Revista É o Bicho!

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Editorial Na trilha da modernidade Há 20 anos, quando a Economia Brasileira navegava em águas turbulentas, seria impensável o nível ao qual chegou o segmento comercial voltado aos animais de estimação. Relegado a um plano de preferência que dificilmente poderia ser visto como promissor, o setor hoje é responsável por movimentar milhões de reais numa engrenagem onde, harmoniosamente, convivem as mais modernas técnicas da Veterinária com adventos engenhosos para facilitar a vida de quem adora cães, gatos e companhia. Prova desse cenário, nossa matéria de capa é ilustrada por um revolucionário microchip de informação responsável por facilitar a identificação de animais perdidos ou em situação de risco. Não se desespere: caso o seu cão tenha sido recolhido pela carrocinha ou encontrado por alguém que se dispõe a entregá-lo sem maiores informações, basta ligar para o veterinário habilitado e proceder a um rápido teste de reconhecimento onde o instrumento utilizado não passa de um leitor digital capaz de mostrar a ficha completa do bicho. No campo da Farmacologia, ficamos sabendo que a Tinha - popularmente o nome da doença causada pelo fungo Microsporun canis - já não representa mais risco a cães e gatos, graças a uma vacina desenvolvida especificamente para prevenílos do problema. Quando o assunto é Aquariofilia, É O Bicho continua antenada, daí ter ido em busca das rações que melhor podem nutrir peixes ornamentais, bem como do modo para alimentá-los devidamente.

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Nesta Edição

ANESTESIA Odontologia Veterinária - 5 DR. É O BICHO! Calicivirose Sistêmica - 6 ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA Rações para peixes - 8 BICHO ESTRANHO O Canguru - 9 DESTAQUE É O BICHO Microchip - 10 e 11 SAÚDE Dermatofitose - 12 PREVENÇÃO Doenças de Verão - 14 É PRECISO TER RAÇA Rottweiler - 16 DICAS DVDs, livros, histórias... - 17 PET AMARELAS Classificados - 18

EXPEDIENTE DIRETOR Idalécio Rêgo MARKETING Sandra Oliveira JORNALISTA RESPONSÁVEL Rodrigo Hammer - DRT/RN 746 panzer17@gmail.com DIAGRAMAÇÃO Giovanni Barros - 8734-3360 web@giovannibarros.eti.br PROJETO GRÁFICO RN Editora IMPRESSÃO Impressão Gráfica TIRAGEM 3.000 EXEMPLARES REDAÇÃO E PUBLICIDADE Tel: 84 3222.4001 / 84 8889.4001 Fax: 84 3222.4001 eobicho@rneditora.com.br

Abordamos ainda o reino imponente dos rottweilers, a curiosa biologia dos cangurus e o que pode ser feito quando as doenças de Verão ameaçam o seu animal no período de férias. Nosso agradecimento aos parceiros de sempre, sem os quais esta revista não chegaria às suas mãos. Que 2010 nos traga novas realizações!

Av. Prudente de Morais, 507 Sala 103 - Ed. Djalma

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Anestesiologia Veterinária

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anestEsia do paciente odontológico Dr. José Marques M.V. graduado pela UFERSA-RN Atividade exclusiva na área de Anestesia Veterinária Sócio-proprietário do Oral Pet - Centro de Odontologia Veterinária

Hoje em dia, com o advento do serviço especializado de Odontologia Veterinária, a anestesia torna-se uma ferramenta indispensável para tal atividade, uma vez que os tratamentos são muito complexos e conseqüentemente demorados. É O Bicho - Que tipo de anestesia é utilizada nos tratamentos odontológicos de cães e gatos? Dr. José Marques - Em se tratando da Odontologia Veterinária especializada, a anestesia utilizada é a geral inalatória sempre, com monitoração completa do paciente (frequência cardíaca, respiratória, pressão arterial). Digo isso porque os tratamentos odontológicos completos são procedimentos que requerem um certo tempo para serem realizados, e sendo assim, torna-se praticamente impossível a utlilização de um outro tipo de anestesia, como por exemplo, a anestesia intravenosa dissociativa, ainda muito ultilizada na rotina das clínicas veterinárias. É O Bicho - Quais as vantagens da anestesia inalatória nesses procedimentos? Dr. José Marques - São inúmeras, a começar pela tranqüilidade que se gera para o cirurgião dentista, pois ele sabe que o animal está “realmente anestesiado”. Outra vantagem que a anestesia inalatória proporciona, é o maior controle dos planos anestésicos em relação aos métodos tradicionais. Temos ainda, como vantagem, um menor risco de vida e de stress fisiológico, além do fato de o animal ter todas suas funções vitais monitoradas, fornecendo assim informações essenciais ao anestesista. É O Bicho - Existem riscos? Como poderiam ser diminuídos? Dr. José Marques - Eu estaria mentindo para você se falasse que não existem riscos. Riscos existem sim! Qualquer procedimento anestésico, seja em humanos ou animais, tem seus riscos. Para minimizá-los, existem os exames préanestésicos, como hemograma, bioquímicas (função renal e hepática) e eletrocardiograma, além claro, de um bom exame clinico feito pelo anestesista, uma vez que a doença

periodontal (o tártaro), doença mais comum da cavidade oral, pode causar diversos problemas sistêmicos. Esses exames, associados a uma monitoração completa do paciente durante todo o procedimento, faz com que os riscos sejam praticamente eliminados. Gosto de pensar da seguinte forma: “o risco anestésico, com certeza, é bem menor do que o risco desse animal vir a ter futuros problemas de saúde devido a não higienização da cavidade oral”. É O Bicho - Como é a recuperação desses pacientes após o procedimento? Dr. José Marques - A recuperação dos pacientes odontológicos, em geral, é muito tranqüila, pois uma vez desligado o aparelho de anestesia, o anestésico inalatório é rapidamente eliminado pelos pulmões, fazendo com que o animal acorde mais brevemente. Outro fator que faz com que a recuperação desses animais seja mais tranquila, é o uso de analgésicos potentes intravenosos, pois a dor é um dos principais responsáveis pelo aparecimento dos efeitos colaterais. Normalmente, em nossa casuística, 30 minutos a 1 hora após o término do procedimento cirúrgico-odontológico, o paciente está de pé no módulo de recuperação e com o rabinho balançando, esperando seu dono chegar. É O Bicho - Fugindo um pouco da Odontologia, qual a realidade da anestesia veterinária hoje no Brasil? Dr. José Marques - Hoje no Brasil, a Anestesiologia Veterinária é uma ciência muito bem desenvolvida, assim como a odontologia, dermatologia, diagnóstico por imagem, dentre outras especialidades, pois o controle da dor nos animais atualmente é um assunto importantíssimo e que a cada dia passa a ser mais respeitado e estudado. A aparelhagem utilizada, como monitores multiparâmetros, bombas de infusão, dentre outros, apesar de terem ainda um custo elevado, estão bem mais acessíveis. Além disso, contamos com um amplo espectro de drogas, as quais são utilizadas nas mais diversas situações, e proporcionam muito mais segurança e conforto para o profissional e consequentemente para o animal.

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Dr. É o Bicho!

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CALICIVIROSE SISTÊMICA DIÓGENES SOARES DA SILVA Médico Veterinário CRMV/RN 0131 Especialização em clínica e cirurgia de pequenos animais

A Calicivirose é uma das infecções respiratórias mais comuns entre os gatos jovens e adultos. Causada pelo Calicivírus Felino (FVC), determina sintomas como: úlceras na mucosa oral e na língua, febre, dores articulares, artrites, rinite, conjuntivite, gengivite, descarga nasal e ocular, podendo ainda, causar gengivite e estomatites crônicas. A Calicivirose Sistêmica é causada por uma mutação do Calicivírus tradicional, entretanto, é bem mais severa por ocasionar uma mortalidade de até 70%, mesmo em gatos adultos. Além disso, apresenta rápida evolução (óbito em 24h à 48h após a infecção). Os sinais clínicos da doença são resultantes do acometimento de órgãos vitais como o fígado, os rins e o pâncreas, podendo apresentar edema de face e membros, úlceras na boca, febre alta, inflamações e ulcerações na pele. O Vírus da Calicivirose Sistêmica (VS-FCV) é de fácil contágio e muito resistente, podendo permanecer no ambiente por até 28 dias. Portanto, existe uma grande preocupação entre os clínicos veterinários, criadores de gatos e pesquisadores em relação a essa grave enfermidade que tem causado um grande número de óbitos nos Estados Unidos e na Europa. Apesar de ainda não ter sido notificada nenhuma ocorrência dessa virose aqui no Brasil, é imperativo que medidas preventivas sejam adotadas para impedir a disseminação do VS-FCV no nosso território, considerando que, no contexto atual, devido à globalização há uma grande facilidade em relação aos meios de transportes e, desse modo, é possível o trânsito de pessoas e de animais em tempo muito curto, possibilitando assim a proliferação de doenças infectocontagiosas,

como a Calicivirose Sistêmica. A proteção dos gatos contra essa virose pode ser obtida pela aplicação de uma vacina específica, recentemente importada para o Brasil pela FORT DODGE e já disponível em vários estabelecimentos veterinários da nossa cidade. O esquema de vacinação inclui a aplicação de duas doses da vacina (a partir de 60 dias de idade) para os gatos que serão vacinados pela primeira vez e uma dose de reforço, anualmente, para possibilitar a imunidade permanente. É importante ressaltar que as vacinas utilizadas para a Calicivirose tradicional não são eficazes contra a Calicivirose Sistêmica, portanto, não protegem esses animais contra o vírus da VS-FCV. Diante da perspectiva da ocorrência futura, talvez mais próxima do que se possa imaginar, da introdução no nosso País dessa tão grave enfermidade que poderá determinar um efeito devastador para os nossos queridos felinos, vale a pena refletir sobre o velho e sábio dito popular: "é melhor prevenir do que remediar!"

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Até Debaixo D’água

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O forte de uma nutrição balanceada Mercado brasileiro de rações para piscicultura se fortalece com alternativas diferenciadas

Como em quase tudo relativo ao Aquarismo, não há exatamente uma regra definitiva sobre alimentação de peixes ornamentais, já que existem diversos fatores a serem considerados. A mais comum delas, que sempre funcionou para criadores experientes, é alimentar de duas a três vezes ao dia, o quanto seus peixes conseguem comer em menos de três minutos. É óbvio que existe uma boa tolerância nesse caso, mas, em geral, se depois de cinco minutos o aquário ainda contiver resíduos alimentares, deve-se diminuir a quantidade oferecida. A regra funciona bem para aquários de principiantes, comunitários e outros tipos que tenham uma razoável mistura de espécies. Aquários de espécie única, de reprodução ou "hospitais", exigem uma abordagem mais cuidadosa, baseada nas necessidades específicas dos seus habitantes. Indústria de vanguarda no segmento de rações para piscicultura e outros ramos da criação, a fluminense Maramar mantém plantéis de peixes para estudos científicos diversos nos campos da Nutrição e da Biogenética. O forte intercâmbio com diversos criadores de peixes de todo o país credenciou a marca a se posicionar como produto diferenciado, já que dois médicos veterinários especializados em nutrição animal se responsabilizam, desde a fundação em 1986, pelo controle de uma produção rigorosamente comprometida com os padrões nutricionais recomendados. Mais conhecida, a gigange Alcon detém ampla fatia de mercado, elogiada pela linha de medicamentos específicos voltados a procedimentos de aquicultura.

dificuldade em encontrar comida. Através da evolução, acabaram sendo "programados" para comer tudo o que pudessem enfiar barriga adentro sempre que encontrasem alguma coisa, já que nunca sabiam quando viria a próxima refeição. Em um aquário, nós sabemos quando a próxima refeição deles virá. Portanto, cabe ao criador fazer o controle correto da quantidade. Alimentá-los até que pareçam satisfeitos, não é uma boa idéia. Os peixes são adaptados para passar a maior parte do dia com fome e procurando por pequenos pedaços de comida. Um erro muito comum dos iniciantes, é superalimentar. Um peixe que demonstra vontade de comer, é um peixe saudável: se ele não vem até você quando se aproxima do aquário, aí sim: reside motivo para preocupação.

Alguns fatores devem ser considerados em relação aos hábitos alimentares dos peixes ornamentais. Na Natureza, a maioria deles, em geral, tem bastante

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Bicho Estranho

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Canguru Saltador por natureza, o mais conhecido marsupial é sinônimo da fauna australiana

Mais famoso e o maior dos marsupais - mamíferos que completam o seu crescimento, após o nascimento, numa bolsa situada na barriga da mãe - o canguru vive na Austrália, sendo o mais conhecido de todos. É, no entanto, apenas uma das mais de 150 espécies diferentes a coabitarem na ilha. Todos os marsupiais se reproduzem por um processo especial no qual os filhotes nascem numa fase de desenvolvimento muito prematura e são criados com leite, fora do corpo materno, por vezes no interior de uma bolsa. Embora geralmente se pense serem os marsupais tipicamente australianos, existem cerca de 70 espécies fora daquele continente. Cangurus podem chegar a pesar 90 kg e atingir uma altura de 1,80 ou mais. O quarto traseiro, grande, pesado e musculoso, e a cauda, equilibram o quarto dianteiro, que é leve, pequeno e móvel. Os membros anteriores ficam distantes do chão durante a locomoção bípede e enquanto o animal se alimenta. Já o salto, adotado pelos cangurus como meio de locomoção (são capazes de pular até nove metros de comprimento cercas com mais de três metros de altura) liberta-lhes as patas anteriores para outros fins. Usam-nas para arrancar vegetação, e, os machos, para lutar entre si.

são bastante poderosas, a longa cauda musculosa pode ser esticada para contrabalançar o peso e darlhe equilíbrio, e o animal, aos saltos, consegue atingir uma velocidade de 60 km/hora. Os dentes e o sistema digestivo são adaptados para uma dieta herbívora. Também são diferentes daqueles de outros herbívoros: existem quatro pares de cada lado da mandíbula. Apenas os anteriores são usados na mastigação das rijas gramíneas que hoje crescem nas terras ressequidas da Austrália Central. Quando se desgastam até a raiz, esses dentes caem e os posteriores deslocam-se para a frente para substituí-los. Ervas, água e um bom abrigo é tudo o que precisa este magnífico animal para sobreviver.

Ninguém sabe porque motivo os cangurus utilizam o salto em vez de correrem nas quatro patas, como fazem praticamente todos os outros herbívoros que habitam as planícies no resto do mundo. Talvez o ato de saltar esteja vinculado ao problema de carregar filhotes grandes na bolsa, feito com maior facilidade e conveniência se o dorso for mantido em posição ereta, particularmente ao deslocar-se com grande rapidez sobre terreno acidentado e pedregoso. Seja qual for a razão, os cangurus aprefeiçoaram extraordinariamente a capacidade de pular. As patas traseiras

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Destaque É o Bicho

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Tecnologia Informação é fundamental Implantação de microchip permite pronta identificação de animais desaparecidos ou em situação de risco

O tamanho de um minúsculo grão de arroz, introjetado de forma rápida e sem maiores cuidados que a assepsia do local da aplicação. Eis as características de uma tecnologia que está tornando a localização de animais por meio eletrônico num dos mais revolucionários sistemas de identificação já concebidos: o micro-chip Animalltag. Desenvolvido no município paulista de São Carlos, com tecnologia 100% brasileira, é composto por um leitor de rádio-frequência, além do próprio microchip e um banco de dados mantido pela empresa. Munido de um leitor óptico semelhante ao equipamento para leitura de códigos de barras já utilizado no comércio, veterinários cadastrados no sistema podem acessar prontamente um detalhado fichário disponível online, onde se encontram dados como nome, raça, características fenotípicas, datas de vacinação,

entre outras particularidades informadas pelo dono do animal. Entusiasta do sistema, o médico-veterinário Breno Camacho explicou à É O Bicho que a adoção do microchip representa muito mais que um simples requinte tecnológico moderno: exigido pelas autoridades internacionais aeroportuárias durante procedimento de embarque ou desembarque do animal no exterior, o recurso possibilita amplo acesso a informações antes só disponíveis mediante exames que levavam muito tempo. "A autoridade ou o dono do animal só precisa entrar em contato com o veterinário responsável, para ter em questão de minutos toda uma gama de informações. Não existe nada mais prático", definiu Camacho. Ele não precisou de mais que dois segundos para, ao sinal do bip acionado à passagem do leitor pelo dorso da poodle Mel, acessar na tela de um PC a ficha completa da linda mascote. Apesar de ainda não totalmente adotada pela maioria das associações no registro dos animais, a tecnologia pode significar um avanço significativo no controle de animais quando as estatísticas de cães e gatos desaparecidos apontam para a verticalização do índice. Por apenas R$

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Destaque É o Bicho

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50,00 clínicas como a do Dr. Breno realizam o procedimento de implantação do Animalltag. São duas opções de leitor: o KT34/13, de baixo custo e utilizado apenas para identificar e verificar o número do microchip implantado no animal e o modelo KT35/1, leitor/coletor de dados que além de identificar o animal, pode registrar vacinas, pesagens, dados zootécnicos, entre outros. Ambos os aparelhos são dotados de duas antenas para leitura: uma interna, com capacidade de leitura profunda e um bastão que mantém o usuário distante do animal que está sendo identificado. Todos possuem um ano de garantia, assistência técnica e suporte gratuito. "Basta procurar o veterinário de confiança, agendar o atendimento do cão ou do gato e prestar as informações necessárias. Quem adota a tecnologia, não se arrepende", ressaltou o veterinário.

Curitiba é pioneira na adoção do sistema Ao custo de R$ 240 mil, a prefeitura de Curitiba vai instalar chips de identificação em 22 mil cachorros. A iniciativa faz parte da Rede de Defesa e Proteção Animal, que além do Sistema de Informações e Identificação Animal, desenvolverá também campanhas de conscientização sobre a guarda responsável de animais. As iniciativas partirão de três convênios entre a Secretaria Municipal de Saúde, o departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e a Associação Nacional de Clínicas Veterinárias de Pequenos Animais (Anclivepa). Os chips, o aplicador e o equipamento para ler os dados serão adquiridos pela prefeitura em regime de registro de preço - comprados todos de uma vez por licitação e disponibilizados conforme a necessidade. O projeto também vai contar com um ônibus da UFPR capacitado para fazer esterilizações de cães e gatos em bairros mais pobres. O ônibus também será usado para ações educativas relacionadas à guarda responsável. A aplicação será gratuita, sendo cobrado apenas o valor de custo do chip, cerca de R$ 10 - o preço nas clínicas veterinárias gira em torno de R$ 100. O preço é alto porque é muito difícil um proprietário de cão registrar o animal e há pouca procura. Constarão no chip o nome do animal, idade, sexo e as condições de saúde. O animal identificado gera muito mais segurança. Se ele fugir ou se perder do dono, será encontrado com mais facilidade.

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Saúde

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Dermatofitose Um mal a menos com a vacina certa Tratamento da "Tinha" ganha um poderoso aliado

Causada pelo fungo Microsporum canis, a Dermatofitose Canina e Felina, popularmente conhecida como Tinha, afeta a cães, gatos, seres humanos, cavalos, vacas e outros mamíferos, podendo ser transmitida entre pessoas e animais. Visualmente, não é difícil identificar a zoonose: uma área circular de perda de pêlo com a borda externa alta e avermelhada, caracteriza as lesões resultantes de uma reação inflamatória ao fungo. Já os gatos, apresentam uma forma de infecção mais generalizada que a dos cães. Devem ser tomadas precauções durante o tratamento dos animais, de modo a se evitar contaminação humana e ambiental. Os sinais clínicos incluem alopecia em falhas circulares, descamação, pústulas foliculares, eritema, hiper-pigmentação e prurido. As lesões de pele comumente se localizam na cauda, patas, face e orelhas do animal. As síndromes clínicas, todavia, podem variar. Sendo assim, o diagnóstico da Dermatofitose deve ser efetuado em condições diferentes do padrão de outras erupções de pele. De acordo com o médico veterinário Raimundo Nonato, a vacina Biocan-M, produzida pelo laboratório Tecnopec,

Médico veterinário Raimundo Nonato

vem sendo considerada como o meio mais seguro de se evitar a doença, já que responsável por índice de eficácia que chega a 95%. Há dois anos consolidaada no mercado, é ideal para prevenir o fungo antes do seu estágio de desenvolvimento inicial, tendo indicação profilática e terapêutica. O veterinário enfatizou a praticidade do tratamento efetuado em duas doses com intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda, a partir dos três meses de idade do cão ou do gato. "A vacina é aplicada preventivamente ou durante a doença, com resultados extraordinários", acrescentou. No combate ao surgimento da Dermatofitose, é fundamental manter o animal afastado de áreas suspeitas: o meioambiente do animal, escovas, lençóis e outros objetos potencialmente contaminados devem ser desinfetados periodicamente com uma solução de uma parte de água sanitária para dez de água. Em casas onde há vários animais, deve-se fazer cultura de fungos de todos, mesmo os que não apresentam sinais clínicos de infecção. Alguns , especialmente os gatos de pelos longos, podem ser portadores assintomáticos da dermatofitose por longos períodos. O veterinário poderá indicar medidas adicionais de prevenção. Embora a maior parte dos cães e gatos saudáveis seja capaz de eliminar sozinha as infecções por fungos, alguns casos podem ser bem difíceis de curar. O status de portador assintomático pode complicar as coisas. Como a presença da afecção está oculta nesses casos, os proprietários não sabem como tomar medidas preventivas contra a disseminação da infecção. Os animais que não respondem ao tratamento, especialmente aqueles que vivem em casas com vários gatos, devem ser levados a um dermatologista veterinário.

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Prevenção

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Cuidados especiais com cães e gatos no verão

Com a chegada do verão as temperaturas estão subindo e com elas aumenta nossa preocupação com o bem-estar dos animais domésticos. Assim como as pessoas os animais de estimação também precisam se adaptar ao calor e a umidade. Pequenas alterações na rotina deles como banho, tosa, horários de passeio, alimentação, garantem a saúde de cães e gatos. A médica veterinária, Dra. Suziane W. M. Barreto, esclarece que hirpertermia, infestações de ectoparasitas, picadas de mosquitos e pernilongos, viroses e doenças de pele são alguns dos problemas que acometem os animais nesse período. Os cães não transpiram como nós. A respiração é a única forma de controlar o processo de refrigeração e manutenção da temperatura corpórea ideal. Por isso, quando submetidos a calor intenso ou situações de estresse os cães podem não ter condições de perder calor e entram num processo conhecido como hipertermia. "O primeiro sinal que o animal precisa de resfriamento é quando se mostra muito ofegante. No quadro de hipertermia a temperatura corporal pode atingir até 42º C, provocando vômitos, coagulação intravascular dis-

Dra. Suziane W. M. Barreto, médica veterinária

seminada, edemas pulmonares, paradas cardíaca e até mesmo chegar ao estado de coma," explica Dra. Suziane. Nessa época do ano os animais devem ficar em ambiente agradável e sombreado, com água fresca disponível. Durante o verão também é mais comum a proliferação de pulgas e infestação por carrapatos. Neste caso, manter a pelagem do animal curta ajuda na visualização dos possíveis parasitas. "Na hora do banho é preciso observar se existe ou não a presença de parasitas, possíveis lesões por picadas, áreas avermelhadas pelo corpo ou mesmo hematomas" recomenda Dra. Suziane. "No caso da presença de pulgas ou carrapatos deve se procurar um veterinário para fazer a indicação da aplicação dos preventivos e antiparasitários e de exames de sangue se necessário". Os cães também sofrem com as picadas de insetos que, além de provocar incomodo, podem transmitir doenças como a leishmaniose e dirofilariose. Dra Suziane ressalta que as picadas normalmente ocorrem nas regiões sem pêlos - ponta de nariz, orelhas, ao redor dos olhos e abdômen - onde é possível visualizar as lesões de picadas com coceira intensa no local. O câncer de pele é outra preocupação. Cães e gatos que têm a pele muito clara - ou rosada - quando submetidos à exposição ao Sol também podem desenvolver sarcoma, que geralmente ocorre nas áreas sem pêlo. "As maiores vítimas são os animais albinos, gatos brancos, boxers brancos ou animais que, não totalmente brancos, tenham a ponta de nariz, orelhas, o entorno dos olhos e abdômen despigmentados", recomenda Dra Suziane. "Esses animais não devem tomar banhos de sol, mas se a exposição for inevitável deve-se usar filtro solar nessas áreas".

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É preciso ter raça

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Rottweiler Acima de tudo, um guardião Robustez, elegância e uma injusta "fama de mau" tornaram o Rottweiler em sinônimo de cão de guarda No Cinema ele já foi vilão, biônico e sempre esteve associado a uma imagem de ferocidade indomável, que para especialistas dedicados à raça, foge totalmente às reais características do animal. Originalmente criado na época do Império Romano como cão de guarda e enérgico pastor, o Rottweiler imigrou com as legiões através dos Alpes, miscigenando-se ao chegar à antiga cidade alemã de Rottweil, daí surgida a denominação Rottweiler Metzgerhund. Posteriormente utilizado como animal de tração, as atribuições naturais do cão seriam deixadas de lado ao se observar que os rottweilers poderiam ser melhor adequados à função policial oficialmente reconhecida a partir de 1910. É O Bicho entrevistou Monteiro Júnior, proprietário do canil

PlatzRott e um dos poucos criadores ativos no estado do RN. Monteiro traçou um perfil essencialmente técnico do cão, esclarecendo algumas particularidades que se atêm aos padrões reconhecidos internacionalmente. Dentre questões hoje levadas em conta pelos cinófilos mais exigentes, a cauda do cão deve ser mantida, e não retirada, já que a ideia é proporcionar o equilíbrio previsto no padrão da raça. Cães sem a cauda, embora de imagem amplamente divulgada pela mídia, representam distorção para alguns criadores que devem se pautar pelo respeito às cânones da raça como itens estruturais. "A maioria dos criadores procura estar alinhada às diretrizes do berço da raça, que é a ADRK, o clube alemão. Por séculos a cauda foi desprezada, e agora os criadores comprometidos com a raça têm procurado selecionar esse item", enfatizou Monteiro. Problema recorrente, a chamada "Displasia Coxo-Femural" é outro aspecto ao qual o futuro proprietário precisa estar atento. De posse de um laudo meticuloso acerca do histórico de uma fêmea recém-adquirida, o criador exibiu a radiografia dos membros posteriores do animal, onde nitidamente se observa o afastamento das extremidades femurais superiores e articulações quadrimetrais. Resultado: deslocamento progressivo dos membros, até o comprometimento total da ossatura."Displasia coxo-femoral é de origem genética. Essa fêmea, mesmo sendo belíssima, nunca será acasalada. Todos os rottweilers precisam ser radiografados antes de reproduzidos", recomendou o criador”. Entre os aspectos ressaltados por Monteiro, se encontra o temperamento equilibrado. Quando o assunto é convivência, nada melhor que tratar o animal com a energia necessária para estabelecer o imprescindível senso de autoridade entre "superior e subalterno", sob o risco de atitudes hostis do cão em relação ao dono. “Todo Rottweiler deveria passar por um adestramento”, frisou. Tratado com carinho na medida certa, austeridade e em espaço que permita-lhe o desenvolvimento da tendência natural para o aprimoramento da forma física, o bravo companheiro decerto que se mostrará eficaz.

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LIVRO

Dicas

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HISTÓRIA DE BICHO

DVD

Um gato por um fio Por Gustavo Luna

O Encantador de Cães Autor: Cesar Millan Em O Encantador de Cães, Cesar Millan especialista em comportamento canino e apresentador do programa Dog Whisperer, do National Geographic Channel - ajudará a compreender a psicologia canina, para que você possa ter uma relação mais rica e recompensadora com o seu cão, fortalecendo os laços entre você e elimando definitivamente os problemas de comportamento dele. Com este livro, o leitor aprende porque os instintos naturais do cachorro são a chave para um relacionamento feliz com ele; que talvez você não esteja dando ao seu cão aquilo de que ele realmente precisa; como se relacionar com o seu animal de modo canino; que não existem "raças-problema", e sim "donosproblema"; por quê todos os cães necessitam de uma função; como escolher um cachorro que seja adequado para você e para a sua família. As diferenças entre disciplina e punição. O livro ajudará a estabelecer a conexão entre o que você sempre sonhou em ter junto ao seu companheiro de quatro patas - com aquele que é, sem dúvida, o melhor amigo do homem. Por meio de uma visão pautada por estrita observação do comportamento animal, Millan não deixa que os chavões habituais do gênero interfiram para tornar o livro mais um "manual" de mimos desnecessários ou sentimentalismo humanizador prejudicial ao cão.

Dizem que gatos têm sete vidas, mas na história que vou contar, bem que o dito poderia ser aumentado para oito, nove ou dez! Tenho um bichano chamado Tatá, angorá de linhagem nobre, cujos pais já descendiam de uma "família" persa criada por meus bisavós ainda quando eu nem sonhava existir. Certo dia, depois de mais uma noite na farra, Tatá me aparece no colo de uma vizinha, todo arranhado e num estado que me fez supor jamais poder voltar a andar: as patas traseiras se encontravam inertes, paralisadas e o aspecto dos seus olhos, então mortiços, indicavam que dificilmente teria chance de sobreviver. Após o susto, bastante triste pelo ocorrido, vim a saber que o bichano despencara de uma altura de mais de 15 metros depois de rolar de um toldo arnado sobre a varanda ao lado. Outra estrutura maior, quatro andares abaixo, amortecera a queda que, fatalmente, daria em consequências piores. Levado a uma veterinária de confiança, Tatá passou por sessões de terapia, até recuperar parcialmente os movimentos mais básicos. Foram quase 11 meses de persistência no tratamento, até vir a recuperar a postura antiga e se locomover com perfeição. No seu aniversário de seis anos, dei um novo quadro de areia para Tatá, mas não teve jeito: dois dias após o presente, lá estava ele, dormindo tranquilamente 20 andares acima do chão, no mesmo toldo fatídico. Se foi pura sorte, não sei, mas por via das dúvidas, restringi suas andanças noturnas e agora a área de serviço - devidamente trancada - é seu quarto de dormir. Os bons sonhos, sem dúvida alguma, passaram a ser meus também.

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TV Colosso A TV Colosso foi um dos programas infantis de maior sucesso da TV Globo na década de 1990. Iniciada em 1993, substituindo o Xou da Xuxa, a TV dos cães foi febre entre a criançada até o ano de 1997. O programa matinal simulava uma emissora de televisão e possuía um corpo de funcionários e programação próprios. Relembrando este grande sucesso, a Som Livre e a Globo Marcas trazem ao mercado uma série de três DVDs com algumas das melhores "novelas" exibidas pela Central TV Colosso de Produções. Inesquecível para toda uma geração, a turma dos Pelados e Peludos deixa a escola de pernas pro ar. E ainda há a briga pelo amor da irresistível cadela Shirley: uma loucura. Os Pelados são da pesada: jogam basquete, adoram Heavy Metal e são viciados em milk shake. Já a turma dos Peludos é estudiosa, sensível e gosta de Teatro e Música Clássica. Ao recusar qualquer apelo didático aplicado de forma a impacientar a criança, com humor e inteligência de sobra, a série de programas representou um marco na TV Brasileira, substituído por atrações menos elaboradas sob o ponto de vista de puro entretenimento. O ambiente de making-off do estúdio canino, reproduz situações cotidianas para quem conhece Televisão e ao mesmo tempo apresenta à criança noções de Comunicação sem didatismo exagerado.


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