Folha Maçônica 398

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27 de abril de 2013 Ano 8 – edição 398

Revista semanal distribuída por e-mail aos cadastrados e dedicada aos assuntos de interesse dos iniciados na Arte Real. Criador: Robson Granado Colaboradores permanentes: Aquilino R. Leal, Francisco Maciel, Gilberto Ferreira Pereira

Membro da Fraternidade da Morte – Sabese que membros de uma certa Fraternidade da Morte acompanhavam o condenado até sua execução, na Idade Média.


GRANDES INICIADOS Antônio Vicente Filipe Celestino

(Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1894 — São Paulo, 23 de agosto de 1968) foi um dos mais importantes cantores brasileiros do século XX. Nasceu no bairro de Santa Teresa, filho de italianos da Calábria. Dos seis homens (eram onze irmãos), cinco dedicaram-se ao canto [1] e um ao teatro (Amadeu Celestino ). Desde os 8 anos, por causa de sua origem humilde, Celestino teve de trabalhar: sapateiro, vendedor de peixe, jornaleiro e, já rapaz, chefe de seção numa indústria de calçados. Começou cantando para conhecidos e era fã de Enrico Caruso. Antes do teatro cantava muito em festas, serenatas e chopescantantes. Estreou profissionalmente cantando a valsa Flor do Mal no teatro São José e fez muito sucesso e também entrou no seu primeiro disco vendendo milhares de cópias em 1916 na Odeon (Casa Edison). Em 1920 montou uma companhia de operetas, mas sem nunca deixar o carnavalesco de lado, emplacando sucessos como Urubu Subiu. Rapidamente, depois de oportunidade no teatro, alcançou renome. Formou companhias de revistas e operetas com atrizes-cantoras, primeiro com Laís Areda e depois com Carmen Dora. As excursões pelo Brasil renderam-lhe muito dinheiro e só fizeram aumentar sua popularidade. Nos anos 20, reinava absoluto como ídolo da canção. Na década de 30 começou a demonstrar seus dotes como compositor resultando em clássicas de seu reportório, como 'O Ébrio', sua música mais lembrada até hoje (inclusive transformada em filme por sua esposa). Vicente Celestino teve uma das mais longas carreiras entre os cantores brasileiros. Quando morreu, às vésperas dos 74 anos, no Hotel Normandie, em São Paulo, estava de saída para um show com Caetano Veloso e Gilberto Gil, na famosa gafieira "Pérola Negra", que seria gravado para um programa de televisão. Na fase mecânica de gravação, fez cerca de 28 discos com 52 canções. Com a gravação elétrica, em 1927, sentiu uma certa inaptação quanto ao rendimento técnico, logo superada. Aí recomeçaria os sucessos cantados em todo o Brasil. Em 1935 foi contratado pela RCA VICTOR, praticamente daí sua única gravadora até falecer. No total, gravou em 78 RPM cerca de 137 discos com 265 músicas, mais dez compactos e 31 LPs, nestes também incluídas reedições dos 78 RPM. Vicente Celestino, que tocava violão e piano, foi o compositor inspirado de muitas das suas criações. Duas delas dariam o tema, mais tarde, para dois filmes de enorme público: O Ébrio (1946) e Coração Materno (1951). Neles Vicente foi dirigido por sua mulher Gilda Abreu (1904 - 1979), cantora, escritora, atriz e cineasta. Celestino passaria incólume por todas as fases e modismos, mesmo quando, no final dos anos 50, fiel ao seu estilo, gravou "Conceição", "Creio em Ti" e "Se Todos Fossem Iguais a Você". Seu eterno arrebatamento, paixão e inigualável voz de tenor, fizeram com que o povo o elegesse como A Voz Orgulho do Brasil. Nunca saiu do Brasil e manteve sua voz grave que era marca registrada independente do estilo musical que estava executando. Teve suas músicas regravadas por grandes nomes, como Caetano Veloso, Marisa Monte e Mutantes. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vicente_Celestino

SÍMBOLOS A Interrelação Deus-Homem-Magia Autor: Irmão Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira (continuação da matéria publicada na edição 397) Se você é um amante do futebol, mora no Rio de Janeiro e não torce pelo Clube de Regatas Vasco da Gama, provavelmente, junto com o restante da torcida carioca, deve ter execrado o ex-deputado Eurico Miranda (ex, ainda bem!) pelas jogadas audaciosas e ma-nifestações de desrespeito ao povo e às autoridades, conforme ocorreu naquele jogo Vasco X São Caetano, em 27 de dezembro de 2000, no estádio de São Januário. Naquela opor-tunidade, mesmo com a total falta de segurança, que começou com a queda de parte do alambrado e, em conseqüência, 168 pessoas feridas, ele queria, a todo custo, que o jogo fos-se reiniciado. Ele chegou até a ofender, publicamente, o então governador Anthony Garo-tinho e, aparentemente, ficou impune. Ledo engano! A torcida do Rio de Janeiro não con-

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seguiu vitimá-lo psiquicamente, mas o eleitor do Estado não o reelegeu deputado federal, o que, provavelmente, foi um castigo bem mais duro para uma pessoa tão soberba e arro-gante. A justiça às vezes tarda um pouco, mas não falha. O mestre cabalista Shmuel Lemle ensina: ―Dentro de cada ser humano existe um lampejo da Luz do Criador, porque todos nós compartilhamos a mesma essência e in-finitude e estamos interligados. Aquilo que um faz, sob certas circunstâncias, pode acabar afetando aos outros. A partir do momento que entendemos isso podemos tirar uma lição de como mudar o mundo. Muitas vezes imaginamos que temos que ir em protesto à Brasília ou a Washington, a fim de reclamar contra os muitos absurdos perpetrados pelos governos. Entretanto, se em nossa vida diária, em nossos pequenos mundinhos (microcosmos), nós mesmos agimos exatamente igual a forma que condenamos, de que adianta protestar? Os mestres também ensinam: ‗Você quer mudar o mundo? Pois comece mudando a si próprio! Quer ajudar alguém a se endireitar? Endireite primeiro a si mesmo! Deste modo você afeta não apenas o mundo, mas também o universo‘. Sim, não vão ser protestos raivosos que irão modificar o que está errado, até porque a raiva é uma manifestação do ego. Ela é péssima por um motivo muito simples: quando uma pessoa se envaidece, a Luz do Criador a abandona. A raiva é, no sentido exato da palavra, uma separação do Criador. No entanto, existe uma grande diferença entre demonstrar raiva e realmente sentir raiva no nível mais profundo do nosso ser. Por vezes a demonstração de raiva pode ser apropriada numa determinada situação e ocorrer sem provocar conseqüências espirituais danosas. Essa ―raivinha‖ logo passa, e não nos faz perder o equilíbrio. Podemos também ter raiva do nosso próprio lado sombrio, da teimosia egoísta encerrada no lema: tudo à nós; ao vosso reino, nada! Evidentemente, quando avançamos em nosso caminho espiritual, sentimos tal tipo de raiva e devemos combatê-la.‖ Se prejudicamos alguém, quer de forma intencional ou não, somos considerados res-ponsáveis apenas por nossas ações, visto que a pessoa estava, devido ao seu karma pessoal, destinada a ter aquela experiência, fosse através de nossas ações ou de qualquer outra pessoa. O que fizemos foi agir servir de canal ou veículo de atuação para a negatividade que era devida à vítima. Em realidade não fizemos um favor ao próximo, mas sim aumen-tamos o nosso próprio débito kármico e devemos entender que, por vezes, a Luz atua de forma incompreensível e misteriosa para nós seres humanos. Obviamente que os assassinos são responsáveis por seus crimes mas, certamente, as vítimas tinham que passar por tais experiências. Dito de outra forma: não somos responsáveis pelo karma do que está sendo vitimado, mas sim pelo nosso próprio, ao nos permitirmos ser o canal de atuação da ne-gatividade. Ainda segundo G. O. Mebes temos: ―Os castigos mágicos lícitos aos adeptos do Iluminismo Cristão, chamam-se coletivamente ‗reprobatio‘ (desaprovação). Há três graus de ‗reprobatio‘: desaprovação simples, aflição pela ação de seu semelhante e repreensão. A desaprovação  o primeiro grau  pode ser assim formulada: 'embora sejas meu 1 irmão, não quero compartilhar contigo os clichês de tuas ações. Não estamos juntos!‘ O Mestre Yéshua-Jesus permitiu que seus discípulos aplicassem esse grau de desaprovação só nos casos mais extremos. Sua fórmula simbólica é: ‗sacudimos a poeira de nossos pés.‘ O próprio Mestre Jesus, em casos raros, aplicava o segundo grau, o grau de luto, de aflição por causa das ações alheias: 'Melhor seria que este ser humano não houvesse nascido!‘ O terceiro grau  a repreensão  impressiona pela violência e inexorabilidade de suas conseqüências. Os casos de 2 aplicação da última podem ser constatados na história de Moisés, que usava, amplamente, os métodos teúrgicos . Não será demais lembrar os episódios de Koré, Dathan e Abiran (Números 16). 3

Em épocas mais recentes podemos citar o célebre anátema do Grão-Mestre da Or-dem dos Templários , Jacques du Bourgogne De Molay (Iacobus Burgundus Molay) que, já nas chamas da fogueira, lançou uma intimação aos seus perseguidores, o papa Clemente V e o rei da França, Filipe IV, O Belo, e o Cavaleiro Guillaume de Nogaret, para comparecerem perante o julgamento divino. Suas palavras foram: ―Nekan Adonai, choal begoal (Vingança senhor deus, maldição a todos)...Papa Clemente, Rei Filipe, Cavaleiro Guillaume de Nogaret...Convoco-os ao Tribunal dos Céus até o fim do ano..., para que recebam vosso justo castigo. Malditos....Malditos...Sereis malditos até treze gerações...”. As profecias de morte se realizaram antes dos prazos estipulados. De tudo o que acaba de ser dito, podemos compreender o perigo do ‗amaldiçoa-mento‘. Todavia, a intensidade do resultado nem sempre é a mesma. Um pai, por exemplo, amaldiçoando o seu filho, apoia-se, geralmente, na sua autoridade paterna sem ingerência de outros fatores. A ação da ‘Lei Reprobatio’ exige a realização interna e prévia da vitória hermética. Esta é a fórmula do trabalho de um obreiro esclarecido, no campo dos binários estático e dinâmico. Podemos, então, nos perguntar de que modo a lei de ação-reação ampliará o horizonte desse obreiro. Após uma breve meditação a resposta é simples: Ela lhe inculcará a prudência, alterando-o para a existência de golpes de retorno.‖

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O Divino Mestre Jesus era um nativo de língua aramaica e, neste idioma, seu nome é Yehushua (Ier-ruchua) segundo algumas fontes e Yehoshua (Ierrochua) segundo outras. De forma abreviada, fica sendo Yéshua (Iéchua), mas há quem pronuncie também Yeshuá (Iechuá) e Yehua (Ierrua). Quando os Evangelhos foram passados todos para o Grego ficou Iesu e, mais tarde, para o Latin, Jesus. No final deste artigo existe uma compilação nossa sobre alguns fatos relacionados ao idioma aramaico. 2

A Teurgia é uma ciência que nos permite invocar os Seres de Luz dos planos superiores do universo, para deles receber sublimes ensinamentos. Distingamos porém Teurgia, Goécia e Espiritismo. 3

Veja o nosso artigo “Os Cavaleiros Templários”.

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Também não é demais comentar que muitas pessoas não acreditam na espiritualidade porque não conseguem enxergar o que acontece em outros planos da existência. Infe-lizmente (ou felizmente, talvez), por enquanto, somente uma pequena parcela da população mundial tem esse dom. No entanto, para os que não acreditam, eu costumo fazer a seguinte pergunta: – Você consegue enxergar todas as ondas eletromagnéticas? Eu digo todas até porque a luz visível também é uma 14 14 onda eletromagnética, cujo espectro de freqüências vai desde 4x10 Hz (400 THz) até 8x10 Hz (800 THz). A resposta é imediata: –

Claro que não, imagina!

Então eu coloco de forma ordenada:  Mas elas existem, não é mesmo? Caso contrário, não conseguiríamos receber sinais de rádio, televisão etc (tais sinais estão na faixa de MHz). Basta termos uma antena receptora adequada, um dispositivo transdutor apropriado (rádio, televisão etc) e sintonizá-lo na freqüência do sinal. Com os fenômenos espirituais não é diferente, só que o sensitivo ou médium funciona ao mesmo tempo como antena e receptor e é necessária também a capacidade de sintonizar-se com as vibrações do mundo astral. Paz profunda e até sempre, em unidade plena, na Luz Infinita, Ir.´. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

A POLÊMICA NA FOLHA Os instrumentos de tortura da Santa Inquisição4 (I_IV) Fato: Na edição 271 do Folha Maçônica, 20/11/2010, levamos ao público a crônica MALLEUSMALEFICARUM (MARTELO DAS BRUXAS) que assim iniciava: O MalleusMaleficarum(traduzido para português como Martelo das Feiticeiras ou Martelo das Bruxas) é um livro escrito em 1484 e publicado em 1486 (ou 1487), por dois monges alemães dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger, que se tornou uma espécie de "manual contra a bruxaria". O livro foi amplamente utilizado pelos inquisidores por aproximadamente duzentos e cinquenta anos, até o fim da Santa Inquisição, e servia para identificar bruxas e os malefícios causados por elas, além dos procedimentos legais para acusá-las e condená-las. Para que a sociedade retorne ao estado de alerta e para que tais fatos vergonhosos praticados por uma instituição que se diz santa nunca mais se repitam, voltamos ao tema expondo desta vez ao tema com um trabalho, em verdade uma compilação, fortemente ilustrado, estando ele dividido em seis temas (Instrumentos de execução, Instrumentos letais de tortura, Instrumentos de interrogatório, Instrumentos de mutilação, Instrumentos de contenção e Instrumentos de açoitamento) para publicação em quatro edições seguidas. I - Instrumentos de execução 1 - Espada, Machado e Cepo A decapitação com a espada, entretenimento público, desde o início da Idade Média, é, ainda hoje, utilizada em alguns países do terceiro Mundo. Era necessária uma longa aprendizagem para aprender a manejar a espada com precisão de modo a decepar a cabeça com um golpe só, coisa que a multidão muito apreciava, como um sinal da habilidade do carrasco. Os executores mantinham-se "em forma" treinando com animais nos matadouros ou com espantalhos de cabeça de cabaça. A decapitação, pena suave quando executada com habilidade, estava reservada exclusivamente a condenados nobres e importantes. Os plebeus eram executados de outras formas, que garantiam agonias mais prolongadas, das quais a mais frequente e mais rápido era o enforcamento comum, no qual a vítima era erguida e lentamente estrangulada - ao contrário do enforcamento à inglesa, que faz tombar a vítima de certa altura com a corda ao pescoço, provocando ruptura das vértebras cervicais e da medula espinhal. 4

Santa?

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Distinção importante: o cepo só era usado em conjunto com o machado; nas decapitações com a espada, o condenado deveria manter-se ereto, enquanto o executor efetuava um movimento horizontal com a lâmina, ceifando o pescoço. 2 - O Garrote Consistia o garrote em um poste de madeira provido de um colar de ferro ou, menos comum e eficientemente, de couro duro, e que se apertava progressivamente por meio de um parafuso. Havia duas versões essenciais deste instrumento:  versão tipicamente espanhola, na qual apertando-se o parafuso, fazia-se apertar a argola de ferro, matando a vítima por asfixia;  a versão catalã, na qual havia, na nuca do condenado, um punção de ferro que, ao apertar-se o colar, penetrava e quebrava as vértebras cervicais, ao mesmo tempo que empurrava o pescoço para a frente, provocando o esmagamento da traqueia contra a argola, matando tanto por asfixia como pela destruição da medula espinhal ou do bulbo cerebral. A presença deste aguilhão não garante uma morte rápida; antes, pelo contrário, a agonia podia ser mais ou menos prolongada, dependendo do humor do carrasco. O primeiro tipo foi usado na Espanha até a morte de Franco, em 1975, altura em que o rei Juan Carlos aboliu a pena capital. O segundo tipo, usado até princípio deste século na Catalunha e na América Central, ainda é utilizado, em alguns países do Terceiro Mundo, como instrumento de tortura e execução. 3 - Emparedamento O emparedamento, utilizado já no tempo dos romanos, para punir as vestais que perdiam sua virtude, dispensa qualquer explicação. A vítima era sepultada viva, morrendo, dependendo do local de confinamento, de sede e fome, ou simplesmente asfixiada. 4 - As Gaiolas Suspensas Desde a Alta Idade Média até finais do séc. XVIII, as paisagens urbanas e suburbanas da Europa abundavam de gaiolas de ferro e madeira, no exterior de edifícios municipais, palácios de justiça, catedrais e muralhas de cidades, assim como penduradas em postes situados nas encruzilhadas de diversos caminhos; frequentemente havia várias gaiolas em fila, umas ao lado das outras. Em Florença, Itália, havia dois locais reservados às gaiolas: um na esquina do Bargello, na Via Aguillara com a praça San Firenze, e o outro num poste fixado na colina de San Gaggio, passada a Porta Romana, junto à estrada para Siena. Em Veneza, tida como um dos prováveis locais de origem da gaiola celular, estas erguiam-se na Ponte dos Suspiros e nos muros do Arsenal. As vítimas, nuas ou quase nuas, eram fechadas nas gaiolas suspensas, que não eram muito maiores que seus corpos; morriam de fome e sede, de mau tempo e frio no Inverno, de queimaduras e insolação no verão e eram muitas vezes torturadas e mutiladas para melhor servir de exemplo. Os cadáveres em putrefação eram, na maior parte das vezes, deixados in situ, até o desfazimento do esqueleto. 5 - A Roda Para Despedaçar A roda para despedaçar era, depois da forca, a forma mais comum de execução na Europa germânica, desde a Baixa Idade Média até princípios do séc. XVIII; na Europa latina e gálica, o despedaçamento era feito por meio de barras maciças de ferro e maças, em lugar da roda. A vítima, nua, era esticada de barriga para cima na roda (ou no chão ou no patíbulo), com os membros estendidos ao máximo e atados a estacas ou anilhas de ferro. Por baixo dos pulsos, cotovelos, joelhos e quadris, colocavam-se atravessados suportes de madeira. O verdugo aplicava violentos golpes com a barra, destroçando todas as articulações e partindo os ossos, evitando dar golpes que pudessem ser mortais. Isso provocava, como é fácil imaginar-se, um verdadeiro paroxismo de dor, o que muito divertia a plateia 1. Depois do despedaçamento, desatavam o condenado e entrelaçavam-lhe os membros com os raios da grande roda, deixando-o ali até que sobreviesse a morte, ao cabo de algumas horas, ou até dias.

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Os corvos, outrossim, arrancavam pedaços de carne e vazavam os olhos até a chegada do último momento. Esta era a mais atroz e longa agonia prevista dentre todos os procedimentos de execução judicial. Junto com a fogueira, o despedaçamento ou desmembramento era um dos espetáculos mais populares que tinham lugar nas praças da Europa. Multidões de plebeus e nobres deleitavam-se ao contemplar um bom despedaçamento, como comprovam várias gravuras da época. 6 - Submersão em Azeite A submersão em azeite podia ser tanto uma forma de execução como de interrogatório, tanto judicial como extrajudicial. O prisioneiro, suspenso pelos braços no teto, era baixado, por meio de um sistema de corda e roldana, dentro de um caldeirão cheio de azeite em ebulição. Este suplício podia ser aplicado em conjunto com a estrapada(!) e quase que invariavelmente, provocava a morte da vítima; na melhor das hipóteses, deixava-a inválida para toda a vida. 7 - A Serra A serra era outro meio de execução extremamente cruel, no qual a vítima, suspensa pelos pés, era serrada ao meio, de cima para baixo, a partir de entre as pernas. Esse tipo de execução podia ser levada a cabo com qualquer tipo de serra de lenhador utilizada a quatro mãos e de dentes grandes. A história conta que vários mártires - santos, religiosos, laicos - sofreram esse suplício, talvez pior que a cremação lenta ou a imersão em azeite fervente. Devido á posição invertida, que assegura a oxigenação do cérebro e impede a perda geral de sangue o condenado não perde a consciência até que a serra alcançava o umbigo, ou, às vezes, até o peito. A serra era aplicada frequentemente a homossexuais de ambos os sexos, principalmente a homens. Na Espanha, a serra foi um meio de execução militar até meados do séc. XVIII, segundo várias referências, que não citam, todavia, um só caso concreto. Na Catalunha, durante a guerra da Independência (1808-1814), contra os exércitos de Napoleão, os guerrilheiros espanhóis submeteram dezenas de oficiais franceses e ingleses à serra, sem se preocupar muito com as alianças do momento. Na Alemanha, a serra estava reservada aos cabeças de movimentos rebeldes e na França, às bruxas "engravidadas por Satanás". 8 - Empalamento Esta era uma forma particularmente cruel de execução, visto que a vítima agonizava por vários dias antes de morrer, demorando muito a ficar inconsciente. Era, ao que se tem notícia, usada desde a antiguidade; no séc. XVI, foi amplamente empregada pelos exércitos turcos que invadiam o leste da Europa. O método era simples: deitava-se a vítima de bruços e enfiava-se lhe no ânus, no umbigo - ou, talvez, tratando-se de uma mulher, na vagina - uma estaca suficientemente longa para transfixar o corpo no sentido longitudinal. Para que a estaca ficasse firme, era introduzida no corpo do condenado a golpes de marreta. Em seguida, simplesmente plantava-se a estaca no chão; a força da gravidade fazia o resto. O corpo simplesmente era puxado em direção ao solo, enquanto a estaca rasgava lentamente as entranhas, num processo que podia durar - dependendo da espessura da estaca e da capacidade de resistência da vítima - várias horas ou até dias. Ainda mais terrível era o "empalamento ao contrário", era feito pelas tropas turcas de janízaros que invadiam o leste da Europa no século XV. Segundo este método, a vítima era suspensa pelos pés, o que impedia a hemorragia e facilitava a oxigenação do cérebro; assim sendo, o condenado demorava a perder os sentidos, permanecendo consciente durante a maior parte da operação. 9 - Cremação A cremação ou vivicombustão é conhecida como a forma de execução utilizada em casos de bruxaria ou feitiçaria; na verdade, os romanos já a utilizavam para os parricidas e os traidores. Na sua forma medieval, utilizada pela Inquisição, o condenado só era queimado vivo se se recusasse a abjurar, ou seja, renunciar aos erros que o haviam arrastado àquela situação; nesse caso, era estrangulado. Para garantir que a vítima morresse verdadeiramente nas chamas, e não asfixiada com a fumaça, vestiam-na com uma camisola encharcada com enxofre.

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10 - Mesa de Evisceramento Este terrível suplício era levado a cabo em um aparelho especial, constante de uma mesa ou tábua sobre a qual havia uma roldana e um sistema de cordas e pequenos ganchos. O verdugo abria o ventre da vítima amarrada sobre a tábua, de maneira a não poder debater-se; em seguida, introduzia lhe os ganchos na abertura, prendendo-os firmemente às entranhas do condenado. Ao manipular a roldana, as entranhas eram puxadas para fora, com a vítima ainda viva; esta era então abandonada e deixada para morrer neste estado. A morte demorava por horas ou até dias. Quanto mais tardasse - isto é, quanto mais o condenado sofresse, maior era considerada a habilidade do carrasco. Conclusão: O exposto nos obriga a aceitar que em épocas passadas a fé na crença da igreja romana e suas doutrinas eram impostas sob ameaças de tortura e de morte. Por que uma igreja que devia evangelizar pelo amor de Jesus foi capaz de cometer tais atos de tortura em nome de Deus? O pior, a grande maioria martirizada apenas por querer obedecer o que a Bíblia ensinava e não as doutrinas impostas pela mesquinha instituição! (continua) "Cada vez que ouço cristãos falarem de moral, sinto revoltar-me o estômago." (Karlheinz Deschner)

Coluna assinada pelo M.·. I.·. Aquilino R. Leal, Fundador Honorário da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. Stanislas de Guaita 165

MEDITE A chave dos grandes mistérios (Eliphas Levi) Por isso, de todas as paixões humanas, a paixão religiosa é a mais poderosa e a mais vivaz. Produz-se seja pela afirmação seja pela negação, com igual fanatismo, uns afirmando com obstinação o deus que fizeram à sua imagem, outros negando Deus com temeridade, como se tivessem podido compreender e devastar por um único pensamento todo o infinito que está ligado a seu grande nome. Os filósofos não refletiram suficientemente sobre o fato fisiológico da religião na humanidade: a religião, com efeito, existe além de toda discussão dogmática. É uma faculdade da alma humana, da mesma forma que a inteligência e o amor. Enquanto houver homens, a religião existirá. Considerada assim, ela não é outra coisa que a necessidade de um idealismo infinito, necessidade que justifica todas as aspirações ao progresso, que inspira todas as abnegações, que sozinha impede a virtude e a honra de serem unicamente palavras que servem para iludir a vaidade dos fracos e dos tolos em proveito dos fortes e dos hábeis. É a essa necessidade inata de crença que se poderia dar o nome de religião natural, e tudo o que tende a diminuir e limitar o impulso dessa crença está, na ordem religiosa, em oposição à natureza. A essência do objeto religioso é o mistério, uma vez que a fé começa no desconhecido e abandona todo o resto às investigações da ciência. A dúvida é, aliás, mortal à fé; ela sente que a intervenção do ser divino é necessária para cobrir o abismo que separa o finito do infinito e afirma essa intervenção com todo o ímpeto de seu coração, com toda a docilidade de sua inteligência. Fora desse ato de fé, a necessidade religiosa não encontra satisfação e transmuta-se em ceticismo e em desespero. Mas, para que o ato de fé não seja um ato de loucura, a razão quer que ele seja dirigido e regulado. Pelo quê? Pela ciência? Vimos que nesse caso a ciência é impotente. Pela autoridade civil? É absurdo. Colocai guardas para vigiar as orações!

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Resta, pois, a autoridade moral, única que pode constituir o dogma e estabelecer a disciplina do culto de comum acordo, dessa vez, com a autoridade civil, mas não conforme às suas ordens; é preciso, em uma palavra, que a fé dê à necessidade religiosa uma satisfação real, inteira, permanente, indubitável. Para tanto, é preciso a afirmação absoluta, invariável, de um dogma conservado por uma hierarquia autorizada. É preciso um culto eficaz que dê, com uma fé absoluta, uma realização substancial aos signos da crença. A religião, assim compreendida, sendo a única que satisfaz a necessidade natural de religião, deve ser chamada de a única verdadeiramente natural. E chegamos por nós mesmos a esta dupla definição: a verdadeira religião natural é a religião revelada, é a religião hierárquica e tradicional, que se afirma absolutamente acima das discussões humanas pela comunhão da fé, da esperança e da caridade.

CONVERSA AO PÉ DO OLVIDO A ciência é a nova religião. Como a velha religião, ela promete salvar o homem, torná-lo imortal. O senhor do universo. Cientista recria som do Big Bang. Com a divulgação de informações do início do Universo, em março pelo telescópio espacial Planck, o professor de física John Cramer, da Universidade de Washington, recriou o que seria o som do Big Bang, que ocorreu há 13,8 bilhões de anos. Por meio de cálculos matemáticos, o físico produziu um som com altas frequências - o que só foi possível com os dados do Planck. O efeito é semelhante ao que os sismólogos descrevem como um terremoto de magnitude 9, que faria com que todo o planeta ressonasse. Neste caso, no entanto, o som se espalharia por todo o Universo. Cientistas criam robôs que se comportam como formigas. A formiga caminha com segurança e consegue se orientar pelo labirinto do formigueiros dando inveja a qualquer motorista que precisa de um mapa para se localizar em uma cidade. Tudo normal, caso a formiga em questão fosse um inseto, mas se trata de um robozinho de rodas e do tamanho de um torrão de açúcar. Os robôs-formiga foram criados por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de New Jersey, nos Estados Unidos, que simularam a capacidade de orientação das formigas argentinas (Linepithema humile), nas máquinas. Na natureza, as formigas se locomovem e se orientam usando rastros de feromônios. No estudo as formigas foram substituídas por um enxame de robozinhos, chamado "Alices". No lugar dos feromônios foram usados feixes de luz que podiam ser detectados por dois sensores que faziam as vezes de antenas Cientistas preparam "chuva" de ratos tóxicos para combater serpentes. A Força Aérea dos Estados Unidos lançará sobre as florestas de Guam cerca de dois mil ratos mortos contendo uma substância fatal para as serpentes responsáveis pelo extermínio de grande parte da fauna da ilha. A ação nessa fortaleza militar do Pacífico vai acontecer entre abril e maio, e consiste, segundo o plano inicial, em jogar de helicópteros os roedores mortos que receberão, antes, uma injeção com 80 miligramas do produto químico conhecido como paracetamol - utilizado em humanos como analgésico, mas mortal para a serpente arbórea marrom (Boiga irregularis), cuja população está saindo de controle. O réptil, uma espécie invasora original do litoral nordeste da Austrália e da ilha de Papua, é causadora da extinção de nove das 12 espécies de aves autóctones de Guam após chegar ali nos navios da marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com a conclusão dos especialistas. Cientistas descobrem bactérias que escravizam vírus para fazer 'sexo' com outras espécies. Os cientistas sabiam há tempos que a promiscuidade domina o mundo das bactérias, mas ainda assim levaram um susto ao descobrir o quanto ela é disseminada. Com a ajuda de um tipo especial de vírus, os micróbios parecem ser capazes de transferir material genético - em linhas gerais, algo muito parecido com sexo, em termos humanos - para espécies que têm apenas parentesco distante com os "donos" desse DNA. A conclusão preocupa porque a promiscuidade unicelular poderia abrir caminho para a transferência de genes nem um pouco amigáveis aos humanos de bactéria para bactéria. É de se

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imaginar que trechos de DNA capazes de conferir resistência a antibióticos ou maior agressividade seriam passados de "mão em mão", pelas espécies bacterianas. Os genes trocados não são nada inocentes, pois têm a ver com a produção de toxinas pelos microrganismos. Aliás, esse troca-troca parece ocorrer até no leite de vaca, o que poderia apresentar risco para os rebanhos bovinos. Cientistas japoneses conseguem revelar o conteúdo dos sonhos. Até hoje tidos como impermeáveis à ciência, os sonhos começam a ser traduzidos pela neurologia. Um grande passo, descrito na revista ―Science‖, veio de um experimento japonês com três voluntários. Cada um deles foi submetido a 200 sessões, de pelo menos três horas cada. Na primeira etapa do experimento, o participante era acordado logo depois que dormia. Então, precisava descrever o que sonhava. Um exemplo de um dos sonhos descritos pelos voluntários: ―Vi no céu algo parecido a uma estátua de bronze, posicionada sobre uma pequena colina, e sob esta havia casas, ruas e árvores‖. Outro sonolento participante do estudo relatou: ―Escondi a chave em um lugar entre uma cadeira e uma cama e alguém a pegou‖. Kamitani dividiu as imagens descritas em vinte categorias. Assim, hotéis, casas e edifícios, por exemplo, integrava o grupo chamado ―estruturas‖. Entre as outros estão ―homens‖, ―mulheres‖, ―ferramentas‖, ―livros‖ e ―carros‖. Depois, os voluntários, agora acordados, contemplavam uma série de imagens, que representavam cada categoria. Após estes exercícios, passavam normalmente pela ressonância. Dessa forma, os cientistas conseguiram relacionar padrões de atividade do córtex visual — a zona posterior do cérebro, que normalmente processa as imagens provenientes do mundo exterior — e o imaginário visual. Seria como se cada categoria adquirisse sua própria ―assinatura‖. Cientistas descobrem Deus, mas Ele consegue escapar. Novas tentativas serão feitas urgentemente. Ele está cercado, desarmado, mas é potencialmente perigoso. Aguardem notícias. Coluna assinada pelo Ir.·. Francisco Maciel, membro da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. D’Artagnan Dias Filho 148 – GLMERJ

COLUNA DO DIREITO Como deve proceder a compra e venda de produtos e serviços pela internet sem contrariar o código de proteção e defesa do consumidor? Vendas pela internet devem ser seguras e cabe ao fornecedor disponibilizar os meios necessários para garantir a segurança. Basicamente, para não contrariar o Código de Defesa do Consumidor, toda oferta e prestação de produtos e serviços deve assegurar informações corretas claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidade, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. O fornecedor deve ainda, fazer constar na publicidade, na embalagem dos produtos e em todos os impressos utilizados na transação comercial, o nome e endereço do fabricante. Coluna assinada pelo Ir.·. Gilberto F. Pereira, Fundador da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. Stanislas de Guaita 165

DICA Parabéns, Irmãos de Pernambuco Você sabia ... - Que o maior estaleiro do Hemisfério Sul está em construção em Pernambuco? - Que no Recife, foi construída a primeira Sinagoga da América?

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- Que a ponte mais antiga da América Latina foi construída em 1643, no Recife, pelos holandeses? - Que no Recife, o Galo da Madrugada é o maior bloco carnavalesco do mundo, e que em 1995 foi registrado no Guiness Book, reunindo um número de pessoas quase igual à população da cidade? - Que o Brasil foi descoberto em 1498 pelo espanhol Vicente Yáñez Pinzón, no Cabo de Santo Agostinho? - Que no município de Itambé está localizada a loja Maçônica mais antiga do Brasil? - Que o primeiro cardeal da América Latina foi o recifense Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, mais conhecido como Cardeal Arcoverde? - Que no Recife, em 1919, foi feita a primeira transmissão radiofônica do Brasil, pela Rádio Clube de Pernambuco? - Que o Diário de Pernambuco é o mais antigo jornal em circulação na América Latina, publicado desde 7 de novembro de 1825? - Que o aeroporto internacional Gilberto Freyre é o segundo maior aeroporto do Nordeste do Brasil em movimento de passageiros e em relação a área física é o maior e mais moderno do Norte/Nordeste? - Que a avenida Caxangá é considerada uma das avenidas mais longas do mundo em linha reta com 6 km de extensão? - Que o Chevrolet Hall, em Olinda, é a maior casa de shows da América Latina? - Que está em Nova Jerusalem, no municipio de Brejo da Madre Deus, o maior teatro ao ar livre do mundo? - Que o Mosteiro de São Bento em Olinda é um dos mais ricos em ouro do Brasil? - Que a feira de Caruaru, fundada em 1871 é uma das mais antigas e tradicionais do país? - Que a cidade de Garanhuns localizada a 210 quilômetros de Recife, é conhecida como Suíça Pernambucana, e no inverno chega a marcar 5 graus de temperatura? - Que o primeiro cometa da América Latina foi observado em 1860 pelo astrônomo francês Emmanuel Liais no Observatório Meteorológico de Olinda, hoje desativado? - Que a cidade de São Vicente Férrer, no interior de Pernambuco, notabilizou-se por suas competições esdrúxulas, como o maior comedor de bananas, a corrida de 21 quilômetros de costas (quem olhar para trás é desclassificado) e a mulher mais feia do mundo? - Que a cidade de Tracunhaém é famosa por seus presépios inusitados. O ex-cortador de cana e pedreiro Zezinho do Santeiro, responsável pela criação, já fez um com Maria grávida e outro em que Nossa Senhora aparecia amamentando o Menino Jesus? - Que o introdutor do uso de éter no Brasil foi o médico pernambucano Daniel Oliveira Barros de Almeida, que também organizou o primeiro fichário de anestesia no continente americano? - Que o autor do primeiro compêndio brasileiro de teoria e prática do processo civil comparado com o comercial foi o pernambucano Francisco de Paula Baptista? - Que o criador e mais importante autor do moderno teatro brasileiro foi o recifense Nelson Rodrigues? - Que Pernambuco foi o segundo Estado brasileiro a ter uma cidade tombada pela Unesco como Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade: Olinda, que teve o seu sítio histórico tombado em 1982? - Que a mais antiga igreja do Brasil, a dos Santos Cosme e Damião, está no município pernambucano de Igarassu? - Que o poeta recifense Solano Trindade, fundador do Teatro Popular Brasileiro, é considerado o criador da poesia verdadeiramente negra do Brasil? - Que o pioneiro da comunicação visual no Brasil foi o pernambucano Aloísio Magalhães? - Que o autor de "História Sincera da República", marco da historiografia marxista no Brasil, é o pernambucano Leôncio Basbaum? - Que a primeira Assembléia Legislativa da América do Sul foi criada em Pernambuco (Domínio Holandês)?

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- Que o autor do livro "Casa Grande & Senzala", o escritor pernambucano Gilberto Freyre é considerado o pai da sociologia brasileira? Fonte: http://agrestecuriosidades.blogspot.com.br/2011/06/orgulho-de-ser-pernambucano.html

DOCUMENTOS E FOTOS ANTIGAS

Loja Maçônica Segredo e Caridade - n° 1141, Bom Conselho, Pernambuco

EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) Contestações, lances, bobagens, respostas, estudos, crendices, fatos, curiosidades, sofismas, perguntas, humor, nostalgia, outros e... nós!

‘nóstícias’

variados,

Tipos de sogras Sogra tranquila Nome Científico: Sogronisnadelas. Uma espécie bem resolvida. Deixa o filhote livre para namorar sem fazer perguntas. E ainda serve chá com biscoitos quando ao) conhece. Migra várias vezes por ano, deixando a casa liberada. Sogra jararaca Nome Científico: Sogronispeçonhentus. Essa é um perigo. Sua língua venenosa acaba com as tentativas de namoro do filhote; o tipo mais comum. Sogra querida Nome Científico: Sogronissimpaticcus. Espécie amorosa, que adota as namoradasos), escuta seus problemas e torce pelo namoro. Rara e em extinção, quem captura não solta.

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Sogra intrometida Nome Científico: Sogronisenxeridis. Se mete quando você menos espera e adora elogiar a ex-namoradao)delea). Vence sua presa no cansaço. Costuma ir morar com o filhote quando elea) se casa. Sogra dupla face Nome Científico: Sogronisfalsidis. Faz a linha fina, mas na real quer puxar seu tapete. Nunca faz nada contra você perto do filhãoona) para que elea) não acredite nas suas reclamações. Dê presentes ou arrume um macho para ela voltar a reproduzir. Sogra fashion Nome Científico: Sogronismodernetes. Ela não quer saber quem é você, mas o que você veste. Se você for básicão), já era. Para ela, nora ideal usa scarpin com meia, customiza o uniforme e faz artesanato com o copo de requeijão. Sogra trabalhadora Nome Científico: Sogronisworkaholic. Ela tem três empregos, faz hidroginástica, adora levar trabalho pra casa e quando você aparece te põe para trabalhar. Para ela, nora ideal tem que fazer tudo o que ela faz e ainda estar sempre sexy e bem-humorada. Para o filhote dela isso é o mínimo. Sogra ideal Nome Científico: Sogronisdefuntus.

Colaboração do MI Aquilino R. Leal, Fundador Honorário da Aug e Resp Loj Maç Stanislas de Guaita 165

Enquete inútil: Pergunta: Quantos cestos podem ser cheios com o monólito do morro (pico) do Pão de Açúcar do Rio de Janeiro, foto adiante? Apenas considerar a parte do pico acima do nível do mar, ou seja, a rocha visível.

(Envie-nos sua resposta e a publicaremos semana que vem.)

Observe a imagem de uma das muitas pinturas de Sandro Botticelli. O que você, meu irmão, notou? Pergunta de edição anterior:

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Essa pintura recebeu o nome de Madona da Romã. Nela o menino Jesus está segurando uma romã parcialmente aberta, um antigo símbolo da fertilidade física e sexual por causa de sua grande quantidade de sementes vermelhas – as conotações eróticas da romã também estão presentes no Cântico dos Cânticos, no trecho em que os amantes se encontram em um pomar repleto dessa fruta5, o que leva a crer que Botticelli acreditava na fertilidade física de Jesus. Para complementar um pouco sobre a romã. Assim como sua estrutura, composta de múltiplas sementes, a romã possui inúmeras formas de atrair e representar generosidade, abundância, fertilidade e vida.Ao longo dos séculos a romã sempre se destacou não só como alimento, mas também como símbolo talismânico. Para os romanos e chineses, por exemplo, simbolizava a fertilidade associada ao amor e casamento, garantindo posteridade numerosa.No Cristianismo a romã alude a Benção Divina e a Igreja a proteger seus membros (sementes) com uma forte proteção (a casca). No período do Renascimento e Barroco diversas obras mostram o Menino Jesus com uma romã nas mãos representando a vida eterna.

Visite nossas páginas online: Blog da Folha Maçônica: http://folhamaconika.blogspot.com/ Este blog será extinto brevemente.

Novo Site para download das edições da Folha Maçônica: http://sdrv.ms/QobWqH Novo link do ponto cultural da FM onde estão disponibilizados mais de 13 mil títulos sobre a Ordem e afins; como está em fase de conclusão existirão falhas que pedimos serem apontadas para o seu melhoramento, assim como aguardamos comentários no sentido da apresentação e conteúdo.

Blog com desenhos e pinturas do Irmão Robson Granado: http://robsongranado.blogspot.com/

5

Ct4:3,13; Ct 6:7,11,12 e Ct 8:12.

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