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TECNOLOGIA
O que é cloud computing?
(http://cio.uol.com.br/tecnologia/2008/07/24/o-que-e-cloud-computing) CIO (EUA) Publicada em 24 de julho de 2008 às 19h08
Ap e sa r d e a in d a con fu so p a ra g ra n d e p a rt e d os e x e cu t iv os d e TI , o con ce it o d e clou d com p u t in g v e m ganhando adeptos Certamente Nicholas Carr ganhará a inimizade de um número ainda maior de veteranos da tecnologia com sua mais nova previsão: a computação em nuvem acabará com a maioria das áreas de tecnologia corporativas. Os departamentos de TI não terão muito que fazer depois que a computação corporativa migrar de data centers privados para a nuvem , escreve Carr em seu novo livro, The Big Switch: Rewiring the World, from Edison to Google . Exagero? Claro que sim. Mas com um fundo de verdade. A chamada cloud computing, antes um conceito nebuloso como o próprio nome sugere, está tornando-se uma tecnologia emergente legítima e despertando o interesse de CIOs visionários. Altos custos de energia, pessoal e hardware; espaço limitado nos data centers e, acima de tudo, o desejo de simplificar suas operações encorajaram muitas companhias jovens e um número ainda pequeno de empresas estabelecidas a apostar na nuvem . O conceito de cloud computing faz enorme sentido para André Mendes, CIO da Special Olympics. Ajuda o CIO a remover outra camada de complexidade da organização e se concentrar em fornecer os níveis mais altos de valor. Mendes, que está transferindo grande parte do seu data center para fora da empresa via serviços convencionais de hospedagem, espera mudar parar cloud nos próximos anos. Por que isso está acontecendo agora? Tecnologias capacitadoras, incluindo a quase onipresente largura de banda e a crescente virtualização de servidores, aliadas às lições aprendidas com a rápida ascensão do software como serviço (SaaS), estão incentivando os CIOs olhar para fora do data center. Sem dúvida, a computação em nuvem ainda está engatinhando. As preocupações com segurança e latência de aplicativos existem e têm fundamento. Além disso, os fornecedores ainda não formularam plenamente seus modelos de negócio e de preço, uma razão para alguns CIOs que não colheram o ROI desejado do software como serviço agora olharem com ceticismo para cloud computing. Mais um problema: transparência. Confiar dados e aplicativos de missão crítica a terceiros significa que o cliente tem de saber exatamente como os fornecedores de cloud lidam com problemas-chave de segurança e arquitetura. Resta saber até que ponto os fornecedores serão transparentes ao abordar estes detalhes. Um novo nível de escalabilidade Ao contrário de muitas próximas grandes inovações , cloud computing não brotou pronta do cérebro de um jovem gênio do Vale do Silício. É o resultado lógico do que aconteceu na computação nos últimos 30 anos. Em certo sentido, é um retorno ao passado, é compartilhamento de tempo levado ao máximo , afirma Mendes. É verdade, mas é mais fácil reunir analistas e insiders de TI para falar sobre os recursos e as metas da nuvem do que conseguir uma definição exata. Tenha em mente, também, que fornecedores diferentes terão um enfoque diferente para cloud computing. A visão da Salesforce.com se assemelha bastante ao SaaS que você conhece hoje. A visão da IBM inclui mashups de conjuntos de dados massivos de clientes em tempo real. Uma diferença em relação ao agora familiar modelo de software como serviço, no qual inúmeros clientes acessam o aplicativo de um fornecedor: os ambientes de cloud computing também permitem que o usuário rode seus próprios aplicativos na infra-estrutura do fornecedor. O cloud é, basicamente, uma combinação de grid computing, que tratava basicamente de potência de processamento bruta, e software como serviço , diz Dennis Byron, analista da Research 2.0. Na realidade, cloud é virtualização de rede. No nível do fornecedor, a intenção é permitir que os usuários peçam mais potência de computação durante o uso. Esse é um ponto-chave. Uma grande meta de cloud computing seja o Blue Cloud da IBM ou o EC2 (Elastic Cloud Computing) da Amazon é a rápida escalabilidade. Ou, em um termo mais moderno , elastiticidade. Para Barney Pell, fundador e CTO da Powerset, startup que está criando um mecanismo de busca em linguagem natural, ser elástico é ter a capacidade de esticar quando necessário e depois encolher. Sua empresa está empenhada em indexar uma vasta porção da Web e esta tarefa de computação intensiva é realizada a maior parte do tempo. Os picos de trabalho ultrapassariam a capacidade de computação normal da empresa. Em vez de comprar servidores e mais infra-estrutura para satisfazer picos de demanda, a Powerset se tornou uma das primeiras usuárias do EC2 da Amazon e do S3, um serviço de armazenamento relacionado também da Amazon. A Powerset paga pelos recursos à medida que os utiliza, liberando verba significativa para outros fins. Pell sugere que os executivos de TI que estão cogitando serviços em cloud examinem atentamente quais recursos seu data center utiliza o tempo todo e quais somente são necessários nos picos de demanda. Além do mais, o uso de um serviço elástico dá tempo à TI para estabelecer uma linha de base, isto é, o nível mínimo de recursos necessários para operar o negócio o tempo todo. Da mesma forma, grupos ou departamentos nas empresas muitas vezes precisam lidar com um projeto específico, mas não têm verba ou não querem comprar a infra-estrutura necessária. Outra situação em que a computação em nuvem pode funcionar bem.
O New York Times, por exemplo, recorreu a serviços web da Amazon (EC2 e S3) para gerar PDFs de 11 milhões de artigos arquivados do jornal em menos de 24 horas utilizando 100 instâncias do EC2, conta Derek Gottfrid, arquiteto de software sênior do Times, no seu blog. Maior flexibilidade, menor custo Para algumas empresas, cloud computing pode ajudar um CIO a atacar vários problemas de uma vez só, como aconteceu com Doug Menefee, CIO da Schumacher Group. Quando ingressou na companhia, há três anos, Menefee teve de enfrentar a falta de planejamento de desastre e encontrar novas maneiras de fazer TI acompanhar o rápido crescimento do negócio.
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