Editorial
Muito além das fronteiras
C
om todos os rumores de uma crise econômica às portas da recessão no mercado externo, o Brasil surpreende e apresenta - pelo menos no setor têxtil - um quadro de pleno otimismo, vide o box Números Atuais. Ao ritmo dos teares e máquinas de última geração, a indústria do Rio Grande do Norte apresenta índices favoráveis e ainda conta com dois dos maiores nomes do setor (o Grupo Guararapes e a Coteminas) entre seus principais representantes. Esta segunda edição da Sucesso Indústria & Comércio voltada ao setor após dois anos da primeira, reencontrou algumas das empresas visitadas naquele número com ainda melhor disposição para a batalha contra o pessimismo e os "derrotistas de plantão" cujos objetivos têm claramente a ver com questões políticas relacionadas a interesses próprios e desígnios mesquinhos. Preferimos nos preocupar com o que realmente interessa, ou seja, a produção industrial apresentada por um estado no rumo certo. Confirmada a concretização do processo de modernização do setor de infra-estrutura (leia-se, o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante), poderemos atingir um patamar acima da realidade atual, de um porto limitado e uma malha viária totalmente irregular. São aspectos que muito representam para o setor têxtil aqui representado pela reportagem com o Presidente do SIFT RN, empresário João Lima. E a este "tear da expansão" que nos referimos em nosso título de capa. Noutras palavras, empreendedorismo e vontade de crescer. Ao sucesso e à Sucesso!
Índice 05. TAGS Etiquetas
06. Sindicato Textil
07. SINDVEST
08. Ponto da Malha
10 e 11. SENAI
12. Entrevista
13. COMTERN
14 e 15. Engenharia Textil
16. Redes Santa Luzia
18. Guia Sucesso
EXPEDIENTE
Diretor Idalécio Rêgo Edição Rodrigo Hammer - DRT/RN 764 Comercial Idalécio Rêgo - 8889-4001 Marketing Sandra Oliveira Diagramação Giovanni Barros - 8897-1838 web@giovannibarros.eti.br Endereço Av. Prudente de Morais, 507 Sala 103 - Petrópolis. Natal/RN Fone: (84) 3222-4001 Site: www.rneditora.com.br Email: rneditora@rneditora.com.br Impressão - Gráfica Moura Ramos Período - Mensal
Peça que a gente tem! R. Pres. José Bento, 459 - Alecrim - Natal/RN TelePeças: 3615-1000 Pág 4
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O RN que cabe no bolso Indústria investe na confecção de souvenir com motivos turísticos O intenso fluxo turístico que se verifica no litoral potiguar e se estende ano afora, está sendo bem aproveitado por uma das mais tradicionais empresas de etiquetas e produtos têxteis do estado. Fundada em 1996, a Tags está diversificando sua produção para o "trade" turístico local através de uma nova linha de chaveiros e pulseiras emborrachadas com motivos praianos. A idéia é levar ao visitante o que o Rio Grande do Norte tem de mais belo em praias e pontos turísticos como as praias de Pipa, Ponta Negra, Fortaleza dos Reis Magos, além de símbolos tradicionais da capital. Segundo o empresário José Heriberto, fundador e diretor da Tags, o formato vai ser adaptado para pulseiras emborrachadas com os mesmos motivos dos chaveiros (flutuantes e convencionais). Através da venda direta ao lojista, sem inter venção de intermediários ou atravessadores, as peças têm considerável redução de preço, chegando sem maiores entraves a lojas de hotéis, centros de artesanato e revendedores autorizados: "Vai ser uma forma de colaborar com a atividade turística fugindo ao convencional dos itens de vestuário. Quem não gosta de levar uma lembrança da cidade depois de conhecer as
nossas belezas naturais?", indagou Heriberto. Até a próxima Alta Estação, a Tags deverá estar com o estoque pronto para confirmar o otimismo do empresário; uma nova forma de mostrar o estado, e o melhor, que em todos os sentidos, cabe no bolso. Tags Etiquetas Rua Teotônio Freire, 214 - Ribeira Fábrica em Natal - (84) 3211-4660 Central de vendas em São Paulo / SP (11) 3711-5760 / 3711-5762 www.tagsetiquetas.com.br tags@tagsetiquetas.com.br
SIFT RN
Longe da crise... até certo ponto Presidente do SIFT RN demonstra otimismo apesar da difícil política de encargos trabalhistas no Brasil João Lima, presidente do SIFT/RN
R
ecessão, desemprego, demissões e todos os "efeitos colaterais" que estão sendo associados à debatida crise econômica ocorrida após a quebradeira do sistema imobiliário norte-americano em outubro de 2008, não parecem ter afetado a Indústria Têxtil Brasileira, ao seu ouvir João Lima, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem entrevistado pela reportagem da Sucesso Indústria e Comércio na sua sala da Coteminas, onde exerce o cargo de diretor. Segundo João Lima, no Brasil o setor não foi tão abalado quanto nos grandes centros europeus, norte-americanos e asiáticos, mas o custo da mão-de-obra, regido por uma política extorsiva de encargos, ainda representa um verdadeiro pesadelo para o empresariado norte-rio-grandense. "Se você fizer os cálculos, vai chegar ao custo de R$ 1.300,00 por funcionário, isto na função de menor remuneração. Por causa de uma legislação equivocada, o custo desse funcionário é elevadíssimo e no final todos saem perdendo: tanto o empresário que pretende investir e não pode contratar, quanto pelos jovens que desejam ingressar no mercado de trabalho. Atualmente, oito empresas são filiadas ao SIFT RN: Coteminas, Vicunha, Norfil, Nortex, Bayertex, Usina Margô, Sacoplast e Coats. Dentre elas, apenas duas tem até 100 funcionários. Em todas, são cerca de 12 mil pessoas empregadas. Já as que trabalham com confecções, associadas no Sindicato da Indústria do Vestuário do RN (Sindvest), são 12 empresas, de grande e médio porte, como Guararapes e Herbus. Estima-se, entretanto, que esta área reúna cerca de 400, formais e informais, devido à forte presença de pequenas e microempresas. No contexto brasileiro, o quadro geral de apreensão ainda não foi dissipado, mas números e estatísticas reveladas recen-
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temente dão uma idéia do quadro. O páis é o sexto maior produtor têxtil do planeta , ocupando o segundo lugar na produção de denim. O setor têxtil de confecções é um dos que mais emprega, sendo o segundo maior empregador da indústria de transformação da qual representa 18,6 % do produto interno bruto. O parque têxtil nacional consome, anualmente, mais de 1.400.000 t de diversas matérias-primas, dentre elas : pluma de algodão, lã, fio de seda, juta, poliéster,sisal e outras, sendo liderado pela fibra de algodão , cujo consumo na safra 2005/2006 foi de 890.000t.
Números Atuais • Faturamento estimado da Cadeia Têxtil e de Confecção: US$ 43 bilhões (crescimento de 4% em relação a 2007, quando registrou US$ 41,3 bilhões) • Exportações (sem fibra de algodão): US$ 1,725 bilhão, contra US$ 1,854 bilhão em 2007 • Importações (sem fibra de algodão): US$ 3,776 bilhões, contra US$ 2,883 bilhões em 2007 • Saldo da balança comercial (sem fibra de algodão): - US$ 2,050 bilhões, contra - US$ 1,029 bilhão em 2007 • Produção média de vestuário: 9,8 bilhões de peças, aumento de 4% quando comparado com 2007 (9,5 bilhões de peças) • Trabalhadores: 1,65 milhão de empregados, dos quais 75% são mãode-obra feminina • 2º. maior empregador da indústria de transformação • 2º. Maior gerador do primeiro emprego • Número de empresas: 30 mil Sexto maior produtor têxtil do mundo Segundo maior produtor de denim do mundo Representa 17,5% do PIB da Indústria de Transformação e cerca de 3,5% do PIB total brasileiro
Sindivest RN
Coragem para a retomada Encargos trabalhistas e tributação excessiva ainda são os grandes vilões para a Indústria do Vestuário no estado Empresário Marinho Herculano
A
queda de 10% nas vendas no setor em todo o Brasil apontada pelo presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do RN, empresário Marinho Herculano, só motiva a que se intensifiquem os protestos por menores taxas de juros e encargos trabalhistas menos pesados. "Com a diminuição nas vendas, o encalhe nos estoques é inevitável. Não estamos conseguindo fazer a mercadoria sair e isso é péssimo", reclamou. Embora visivelmente insatisfeito, Herculano demonstrou otimismo em relação aos investimentos em tecnologia que diz observar no empresariado norte-riograndense. Mesmo fazendo parte do dia a dia de todas as pessoas, os números, estatísticas e importância do setor do Vestuário no cenário brasileiro nem sempre são conhecidos em toda sua extensão. São mais de 1 milhão e trezentos mil trabalhadores ocupados na produção anual de 6 bilhõesde peças; trabalhadores que, considerando-se os desdobramentos subsidiários na comercialização dos produtos, chegam a 4 milhões de pessoas espalhadas pela rede de comércio e varejo: em qualquer cidade brasileira, desde a menor de todas, às grandes metrópoles, sempre haverá alguém vendendo uma
peça de vestuário, pois sempre haverá alguém precisando comprar. Marinho Herculano reconhece que as dificuldades atuais podem dar lugar a dias melhores para a Indústria no caso da redução da taxa de juros ainda abusiva. Conforme obser vou, a crise econômica internacional refletiu-se no setor têxtil através de férias coletivas dadas por grandes empresas do estado, ou seja, embora nomes do porte de Guararapes e Coteminas garantam o lastro de empregos gerados em âmbito local, o cenário de incertezas termina prejudicando a chegada de novos investimentos. Trata-se de um fenômeno de retração que se origina no consumidor e acaba na produção em larga escala: "O raciocínio é simples: menos emprego, menos consumo, menos dinheiro e assim sucessivamente". Parcerias com instituições como o SENAI CET Clóvis Motta - propiciam formação de mãode-obra qualificada à altura dos grandes centros industriais do país. São fatores que representam um diferencial de qualidade no produto do Rio Grande do Norte e garantem nível de qualidade diante da concorrência.
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Potex
Moda Feminina dita expansão
Investimentos em tecnologia e alinhamento ao mercado externo levaram empresa a se destacar no segmento
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loja Ponto da Malha, distribuidora exclusiva para o RN da linha de tecidos, malhas e aviamentos da Potex Potiguar Têxtil na Av. Bernardo Vieira, é um bom exemplo da sua filosofia na indústria: diversificação. Entre bobinas de tecidos coloridos e generoso espaço de revenda, a loja reflete o que a unidade fabril da empresa, localizada no Distrito Industrial de Natal, prima em realizar a cada dia, inspirada pelo seu diretor, o empresário Marcelo Trigueiro de Morais, há 10 anos. Na Potex, a busca pela excelência na produção e o reconhecido padrão de qualidade alcançado, fizeram do Grupo Guararapes seu parceiro. Investindo em qualificação, tecnologia e capacitação dos colaboradores, o Engenheiro Marcelo consolidou o negócio sem nunca deixar de lado o desejo por atualização constante, através de viagens por feiras nacionais e internacionais de porte. Numa dessas mais recentes viagens à China, junto a um grupo de empresários norteriograndenses, sua visão ampliou-se ainda mais, refletindo-se no andamento da própria Potex: "Vi que o Brasil
teria condições de crescer em termos de tecnologia e qualificação, se a política tributária e industrial daqui ajudasse. Lá eles trabalham com mão-de-obra extremamente barata, com a qualidade exigida nos grandes mercados", observou. Na Ponto da Malha, o estoque formado por cortes de tecido vendidos no peso e no metro (viscose, malha, algodão, sintético e misto) tem agora parte do seu foco direcionado à Moda Feminina. Resultado: ampliação do segmento que atende, observado o rigoroso padrão de qualidade que Marcelo Trigueiro faz questão de manter a cada encomenda entregue. Graças à visão cosmopolita do empresário, a regularidade da Potex se manteve constante ao longo das intempéries econômicas que o país já atravessou, sem hesitação na hora de investir para o crescimento da empresa. "Chegamos hoje a toda Grande Natal e a algumas cidades do Nordeste que conhecem o nosso padrão. Sem ousar, você não cresce", fez questão de frisar.
84 3213-3556 Av. Bernardo Vieira, 2324 Lagoa Nova - Natal / RN www.pontodamalha.com.br Pág 8
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Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta
Capacitação em primeiro lugar CET Clóvis Motta ainda é maior referência em mão-deobra qualificada Criado há 25 anos, o Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta se expandiu pelo Rio Grande do Norte e hoje pode ser encontrado em Santa Cruz, Caicó, Mossoró além das quatro unidades de Natal. São três áreas ocupacionais atendidas: Alimentos, Meio Ambiente e Confecção-Têxtil, cada qual dotada de infra-estrutura voltada ao pleno desenvolvimento do aluno. Nesse período, o centro consolidou a proposta de suprir a demanda por mão-de-obra local, bem como de outros estados. "Cobrimos toda a área de confecções, da formação de estilista à confecção", explicou a diretora Waldenice Cardoso. Dos três cursos oferecidos, apenas o de Aprendizagem Industrial - dirigido a estudantes das escolas públicas - é
Waldenice Maria Cardoso, diretora
gratuito; tanto o de Qualificação Profissional quanto o de Habilitação Técnica são pagos, voltados a profissionais já colocados no mercado de trabalho. Segundo a diretora, ele tem absorvido grande parte dos ali recém-formados. Quem ingressa no Clóvis Motta, pode ter a certeza de estar inserido em um sistema que prima por conferir ao futuro profissional a experiência real na área: além de acompanhar todas as fases do processo industrial propriamente dito, tem a produção apresentada em eventos como o Natal Fashion Week, "vitrine" da moda natalense. Waldenice acrescentou que não só o perfil técnico do aluno é trabalhado, mas também o lado comportamental, devidamente valorizado por noções de relações humanas transmitidas ao longo das disciplinas mais comerciais. Avaliado de perto por um Comitê Técnico Empresarial encarregado de verificar se os cursos oferecidos correspondem à realidade do mercado, o Clóvis Motta conta com um corpo docente altamente especializado, com professores oriundos da Indústria Têxtil e de Confecções. Nos quadros, incluem-se igualmente profissionais que passam por uma banca examinadora cuja função é determinar se o candidato está apto a assumir o cargo. Tal apuro deu ao Centro de Educação o certificado ISSO 9000 de qualidade, conquista que só vem a atestar a solidez de um sistema responsável pela formação de 2500 alunos/ano. "Veja que nos preocupamos em
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Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta proporcionar ao aluno a realidade do processo industrial; nossos equipamentos são os mesmos das empresas de fora, inclusive com assessoria técnica e tecnológica de quem pertence ao mercado. A contrapartida vem na forma da consultoria sistêmica prestada às indústrias do estado por técnicos especialmente capacitados. Eles se encarregam de analisar determinados setores das empresas visitadas, produzindo um minucioso relatório que é posteriormente encaminhado à direção interessada.
Em busca da profissionalização
Uma busca constante de parcerias com empresas do setor têxtil faz parte da estratégia para manter o Centro sempre adiante em suas realizações. Exemplo dessa postura, é o trabalho desenvolvido em conjunto com o SEBRAE/RN: "Hoje estamos produzindo um estudo de iconografia do Rio Grande do Norte que deverá se refletir nas nossas coleções a partir do ano que vem", revelou a diretora. Outro exemplo de atuação do Clóvis Motta levado ao resto do país, é a edição do Caderno Perfil lançado duas vezes por ano, nacionalmente, em eventos frequentados por grandes estilistas. Ali podem ser encontradas amostras do que vem sendo feito em centros semelhantes por todo o Brasil com linguagem sofisticada e programação visual luxuosa.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), através do Departamento Regional do SENAI, buscou apoio do Departamento Nacional do SENAI, que designou o Centro Tecnológico Químico e Têxtil do Rio de Janeiro (CETIQT) para realizar estudos que culminaram com o parecer favorável à implantação do Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta.
A implantação do SENAI/Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta foi fruto de um movimento do empresariado potiguar da cadeia têxtil-confecção, num momento particularmente especial para a economia do Rio Grande do Norte. Na época, fim dos Anos 1970, a implantação dos pólos industriais de produtos têxteis e de confecções encontrava-se em plena expansão, necessitando de um expressivo contingente de profissionais adequadamente qualificados.
Em fins de 1979, as instalações do SENAI/CET Clóvis Motta foram concluídas e, após breve período para reformas e adequação das instalações, foram iniciadas, no 2° semestre de 1981, as ações de capacitação de pessoal para as empresas através da oferta dos cursos de Costureiro Industrial, Mecânico de Manutenção de Máquinas de Costura Industrial, Modelagem Masculina e Cronometragem. A inauguração oficial ocorreu em 25 de maio de 1982, tendo sido escolhido para patrono, em homenagem póstuma, o industrial e ex-presidente da FIERN, Clóvis Coutinho da Motta. Em poucos anos as ações do CET Clóvis Motta estenderam-se para as regiões Nordeste e Norte do Brasil e para o exterior em países como Angola, Venezuela e Paraguai. Buscando atender às expectativas dos seus clientes, o CET Clóvis Motta vem rea lizando ações contínuas na qualidade, com o objetivo de acompanhar os perfis e necessidades das empresas, que sofreram mudanças significativas, a partir dos anos 1990. Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta Av. Prudente de Morais, 1571 - Natal/RN Tel: (84) 3211 - 4586 www.rn.senai.br
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Entrevista
George Azevedo “Ninguém mais se conforma com aquele pensamento provinciano, de acomodação, de rotina”.
Produtor de renome e o mais badalado quando o assunto é Moda, George Azevedo dita tendências e está sempre antenado com os grandes centros do Brasil e do mundo na área. Pé em Natal, pé em Mossoró, assina uma das colunas mais lidas sobre o tema no jornal Tribuna do Norte. Simpático e descontraído, ele recebeu a reportagem da Sucesso Indústria & Comércio em sua sala no escritório de Lagoa Nova. Sucesso - O Rio Grande do Norte já pode se considerar auto-suficente em termos de Moda? George Azevedo - A gente não pode dizer que há uma Indústria da Moda no Rio Grande do Norte. Até mesmo no Brasil, se trata de algo novo, que ganhou mais força depois das primeiras São Paulo Fashion Week. Só de uns 10 anos para cá, o país, e por consequência o Nordeste, puderam crescer mais no setor. As pessoas que trabalham com Moda por aqui, se inspiram no que veem lá fora, é inevitável. Mesmo assim, tem gente tentando fazer um bom trabalho. É isso que é mais importante. Sucesso - O que você recomenda para o estilista iniciante, que pretende se destacar na profissão? George Azevedo - É preciso ter, principalmente, conhecimento da Moda, ficar atualizado. Costumo dizer que sem auto-crítica, não dá. Esse exercício da pesquisa, de sempre acompanhar o que grifes de porte e grandes estilistas fazem, não vai estar completo se não houver a adaptação para cada realidade. Veja só a Internet, com informação que não acaba mais. Se você não filtrar esse excesso, vai acabar se equivocando. É uma regra preciosa para quem produz ou trabalha com Moda. Sucesso - Há alguma diferença fundamental entre a Indústria da Moda nos Anos 1970 e o cenário atual hoje verificado no Brasil?
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George Azevedo: à frente das tendências
George Azevedo - Naquela época, as pessoas tinham aquela coisa do glamour, mais estilo. Levavam a sério se vestir bem. Hoje a TV lança Moda de uma forma muito errada. Você lembra daquela novela Dancin' Days? Vi uma entrevista com a produtora em que ela dizia não ter tido intenção de inventar aquelas meias que causaram uma verdadeira febre no Brasil. De repente aconteceu, foi o maior sucesso. Também a gente viu uma coisa parecida com as roupas da Bebel, que Camila Pitanga interpretou. Aquelas roupas de prostituta caíram no gosto do povo. Não tinham nada de mais, eram roupas de prostituta, mas terminaram estourando nas ruas. Agora com essa novela aí sobre a Índia, já é diferente. Até que conseguem lançar uma coisinha aqui outra ali, mas sem o mesmo efeito de antes. Sucesso - O empresariado local estaria mais bem informado? George Azevedo - Realmente, agora os lojistas daqui estão se preocupando mais em viajar, conhecer as novidades. Estão até frequentando grandes eventos como a própria São Paulo Fashion Week. Isso é muito bom, porque gera uma cultura de atualização. Ninguém mais se conforma com aquele pensamento provinciano, de acomodação, de rotina. As coleções são lançadas tendo por base Moda de qualidade. Isso sim, é importante. Sucesso - Você é a favor de um estilo mais uniforme para homens e mulheres? Onde fica a feminilidade nessa história? George Azevedo - Acho que mulher deve se vestir como mulher, homem como homem. Agora as meninas estão seguindo a linha "boyfriend". Parece até que pedem emprestada a calça do namorado. Não sou a favor dessa masculinização. Costumo dizer que se uma mulher tiver no guarda-roupa mais de cinco vestidos, está na conta.
COMTERN
Cooperativismo bem sucedido
COMTERN atende hoje a uma grande clientela na área de etiquetas
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ocalizada no bairro de Nova Descoberta, a COMTERN (Cooperativa Mista dos Têxteis do Estado do Rio Grande do Norte) representa ao longo de 27 anos de atuação no segmento têxtil, uma referência no mercado. Especializada na fabricação de etiquetas para a Indústria de Confecções, bolsas e calçados, a cooperativa compete de igual para igual com as maiores empresas do país, na sua maioria multinacionais, suprindo clientes como a gigante Guararapes, entre outras indústrias de renome internacional. Na linha de produção da COMTERN, modernos teares operam 24 horas por dia para dar conta de encomendas sucessivas, fruto de uma clientela conquistada através de muito trabalho ao longo do tempo em que a cooperativa atua. Conforme o diretor-presidente Manoel Carlito relatou, o segredo para manter os negócios em ritmo acelerado é, basicamente, confiar na responsabilidade dos associados”. Quando todo mundo é dono, sente a responsabilidade de manter o negócio funcionando com eficiência. Essa é a vantagem da cooperativa em relação aos outros sistemas de gestão e foi por esse caminho que seguimos
desde o início, reconheceu Carlito. O início mencionado por Manoel Carlito, foi a época da implantação da cooperativa e a extinção da indústria Sitex. Seguiu-se a inclusão no programa da FIA - Fundação Inter-Americana, cujos recursos seriam preponderantes para a viabilização do projeto. "A partir daquele momento, foi trabalho, dedicação e seriedade, o compromisso de tornar a COMTERN uma grande força produtiva", relatou Carlito. A cooperativa conta com um padrão de embalagens personalizadas para produtos e organização exemplar, pronta a atender grandes marcas e redes de confecções de todo o país; a agilidade no processo de fabricação representa facilidade e para clientes que não precisam fazer estoque de etiquetas: "Temos capacidade de produzir 225.000 etiquetas/dia, ou seja, 400.000 metros/mês", confirmou o diretor. Hoje com máquinas de ultima geração e profissionais capacitados na área em que atua, a COMTERN está pronta para atender a todo o território nacional, buscando excelência e qualidade nos seus produtos e serviços.
84 3206-5377 Rua Brigadeiro Gomes Ribeiro, 370 Nova Descoberta - Natal RN comternnatal@yahoo.com.br
Diretor-presidente Manoel Carlito Revista Sucesso
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Engenharia Têxtil
Das fibras às passarelas Curso da UFRN tem em vista larga demanda no mercado nacional
Orientador de mestrado e doutorado, Pror. Dr. Rasiah Ladchumanandadasivam e o coordenador do curso, Prof. Marcos Silva de Aquino
Engenharia Têxtil como pré-requisito para a atuação profissional de qualidade em um ramo da Economia de grande demanda, já que relacionado a uma das necessidades básicas da civilização: o vestuário. Criado em 1998 e hoje com 322 alunos, o curso oferecido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte tem por objetivo conduzir os alunos ao destaque em um campo de trabalho ou especialidade
numa área da Cadeia Têxtil com um nível de qualificação condizente às exigências dos grandes pólos industriais do planeta. A idéia, por sinal, reflete a própria mentalidade que o professor Marcos Silva de Aquino, o “Marcão”, procura incutir nos universitários potiguares, ou seja, alçar vôos mais longos rumo a outros países e não se limitar apenas à realidade local: "Por falta de visão ou acomodação, muitos deles preferem ficar por aqui, submetendo-se a cargos que estão aquém da qualificação conferida ao longo do curso", observou. Há também, segundo ele, crescente demanda por profissionais da área, como bem sugere um pequeno cartaz afixado na área externa de uma das dependências do laboratório; semanalmente são diversas empresas à procura de mão-de-obra especializada para os mais diversos setores. Exemplo desse tipo de demanda é a própria Guararapes, sinônimo de mão-de-obra especializada e que não pode prescindir de pessoal especializado no setor com formação acadêmica de nível. Movimentado, o curso possui grade curricular abrangente, desde a preparação das fibras, fiação, tecelagem, malharia, acabamento e vestuário. Além das disciplinas nas áreas de mecânica, produção e administração, para que os alunos
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Engenharia Têxtil possam exercer quaisquer funções profissionais, de gerente a administrador. O Professor Marcos Silva citou como avanço do curso da UFRN, a aplicação de técnicas de produção que fogem ao convencional, sobretudo na utilização da matéria-prima; vêm sendo desenvolvido vários projetos de aproveitamento das fibras naturais na fabricação de compósitos entre os quais destacamos o projeto do uso da fibra da folha do abacaxizeiro. Devidamente reprocessadas, as folhas se transformam em fibras longas que oferecem resistência e versatilidade a um preço consideravelmente baixo em relação àquele imposto pelas taxas de mercado atuais referente ao Sisal. Diferente do sisal, a PALF (Fibra da Folha do Abacaxizeiro) pode ser utilizada na fabricação de arteO professor Marcos junto a um dos teares do curso Ao lado, fibra do abacaxi; abaixo, desfibradeira do curso
sanato e vestimentas, com 1 ha da planta do abacaxizeiro, pode-se obter de duas a três toneladas de fibras. O Brasil está deixando de aproveitar cerca de 1,5 bilhões de dólares com a exploração destas fibras. “ podemos imaginar a geração de milhares de empregos, e assim, tirar a população do campo da pobreza. A Máquina Desfibradeira desenvolvida por Marcão, deu-lhe o Título de Mestrado pelo Programa de Pósgraduação de Engenharia Mecânica no ano de 2006, sob a orientação do Prof. Dr. Rasiah Ladchumananandasivam. Mostrada no L ABTEX (Laboratório de Engenharia Têxtil) e num pôster afixado em sua sala, poderá ser produzida em escala industrial trazendo notável avanço à cadeia têxtil produtiva do Brasil. São provas de que o estado, no tocante à formação têxtil, não tem do que reclamar.
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Redes Santa Luzia
De braços dados com a qualidade Sinônimo de beleza e tradição, Redes Santa Luzia investem na consolidação da marca Gerente administrativa Enna Jovanka e o marido Wesley Leiros
Não há como se enganar: as Redes Santa Luzia já fazem parte do imaginário potiguar quando o assunto é "rede de qualidade", praticamente metonímia já usada pelo povo na hora de descrever o tradiconal artigo nordestino. Fundada em 1985 no município paraibano de São Bento, a empresa hoje tem as duas lojas da Rua São José e Presidente Bandeira abastecidas com artigos variados, além das famosas redes naturais que correspondem a grande parte do amplo estoque. Segundo a gerente administrativa Enna Jovanka, que está à frente do negócio junto ao
marido Wesley Leiros, atualmente as lojas da Santa Luzia trabalham com a novidade das redes de algodão natural que têm como característica o aspecto das cores do próprio tecido. São bonitas, resistentes e possuem um toque de originalidade não encontrado nas comuns. O restante dos artigos, contudo, ainda faz das Redes Santa Luzia ótima alternativa quando a idéia é comprar artesanato regional de alto nível: mantas, conjuntos para banheiro, cozinha, panos de prato, de chão, fiação para artesanato e colchas de crochet, diversidade que ampliou uma clientela já ciente do que as duas lojas representam quando o assunto é decoração. Jovanka fez questão de ressaltar que as redes vendidas pela Santa Luzia são produzidas com fio industrializado, ou seja, não possuem qualquer tipo de tingimento, sem risco de desbotar após lavagem. Tal apuro em todo o processo de confecção acabou trazendo para a empresa a credibilidade da rede hoteleira, cliente sempre atendido com o máximo de dedicação. É esse controle de qualidade rigoroso, que deu à marca fôlego para resistir a fases de maior instabilidade nesses 24 anos de existência: "Continuamos investindo no consumidor que sempre valorizou o nosso produto, não importa de qual classe venha", acrescentou Wesley.
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3213-1667
AAAAAAAAFERRAMENTAS AAAAAAAAAAAAAAAA
Casa do Ferro 4006-0101 Placacentro Armazém Ribeira 3653-3210
AAAFERRAMENTAS AAAAAAAAAADAIAMANTADAS AAAAAAAAAA
AAAAAAAAMARMORARIA AAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAMATERIAL AAAAAADAEACAONSTRUÇÃO AAAAAAAAAAA Aço Potiguar Comercial Paiva Saci
AAAAAAAAAAMÓVEIS AAAAAAAAAAAAAA CL Móveis Ipê Móveis Lyra Móveis M & T Móveis
9416-3398 3206-0553 3653-1750 3653-3873
Arraes Pedras P/ Decoração
3207-4991
3203-3300
AAAAAAAAAAPEDRAS AAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAPERFUMARIA AAAAAAAAAAAAAAAA
JR Representações
3207-3258
AAAAAAAAAAFERRO AAAAAAAAAAAAAA
Casa Norte Atacado
Aço Potiguar Casa do Ferro
3223-0271 4006-0101
Multiplacas
AAAAAAAAFLORICULTURA AAAAAAAAAAAAAAAA
Ceiça Flores
3217-2755
AAAAAAAAAFOTOGRAFIA AAAAAAAAAAAAAAA Videofótica
3212-2871
AAAAAAAAAFRIGORÍFICO AAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAPLACAS AAAAAAAAAAAAAA Natal Portões Eletronicos Lider Rio
AAAAAAAAAGUINDASTE AAAAAAAAAAAAAAA
Starvision
AAAAAINDÚSTRIA AAAAAAAA/ APLÁSTICO AAAAAAAAAA
Videofótica
AAAAAAAAINFORMÁTICA AAAAAAAAAAAAAAAA
Picolé Caseiro Caicó
3211-2360
Conisa 3211-2190 MCM Engenharia e Consult. 3213-6001 S Dantas 3206-6352 Tecnart Engenharia 3206-2393
Compal
3204-5428
Pauling Nordeste
3271-2456
AAAAAACOZINHA AAAAAAINDUSTRIAL AAAAAAAAAAAA
Infosoft Miranda Computação
Brasinox 3643-3366 Maxprom Industria e comércio 3643-1799 Só Inox 3223-0004 Tudoinox 3272-5110
AAAAAAAAAACRACHÁ AAAAAAAAAAAAAA Videofótica
3212-2871
AAAADISTRIBUIDOR AAAAAAAAAAATACADISTA AAAAAAAAAA Casa Norte Atacado
3203-3300
3206-3380 3232-3322
AAAAAAAAAAAINOX AAAAAAAAAAAAA
Brasinox 3643-3366 DVN Inox 3653-9700 Maxprom Indústria e Comércio 3643-1799 Só Inox 3223-0004 Tudoinox 3272-5110
AAAAMANUTENÇÃO AAAAAAAAAAINDUSTRIAL AAAAAAAAAA
Global
3643-1630
3231-2916
AAAAAAAASANDUICHERIA AAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAACONSTRUÇÃO AAAAAAAAACAIVIL AAAAAAAA
Gráfica Sul
3613-1567
AAAAAAAPRONTA AAAAAEANTREGA AAAAAAAAAAA
JSS Carnes
AAAAAAAAAAGRÁFICA AAAAAAAAAAAAAA
3206-9471
AAAAAPORTÕES AAAAAAAAUTOMATICOS AAAAAAAAAAAA
Cia do Espeto 3091-3885 Arraes Pedras P/ Decoração AAAAAAAAACOLCHÃO AAAAAAAAA3207-4991 AAAAAA Natal Colchões 3223-4133
3223-7495
3223-0271 3214-5336 3615-5005
Pittsburg
4008-7000
AAAAASEGURANÇA AAAAAAAAELETRÔNICA AAAAAAAAAAA 3213-4123
AAAAAAAASINALIZAÇÃO AAAAAAAAAAAAAAAA 3212-2871
AAAAAAAAASORVETERIA AAAAAAAAAAAAAAA 3213-3827
AAAAAAAAAATELHAS AAAAAAAAAAAAAA Arraes Pedras P/ Decoração 3207-4991
AAAAAAATRANS. AAAAAVAEÍCULOS AAAAAAAAAAA R & A Transportes
3207-3583
AAAAAAAAAATRATOR AAAAAAAAAAAAAA Marpas
3615-2074
AAAAAAAAAVIDRAÇARIA AAAAAAAAAAAAAAA DVN Vidros
3203-5454
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