso de rodovias.  INFLAÇÃO Inflação pode ser definida como “uma tendência de aumento sustentada no nível geral dos preços” e não no preço de apenas um ou dois bens. G. Ackley definiu a inflação como “um aumento persistente e sensível do nível geral ou da média dos preços”. Em outras palavras, a inflação se refere a um estado de aumento dos preços, não a preços elevados. A inflação não se refere exatamente à preços elevados, mas o aumento do nível dos preços constitui a inflação. Assim, ela constitui um aumento global do nível dos preços. Portanto, a inflação pode ser vista como a desvalorização do dinheiro. Uma unidade de dinheiro agora tem um poder aquisitivo menor. A inflação também pode ser vista como um fenômeno recorrente. A inflação dos bens de consumo é o que normalmente é mostrado na mídia, e usa uma média estimada dos itens que normalmente são consumidos pela família típica (essa lista é determinada por pesquisas e é atualizada periodicamente). Essa média pode subir enquanto outros preços caem, e o quanto ela se refere à sua situação pessoal depende do quanto os seus padrões de compra se assemelham a esse índice. Mas, consideramos o ponto chave da inflação quando o preço médio desses bens e serviços aumenta. Deflação O efeito oposto da inflação é conhecido como deflação, que é quando o preço global diminui, fazendo com que a taxa de inflação se torne negativa. Isso pode acontecer, na maioria dos casos, com uma redução na oferta da moeda ou disponibilidade de crédito. A redução das despesas de investimento por parte do governo ou indivíduos também pode levar a essa situação. A deflação acarreta um problema de aumento do desemprego devido à falta de demanda. Causas da Inflação A maioria dos economistas acredita que existem três fatores principais que levam à inflação. Inflação de Demanda A inflação de demanda é a mais comum. Ela ocorre quando a demanda por um bem ou serviço aumenta tanto que ultrapassa a oferta. Se os vendedores mantiverem os preços, os produtos irão esgotar. Eles então

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percebem que podem aumentar seus preços, causando a inflação. Inflação de Custo A segunda principal causa da inflação é a inflação de custo. Não é tão comum quanto a inflação de demanda, porque só ocorre quando há uma escassez de oferta, combinada com demanda suficiente para permitir que o produtor aumente os preços. A inflação salarial pode contribuir para a inflação de custos. Isso geralmente é causado por fortes sindicatos. Uma empresa capaz de criar um monopólio também pode causar a inflação de custo. Expansão Monetária A terceira principal causa da inflação é uma grande expansão da oferta monetária. A oferta monetária não se refere apenas ao dinheiro, mas também ao crédito, empréstimos e hipotecas. Quando os empréstimos são muito baratos, há muito dinheiro para poucos bens, causando a inflação. Quase todos os preços irão aumentar, embora nem a demanda nem a oferta tenham mudado. A oferta de dinheiro pode ser expandida pelo governo federal para estimular uma economia, mas uma oferta de dinheiro muito grande pode ser inflacionária. https://janusinvestimentos.com/guia-de-principios-deeconomia/inflacao/  Brasil tem superávit comercial de US$5,882 bi em junho. O Brasil registrou superávit comercial de 5,882 bilhões de dólares em junho, fechando o primeiro semestre do ano com saldo positivo de 30,055 bilhões de dólares, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços nesta terça-feira. Em pesquisa da Reuters com analistas, a expectativa era de saldo positivo de 6,3 bilhões de dólares no mês passado. “Estamos mantendo o crescimento tanto das importações quanto das exportações com a retomada da economia”, afirmou a jornalistas o ministro da pasta, Marcos Jorge. No mês, as importações subiram 13,7 por cento sobre o mesmo mês do ano passado, pela média diária, a 14,320 bilhões de dólares no volume total, fechando o primeiro semestre com alta de 17,2 por cento a 83,779 bilhões de dólares. As exportações também avançaram, mas em menor ritmo, com alta de 2,1 por cento em junho, também pela média diária, somando ao todo 20,202 bilhões de dólares. No semestre passado, o volume foi de 113,834 bilhões de dólares, com alta de 5,7 por cento sobre um ano antes. O ministério já havia previsto que a aceleração da atividade iria elevar as importações e reduzir o superávit da balança comercial brasileira ao patamar de 50 bilhões de dólares em 2018, ante 67 bilhões de dólares de 2017, projeção mantida pelo ministro agora. DESTAQUES Em junho, as importações foram puxadas pelos bens de capital, que cresceram 33,8 por cento, e bens de consumo, com avanço de 20,8 por cento. Por outro lado, as compras de combustíveis e lubrificantes caíram 7,7 por cento na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já no caso das exportações, o maior aumento foi dos produtos manufaturados, de 7,6 por cento a 7,258 bilhões de dólares. Segundo o ministério, houve recorde nos Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES embarques de minério de ferro, soja em grão, farelo de soja e celulose. Reportagem de Mateus Maia; Texto de Patrícia Duarte. 03/07/2018. •

FITCH REBAIXA NOTA DO BRASIL

A agência internacional de risco Fitch rebaixou nesta sexta-feira (23) a nota de crédito soberano do Brasil de "BB" para "BB-". Com isso, o país ficou ainda mais longe do selo de país bom pagador de sua dívida. O rating do Brasil foi colocado agora 3 degraus abaixo do grau de investimento, mesma classificação dada pela Standard&Poor's (S&P), que em janeiro também anunciou o rebaixamento do rating do país. "O rebaixamento do Brasil reflete persistentes e grandes déficits fiscais, a alta crescente da dívida pública e o fracasso em reformas legislativas que melhorariam o desempenho estrutural das finanças públicas", destacou a Fitch no comunicado. O corte já era esperado pelo mercado em função da demora na aprovação de medidas para reequilibrar as contas públicas e de incertezas ligadas às eleições. O rebaixamento acontece dias após o governo ter desistido de tentar aprovar a reforma da Previdência em fevereiro, como inicialmente anunciado, em razão de decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro. Justificativa da agência Ao rebaixar o Brasil, a Fitch citou a situação fiscal e considerou a suspensão da tramitação da reforma da Previdência um retrocesso. "A decisão do governo de não colocar a reforma da Previdência em votação no Congresso representa um importante revés na agenda de reformas e reduz a confiança na trajetória de médio prazo das finanças públicas e no compromisso político de abordar a questão", afirmou a agência. "O cenário político continua desafiador e o ciclo eleitoral de 2018 pode trazer mais incertezas", acrescentou. (G1.com 23/02/2018)  Bolsa sobe 2,8%; dólar cai 1,1%, a R$ 3,61, mas ainda acima do câmbio ideal 10 Do UOL, em São Paulo 29/10/2018. No primeiro dia útil após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) como presidente, o dólar comercial operava em queda e a Bolsa subia. Por volta das 10h15, a moeda caía 1,14%, vendida a R$ 3,613. Apesar da baixa nesta segunda-feira (29), a moeda ainda está distante da cotação considerada “ideal” para o equilíbrio da economia, que é de R$ 3,20 a R$ 3,30, segundo a FGV. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançava 2,76%, a 88.082,04 pontos. Na última sexta-feira (26), o dólar fechou em queda de 1,31%, a R$ 3,655 na venda, o menor valor em cinco meses, desde 24 de maio (R$ 3,648). A Bolsa fechou em alta de 1,95%, a 85.719,87 pontos. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior. •

Segundo o instituto, esta foi a menor taxa para um mês de setembro desde 2006, quando o índice foi de 0,05%. Além disso, foi a menor variação mensal de 2018. Gráfico – inflação na Brasil em 2018 IPC(anual)

PRÉVIA DA INFLAÇÃO 0,09% EM SETEMBRO

OFICIAL

FICA

EM

O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,09% em setembro, com forte recuo dos preços de alimentos compensando alta da energia elétrica, informou nesta sexta-feira (21) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A variação acumulada no ano ficou em 3,23%. Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,28%, ligeiramente abaixo dos 4,30% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2017, a taxa foi de 0,11%. Em agosto, foi registrada deflação de 0,09%, segundo mostrou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com isso, o país registrou inflação negativa pela primeira vez desde junho de 2017. Preços dos alimentos caem O IBGE destacou que dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Alimentação e Bebidas (-0,41%) registrou queda na taxa na passagem de agosto para setembro. Todavia, a alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,12%, abaixo da taxa registrada em agosto, que havia sido de 0,84%. Veja as variações dos grupos pesquisados: Alimentação e Bebidas: -0,41% Despesas Pessoais: 0,46% Artigos de Residência: 0,32% Habitação: 0,30% Alta da energia elétrica Dentre os demais grupos pesquisados, a alta de maior destaque do grupo Habitação, que subiu 0,30%. Ela foi pressionada, segundo o IBGE, pelo aumento de 0,34% na energia elétrica - em setembro entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, incidindo a cobrança adicional de R$ 0,05 a cada kwh consumido. Esta foi a sétima alta consecutiva no custo da energia elétrica. Segundo o IBGE, tanto no ano (13,28%) quanto nos últimos 12 meses (19,01%), a energia elétrica foi o segundo maior impacto no IPCA-15 (0,49 p.p. e 0,67 p.p., respectivamente), ficando atrás apenas da gasolina (0,49 p.p. e 0,73 p.p., respectivamente). Daniel Silveira e Darlan Alvarenga, G1 21/09/2018

3-TRANSPORTE  Custo Brasil Talvez nem prestemos tanta atenção aos fatores que encarecem um produto ou serviço na hora da aquisição, mas eles estão presentes e são determinantes para a formação do preço. Mesmo de forma genérica, pois é difícil medir o quanto a corrupção, a burocracia excessiva, os desperdícios e os problemas com infraestrutura impactam diretamente sobre os preços, é absolutamente improvável que os fatores do chamado Custo Brasil não comprometam a competitividade da economia e não representem dinheiro a menos no bolso do consumidor. Definido como um conjunto de dificuldades econômicas e estruturais, o Custo Brasil impacta diretamente no desenvolvimento e na manutenção da economia do país trazendo perdas significativas através da

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ATUALIDADES falta de investimentos, públicos e/ou privados, e pondo em xeque muitos segmentos que não conseguem exportar nem competir com produtos importados – é o que muitos especialistas chamam de “perversidade econômica”. Trazendo o assunto para o setor de produção, nos Estados Unidos, por exemplo, a produção pode ser 25% mais barata em relação ao Brasil. O Custo China é 1/3 mais barato do que o Custo Brasil. E não é só o baixo custo com a mão-de-obra que empurra a economia chinesa como muitos pensam. Claro, é um fator importante. Contudo, vale lembrar que, enquanto o modal rodoviário, mais caro e que exige maior atenção acerca de investimentos e qualidade de serviços, independentemente do país, transporta mais de 70% das cargas brasileiras, nos Estados Unidos não chega a 30% e na China está em torno de 10%. Ou seja, percentuais inversos a extensão territorial desses países. Quando o assunto é competitividade, o Custo Brasil traz dois fatores críticos: a carga de impostos e a logística. Ambos são responsáveis por 70% desses números que compõem o maior desafio econômico para a estabilidade das relações comerciais, internas e externas, tão vitais para o desenvolvimento do país. Há dúvidas sobre a urgência de uma revisão tributária e de um planejamento sério na Logística? Já sabemos, e sentimos no bolso, o quanto os impostos nos tiram a qualidade de vida. A carga tributária é muito alta e injusta, pois quem paga a maior parte é quem tem menos poder aquisitivo. Quase 80% dos brasileiros que recebem até três salários mínimos por mês contribuem com 53% da arrecadação total no Brasil. Ainda segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), isso se dá porque o sistema tributário brasileiro é focado no consumo e não na renda, no lucro e no patrimônio. E quanto à Logística? Não admira que seja o segundo fator desses números nocivos e, com a letargia com que é tratada é, no mínimo, uma grande irresponsabilidade. O que parece é que da mesma forma que muitos consumidores não atentam para a relação do Custo Brasil com o preço que pagam diariamente, os governantes municipais, estaduais e federais não associam as deficiências logísticas, sejam no transporte de cargas ou de pessoas, com a baixa oferta de melhores serviços que representam ganho de competitividade e possibilidades de melhoria contínua através do retorno de impostos. Ou não enxergam isso ou os impostos não retornam como deveriam. Talvez as duas coisas.  SETORES: A infraestrutura de transportes representada em setores: Aeroviário, Aquaviário (Portuário Hidroviário), Ferroviário e Rodoviário.

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país, quatro +

Setor Aeroviário: Ao todo são 2.545 aeródromos registrados, sendo 1.966 privados e 579 públicos,. 255 estão sob responsabilidade dos estados, 251 dos municípios, 66 da União (52 Infraero, 10 concessões e 4 autorizações) A Infraero, estatal, administra 52 terminais, sendo: 15 na região Norte, 15 no Nordeste, 5 no Centro-Oeste, 10 no Sudeste e 8 no Sul. Os cinco aeroportos mais movimentados Guarulhos, Congonhas, Brasília, Galeão, Confins. Foram concedidos a iniciativa privada 10 aeroportos. Os mais recentes foram: Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS). Os aeroportos concedidos em rodadas anteriores 

foram: Natal (RN), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ) e Confins (MG). Setor Aquaviário: O Brasil possui 8, 5 mil Km de costa navegável e conta com um estrutura de 37 Portos Organizados, 52 Instalações Portuárias de Pequeno Porte (IP4), 51 Portos Públicos, 13 Eclusas e sete Companhias Docas. Quatro hidrovias são as principais: ParanáTietê, Tapajós, Madeira e Tocantins-Araguaia, Ao todo, são 21 mil quilômetros economicamente navegáveis. Os principais produtos movimentado nas hidrovias são: soja, milho, combustíveis, minério de ferro, produtos químicos inorgânicos, adubos fertilizantes, sementes e frutos oleaginosos. Além disso, também são transportados areia, cana-de-açúcar e borracha. As principais cargas transportadas nos portos Os principais produtos são: minério de ferro, petróleo, derivados de petróleo, grãos de soja, alumina e bauxita, milho, adubos e fertilizantes, carvão mineral e açúcar. 

Setor Ferroviário: Segundo o Plano Nacional de Viação (Referente ao ano de 2017), existem 47,7 mil km de vias ferroviárias no país. Destes, 30,6 mil km já estão implantados e 17,1 mil km planejados. 13 ferrovias foram concedidas a iniciativa privada. Atualmente, existem cinco obras sendo executadas: FNS no trecho Ouro Verde/GO até Estrela D’oeste/SP (682 km), FIOL no trecho Ilhéus/BA – Caetité/BA (537 km) e Caetité/BA – Barreiras/BA (485 km); Ferrovia Nova Transnordestina (1.753km), e na Estrada de Ferro Carajás/EFC - duplicação de 892 km. Em 2017, o volume total de cargas transportadas foi de 538,8 milhões de toneladas. As cargas transportadas são Minério de ferro, soja, açúcar, carvão mineral, milho, farelo de soja, óleo diesel, celulose, produtos siderúrgicos e ferro gusa. São 3.043 locomotivas e 102.024 vagões em circulação atualmente, No ano de 2017, o setor transportou 1.214,4 milhão de passageiros. O sistema ferroviário brasileiro é o maior da América Latina em termos de carga transportada atingido 503,9 bilhões de tku (tonelada quilômetro útil), em 2016. Mas, em termos de malha, o sistema ferroviário dos nossos vizinhos argentinos é maior que o do Brasil. 

Setor Rodoviário: Ao todo são 1.563,6 mil quilômetros de malha rodoviária no país, sendo 94,7% rodovias estaduais e municipais, e 5,3% federais (76,5 mil quilômetros). As estradas pavimentadas representam 13,7% do total (213,5 mil quilômetros). Os outros 86,3% são rodovias não pavimentadas (1.350,1 mil quilômetros). Da malha rodoviária federal, 65,5 mil quilômetros são pavimentados (84,7%); 6,4 mil quilômetros são duplicadas (10,7%) e 68,8 mil quilômetros são de pista simples (89,9%). Ao todo são 21 trechos concedidos a iniciativa privada, que totalizam 10 mil quilômetros. Atualmente Quatro trechos estão em processo de concessão: BR101/290/386/448/SC/RS; BR-364/365/GO/MG; e BR101/SC. Em 2017 foram 88,7 milhões de passageiros transportados (Interestadual: 42,5 milhões; Semiurbano: 39,6 milhões; Internacional: 0,9 milhões; Fretamento: 9,3 milhões). Quanto ao numero de veículos de transporte de cargas em 2017, foram registrados por cooperativas 22.4, por empresas 1.039.000 e, por autônomos, 608.600. (fonte:Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil) 

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PEDRAL DO LOURENÇO Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES Uma obra para o melhoramento do canal de navegação da hidrovia do rio Tocantins. Área de pedrais com 43 km, beneficiamento de uma rota de 500 km entre Marabá e vila do Conde, o pedra fica próximo a Cidade de Itupiranga – PA.  Valor do Investimento: 520 milhões,  Capacidade de transporte: 20 milhões de t/ano  Redução de transporte rodoviário: 400 mil carretas (50t)/ano  Possibilitará a navegabilidade da hidrovia o ano inteiro.  Escoamento da produção agrícola, pecuária e mineração  Redução do custo Brasil.  Acesso mais curto aos mercados internacionais da Europa e EUA.  Estados diretamente beneficiados: PA, MA, TO, GO e MT. • CRISE REVELA DEPENDÊNCIA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO QUE É 'MAIS BARATO E DÁ VOTO' Lígia Mesquita.BBC.24 maio 2018 O Brasil é o país que tem a maior concentração rodoviária de transporte de cargas e passageiros entre as principais economias mundiais. Segundo dados do Banco Mundial, 58% do transporte no país é feito por rodovias contra 53% da Austrália, 50% da China, 43% da Rússia e 8% do Canadá. Os números são relativos a 2013. A malha rodoviária é utilizada para o escoamento de 75% da produção no país, seguida da marítima (9,2%), da aérea (5,8%), da ferroviária (5,4%), da cabotagem (3%) e da hidroviária (0,7%), de acordo com a pesquisa Custos Logísticos no Brasil, da Fundação Dom Cabral. É por isso que a greve de caminhoneiros em curso pode realmente parar o país e provocar uma enorme crise de abastecimento, segundo especialistas em transporte ouvidos pela BBC. Há quatro dias, os caminhoneiros do país estão paralisados e fazendo bloqueios em rodovias em 25 Estados e no Distrito Federal. O movimento foi iniciado após sucessivos aumentos no preço do óleo diesel, que agora custa R$ 3,59 por litro. Mas por que, afinal, o Brasil depende tanto do transporte rodoviário de carga e de passageiros? Para Paulo Resende, coordenador do núcleo de Logística e Infraestrutura da Fundação Dom Cabral, os governantes brasileiros nunca priorizaram adotar outros tipos de sistema de transporte porque isso não tem impacto eleitoral. Essa seria uma das razões, por exemplo, para que o projeto da ferrovia Norte-Sul, que cruzaria o país, nunca tenha saído do papel. "Já viu alguém inaugurar ferrovia rapidamente pra ganhar eleição?", disse à BBC Brasil. "No Brasil, acontece o chamado fator subjetivo, que tem a ver com modelo de gestão de negócios. Os políticos e os burocratas pensam 'Eu tenho que deixar a marca do meu governo, tenho que fazer alguma coisa nova'. Aí todo mundo que entra (num governo), abandona projetos anteriores e cria um novo, que acha que é melhor. O Brasil é um país cuja estratégia é substituir o velho pelo novo, com completo abandono do velho. Você cria uma descontinuidade de projetos. Há uma questão cultural de trabalhar com curto prazo porque é compatível com a agenda eleitoral." O consultor de trânsito Sergio Ejzenberg, mestre em transportes pela Universidade de São Paulo, diz que o Brasil chegou a esse modelo de dependência quase total de rodovias em função de décadas de decisões "desastrosas" e não tem como mudar esse quadro no curto prazo.

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"Precisamos de menos ingerência política nas decisões técnicas que envolvem a logística de transportes. O Brasil tem dimensão continental e produz quantidades de commodities, tanto agrícolas quanto minerais, que precisam ser transportadas por meios razoáveis e racionais, não por apenas caminhões. É inacreditável que para levarmos soja até o porto de Santos, essa mercadoria precise ser escoada antes por rodovias", diz. Para Mauricio Lima, sócio-executivo da consultoria em logística Ilos, o fato de basicamente dois terços das cargas serem transportadas por meio rodoviário deixa o país mais vulnerável a greves que afetem o abastecimento, como a dos caminhoneiros. "Temos uma infraestrutura aquém das nossas necessidades, tanto de dutos - por isso falta combustível quanto ferroviária e hidroviária", diz.  FERROVIA NORTE SUL A construção da FNS foi iniciada em 1987 com um traçado inicial que previa uma extensão de aproximadamente 1.550 km, de Açailândia/MA a Anápolis/GO, de modo a cortar os Estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. Dessa forma, o traçado original está construído e em operação. O projeto de ampliação da ferrovia ocorreu muito depois do início da construção. A Lei nº 11.297, de 09 de maio de 2006, da Presidência da República, incorporou um trecho mais ao norte, Açailândia (MA) – Barcarena (PA), ao projeto do traçado inicialmente projetado. Em 2008, a Lei nº 1.772 estendeu mais uma vez o traçado da ferrovia até a cidade paulista de Panorama. Ainda para atender à crescente demanda por transporte de cargas, a VALEC concluiu, em 2015, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental – EVTEA para mais dois trechos complementares à NorteSul, sendo entre Panorama (SP) e Chapecó (SC) e entre Chapecó (SC) e Rio Grande (RS). A VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. é uma empresa pública, sob a forma de sociedade por ações, vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, nos termos previstos na Lei n° 11.772, de 17 de setembro de 2008. A função social da VALEC é a construção e exploração de infraestrutura ferroviária. E, de acordo com o Art. 8° da Lei em referência, compete à VALEC, em conformidade com as diretrizes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil: BENEFÍCIOS  Reduzir os custos de comercialização no mercado interno  Reduzir os custos de transportes  Reduzir a emissão de poluentes  Reduzir o número de acidentes em estradas  Melhorar o desempenho econômico de toda a malha ferroviária;  Aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior;  Incentivar os investimentos, a modernização e a produção agrícola;  Melhorar a renda e a distribuição da riqueza nacional.  Modais, intermodais e multimodais - Logística empresarial Modais É o Sistema pelo qual a carga é transportada, mantendo sua integridade, e obedecendo a certas metas como tempo, custo, etc.

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ATUALIDADES Intermodal Visão sistêmica que engloba todas as atividades envolvidas na cadeia logística, visando reduzir e, onde possível, eliminar as resistências ao movimento contínuo de bens e equipamentos de transporte desde a origem até o destino. Multimodal É o conceito institucional que envolve a movimentação de bens por dois ou mais modos de transporte, sob um único conhecimento de transporte, o qual é emitido por um OPERADOR DE TRANSPORTE MULTIMODAL que assume, frente ao embarcador, total responsabilidade pela operação desde a origem até o destino, como um transportador principal e não como um agente. A decisão de qual estilo de modal se utilizará, para este transporte, irá depender de várias análises como, por exemplo: praticidade, custo, tempo, perecimento da carga, acidentes geográficos no trajeto, disponibilidade local do meio a ser utilizado, etc. No Brasil, temos todo tipo de problema. Não podemos esquecer que estamos em um país continente, onde há predominância do transporte rodoviário, mas existem regiões com sérios problemas nas estradas onde o rio pode ser a melhor escolha, ou ainda, o mar; que tal o avião que, embora mais caro, é o mais rápido e um dos mais seguros? E, assim por diante.

4-SOCIEDADE  NATALIDADE E MORTALIDADE A taxa de natalidade e mortalidade são dados estatísticos segundo o número de nascidos e o número de mortes e, por isso, eles determinam o crescimento demográfico da população. Sendo assim, a taxa de natalidade (TN) indica a número de nascimentos por mil habitantes no período de um ano, enquanto a taxa de mortalidade (TM) corresponde ao número de óbitos anuais por mil habitantes. A diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade é chamada de crescimento vegetativo (CV). Para exemplificar melhor esses conceitos, podemos pensar numa cidade de mil habitantes, onde o nascimento de bebês durante um ano foi de 30 crianças, o que significa que a taxa de natalidade naquele ano foi de 30%. Da mesma maneira, se o número de mortes na mesma cidade durante um ano foi de 10 pessoas, a taxa de mortalidade será de 10%. - Crescimento Vegetativo O crescimento Vegetativo é um conceito que está associado ao crescimento populacional, sendo determinado de acordo com as condições sócio econômicas e culturais de um país. Em resumo, o crescimento vegetativo corresponde à diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. Esses valores estatísticos são classificados de duas maneiras, ou seja, o crescimento vegetativo é positivo quando o número de nascimentos for superior ao número de mortes, e pode ser negativo quando o número de mortes for superior ao de nascimentos. Por fim, o crescimento vegetativo pode ser nulo, ou seja, quando o número de nascimento registrados é equivalente ao número de mortes num mesmo espaço de tempo.

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- Expectativa de Vida A expectativa de vida, também chamada de “esperança de vida” corresponde ao número de anos atingidos por uma população num determinado espaço de tempo. Com o passar dos anos, esse dado felizmente tem aumentado em diversas partes do mundo. Atualmente, no Brasil, a esperança de vida é de 75 anos. - Mortalidade Infantil A mortalidade infantil corresponde a morte de crianças entre os zero e doze meses de vida. Embora a mortalidade infantil tenha diminuído, ainda é uma realidade em muitos locais do mundo, sobretudo naqueles locais que apresentem as piores condições de vida, desde falta de saneamento básico e acesso à educação e saúde, proliferação de doenças, dentre outros. - Taxa de Natalidade e Mortalidade Brasileira Durante as últimas décadas, o Brasil tem apresentado grande redução na taxa de natalidade e de mortalidade. Isso indica que houve melhora nas condições de vida da população, desde melhoria na alimentação, avanço da medicina, acesso à educação e saúde, dentre outros fatores. Segundo pesquisas do IBGE, a taxa bruta de natalidade no Brasil por mil habitantes era de 20,86 no ano 2000 e, em 2015 passou para 14,16. Já a taxa de mortalidade em 2000 era de 6,67 e em 2015 de 6,08.  Seis estatísticas que mostram o abismo racial no Brasil CARTA CAPITAL 17/11/17 A população negra é a mais afetada pela desigualdade e pela violência no Brasil. É o que alerta a Organização das Nações Unidas (ONU). No mercado de trabalho, pretos e pardos enfrentam mais dificuldades na progressão da carreira, na igualdade salarial e são mais vulneráveis ao assédio moral, afirma o Ministério Público do Trabalho. De acordo com o Atlas da Violência 2017, a população negra também corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios. Ao ser confrontado com as estatísticas, o racismo brasileiro, sustentado em três séculos de escravidão e muitas vezes minimizados pela branquitude nativa, revelase sem meias palavras. "Esse é um país que convive com uma desigualdade estrutural, especialmente em relação à questão racial", afirma Kátia Maia, diretora executiva da Oxfam, em entrevista à Carta Capital. Oded Grajew, presidente do conselho deliberativo da organização, diz que o preconceito social no País passa também pelo racismo. "Só não concorda quem não acompanha o dia a dia da vida brasileira. Um negro que dirige um carro médio, por exemplo, é parado diversas vezes pela polícia, ou quando vai a um restaurante, avisam a ele que a entrada de serviço é do outro lado. Para curar qualquer doença, é preciso reconhecer a doença", afirma. Segundo o IBGE, mais da metade da população brasileira (54%) é de pretos ou pardos, sendo que a cada dez pessoas, três são mulheres negras. Igualdade salarial só em 2089 Apenas em 2089, daqui a pelo menos 72 anos, brancos e negros terão uma renda equivalente no Brasil. A projeção é da pesquisa "A distância que nos une - Um retrato das Desigualdades Brasileiras" da ONG britânica Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES Oxfam, dedicada a combater a pobreza e promover a justiça social. Em média, os brasileiros brancos ganhavam, em 2015, o dobro do que os negros: R$1589, ante R$898 mensais. "Só alcançaremos uma equiparação salarial entre negros e brancos em 2089, 200 anos depois da abolição da escravidão no Brasil. Isso se a desigualdade continuar diminuindo no ritmo que está", alerta a diretora-executiva da Oxfam. feminicídios de mulheres negras aumentou, das brancas caiu O feminicídio, isto é, o assassinato de mulheres por sua condição de gênero, também tem cor no Brasil: atinge principalmente as mulheres negras. Entre 2003 e 2013, o número de mulheres negras assassinadas cresceu 54%, ao passo que o índice de feminicídios de brancas caiu 10% no mesmo período de tempo. Os dados são do Mapa da Violência 2015, elaborado pela Faculdade LatinoAmericana de Estudos Sociais. Uma evidência de que os avanços nas políticas de enfrentamento à violência de gênero não podem fechar os olhos para o componente racial. As mulheres negras também são mais vitimadas pela violência doméstica: 58,68%, de acordo com informações do Ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher, de 2015. Elas também são mais atingidas pela violência obstétrica (65,4%) e pela mortalidade materna (53,6%), de acordo com dados do Ministério da Saúde e da Fiocruz. Jovens e negros: as maiores vítimas da violência Homens, jovens, negros e de baixa escolaridade são as principais vítimas de mortes violentas no País. A população negra corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios, de acordo com informações do Atlas da Violência 2017, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Atualmente, de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. De acordo com informações do Atlas, os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados em relação a brasileiros de outras raças, já descontado o efeito da idade, escolaridade, do sexo, estado civil e bairro de residência. Maioria dos presos O Brasil abriga a quarta maior população prisional do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Rússia. Tratam-se de 622 mil brasileiros privados de liberdade, mais de 300 presos para cada 100 mil habitantes. Mais da metade (61,6%) são pretos e pardos, revela o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen). Baixa representatividade no cinema e na literatura Só 10% dos livros brasileiros publicados entre 1965 e 2014 foram escritos por autores negros, afirma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) que também analisou os personagens retratados pela literatura nacional: 60% dos protagonistas são homens e 80% deles, brancos. Já a pesquisa "A Cara do Cinema Nacional", da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, revelou que homens negros são só 2% dos diretores de filmes nacionais. Atrás das câmeras, não foi registrada nenhuma mulher negra. O fosso racial permanece entre os roteiristas: só 4% são negros.

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Crise e desemprego A crise e a onda de desemprego também atingiu com mais força a população negra brasileira: eles são 63,7% dos desocupados, o que corresponde a 8,3 milhões de pessoas. Com isso, a taxa de desocupação de pretos e pardos ficou em 14,6% - entre os trabalhadores brancos, o índice é menor: 9,9%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira 17 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, no terceiro trimestre de 2017 o rendimento médio de trabalhadores negros foi inferior ao dos brancos: 1,5 mil ante 2,7 mil reais. *Colaborou Rodrigo Martins e Miguel Martins  Projeção da População 2018: número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047 Além da queda do nível de fecundidade, projeta-se que o padrão etário de fecundidade por idade da mulher também se altere, conforme já observado nas últimas décadas, em direção a um envelhecimento da fecundidade no Brasil. A idade média em que as mulheres têm filhos, que está em 27,2 anos em 2018, deverá chegar a 28,8 anos em 2060. Estima-se que um quarto da população terá mais de 65 anos em 2060 Em 2060, o percentual da população com 65 anos ou mais de idade chegará a 25,5% (58,2 milhões de idosos), enquanto em 2018 essa proporção é de 9,2% (19,2 milhões). Já os jovens (0 a 14 anos) deverão representar 14,7% da população (33,6 milhões) em 2060, frente a 21,9% (44,5 milhões) em 2018. O envelhecimento afeta a razão de dependência da população, que é representada pela relação entre os segmentos considerados economicamente dependentes (pessoas com menos de 15 e 65 anos ou mais de idade) e o segmento etário potencialmente produtivo (15 a 64 anos), que é a proporção da população que, em tese, deveria ser sustentada pela parcela economicamente produtiva. A razão de dependência da população em 2018 é de 44%. Esse indicador significa que 44 indivíduos com menos de 15 e com mais de 64 anos dependem de cada grupo de 100 pessoas em idade de trabalhar (15 a 64 anos). Em 2039, a razão de dependência total deverá ser de 51,5%, quando a proporção de jovens (25,7%) e idosos (25,8%) se equivalerá. Essa proporção total deverá aumentar para 67,2% em 2060. Ainda em 2010, a razão de dependência era de 47,1%, e atingiu seu valor mínimo em 2017 (44,0%). A partir de então, essa proporção voltaria a crescer, chegando, em 2028, a 47,4%, o mesmo nível de 2010. Roraima deverá ter a maior taxa de fecundidade em 2060: 1,95 filho por mulher Atualmente, os estados do Norte e Maranhão (1,93), Espírito Santo (1,83), Paraná (1,80) e Goiás (1,79) possuem a taxa de fecundidade total acima da média nacional. Roraima (2,31), Amazonas (2,28), Acre (2,22) e Amapá (2,11) são os únicos que tem a fecundidade acima do nível de reposição em 2018 (2,1 filhos por mulher). Já em 2060, Roraima deverá continuar com a maior taxa de fecundidade (1,95), seguido por Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, todos com 1,80. As menores deverão ser Distrito Federal (1,50) e Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os três com 1,55. Santa Catarina deverá manter a maior esperança de vida ao nascer até 2060 A revisão de 2018 estendeu a projeção da população por unidade da federação até 2060. Santa Catarina, que hoje já é a que tem a maior esperança de

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ATUALIDADES vida ao nascer para ambos os sexos (79,7 anos), deverá se manter nessa posição, com 84,5 anos em 2060. No outro extremo, o Piauí deverá ter a menor esperança de vida ao nascer em 2060 (77,0 anos). Entre os homens, os valores de esperança de vida mais elevados, projetados para 2060, serão observados em Santa Catarina, de 81,5 anos, e Rio Grande do Sul, de 80,9 anos, enquanto os mais baixos serão os do Piauí, de 72,7 anos, e do Pará, de 73,6 anos. Os valores mais altos de esperança de vida feminina também serão em Santa Catarina, de 87,6 anos, seguido pelo Paraná, com 87,0 anos. Rondônia e Roraima experimentarão as mais baixas esperanças de vida entre as mulheres, de 80,3 anos e 80,8 anos, respectivamente. A esperança de vida ao nascer e taxa de mortalidade infantil para o país têm revisão prevista para 2022, após a realização do Censo Demográfico 2020. agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-deimprensa.25/07/2018.  NOTICIAS DA SOCIEDADE 1-IDH no Brasil: O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é uma medida semelhante ao IDH que avalia o desenvolvimento de um município a partir de uma série de fatores como renda, acesso a educação, expectativa de vida, entre outros. A partir do IDHM é que podemos avaliar o quão avançada está uma cidade em relação a outra. Para chegar até o índice geral, é feito um cálculo levando em consideração os índices de educação, renda e longevidade. Dentro de educação, entram, por exemplo, a porcentagem de crianças matriculadas em escolas; de jovens formados no Ensino Médio e de adultos com pelo menos o Ensino Fundamental completo. O índice também em consideração esperança de vida, mortalidade e taxas de fecundidade, bem como condições financeiras dos habitantes de cada município (renda per capita, por exemplo). O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, realizado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), em parceria com a Fundação João Pinheiro e o Instituto de Pesquisa Econômica aplicada compila todas essas informações. Confira nessa lista as 10 cidades brasileiras com maior índice de desenvolvimento, de acordo com informações do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Os dados são do ano de 2010 (os mais recentes do atlas). Obs: Os dados específicos citados na lista (como expectativa de vida e renda per capita) servem como exemplos, e não são os únicos levados em consideração para a obtenção do índice geral. 1º – São Caetano do Sul/SP – 0,862 São Caetano do Sul é a cidade do Top10 com a maior renda per capita, o que compensa outros fatores e a classifica como a cidade com maior IDH do Brasil. De acordo com o ranking, a renda per capita de São Caetano do Sul era de R$ 2.043,74 em 2010. 2º – Águas de São Pedro/SP – 0,854 Com índices de renda consideravelmente inferior a da primeira colocada (R$ 1.580,72), Águas de São Pedro esbanja grandes índices de longevidade. A expectativa de vida dos nascidos na cidade paulista é de 78,37 anos. O município também apresenta bons índices de educação, com 80,03% dos habitantes maiores de 18 anos com ensino fundamental completo. 3º – Florianópolis/SC – 0,847 Na terceira colocação, aparece a primeira capital do Top10. Florianópolis chegou até a terceira colocação com renda per capita de R$ 1,798,12, mas perdendo para a segunda

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colocada, por exemplo, na expectativa de vida, que na capital catarinense era de 77,35 anos em 2010. 2- Brasil fica estagnado no ranking do IDH e ocupa 79ª colocação Estadão.14 set 2018, O Brasil ficou estagnado pelo terceiro ano consecutivo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – permanece, desde 2015, na 79ª colocação entre 189 países analisados. O desempenho brasileiro atualmente é bem diferente do apresentado entre 2012 e 2014, período em que o País avançou seis colocações na classificação. Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD), divulgado nesta sextafeira, 14, aponta que o Brasil alcançou a nota 0,759 – isso é apenas 0,001 a mais do que o obtido no ano anterior. A escala vai de zero a um. Quanto mais próximo de um, maior o desenvolvimento humano. O IDH avalia o progresso dos países com base em três dimensões: saúde, educação e renda. Os indicadores brasileiros usados para fazer o trabalho são de 2017. Ao comentar os dados, a coordenadora da unidade de Desenvolvimento Humano do PNUD, Samantha Dotto Salve, foi diplomática. “Estamos recebendo os dados agora”, disse. Ela ponderou ainda que o número de países que participam da avaliação foi alterado. No ano passado, o ranking era composto por 188 países e territórios. Na versão atual, há um a mais: 189. Além de revelar a estagnação, o trabalho mostra que o Brasil continua sendo um país extremamente desigual. Se as diferenças fossem levadas em consideração, o País cairia 17 posições na classificação. Noruega lidera O primeiro colocado no ranking preparado pelo PNUD foi a Noruega, que apresentou indicador 0,953. Em seguida, vem a Suíça, com 0,944 e Austrália, com 0,939. Níger, o último colocado, apresenta IDH de 0,354. Com a pontuação obtida, o Brasil continua no grupo classificado como de Alto Desenvolvimento Humano. Além do Brasil, outros 60 países mantiveram sua colocação no ranking. Na América do Sul,Argentina, Chile e Suriname. De todo o grupo, 34 países subiram no ranking e 94 tiveram queda na colocação. Na América do Sul, apenas o Uruguai melhorou sua posição do ranking, passando de 56º para 55º. Um dos indicadores responsáveis pela manutenção do posto do Brasil no ranking foi a saúde. A esperança de vida ao nascer do brasileiro é de 75,7 anos, um indicador que ano a ano vem apresentando melhoras. Em 2015, por exemplo, era de 75,3. A área de conhecimento, por sua vez, apresenta poucas alterações. Desde 2015, anos esperados de escolaridade permanecem inalterados na marca de 15,4. A média de anos de estudo teve uma leve ampliação, de 7,6 para 7,8 no período 2015-2017. A renda, por outro lado, apresenta uma queda importante quando comparada com 2015. Naquele ano, a renda nacional per capita era de 14,350 ppp, caiu para 13,730 em 2016 e agora teve uma leve recuperação: 13,755 ppp. O IDH não usa a conversão real do dólar, mas o quanto se pode comprar com ele, chamado de paridade do poder de compra (PPP, em inglês). Dados do PNUD mostram que o desemprego no Brasil entre população jovem é o maior da América do Sul: 30,5%. Dos jovens com idade entre 15 e 24 anos, 24,8% não trabalham e não estudam. No Uruguai, a marca é de 18,7% e na Argentina, 19,7%. Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES 3-Projeção da População 2018. A população do país deverá crescer até 2047, quando chegará a 233,2 milhões de pessoas. Nos anos seguintes, ela cairá gradualmente, até os 228,3 milhões em 2060. Essas são algumas das informações da revisão 2018 da Projeção de População do IBGE, que estima demograficamente os padrões de crescimento da população do país, por sexo e idade, ano a ano, até 2060. Em 2060, um quarto da população (25,5%) deverá ter mais de 65 anos. Nesse mesmo ano, o país teria 67,2 indivíduos com menos de 15 e acima dos 65 anos para cada grupo de 100 pessoas em idade de trabalhar (15 a 64 anos). Em relação à migração internacional, a projeção considerou a emigração da Venezuela para Roraima entre 2015 e 2022. Nesse período, migrariam para o estado cerca de 79,0 mil venezuelanos.(...) A revisão 2018 estendeu a Projeção da População para unidades da federação até 2060. Santa Catarina, que hoje tem a maior esperança de vida ao nascer para ambos os sexos (79,7 anos), deverá manter essa liderança até 2060, chegando aos 84,5 anos. No outro extremo, o Maranhão (71,1 anos) tem a menor esperança de vida ao nascer em 2018, condição que deverá ser ocupada pelo Piauí em 2060 (77,0 anos). A projeção detalha a dinâmica de crescimento da população brasileira, acompanha suas principais variáveis (fecundidade, mortalidade e migrações) e projeta o número de habitantes do Brasil e das 27 unidades da federação, ano a ano, de 2010 a 2060. Esse estudo demográfico é realizado em parceria com órgãos de planejamento de quase todos os estados brasileiros e segue as recomendações da Divisão de População das Nações Unidas. Em 2060, população deverá voltar a patamar próximo ao de 2034 A população total projetada para o país em 2018 é de 208,5 milhões. Esse número crescerá até alcançar o máximo de 233,2 milhões em 2047. A partir desse ano, a população irá diminuir até atingir 228,3 milhões em 2060, nível equivalente ao de 2034 (228,4 milhões). A taxa de fecundidade total (número médio de filhos por mulher) projetada para 2018 é de 1,77 filho por mulher, e deverá reduzir para 1,66 em 2060. A revisão 2018 mostrou que o envelhecimento do padrão da fecundidade é determinado pelo aumento na quantidade de mulheres que engravidam entre 30 e 39 anos e pela redução da participação de mulheres entre 15 e 24 anos na fecundidade em todas as grandes regiões do país. (IBGE.25/07/2018)

5-MEIO AMBIENTE e D. SUSTENTAVÉL  MEIO AMBIENTE O meio ambiente é o local onde se desenvolve a vida na terra, ou seja, é a natureza com todos os seres vivos e não vivos que nela habitam e interagem. Em resumo, o meio ambiente engloba todos os elementos vivos e não-vivos que estão relacionados com a vida na Terra. É tudo aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o clima, os animais, os seres humanos, dentre outros. A preservação do meio ambiente faz parte dos temas transversais presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's).

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O seu objetivo é incitar nos estudantes a importância de preservar o meio ambiente e os problemas causados pela intervenção humana na natureza. Qual a diferença entre Preservação e Conservação Ambiental? Os termos preservação e conservação ambiental são constantemente confundidos. Porém, cada um deles possui um significado e objetivos diferentes. -Preservação Ambiental: É a proteção sem a intervenção humana. Significa a natureza intocável, sem a presença do homem e sem considerar o valor utilitário e econômico que possa ter. -Conservação Ambiental: É a proteção com uso racional da natureza, através do manejo sustentável. Permite a presença do homem na natureza, porém, de maneira harmônica. Um exemplo de áreas de conservação ambiental são as unidades de conservação. Elas representam espaços instituídos por lei que objetivam proteger a biodiversidade, restaurar ecossistemas, resguardar espécies ameaçadas de extinção e promover o desenvolvimento sustentável. -A Agenda 2030 É um documento que objetiva orientar as nações do planeta rumo ao desenvolvimento sustentável, além de erradicar a pobreza extrema e reforçar a paz mundial. Para que isso aconteça, são sugeridos diversos programas e ações a serem desenvolvidos pelos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), no período de 2016 a 2030. O documento foi concluído em setembro de 2015, em Nova York, após debates e reuniões entre os delegados dos países membros da ONU. Nele, é reforçado o acordo entre as partes envolvidas que se comprometem no avanço e estabelecimento de ações rumo ao desenvolvimento sustentável em todo o planeta, conforme o trecho abaixo: Estamos determinados a tomar as medidas ousadas e transformadoras que são urgentemente necessárias para direcionar o mundo para um caminho sustentável e resiliente. Ao embarcarmos nesta jornada coletiva, comprometemo-nos que ninguém seja deixado para trás. (Lana Magalhães. Toda Matéria)  Acordos Internacionais Dada a urgência e a preocupação mundial com os problemas ambientais e os impactos dele decorrentes, surgiram vários acordos e tratados internacionais. Eles propõem novos modelos de desenvolvimento, redução da emissão de gases poluentes e conservação ambiental. A preocupação ambiental vem sendo tratada no âmbito internacional desde a realização da Conferência de Estocolmo, em 1972. Após isso, ganhou novamente destaque na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO-92 ou ECO-92), com a aprovação da Agenda 21. Outros importantes tratados e acordos internacionais voltados ao meio ambiente são: Protocolo de Montreal - 1987/89: objetivo de reduzir a emissão de produtos que causam danos à camada de ozônio, CFCS. Protocolo de Kyoto – 1997: objetivo de mitigar o impacto dos problemas ambientais, por exemplo, das mudanças climáticas do planeta terra. Rio +10 - Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável: definição de ações voltadas para a preservação ambiental e aspectos sociais, especialmente de países mais pobres.

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ATUALIDADES Rio +20 - Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável: reafirmação do desenvolvimento sustentável aliado à preservação ambiental. •

OS CINCO MAIORES PROBLEMAS AMBIENTAIS DO MUNDO E SUAS SOLUÇÕES

por Deutsche Welle — publicado 13/10/2016 Carta Capital 1. Poluição do ar e mudanças climáticas O problema: a atmosfera e os oceanos estão sobrecarregados de carbono. O CO2 atmosférico absorve e reemite radiação infravermelha, o que faz com que o ar, os solos e as águas superficiais dos oceanos fiquem mais quentes –em princípio, isso é bom: o planeta estaria congelado se isso não acontecesse. Mas há muito carbono no ar. A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento para a agricultura e as atividades industriais aumentaram as concentrações atmosféricas de CO2 de 280 partes por milhão (ppm), há 200 anos, para cerca de 400 ppm. Isso é um aumento sem precedentes, tanto em escala quanto em velocidade. O resultado: perturbações climáticas. O excesso de carbono é apenas uma forma de poluição do ar causada pela queima de carvão, petróleo, gás e lenha. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou recentemente que uma em cada nove mortes em 2012 está relacionada com doenças causadas por agentes cancerígenos e outros venenos presentes no ar. Soluções: substituir os combustíveis fósseis por energia renovável; reflorestamento; reduzir as emissões originadas pela agricultura; alterar processos industriais. A boa notícia é que a energia limpa é abundante – ela só precisa ser estimulada. Muitos afirmam que um futuro com 100% de energia renovável é possível com a tecnologia já existente. Mas há uma má notícia: embora a infraestrutura de energia renovável – painéis solares, turbinas eólicas e sistemas de armazenamento e distribuição de energia – esteja se tornando cada vez mais comum, barata e mais eficiente, especialistas dizem que essas tecnologias não estão sendo utilizadas no ritmo necessário para evitar uma ruptura climática catastrófica. Dificuldades políticas e financeiras ainda precisam ser superadas. 2. Desmatamento O problema: florestas ricas em espécies estão sendo destruídas, especialmente nos trópicos, para muitas vezes abrir espaço para a criação de gado, plantações de soja ou de óleo de palma, ou para outras monoculturas agrícolas. Cerca de 30% da área terrestre do planeta é coberta por florestas – isso é cerca de metade do que existia antes de o início da agricultura, 11 mil anos atrás. Cerca de 7,3 milhões de hectares de floresta são destruídos a cada ano, principalmente nos trópicos. Florestas tropicais costumavam cobrir cerca de 15% da área terrestre do planeta. Atualmente elas cobrem de 6% a 7%. Grande parte do que sobrou foi degradado pela derrubada de árvores ou queimadas. As florestas naturais não atuam apenas como reservas da biodiversidade, eles também são reservatórios, que mantêm o carbono fora da atmosfera e dos oceanos. Soluções: conservar o que resta das florestas naturais e recuperar as áreas degradadas com o replantio de espécies arbóreas nativas. Isso exige um governo forte – só que muitos países tropicais ainda estão em desenvolvimento, têm populações crescentes, carecem de

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um Estado de Direito e sofrem com nepotismo generalizado e corrupção quando se trata do uso da terra. 3. Extinção de espécies O problema: em terra, animais selvagens estão sendo caçados até a extinção para a obtenção de carne, marfim ou para a produção de produtos "medicinais". No mar, grandes barcos de pesca industrial, equipados com redes de arrastão ou de cerco, estão dizimando populações inteiras de peixes. A perda e a destruição de habitat também é um fator importante para a onda de extinção – algo sem precedentes se for considerado que ela está sendo causada por uma única espécie: os humanos. A Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de espécies ameaçadas continua a crescer. Espécies não apenas têm o direito de existir, elas também fornecem produtos e "serviços" essenciais para a sobrevivência humana. Um exemplo são as abelhas e seu trabalho de polinização, necessário para o cultivo de alimentos. Soluções: esforços conjuntos devem ser feitos para evitar a diminuição da biodiversidade. Proteger e recuperar habitats é apenas um lado da questão – combater a caça e a pesca ilegais e o comércio de vidas selvagens é outro. Isso deve ser feito em parceria com populações locais, para que a conservação da vida selvagem seja do seu interesse, tanto social como econômico. 4.

Degradação do solo Problema: a exploração excessiva das pastagens, as monoculturas, a erosão, a compactação do solo, a exposição excessiva a poluentes, a conversão de terras – a lista de maneiras como os solos estão sendo danificados é longa. Cerca de 12 milhões de hectares de terras agrícolas são degradados seriamente todos os anos, de acordo com estimativas da ONU. Soluções: há uma vasta gama de técnicas de conservação e restauração do solo, como plantio direto, rotação de culturas e a construção de "terraços" para controle da erosão pluvial. Considerando que a segurança alimentar depende da manutenção dos solos em boas condições, é provável que este desafio seja solucionado no longo prazo. Ainda é uma questão em aberto, porém, se isso vai beneficiar igualmente todas as pessoas ao redor do globo. 5. Superpopulação O problema: a população humana continua a crescer rapidamente em todo o mundo. A humanidade começou o século 20 com 1,6 bilhão de pessoas. Hoje são cerca de 7,5 bilhões. Estimativas indicam que a população mundial crescerá para quase 10 bilhões até 2050. A combinação de crescimento populacional com ascensão social está pressionando cada vez mais os recursos naturais essenciais, como a água. Grande parte desse crescimento está ocorrendo no continente africano e no sul e leste da Ásia. Soluções: a experiência tem mostrado que quando as mulheres têm o poder de controlar a sua própria reprodução e ganham acesso à educação e a serviços sociais básicos, o número médio de nascimentos por mulher cai significativamente. Se forem feitos corretamente, sistemas de assistência podem tirar mulheres da pobreza extrema, mesmo em países onde a atuação do Estado permanece deficiente.  DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVÉL A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente. Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem. Os modelos de desenvolvimento dos países industrializados devem ser seguidos? O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível. Os crescimentos econômicos e populacionais das últimas décadas têm sido marcados por disparidades. Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial. (Fonte: WWF)  Os 10 conflitos ambientais mais explosivos do mundo por Felipe Milanez — Carta Capital. 08/08/2016 Vazamento tóxico, contaminação, câncer, assassinato de ambientalistas, ameaças de morte, barramento de rios, espoliação, expulsão forçada. O ritmo moderno do crescimento econômico tem sido acompanhado de violências e conflitos, no mundo inteiro. Ilusão pensar que crescer significa aumentar a democracia e o respeito aos direitos humanos. A busca por matérias primas na América Latina, África e Ásia para serem consumidas nos países ricos, provoca reações e resistências, configurando os “conflitos ambientais”. Uma equipe da Universidad Autônoma de Barcelona, liderada pelo economista ecológico catalão Joan Martinez-Alier, tem realizado um mapeamento destes conflitos no mundo. O mapa aqui, serve não para as grandes empresas saberem aonde não devem investir, mas para articular as resistências, visibilizar as lutas, e provocar uma reflexão sobre o consumo desenfreado de matérias primas e questionar e desafiar chavões como “progresso” e “desenvolvimento” e seus imperativos de um modo de vida. Em um mapeamento global, o Brasil, que é considerado o país mais violento do mundo contra ambientalistas pelos levantamentos da organização Global Witness, é também um dos piores em termos de conflitos ambientais. Há muita resistência por parte das populações

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afetadas, mas igualmente repressão, intolerância, autoritarismo e violência. Três desastres marcam a inserção do país entre aqueles com os piores conflitos ambientais do mundo: a tragédia da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, e o crime ambiental da Samarco (Vale e BBHP) em Minas Gerais e a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).  ACORDO DE PARIS Na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, em Paris, foi adotado um novo acordo com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. O Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países Parte da UNFCCC para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável. O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Para que comece a vigorar, necessita da ratificação de pelo menos 55 países responsáveis por 55% das emissões de GEE. O secretário-geral da ONU, numa cerimônia em Nova York, no dia 22 de abril de 2016, abriu o período para assinatura oficial do acordo, pelos países signatários. Este período se estende até 21 de abril de 2017. Para o alcance do objetivo final do Acordo, os governos se envolveram na construção de seus próprios compromissos, a partir das chamadas Pretendidas Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC, na sigla em inglês). Por meio das iNDCs, cada nação apresentou sua contribuição de redução de emissões dos gases de efeito estufa, seguindo o que cada governo considera viável a partir do cenário social e econômico local. Após a aprovação pelo Congresso Nacional, o Brasil concluiu, em 12 de setembro de 2016, o processo de ratificação do Acordo de Paris. No dia 21 de setembro, o instrumento foi entregue às Nações Unidas. Com isso, as metas brasileiras deixaram de ser pretendidas e tornaramse compromissos oficiais. Agora, portanto, a sigla perdeu a letra “i” (do inglês, intended) e passou a ser chamada apenas de NDC. A NDC do Brasil compromete-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030. Para isso, o país se compromete a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.

6-EDUCAÇÃO  NOVO ENSINO MÉDIO O Novo Ensino Médioe a reforma. Esse é um dos tópicos mais discutidos e abordados ultimamente, afinal, é uma grande mudança que deverá ocorrer nos próximos anos.

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ATUALIDADES Todos devem ficar por dentro da Reforma do Ensino Médio até porque mesmo que você não seja mais estudante, alguém de sua família, com certeza, passará por esse processo. Ainda não sabe como vai funcionar? Veja as principais informações e fique por dentro do assunto. NOVO ENSINO MÉDIO – O QUE É? O Novo Ensino Médio prevê uma grande mudança estrutural dentro do sistema educacional que está em vigor atualmente. Mas, afinal, qual a justificativa para tal reforma? De acordo com o Governo Federal, ela deve garantir uma melhoria dentro do ensino, além de promover uma maior flexibilidade na grade curricular dando a chance aos estudantes de afunilarem melhor os seus estudos de acordo com a área que mais gostam. COMO FUNCIONA O NOVO ENSINO MÉDIO No total, o Governo Federal brasileiro deverá investir mais de R$ 1,5 bilhão de reais na reforma e pretende, até 2018, e, já ter 500 mil estudantes no Novo Ensino Médio que também será integral. Assim, os estudantes passarão mais horas dedicados aos estudos e dedicados às matérias que mais têm a ver com a profissão que deseja seguir. As mudanças do Ensino Médio estão previstos pela Lei 13415/17, regularizando tudo o que deve entrar de novo nas escolas. A Lei foi sancionada pelo presidente Michel Temer em fevereiro deste ano e prioriza a flexibilidade da grade curricular de uma forma que prioriza matérias consideradas importantes para qualquer educação básico e outras que são mais específicas. O QUE MUDA NO NOVO ENSINO MÉDIO A principal mudança que ocorrerá no Novo Ensino Médio é em questão à carga horária, afinal, o plano é que a escola passe a ser integral. Para isso, o Ensino Médio passará a ser, gradualmente, de 800 horas para 1,4 mil horas, onde os alunos deverão se dedicar integralmente para as matérias básicas e também optativas. Outra mudança, que deve ocorrer de acordo com a carga horária, é flexibilização do currículo que será dividido duas importantes partes. A primeira delas será apenas com matérias obrigatórias e consideradas básicas para qualquer tipo de formação e profissão. Depois, a segunda parte é dedicada para as matérias optativas. Aqui, o estudante terá uma determinada carga horária para cumprir com as matérias que ele escolher fazer. Com isso, cada aluno, basicamente, terá uma grande curricular feita só para ele. Também deve ser implementado um modelo de Ensino Técnico, mas calma porque você não terá que estudar além das 1,4 mil horas. Pelo contrário, os cursos técnicos serão implementados já nas horas planejadas do ensino integral. Outra vantagem é que os estudantes do Novo Ensino Médio terão créditos nas matérias para serem usados quando entrarem em algum curso de graduação no Ensino Superior.  FIES Histórico: O FIES, Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, é um programa de financiamento destinado a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores não gratuitos com avaliação positiva, de acordo com regulamentação própria, nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação – MEC. O FIES foi criado pela MP nº 1.827, de 27/05/99, regulamentado pelas Portarias MEC nº 860, de 27/05/99 e 1.386/99, de 15/19/99 e Resolução CMN 2647, de 22/09/99.

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Os recursos do FIES são oriundos de dotação orçamentária do MEC, retorno de financiamentos e recursos de loterias não utilizados pelo antigo Programa de Crédito Educativo – PCE Já o Novo Fies vai garantir 310 mil vagas em 2018, das quais 100 mil a juro zero, para estudantes com renda mensal familiar per capita de até três salários mínimos. Na primeira modalidade de contrato, o Fies terá um fundo garantidor com recursos da União e ofertará 100 mil vagas por ano, com juro zero para os estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de três salários mínimos. O aluno começará a pagar as prestações respeitando sua capacidade, com parcelas de aproximadamente 10% de sua renda mensal. Com essa mudança, o MEC vai garantir uma economia mínima de R$ 300 milhões por ano com taxas operacionais. Na segunda modalidade, o Fies terá como fonte de recursos fundos constitucionais regionais, para alunos com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos, com juros baixos e risco de crédito dos bancos. Serão ofertadas 150 mil vagas em 2018 para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Já na terceira, serão fontes de recursos o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os fundos regionais de desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com juros baixos para estudantes com renda familiar per capita mensal de até cinco salários mínimos. O risco de crédito também será dos bancos. Serão ofertadas 60 mil vagas no próximo ano. Nessa modalidade, o MEC discute com o Ministério do Trabalho uma nova linha de financiamento que pode garantir 20 mil vagas adicionais em 2018.(FONTE: MEC.GOV.)  IDEB - O que é o Ideb O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública, uma espécie de nota. Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho em português e matemática na Prova Brasil, aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio. O índice é divulgado a cada dois anos e tem metas projetadas até 2021, quando a expectativa para os anos iniciais da rede estadual é de uma nota 6,0. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente as aulas. https://avaliacaoeducacional.com/2018/03/08/a-bncc-e-asalvacao-dos-pobres-pela-resiliencia  BNCC - A BNCC e a “salvação” dos pobres pela resiliência Publicado em 08/03/2018por Luiz Carlos de Freitas A reforma empresarial da educação costuma usar duas argumentações para justificar suas receitas, incluindo a Base Nacional Curricular Comum: por uma, ela diz garantir que está procurando proteger direitos dos alunos à aprendizagem, com ênfase na garantia da aprendizagem dos mais pobres; por outra, ela cobra destes pobres que sejam mais resiliente. Com estes dois argumentos, fecha-se o círculo da tese liberal: avança na vida quem tem oportunidade e luta duramente por ela. Os ricos estão liberados desta penitência, pois certamente, em algum momento da sua vida pregressa ou de seus familiares, fizeram jus ao que têm. Sua riqueza já estaria legitimada devido a este passado de luta. Conservadores e liberais fazem coro na defesa desta ideologia. Pelo mesmo raciocínio, fazer com que os ricos Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES paguem mais impostos é “sacanagem” com quem lutou para ter o que tem. Distribuir renda para quem não foi resiliente, é incentivar a formação de vagabundos. Por ela, também fica explicado porque existe o pobre: é aquele que não aproveita a oportunidade que lhe é concedida. Culpa dele, portanto. Compete ao Estado garantir oportunidades educacionais aos alunos, mas o pobre tem que entrar com sua parte e ser resiliente. Não retiramos todo o mérito do esforço pessoal, mas isso não é tudo na rota do sucesso, pois a linha de largada não é a mesma quando se trata de competir no plano social. Estas teses, deram base a uma “nova teoria do desenvolvimento social” que diz: a questão da pobreza é algo que podemos vencer com uma nova Base Nacional Curricular Comum que, além das habilidades cognitivas, inclua também as habilidades sócio-emocionais, entre elas, a resiliência. Com a nova BNCC, agora vamos “ensinar” nossos estudantes a serem resiliente, principalmente os pobres. Não interessa a causa da pobreza: isso tem cura pelo ensino da resiliência. Por esta via, transformaremos os pobres em “empreendedores”, retirando-os do marasmo em que se encontram em suas vidas – desde que eles queiram, é claro. Conclui-se, portanto, que a educação é a redenção da pobreza. Não há exemplo histórico de país que tenha resolvido seu problema com a pobreza por esta via, mas isso não importa, já que reconhecer qualquer outra solução levaria a um questionamento das estruturas sociais produtoras de pobreza e isso não convém. Que a pobreza de uns seja o preço que se paga pela riqueza de outros, é coisa de esquerdista. E coisa de esquerdista nem deve ser discutida, pois é mera ideologia sem base na realidade – afirmam os mais radicais. •

ANALFABETOS NO BRASIL.

O Brasil ainda tem cerca de 11,8 milhões de analfabetos, o que corresponde a 7,2% da população de 15 anos ou mais. Os dados, divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e se referem ao ano de 2016. A taxa indica que o Brasil não conseguiu alcançar uma das metas intermediárias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) em relação à alfabetização da população com 15 anos ou mais. A meta 9 do PNE determinava a redução do analfabetismo a 6,5% até 2015, o que não aconteceu. A Lei diz ainda que em 2024 o analfabetismo deve estar erradicado do país. Segundo o IBGE, não é possível comparar o percentual da Pnad Contínua com o dado divulgado pela Pnad do ano passado, já que as metodologias das pesquisas são diferentes, o que pode gerar distorções. Esta é a primeira edição da Pnad Contínua para o suplemento de Educação. As estatísticas da pesquisa antiga mostravam 12,9 milhões de analfabetos, o que correspondia a uma taxa de 8% da população de 15 anos ou mais. A análise dos dados indica que uma das principais explicações para a taxa de analfabetismo está nas características encontradas na faixa etária mais alta da população brasileira. - Há uma questão estrutural do analfabetismo. Ele está muito mais presente entre a população idosa. O que vemos é algo histórico, mais concentrado em uma população mais velha. Vamos diminuir o analfabetismo è medida que essa população mais velha for morrendo, porque atualmente há mais crianças na escola. Basta olhar

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os percentuais por faixa etária para comparar isso - avalia a pesquisadora do IBGE, Marina Águas. Os dados mostram que, se entre a população de 15 anos ou mais a taxa de analfabetismo é de 7,2%, na faixa etária de 60 anos ou mais esse índice é quase três vezes maior e alcança 20,4%. Há diferenças também entre as regiões do país. O Nordeste é a área com maior taxa de analfabetismo de todo Brasil: 14,8%. O menor índice é registrado na região Sul, que apresenta percentual de analfabetismo de 3,6%. Somente as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste conseguiram alcançar a meta intermediária fixada pelo PNE. oglobo.globo.com/sociedade/educacao/Brasil 21/12/18 •

7 DE CADA 10 ALUNOS DO ENSINO MÉDIO TÊM NÍVEL INSUFICIENTE EM PORTUGUÊS E MATEMÁTICA

Sete de cada dez alunos do 3º ano do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática. Entre os estudantes desta etapa de ensino, menos de 4% têm conhecimento adequado nestas disciplinas. É o que mostram os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2017 divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (30). O Saeb é a avaliação utilizada pelo governo federal, a cada dois anos, para medir a aprendizagem dos alunos ao fim de cada etapa de ensino: ao 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio. O sistema é composto pelas médias de proficiências em português e matemática extraídas da Prova Brasil, e pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que ainda não foi divulgado. Pela primeira vez, o MEC classificou os níveis de proficiência que estão organizados em uma escala de 0 a 9 - quanto menor o número, pior o resultado. Níveis de 0 a 3 são considerados insuficientes; entre 4 e 6 os alunos têm nível de conhecimento básico; e a partir de 7 até 9, adequado. Etapa mais problemática da educação básica, o ensino médio foi classificado no nível 2 de proficiência. Em matemática, 71,67% dos alunos têm nível insuficiente de aprendizado. Desses, 23% estão no nível 0, o mais baixo da escala de proficiência. Em português, 70,88% dos alunos têm nível insuficiente de aprendizado, sendo que 23,9% estão no nível zero, o mais baixo. Evolução na série histórica Se avaliada a série histórica do Saeb, é possível notar a estagnação do ensino médio. Houve pequeno incremento nas médias de proficiência em língua portuguesa desde 2009. Nesta edição do Saeb, a nota foi de 268 pontos, um ponto a mais do que o registrado em 2009 . Em matemática, o cenário do ensino médio é ainda pior: houve queda em relação ao registrado em 2009. Naquele ano, a média de matemática do ensino médio era de 275 pontos, e em 2017, caiu para 270. Os números na prática Do ponto de vista pedagógico, os números do ensino médio significam que: em português - a maioria dos estudantes brasileiros não consegue localizar informações explícitas em artigos de opinião ou em resumos, por exemplo. Em matemática - a maioria dos estudantes não é capaz de resolver problemas com operações fundamentais com números naturais ou reconhecer o gráfico de função a partir de valores fornecidos em um texto.

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ATUALIDADES Estas habilidades fazem parte das matrizes de referência do MEC e são esperadas em estudantes classificados em níveis proficiência superiores ao insuficiente. (G1.com.br. 30/08/18)

7-SAÚDE •

BRASIL REGISTRA ALTA DE MORTALIDADE INFANTIL APÓS DÉCADAS DE QUEDA

A mortalidade infantil em 2016 interrompeu décadas de queda de mortes de bebês no Brasil, mostram dados do Ministério da Saúde. Pela 1ª vez desde 1990, o país apresentou alta na taxa: foram 14 mortes a cada mil nascidos em 2016; um aumento de 4,8% em relação a 2015, quando 13,3 mortes (a cada mil) foram registradas. Desde 1990, o país apresentava queda média anual de 4,9% na mortalidade. Nos anos 1980, segundo o IBGE (Instituto brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil chegou a registrar 82,8 mortes por mil nascimentos. Em 1994, a taxa chegou a 37,2; e, em 2004, a 21,5. O Ministério da Saúde credita a alta mortalidade à emergência do vírus zika (foram 315 mortes associadas ao zika desde 2015; veja abaixo) e às mudanças socioeconômicas. Dados recentes, no entanto, mostraram que a vacinação em crianças, um importante fator para a redução da mortalidade, atingiu o menor nível em 16 anos. Alerta recente do Ministério da Saúde também mostrou que 312 cidades relataram baixos índices de vacinação contra a poliomielite, que voltou a circular nas Américas após registro na Venezuela. Por que doenças do passado, como o sarampo, voltam a assustar o Brasil? De nove vacinas prioritárias do calendário infantil, nenhuma atingiu a meta de 95% de imunização no ano passado. A maior parte delas ficou, em média, na casa dos 70%. O dado explica um fenômeno que tem preocupado autoridades de saúde: a volta de doenças consideradas controladas. Febre amarela, sarampo, difteria, tétano, coqueluche e o risco da poliomielite mostram como o desleixo com a vacinação trouxe para o Brasil enfermidades do passado, sinônimo de atraso. No início do século 20, as doenças imunopreveníveis, como poliomielite e varíola, eram endêmicas no país. Elas causavam elevado número de casos e mortes. As ações de imunização e, especialmente, os 44 anos de existência do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, foram responsáveis por mudar o perfil epidemiológico das doenças imunopreveníveis. Essa é considerada uma importante conquista da sociedade brasileira. O presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, alerta que, em mínimos descuidos, as doenças retornam. “A lição é que o relaxamento das ações de imunização não é bom e tem seu preço. O controle e a eliminação das doenças se mantêm com a vacinação contínua. É um equívoco acreditar que as doenças não estão infectando porque deixaram de existir. Sem vacinação, os riscos de essas doenças do passado voltarem são constantes”, pondera. O Brasil já vive problemas causados pelo abandono das vacinas. O sarampo voltou a infectar dois anos depois de ser erradicado. A circulação do vírus na Venezuela, aliada à baixa imunização no Brasil, desencadeou surto no Norte do país, sobretudo no 

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Amazonas e em Roraima. Ao todo, seis unidades da Federação registraram casos. Quase mil pessoas adoeceram este ano. Além disso, a mortalidade infantil teve a primeira alta em 26 anos. Desde 1990, isso não acontecia. O risco de contaminação subiu enquanto a parcela da população imunizada caiu. As vacinas que protegem contra o mal tiveram queda. A tríplice viral passou de 96% de cobertura da população em 2015, para 83,87% no ano passado. A tetraviral saiu de 77,37% para 70,6% no mesmo período. O mesmo aconteceu com a poliomielite. A cobertura caiu de 98,29% em 2015, para 84,43% em 2016. No ano passado, mais um decréscimo: 77%. Mas não para por aí. O Brasil registrou um crescimento no número de casos de hepatite A em 2017, com 2.086 confirmados, contra 1.206 em 2016, um aumento de 73%. Entre julho de 2017 e maio deste ano, o Ministério da Saúde confirmou 1.266 registros de febre amarela no país e 415 mortes. Houve ainda 1.548 casos de coqueluche, surtos de caxumba — a doença não é de notificação obrigatória, entre outros males. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, explica os riscos de se boicotar as vacinas. “Não vacinar adolescente e adulto já é um risco. Deixar de proteger as crianças é ainda maior. O perigo é ter de volta doenças que estavam controladas, como o sarampo. O risco deixou de ser teórico e se tornou realidade. Essas doenças, quando não matam, deixam sequelas graves. A pólio deixou um sem-número de famílias que convivem com as sequelas da doença até hoje”, ressalta. O Ministério da Saúde alerta que a vacinação é de extrema importância para evitar doenças e suas sequelas (como surdez, cegueira, paralisia, problemas neurológicos, entre outros) e, consequentemente, a morte, proporcionando qualidade de vida para toda a população, além de evitar que doenças se propaguem. “No Brasil, ainda há um desconhecimento individual sobre a importância e os benefícios das vacinas. Em muitos casos, pais e responsáveis não vêm mais algumas doenças como um risco, como é o exemplo da poliomielite. Por isso, é necessário ressaltar a importância da imunização e desmistificar a ideia de que a vacinação traz malefícios”, destaca o órgão, em nota. (Diário de Pernambuco 29/07/2018)  Grupos contrários à vacinação avançam no País e preocupam Ministério da Saúde F.Cambricoli e Isabela Palhares, O Estado de S.Paulo. 21 Maio 2017 Embora o Brasil tenha um dos mais reconhecidos programas públicos de vacinação do mundo, com os principais imunizantes disponíveis a todos gratuitamente, vêm ganhando força no País grupos que se recusam a vacinar os filhos ou a si próprios. Esses movimentos estão sendo apontados como um dos principais fatores responsáveis por um recente surto de sarampo na Europa, onde mais de 7 mil pessoas já foram contaminadas. No Brasil, os grupos são impulsionados por meio de páginas temáticas no Facebook que divulgam, sem base científica, supostos efeitos colaterais das vacinas. O avanço desses movimentos já preocupa o Ministério da Saúde, que observa queda no índice de cobertura de alguns imunizantes oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, por exemplo, a cobertura da segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, teve adesão de apenas 76,7% do público-alvo. “Isso preocupa e causa um alerta para nós porque são doenças imunopreveníveis, que podem voltar a circular Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES se a cobertura vacinal cair, principalmente em um contexto em que temos muitos deslocamentos entre diferentes países”, diz João Paulo Toledo, diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, que ressalta que todas as vacinas oferecidas no País são seguras. A disseminação de informações contra as vacinas ocorre principalmente em grupos de pais nas redes sociais. O Estado encontrou no Facebook cinco deles, reunindo mais de 13,2 mil pessoas. Nesses espaços, os pais compartilham notícias publicadas em blogs, a maioria de outros países e em inglês, sobre as supostas reações às vacinas – por exemplo, relacionando-as ao autismo. Os pais também trocam informações para não serem denunciados, como não informar aos pediatras sobre a decisão de não vacinar os filhos, e estratégias que eles acreditam que garantiram imunização das crianças de forma alternativa, com óleos, homeopatia e alimentos. Exemplos. A doula Gerusa Werner Monzo, de 33 anos, participa de um desses grupos. Ela afirma que há anos começou a ler sobre as vacinas e, por isso, sempre foi contrária a imunizar os filhos, hoje com 6 e 9 anos. “Tomaram as que são dadas nos primeiros meses de vida porque fui obrigada, mas não foram todas. O caçula, por exemplo, não tomou reforços da tríplice viral e a da poliomielite”, disse. Gerusa diz ser contra vacinar seus filhos por achar a imunização desnecessária em crianças saudáveis e por medo de possíveis reações. “Meus meninos nunca tomaram vacinas como a da gripe ou febre amarela, mas são mais saudáveis que muitas crianças porque têm boa alimentação, fazem tratamento com homeopatia. As vacinas atrapalham essa imunização natural que desenvolveram.” Ela conta, no entanto, que os dois já tiveram catapora – doença que pode ser evitada com a vacina tetra viral. (SBIm).  Ministério da Saúde atualiza casos de sarampo Publicado: Terça, 23 de Outubro de 2018 Até 22 de outubro, foram confirmados 2.425 casos de sarampo no país. A pasta permanece acompanhando a situação e fazendo bloqueio vacinal quando necessário O Ministério da Saúde atualizou, nesta quarta-feira (24), as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação do sarampo no país. Até o dia 22 de outubro, foram confirmados 2.425 casos. Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: no Amazonas são 2.000 casos confirmados e 7.606 em investigação, e em Roraima, com o registro de 332 casos confirmados da doença, sendo que 68 continuam em investigação. Os surtos estão relacionados à importação, já que o genótipo do vírus (D8) que está circulando no país é o mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde 2017. Alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (3), Rio de Janeiro (19); Rio Grande do Sul (43); Rondônia (2), Pernambuco (4), Pará (17), Distrito Federal (1) e Sergipe (4). O Ministério da Saúde permanece acompanhando a situação e prestando o apoio necessário aos Estados. Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados. Até o momento, no Brasil, foram confirmados 12 óbitos por sarampo, sendo quatro óbitos no estado de Roraima (3 em estrangeiros e 1 em brasileiro), 6 óbitos no estado do Amazonas (todos brasileiros, sendo três do município de Manaus, dois do município de Autazes e um

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no município de Manacapuru) e dois no Pará (indígena venezuelano). IMUNIZAÇÃO SARAMPO O Ministério da Saúde, de janeiro a outubro de 2018, encaminhou aos Estados de Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Sergipe e Distrito Federal o quantitativo de 13,2 milhões de doses da vacina tríplice viral, para atender a demanda dos serviços de rotina e a realização de ações de bloqueio, intensificação e campanha de vacinação para prevenção de novos casos de sarampo. Em relação à Campanha Nacional de Vacinação contra sarampo, todos os estados que apresentam casos confirmados de sarampo alcançaram a meta mínima de 95% de cobertura vacinal, com exceção do Distrito Federal. (Ministério da Saúde)  Obesidade atinge quase 20% da população brasileira, mostra pesquisa 18/06/2018 - Por Jonas Valente – Repórter da Agência Brasil. A obesidade já é uma realidade para 18,9% dos brasileiros. Já o sobrepeso atinge mais da metade da população (54%). Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e foram divulgados hoje (18) pelo Ministério da Saúde. Entre os jovens, a obesidade aumentou 110% entre 2007 e 2017. Esse índice foi quase o dobro da média nas demais faixas etárias (60%). O crescimento foi menor nas faixas de 45 a 54 anos (45%), 55 a 64 anos (26%) e acima de 65 anos (26%). No mesmo período, o sobrepeso foi ampliado em 26,8%. Esse movimento foi maior também entre os mais jovens (56%), seguidos pelas faixas de 25 a 34 anos (33%), 35 a 44 anos (25%) e 65 anos ou mais (14%). Na avaliação da diretora do Departamento de Vigilância de Doença e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, embora o ritmo de crescimento da ocorrência de obesidade tenha se estabilizado desde 2015, ainda é um índice preocupante. Ela identifica como fator central desse processo a mudança na realidade das mesas dos brasileiros. “Pessoas comiam comidas mais saudáveis. O arroz e o feijão, por exemplo, não são mais unanimidade. Há mais comidas industrializadas, mais fast food e menos consumo de comidas mais frescas”, explica a diretora. Menos refrigerantes e mais atividade física Apesar desses índices, o levantamento registrou um aumento da prática de atividades físicas no tempo livre de 24,1% no período de 2009 a 2017 e uma queda de 52,8% no consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas entre 2007 e 2017. A perda da preferência por esses tipos de bebidas ocorreu sobretudo entre adultos com idades entre 25 e 34 anos e entre pessoas com mais de 65 anos. A inclusão de frutas e hortaliças no cardápio habitual também teve um acréscimo nos últimos anos, crescendo 5% entre 2008 e 2017. Nesse consumo, há um recorte de gênero representativo. Enquanto esses alimentos são mais frequentes no cotidiano alimentar das mulheres (40%), eles ainda não são muito populares entre os homens (27,8%). Na opinião de Fátima Marinho, a mudança de hábitos alimentares necessária para reduzir esses índices de obesidade e sobrepeso passa por informar melhor o consumidor na hora de escolher o alimento. Ela cita como exemplo sucos industrializados, vistos como mais

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ATUALIDADES saudáveis por muitas pessoas, mas que são compostos por quantidades de açúcar semelhante às dos refrigerantes. “A política pública tem que incentivar pessoas a comerem melhor. Informar melhor é a nova proposta, começar nos alimentos industrializados o que está lá dentro e as quantidades. Se há aquelas letrinhas pequenas e tem que fazer vários cálculos, aí fica mais difícil”, comenta. A Vigitel é realizada com maiores de 18 anos em 26 capitais e nos Distrito Federal. Foram entrevistadas 53 mil pessoas entre fevereiro e dezembro de 2017.Ou seja, o levantamento não registra os hábitos e tendências de pessoas que moram em cidades do interior do Brasil. Em oito anos, mais de 34,2 mil leitos do SUS foram fechados, diz CFM 12/07/2018 – Agência Brasil Nos últimos oito anos, mais de 34,2 mil leitos de internação da rede pública foram desativados. Em maio de 2010, o Brasil tinha 336 mil leitos para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS), número que caiu para 301 mil em 2018, o que representa uma média de 12 leitos fechados por dia ao longo do período analisado. Somente nos últimos dois anos, mais de 8 mil unidades foram desativadas. O levantamento foi feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) a partir de dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde. As especialidades com a maior quantidade de leitos fechados, em nível nacional, são psiquiatria, pediatria cirúrgica, obstetrícia e cirurgia geral. Para o presidente do CFM, Carlos Vital, o fechamento de leitos aponta para má gestão das verbas do SUS. "A redução de leitos significa a diminuição de acesso a 150 milhões de brasileiros que recorrem ao SUS para atenção a saúde. Sem leitos de internação não há como o profissional médico prestar os seus cuidados ao paciente. Não podemos aceitar que pessoas deixem de ser atendidas por causa de leitos simples de internação", afirmou. O CFM pretende encaminhar o levantamento para parlamentares, Ministério Público Federal e Tribunal de Contas da União. Regiões Os dados mostram queda dos leitos em 22 estados e 18 capitais. A Região Sudeste apresentou a maior redução de leitos, com o fechamento de quase 21,5 mil em oito anos - o representa uma queda de 16% em relação ao número de leitos existentes na região em 2010. Só no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, 9.569 leitos foram desativados desde 2010. Na sequência, aparecem São Paulo (-7.325 leitos) e Minas Gerais (-4.244). Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, a diminuição foi de cerca de 10% dos leitos no período apurado, com saldo negativo de 2.419 e 8.469, respectivamente. O Sul foi a região com a menor redução, tanto em números absolutos – menos 2.090 unidades -, quanto em proporção (-4%). Já no Norte, houve crescimento de 1%, com 184 leitos a mais. Apenas cinco estados apresentaram números positivos: Rondônia (629), Mato Grosso (473), Tocantins (231), Roraima (199) e Amapá (103). (...). A Agência Brasil procurou o Ministério da Saúde e aguarda posicionamento. 

8-CIÊNCIA E TECNOLOGIA  Sociedade Brasileira Ciência (SBPC)

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para

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Progresso

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A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência é uma entidade civil, sem fins lucrativos ou posição político-partidária, voltada para a defesa do avanço científico e tecnológico, e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Desde sua fundação, em 1948, a SBPC exerce um papel importante na expansão e no aperfeiçoamento do sistema nacional de ciência e tecnologia, bem como na difusão e popularização da ciência no País. Sediada em São Paulo, a SBPC está presente nos demais estados brasileiros por meio de Secretarias Regionais. Representa mais de 100 sociedades científicas associadas e mais de 6 mil sócios ativos, entre pesquisadores, docentes, estudantes e cidadãos brasileiros interessados em ciência e tecnologia. A SBPC participa ativamente de debates sobre questões que determinam os rumos das políticas de C&T e da educação no Brasil. Tem assento permanente no Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), órgão consultivo do Governo Federal para definição das políticas e ações prioritárias no campo da C&T. Possui representantes oficiais em mais de 20 conselhos e comissões governamentais. Periodicamente institui grupos de trabalhos – compostos por cientistas renomados em suas especialidades – com o objetivo de estudar e apresentar propostas para questões específicas de interesse nacional. 

Programa Espacial Brasileiro:

1963: O Gocnae torna-se Comissão Nacional de Atividades Espaciais (Cnae). 1965: Inauguração do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), no Rio Grande do Norte. 1967: Lançamento do Foguete Sonda I do CLBI. 1969: Lançamento do Foguete Sonda II do CLBI. 2.Criação da Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer) 3.Brasil e Alemanha assinam acordo geral de cooperação nos setores de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. 1971: Criação do Instituto de Pesquisas Espaciais, e fica extinto o Cnae. 2.Criado também a Comissão Brasileira de Atividades Espaciais (Cobae). 3.Criação do Núcleo do Instituto de Atividades Espaciais (Nuiae), no CTA, incorporando o Getepe. 1976: .Lançamento do Foguete Sonda III do CLBI. 1983: Inauguração do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA). Em março de 2006, todos os brasileiros se viam representados na figura de um só homem: o astronauta Marcos Pontes, primeiro cidadão do país a embarcar em uma missão espacial. Seu feito lhe garantiu um sucesso mundial e uma admiração nacional. •

PROJETO SIRIUS

Sirius, a nova fonte de luz síncrotron brasileira, será a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País e uma das primeiras fontes de luz síncrotron de 4ª geração do mundo. É planejada para colocar o Brasil na liderança mundial de produção de luz síncrotron e foi projetada para ter o maior brilho dentre todos os equipamentos na sua classe de energia. Fontes de luz síncrotron constituem o exemplo mais sofisticado de infraestrutura de pesquisa aberta e multidisciplinar e é uma ferramenta-chave para a resolução de questões importantes para as comunidades acadêmica e industrial brasileiras. A versatilidade de uma fonte de luz síncrotron permite o desenvolvimento de pesquisas em áreas estratégicas, como energia, alimentação, meio ambiente, saúde, defesa e vários outros. Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES Essa é a razão pela qual a tecnologia da luz síncrotron se torna cada vez mais popular ao redor do mundo. É também o motivo pelo qual os países com economias fortes e baseadas em tecnologia já contam com uma ou mais fontes de luz síncrotron, ou as estão construindo. MAS O QUE É LUZ SÍNCROTRON? A luz, ou radiação, síncrotron é um tipo de radiação eletromagnética que se estende por uma faixa ampla do espectro eletromagnético – luz infravermelha, ultravioleta e raios X. A luz síncrotron é produzida quando partículas carregadas, aceleradas a velocidades próximas à velocidade da luz, tem sua trajetória desviada por campos magnéticos. A Fonte de Luz Síncrotron é uma máquina de grande porte, capaz controlar o movimento dessas partículas carregadas, tipicamente elétrons, para produzir essa luz síncrotron. Na agricultura, a luz síncrotron pode ser usada para análise do solo, para o desenvolvimento de fertilizantes mais eficientes e baratos e, ao mesmo tempo, menos agressivos ao meio ambiente e à saúde. Fontes de luz têm aplicação, também, no mapeamento da concentração, biodisponibilidade e localização de nutrientes em espécies vegetais. Na área de energia, o uso de síncrotron permite o desenvolvimento de novas tecnologias de exploração de petróleo e gás natural, e no entendimento e desenvolvimento de materiais e sistemas para células solares, células combustível e baterias, bem como nas pesquisas de novos materiais mais leves e eficientes. Na área da saúde, pesquisas feitas com síncrotron são fundamentais para identificação das estruturas de proteínas e unidades intracelulares complexas, etapa importante no desenvolvimento de novos medicamentos, assim como no desenvolvimento de nano partículas para o diagnóstico de câncer e combate a vírus e bactérias. www.lnls.cnpem.br/sirius/projeto-sirius/ “Não tenho dinheiro para um tubinho de plástico”: os cientistas que estão saindo do Brasil 3 JAN 2018 – El País. "Para mim, cortar o dinheiro da ciência é uma improbidade administrativa muito grande. Se for pra ficar no Brasil infeliz... Já morei cinco anos na Alemanha e não teria problema em sair de novo", diz Rodrigo Nunes da Fonseca. Pesquisador da UFRJ da área de Biologia, ele trabalha com vetores de doenças tropicais como o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Zika e da dengue, ou barbeiro Rhodnius prolixus, vetor da doença de chagas. Mas hoje se encontra na Holanda com uma bolsa internacional de três meses. O laboratório de Fonseca, assim com os demais centros de pesquisa do Brasil, se encontram sem dinheiro para tocar novos e antigos projetos. "O país investiu milhões em equipamentos de primeiro mundo, mas eu não tenho dinheiro para comprar um tubinho de plástico". Após esta breve temporada na Europa, retornará ao Brasil e decidirá se fica no país ou se o deixa definitivamente. A fuga de cérebros é um dos impactos mais imediatos e visíveis dos cortes no orçamento em ciência e tecnologia promovidos pelo Governo Federal nos últimos anos, algo que vem congelando pesquisas e bolsas e ameaçando laboratórios de fechar. Só em 2017, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), responsável por dezenas de unidades de pesquisa, laboratórios em universidades e bolsas de estudos cedidas pelo CNPQ, sofreu um corte de 44% do orçamento que estava previsto para este ano. A previsão era de 5,8 bilhões de reais, mas apenas 3,3 

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bilhões foram liberados pelo Governo de Michel Temer (PMDB). A perspectiva é de que em 2018 haja um corte de mais 25%. Em 2010, quando a pasta de Comunicações ainda não estava incorporada ao ministério, o orçamento teve um pico de aproximadamente 8,6 bilhões de reais — corrigido pela inflação, o equivalente a 10 bilhões de reais hoje. "Estão entrando em contato com nossos cientistas e oferecendo oportunidades lá fora. Eu mesmo recebo uma oferta a cada dois meses. Aumentou muito a frequência. Sempre perdemos pesquisadores para o exterior, mas agora, com a falta de perspectiva, estamos perdendo muito mais", explica João Fernandes Gomes de Oliveira, vicepresidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Para ele, o impacto maior é "parar de fazer atividades e colocar uma massa de pessoas em posição de stand by". Isso ocorre porque os pesquisadores fixos dos centros de pesquisa federais são concursados e, portanto, não podem ser demitidos. "Você cria uma cultura em que você paga salário mas não dá recursos para desenvolver uma pesquisa. É uma coisa horrorosa. É como abrir um restaurante, contratar o melhor cozinheiro, e não dar os ingredientes para ele fazer a comida", acrescenta Oliveira.  INTERNET A rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu em plena Guerra Fria. Criada com objetivos militares, seria uma das formas das forças armadas norte-americanas de manter as comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e professores universitários, principalmente dos EUA, trocavam ideias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial. Desenvolvimento da Internet Foi somente no ano de 1990 que a Internet começou a alcançar a população em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a Internet cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem que foi a maior criação tecnológica, depois da televisão na década de 1950. A década de 1990 tornou-se a era de expansão da Internet. Para facilitar a navegação pela Internet, surgiram vários navegadores (browsers) como, por exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator. O surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços on line contribuiu para este crescimento. A Internet passou a ser utilizada por vários segmentos sociais. Os estudantes passaram a buscas informações para pesquisas escolares, enquanto jovens utilizavam para a pura diversão em sites de games. As salas de chat tornaram-se pontos de encontro para um bate-papo virtual a qualquer momento. Desempregados iniciaram a busca de empregos através de sites de agências de empregos ou enviando currículos por e-mail. As empresas descobriram na Internet um excelente caminho para melhorar seus lucros e as vendas on line dispararam, transformando a Internet em verdadeiros shoppings centers virtuais. Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a Internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo. Estar conectado a rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. A Internet também está presente nas escolas, faculdades, empresas e diversos locais, possibilitando acesso às informações e notícias do mundo em apenas um click.

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ATUALIDADES  Senado aprova projeto de lei que regulamenta proteção de dados pessoais O Plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (10/7), o Projeto de Lei da Câmara 53/2018 que define regras para proteção de dados pessoais por empresas de internet e faz com que usuários tenham instrumentos para questionar o mau uso de suas informações. Pelo projeto, as empresas só podem coletar e armazenar os dados necessários para a prestação dos serviços que ofereçam. O texto, que altera o artigo 7º, inciso X e o artigo 16, inciso II, do Marco Civil da Internet, foi aprovado por unanimidade nos termos do conteúdo votado na Câmara dos Deputados, no fim de maio. O projeto agora vai para sanção presidencial e entrará em vigor um ano e meio depois da publicação da lei no Diário Oficial da União. O presidente Michel Temer tem 30 dias úteis para sancionar o projeto. Essas serão as primeiras alterações formais no Marco Civil da Internet, informa o advogado Omar Kaminski, especialista em tecnologia e diretor do site Observatório do Marco Civil da Internet. A nova lei disciplina a forma como as informações são coletadas e tratadas, especialmente em meios digitais, como dados pessoais de cadastro, número de telefone, endereço, estado civil, informações patrimoniais e até mesmo textos e fotos publicadas em redes sociais. Com isso, dados de menores de idade não podem ser mantidos nas bases de dados das empresas sem o consentimento dos pais. A lei também protege os dados relativos à saúde das pessoas, que só poderão ser usados para pesquisas. A lei prevê, ainda, a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, uma autarquia cuja principal função será fiscalizar o cumprimento da legislação e aplicar as sanções, e do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade. O descumprimento de qualquer uma das regras da nova lei poderá acarretar em multa de até 2% do faturamento da empresa responsável. www.conjur.com.br/ 11/7/2018.  Oito aplicações que provam que inteligência artificial já está entre nós. A inteligência artificial (IA, na sigla em inglês) é a combinação de técnicas e algoritmos que visam treinar máquinas para que elas tenham as mesmas capacidades do ser humano, como raciocínio lógico, apresentação de conhecimento, planejamento, processamento de linguagem natural, percepção e inteligência geral. Na visão da Totvs, nos próximos anos, a adoção dessa tecnologia deve acontecer de forma exponencial, seja para aplicações de uso pessoal ou de negócio, tendo impacto similar ao da própria internet e a computação móvel. A própria Totvs já vem utilizando IA no desenvolvimento de soluções, combinando dados de qualidade e inteligência artificial. Para Vicente Goetten, diretor do Totvs Labs, assim como a internet revolucionou uma série de indústrias, a inteligência artificial transformará a forma como várias empresas operam, além dos impactos que trará em diversos aspectos da nossa vida pessoal. “Provavelmente não veremos uma única aplicação ou processo que não tire vantagem desta tecnologia, fazendo dela, provavelmente, a maior revolução tecnológica da atualidade”, comenta. Abaixo, o executivo lista oito aplicações práticas da tecnologia em diferentes segmentos de mercado que estão sendo estudadas e, algumas delas, implementadas pela Totvs. 1. Agricultura Simplificar e acelerar a tomada de decisão mais importante do negócio de qualquer produtor ou engenheiro

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agrônomo, sabendo quando é o melhor momento de plantar e colher ou até mesmo quais insumos utilizar. Já existem plataformas específicas para a agroindústria no mercado que se utilizam de base de dados diversas sobre tipo de solo, sementes e clima para analisar e sugerir o melhor caminho a seguir. 2. Logística e Transporte Em Mountain View, cidade na Califórnia sede do Totvs Labs, é comum ver carros autônomos percorrendo as ruas todos os dias. Muito provavelmente, nos próximos cinco anos, será normal encontrar milhares desses veículos circulando no mundo todo. Além disso, trens, caminhões e outros meios de transportes também poderão ser conduzidos por robôs. 3. Saúde e Biotecnologia No segmento de saúde, a AI ajuda médicos e pacientes a terem um diagnóstico mais rápido e muito mais acurado. Um dos grandes destaques é a detecção de câncer por amostras de sangue dos pacientes. O material coletado tem uma gigantesca massa de dados que precisa ser analisada para encontrar determinados padrões. A técnica auxilia, ainda, a identificar fatores genéticos que podem levar ao desenvolvimento ou não da doença. 4. Varejo Conseguir fazer previsões de vendas e apontar o produto certo a ser recomendado para um determinado cliente, estão entre as capacidades que a IA já consegue entregar hoje. Empresas, como a Amazon, utilizam robôs para identificar se um livro terá ou não sucesso, até mesmo antes do seu lançamento. Outra aplicação excelente para varejo (e outros setores) é a otimização de estoque, onde a IA pode ajudar as empresas a preverem receitas e determinar quanto de um insumo deve ser comprado. 5. Educação Permite a criação de diferentes tipos de serviços, como identificar se um aluno está prestes a cancelar a sua matrícula ou desistir de um curso, sugerir novos cursos para um estudante, ou até mesmo criar ofertas customizadas para otimizar o aprendizado e estimular a educação. 6. Serviços Financeiros Tecnologias inteligentes podem auxiliar instituições financeiras a reconhecer riscos que um cliente pode representar, ou ainda prever padrões do mercado e as suas consequências, bem como recomendação de operações. Tudo executado de forma automática para levar respostas e análises prontas aos funcionários. 7. Manufatura e Supply Chain Realizar um levantamento de produtos e peças que precisam de manutenção, antes mesmo de apresentarem problemas, auxiliar companhias de manufatura sobre o quanto comprar e/ou produzir, prever impactos e riscos de fornecedores são ações possíveis com o uso da inovação. 8. Assistentes pessoais virtuais Todos nós somos ou seremos afetados por assistentes pessoais. Nos próximos anos, bancos terão funcionários digitais nos ajudando a executar algumas operações ou ainda a responder nossas dúvidas, agilizando o atendimento ao público. Com esse mesmo tipo de apoio virtual também será possível organizar melhor as viagens de férias, por exemplo, planejando e agendando os detalhes, como vôos, hotéis e traslados. www.itforum365.com.br

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ATUALIDADES Na última década, a questão da segurança pública passou a ser considerada problema fundamental e principal desafio ao estado de direito no Brasil. A segurança ganhou enorme visibilidade pública e jamais, em nossa história recente, esteve tão presente nos debates tanto de especialistas como do público em geral. Os problemas relacionados com o aumento das taxas de criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, a degradação do espaço público, as dificuldades relacionadas à reforma das instituições da administração da justiça criminal, a violência policial, a ineficiência preventiva de nossas instituições, a superpopulação nos presídios, rebeliões, fugas, degradação das condições de internação de jovens em conflito com a lei, corrupção, aumento dos custos operacionais do sistema, problema relacionados à eficiência da investigação criminal e das perícias policiais e morosidade judicial, entre tantos outros, representam desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Brasil. A amplitude dos temas e problemas afetos à segurança pública alerta para a necessidade de qualificação do debate sobre segurança e para a incorporação de novos atores, cenários e paradigmas às políticas públicas. O problema da segurança, portanto, não pode mais estar apenas adstrito ao repertório tradicional do direito e das instituições da justiça, particularmente, da justiça criminal, presídios e polícia. Evidentemente, as soluções devem passar pelo fortalecimento da capacidade do Estado em gerir a violência, pela retomada da capacidade gerencial no âmbito das políticas públicas de segurança, mas também devem passar pelo alongamento dos pontos de contato das instituições públicas com a sociedade civil e com a produção acadêmica mais relevante à área. Em síntese, os novos gestores da segurança pública (não apenas policiais, promotores, juízes e burocratas da administração pública) devem enfrentar estes desafios além de fazer com que o amplo debate nacional sobre o tema transforme-se em real controle sobre as políticas de segurança pública e, mais ainda, estimule a parceria entre órgãos do poder público e sociedade civil na luta por segurança e qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. Trata-se na verdade de ampliar a sensibilidade de todo o complexo sistema da segurança aos influxos de novas idéias e energias provenientes da sociedade e de criar um novo referencial que veja na segurança espaço importante para a consolidação democrática e para o exercício de um controle social da segurança. observatoriodeseguranca.org  POPULAÇÃO CARCERÁRIA O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que o atual nível de crescimento da população carcerária do Brasil é "insustentável" e que "é preciso encarar" a situação. Jungmann foi o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite dessa segunda-feira (15/5). "Um dado que me preocupa muito é o que está acontecendo com o sistema penitenciário. Em 1990, nós tínhamos 90 mil presos. Hoje são 726 mil. Nós temos a terceira maior população carcerária do mundo. As duas primeiras, Estados Unidos e China, estabilizaram. Continuamos crescendo a uma ordem de 7%", disse, citando dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) Segundo o relatório, divulgado em dezembro de 2017, o déficit de vagas do sistema é de mais de 358 mil.

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O ministro trouxe outros dados para comparar o avanço da população carcerária com o crescimento populacional do Brasil. "De 1990 a 2000, a população brasileira cresceu na ordem de aproximadamente 30%. Entre 1990 e 2012, a população carcerária cresceu 417%. Isso é insustentável. Em 2019, teremos alguma coisa como 1 milhão de detentos", disse, reforçando que, hoje, o sistema penitenciário é controlado pelas grandes facções criminosas. (...) www.correiobraziliense.com.br-15/05/2018.  Cidades mais violentas têm 9 vezes mais pessoas na extrema pobreza do que as menos; As dez cidades com maiores taxas de assassinatos no Brasil têm nove vezes mais pessoas na extrema pobreza do que as cidades menos violentas. É o que indica o Atlas da Violência 2018 sobre os municípios com dados referentes a 2016. Sete das dez cidades mais violentas do Brasil estão na Bahia e no Rio de Janeiro. Segundo o estudo elaborado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta sexta-feira (15), os dez municípios com mais de 100 mil habitantes e com menores taxas de homicídios têm 0,6% de pessoas extremamente pobres, enquanto os dez mais violentos têm 5,5%, em média. No total, o Brasil tinha 309 municípios com mais de 100 mil pessoas em 2016. A porcentagem de pessoas sem saneamento básico é de 0,5% nas cidades menos violentas e de 5,9% nas mais violentas. A taxa de desocupação de jovens também é maior nas cidades com mais assassinatos (veja tabela abaixo). “Os indicadores mostram diferenças abissais entre as condições de desenvolvimento humano, começando pela taxa de mortes violentas, que, no último grupo, foi mais de dezesseis vezes maior”, diz o estudo. Para a diretora executiva do Fórum Brasileiro da Segurança Pública, Samira Bueno, “a edição do Atlas com dados municipais tenta jogar luz a um componente da violência letal que diz respeito às condições socioeconômicas das pessoas mais atingidas pela violência”. “Basicamente mostramos que municípios com melhores níveis de desenvolvimento – e aqui falamos de habitação, educação, inserção no mercado de trabalho, dentre outros – também concentram menores índices de homicídio. Ou seja, estamos falando de pobreza, mas principalmente, estamos falando de vulnerabilidade econômica e de desigualdade”, afirma. Para Samira, os indicadores mostram o “equívoco de políticas de enfrentamento da violência focadas apenas no policiamento e em estratégias repressivas”. Sete das dez cidades mais violentas do Brasil estão na Bahia e no Rio de Janeiro. Queimados, na região metropolitana do Rio, foi a recordista, seguida por Eunápolis, na Bahia. Entre as dez há ainda Maracanaú, no Ceará, Altamira, no Pará, e Almirante Tamandaré, no Paraná. “Bahia e Rio se destacam nesse cenário de estratégias policiais hiper militarizadas que não se conectam com políticas sociais. Não dá para superar esse problema sem políticas integradas como vêm fazendo, por exemplo, Espírito Santo e Paraíba”, disse Samira. Em 2016, 50% das mortes violentas ocorreram em 123 municípios, que correspondem a 2,2% do total de cidades. Estudo complementar mencionado pelo Atlas mostra ainda mais a concentração dos assassinatos: metade dos homicídios aconteceram em, no máximo, 10% dos bairros. “Comparando com 2015, quando 109 municípios respondiam por metade das mortes violentas no país,

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ATUALIDADES percebeu-se um aumento no número de municípios que respondem por essa fatia. Isso, certamente, é parte de um processo em curso, desde meados dos anos 2000, quando tem-se observado um espraiamento do crime para cidades menores”, diz o Atlas. A cidade de Brusque, em Santa Catarina, teve a menor taxa de homicídios. Das dez cidades pacíficas, seis ficam no estado de São Paulo. Entre as capitais brasileiras, Belém é a mais violenta, com 77 mortes para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Aracaju, com 76,5, e Natal, com 70,6. São Paulo foi a mais pacífica, com 14,9 mortes para cada 100 mil. Florianópolis aparece em segundo, com 18, e Vitória em terceiro, com 23,1. - Brasil Pela primeira vez na história, o Brasil atingiu a taxa de 30 assassinatos para cada 100 mil habitantes, em 2016, mostrou o Atlas da Violência divulgado no último dia 5. Com 62.517 homicídios, a taxa chegou a 30,3, que corresponde a 30 vezes a da Europa. Antes de 2016, a maior taxa havia sido registrada em 2014, com 29,8 por 100 mil habitantes. Segundo o estudo, nos últimos dez anos, 553 mil pessoas perderam a vida vítimas de violência no Brasil. Em 2016, 71,1% dos homicídios foram praticados com armas de fogo. Apesar de a taxa de 30 já ser muito alta, há uma discrepância entre as unidades da federação, onde em Sergipe, a taxa chega a 64,7, Alagoas, 54,2 e Rio Grande do Norte, 53,4. Já São Paulo tem taxa de 10,9, Santa Catarina, 14,2, e Piauí, com 21,8. Nos últimos dez anos, a taxa que mais cresceu foi no Rio Grande do Norte (alta de 256,9%) e a que a mais caiu foi no estado de São Paulo (queda de 46,10%). A variação é grande entre os estados. Apenas sete unidades da federação conseguiram reduzir o índice: São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná e Distrito Federal. Outros quatro estados tiveram altas acima de 100%: Tocantins, Maranhão, Sergipe e Rio Grande do Norte  A nova estrutura da segurança pública do Brasil Magne Cristine Cabra. 19 Março 2018. Estadão. Criado no final de fevereiro, pela Medida Provisória nº 821/2018, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública (MESP) passou a ser responsável por coordenar e promover a integração da segurança pública em todo o território nacional, em cooperação com os demais entes federativos. O novo ministério foi anunciado em meio ao clamor social por medidas de combate à violência e à criminalidade, que deixaram um saldo recorde de 61.283 homicídios em 2016, segundo o “Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2017”. Em estados como o Rio de Janeiro, o poder bélico do crime organizado supera o aparato policial e a audácia dos bandidos vem gerando pânico na sociedade e exigindo a intervenção federal. Com o novo modelo organizacional, a segurança pública foi elevada para a cúpula administrativa do governo federal, o que vai permitir a formulação, implantação e coordenação de políticas públicas nacionais, de forma condizente com a arquitetura constitucional definida para o setor. Com status de ministério, a segurança pública passa a ter autonomia técnica, financeira e administrativa para estabelecer estratégias, diretrizes e prioridades na aplicação de recursos públicos, bem como para criar normas, acompanhar e avaliar programas federais e executar ações nas suas áreas de competência. O Ministério Extraordinário da Segurança Pública representa um avanço na gestão pública da segurança,

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mas se espera que seja “extraordinário”, no sentido de ser “notável”, e não no de ser “transitório”. É que para enfrentar a demanda reprimida de toda complexidade de problemas da segurança pública são necessárias medidas que não se limitem a mero plano de governo, mas que sejam políticas de Estado que edifiquem estruturas sólidas e perenes para o País. A segurança pública na CF A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a incluir em seu texto um capítulo sobre a segurança pública, trazendo importantes avanços na legitimação da atuação estatal na formulação e execução de políticas de segurança. Contudo, após quase 30 anos, o modelo de segurança pública ainda está muito aquém de garantir a efetiva proteção da sociedade e precisa de profundas reformas. O texto constitucional dispõe que segurança é um direito fundamental e garante aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à segurança (art. 5º). Define ainda que “são direitos sociais, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”. Note-se que, dentre os direitos sociais, somente a segurança não estava contemplada em um ministério, até que foi criado o MESP.(...) No capítulo que trata da segurança pública, a CF dispõe no art. 144 que ela é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares. Porém, o legislador constitucional foi econômico ao dispor nos seus cinco incisos apenas das instituições policiais da União e dos Estados, sem abordar o papel de outros órgãos governamentais e da sociedade na prevenção à violência e criminalidade. A segurança pública é um sistema complexo que contempla várias ações de caráter preventivo (educação, saúde, emprego, policiamento preventivo, etc.); a legislação penal (definição de crimes e penas); a persecução penal (atuação dos órgãos policiais de investigação e o Ministério Público); o processo penal (julgamento do acusado pelo juiz); a execução penal (cumprimento da pena pelo condenado) e a ressocialização (reintegração do preso à sociedade). Esses elementos do sistema de segurança pública são interdependentes e interagem entre si, formando um conjunto que precisa ser administrado em sua integralidade e em cada uma de suas partes, u ma vez que todas as variáveis, internas e externas, influenciam todo o sistema e os seus resultados. Para os especialistas Arthur Trindade e Renato Sérgio de Lima, “a segurança pública constitui um campo formado por diversas organizações que atuam direta ou indiretamente na busca de soluções para problemas relacionados à manutenção da ordem pública, controle da criminalidade e prevenção de violências”. O MESP precisa gerir a segurança pública de forma sistêmica, com ações simultâneas e coordenadas, para que haja sinergia e efetiva interação de todos os seus segmentos no País. Além disso, a segurança pública é responsabilidade de todos e precisa contemplar políticas sociais integrais, com a participação da administração pública da União, Estados e Municípios, da sociedade, associações e terceiro setor.

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ATUALIDADES

10-ENERGIA Ao acordar todas as manhãs, podemos ver e sentir a maior fonte de energia para o planeta Terra: o sol! O sol faz a água do mar e dos rios evaporar e formar as nuvens de chuva. Ao aquecer a Terra, ajuda a formar os ventos. As plantas utilizam o sol para crescer. O ser humano pode utilizar diretamente o sol como fonte de energia ou utilizar outras fontes de energia influenciadas pelo sol. Para entender o que é energia, vamos conhecer as várias outras formas em que ela está presente na natureza e como podemos utilizá-la. Como o ser humano utiliza energia? O fogo foi a primeira forma de energia dominada pela humanidade. Com o fogo, o ser humano aprendeu a espantar animais selvagens, cozinhar alimentos e fazer ferramentas e utensílios para o uso em sua jornada pela Terra. Os primeiros utensílios feitos com o uso do fogo foram panelas e jarros de barro cozido, que facilitaram a vida do ser humano. Posteriormente, começou a utilizar o fogo para fundir metais e fazer lanças, flechas, espadas e outros instrumentos mais elaborados. Outra forma de energia utilizada pela humanidade foi o movimento dos fluidos, como a água dos rios e o vento. Ainda existem no Brasil e em outras partes do mundo as rodas d’água e os monjolos, que utilizam a energia das águas para trituração de grãos. Os moinhos de vento também serviram para moer grãos, como o trigo, para fazer alimentos e hoje em dia servem principalmente para bombear água para locais mais altos. Utilizar a energia dos animais domesticados ajudou o ser humano a preparar a terra para cultivar alimentos, transportar cargas pesadas e ainda, se deslocar com maior velocidade. Hoje convivemos com várias formas de energia, que utilizamos na nossa vida diária. Na sua casa tem a geladeira, a televisão, as lâmpadas, o seu brinquedo a pilha - todos precisam de energia para funcionar. Uma pipa no ar está utilizando a energia do vento, uma panela no fogão cozinhando alimentos está utilizando a energia do fogo, uma criança correndo está usando a energia dos alimentos que ela ingeriu e a televisão usa energia elétrica para que possamos assistir a nossos filmes e desenhos favoritos. Portanto, atenção ao seu dia a dia: você mesmo poderá descobrir outras formas de utilização da energia. Quando tomamos banho quente, também usamos energia para aquecer a água, seja a eletricidade para o chuveiro elétrico, o gás natural do aquecedor ou a energia do sol captada por painéis no telhado. Todos os carros precisam de energia para funcionar. O ônibus, o transporte escolar, o navio, o avião, todos precisam de uma forma de energia. Essa energia vem dos combustíveis.Talvez você já tenha visto um carro sendo abastecido com gasolina, álcool (etanol) ou mesmo gás (GNV – Gás Natural Veicular) num posto de combustíveis. Ah! A sua bicicleta também precisa de energia: a sua energia, que você obtém dos alimentos. Observando todos esses tipos de energia a nossa volta, podemos agora entender o conceito de energia do dicionário: “energia é a capacidade de um sistema de realizar trabalho”. “Trabalho” significa deslocar, rodar, transformar. A Ciência nos ensina que a energia existe em grande quantidade no universo e que ela não aumenta nem diminui, mas passa por muitas transformações.

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Então, a energia é muito importante para a nossa sobrevivência e conforto e é parte da história da humanidade, que ao longo dos tempos vem aprimorando as formas de transformá-la e utilizá-la a seu favor. Mas nesses processos de transformação de energia, quase sempre causamos algum impacto ambiental, ou seja, prejudicamos a flora, a fauna ou pessoas, produzimos resíduos (lixo) ou corremos o risco de esgotar um recurso natural (acabar com florestas, por exemplo). Por isso, nós temos a responsabilidade de cuidar para que a energia não seja mal utilizada ou desperdiçada. (empresa de pesquisa energética)  ANÁLISE ENERGÉTICA E DADOS AGREGADOS Este capítulo apresenta, resumidamente, a análise dos principais movimentos referentes à produção e ao consumo de energia em 2017 em comparação com o ano anterior, para as principais fontes energéticas: petróleo, gás natural, energia elétrica, carvão mineral, energia eólica, biodiesel e produtos da cana. Biodiesel Em 2017 a produção de B100 no país cresceu 12,9% em relação ao ano anterior atingindo o montante de 4.291.294 m³. O percentual de B100 adicionado compulsoriamente ao diesel mineral elevou-se para 7,9%. A principal matéria-prima foi o óleo de soja (65%), seguido do sebo bovino (12%). Cana-de-açúcar, Açúcar e Etanol De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a produção de cana-deaçúcar no ano civil 2017 alcançou 635,6 milhões de toneladas. Este montante foi 5,2% inferior ao registrado no ano civil anterior, quando a moagem foi de 670,6 milhões de toneladas. Em 2017 a produção nacional de açúcar foi de 38,1 milhões de toneladas, redução de 2,0% em relação ao ano anterior, enquanto a fabricação de etanol caiu 2,1% atingindo um montante de 27.693,7 mil m³. Deste total, 57,8% referem-se ao etanol hidratado: 15.998,5 mil m³. Em termos comparativos, houve queda de 3,3% na produção deste combustível em relação a 2016. Já a produção de etanol anidro, que é misturado à gasolina A para formar a gasolina C, registrou uma queda de 0,3%, totalizando 11.695,2 mil m³. Energia Elétrica A geração de energia elétrica no Brasil em centrais de serviço público e autoprodutores atingiu 588,0 TWh em 2017, resultado 1,6% superior ao de 2016. As centrais elétricas de serviço público, participaram com 83,5% da geração total. A geração hídrica, principal fonte de produção de energia elétrica no Brasil, teve sua participação reduzida em 2,6% na comparação com o ano anterior. A geração elétrica a partir de não renováveis representou 20,8% do total nacional, contra 19,6% em 2016. A geração de autoprodutores (APE) em 2017 participou com 16,5% do total produzido, considerando o agregado de todas as fontes utilizadas, atingindo um montante de 96,8 TWh. Desse total, 55,4 TWh não foram injetados na rede, ou seja, produzidos e consumidos pela própria instalação geradora, usualmente denominada como APE clássica. A autoprodução clássica agrega as mais diversas instalações industriais que produzem energia para consumo próprio, a exemplo dos setores de Papel e Celulose, Siderurgia, Açúcar e Álcool, Química, entre outros, além do

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ATUALIDADES Setor Energético. Neste último, destacam-se os segmentos de exploração, refino e produção de petróleo.  A matriz: O Brasil dispõe de uma matriz elétrica de origem predominantemente renovável, com destaque para a fonte hídrica que responde por 65,2% da oferta interna. As fontes renováveis representam 80,4% da oferta interna de eletricidade no Brasil, que é a resultante da soma dos montantes referentes à produção nacional mais as importações, que são essencialmente de origem renovável. Do lado do consumo final, houve uma evolução de 0,9 %, com destaque para o setor agropecuário, que apresentou um crescimento de 1,7% em relação ao ano de 2016. A indústria registrou um crescimento no consumo eletricidade de 1,1% em relação ao ano anterior; apenas os setores químico, cimento e outras indústrias apresentaram uma variação negativa. A produção física da siderurgia cresceu 9,9% no ano de 2017, alavancando o consumo de eletricidade nos segmentos de ferro-ligas, aço e pelotas. No caso do segmento de papel e celulose o consumo acompanhou o crescimento de celulose (3,8%). Nota-se que os setores industrial, residencial e comercial respondem por mais de 80% da energia elétrica consumida no país em 2017. Em 2017, a capacidade total instalada de geração de energia elétrica do Brasil (centrais de serviço público e autoprodutoras) alcançou 157.112 MW, acréscimo de 6.775 MW.  PETROLEO No Brasil, a primeira sondagem foi realizada no município de Bofete no estado de São Paulo, entre 1892 e 1896, por iniciativa Eugênio Ferreira de Camargo. Foi responsável pela primeira perfuração, até à profundidade de 488 metros, que teve como resultado apenas água sulfurosa. Em 1932 foi instalada a primeira refinaria de petróleo do país, a Refinaria Rio-grandense de Petróleo, em Uruguaiana, a qual utilizava petróleo importado do Chile, entre outros países. Foi somente no ano de 1939 que foi descoberto óleo em Lobato (Salvador), no estado da Bahia. Desde os anos 1930 o tema do petróleo foi amplamente discutido no Brasil, polarizado entre os que defendiam o monopólio da União e os que defendiam a participação da iniciativa privada na exploração petrolífera. Entretanto, naquele período, o país ainda dependia das empresas privadas multinacionais para todas as etapas da exploração petrolífera, desde a extração, refino até a distribuição de combustíveis. Mossoró, segunda maior cidade do estado do Rio Grande do Norte e o maior produtor de petróleo em terra do Brasil. Após a Segunda Guerra Mundial iniciou-se no país um grande movimento em prol da nacionalização da produção petrolífera. Naquela época o Brasil era um grande importador de petróleo e as reservas brasileiras eram pequenas, quase insignificantes. Mesmo assim diversos movimentos sociais e setores organizados da sociedade civil mobilizaram a campanha "O petróleo é nosso!", que resultou na criação da Petrobrás em 1953, no segundo Governo de Getúlio Vargas. A Lei 2.004 de 3 de outubro de 1953 também garantia ao Estado o monopólio da extração de petróleo do subsolo, que foi incorporado como artigo da Constituição de 1967 (Carta Política de 1967) através da Emenda nº 1, de 1969. O monopólio da União foi eliminado em 1995, com a EC 9/1995 que modificou o Art. 177 da Constituição Federal.

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Após a crise petrolífera de 1973, a Petrobrás modificou sua estratégia de exploração petrolífera, que até então priorizava parcerias internacionais e a exploração de campos mais rentáveis no exterior. Entretanto, naquela época o Brasil importava 90% do petróleo que consumia e o novo patamar de preços tornou mais interessante explorar petróleo nas áreas de maior custo do país, e a Petrobrás passou a procurar petróleo em alto mar. Em 1974 a Petrobrás descobre indícios petróleo na Bacia de Campos, confirmados com a perfuração do primeiro poço em 1976. Desde então esta região da Bacia de Campos tornou-se a principal região petrolífera do país, chegando a responder por mais de 2/3 do consumo nacional até o início dos anos 1990, e ultrapassando 90% da produção petrolífera nacional nos anos 2000. Em 1995, com a revisão da Constituição de 1988, foi quebrado o monopólio da Petrobrás na extração, transporte, refino e importação de petróleo e seus derivados. Assim, o Estado pode contratar empresas privadas ou mesmo estatais, nacionais ou estrangeiras, que queiram atuar no setor. Possuindo em seu território treze refinarias, onze delas pertencentes à União, o Brasil é praticamente auto-suficiente no setor, necessitando importar apenas pequenas quantidades de derivados que não são produzidos internamente. Por uma questão de economia nos gastos com transporte, o petróleo é sempre refinado (o que aumenta seu volume) junto aos centros industriais, ou seja, próximo aos grandes centros consumidores, o que explica a enorme concentração de refinarias no Centro-Sul do país. Em 2007 a Petrobrás anunciou a descoberta de petróleo na camada denominada Pré-sal, que posteriormente verificou-se ser um grande campo petrolífero, estendendo-se ao longo de 800 km na costa brasileira, do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina, abaixo de espessa camada de sal (rocha salina) e englobando as bacias sedimentares do Espírito Santo, de Campos e de Santos. Petróleo: Pré-Sal 1. O que é o pré-sal? O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros. As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobras na camada présal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado. 2. Qual o volume estimado de óleo encontrado nas acumulações do pré-sal descobertas até agora? Os primeiros resultados apontam para volumes muito expressivos. Para se ter uma ideia, só a acumulação de Tupi, na Bacia de Santos, tem volumes recuperáveis estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente (óleo mais gás). Já o poço de Guará, também na Bacia de Santos, tem volumes de 1,1 a 2 bilhões de barris Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES de petróleo leve e gás natural, com densidade em torno de 30º API. 3. As recentes descobertas na camada pré-sal são economicamente viáveis? Com base no resultado dos poços até agora perfurados e testados, não há dúvida sobre a viabilidade técnica e econômica do desenvolvimento comercial das acumulações descobertas..  ENERGIA ELETRICA Em 1979, Inauguração, na Estação Central da Estrada de Ferro D. Pedro II, atual Estrada de Ferro Central do Brasil, da primeira instalação de iluminação elétrica permanente do país. Em 1881, Instalação, pela Diretoria Geral dos Telégrafos, da primeira iluminação externa pública do país, em trecho da atual Praça da República, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1883, Entra em operação a primeira usina hidrelétrica brasileira. A usina está localizada no Ribeirão do Inferno, afluente do rio Jequitinhonha, na cidade de Diamantina. Inauguração do primeiro serviço público municipal de iluminação elétrica do Brasil e da América do Sul. Em 1963, Entra em operação a hidrelétrica de Furnas. Maior usina do Brasil na época de sua construção, ela permite a interligação dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Em 1973 Criação da Itaipu Binacional, a partir do tratado firmado entre Brasil e Paraguai para regulamentação da construção e operação de hidrelétricas no rio Paraná. Criação da Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A). Criação da Nuclebrás (Empresas Nucleares Brasileiras S.A.). Criação do Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) para desenvolvimento de tecnologia em equipamentos e em sistemas elétricos. O potencial técnico de aproveitamento da energia hidráulica do Brasil está entre os cinco maiores do mundo; o País tem 12% da água doce superficial do planeta e condições adequadas para exploração. Algumas das usinas em processo de licitação ou em obras na Amazônia vão participar da lista das dez maiores do Brasil: Belo Monte (que terá potência instalada de 11.233 megawatts), São Luiz do Tapajós (8.381 MW), Jirau (3.750 MW) e Santo Antônio (3.150MW). Entre as maiores em funcionamento estão Itaipu (14 mil MW, ou 16,4% da energia consumida em todo o Brasil), Tucuruí (8.730 MW), Ilha Solteira (3.444 MW), Xingó (3.162 MW) e Paulo Afonso IV (2.462 MW). As novas usinas da região Norte apresentam um desafio logístico: a transmissão para os grandes centros, que ficam distantes milhares de quilômetros. Este problema vai ser solucionado pelo Sistema Integrado Nacional (SIN), uma rede composta por linhas de transmissão e usinas que operam de forma integrada e que abrange a maior parte do território do País.

VEM AÍ O CONCURSO DA PM-PA 2019 PREPARE-SE COM QUEM APROVA. OLHA A EQUIPE DO FATRIN CONCURSOS. LEGISLAÇÕES – RICARDO FATRIN E RODRIGO AMORIM ATUALIDADES – ROGÉRIO SILVA GEOGRAFIA – WALTER SOARES PORTUGUES – PANTOJA E PIMENTEL TURMAS PARA OFICIAIS E PRAÇAS A PARTIR DE JANEIRO/2019

GOVERNO ARRECADA R$ 6,82 BI EM ÚLTIMO LEILÃO DO PRÉ-SAL

O governo realizou nesta sexta-feira, 28, seu último leilão de petróleo e conseguiu vender as quatro áreas de pré-sal, arrecadando R$ 6,82 bilhões. O saldo da 5ª Rodada de Partilha, em 35 anos, vai gerar uma arrecadação de royalties e participações especiais de R$ 235 bilhões, segundo cálculo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ao todo, 12 empresas se inscreveram para participar, incluindo as grandes petroleiras: Chevron, ExxonMobil, Shell e Total, além da chinesa CNOOC, uma das sócias da Libra no pré-sal da Bacia de Santos. O pico de geração de emprego deve acontecer nos anos de 2023 e 2024. Inicialmente, a agência estimou em R$ 180 bilhões a arrecadação com a 5ª Rodada, considerando um valor médio do petróleo de US$ 50 por barril e os porcentuais mínimos de excedente em óleo oferecidos pelas empresas. Como o petróleo está em alta e houve um ágio médio de 170% durante a concorrência, a projeção de arrecadação aumentou. Ao comentar o resultado do leilão, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, destacou a atração de investidores privados para operar no pré-sal. Cinco petroleiras passaram a ser operadoras, além da Petrobrás, ao saírem vitoriosas dos leilões de partilha realizados em um ano. São elas a Total, Shell, Equinor, BP e Exxon. "É uma garantia para a população de que, independentemente do que aconteça com qualquer empresa, temos seis operadoras no pré-sal. Se houver nova crise na Petrobras, o pré-sal não para", disse Oddone. A estatal levou apenas uma área, a Sudoeste de Tartaruga Verde, sem concorrência. "A Petrobrás toma suas decisões de forma autônoma do governo. Podemos estranhar que a Petrobrás não tenha sido a protagonista nesse leilão. Mas em outros ela foi", afirmou o secretárioexecutivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix. Ele disse ainda estar muito satisfeito com o resultado, principalmente porque esse foi o primeiro leilão em que todas as áreas foram vendidas. Veja as petroleiras que arremataram áreas do Pré-sal O consórcio formado pela Shell e a Chevron, com 50% de participação para cada uma, arrematou o bloco

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ATUALIDADES Saturno com excedente em óleo de 70,20%, frente ao mínimo de 17,54%. O bônus de assinatura, predefinido em edital, é de R$ 3,125 bilhões. Localizada na Bacia de Santos, a área foi um dos destaques da concorrência, ao lado de Titã. A Shell saiu satisfeita da concorrência, segundo o presidente da empresa no Brasil, Andre Araujo. Em sua opinião, com esse resultado, a empresa consolida sua presença na exploração e produção no Brasil. "Apresentamos ofertas por duas áreas e ganhamos uma. Estou muito feliz. O resultado reforça o interesse no Brasil e consolida de vez nossa participação no mercado", afirmou o executivo, após o leilão. O consórcio formado pela ExxonMobil (operadora), com 64% de participação, e a QPI Brasil, com 36%, arrematou o bloco Titã com excedente em óleo de 23,49%, frente ao mínimo predefinido de 9,53%. O bônus de assinatura previsto em leilão é de R$ 3,125 bilhões. De acordo com a presidente da ExxonMobil no Brasil, Carla Lacerda, mesmo perdendo uma disputa para o consórcio formado por Shell e Chevron, que levaram o campo de Saturno, o resultado foi muito satisfatório para a companhia. "Estamos muito satisfeitos, isso agrega ao nosso portfólio aqui no Brasil, estamos felizes que começamos o nosso trabalho aqui", disse ao fim do certame. O consórcio formado pela BP, com 50% de participação, Ecopetrol (20%) e CNOOC (30%) arrematou o bloco Pau-Brasil com excedente em óleo de 63,79%, frente ao mínimo predefinido de 24,82%. O ágio foi de 146,48%. O bônus de assinatura previsto em leilão é de R$ 500 milhões. A Petrobrás apresentou oferta ao lado da Total e da CNODC, mas perdeu a disputa. A área está localizada na Bacia de Santos. Fernanda Nunes e Denise Luna, O Estado de S.Paulo. 28.09. 2018

11-RELAÇÕES INTERNACIONAIS  G20 Os presidentes de Estados Unidos, Donald Trump, e China, Xi Jinping, se reunirão em Buenos Aires durante a cúpula de líderes do G20, que será realizada entre 30 de novembro e 1º de dezembro na capital argentina, confirmou nesta terça-feira a Casa Branca. O encontro, que era especulado há semanas, acontecerá em meio a um clima de tensão entre as duas potências econômicas, envolvidas desde julho em uma guerra comercial que se traduziu na imposição mútua de sobretaxas bilionárias. “Os dois presidentes se reunirão por um momento em Buenos Aires, Argentina, durante a cúpula do G20”, disse hoje o principal assessor econômico de Trump, Larry Kudlow, em declarações aos jornalistas na Casa Branca. O encontro pode servir para diminuir as tensões e ativar as negociações comerciais entre os dois países, que se encontram estagnadas. “Nossos pedidos estão sobre a mesa. Adoraria que respondessem. Até agora não o fizeram”, respondeu Kudlow ao ser perguntado sobre essas negociações. Desde o dia 24 de setembro, os EUA impõem tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, na terceira rodada de sanções de Washington contra o país asiático. O governo chinês respondeu aplicando taxas sobre US$ 60 bilhões em produtos agrários americanos.

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Além disso, em meados de setembro, Trump acusou publicamente a China de tentar influenciar as eleições legislativas que acontecerão em novembro nos EUA, uma afirmação que o governo chinês tachou de “injustificada”. (EXAME 23/09/18) O G20 (Grupo dos 20) é um grupo constituído por ministros da economia e presidentes de bancos centrais dos 19 países de economias mais desenvolvidas do mundo, mais a União Europeia. Criado em 1999, na esteira de várias crises econômicas da década de 1990, o G20 é uma espécie de fórum de cooperação e consulta sobre assuntos financeiros internacionais. •

G4 DEFENDEM REFORMA DO CONSELHO DE SEGURANÇA

Os representantes do grupo conhecido como G4 (Brasil, Índia, Alemanha e Japão) assinaram nesta quartafeira (27) uma declaração conjunta, na qual reiteram a necessidade de reformulação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com a nota, a reforma precisa ser realizada "no menor prazo possível e inclui a ampliação das categorias de membros permanentes e não permanentes, para aumentar sua legitimidade, efetividade e representatividade". "A reforma do Conselho de Segurança é essencial para enfrentar os desafios complexos de hoje. Como aspirantes a novos membros permanentes de um conselho reformado, os ministros reiteraram seu compromisso de trabalhar para fortalecer o funcionamento da ONU e da ordem multilateral global, bem como seu apoio às respectivas candidaturas", diz a declaração conjunta. Além disso, o grupo expressou "preocupação" em ver a lentidão do processo de reforma, que começou a ser considerado em 1979, sem avanços substanciais. A reunião foi composta pelos ministros das Relações Exteriores Sushma Swaraj (Índia), Aloysio Nunes Ferreira (Brasil), Heiko Maas (Alemanha) e Taro Kono (Japão). Atualmente, o Conselho de Segurança reúne cinco integrantes com poder de veto: Rússia, Reino Unido, França, Estados Unidos e China. Há, ainda, 10 membros não permanentes, sem poder de vetos, e que atuam de forma rotativa. (Jornal do Brasil: 27/09/18)  BRICS Desde sua primeira Cúpula, em 2009, o BRICS tem expandido significativamente suas atividades no âmbito da coordenação política, da cooperação econômicofinanceira e da cooperação multissetorial. Com relação à coordenação política, o BRICS atua na esfera da governança econômico-financeira e também na de governança política. Na primeira, a agenda do agrupamento confere prioridade à coordenação no âmbito do G-20, incluindo a reforma do FMI. Na governança política, o BRICS defende a reforma das Nações Unidas e de seu Conselho de Segurança, de forma a melhorar a sua representatividade, em prol da democratização da governança internacional. Em paralelo, os BRICS aprofundam seu diálogo sobre as principais questões da agenda internacional.Cabe mencionar que a coordenação política entre os países se faz e continuará a ser feita sem elementos de confrontação com demais países. O BRICS está aberto à cooperação e ao engajamento construtivo com terceiros países, assim como com organizações internacionais e regionais, no tratamento de temas da atualidade internacional. A cooperação econômico-financeira foi aquela que apresentou os primeiros resultados tangíveis, tendo sido Prof. ROGÉRIO SILVA


ATUALIDADES assinados dois instrumentos de especial relevo na VI Cúpula do BRICS (Fortaleza, julho de 2014): os acordos constitutivos do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) – voltado para o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em economias emergentes e países em desenvolvimento –, e do Arranjo Contingente de Reservas (ACR) – destinado a prover apoio mútuo aos membros do BRICS em cenários de flutuações em seus balanços de pagamentos. O capital inicial subscrito do NBD foi de US$ 50 bilhões e seu capital autorizado, US$ 100 bilhões. Os recursos alocados para o ACR, por sua vez, totalizarão US$ 100 bilhões. No que tange à cooperação multissetorial, as atividades intra-BRICS já abrangem mais de 30 áreas, como saúde, ciência, tecnologia & inovação, energia, agricultura, cultura, espaço exterior, think tanks, previdência social, propriedade intelectual, turismo, entre outras. As áreas de saúde, ciência, tecnologia & inovação (C,T&I) e energia são consideradas prioritárias pelo Brasil para o adensamento da cooperação multissetorial. A coordenação nessas áreas pode produzir resultados tangíveis: para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira; para a inovação do parque industrial e tecnológico nacional e para a diversificação da matriz energética do Brasil.Em saúde, pode-se produzir resultados concretos para: a melhoria da qualidade de vida da população brasileira; para a inovação da indústria farmacêutica nacional e para o aumento do acesso a medicamentos de primeira linha. Histórico do BRICS A coordenação entre Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) iniciou-se de maneira informal em 2006, com reunião de trabalho entre os chanceleres dos quatro países à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 2007, o Brasil assumiu a organização do encontro e, nessa ocasião, verificou-se que o interesse em aprofundar o diálogo merecia a organização de reunião específica de Chanceleres. A primeira reunião formal de Chanceleres do BRIC foi realizada em 18 de maio de 2008, em Ecaterimburgo, na Rússia. Desde então, o acrônimo, criado alguns anos antes pelo mercado financeiro, não mais se limitou a identificar quatro economias emergentes, passando o BRICs a constituir uma nova entidade político-diplomática. Desde 2009, os Chefes de Estado e de Governo dos BRICs se encontram anualmente. Em 2011, na Cúpula de Sanya, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento. (Fonte: Itamaraty)  Primavera Árabe É o nome dado à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011. A raiz dos protestos é o agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela falta de democracia. A população sofre com as elevadas taxas de desemprego e o alto custo dos alimentos e pede melhores condições de vida. Países envolvidos Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmem e Barein. Ditaduras derrubadas A onde de protestos e revoltas já provocou a queda de quatro governantes na região. Enquanto os ditadores da Tunísia e do Egito deixaram o poder sem oferecer grande resistência, Muammar Kadafi, da Líbia, foi morto por uma rebelião interna com ação militar decisiva da Otan. No Iêmen, o presidente Saleh resistiu às manifestações por vários meses, até transferir o poder a um governo provisório. A Síria foi o único país que até agora (12/03/2012) não conseguiu derrubar o governo do ditador Bashar AL-Assad.

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Transição para as novas democracias Tunísia e Egito realizaram eleições em 2011, vencidas por partidos islâmicos moderados. A Tunísia é apontada como o país com as melhores chances de adotar com sucesso um regime democrático. No Egito, os militares comandam o conturbado processo de transição, e a população pede a sua saída imediata do poder. Geopolítica árabe Os Estados Unidos eram aliados de ditaduras árabes, buscando garantir interesses geopolíticos e econômicos na região, que abriga as maiores reservas de petróleo do planeta. A Primavera Árabe põe em cheque a política externa de Washington para a região. A Liga Árabe, liderada pela Arábia Saudita e pelo Catar, assume um papel de destaque na mediação das crises e dos conflitos provocados pela Primavera Árabe.  A GUERRA DA SÍRIA Antes do início do conflito, muitos sírios se queixavam de um alto nível de desemprego, corrupção em larga escala, falta de liberdade política e repressão pelo governo Bashar AL-Assad - que havia sucedido seu pai, Hafez, em 2000. Em março de 2011, adolescentes que haviam pintado mensagens revolucionárias no muro de uma escola na cidade de Deram, no sul do país, foram presos e torturados pelas forças de segurança. O fato provocou protestos por mais liberdades no país, inspirados na Primavera Árabe - manifestações populares que naquele momento se estendiam pelos países árabes. Quando as forças de segurança sírias abriram fogo contra os ativistas - matando vários deles -, as tensões se elevaram e mais gente saiu às ruas. Os manifestantes pediam a saída de Assad. A resposta do governo foi sufocar as divergências, o que reforçou a determinação dos manifestantes. No fim de julho de 2011, centenas de milhares saíram às ruas em todo o país exigindo a saída de Assad. Como começou a guerra civil? À medida que os levantes da oposição aumentavam, a resposta violenta do regime se intensificava. Simpatizantes do grupo antigoverno começaram a pegar em armas - primeiro para se defender e depois para expulsar as forças de segurança de suas regiões.Assad prometeu "esmagar" o que chamou de "terrorismo apoiado por estrangeiros" e restaurar o controle do Estado. A violência rapidamente aumentou no país: grupos rebeldes se reuniram em centenas de brigadas para combater as forças oficiais e retomar o controle das cidades e vilarejos. Em 2012, os enfrentamentos chegaram à capital, Damasco, e à segunda cidade do país, Aleppo. O conflito já havia, então, se transformado em mais que uma batalha entre aqueles que apoiavam Assad e os que se opunham a ele - adquiriu contornos de guerra sectária entre a maioria sunita do país e xiitas alauítas, o braço do Islamismo a que pertence o presidente. Em junho de 2013, as Nações Unidas informaram que o saldo de mortos já chegava a 90 mil pessoas. Quem está lutando contra quem? A rebelião armada da oposição evoluiu significativamente desde suas origens. O número de membros da oposição moderada secular foi superado pelo de radicais e jihadistas partidários da "guerra santa" islâmica. Entre eles estão o auto intitulado Estado Islâmico e a Frente Nusra, afiliada à AL-Qaeda. Os combatentes do EI - cujas táticas brutais chocaram o mundo - criaram uma "guerra dentro da guerra", enfrentando tanto os rebeldes da oposição moderada síria quanto os jihadistas da Frente Nusra.

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ATUALIDADES Também combate o Exército curdo, um dos grupos que os Estados Unidos estão apoiando no norte da Síria. Desde 2014, os EUA, junto com o Reino Unido e a França, realizam bombardeios aéreos no país, mas procuram evitar atacar as forças do governo sírio. Já a Rússia lançou em 2015 uma campanha aérea com o fim de "estabilizar" o governo após uma série de derrotas para a oposição. A intervenção russa possibilitou vitórias significativas das forças sírias. A maior delas foi a retomada da cidade de Aleppo, um dos principais redutos dos grupos de oposição, em dezembro de 2016. •

EM ENCONTRO HISTÓRICO, TRUMP E KIM ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO

Credita-se a informação a investigações iniciais sobre o caso que, segundo o canal, levou à demissão de Ahmad al-Assiri, vice-chefe de inteligência, e de Saud alQahtani, assessor sênior do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman. O rei Salman também ordenou a formação de um comitê ministerial, liderado pelo príncipe herdeiro, para reestruturar os serviços de inteligência. O jornalista foi visto pela última vez no consulado em Istambul, para onde se dirigiu com o objetivo de buscar documentos que o permitiriam casar com sua noiva, Hatice Cengiz. https://www.bbc.com/portuguese/internacional-45923322

Nesta terça-feira 12, em Singapura, pela primeira vez um presidente em exercício dos Estados Unidos e um líder da Coreia do Norte – um dos regimes mais fechados do planeta – se encontraram. As negociações entre Donald Trump e Kim Jong-un tiveram como principal objetivo discutir a desnuclearização da Coreia do Norte após mais de um ano de tensões envolvendo os dois países, além de seus vizinhos Coreia do Sul e Japão. A histórica reunião teve início às 22 horas de Brasília ( 9 horas da manhã em Singapura), com um aperto de mão entre os líderes em frente às bandeiras de ambos os países. Por volta das 2h30 de Brasília, eles assinaram um acordo em que são tratadas questões sensíveis há anos entre as duas nações. Entre eles, o compromisso nortecoreano pela completa desnuclearização, novas relações entre os dois países, garantias de segurança por parte dos Estados Unidos, entre outros. Moon Jae-in (Coreia do Sul) disse que não conseguiu dormir à noite antes da reunião realizada em Singapura. O sul-coreano afirmou que “espera ardentemente” pelo sucesso do encontro e que acredita que isso resultará na completa desnuclearização da Península Coreana e na paz. O presidente americano respondeu às perguntas dos jornalistas presentes na sala de conferência em Singapura por 1h05. Entre os principais temas abordados estavam a declaração conjunta assinada pelo líder com Kim Jong-un e o programa nuclear de Pyongyang. Trump afirmou que o arsenal nuclear da Coreia do Norte é “muito substancial”. Ainda assim, insistiu que confia nas boas intenções de Kim e disse que o ditador poderia completar o processo de desnuclearização em pouco tempo. O líder americano afirmou que os Estados Unidos irão interromper os “jogos de guerra”, uma aparente referência aos exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul que Pyongyang considera provocativos. A suspensão das manobras militares da península significará “uma tremenda economia” para os Estados Unidos, segundo Trump, que também classificou estes exercícios como “provocativos”, durante sua entrevista O presidente disse ainda que espera eventualmente retirar os soldados americanos da Coreia do Sul, mas ressaltou que “isso não faz parte da equação neste momento”. veja.abril.com.br-12/06/18.  Arábia Saudita admite pela primeira vez que jornalista desaparecido foi morto em consulado na Turquia Desaparecido desde o dia 2 de outubro, o jornalista Jamal Khashoggi foi morto após uma briga no consulado saudita em Istambul, na Turquia, segundo informou a TV oficial do reinado. Após dias de acusações contra o regime saudita, é a primeira vez que o país confirmou a morte de Khashoggi.

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