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É possível praticar esportes na UFU?

Condições dos centros esportivos dificultam atividades físicas

POR ARTHUR DE VITTO E FLÁVIO LOMBARDI de duas quadras de peteca. Para a DIESU, as principais questões notadas no campus são referentes à manutenção. Adilson explica que um dos fatores de melhoria seria modernizar a estrutura já presente no campus, como o campo de futebol, que não possui sistema adequado de drenagem. "Em dia de chuva, a gente não consegue disponibilizá-lo, porque a água fica no campo" cita Adilson. O campus Umuarama tem situação oposta ao da Educação Física. O centro possui uma quadra sem cobertura para futsal e vôlei, mas não basquete. A Diretoria de Projetos e Orçamentos da Prefeitura Universitária abriu um edital para planos de reforma em dezembro de 2022. A Proae solicitou a cobertura da quadra, no entanto, ainda não há nenhum projeto em andamento, já que esses são executados com ordem de prioridade. via, segundo Janderson Cristian, assessor da Prefeitura Universitária do campus, a Asufub encontra-se desativada e não há nenhum projeto para construção de um centro esportivo nos próximos anos.

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Obras sem continuidade. O Centro Esportivo do Campus Santa Mônica foi interditado em 13 de março para reforma da academia e da quadra e melhorias no campo society. A previsão para a volta do uso do espaço era setembro de 2023, contudo, a obra não teve continuidade. Segundo a Divisão de esporte e lazer universitário (DIESU), ela foi abandonada pela empresa responsável sob alegação de não ter condições de concluir o serviço. O centro esportivo possui academia, que está fechada desde 2019, quadra poliesportiva, campo society e sala de lutas. Para o coordenador da DIESU, Adilson Henrique de Souza, os principais problemas que o centro enfrenta são estruturais. No campo, há marcações ruins no chão e o gramado está sem manutenção. Já na academia, o motivo para reforma é o fechamento das laterais, para proteger os aparelhos de ações climáticas. Após a solicitação do órgão, a contratação da empresa para reforma é feita pela Prefeitura Universitária dos Campi de Uberlândia (Santa Mônica, Umuarama e Educação Física).

ACADEMIA DO SANTA MÔNICA COM OBRAS ABANDONADAS. FOTO: ARTHUR DE

Problemas contratuais. Em consulta ao contrato, disponível no site de Licitações, Compras e Contratos da UFU, as informações do processo são de que a obra teria início em outubro de 2022 e encerramento em abril do ano seguinte. No processo, foi observado que a Eli Construções, Terraplanagem e Transportes LTDA receberia um valor estimado de R$ 552.274,34. Segundo termo aditivo do contrato, foi solicitado pela empresa a ampliação do prazo, e a obra teria finalização prevista para agosto de 2023. Além disso, também foi solicitado acréscimo no serviço de R$ 12.570,48. De acordo com Maiko edrosa, fiscal da Divisão de Fisca- lização, subordinada à Diretoria de Obras da Prefeitura Universitária do Campus, a prorrogação do contrato era de maior benefício para a UFU, mas a empresa não arcou com os prazos. Com isso, ela foi multada por atraso e rescisão de contrato sem justa causa. Maiko conta que a empresa alegou problemas financeiros devido a outras obras, lentidão e não cumprimento do cronograma.

Condições Opostas. O Campus Educação Física é o que mais possui instalações esportivas: seis ginásios, um campo de futebol, duas piscinas, uma pista de atletismo, dois campos society, além

Buscando espaços. Em Patos de Minas, o centro possui uma quadra poliesportiva sem cobertura no campus do Pavonianos. Joaquim Ferreira, diretor de esportes da atlética de Patos, conta que as demandas de melhorias já foram repassadas em fóruns estudantis, sendo elas a cobertura da quadra, reforma do piso de concreto e uma rede de proteção. Joaquim relata ainda que, no fim do ano, ocorrerá uma mudança para um novo campus em Patos. Essa transferência fará com que a quadra não esteja mais disponível para os alunos. Em conversa com Matheus Gomes, assessor da Prefeitura da UFU em Patos, ele afirma que ainda não há verba disponível para que seja construído um centro esportivo, mas ressalta a vontade do campus em ter um espaço voltado para a prática. Já no Glória, em Uberlândia, ainda não há projeções para a instalação de centros esportivos na unidade, afirma a DIESU. Adilson cita o complexo da Asufub, que poderia ser o mais próximo de um centro para o campus. Toda-

À espera de novas alternativas. Com o encerramento da parceria com o Sesi para realização das atividades esportivas, o campus Monte Carmelo atualmente não possui nenhum centro para prática esportiva. Devido a isso, os alunos do local precisam procurar serviços de fora da faculdade para realização de treinos ou atividades. Entre esses serviços, uma alternativa é buscar parcerias com a prefeitura da cidade. A DIESU afirma que há um projeto para criação de um centro esportivo no campus, com quadra e campo de futebol que aguarda a contratação de uma empresa. No entanto, Clésio Eustáquio da Silva, um dos servidores responsáveis pelos processos de licitação, afirma que não há nenhuma licitação a respeito do centro esportivo. Por outro lado, o campus Pontal sofre devido ao abandono de obras. Elas chegaram a ser iniciadas, mas não foram concluídas, de acordo com a DIESU. O campus conta, atualmente, apenas com a academia, que não está sendo utilizada por não ter instrutor disponível. Segundo Biliane Conceição, coordenadora da Prefeitura Universitária da cidade, uma nova licitação será aberta para o retorno das obras, porém sem data definida.

UTILIZAÇÃO

Estudantes e professores da UFU integram a tecnologia no dia a dia acadêmico

nos passaram a ter experiências de estudo personalizadas com o uso de programas que contribuem em vários sentidos, como fazer cálculos complexos ou redigir textos automaticamente.

Acerca dessa nova experiência no cotidiano dos estudantes, Claudiney Ramos Tinoco, professor da Faculdade de Computação da UFU e Doutorando em Computação com ênfase em Inteligência Artificial, ressalta que é preciso se acostumar com o uso dessas tecnologias em sala de aula. “Não tem como eu falar ‘vamos parar a inteligência artificial, ninguém mais vai utilizar isso’. A gente tem que se adaptar”, o professor enfatiza.

cia artificial (IA) estão cada vez mais presentes no cotidiano do povo brasileiro por serem capazes de auxiliar em diferentes áreas como saúde, comunicação, plataformas de streaming e até educação. Segundo a pesquisa "Inteligência Artificial”, realizada no Brasil, em março deste ano, pela empresa Hibou Monitoramento de Mercado e Consumo, 87% das 1.765 pessoas entrevistadas relataram que já ouviram falar sobre inteligências artificiais. Além disso, 54% delas afirmou acreditar que a IA já está modificando seu cotidiano.

Outros dados coletados pela mesma pesquisa indicam quais utilidades as pessoas acreditam que a inteligência artificial pode ter. Das diversas opções listadas, 29% do público acredita que ela pode ser usada como ferramenta de busca, 27% para traduzir textos de forma contextual e 25% para criar imagens ilustradas ou computadorizadas. A popularização de ferramentas como o “Chat GPT”, por exemplo, mostra como a IA vem deixando o nicho de pesquisadores da área de tecnologia e tomando espaço também na sociedade, principalmente no meio universitário, onde os alu-

Embora a inteligência artificial tenha permitido avanços tecnológicos e facilitado diversos processos, sua utilização também apresenta riscos para os usuários e para a população como um todo. Sobre os problemas que elas oferecem para o ambiente acadêmico, Claudiney afirma que o papel do professor é mostrar o lado bom e o lado ruim de diversas fontes de conhecimento. Ele explica que, em suas aulas, após o ensino teórico, os alunos são direcionados para a prática, utilizando, por exemplo, o Chat GPT para fazer experimentos. Sobre a dinâmica, ele comenta: “eles vão olhar aquela resposta não como fonte de informação, mas com um olhar crítico”.

Para além da sala de aula, Claudiney também realiza pesquisas sobre Inteligências Artificiais com o objetivo de otimizar algumas atividades do cotidiano. Segundo ele, "o uso da IA é para facilitar a vida humana e a execução de tarefas no dia a dia das pessoas, principalmente tarefas repetitivas, não para substituílas”. As pesquisas realizadas pelo professor são apenas algumas das várias que estão sendo desenvolvidas na UFU, principalmente dentro do Departamento de Inteligência Artificial.

ESTUDOS REALIZADOS NA UFU

Possibilitam Aplica O Da Intelig Ncia Artificial Em Reas Como Sa De E Educa O

Contribuições no ensino remoto. A partir de estudo coordenado pela pesquisadora Márcia Aparecida Fernandes, da Faculdade de Computação (FACOM), é possível perceber que a aprendizagem virtual melhorada tem se tornado possível no cenário da UFU. Isso graças a criação de IAs que cruzam dados e criam perfis que permitem conhecer profundamente o aluno que utiliza essas plataformas virtuais. Com essas informações, é possível otimizar a aprendizagem, apontando, por exemplo, a melhor combinação potencial de alunos em grupos de estudo. Além disso, também foram criados chatbots, agentes conversacionais inteligentes, que permitem maior integração do aluno com o ambiente no qual está inserido, garantindo a aprendizagem colaborativa no ensino online. Dessa forma, os estudantes participam e interagem ativamente entre si, impulsionando o aprendizado individual.

Diagnósticos médicos facilitados. Garantir um diagnóstico de qualidade em instantes é um dos objetivos de pesquisa no departamento de IA da UFU. Para isso, pesquisadores da universidade, liderados pelo professor Anderson Rodrigues dos Santos, criaram um software capaz de interpretar amostras biológicas em até dois minutos. Para que essa análise seja possível, as amostras biológicas dos pacientes passam por uma "digitalização". Dentro da máquina digitalizadora, ocorre a incidência de laser no material, e logo após as características refletidas são alinhadas e transformadas em um gráfico. Ao final de todo esse processamento, a inteligência artificial criada pelos pesquisadores interpreta o mapeamento e dá o diagnóstico para a doença testada. Atualmente, a pesquisa contempla apenas doenças crônicas.

Melhoria no fornecimento de serviços. A área da comunicação também foi beneficiada pelas pesquisas. Os setores responsáveis pelo atendimento e experiência de clientes em empresas, por exemplo, podem ser otimizados com o uso de ferramentas de inteligência artificial capazes de melhorar o serviço fornecido. Em uma pesquisa guiada pela professora, pesquisadora e especialista em mineração de dados Elaine Ribeiro de Faria Paiva, também da FACOM, foi desenvolvido o protótipo de um programa cujo objetivo é minerar os dados dos bancos de informações da empresa parceira e agrupá-los de modo que a empresa fornecedora identifique pontos de alerta, como falhas no fornecimento de serviços de banda

“É UM MUNDO INTERCONECTADO, EM QUE PODEMOS MAPEAR UMA PESSOA”, EXPLICA ELAINE SOBRE MINERAÇÃO DE DADOS. FOTO: ANNA FRANCO

Ao chegar no bar Captain Brew, em Uberlândia, você vai até a bancada e pede uma bebida. O atendente te serve uma “caneca suando” e diz: “Trouxe a mais gelada da casa pra você”. Foi isso que aconteceu, nos dias 23 e 24 de maio, durante o evento Pint Of Science, em que temas científicos e a relação entre cerveja e ciência se tornaram assuntosnamesadobar.

A cerveja, uma das bebidas mais conhecidas no Brasil, é parte da rotina dos brasileiros, que consomem em média 14 bilhões de litros por ano, segundo uma pesquisa realizada pela Euromonitor International, em 2021. Dentro de um bar ou de grandes centros de pesquisas, ela é consideradaumagrandeinvenção.

Para o professor Eduardo Almeida, doutor em química e pesquisador do ramo cervejeiro, a cerveja nãoficasónageladeira,elatambém está dentro da sala de aula. Porém, apenas como ferramenta de ensino, ele explica: “Em sala, eu consigo trabalhar todas as funções orgânicas por meio de compostos da cerveja. Se são bons ou ruins, onde são formados e degradados, é um tema beminteressanteparaumaaula”.

DuranteoPintOfScience,oprofessor Eduardo, que foi um dos seis palestrantes, explicou sobre seu estudo: “a química da cerveja e como quatro elementos se tornaram uma das bebidas mais consumidas do mundo”. Além disso, ele também destacou que aprendeu muito sobre Química estudando sua relação com a bebida, e passou de um simples apreciador para estudioso da área. “Quando você estuda uma coisa, não por obrigação, mas porque você gosta, a forma que você absorveédiferente”,acrescenta.

Dentro de suas várias fases, a produção cervejeira tem muita ciência devido aos processos bioquímicos. Para tomar aquela caneca, houve muitas pesquisas que possibilitaram várias descobertas. Dentre elas, os primeiros estudos de termodinâmica, o isolamento das primeiras leveduras, o processo de pasteurização, a descoberta das enzimaseaescaladopHde0a14,como aponta Eduardo. “Também houve avanços fora da química, como o desenvolvimento da refrigeraçãoedovidro”,acrescentaele.

Goles De Ci Ncia

Muitas vezes as pesquisas realizadas nas universidades não chegam até a população, por isso, um evento que proporciona a aproximação entre ciência e sociedade é essencial. O Pint of Science, realiza, desde 2012, divulgações científicas em ambientes não tradicionais, mostrando ao público o que é pesquisado, os motivos e seus resultados, unindo os pesquisadores à comunidade.

O Brasil é o país que tem mais cidades sediando o evento, sendo 120 no total. Em Uberlândia, ele foi realizado em parceria com a UFU. O Pint é de grande importância para a divulgação do saber científico, pois, como afirma Marina de Andrade, coordenadora regional do evento: “ele desmistifica o cientista e o conhecimento científico e aproxima a ciência das pessoas, porque tira ela de onde está escondida e a leva para o bar, que é um lugar muito democrático.”

Ufu Cervejeira

A ciência explora o potencial científico na investigação da cerveja, surgindo assim, diversos trabalhos acadêmicos relacionados à bebida. Logo,nãoéàtoaqueaUniversidade conta com diversas pesquisas relacionadas ao tema, sendo 187 estudos realizados nos cursos de Engenharia e Ciências Exatas e da Terra, segundo o repositório institucional da UFU. Um infográfico com os dados está disponível no site do Senso (in)comum, assim como um fotoensaio que explora mais o tema: sensoincomumufu.wixsite.com/ jornal. 

Saideira

Você sabia que a embalagem de alumínio é melhor que a de vidro? Isso porque o vidro tem uma proteção em torno de 90% da luz, mas os 10% ainda conseguem passar, dessa forma, tem uma degradação mais rápidadoproduto.

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