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Cia JK fecha 6ª Noite Cultural do Porto Itapoá com “chave de ouro”

No último dia 17 de dezembro, um belíssimo espetáculo de dança encerrou a 6ª Noite Cultural do Porto Itapoá em grande estilo. “Foi uma nova oportunidade para que a comunidade pudesse ter acesso e, a convite do Porto, assistisse ao espetáculo que foi estreado em novembro. Preparamos com muito carinho, adaptações cenográficas e de figurino para o espaço aberto ao público”, explicou Jasson Kerkhoven, bailarino e proprietário da Cia JK. Ele se referiu ao espetáculo “Gala – Quebra Nozes”, que anteriormente já havia sido apresentado na Casa da Cultura de Itapoá, dias 25 e 26 de novembro.

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Os destaques da apresentação ficaram por conta das coreografias do ballet, que tem muitos anos de história e ainda hoje é um dos favoritos do público quando o assunto é Natal. Destacaram-se também, os figurinos e a palheta de cores inspirados no Porto Itapoá.

O ballet é uma realização da Cia de Dança Jasson Kerkhoven, popularmente conhecida como Cia JK, através da Lei de Incentivo à Cultura, patrocinado pelo Porto Itapoá, com o apoio da Secretária de Turismo e Cultura de Itapoá, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo e do Governo Federal.

O elenco do espetáculo; a direção e as coreografias são de Jasson Kerkhoven. O espetáculo desse dia 17 de dezembro, no Porto Itapoá, contou com bailarinos convidados, como Fernanda Honorata, que estudou ballet clássico com Jasson Kerkhoven na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, e bailarinos internacionais, como Romulo Castilho, que é formado também pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e hoje atua como bailarino no Carolina Ballet nos Estados Unidos, assim como Bárbara Mel, finalista no Youth American Grand Prix (YAGP) em Nova Iorque, que recebeu o prêmio de 1º lugar e indicação a melhor bailarina do festival de Joinville com apenas 14 anos de idade. Foi melhor bailarina de diversos festivais, emplacando prêmios em Florianópolis, Indaiatuba (SP), Fortaleza (CE), Santa Maria (RS) entre outras. Atualmente, Barbara está trabalhando no Carolina Ballet nos Estados Unidos.

Repetindo o que já havia ocorrido nas apresentações dos dias 25 e 26 de novembro, o público que compareceu ao Porto Itapoá no dia 17 de dezembro e prestigiou o espetáculo apresentado pela Cia JK se emocionou muito. Efusivas palmas deram o tom da admiração dos presentes com o tamanho talento dos bailarinos e bailarinas.

“Meus agradecimentos vão a toda equipe da Cia JK, desde os bailarinos até o time de pré-produção e pós-produção dos espetáculos. Estendo os agradecimentos às famílias de nossos bailarinos; ao nosso patrocinador oficial, o Porto Itapoá, que viabiliza e torna possível espetáculos como esse, proporcionando momentos marcantes como esses à comunidade de Itapoá. Por fim, agradeço a todo o público que nos acolhe e nos recebe com tanto carinho”, disse Jasson Kerkhoven.

O bailarino e proprietário da Cia JK conta que as matrículas para novos integrantes da Escola de Dança serão abertas em fevereiro. “É a oportunidade de mais crianças e adolescentes fazerem parte do nosso corpo de baile, tornando-se aluno da Cia JK. As novidades serão sempre divulgadas em nossa conta do Instagram @Cia_JK”, conclui Jasson.

“Adeus Ano Velho, feliz Ano Novo”, soa a canção na virada do ano. Versos alegres, cantados no momento exato em que a realidade nos faz passado e no presente escolhemos o futuro. Metamorfose inexorável do viver.

Velho e novo; velhice e juventude. A Velhice contraponto da juventude é pouco lembrada e, as vezes, sequer respeitada. Parafraseando Leminski, tudo que “respira, transpira e conspira” remete à juventude; ao envelhecimento muito pouco, não tem glamour.

O tempo passa e o corpo se transforma. Rugas marcam a pele, o cabelo rareia, embranquece, a atividade física diminui e a expressão “velho” surge como sinônimo de passado, coisa ultrapassada e até descartável.

Surge então a pergunta: O que fazer na inevitável passagem da juventude para a velhice?

Carl Jung, compara a vida humana ao caminho do Sol. Ao amanhecer, acumula gradativamente luz e calor; ao meio do dia, atinge o ápice; a partir daí segue reduzindo o brilho, até apagar no poente. Complicado é entender que essa diminuição é apenas uma troca de sentido, pois o sol jamais se apaga.

Há pessoas que perseguem o mito da eterna juventude, como se o entardecer da vida não tivesse valor. Outras se apegam as vivências do passado e reagem contrárias à mudanças. Renitentes, ficam reduzidas às lembranças vividas.

O jovem, sugere Jung, precisa encontrar na relação com o mundo o que o homem na velhice deveria encontrar dentro de si. “Há uma necessidade de reconhecer o engano das convicções defendidas, sentir a inverdade das verdades”, diz.

Em algumas sociedades modernas, entre elas a nossa, o velho não encontra apoio. Não é reconhecido como a pessoa experiente, capaz de perceber os acontecimentos que fogem à pressa dos jovens.

Deveríamos apreender com a cultura oriental, que honra os velhos pela capacidade de reflexão que têm; que considera a velhice imagem da imortalidade e da sabedoria.

Consta em antigos escritos, que o sábio Lao-Tsé, no século VI a.C., impune e cheio de glória, nasceu com os cabelos brancos e o aspecto de ancião.

Dediquei esta crônica a inspiradora Mônica, no Ano Novo em que completou 97 anos de vida, vibrante, ousada e persistente.

Feliz e venturoso Ano Novo!

Itapoá (Verão), janeiro de 2023.

Werney Serafini

Werney Serafini é presidente da Adea –Associação de Defesa e Educação Ambiental. Acredita no desenvolvimento de Itapoá com a observância de critérios ambientalmente adequados.

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