Folha maçônica 406

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Edição 406 22 de junho de 2013

FOLHA MAÇÔNICA Desde 11 de setembro de 2005 Revista semanal distribuída por e-mail aos cadastrados e dedicada aos assuntos de interesse dos iniciados na Arte Real.

Editor: Robson Granado Colaboradores permanentes: Aquilino R. Leal, Francisco Maciel, Gilberto Ferreira Pereira

Grandes Iniciados Símbolos Polêmica na Folha Medite Conversa ao Pé do Olvido Coluna do Direito Dica Documentos e Fotos Antigos Eureka (Tureka, Nósreka) Com a Palavra o Leitor Enquete Inútil

Robson Granado. Anjo, Aquarela.


GRANDES INICIADOS Rabindranath Tagore - Músico, contista, teatrólogo, filósofo e poeta indiano, da cidade de Calcutá. Autor de muitas obras de cunho místico e profundamente humano. Prêmio Nobel de Literatura, em 1913. É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs Eu já devolvi as chaves da minha porta E desisto de qualquer direito à minha casa. Fomos vizinhos durante muito tempo E recebi mais do que pude dar. Agora vai raiando o dia E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro Apagou-se. Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada. Não indaguem sobre o que levo comigo. Sigo de mãos vazias e o coração confiante. Fonte: http://pensador.uol.com.br/autor/rabindranath_tagore/

SÍMBOLOS Namastê

Este termo vem da junção de duas palavras sânscritas: namaù, que significa sauda-ção e te, que significa você. Entretanto, a junção das duas dá namaste, uma vez que, pelas regras de sandhi (junção), ocorre visarga (ù- agá com ponto em baixo) precedido de ―a‖ breve e seguido por uma palavra começada por ―t‖, implicando a troca por ―s‖. Em Português, a transliteração fica sendo namastê e a tradução é ―saudações a você‖! Entretanto, quando a saudação vem lá do fundo, carregada de emoção, respeito e ver-dade, passa a ser uma saudação do seu “Eu Divino”– também conhecido como “Mônada”, ―Alma Soberana‖, “Superalma”, Consciência Maior‖, ―Presença do Eu Sou‖, “Eu Sou Divino”, ―Eu Superior Crístico”, ―Neshamá‖e ―Paramātmā‖– ao “Eu Divino” da pessoa que está sendo saudada. Assim, fica aquilo que comumente se aprende: “ O meu Deus Interno saúda o seu Deus Interno”. Ir.´. Paulo César Ferreira

A POLÊMICA NA FOLHA Tiradentes... uma farsa? Fato: Segundo o jornalista curitibano Guilhobel Aurélio Camargo, Tiradentes é uma farsa criada por líderes da Inconfidência Mineira. Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 deabril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bodeexpiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. Quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia. A mentira que criou o feriado de 21 de abril é: Tiradentes foisentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecidocomo a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava sercriada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar MarechalDeodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estadoque tinha na época a maior força republicana e era um polo comercialmuito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a deCristo e

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era o que bastava: um “Cristo da Multidão”. Transformaram-no emherói nacional cuja figura e história “construída” agradava tanto àelite quanto ao povo. A vida dele em poucas palavras: Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro. Ficou órfão de mãe aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho,Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia. Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade comque arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-dentes. Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais. Tiradentes foi iniciado na maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes. Tiradentes teria salvado avida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias. Tiradentes, maçonaria e a Inconfidência Mineira: Como era um simples alferes (patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores, que eram os verdadeiros líderes do movimento. Semi alfabetizado é muito provável que nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os séculos XVIIIe XIX, era comum o "dedo da maçonaria". E Tiradentes foi maçom, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte, estudantes que haviam recentemente regressado "formados” da cidade de Coimbra, em Portugal. Uma das evidências documentais da participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios. Os maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela história dos Estados Unidos da América, onde saíram vitoriosos - mesmoem luta desigual - os maçons norte-americanos George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Também é possível comprovar aparticipação da Maçonaria na Inconfidência Mineira, sob o pavilhão e o dístico maçônico do LIBERTAS QUAE SERA TAMEN, que adorna o triângulo perfeito, com este fragmento de Virgílio (Éclogas,I,27) Tiradentes eraum dos poucos inconfidentes que não tinha família. Tinha apenas uma filha ilegítima e traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos. Ele era, então, de todo ogrupo, aquele considerado como uma “codorna no chão”, o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes. E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março de 1989, com o Silvério dos Reis indo ao Palácio do governador e denunciando oTiradentes. Ele foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha, e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, porque tinha a promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação por pena de morte. Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que seus 45 anos. No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição") é documentada a diferença física de Tiradentes com o que foi executado em 21 de abril de 1792. O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro "Contribuindo", de 1921: "Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito...". O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pelaestrada até Vila Rica (MG), cidade onde o movimento se desenvolveu. Acabeça não foi encontrada, uma vez que sumiram com ela para não serdescoberta a farsa. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílioou absolvidos. A descoberta da farsa: Há 41 anos (1969), o historiador carioca MarcosCorrea estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença na galeria da Assembleia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva.

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Correa era funcionário do Banco do Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de JoaquimJosé da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes. Tiradentes teria embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia. Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro no ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo saiu correndo. Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818. Em 1822,Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da nação brasileira. ―Dez vidas daria se as tivesse, para salvar as deles!‖ (Tiradentes)

Coluna assinada pelo M.·. I.·. Aquilino R. Leal, Fundador Honorário da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. Stanislas de Guaita 165

MEDITE Do deus bíblico Ao estudar a Bíblia, desde o começo, constata-se que o deus bíblico – assim mesmo, com letra minúscula – é um deus dominador, colérico, irado, vingativo, arrogante, invejoso, condenador, cobrador, julgador, enfim, é dotado de todos os atributos próprios das pessoas e sem nenhuma semelhança com o Pai Altíssimo. Começando com a proibição de se comer o fruto da árvore do bem e do mal, impedindo ainda que se comesse do fruto da árvore da vida, acabou promovendo a expulsão de Adão e Eva. Essa situação interpretada de uma forma muito restritiva pela Igreja Católica acabou se constituindo num fator de culpa eterna: somos todos condenados. Já nascemos julgados e condenados. A história prossegue com a preferência manifestada pelo deus bíblico, pelos frutos oferecidos por Abel – um pastor de ovelhas e de vida contemplativa – em contraste com a oferta de Caim, lavrador dedicado que teve suas oferendas, frutos do seu trabalho árduo, recusadas o que gerou a sua revolta assassinando o seu irmão e daí a sua condenação eterna, inapelável, com um sinal na testa. E o que dizer desse deus que submeteu Abrahão à prova, exigindo o sacrifício de seu único filho com Sara, cuja concepção foi anunciada como um milagre? A história bíblica é plena de traições, de trapaças, como se vê por meio da ação, por exemplo, de Jacó, que, por um ardil, tomou a primogenitura de Esaú, confirmada depois, com ajuda da sua mãe, Rebeca, para obter a bênção de seu pai, Isaac. Que se fez de desentendido, concordando implicitamente com esse verdadeiro complô. O próprio deus bíblico manifesta claramente a sua preferência por Jacó, rebatizado por deus como Israel, que deu origem às doze tribos de Israel, decorrentes dos nomes de seus doze filhos. Nem se registra a descendência de Esaú, primogênito verdadeiro, e este dito deus não podia ignorar que ele nasceu primeiro. Interessante: no episódio de Moisés com o Faraó, em alguns trechos lemos – após algumas das pragas – Javé (o deus bíblico), ele mesmo, endurecia o coração do Faraó, ou seja, ao mesmo tempo em que ele, Javé, enviava pragas ao povo do Egito, e o Faraó se sentia compelido a liberar o povo judeu, também endurecia o seu coração, para que este não deixasse o povo hebreu partir – no mínimo uma contradição, e não se pode dizer, seja uma ação própria de DEUS.

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Prosseguindo, puniu Moisés que comandou e liderou o povo hebreu por quarenta anos – atente bem leitor: quarenta anos – através do deserto, enfrentando as mais variadas intempéries, dificuldades de toda ordem, liderando um povo constituído de mais de seiscentas mil pessoas, porque teve um ato de dúvida na fonte de Meriba. Só lhe deixou contemplar a terra prometida, sem permitir que Moisés adentrasse nela. Moisés, quando foi chamado para a libertação do povo, tinha oitenta anos, os quais, somados aos quarenta da travessia, chegam a cento e vinte, e em nenhum momento, apesar da idade avançada, esmoreceu diante da gigantesca tarefa que lhe foi reservada. E quando o povo hebreu chegou finalmente à terra prometida – que segundo a Bíblia foi prometida por juramento do deus bíblico (pode se conceber um verdadeiro Deus jurando?) já sob a liderança de Josué, desalojou os povos que lá viviam há centenas de anos – os amorreus, ferezeus, cananeus, heteus, filisteus, gergeseus, heveus e jebuseus – sem nenhuma complacência, demonstrando uma parcialidade contrária à ação de um Deus Universal, para quem todos os homens são seus filhos. Interessante que a denominação de todos os povos, inclusive os judeus, terminava em ―eus‖. Quando Josué morreu, o deus bíblico escolheu entre o povo alguns juízes, que se tornavam os dirigentes por um breve tempo. Quando o povo desobedecia, ―acendia-se a ira de Javé‖ contra o povo, e assim era mais uma vez punido. Atendendo ao clamor dos judeus, Javé suscitou-lhes um rei, Saul, ungido por Samuel como o primeiro rei de Israel, em cujo reinado foi desafiado pelos filisteus para enfrentar o gigante Golias. Que foi vencido por Davi. E que por isso se tornou um herói do seu povo, gerando ciúme doentio em Saul, o qual buscava matá-lo de qualquer maneira. Por duas vezes, Davi teve Saul completamente entregue em suas mãos e não o atacou. Quando Saul morreu, Davi foi ungido rei de Israel, iniciando um reinado que consolidou o território recebido. Em seu reinado, cometeu um ato criminoso ao determinar que Urias, um dos generais de seu exército, fosse enviado ao local mais perigoso de uma batalha e lá deixado sozinho para que fosse morto. E assim Davi pôde se casar com sua viúva Betsabé, de quem já estava enamorado. Ela foi a mãe de Salomão. Salomão ascendeu ao trono sucedendo a Davi. Foi considerado o homem mais sábio do seu tempo. Consta que Javé lhe apareceu em sonho e lhe disse para pedir o que quisesse. Ele pediu a sabedoria, então Javé respondeu que ―como não havia pedido vida longa, nem riquezas, nem a morte de seus inimigos, darei a você mente sábia e inteligente como ninguém teve antes e ninguém terá depois‖. Salomão reinou durante quarenta anos. Construiu o Templo de Javé e o palácio real. Teve setecentas esposas e trezentas concubinas. Como será que ele fazia para dar conta de tantas mulheres e ainda governar o seu povo? A partir de Salomão houve uma sucessão de reis que se caracterizaram muito mais pelas traições do que pela dedicação ao povo, merecendo muito justamente a ―ira de Javé‖. Parece que essa tradição se mantém até hoje entre os líderes contemporâneos. Heitor Freire – Mestre Maçom

CONVERSA AO PÉ DO OLVIDO Os especialistas não sabem do que se trata. A academia ainda não está pronta, nunca esteve. Os políticos fingem que não entendem que há muito tempo não representam essas ondas nas ruas: só monologam para si mesmos no espelho corrupto. Os militantes são obrigados a enrolar suas bandeiras em meio ao protesto geral. Os repórteres escondem as credenciais de sua emissora que transmite o evento: a velha mídia não é a medida exata para os fatos, nunca foi. Há coerência nas imagens editadas, mas nas cenas transmitidas ao vivo vê-se, em alguns momentos, multidões nômades, se movimentando em busca de um sentido, de um grito, ou gritando palavras de ordem contra o próprio caos em que caminham, se arrastam, se procuram, rumo a um rumor. Os mais pragmáticos, atentos aos simbolismos, depredam o prédio da Assembléia, invadem as dependências exteriores do Congresso, tentam incendiar o Palácio do Itamaraty, tomar o Palácio do Planato. As câmaras de TV voltam à programação normal e o espectador na poltrona do comodismo pensa que o único combustível para

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essas multidões andantes é a câmera: um morto, dois mortos, e tudo começa a fazer sentido se for registrado em sangue, em close. A falta de sentido começa, então, a se explicar: vivemos na era dos mártires, dos martírios. Adeus, mistério. Para o sedentário que permaneceu plugado ao seu computador a internet foi o início desse fogo de palha, dessa fumaça com mil chamados, dessas sombras contra uma estrutura branca, dessa fragmentação sem liderança, ou desse protesto que talvez, mais que político, não passe de um uivo metafísico. Não adianta googlar: o google ainda não tem a resposta. Para o naturalista parece uma revoada de cupins e formigas, uma aleluia, infestação, enfestação, o voo nupcial de ansiosas e anciãs mentes juvenis à procura de luz ou de um abajur lilás. Para o velho playboy alienado é uma festa bacana, uma bacanal cívica. Para o artista plástico em seu retiro nas montanhas tudo se explica enquanto se complica como um happening. Quem tem a chave dessa porta? Para o filósofo aposentado são turistas da utopia tentando reinventar um país que ainda está, como sempre, no futuro. Dois carros e um restaurante depredados. Um carro incendiado. Uma loja de chocolate saqueada. Fogos de artifício e pedras contra policiais. Um coquetel molotov (o jornal diário, sem tempo para novas palavras velhas, fala de ―algum objeto‖) um coquetel molotov explode na escadaria da Assembleia Legislativa no centro do Rio. - Gente, gente, não viemos aqui para isso! – grita charmosamente a jovem cara pintada. - Querida, você é louca. Não se faz revolução sem violência! – grita amorosamente de volta o jovem mascarado. - As manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia. É próprio dos jovens se manifestarem — disse a presidente Dilma, a ex-guerrilheira, através de uma portavoz no primeiro momento. São os jovens que estão nas ruas. É o que dizem as fotos. Será uma revolução real? Uma revolução virtual? O Facebook dando a cara a tapa? Leszek Kołakowski (1927-2009), eminente filósofo e historiador polonês, escreveu em seu livro ―Pequenas palestras sobre grandes temas‖ (Unesp, 2009) que ―a burrice da juventude costuma ser o início de boas mudanças‖. Contextualizando: ―As revoluções são geralmente atos de jovens, e revoluções são bem variadas. Houve a revolução bolchevique e a revolução hitlerista: pessoas jovens lhes deram força. Houve também a revolução do movimento ‗Solidariedade‘ [Solidarność, fundado em 31 de agosto de 1980 nos portos do Estaleiro Lenin, originariamente liderada por Lech Wałęsa, o Lula polonês, primeira organização sindical independente do bloco dominado pela União Soviética], e também jovens participantes a ganharam. Em Berkeley, na Califórnia, passei um ano em momentos de ‗topo de onda‘, ou seja, a assim chamada revolução estudantil (na verdade, não houve nenhuma revolução), quando estudantes, os que menos sabiam, enlouquecidos, tendendo a atos bárbaros, diziam, às vezes, que se deveria matar todos que tivessem acima de trinta anos, porque não queriam dar ouvidos às suas bobagens. Contudo, não seria bom se o mundo só fosse composto de pessoas acima dos trinta anos, e mais ainda de quarenta anos, porque então a estagnação, a incapacidade para o risco, a falta de vontade de se sacrificar em nome de certos propósitos nos ameaçaria. A burrice da juventude costuma ser o início de boas mudanças‖.

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Kołakowski diz ainda que ―aquilo que verdadeiramente é mais atrativo na juventude é a realidade não finalizada, ou o sentimento da amplitude da vida‖. Ele disse isso quando já era velho. Esse se lançar ao futuro, essa ―burrice‖, essa ―utopia‖ não são privilégio dos jovens: as mães e os pais desses jovens também estão nas ruas do Brasil, da Turquia, da Espanha. Ao lado deles. Muitas vezes guias, guarda-costas, burros de carga. Não sejamos simples. Cantemos com os Rolling Stones no ―banquete dos mendigos‖: ―Everywhere I hear the sound of marching, charging feet, boy, 'Cause summer's here and the time is right for fighting in the street, boy Hey! think the time is right for a palace revolution, but where I live the game to play is compromise solution. Hey, said my name is called Disturbance; I'll shout and scream, I'll kill the King, I'll rail at all his servants Well now what can a poor boy do, Except to sing for a rock & roll band? Cause in sleepy London Town there's just no place for a street fighting man‖ - Por toda parte eu ouço o som dos pés no corre-corre, cara / Porque o verão chegou e agora é hora pra lutar na rua, cara / Ei, acho que é hora de uma revolução palaciana / Mas aqui o jogo é brincar de protelação / Ei, deduram por aí que meu nome é Vandalismo / Eu vou gritar, berrar, eu vou matar o rei, ferrar seus cortesãos / Diz, o que pode fazer um cara sem grana / A não ser cantar rock numa banda / Porque na sonolenta Londres / Não tem nem onde prum lutador de rua, não‖. (Um minuto de silêncio: ―Brasileiros têm coragem que britânicos não tiveram‖, diz o jornal inglês ―The Guardian‖.) Londres nunca foi Paris. As pedras rolam em Paris. Lá as pedras apedrejam o beijo. E não é de hoje. Não! A Comuna de Paris foi a primeira revolução operária da história mundial e durou apenas 72 dias de duração (18 de março a 28 de maio de 1871). Uma revolta popular espontânea contra a proibição das liberdades políticas e a dura repressão militar imposta pelo Governo de Defesa Nacional, republicano, instituído em 4 de setembro de 1870, logo após a derrubada do regime imperial de Napoleão III. Mais de 20 mil communards foram executados pelas forças do governo. Nas palavras do Victor Hugo, autor de ―Os miseráveis‖, os valores, os ideais e os objetivos da Comuna continuariam de pé e vivos enquanto prevalecessem em todo o mundo as estruturas opressivas da ―ordem capitalista e imperialista‖. Lênin vibrou quando a Revolução Russa passou dos 72 dias da Comuna. Quase 100 anos depois Paris foi palco de outra ―comuna‖. Em Maio de 1968 uma greve geral estalou na França. Alguns filósofos e historiadores afirmaram que essa rebelião foi o acontecimento ―revolucionário‖ mais importante do século XX, porque foi uma insurreição popular que superou barreiras étnicas, culturais, de idade e de classe. A maioria dos insurretos era de adeptos de idéias esquerdistas, comunistas ou anarquistas. Muitos viam os eventos como uma oportunidade para sacudir os valores da "velha sociedade", contrapondo idéias avançadas sobre a educação, a sexualidade e o prazer. As frases de maio de 1968 são melhores que as do Brasil de junho de 2013: "Sejam realistas, exijam o impossível!" / "A imaginação no poder" / "É proibido proibir" / "As paredes têm ouvidos, seus ouvidos têm paredes" / "Se queres ser feliz, prende o teu proprietário" / "O patrão precisa de ti, tu não precisas dele" / "Todo poder abusa. O poder absoluto abusa absolutamente" / "Todo poder aos conselhos operários (um enraivecido) / Todo poder aos conselhos enraivecidos (um operário)" / "Abaixo o realismo socialista. Viva o surrealismo" / "O poder tinha as universidades, os estudantes tomaram. O poder tinha as fábricas, os trabalhadores tomaram. O poder tinha os meios de comunicação, os jornalistas tomaram. O poder tem o poder, tomem o poder!" / "A política acontece nas ruas" / "Trabalhador: você tem 25 anos, mas o teu sindicato é do outro século" / "Todo reformismo se caracteriza pela utopia da sua estratégia, e pelo oportunismo da sua tática" / "A revolução deve ser feita nos homens, antes de ser feita nas coisas" / ―Levemos a revolução a sério, não nos levemos a sério" / "Quanto mais amor faço, mais vontade tenho de fazer a revolução‖ / Quanto mais revolução faço, maior vontade tenho de fazer amor" / "Abaixo a Universidade" / "Professores, sois tão velhos quanto a vossa cultura, o vosso modernismo nada mais é que a modernização da polícia, a cultura está em migalhas". Etc. Mas é preciso descer das alturas e baixar ao real. Enquanto rolavam essas cenas de novela irreal, parte do comércio do Morro de São Carlos, no Estácio, zona norte do Rio, amanheceu fechado. Segundo moradores da comunidade, que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde maio de 2011, homens em motocicletas (jovens) mandaram que comerciantes fechassem as portas porque um traficante morreu em confronto com PMs. O policiamento foi reforçado em todos os acessos ao morro. Com medo, moradores não falam sobre o assunto. Em São Gonçalo, na periferia do Rio, o comércio também amanheceu fechado. Lojas em vários pontos do bairro Mutuapira não abriram as portas.

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O motivo, segundo a polícia, foi a morte do chefe do tráfico no local. Ele foi baleado na madrugada de domingo durante uma troca de tiros com policiais militares que tinham ido ao local checar a denúncia de um baile funk. (A palavra de ordem é velha: ―A chapa tá quente. Não tem caô. Se abrir o estabelecimento, vai pra vala!‖) Primavera Árabe. ―Outono do Busão‖. Ocupem as Ruas. Farra, Forra & Forró. Reforma (―O povo unido não precisa de partido‖: a reforma protestante não queria padres como intermediários entre o fiel e seu Deus; os manifestantes nas ruas não querem partidos políticos entre eles e o poder). Revolução virtual (imagine: no futuro, as redes sociais substituiriam os partidos; o voto seria via internet; as urnas aposentadas). Revolta dos 20 Centavos: ―Não é por centavos, é por direitos‖. (A Revolta do Vintém foi um protesto ocorrido entre 28 de dezembro de 1879 e 4 de janeiro de 1880, nas ruas do Rio de Janeiro, capital do império brasileiro, contra a cobrança de vinte réis, ou seja, um vintém, nas passagens dos bondes, instituída pelo ministro da fazenda da época. Aos gritos de "Fora o vintém!" a população espancou os condutores, esfaqueou os burros que puxavam os bondes e arrancou os trilhos ao longo da Rua Uruguaiana. Ela foi comparada pelo ―The New York Times‖ aos protestos de 2013). Revolta do Vinagre (depois da polícia levar dezenas de pessoas para delegacias apenas por portar o líquido que ameniza o efeito do gás lacrimogêneo, o secretário da Segurança Pública garantiu que o procedimento não se repetiria). Revolta da Fiança (depois de bater, ferir com balas de borracha, gás lacrimogêneo, spray de pimenta, a polícia ficou mansa uns dois dias por ordens superiores, e passou a filmar, convocar, a prender aleatoriamente os revoltosos e a cobrar fiança pelo direito de ir e vir sem virar as costas). Fifa & Fafi. Vândalo & Gentileza. Gandaia & Gandhi. Protestos & Confrontos. Badernas & Bandeiras. Quebra-quebra & Passe Livre. Tropa de Choque & Bate-boca. Controle & Descontrole. Desordem & Progresso. ―Exaustão‖. Erupção. Saco-cheio. Alguém, muito esperto, já deve andar pensando em fundar o MBBN: Movimento Brabo Brasil Novo.

A trilha sonora deste momento brasil é um velho poema do eterno moderno Carlos Drummond de Andrade: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/j/jose_poema_drummond - e uma canção do velho jovem Bob Dylan: http://letras.mus.br/bob-dylan/300228/traducao.html Coluna assinada pelo Ir.·. Francisco Maciel, membro da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. D‟Artagnan Dias Filho 148 – GLMERJ

COLUNA DO DIREITO (Telefonia móvel) Quero trocar de plano, no entanto a operadora está exigindo prazo de carência. Isso é legal? Não. De acordo com a Resolução 447 da ANATEL as operadoras não podem exigir do consumidor carência para alteração ou cancelamento dos planos. Entretanto, a empresa pode estipular prazo de fidelização não superior à 12 meses, caso o cliente tenha se beneficiado de algum subsídio no fornecimento de aparelho (desconto, comodato ou doação). Coluna assinada pelo Ir.·. Gilberto F. Pereira, Fundador da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. Stanislas de Guaita 165

DICA

Posse do Venerável Mestre da Loja Maçônica Henrique Valladares, GOB-RJ Querido Irmão, no dia 25/junho, próxima terça feira, ficarei honrado com a sua presença em nossa Loja, na Sessão Magna de Instalação e Posse, às 19h30min, quando serei conduzido e Instalado Venerável Mestre da nossa querida ARLS Henrique Valladares nº 0448 - Cruz da Perfeição Maçônica. Sua presença é fundamental e será motivo de muito prazer e alegria. Fraternalmente, Paulo Cunha

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O Irmão Fernando Paiva ao lado do Venerável Mestre eleito de nossa querida Loja Maçônica Stanislas de Guaita nº 165 na posse da nova Administração da também querida Loja Maçônica Comendador Affif George Farah.

DOCUMENTOS E FOTOS ANTIGAS

Você lembra onde viu essa imagem?

EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) Contestações, lances, bobagens, respostas, estudos, crendices, fatos, curiosidades, sofismas, perguntas, humor, nostalgia, outros e... nós!

variados,

„nóstícias‟

Torradas queimadas1 Tenho na lembrança lanches noturnos do tipo "café da manha" que minha mãe às vezes fazia para gente em casa. Houve um dia em especial que ela tinha trabalhado duro pela manhã e a tarde, naquela noite ela ofereceu um desses ―lanchinhos‖ com ovos mexidos, queijo, um suco delicioso e também torradas bastante queimadas. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Meu pai pegou a sua torrada, sorriu para minha mãe e perguntou para mim como tinha sido o seu dia, na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando as torradas com manteiga, geleia, ovos mexidos e engolindo cada bocado junto com uma golada de suco. Durante o lanche, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada e meu pai dizendo:

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Ignoramos a autoria. Antecipadamente agradecemos informações nesse sentido.

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A torrada estava um pouco queimada, mas estava ótima. Depois do lanche fui até a sala perto do meu pai que assistia jornal e perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me olhou, abaixou o volume do televisor e me falou: Sabe filho, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. Eu, por exemplo, me esforço, pois sei que não sou o melhor marido, empregado, cozinheiro, vizinho, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias. O importante é tolerar as falhas alheias, e relevar as diferenças entre uns e outros principalmente quando se esforçam. Continuou ele: Essa é a chave para relacionamentos saudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu não sei cozinhar muito bem, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando.Ela não sabe usar bem uma furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso e limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe fazer um churrasco como eu. Por outro lado eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar. Concluiu ele: A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos e nos ajudamos onde não somos tão bons. Qualquer dia nós vamos partir, nem por isso seu mundo vai desmoronar. Temos que aprender e adaptar para fazer o melhor, ser tolerante, principalmente para aqueles que dedicam o precioso tempo da vida, para cuidar da gente mesmo falhando em pequenos detalhes. ―As pessoas podem até esquecer o que você lhes fez, ou do que lhes disse, dependendo do orgulho, mas dificilmente esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir e as tratou.‖ Colaboração do MI Aquilino R. Leal, Fundador Honorário da Aug e Resp Loj Maç Stanislas de Guaita 165

Com a palavra o leitor: Comunicação com os Espíritos Responda à eguinte questão: Com que finalidade os Espíritos desencarnados se comunicam com os homens? Agora, para saber se sua resposta está correta, leia o texto abaixo:

A comunicação com os Espíritos desencarnados tem duas finalidades. A primeira é a de nos mostrar o caminho do bem, para realizarmos o nosso progresso moral. A segunda é a de nos consolar diante das provas da vida. Em relação à primeira finalidade, destacamos os livros psicografados pelo médium Chico Xavier. Todos eles são voltados à moralização e no crescimento espiritual das criaturas humanas. Quanto à segunda finalidade, eu mesmo recebi consolo nos idos de 1980, em reuniões de materialização de Espíritos. Nelas, o médium de efeitos físicos fica deitado e seu corpo – desmaterializando-se por ação dos instrutores espirituais – passa a fornecer ectoplasma, substância com a qual os Espíritos têm a possibilidade de se materializar. Foi nessas reuniões que fui abraçado e beijado pelos Espíritos materializados de meus pais e de um dos meus filhos – desencarnado em conseqüência de um câncer com 1 ano e 10 meses, dos quais recebi conforto e coragem para viver. Essas comunicações com os chamados mortos são permitidas por Deus e não têm nada de satânico ou demoníaco. É bom esclarecer: o que Moisés proibiu no Deuteronômio foi a prática da necromancia, que consistia na adivinhação por meio de evocações. A pitonisa – o que chamamos de médium nos dias de hoje – em vez de servir de canal da espiritualidade para esclarecer o povo hebreu quanto aos mandamentos divinos, era usada de forma bem materialista. Passou-se a receber milhares de consultas a respeito de como ganhar guerras contra os estrangeiros, conquistar rebanhos indefesos ou tomar posse dos bens do vizinho, e coisas desse tipo. O legislador do povo hebreu, diante disso, proibiu somente a exploração comercial da mediunidade, ou seja, as consultas sobre os mais rasteiros interesses da vida material. Tanto isso é verdade que ele aprovou as atividades mediúnicas de Eldad e Medad, mesmo depois da sua proibição (Números II, 26:29), pelo fato de as comunicações espirituais, através desses médiuns, terem o exclusivo propósito de orientar moralmente seus contemporâneos.

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Por último, lembramos que o próprio Moisés, já no plano espiritual, materializou-se juntamente com Elias, no Monte Tabor, oportunidade em que conversaram com Jesus, provando, com isso, que não estavam contrariando as leis de Deus. Respondendo à pergunta inicial deste capítulo, temos: Resposta: Os Espíritos se comunicam com os homens com a permissão de Deus para nos instruir no caminho do bem, e também para nos consolar diante das diversas provas que temos de sustentar nesta existência.

Enquete inútil: Pergunta: Por que a pele da mão enruga quando em contato relativamente prolongado com a água? (Envie-nos sua resposta e a publicaremos semana que vem.)

Pergunta da edição anterior: Corrigindo a falha ocorrida na edição 403 detectada pelo nosso assíduo leitor A. L., do Oriente do Rio de Janeiro, que não quis se identificar. Pergunta: Estou louco? Explico: morando em área rural sendo ela relativamente grande para nós dois (Vilma e eu, Aquilino), unilateralmente, resolvemos ‗povoar‘ a mesma com alguns animais de pequeno porte, particularmente, gansos, patos, coelhos, galinhas etc. todos fora de cativeiro que, naturalmente, se juntaram aos tatus, lagartos entre outros ‗nativos‘. A carência de aves nos induziu adquirir algumas... Pensamos em algo exótico: em um casal de kiwis. Já em Lima Duarte procurei informações a respeito de uma loja especializada de comércio de aves para adquirir um kiwi, fui recebido com certa desconfiança, piorando a minha fama de, digamos, ‗meio porra louca‘. A maioria se mostrou surpresa; a maioria sugerindo ir a um supermercado... Supermercado? Kiwi? Supermercado? Não entendi muito bem... Um pouco estupefatos comentamos o caso com a mulher, Vilma. Esta lembrou que na ‗nossa roça‘ tínhamos alguns pés de kiwis... Insisti na aquisição de um casal de kiwis ave e... Nem completei... Em bom português me mandou para a p.q.m.p.! Pergunto eu ao mano leitor: Onde errei? Estou ficando (mais) tresloucado?

NOTA: Por deslize nosso a pergunta foi respondida na edição 404 sem ter sido formulada na edição anterior (403). Pergunta da edição anterior (edição 403): Solteira ou casada?Uma mulher foi às compras em um supermercado perto de casa, onde pegou: - 2 caixas de leite integral, - 1 dúzia de ovos, - 1 litro de suco de laranja, - 1 alface americana, - 1 kg. de café e - 1 pacote de bacon fatiado. Enquanto ela passava as compras do carrinho para a esteira do caixa, um bêbado, o próximo na fila, a observava. Enquanto o caixa registrava as suas compras, o bêbado calmamente disse: - Ocê deve sê sortera! A mulher ficou um pouco espantada com a declaração, e intrigada com a intuição do bêbado, já que, de fato, era solteira. Ela olhou os seis itens sobre a esteira e nada viu de particular em sua seleção que pudesse sugerir ao bêbado seu estado civil. Com a curiosidade aguçada, ela disse: - O senhor está absolutamente correto. Mas como conseguiu descobrir isso? Como o bêbado descobriu? O que ele respondeu? - É que ocê é feia pra cacete!!

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NOTA: Na edição 404, falha nossa, faltou a resposta acima referente à pergunta formulada na edição 403. Com esse par de correções voltamos a sincronizar as perguntas com as devidas respostas, de modo que a enquete da edição da semana passada:Por que a pele da mão enruga quando em contato relativamente prolongado com a água?será respondida na edição da próxima semana – edição 407. Nossas desculpas aos assíduos leitores e nossos agradecimentos ao arguto Ir.‘. A. L. do Rio de Janeiro.

Visite nossas páginas online: Novo Site para download das edições da Folha Maçônica: http://sdrv.ms/QobWqH Novo link do ponto cultural da FM onde estão disponibilizados mais de 14 mil títulos sobre a Ordem e afins; como está em fase de conclusão existirão falhas que pedimos serem apontadas para o seu melhoramento, assim como aguardamos comentários no sentido da apresentação e conteúdo.

Blog com desenhos e pinturas do Irmão Robson Granado: http://robsongranado.blogspot.com/

Mural Com extrema satisfação levamos ao conhecimento de nossos leitores que na terça- feira, 18/06/2013, o PONTO CULTURAL DO FOLHA MAÇÔNICA, http://sdrv.ms/QobWqH, superou a invejável marca de 15 mil títulos postados! São 15.000 arquivos postados e distribuídos em 11 pastas ‗raiz‘, a saber: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.

BIBLOS livros, livretos e artigos sobre os mais diversos temas, particularmente enfocando a Arte Real. FOLHAS MAÇÔNICAS, POLÊMICAS E EUREKAS edições do semanário e crônicas do Ir Aquilino. IMAGENS, FOTOS, DESENHOS dos mais diversos assuntos, em especial Filhos da Luz. LOJA STANISLAS DE GUAITA material da Loja Stanislas de Guaita – Rio de Janeiro. MESTRE DE HARMONIA sons e efeitos. NO TOPO DA COLUNA DO NORTE artigos de cunho estritamente maçônico. PP PROSAS... POEMAS poemas, versos, prosas etc. PROGRAMAS de apoio e de domínio público. REFLEXÕES cerca de 200 pequenos artigos para meditar. TABUADA E SEU CANTO artigos do Ir Ivan Tabuada da Loja Stanislas de Guaita – Rio de Janeiro. VÍDEO & ÁUDIO sobre a Arte Real, reclames e outros.

Todo esse material pode ser livremente acessado/baixado sem qualquer ônus em que alguns títulos são destinados aos Iniciados, por isso protegidos por senha. Há de se notar que tal acervo foi homeopaticamente formado a partir de 2010 quando o Ir Administrador teve a ideia de postar as edições do FOLHA MAÇÔNICA com a anuência de seu idealizador, o Ir Robson de Barros Granado. Um labor a um único par de mão, muita paciência e, sobretudo, muito trabalho. Como reconhecimento e agradecimento selecionamos algumas quase 17 mil imagens postadas na subpasta FILHOS DA LUZ (pasta IMAGENS, FOTOS, DESENHOS).

E se você caro Ir tem algo interessante a ser postado não se acanhe, envie o material para o e-mail folhamaconica@gmail.com para análise e eventual postagem... Ah! Não se esqueça de mencionar, quando possível, os devidos méritos. Fraternalmente, Aquilino R. Leal – com os olhos vermelhos correndo lágrimas sobre a barba...

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