A Cidade Editorial Ricardo Lobato
A Cidade Editorial
© riclobato, 2011 A cidade Editorial Editor | Design | Fotografias | Ilustrações | Diagramação Ricardo Lobato Mapa de Belo Horizonte Arquivo Público Mineiro – APM Famílias tipográficas Gotham e Berthold City Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmera Brasileira do Livro, SP, Brasil) Lobato, Ricardo A Cidade Editorial Belo Horizonte, riclobato, 2011 96 p. ; 16 cm. 1. Design Editorial. 2. Arquitetura e Urbanismo, Belo Horizonte, cidade. 3. Livro – Grid – Formato. I. Ricardo Lobato Impresso no Brasil 1ª edição em junho de 2011. Nenhuma parte deste livro pode ser usada ou reproduzida em qualquer maneira sem permissão pro escrito do editor, exceto em contextos de resenhas. Impresso e acabado no Brasil [2011] Todos os direitos dessa edição reservados a riclobato. Rua Panamá, 115/401, Sion 30.320-120 Belo Horizonte MG Brasil Tel +55 31 9653-1721 www.be.net/ricardolobato ricklob@yahoo.com.br
A Cidade Editorial Ricardo Lobato
Belo Horizonte 2011
“A paisagem urbana também é algo a ser visto e lembrado, um conjunto de elementos que esperamos que nos dê prazer. Dar forma visual à cidade é um tipo especial de problema de design, e, de resto, um problema relativamente recente.”
“Assim como essa página impressa, desde que legível, pode ser visualmente apreendida como um modelo correlato de símbolos identificáveis, uma cidade legível seria aquela cujo bairros, marco ou vias fossem facilmente reconhecíveis e agrupados num modelo geral.” Kevin Lynch
Dedicat贸ria
Dedico esse livro aos meus pais, minhas irm茫s e minha sobrinha e afilhada Ana Luiza.
Agradecimento
Como estudante de Design Gráfico da UEMG1 e Arquitetura e Urbanismo da UFMG2, devo muito aos meus professores por me darem subsídios para a criação gráfica e textual desse livro. Agradeço a minha família por sempre confiar em minhas decisões e por me darem forças durante a vida. Agradeço em particular a Juliana Ribeiro, Priscila Trifiletti e Paula Costa Cançado por me ajudarem a ter idéias no conteúdo do livro e a Laira Ávila pela amizade de em pleno sábado me ceder o espaço de sua residência para tirar algumas fotografias da cidade.
1. Universidade do Estado de Minas Gerais 2. Universidade Federal de Minhas Gerais.
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01. Conceito
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02. Forma e ConteĂşdo 03. Grid
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04. Tipografia
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05. Hierarquia
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06. Cores
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07. Elementos GrĂĄficos
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Introdução
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Design Editorial, Arquitetura e Urbanismo, podem ser disciplinas bem diferentes, mas possuem muitas idéias e conceitos comuns. O conteúdo desse livro refere-se sobre o que é e quais os elementos importantes do Design Editorial – uma vertente do Design Gráfico – através de uma comparação com a Arquitetura e Urbanismo de uma cidade brasileira, Belo Horizonte, que foi planejada por Aarão Reis e construída para ser a capital de Minas Gerais. Com essa comparação se percebe que essas disciplinas que pareciam distantes são próximas através de conceitos bem parecidos utilizado por ambas. O Conceito, o conteúdo e a forma, o grid, a tipografia, a hierarquia, as cores e os elementos gráficos, termos utilizados pelo designer gráfico para compor um livro também podem ser visto, com outros nomes, na construção de
uma cidade pelos arquitetos e urbanistas. Na primeira parte há uma explicação sobre o que são cada uma dessas disciplinas, suas ligações e um breve histórico da cidade de Belo Horizonte. Logo após há comparações dos termos do Design Editorial com a Arquitetura e Urbanismo. As fotos do livro foram tiradas em junho de 2011. Ricardo Lobato
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Design Editorial é uma vertente do Design Gráfico e está voltado para a produção editorial, tanta impressa como digital. Ele abrange os livros, revistas, jornais, websites, entre outros. Um designer editorial busca a perfeita harmonia entre os elementos textuais e gráficos de uma publicação, desenvolvendo não só a criação de um belo material, mas principalmente uma peça de fácil leitura pelo público. Projetos editoriais são multidisciplinares, consistindo na construção de peças que conjugam grande massa de conteúdo de texto, jornalístico ou autoral, com material gráfico que pode ser fotográfico, ilustrativo ou infográfico. Os projetos gráficos editoriais podem ser dirigidos para públicos internos ou externos, para a grande imprensa ou para setores e/ou empresas. Um dos grandes desafios de projetos editoriais é a
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construção e a manutenção da identidade visual de cada projeto, através de muitas páginas e diferentes tipos de conteúdo que aparecem ao longo de uma publicação editorial.
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Urbanismo é a disciplina e a atividade relacionada com o estudo, controle e planejamento da cidade, corresponde, assim, à ação de projetar e ordenar centros urbanos. É um campo do conhecimento que têm como objetivo criar condições satisfatórias e ordenadas de vida nos centros urbanos, de acordo com as necessidades humanas, como: meios de locomoção, moradias, lazer, criação de áreas verdes, dentre outras. É uma atividade multi e interdisciplinar e complexa que dialoga principalmente com a arquitetura (em seu sentido mais comum), com a arquitetura da paisagem, com o design e com a política. Ele necessita da contribuição de áreas do conhecimento como a ecologia, geologia, ciências sociais, geografia e outras ciências.
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O desenho urbano é um campo do planejamento urba nístico ligado às soluções que envolvem os aspectos físicos do espaço urbano, dando forma e caracterização aos distintos usos deste espaço. O Urbanista utiliza-se de mapas como forma de mostrar graficamente seus pensamentos e idéias de forma clara e organizada. A Arquitetura é um complemento para o Urbanismo, responsável por concretizar uma cidade através de edifícios e projetos arquitetônicos que dão identidade ao espaço urbano.
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Os Designers Editoriais e os Urbanista, ambos estam em uma área de multi e interdisciplinariedade pelo fato de organizar e planejar algo que precise de outras áreas para que haja uma harmonia em seus projetos. Enquanto um designer editorial precisa de tipografias, ilustrações, fotografias, infográficos que tenham haver com o conceito do seu projeto, um urbanista precisa de geólogos, arquitetos, ecologistas que o ajudem no planejamento de uma cidade funcional e harmônica. Há uma relação também entre os tipógrafos e os arqui tetos que ajudam, respectivamente, os designers e os urbanistas. Os tipógrafos criam diversos tipos de letras sendo umas funcionais e outras decorativas e os arquitetos projetam edifícios que podem ser apenas funcionais e/ou com uma plasticidade bela e decorativa. Ambos ajudam dar uma identidade única
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através de suas criações. Na criação de um livro ou de uma cidade é preciso, de planejamento. Pesquisar qual será seu conteúdo, a quem ele será destinado, quem serão seus leitores, qual a tipografia mais adequada a ser utilizada para que comunique com o conceito que ele quer passar. Em uma cidade é preciso procurar o local ideal para a sua implantação, saber qual será a sua funcionalidade, a que população ela será destinada, qual tipo de arquitetura será utilizada para ter uma ligação com a identidade dessa nova cidade. Ambos os designers como os urbanistas utilizam de diversos elementos como tipografia e arquitetura, formatos e geografia, grid e vias urbanas, entre outros, para que se crie algo consistente, funcional e belo.
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Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras planejadas. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno. Aarão Reis: “Às ruas fiz dar a largura de 20 metros, neces sária para a conveniente arborização, a livre circulação dos veículos, o trafego dos carros e trabalhos da colocação e reparações das canalizações subterrâneas. Às avenidas fixei a largura de 35 metros, suficiente para darlhes a beleza e o conforto que deverão, de futuro, proporcionar à população (…)
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O plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior. O projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, como Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as condições de higiene e circulação humana. A cidade foi dividida em três principais zonas: a área central urbana, a área suburbana e a área rural. A área central urbana receberia toda a estrutura de transportes, educação, saneamento e assistên cia médica, e abrigaria os edifícios públicos dos funcionários estaduais. Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, que na época se chamava 17 de Dezembro. A região suburbana, formada por
ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infraestrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortigranjeiros. “A Cidade Editorial” foi baseado no traçado da área central urbana e nos elementos da Planta Geral da Cidade de Minas de Aarão Reis de 1985.
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Belo Horizonte cresceu para além da Av. do Contorno, algo não previsto por Aarão Reis.
01. Conceito
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Antes de qualquer projeto é preciso o planejamento. Para a criação de um livro é preciso se fazer um briefing para que o designer possa entender sobre o que se trata o livro, e preferencialmente, se possível, lê-lo, para se ter mais conhecimento sobre o assunto. O Conceito é a identidade do editorial, ele fala sobre o que o livro se trata de uma forma mais objetiva, muitas vezes se resumindo em apenas três palavras. Na criação de uma cidade também é preciso se planejar. Belo Horizonte foi uma das primeiras cida des planejadas do Brasil. Ela foi projetada para ser a capital de Minas Gerais, com isso se pode ver que o conceito que se tinha para a criação da cidade era o de Capital. Nesse conceito está incluído o moderno e o progresso. Entendendo esse princípio, Aarão Reis,
engenheiro civil, responsável pelo projeto urbano da cidade, pode criar uma cidade que atendesse esse conceito inicial. Belo Horizonte, assim, se torna uma cidade moderna, com traçados inspirados em cidades modernistas, Paris e Washington. Conceito seria, então, o começo, algo comum a essas duas áreas, Design Editorial e Urbanismo. Se não passar por essa primeira etapa, muitos problemas futuros podem ocorrer. No livro, a criação pode se tornar conflitante com o assunto. Esse livro tem como conceito a ligação entre Design Editorial e Arquitetura e Urbanismo de Belo Horizonte. Com isso ele foi construido utilizando a malha urbana da cidade belorizontina.
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02. Forma e Conteúdo
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Através do Conceito bem definido vem a segunda etapa, que é decidir qual será o formato do livro. O formato é determinado pela largura e altura. Na indústria editorial por razões práticas, estéticas e de produção, já existe alguns padrões de tamanhos. O livro basicamente pode ter três formatos: retrato, a largura é menor que a altura; paisagem, a largura é maior que a altura; e quadrado. Isso não é regra, o melhor formato de um livro é aquele que está linkado com o seu conteúdo. Em uma Cidade o que define sua forma é basicamente a morfologia do terreno aonde ela é implantada e a função que ela vai ter para seus moradores. Em Belo Horizonte, inicialmente a cidade teve a forma delimitada por uma Avenida que se chamava 17
de Dezembro e que hoje é conhecida como Av. do Contorno. Ela teve esse formato pela características morfológica do relevo e também por se ter a idéia de criar uma cidade que teria na parte interna da avenida os edifícios, na sua parte externa seria a periferia para aonde a cidade cresceria e mais externamente uma área verde para a subsistência da cidade. A forma então está diretamente ligado ao conteúdo da cidade e do livro. Esse livro tem o formato quadrado por ter se baseado no formato padrão dos quarteirões criados por Aarão Reis. Os quarteirões possuem 120 x 120 metros e um espaço entre eles de 20 metros. Com isso o livro “A Cidade Editorial possue 16 x 16 cm, sendo uma escala de 1:1000 dos quarteirões.
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03. Grid
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“Um grid consiste num conjunto específico de rela ções de alinhamento que funcionam como guias para a distribuição dos elementos num formato. Todo grid possui as mesmas partes básicas, por mais complexo que seja. Cada parte desempenha uma função específica; as partes podem ser combinadas segundo a necessidade, ou omitidas da estrutura geral a critério do designer, conforme elas atendam ou não às exigências informativas do conteúdo.”3 “As vias são canais de circulação ao longo dos quais o observador se locomove de modo habitual, ocasional ou potencial. Podem se ruas, alamedas, linhas de trânsito, canais, ferrovias. (...) Para muitas pessoas, são estes os elementos predominantes em sua imagem. Os habitantes de uma cidade observam-na à
3.SAMARA,Timothy; Grid: construção e descontrução
medida que se locomovem por ela, e, ao longo dessas vias, os outros elementos ambientais se organizam e se relacionam.”4 O Grid seria então as linhas desenhadas por um designer para ajudar a montar um layout e que ao mesmo tempo organiza as informações e guiam os olhos do leitor por entre ele. Seria também as linhas feitas por urbanistas que se materializam em vias que ajudam a separar os quarteirões, organizar a cidade e guiam os seus moradores por entre elas. No campo editorial existem vários tipos de grid para cada estilo de livro. Grid manuscrito, de colunas, modular e hierárquico. Todos seguem uma ordem feita pelo designer. Há também a desconstrução desse grid que procura algo orgânico e expressivo.
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4.LYNCH, Kevin; A Imagem da Cidade
Margens
Grid Manuscrito Contém uma grande área que acomoda um texto corrido ou alguma imagem. Foi desenvolvido a partir das tradição do manuscrito que mais tarde resultou na impressão de livros.
Grid de Colunas Guias Horizontais
Bastante flexível e pode ser usado para separar diversos tipos de informação. Algumas colunas podem ser escolhidas para grande textos e fotos e colunas menores para legenda.
Grid Modular
Marcadores
Divide a páginas em colunas verticais e hori zontais. Dentro dele pode se ver colunas que podem servir para textos e conjuntos de módulos que podem definir diferentes tipos de imagens. É um dos mais flexíveis. Margens: espaço entre o formato do livro e a área delimitada para o conteúdo editorial. Guias Horizontais: Ajudam a orientar os olhos no formato e podem ser usadas para criar novos pontos de partida ou pausas para o texto ou a imagem. Marcadores: indicadores que podem localizar os fólios, os nomes de seções ou qualquer outro elemento que ocupe sempre a mesma posição em qualquer página.
Esse grid não possui linhas definidas, ela se guiam por através do tipo de conteúdo criado. Na cidade esse tipo de grid também acontece, ele é chamado de malha orgânica, pois seguem as curvas de nível5 de um terreno. Esse tipo na cidade é muito bem visto pois não interfere muito no relevo. No livro o melhor tipo de grid seriam aqueles que se adequam melhor com o formato e o conteúdo editorial, do mesmo jeito que a melhor malha utilizada em uma cidade é aquele que se adapta ao relevo e a função da cidade. O grid desse livro foi traçado através das delimitações de lotes feitas nos quarteirões, por Aarão Reis. E em algumas páginas fui utilizado como módulo, os quarteirões separados pelas vias.
5.Curvas de nível: são linhas que representam a altimetria de um terreno.
Margens
Grid Manuscrito Contém uma grande área que acomoda um texto corrido ou alguma imagem. Foi desenvolvido a partir das tradição do manuscrito que mais tarde resultou na impressão de livros.
Grid de Colunas Guias Horizontais
Bastante flexível e pode ser usado para separar diversos tipos de informação. Algumas colunas podem ser escolhidas para grande textos e fotos e colunas menores para legenda.
Grid Modular
Marcadores
Divide a páginas em colunas verticais e hori zontais. Dentro dele pode se ver colunas que podem servir para textos e conjuntos de módulos que podem definir diferentes tipos de imagens. É um dos mais flexíveis. Margens: espaço entre o formato do livro e a área delimitada para o conteúdo editorial. Guias Horizontais: Ajudam a orientar os olhos no formato e podem ser usadas para criar novos pontos de partida ou pausas para o texto ou a imagem. Marcadores: indicadores que podem localizar os fólios, os nomes de seções ou qualquer outro elemento que ocupe sempre a mesma posição em qualquer página. escala 1:3000
Esse grid não possui linhas definidas, ela se guiam por através do tipo de conteúdo criado. Na cidade esse tipo de grid também acontece, ele é chamado de malha orgânica, pois seguem as curvas de nível5 de um terreno. Esse tipo na cidade é muito bem visto pois não interfere muito no relevo. No livro o melhor tipo de grid seriam aqueles que se adequam melhor com o formato e o conteúdo editorial, do mesmo jeito que a melhor malha utilizada em uma cidade é aquele que se adapta ao relevo e a função da cidade. O grid desse livro foi traçado através das delimitações de lotes feitas nos quarteirões, por Aarão Reis. E em algumas páginas fui utilizado como módulo, os quarteirões separados pelas vias.
5.Curvas de nível: são linhas que representam a altimetria de um terreno.
04. Tipografia
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“Elas são um recurso essencial empregado por designers gráficos, assim como vidro, pedra, ferro e inúmeros materiais são utilizados por arquitetos.”5 A tipografia é a forma e o desenho dos caracteres feitas por tipográfos, que muitas vezes são desenhados pelos próprios designers. Cada tipo possui uma característica própria. Alguns carregam com eles a história, outros são a releitura desses. Possuem fontes serifadas, grotescas, manuscritas, fantasias, cada uma desenhada para certo propósito funcional e/ou estético. Caracteres agrupados ordenadamente formam pala vras que juntas formam frases e por seguinte formam parágrafos e blocos de textos. Os blocos de textos podem ser sólidos e densos ou líquidos e claros,
5.LUPTON, Ellen; Pensar com tipos
dependendo do espaçamento que existe entre os caracteres (kerning) e entre as linhas. Em uma cidade a arquitetura representa essa tipo grafia, sendo as palavras urbanas. Cada edifício possui seu estilo. Em Belo Horizonte é encontrado em maior quantidade o ecletísmo, o arte decó e o moder nismo. O agrupamento desses edifícios arquitetônicos formam os quarteirões que em comparação ao Design Editorial são os blocos de textos. Cada quarteirão tem seu estilo arquitetônico, mas, muitas vezes, quando se têm vários quarteirões com um estilo parecido se formam bairros, que seria em um livro os capítulos. A cidade, então, seria esse conjunto de prédios com estilos próprios, formando bairros e delimitados por um grid.
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A tipografia desse livro foi baseada em um tipo que teve como referência as tipografias dos anos 30 dos EUA, Gotham Light, época do modernismo. Belo Horizonte possue grandes edifício modernos, os quais, faz a cidade ser referência no exterior.
AT i ass pogr afi im a co mo é tão aA im po rqu rta ite nt tur a é e pa ra pa o ra a c livro s, ida de .
05. Hierarquia
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Ela organiza o conteúdo e enfatiza os dados. Ajuda os leitores a localizarem-se no texto. Tamanhos e tipos de fontes, cores e outros elementos são usados para ajudar nessa hierarquização. As vias de uma cidade delimitam sua hierarquização através do seu tamanho e função. Avenidas são feitas para um tráfego maior de carros, as ruas dentro de bairros são projetas para um tráfego menos intenso e veloz. As funções de cada bairro também possuem uma hierarquização. Bairros residências tem uma características mais calma enquanto os bairros comerciais possuem uma vida mais agitada durante a semana.
Nesse livro utilizei do tamanho do tipo e das cores para criar uma certa hierarquização. Também utilizei a direção como uma forma de hieraquização, separando o conteúdo inicial do livro dos Elementos do Design Editorial. E por final, com a utilização de uma linha horizontal feita no grid hierarquizei os títulos dos capítulos.
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06. Cores
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As cores dão uma certa vida a uma publicação do mesmo modo que dão vida a uma cidade. Elas podem ser utilizadas para hierarquizar a infor mação ou como forma estética. Em uma cidade ela é funcional aplicadas nas placas e sinais de trânsitos e estética quando aplicada a arquitetura. As cores utilizada nesse livro foram tiradas dos ônibus que circulam por Belo Horizonte. Elas estão nas linhas como forma de guiar o leitor, tendo um ponto em cada capítulo como forma de desembarque que convida a leitura.
07. Elementos Gráficos
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São os detalhes finais de um livro. Estão nas ilustrações, nos arabescos, em linhas verticais, horizontais e/ou diagonais. São os detalhes que ajudam a dar uma identidade ao livro, o tornando único. Em uma cidade esses detalhes estão no postes, nos passeios e em algumas arquiteturas espalhados pela cidade. São os detalhes que enfatizam, mais ainda, a identidade única da cidade. Os elementos gráficos utilizado nesse livro são os desenhos de arquiteturas da cidade de Belo Horizonte em forma de “sketch”, as linhas com círculos nos finais que representam o trajeto e os pontos de ônibus de Belo Horizonte. São elementos que ilustram sobre o que se trata o livro.
Bibliografia LYNCH, Kevin; tradução: Jefferson Luiz Camargo. A Imagem da Cidade. 2ª ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. 232 p. (Coleção mundo da arte)
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HASLAM, Andrew; tradução: Juliana A. Saad e Sérgio Rossi Filho. O livro e o designer II - Como criar e produzir livros. São Paulo: Edições Rosari, 2007. 256 p. SAMARA, Timothy; tradução: Denise Bottmann. Grid: construção e desconstrução. São Paulo: Cosac Naify, 2007. 208 p. LUPTON, Ellen; tradução: André Stolarski. Pensar com tipos: quia para designers, escritores, editores e estudantes. São Paulo: Cosac Naify, 2006. 184 p. Editado por Ellen Lupton; tradução: Maria Lúcia L. Rosa. A produção de um livro independente Indie Publishing: um guia para autores, artistas, e designers. São Paulo: Edições Rosari, 2011. 176 p.
DESIGNARTE. Disponível em: http://www.designarte.pt/ main.php?id=133. Acesso em: 28 ago. 2011. WIKIPEDIA. Diposnível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/
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Urbanismo. Acesso em: 28 ago. 2011. WIKIPEDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/ Belo_Horizonte. Acesso em: 28 ago. 2011. AMBIÊNCIA,
soluções
sustentáveis.
Disponível
em:
http://www.ambiencia.org/site/publicacoes/semana-do-urbanismo/qual-sua-opcao-de-cidade/o-que-e-urbanismo/. Acesso em: 28 ago. 2011. SBU – SOCIEDADE BRASILEIRA DE URBANIMOS. Disponívem em: http://sburbanismo.vilabol.uol.com.br/o_ urbanismo.htm. Acesso em: 28 ago. 2011.
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