Editorial Faro para o sucesso Criadores de animais domésticos em Natal já podem comemorar a consolidação de um mercado cada dia melhor preparado para a demanda de um público sempre em dia com as exigências que o segmento "pet" apresenta. Essa verdadeira "babilônia" de artigos de higiene, veterinária e - quem diria! - moda para os bichos, significa, também, oportunidades para profissionais ou empresários que não perderiam a oportunidade de avançar em um nicho francamente propenso à expansão. Lançada em 2008 pela RN Editora, a revista É O Bicho! torna às ruas para reafirmar seu compromisso de guia voltado ao apreciador de animais de todas as idades, sempre com o ideal de levar informação de qualidade e credibilidade. Neste número abordamos o Verão e suas consequências para quem precisa viajar e não tem onde deixar o cão ou o gato, não fossem estabelecimentos aptos a receber "hóspedes" tão especiais durante toda a temporada. No campo da Oftalmologia entrevistamos um especialista que aceitou dar seu depoimento à publicação diretamente do seu escritório em Recife; a edição inclui um ensaio sobre o tratamento das cáries e outra relacionada à detecção da giardíase canina, ameça que deve ser enfrentada com o mesmo cuidado por leigos ou pesquisadores do assunto.
4
Nesta Edição
DR. É O BICHO! Oftalmologia Veterinária - 6 FOME ANIMAL Rações Supra - 7 ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA A decoração no aquarismo - 8 BICHO LEGAL ONGs e adoção - 9 DESTAQUE É O BICHO! Hotéis cada vez melhores- 10 e 11 BICHO ESTRANHO O dromedário - 12 ODONTOLOGIA VETERINÁRIA Tártaro: saúde bucal em foco 13
EXPEDIENTE DIRETOR Idalécio Rêgo MARKETING Sandra Oliveira JORNALISTA RESPONSÁVEL Rodrigo Hammer - DRT/RN 746 panzer17@gmail.com
PREVENÇÃO A Giardiase e seus riscos - 14
DIAGRAMAÇÃO Giovanni Barros - 8897-1838 web@giovannibarros.eti.br
É PRECISO TER RAÇA Pequinês - 16
PROJETO GRÁFICO RN Editora
DICAS DVDs, livros, histórias... - 17
IMPRESSÃO Opção Gráfica
PET AMARELAS Classificados - 18
TIRAGEM 3.000 EXEMPLARES REDAÇÃO E PUBLICIDADE Tel: 84 3222.4001 / 84 8889.4001 Fax: 84 3222.4001 eobicho@rneditora.com.br
Também destacamos a presença dos simpáticos dromedários na seção Bicho Estranho, peculiares figurantes do Verão nas areias potiguares. É O Bicho! nas suas mãos, é assim: sempre surpreendendo.
Av. Prudente de Morais, 507 Sala 103 - Ed. Djalma
Agradecemos aos amigos parceiros e empresários que confiaram e confiam na seriedade da nossa proposta. A eles, dedicamos este número.
FEVEREIRO - 2009
Oftalmologia Veterinária
6
Olho vivo e tratamento imediato Alex Barbosa Carvalho é Médico Veterinário formado pela UFF (Universidade Federal Fluminense), no Rio de Janeiro e Mestre em Cirurgia (Oftalmologia) pela USP. Dedica-se integralmente à Oftalmologia de pequenos e grandes animais, dando assistência a clínicas e hospitais veterinários nos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Ele respondeu à É o Bicho acerca dos principais problemas oculares que afetam animais domésticos. É o Bicho - Quais os principais problemas visuais que ocorrem aos cães e gatos? Alex Barbosa Carvalho - Os cães e gatos mostram claramente problemas de piora na visão que se manifestam na forma de batidas em objetos, tropeçar ao descer escadas, dificuldade para achar brinquedos. Eles andam pelos cantos das paredes, ficam desorientados. Também é importante ressaltar que com a piora da visão, a atividade dos animais diminui, eles ficam mais quietos na cama ou em algum canto, e podem relutar em sair de casa para o passeio. Quando é algum problema que causa dor ou inflamação, os sintomas são diferentes: eles não abrem o olho dolorido ou ficam com as pálpebras semicerradas; olho vermelho lacrimejando ou com secreção. Tentam coçar o olho afetado, podem não deixar que se toque a área. Também há o aspecto de névoa sobre o olho (edema de córnea). As doenças mais comuns no cão são a sindrome do olho seco (ceratoconjuntivite seca), catarata, glaucoma, e problemas degenerativos da retina. O gato é menos propenso a doenças oculares do que o cão, apresentando geralmente problemas diversos na córnea, luxações do cristalino e uveítes. É o Bicho - Há semelhanças entre as doenças humanas e aquelas relacionadas aos animais? Alex Barbosa Carvalho - Os animais domésticos têm praticamente todos os problemas oculares que os humanos apresentam, como catarata, glaucoma e, inclusive, miopia, hipermetropia e astigmatismo. No entanto, os problemas refrativos são de pouca importância, por serem geralmente leves, variando entre 0,5 a 1,0 dioptrias (graus) para mais ou menos (ou seja, de hipermetropia ou miopia). Os cavalos costumam apresentar graus maiores, podendo até necessitar de lentes de contato para corrigir a visão (isso em cavalos de performance, como de hípica ou jockey). É o Bicho - Qual o procedimento no caso de emergência ou de acidente envolvendo os olhos de um animal de estimação? Alex Barbosa Carvalho - No caso de emergência, os cães e gatos devem ser levados para a clínica ou hospital, a fim de que sejam tomados cuidados imediatamente. Caso o clínico julgue o caso como mais sério, ele encaminhará o paciente para o Oftalmologista Veterinário. O tratamento imediato é importantíssimo
Cirurgias já incluem equipamento de alta tecnologia
para que o paciente mantenha a visão, bem como a integridade do globo ocular. Muitos donos demoram a levar seu cão ou gato à clínica e em alguns casos a visão pode ser prejudicada ou perdida. É o Bicho - É verdade que necessariamente os pequineses apresentam deslocamento dos globos oculares com o avanço da idade? Alex Barbosa Carvalho - A tendência que algumas raças (como o Pequinês, Shih Tzu, Pug) têm para deslocar o globo ocular, não depende da idade. Pode acontecer em qualquer época da vida. Isso se deve ao tamanho do olho (que é grande) e à sua exposição. A maior causa de cegueira nos cães é a catarata. Ela causa cegueira progressiva, mas tem tratamento com cirurgia. Faço pelo método mais moderno que existe, a facoemulsificação. Nesse método fazemos uma incisão de 2,8 mm na córnea clara e através dela introduzimos a caneta de facoemulsificação; ela quebra o cristalino opaco (ou seja, a catarata) em minúsculos pedaços. Na medida em que se quebra, aspira esses fragmentos para fora do olho. É uma cirurgia bem mais rápida, e com alto índice de recuperação. É o Bicho - Todo cão fica obrigatoriamente cego após a idade adulta? Alex Barbosa Carvalho - Não é verdade que cão idoso fatalmente ficará cego. Existem raças que são mais predispostas a problemas oculares, como o Cocker, Poodle, Yorkshire, Shih Tzu. Mas muitos cães completam sua vida enxergando, com 14, 15, 16 anos, ou até mais. Isso depende do indivíduo, da raça e da linhagem à qual ele pertence. Além do mais, é importante lembrar que os problemas oculares também podem ter forte influência nas doenças sistêmicas.
Contato: 81 8699.7465 | 81 9202.7465 Com atendimento em Natal / RN
FEVEREIRO - 2009
Fome Animal
7
SUPRA Mais do que produtos, resultados Qualidade reconhecida levou marca a ultrapassar fronteiras
Fábio Luiz, supervisor RN / PB
No acirrado mercado de nutrição animal, o diferencial pode estar em fatores tão distintos como composição e variedade, características de produtos hoje consagrados no gosto dos criadores a despeito do volume de mídia ser ou não proporcional à participação da marca. Com 30 anos de experiência na produção de nutrimentos para bovinos, eqüinos, suínos e aves, a Alisul Alimentos ingressou em 1994 no mercado de Pet Food e Aqüicultura.
de proteína para cada fase do animal, aliando digestibilidade e palatabilidade. A busca constante pela excelência impulsiona a empresa a sempre inovar em pesquisa e qualidade, com a intenção de disponibilizar para o mercado produtos de altíssima qualidade com preços competitivos, garantindo assim o reconhecimento e a satisfação de toda a sua gama de clientes.
Composta por seis fábricas localizadas nos estados de Santa Catarina, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, onde está situada a matriz, a Alisul tornou-se uma das líderes nacionais no mercado de alimentos para animais, comercializando seus produtos para clientes na América do Sul, Europa, África e Ásia. Aliando uma linha de produção com equipamentos de tecnologia avançada a uma seleção rigorosa de fornecedores e matérias-primas, produz alimentos de alto desempenho e qualidade, tendo um dos mais amplos mixes de nutrimentos do Brasil. A linha de Pet Food formada pelas famílias Bravo, Astro e Frost, entre outras, é composta por um sistema nutricional exclusivo denominado Nutri Complex, formulado com nutrientes selecionados que incorporam adequados níveis
FEVEREIRO - 2008
Até Debaixo D’água
8
A hora do visual Decoração de aquários já tem loja especializada em Natal, com trabalho de qualidade
À primeira vista, uma obra de arte nos detalhes caprichosamente pintados, a imitar o fundo do mar repleto de corais e vegetação própria. Este é o aspecto dos aquários produzidos na Aqua Art, um sucesso de vendas com a assinatura do artista plástico Joab de Melo que recentemente associou-se à administração original para atender às exigências de uma clientela cada vez mais interessada na perfeita harmonização do ambiente com os prazeres do aquarismo. Para a perfeita combinação entre arte, tecnologia e engenharia em miniatura, a consulta a especialistas como Joab se faz primordial, principalmente se a
idéia é deixar o aquário aparentado ao máximo com o "habitat" dos peixes, sejam de água Joab de Melo mostra uma de suas doce ou salgada. criações: perfeccionismo e adequação Detalhista, ele projeta os cenários tendo por base moldes inspirados na fauna marinha, onde os "futuros habitantes" ganham infinitas possibilidades de abrigo e máxima semelhança com o fundo do mar ou do rio. São pequenas barreiras, bancos de "coral" e cavernas moldadas pelo perfeccionismo do artesão preocupado em conferir o máximo de realismo às suas criações. "Quem olha assim, rapidamente, pensa que manter um aquário desse porte dá muito trabalho, exige manutenção pesada, substituição da água e limpeza constante. Nada disso. Com os recursos que hoje são encontrados no mercado, o aquarismo tornou-se prático, agradável. Isto é totalmente esclarecido ao nosso cliente desde o momento da compra", explicou Joab. No tocante aos móveis de suporte, recomenda-se que devem ser selecionados e cuidadosamente estabilizados para prevenir que o enorme peso que o aquário completo comporta, seja bem resistente. Cada litro de água pesa um quilo, levandose em conta que o vidro do qual é feito, as pedras e o cascalho adicionam ainda mais peso. Assim, um aquário de 100 litros pode chegar facilmente aos seus 140 ou 150 kg. Outro fator importante, é não deixar o aquário próximo a janelas que permitam sol diretamente, porque o surgimento de algas é natural, inevitável. Ele precisa estar sobre uma superfície 100% plana e lisa, para não haver o risco de o vidro curvar-se e quebrar. Daí a necessidade de uma placa de isopor sob a estrutura principal.
FEVEREIRO - 2009
Bicho Legal
9
adoção: Um ato de amor e humanidade ONGs travam luta para conscientizar sociedade acerca da adoção de cães e gatos
Tal como na sociedade humana, o conceito da adoção destituída de preconceitos de raça e cor deve ser aplicado com o máximo de tolerância quando o assunto é "adoção de animais". De acordo com a presidente da ONG Amimais, Rianny Botelho, é preciso que, acima de tudo, o responsável tenha a consciência de que pode assumir o cão ou o gato com todos os cuidados necessários à uma sobrevivência digna. Adotar um animal apenas para "agradar" a um ente querido caso dos discutíveis "presentes de aniversário" dados a crianças que sonham em ter uma espécie de "brinquedo vivo" - é atitude combatida pela ONG, conforme explicou Rianny: "Muita gente ainda tem a concepção errada de que presentear filhotes como se fossem bichinhos de pelúcia é bom para o animal, mas isso não é verdade. É frequente a criança enjoar desse presente, o que gera situações cruéis", criticou.
A exemplo da Amimais, clínicas e particulares compõem, em Natal, uma espécie de "círculo de solidariedade" pronto a abrigar temporariamente animais e dar todo o apoio às pessoas que pretendem adotá-los. Até o processo ser inteiramente consumado, cães e gatos têm alimento, ração e medicamentos fornecidos por esses voluntários, mas a manutenção prolongada pode gerar escassez de recursos, daí sendo imprescindível o estímulo à adoção sustentável. Quanto ao mito do "cão adulto de possível dificuldade para adaptação", Rianny é incisiva: ela assegura que é bastante comum a empatia entre animal e pretendente a adotar, como se instintivamente ocorresse uma imediata sintonia favorável à aceitação do novo lar. Não bastasse tanto cuidado, a ONG providencia de 30 a 40 dias à inspeção do local onde o cão ou gato ficará - mediante concordância do proprietário - quando se verificam as condições oferecidas ao animal e sua real aceitação. "É como fazer um novo amigo, só que tendo a certeza de estar abrigando um ser totalmente leal, fiel e que, sobretudo, precisa do seu carinho. Nada mais gratificante", acrescentou. Site: www.amimais.org.br - E-mail: amimais@amimais.org.br
FEVEREIRO - 2008
Destaque É o Bicho
10
Cão seguro, tranquilidade nas férias Hotéis especializados poder ser a melhor alternativa para quem deseja viajar e não tem onde deixar o melhor amigo
Temporada de Verão, bagagem preparada, reserva garantida e a preocupação de não se poder contar com um lugar confiável onde deixar o cachorro da família. Felizmente já há algum tempo esse dilema começa a ter solução, graças à crescente sofisticação dos hotéis especializados em hospedagem canina, onde a triste imagem das jaulas e do confinamento exíguo é página virada. Projetados com todo o requinte para proporcionar ao animal conforto, segurança, alimentação balanceada e até o carinho dos donos que se encontram a quilômetros de distância, esses estabelecimentos podem ou não estar associados a clínicas veterinárias e petshops, filão descoberto por profissionais de renome ou empresários que um dia resolveram se dedicar a essa dileta "clientela", não importa raça, idade ou porte.
Dr. Euclides Leandro de Castro e esposa Maria Letice Uchoa de Castro
É o caso da clínica Prontocam, que se tornou verdadeira referência como hotel e há 27 anos vem se aperfeiçoando na arte de cuidar de animais com o máximo de especialização. "Cães e gatos são entes queridos. Eles precisam de um ambiente semelhante ao de suas casas, que reproduzam o conforto, o aconchego da casa ou do apartamento", reconhece o Dr. Euclides Leandro de Castro, responsável pela iniciativa. Na Prontocam, diversos cômodos com ambientação doméstica têm como finalidade dar ao cães a sensação de conforto e comodidade talvez só replicada na atmosfera dos seus lares. Seis espaços diferenciados, quatro veterinários de prontidão e capacidade total para 50 animais, na maioria de pequeno porte, além de áreas reservadas a lazer/recreação, garantem excelente atendimento. No Verão, não dá outra: 100% de ocupação, recorde de reservas e esforço redobrado da equipe, com transporte assegurado no pacote. "Fazemos questão de que o animal esteja limpo, vermifugado e vacinado antes de se instalar. Também recomendamos manter a mesma ração consumida por ele em casa, assim como os brinquedos que ele mais gosta", acrescentou o veterinário.
Decoração dos quartos é projetada com carinho
FEVEREIRO - 2009
11
Destaque É o Bicho As 10 dicas essenciais
Antes de escolher o hotel, recomenda-se que o dono do cão vá pessoalmente a cada um dos estabelecimentos cogitados e, se possível, leve-o na primeira visita. O procedimento, se bem observado, poderá garantir melhor adaptação ao novo ambiente, sobretudo quando se levam em conta as condições de higiene, primordiais na hora da decisão. Referências por parte de outros donos de animais são também de extrema importância: alguns minutos a mais no telefone, podem evitar arrependimento.
1. Jamais aceite que seu cão fique confinado em espaços pequenos ou nas populares gaiolinhas. Caso precise dividir o espaço com outros cães, assegure-se quanto aos critérios utilizados para a admissão no sistema. 2. Dê preferência aos hotéis que oferecem programação de lazer. Escolha os que possuem área verde e oferecem atividades físicas diárias como caminhadas, prática de esportes, etc. 3. Informe-se sobre os funcionários ou responsáveis. Se há número suficiente para o atendimento aos animais, se têm formação, treinamento ou experiência adequados, incluindo serviço de atendimento veterinário. 4. Verifique a segurança do local, para certificar-se quanto a possíveis fugas, brigas com outros "hóspedes", invasões, agressões externas, etc. Tranquilidade nunca é demais. 5. Confira se as vacinas do seu cão estão atualizadas, se ele tomou vermífugo e es está bem protegido contra pulgas ou carrapatos. É fundamental a realização do "check-in" e a análise da Carteira de Vacinação. 6. Inclua na bagagem do futuro hóspede os itens necessários e recomendados para a adaptação ao lar temporário (caminha, mantas, brinquedos preferidos, petiscos, escova para pelos, recipientes de ração, alguma peça de roupa com o seu cheiro). 7. Explique detalhadamente os hábitos e as necessidades do animal àqueles que serão responsáveis por ele durante a sua estada no hotel (se necessário, anote). Também é importante informar sobre o temperamento em relação a outros animais. 8. Deixe telefones de contato e, para o caso de não conseguirem encontrá-lo, números e referências de amigos ou parentes. 9. Se o pacote de hospedagem já inclui alimentação, certifique-se de que a ração seja a de costume do seu animal e verifique as condições de armazenamento. Nutrição é fator preponderante em períodos longos ou médios.
Um “hóspede” e seu apartamento: conforto digno das estrelas
FEVEREIRO - 2009
10. Atenção com as "ofertas tentadoras de preços baixos". Pagar um pouco mais pode significar o dife-rencial de bons tratos que você tanto deseja para o seu fiel companheiro.
Bicho Estranho
12
Numa corrida entre um cavalo e um dromedário o cavalo leva a princípio vantagem, mas não tardará a perder terreno por não resistir à constância de velocidade do dromedário que, em caso de necessidade, pode trotar durante 16 horas a fio, percorrendo assim, até 140 Km por dia.
Dromedário Das Arábias para o mundo Típicos do deserto, animais também fazem parte da paisagem praiana do Rio Grande do Norte Qual a diferença entre camelo e dromedário? Quem já cansou de responder a essa pergunta, talvez sequer suspeite que o detalhe da "corcova" não é apenas a única diferença entre as duas famosas espécies do deserto. Conhecidos pela docilidade e indissociáveis do cenário pitoresco do Oriente Médio, os dromedários chegaram ao Nordeste do Brasil e hoje marcam presença nas areias da Praia de Genipabu, fazendo a alegria de turistas de todo o planeta que chegam à costa do Rio Grande do Norte para usufruir de alguns momentos de lazer. O dromedário ou camelo árabe distingue-se do camelo bactriano, nativo da Ásia Central, pela presença de uma bossa (corcova) em vez de duas. A bossa do dromedário não é composta de água (ao contrário da lenda popular), mas sim de gordura acumulada pelo animal em períodos de alimentação abundante, que lhe permite sobreviver em condições de escassez. Outras adaptações à vida no deserto incluem uma pelagem esparsa e suave que permite refrigeração, patas de base larga, com uma área que impede que se enterrem na areia e pestanas longas que protegem os olhos do animal durante tempestades de areia. O pelo do dromedário pode ser branco-sujo, bege-claro ou castanho-escuro.
Quando convenientemente alimentado, o animal suporta muito bem a fadiga e pode manter essa cadência durante 3 ou 4 dias consecutivos percorrendo assim, mais de 500 Km. Com os dromedários de sela ou de carga medíocre , tudo é diferente. Na melhor das hipóteses, não vão além de 50 Km por dia. Com 150 Kg de carga, avançam em média 4 Km por hora, marcha que podem manter durante 12 horas a fio. Em boas pistas e se o traseiro não é demasiado, chegam a percorrer uns 40 Km por dia, mas pode-se considerar como comum a média de 25 a 30 KM por dia. Os camelos do Saara constituem notável exemplo de adaptação à seca. Entretanto, não são capazes como quer a lenda, de ficar uma semana ou mais sem beber, exceto no Inverno. Nessa época do ano, a temperatura do deserto é mais suportável, e uma flora típica surge então. Os dromedários que comem essas plantas muito suculentas não tem necessidade de água comum a não ser que se exija deles trabalho muito intenso. Além disso, são capazes de beber água salobra que outros mamíferos, como por exemplo o homem, não poderiam engolir sem sofrer desidratação.
FEVEREIRO - 2008
Odontologia
13
Tártaro Prevenção, a melhor aliada
Mais conhecida como "tártaro" pelos proprietários de animais de estimação, a doença periodontal é um dos problemas de saúde mais significativos em Medicina Veterinária, chegando a acometer 85% dos cães e gatos adultos. A doença é causada pelo acúmulo de placa bacteriana na superfície dos dentes, na gengiva marginal e em suas estruturas de suporte, devido à falta de higienização, podendo causar, além de dor e infecção da cavidade oral - com eventual perda de dentes - doenças sistêmicas pela absorção de metabólitos bacterianos na corrente circulatória. Os primeiros sinais clínicos apresentados pelos animais são o mau hálito e a gengivite. Com o agravamento da doença, outros sinais podem ser observados, como acúmulo de tártaro, mobilidade dentária, perda de dentes, dificuldade de se alimentar, sangramentos, retração de gengiva, salivação excessiva, hiperplasia de gengiva, entre outros. O pós-graduando em Odontologia Veterinária, Danyel Segundo, esclareceu a É o Bicho dúvidas acerca de um dos problemas que mais afetam os animais de estimação. É o Bicho - Como tratar a doença periodontal? Danyel Segundo - Para animais que já apresentam a doença, o primeiro passo é o tratamento periodontal completo, que é diferente de uma simples "limpeza de tártaro". O tratamento inclui antibioticoterapia pré e pós-cirúrgico, remoção de cálculos, raspagem supra e subgengival de todos os dentes, e poli-
M.V. Danyel Segundo Pós-graduando em Odontologia veterinária pela ANCLIVEPA/SP e sócio da ABOV (Associação Brasileira de Odontologia Veterinária), atuando no Odonto Pet - Odontolgia de Pequenos Animais
mento. Cada dente deve ser individualmente, analisado e ter seu tratamento meticulosamente planejado e executado. Tratamentos relacionados, como tratamentos endodônticos ou extrações, devem ser agregados ao planejamento, sempre acompanhados de radiografias intra-orais. Em alguns casos, ainda são necessários cirurgias periodontais para correção de fístulas, hiperplasias de gengiva, entre outros. É o Bicho - E quanto ao risco anestésico? Danyel Segundo - Hoje em dia, com os recursos disponíveis, os riscos anestésicos são muito pequenos. O procedimento é feito com uso de anestesia geral inalatória, onde o animal é entubado e, além disso, durante todo o procedimento o animal tem suas funções vitais (pressão arterial, freqüência cardíaca e respiratória) monitoradas por um anestesista. Com esse conjunto de medidas o procedimento torna-se muito seguro. É o Bicho - Como é possível prevenir? Danyel Segundo - Encontram-se no mercado ossinhos artificiais, biscoitos, tirinhas de couro, brinquedos e até rações especiais que ajudam a prevenir a formação de placa bacteriana, no entanto, a escovação dos dentes é o método mais eficaz. A escovação deve ser diária e, para tal, já existem pastas dentais veterinárias com sabores especiais (carne, frango e outros) e que não apresentam problemas ao animal quanto à ingestão. Além disso, são recomendadas visitas periódicas ao médico veterinário especializado em odontologia para a realização de profilaxias. A doença periodontal tem que ser tratada com um programa de cuidados que vai desde o nascimento até a morte, e esses cuidados tem que ser adaptados às necessidades de cada animal.
FEVEREIRO - 2009
Giardíase
14
Vacinar para não arriscar Zoonose atinge cães de todas as idades Se o seu cão vem apresentando um desagradável quadro de fezes pastosas de odor fétido, vômito, perda de peso e ainda, em alguns casos, desidratação, atenção: ele pode estar infectado pelo protozoário Giardia duodenalis, o parasita causador da Giardíase Canina. A doença atinge cães de todas as idades, mas apresenta quadros mais severos em filhotes, em alguns casos levando o animal a óbito. A giardíase é uma das doenças intestinais mais freqüentes nos animais domésticos, tendo mostrado altos índices de contaminação em várias regiões do país. Nos cães e gatos, a enfermidade provoca uma enterite, ou seja, diarréia com odor fétido, com presença de fezes moles, às vezes muco e estrias de sangue, desidratação, cansaço e falta de apetite. O agente causador da doença é o parasita protozoário Giardia Lamblia que vive no trato digestivo dos animais. Por ser uma zoonose, pode ser transmissível para os seres humanos, principal-
mente para as crianças que tenham tido contato com animais doentes. Os seres humanos, quando com giardíase, apresentam sintomas muito semelhantes aos dos animais. Apesar da doença atualmente ser bastante conhecida, é pouco diagnosticada. Um diagnóstico correto propicia tratamento adequado com medicamentos específicos e com uma melhoria nos hábitos de higiene, evitando água contaminada, lavando bem as mãos e alimentos antes de ingeridos e limpeza do meio ambiente. Os surtos de giardíase nos cães e gatos ocorrem principalmente no Verão, época na qual se deve tomar cuidado com as crianças que estão expostas ou em contato com animais. Uma vez que o cisto da Giardia Lamblia (forma infectante do parasita) se instale no meio ambiente tornase mais difícil eliminá-lo, pois esta forma pode resistir por longos períodos, até em climas frios e úmidos. Mesmo em cães e gatos saudáveis, que não apresentem sintomas, podem ser feitos exames de fezes como controle. A vacina, que está disponível em clínicas veterinárias de todo o Brasil, confere proteção contra a doença por um ano. A prevenção contra a Giardíase Canina deve levar em consideração dois aspectos básicos: em primeiro lugar, a vacinação dos cães com GiardiaVax, que impedirá que o animal fique doente; paralelamente, também devem ser adotadas boas práticas sanitárias, como por exemplo, o consumo apenas de água filtrada ou fervida e a manutenção das condições de higiene nos locais onde os cães vivem ou frequentam.
FEVEREIRO - 2008
É preciso ter raça
16
Pequinês O amigo do Imperador Lendas e mitos orientais cercam o surgimento da raça na China Antiga
Acredita-se que o pequinês tinha mais de 2000 anos de idade quando foi encontrado na China. É evidente que os achados que sustentam esta informação, referem-se à existência de cães que podem ter originado a raça, e o processo de procriação reservado às antigas dinastias chinesas, levou-o ao aspecto dos cães encontrados naquele ano de 1860. Depois, com sucessivas seleções de exemplares, aliado ao padrão para a raça estabelecido, chegou-se ao que hoje chamamos de “exemplar típico da raça”. No Brasil, à partir da década de 1950, a raça receberia um impulso advindo da importação de exemplares importados para a melhora do plantel nacional. Muitos lares tinham seu exemplar, típico ou não, mas que
dava idéia da dimensão da popularidade da raça no país nos anos de 1960 e 1970 Com a criação do Clube Paulista do Pequinês, procuravam criar critérios de distinção e divulgação do padrão correto da raça. Naquela época os meios de informação não tinham a abrangência que têm hoje. Características Os machos são imponentes e aparentam ser uma fortaleza; normalmente demarcarão o território quando adultos, principalmente na presença de fêmeas e na vigência do cio. Vivem sempre alerta e gostam de tratamento de igual para igual. Guardiões por excelência, estão sempre por perto observando o ambiente e atentos ao dono. Avisam imediatamente quando pressentem algo estranho acontecendo. Os latidos são normalmente roucos e cessam quando o proprietário o ajuda a desvendar o "mistério". Em regra geral, são bastante silenciosos. As fêmeas são mais festivas e alegres, gostam de saudar os donos com pequenos latidos normalmente roucos e baixos. Embora também sejam sinaleiras de acontecimentos estranhos, é mais difícil identificar o fato importante (estranho) daquele rotineiro (espelho, uma planta, uma sombra). Costumam cessar o latido quando seu aviso foi entendido. O cio ocorre de seis em seis meses com sangramento característico. Pode durar, em regra, de 15 a 21 dias. Neste período podem, inclusive, demarcar território com urina, mas não é uma regra. Estão atentas a todos os movimentos do dono, acompanham com os olhos mesmo quando pensamos que estão dormindo. Um breve ruído e lá vai ela correndo para descobrir do que se trata. Preferem estar ao lado do dono e deixam a observação do território aos cuidados do macho.
FEVEREIRO - 2008
Pet Amarelas ADESTRAMENTO Erivonaldo Pinheiro Av.Bernardo Vieira, 191 - Quintas Natal - (84) 8817-0213 AGROPECUÁRIA Agropet Av. Tomaz Landim, 2810 - Natal (84) 3614-4791
18
Hospital Veterinario Pequenos Animais Av.Miguel Castro, 1328 - Lagoa Nova Natal - (84) 3234-1671
Cyno Rações Av.Ayrton Senna, 357 - Lj22 - Capim Macio - Natal - (84) 3086-6000
O Cão Do Norte Av.Das Fronteiras, 288 - Panatis 1 Natal - (84) 3214-2722
Supra Av. Piloto Pereira Tim Parnamirim / RN (84) 3645-5011
O Cão e Gato Rua Potengi, 588 - Petrópolis - Natal (84) 3201-8987
AQUÁRIOS
Pet Fofo R.Miss.Gunnar Vingren, 3499 - Capim Macio - Natal - (84) 3217-6262
Aqua Art Rua Pte. José Bento, 587 - Alecrim Natal - (84) 3213-0902
Pet Mimo Av.Salgado Filho, 2019 - Potilâdia Natal - (84) 3234-7010
Pet shop Av. Engenheiro Roberto Freire CCAB Sul, bl.03 - Lj.06, 2951 - Capim Macio Natal - (84) 3207-1694
Sos Animais R.São José, 1852 - Lagoa Nova - Natal (84) 3206-5003
CLÍNICA VETERINÁRIA Animale R.Trairi, 735 - Petropolis - Natal (84) 3221-3598 Centro Clinico Veterinario Av.Dr.João Medeiros Filho, 5420 - Est. da Redinha - Natal - (84) 3614-7613 Clinical Av.Castor Vieira Regis, 02a - Cohabinal - Parnamirim - (84) 3645-6616 Clinican R.Dos Miosotis, 332 - Mirassol - Natal (84) 3234-1939 Dogs House Rua Itaú, 18 - Lagoa Nova - Natal (84) 3234-4580 Hospital Veterinario Amigo Bicho Av.Xavier Da Silveira, 1620 - Morro Branco - Natal - (84) 3611-2223
Vando Rações Av. Paulistana, 2129 - Potengi - Conj. Panatis - Natal - (84) 3614-1296 DISTRIBUIDOR ACESSÓRIOS Água viva Av.das froteiras, 292 - Igapo - Panatis I Natal - (84) 3214-3209 DIST. DE PRODUTOS DE HIGIENE Pet Society Av. Ayrton Senna, 357 - Lj. 22 - Capim Macio - Natal - (84) 3086-6000 DISTRIBUIDOR RAÇÃO Agrosolo Av. Bel Tomaz Landim - Igapó - Natal (84) 3214-3948 Compet Dist. de Ração Av.Tomaz Landim, 700 - Igapo - Natal (84) 3614-3618
FEVEREIRO - 2008
PET SHOP Canários Rações R.Dos Caicos (Av.7), 1442 - Alecrim Natal - (84) 3213-1506 Mundo dos Animais Av. dos Xavantes, s/n - Cidade Satélite Natal - (84) 3218-0199 Natureza Animal Av.Sen.Salgado Filho - Ljs.17,18,19 e 20 - Lagoa Nova - Natal (84) 3201-8542 Patatinhas Pet Shop Rua Trairi, 433 - Lj.03 - Petrópolis Natal - (84) 3201-2396 Pet Shop É o Bicho Av. Rui Barbosa, 358 - Morro Branco (84) 3222-6385 Pêlos e Patas Av. Sen. Salgado Filho, 1593 Lagoa Nova - (84) 3084-6020 RAÇÃO Ac Rações Av.Tomaz Landim, 1580 - Igapó - Natal (84) 8878-6180 Ponto dos Criadores Rua Alexandre Cavalcanti, 77A - São Gonçalo - RN - (84) 3278-2208