CIO - Cloud computing

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GESTÃO

Cloud computing para o CFO

(http://cio.uol.com.br/gestao/2008/11/05/cloud-computing-para-o-cfo) CIO (EUA) Publicada em 05 de novembro de 2008 às 19h37

Existem vários benefícios financeiros para adotar a computação em nuvem. Mas isso pode prejudicar o CIO? A Forrester acaba de divulgar um estudo a respeito dos benefícios da cloud computing sob a ótica financeira. O relatório, intitulado Conversando com o CFO sobre computação em nuvem , tem como objetivo comunicar as vantagens financeiras de adotar a nova tecnologia. Algumas coisas no estudo chamam a atenção. Em primeiro lugar, a Forrester enfatiza o fato de que usar cloud computing melhora o fluxo de caixa quando comparada ao modelo tradicional de softwares de pacote. Antigamente, a maior parte do investimento era feita no início do projeto, muito antes do go live do sistema e, claro, dos resultados de negócios serem percebidos. Este modelo é, ainda, arriscado devido aos fatores associados aos sistemas de TI: são famosos por não entregarem os beneficios que prometem e grande parte das inicativas acaba falhando pela falta de aceitação dos usuários. Ao contrário, a computação em nuvem funciona no modelo pague-conforme-usa , no qual o custo inicial é mínimo e os gastos vão aumentando na mesma medida que cresce o uso do aplicativo. Neste sentido, o modelo é muito vantajoso. A infra-estrutura para cloud computing é construída, normalmente, com base em componentes de código aberto. Afinal, os provedores de serviços baseados nessa tecnologia também não querem fazer altos investimentos sem ter certeza do retorno. Pode-se dizer que a computação em nuvem funciona como uma ponte entre usuários finais e o código aberto. O segundo ponto de destaque no estudo está na argumentação de que a computação em nuvem consiste em uma forma de terceirizar aplicações que não sejam críticas, permitindo que a área de TI foque no que realmente interessa. Isto faz todo sentido e ainda é aplicável a companhias das mais diferentes áreas. Os fornecedores da nuvem , de acordo com o estudo, são mais eficientes em operações de TI porque usam menos horas-homem para realizar tarefas básicas. Além disso, eles conseguem melhor negociação na compra de hardware devido ao volume. Mas uma coisa que a Forrester não cita é exatamente o que, talvez, seja o argumento mais lógico para os CFOs: se a computação em nuvem é tão melhor e mais eficiente que as áreas de TI convencionais, porque não acabar com a equipe interna e contratar serviços de terceiros? Essa abordagem, às vezes chamada de TI na sombra , deve ser um dos principais desafios trazidos pela cloud computing. Ao tirar a infraestrutura das mãos do departamento de TI, de repente os profissionais da área já não têm mais o controle de recursos-chave para os negócios, fazendo com que alguém com um foco excessivo em custos (como o CFO) possa querer tirar todo o poder da TI. A computação em nuvem definitivamente tem potencial para se consolidar como uma tendência de longo prazo e pode colocar a área de TI em uma posição complicada. Sempre que uma nova tecnologia é apresentada diretamente para o CFO, significa que as coisas ficarão interessantes.

Bernard Golden é CEO da consultoria HyperStratus, especializada em virtualização, cloud computing e assuntos relacionados Copyright 2009 Now!Digital Business Ltda. Todos os direitos reservados.

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