Revista Rock Post 14º Ed. - KISS

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COLUNAS: METAL É A LEI * MUNDO ROCK DE CALCINHA * THE ROCKER * WAR EXTREMO * GUITARRAS & AFINS * OLD REVOLUTION ENTREVISTAS

Saiba tudo sobre a banda

Cobertura exclusiva do show em Bebedouro (SP) com a participação de Aquiles Priester

Fotos Exclusivas do show do Metallica

Revista Rock Post - ANO 02 - Nº 14 - Distribuição Gratuita

Falando sobre o álbum

E mais: *CURIOSIDADES *BONUS TRACK *NEWS

A SUPER BIOGRAFIA


rocesso * Capa em p

de seleção


Editorial

Você deve estar ai pensando: como passou rápido, o primeiro mês do ano já foi. Exatamente caro leitor, o ano passa voando, o Metallica já veio, e es-

Nº 14 ANO 02 FEVEREIRO 2010

tamos em fevereiro já, só aguardando mais um feriado para o tão esperado descanso. Bom, enquanto aguardamos, vamos trabalhando aqui para trazer o melhor do metal nacional e internacional para você. Entrevistas, colunas e tudo mais que você precisa para manter-se atu-

03 – Metal é a Lei - Lula Mendonça

alizado enquanto vê o verão chuvoso passar.

Quero agradecer a todos que colaboraram nesta edição e espero que gostem

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- curiosidades

do que preparamos este mês. Fernanda Duarte Editora-Chefe

05 – Biografia: kiss

14 – mETALLICA: FOTOS DO SHOW EM PORTO ALEGRE

Equipe Rock Post (Colaboraram nesta edição)

16 – ENTREVISTA: HAZY HAMLET

Fernanda Duarte (Redação e Edição)

19-oldrevolution - André luis

Douglas Santos (Artes) Gabriel Gardini (Redação) André Luis Ferreira (Colaborador) Lula Mendonça (Redação Maceió) Gisele Santos (Redação São Paulo) Anselmo Piraino (Colaborador) War Paulo (Colaborador) The Rocker (Colaborador) Junior Viana (Fotografia) Rodrigo Favera (Fotografia)

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– entrevista: versover 24 – THE ROCKER - JOÃO MESSIAS (entrevista ace 4 trays) 26 – entrevista: frontal

30 - GUITARRAS E AFINS - ANSELMO PIRAINO

32 - WAR EXTREMO - WAR PAULO 34 - mundo rock de calcinha: gisele santos

37 - NEWS

38 - bonus track


CONFIRA OS GANHADORES DA PROMOÇÃO “ANIVERSÁRIO ROCK POST”

Agradecemos a todos os que participaram da promoção

enviando seu e-mail e parabenizamos os ganhadores que levaram o CD com as seis primeiras edições da revista digital e também o sorteado que levou o livro do Cartunista Márcio Baraldi.

* Levaram o CD da Revista Rock Post (seis edições em formato digital) 1 - Cristiane Silva - Salto/SP

2 - Fabio Madden - São Paulo/SP

3 - Elza Dantas da Silva - Santo André/SP 4 - Lucy Eiko Takamoto Kuga - Suzano/SP 5 - Thiago André Romeu Fossati - Recife/PE 6 - Erick de Almeida Leoni - Piracicaba/SP 7 - Elaine Infante - Matão/SP 8 - Eduarda Soares - S. José Rio Preto/SP 9 - Daniela Scabello - Matão/SP 10 - Viviane Rossi - Curitiba/PR * O Erick de Almeida Leoni foi o contemplado também com o livro do Cartunista Márcio Baraldi


BOLETIM NACIONAL - úultimas noticias Por Lula Mendonça

Imagens: Divulgação Bandas

SCUD: banda do Piauí lança Ep Unofficial #19 A banda SCUD do Piauí retirou do forno no início de 2010 o Ep – UNOFFICIAL #19 que contêm duas músicas “Why Die” e “Red Cha-

os” em versão promo. Em formato digipack, o ep vêm dando uma prévia de como virá o próximo trabalho da banda, que no momento ensaia com seu novo baixista, se preparando para pegar a estrada novamente e as novas músicas que fará parte do segundo cd da banda. “Já temos músicas suficientes para o nosso segundo play, precisamos agora ter um pouco de paciência para o baixista se adaptar melhor às novas canções e a forma de trabalho da banda. Queremos entrar em estúdio com força total, até mesmo porque, achamos que esse trabalho será muito importante na carreira do SCUD. Acredito que estamos preparados para transpor a síndrome do segundo disco”. Comentou confiante o vocalista e guitarrista Marcelo Alelaf. A música “Red Chaos” já está disponível para download no site oficial da banda. SITE: www.scudband.com Keter: Confirmada participação no Palco do Rock 2010 A banda KETER, (Thrash/Death Metal) de Salvador-BA, confirmou participação na décima sexta edição do Palco do Rock, prometendo fazer uma apresentação destruidora com um set list composto por músicas que vão integrar o primeiro full-lenght, material que está prestes a ser lançado. O evento ocorre no período de carnaval, em Salvador, levando ao local de realização das apresentações milhares de pessoas ao longo dos quatro dias de shows. No dia 15/02 (terceiro dia), a KETER estará dividindo palco com um dos maiores nomes do metal nacional, o KORZUS. SITE: http://www.myspace.com/keterband Still Alive: mudança no posto de baterista do grupo A banda carioca STILL ALIVE, que atualmente se encontra produzindo seu primeiro álbum de estúdio juntamente com o produtor Edu Falaschi (Almah, Artemis, Symbols), confirmou a entrada do baterista Thiago Alves (Prelludium, Trance Dipper), assumindo o posto deixado por Rodrigo Carvalho. Segundo o guitarrista Gil Vasconcelos: “O Rodrigo saiu da banda por motivos pessoais há algum tempo, e nesse período estávamos testando bateristas para ingressar no time. Finalmente nossa busca acabou e encontramos na figura do Thiago Alves o elemento que nos faltava. Ele já iniciou seus trabalhos conosco e gravará nosso debut álbum no Rio de Janeiro. A afinidade foi instantânea, pois o Thiago tem um estilo de tocar realmente impressionante, que combina criatividade, técnica, pegada e muito groove. O cara é um baterista extraordinário e com certeza irá impressionar a todos nas gravações do CD”. O debut álbum da STILL ALIVE, ainda sem título definido, tem previsão de lançamento para o final do primeiro semestre de 2010. SITE: www.myspace.com/metalstillalive Fevereiro 2010 - Rock Post 3


Kattah: confira a arte gráfica de “Eyes Of Sand” O fotógrafo profissional e web designer Antonio Cesar, que já assinou trabalhos para as bandas ANGRA, ALMAH, AMANDA SOMERVILLE, KORZUS, dentre outros; foi o responsável por todo conceito gráfico do primeiro álbum de estúdio da KATTAH, intitulado “Eyes Of Sand”. “Procurávamos um artista no perfil do Antonio Cesar para cuidar da parte gráfica do álbum. E de fato ele nos provou que estávamos certos quanto a sua escolha”, afirmou o vocalista Roni Sauaf. “Eyes Of Sand” tem previsão de lançamento para o primeiro semestre do ano de 2010, e contará em todo seu conteúdo com o híbrido de elementos das culturas árabe e brasileira. SITE: www.myspace.com/bandakattah Violator: capa e faixas de “Annihilation Process” revelados A banda brasiliense de Thrash Metal VIOLATOR revelou a capa e o track list de seu novo CD, “Annihilation Process”. A capa foi desenhada pelo artista Andrei Bowzikov, que em seu currículo tem trabalhos para NOCTURNAL GRAVES, MUNICIPAL WASTE, AMEBIX, FUELED BY FIRE, CANNABIS CORPSE , SEWER, VOETSEK, entre outras bandas. A faixa “Deadly Sadistic Experiments”, que fará parte do CD, está disponível para audição no link abaixo. SITE: www.myspace.com/killagainrec

Hugin Munin: novo EP está praticamente pronto A banda santista de Viking Metal, HUGIN MUNIN, está com seu mais novo EP praticamente pronto. O material já está sendo prensado e a previsão de lançamento está anotada para o começo de fevereiro. Além da já divulgada e elogiada “Heroes Rise”, o CD terá mais quatro composições. SITE: www.myspace.com/huginmuninbr Aygan: em fase final da gravação do CD A banda paulistana AYGAN está acabando as gravações de seu primeiro CD “Plastic City”, no estúdio MR.SOM em São Paulo. O guitarrista da banda Rodrigo Curvo, comentou com o Rock Way que o processo está bem adiantado e os vocais devem ser gravados até o fim desta semana. SITE: www.myspace.com/aygan

Shaman: “Immortal” em versão dupla já disponível Já está disponível desde o começo do ano pelo site da Die Hard a versão dupla e especial do CD “Immortal”. Esta versão traz o áudio do DVD “AnimeAlive”. Além disso, há como bônus três faixas acústicas e uma faixa ao vivo que não entraram no DVD. Além da versão especial de “Immortal”, também já está disponível desde o fim de 2009 o DVD “Animealive”, gravado no evento homônimo de 2008. SITE: www.shamanimmortal.com 4 Rock Post - Fevereiro 2010


A BIOGRAFIA DOS CAVALEIROS MASCARADOS Em meados de 1973, o rock começava a se diversificar, nesta época grandes bandas surgiram modificando esse cenário, entre elas o Kiss. Nesta matéria nós vamos mergulhar na história dos quatro cavaleiros mascarados que causaram um grande impacto na cultura da década de 70. Em 1973, na cidade de Nova Iorque, existia uma banda chamada Wicked Lester formada pelo baixista Gene Simmons e pelo guitarrista Paul Stanley, a banda chegou a gravar um álbum, mas nunca foi produzido. Frustrados com o fim da banda em 1973 decidiram procurar novos integrantes. A procura começou, e isso incluía até anúncios em jornais a procura de músicos. Foi aí que encontraram o baterista Peter Criss. Peter chegou à audição bem vestido e Gene perguntou a ele: “Se em um show todos fossem vestidos de mulher você iria?” Ele disse: “Sim”, e entrou na banda. Mas ainda precisavam de mais um guitarrista, no dia seguinte, nas audições, apareceu um cara cortando a fila com um tênis de cada cor e com as calças rasgadas, se ele não tivesse com a guitarra na mão diriam que ele era um mendigo, disseram a ele que deveria respeitar a fila, mas quando chegou a sua vez ele impressionou a todos com a sua técnica, seu nome era Ace Frehley. Mas, ainda faltava o nome para a banda. Eles se inspiraram em um festival em Nova Iorque de nome Kiss, mas dizem lendas que o nome é uma sigla (Knights in Satan’s Service Kiss) que significa “Cavaleiros a Serviço de Satan” e não somente Beijo.

A banda decidiu usar maquiagens, existe até uma polêmica de que a banda teria copiado a ideia do grupo brasileiro Secos e Molhados. Polêmicas a parte, a maquiagem foi definida baseada em elementos referentes à personalidade de cada um. Gene por gostar de filme de terror fez uma maquiagem que o deixava com cara de mal, Paul pintou uma estrela no olho porque sonhava em ser um astro de rock, Ace fez a sua maquiagem inspirado no espaço sideral e em uma estética futurista, Peter por sua paixão por felinos fez uma fantasia de homem gato. Eles acabaram por assumir essa personalidade, e por muitos anos isso escondeu suas verdadeiras identidades, para o figurino a banda mesclou elementos de super-heróis em quadrinhos com personagens do teatro japonês. Usando botas de salto enormes que davam um ar de super-heróis titânicos e se tornariam então: The Demon (Gene Simons), The Starchild (Paul Stanley), “Space Man” ( Ace Frehley) e The Cat ( Peter Criss). A banda passou a se apresentar com os trajes e maquiagens, o primeiro concerto foi no "New York Coventry Club", onde

Por Gabriel Gardini Nesta mesma época aconteceria o primeiro grande show da banda na cidade de Nova Iorque, eles chamaram uma banda de abertura, popular na época, chamada “Brats” para abrir o show e mandaram convites para a imprensa em nome da banda, e mesmo endividados alugaram uma limusine para chegar em grande estilo ao local. Isso tudo para passar ao público que já possuiam um grande nome. O KISS entra no Bell Sound Studios em Nova Iorque para a gravação do disco. E no dia 18 de fevereiro de 1974 eles lançam seu primeiro álbum intitulado apenas como “Kiss”. A capa do álbum foi inspirada no álbum “With the Beatles” dos Beatles, mostrando os quatro integrantes do Kiss maquiados, a posição de cada músico se assemelha muito a capa dos Beatles. Neste disco estão grandes sucessos que a banda continua a tocar até hoje como “Black Diamond” e “Firehouse”. O álbum traz em suas faixas um toque de humor e sensualidade que estão presentes em praticamente

a banda recebeu cerca de U$ 35,00. Continuaram fazendo apresentações por toda a cidade de Nova Iorque, tocando suas músicas. Foi quando em um desses shows estava o empresário Bill Acoin que se interessou pela banda. Após algumas reuniões a banda assinou contrato com a Casablanca Records. Fevereiro Janeiro 2010 2010--Rock RockPost Post 55


todo o disco. Para promover o disco a gravadora lançou um concurso chamado KISS, que premiaria o casal que ficasse mais tempo se beijando, mas mesmo com o apoio da gravadora o disco não alcançou o sucesso esperado. A banda então decide lançar mais um álbum no mesmo ano. “Hotter Than Hell” é lançado em 22 de outubro de 1974 pela Casablanca Records, este álbum trás uma sonoridade mais pesada e crua, puxando mais para o Heavy Metal, um estilo que começava a surgir na metade da década de 70. O álbum traz também uma música que foi escrita antes de formarem o Kiss “Goin Blind” e de uma fita demo “Let me go Rock’n’roll”. Este álbum foi bem recebido pelo público e pela crítica que viam ali uma grande potência musical surgindo. No palco, performances não faltavam, Gene, com sua gigantesca língua, provocava o público, em seu solo de baixo (em forma de machado) repleto de efeitos como distorção e ecos, ele cuspia sangue pela boca enquanto sons de correntes sendo arrastadas e vento criavam uma atmosfera tensa. A guitarra de Ace Frehley começa a soltar fumaça enquanto vários rojões estouram no meio do palco. Paul Stanley e Peter Criss também não eram diferentes em palco, pulando e balançando os longos cabelos. A partir da turnê de “Hotter Than Hell” uma mensagem abria o show da banda, dizia-se “You

“Love Her All I Can”. A capa do disco mostra os integrantes com suas maquiagens e vestidos de terno, mas o terno de Gene esta curto demais para ele. O terno que ele esta usando na verdade é do dono da gravadora, e do restante do grupo também aconteceu o mesmo, foram emprestados de amigos e parentes. O fato é que a banda mesmo fazendo sucesso considerável, não tinha dinheiro para comprar nem ao menos ternos novos. Aproveitando essa boa maré, o Kiss lança em 10 de setembro de 1975 o disco “Alive!”, o primeiro álbum ao – vivo da banda e um dos primeiros álbuns duplos ao - vivo da história do Rock. “Alive!” vendeu até hoje mais de 22 milhões de cópias no mundo todo, superando até mesmo os seus sucessores “Alive II”, “Alive III” e “Symphony Alive IV” no disco estão faixas dos três primeiros álbuns da banda, as gravações ocorreram entre março e junho de

Wanted the Best and You Got the Best. The Hottest Band in the World, Kiss!", traduzindo: "Vocês queriam o melhor e vocês conseguiram o melhor, a banda mais quente do mundo, Kiss". No ano seguinte era a vez de “Dressed To Kill”, que apesar de conter um dos maiores sucessos da banda, não foi tão bem recebido pelo público inicialmente, mas depois de um curto tempo o público começou a absorver o disco e então ele estourou ganhando até disco de ouro. Este é o único álbum produzido pelo presidente da gravadora Casablanca Records. O álbum traz também composições da época do Wicked Lester como “She” e 6 Rock Post - Fevereiro 2010

1975 em cinco shows: Cleveland, Detroit, Tri-Cities, Wildwood, e Springfield. Após o grande sucesso de “Alive”, era a vez de “Destroyer” sair do forno, a banda entra novamente em estúdio, agora sob a batuta do produtor Bob Ezrin que já trabalhou com nomes como Alice Cooper. Bob deu outra cara ao som do Kiss, agora com mais efeitos e mais detalhes, ele colocou vozes de crianças na faixa “God of Thunder”, corais em “Great Expectations” e para a famosa música “Beth” foi chamada a orquestra filarmônica de Nova Iorque. Uma semana após seu lançamento o disco já estava no top 20 no EUA, e ganhou disco de Platina pela RIAA em 22 de abril de 1976. O disco mais uma vez é repleto de sucessos como “Detroid Rock City”, “God of Thunder” e a balada “Beth” composta por Peter Criss, uma das músicas mais famosas da banda até hoje.


A capa do disco mostra os quatro integrantes da banda surgindo como se fossem super-heróis. A maneira de fazer as capas dos discos também caracterizava a banda. Os discos “Alive!” e “Destroyer” mostravam que a banda chegava para ficar. Nesta época surge o empresário Bill Aucoin, que passou a controlar o marketing da banda, desde posters até camisinhas com o nome da banda. Ele fundou também o Kiss Army, um exército de fanáticos em todo mundo que são comandados pela banda. Neste mesmo ano é lançado “Rock And Roll Over” com as faixas “Hard Luck Woman” e “I Want You”. A banda sai então com a “Rock and Roll Over Tour” e vai pela primeira vez ao Japão, a receptividade do público japonês com eles supera as expectativas. Depois dessa turnê a banda entra na categoria de Super-Grupo devido aos seus grandes espetáculos. Aproveitando a boa repercussão dos shows no Japão, a gravadora lança o Box “The Originals”. Em 1977 a banda lança “Love Gun”, o disco fala sobre a relação da banda com suas fãs, foi também mais um disco de grande sucesso, vendendo três milhões de cópias e ganhando platina triplo pela RIAA. Em “Love Gun” é possível ver pela primeira vez os vocais de Ace Frehley na faixa “Shock me”. A capa do disco traz mais uma vez a banda como personagens dos quadrinhos. Em um dos shows da turnê de “Love Gun”, Gene Simons, no seu número de cuspir fogo, queima o próprio cabelo, o show é interrompido para insatisfação dos fãs, mas no outro dia tudo já estava bem e eles continuaram a turnê. Ainda em 1977, a banda lança “Alive II” mais uma vez em álbum duplo. Os discos contêm músicas dos álbuns “Destroyer”, “Rock And Roll Over” e “Love Gun”, além de um bônus com cinco músicas inéditas gravadas em estúdio. Por motivos não explicados as linhas de guitarra de Ace Frehley não foram gravadas por ele e sim por

um amigo da banda chamado Bob a maioria das músicas em versões Kulick. Ele teve que tocar de forma reeditadas. Mas, foi nesta época similar a Ace para que não soasse que os integrantes começaram a se diferente. As faixas ao – vivo foram desentender, a vaidade começava gravadas durante a Love Gun Tour. a tomar conta do clima da banda, Também nesta época a Marvel Com- tanto que cada integrante lançou um ics lança uma revista em quadrinhos álbum solo. Neste período a banda do Kiss, um fato curioso é que a queria associar sua imagem a quase tinta da vermelha dos gibis contudo para que ficassem mais poputinha sangue de todos os integranlares e arrecadassem mais dinheiro. tes. Fora isso, a banda passou a ter Ainda em 78 a banda foi convidada uma grande produção em níveis de para fazer um filme que os transforshows. A equipe da banda envolvia maria em super-heróis. O filme “Kiss mais de 50 pessoas, que providencia- Meets The Phanton Of The Park” vam hotéis, segurança, alimentação, tem o roteiro baseado em mostrar os transporte, tanto da banda como dos quatro super-heróis lutando contra equipamentos. Havia também um um cientista malvado que descobriu produtor geral responsável por toda um método de clonar seres humanos, equipe que era composta por um e ele usa um show do Kiss em figurinista, um maquiador, técnicos seu parque de efeitos especiais de palco e um de diversões técnico para cada instrumento. Todo para colocar aparato de som pesava mais de 50 toneladas sem contar iluminação que pesava mais de 20 toneladas, isso tudo transportado por grandes caminhões. Para montar toda estrutura de palco e iluminação eram necessárias 24 horas de trabalho intenso, toda essa produção custou a banda quase 2 milhões de dólares. O dinheiro até pouco tempo atrás escasso tornou-se farto, e a banda teve condições de comprar seu próprio avião seu plano chamado por eles de Of em prática. Course. Após terem Em 1978 são lançasido clonados, o das as coletâneas Kiss usa de seus po“Double Planderes para acabar com tium” e “The suas cópias. Originals Ainda com uma crise entre II” no seus integrantes, a banda chama Japão, um novo produtor para o próximo com disco. O produtor Vini Poncia, o mesmo produtor responsável pela produção do álbum solo de Peter Criss, levou a banda para um lado mais “Pop”, deixando o estilo pesado um pouco de lado. Durante as gravações do novo Fevereiro 2010 - Rock Post 7


álbum, a banda decidiu que Peter Criss não participaria das gravações por estar passando por problemas com álcool e drogas, chamaram o baterista Anton Fig para gravar as linhas de Bateria da banda. Fig que já havia tocado no álbum solo de Ace Frehley, teve que modificar seu jeito de tocar para gravar igual a Peter Criss e não deixar que os fãs descobrissem. A única música que Peter gravou foi "Dirty Livin'", música que ele mesmo canta e que já estava pronta antes de decidirem que ele não deveria mais tocar no álbum. No álbum está presente a faixa “I Was Made For Love You”, a música mostrava o Kiss mais pop, muito pouco parecido com a banda de tempos atrás. Mais problemas começam a aparecer e a banda continua a investir em um som mais comercial. O disco “Unmasked” começou a ser gravado no final de 1979 e mais uma vez Peter Criss não participou das gravações, sendo mais uma vez Anton Fig tocando em seu lugar. Mas, tanto na capa do álbum quanto no clipe da música "Shandi”, é Peter Criss que aparece tocando. O álbum mais uma 8 Rock Post - Fevereiro 2010

vez foi produzido por Vini Poncia. O disco é lançado em 20 de maio de 1980 e a banda perde ainda mais a popularidade, já que a música está cada vez mais pop e bem longe do que era antes. A capa do álbum mostra os integrantes em forma de quadrinhos sendo fotografados por “paparazzis” que tentam fotografar a banda sem a máscara, o que ele descobre é que o rosto sem maquiagem é igual com as maquiagens. A turnê passa por lugares como Austrália e alguns países da Europa. E quem abriu os shows na Europa para o Kiss foi o Iron Maiden, que na época lançava seu primeiro álbum. No meio da turnê Peter Criss é substituído pelo baterista Eric Carr, os motivos apresentados pela banda foram de que Peter não conseguia tocar direito ao – vivo pelo seu problema com as drogas. Eric Carr entra para a banda e assim como ele a sua máscara também é confeccionada, Eric é no palco “The Fox”. Em 1981, seguindo o mesmo estilo, a banda lança “Music from The Elder”, conhecido como apenas “The Elder”. Neste álbum a banda recontrata o produtor Bob Ezrin,

que idealizou o álbum. Eric e Ace não concordavam com as idéias do produtor, diziam que aquele não era o Kiss. Eric sendo baterista tradicional de rock teve muita dificuldade em tocar orientado pelo rígido produtor em relação à percussão. Na faixa “I”, Eric foi substituído pelo baterista autônomo Allan Schwartzberg, que trabalhou no álbum solo do Gene Simmons. “The Elder” era um álbum conceitual baseado na história de um garoto escolhido para lutar contra o mal, o Kiss foi a primeira banda de hard rock a fazer esse tipo de música, já que o feito era rapidamente associado a bandas de rock progressivo. As letras tiveram a colaboração de Lou Reed, ex-Velvet Underground nas faixas "Dark Light", "Mr. Blackwell" e "A World Without Heroes". Mas o que era pra ser uma “carta na manga” da banda, tornou-se mais uma vez um fracasso comercial, o disco não agradou público e nem crítica. Não houve sequer turnê promocional, apenas uma aparição na TV, onde a banda executou duas músicas. Até hoje alguns fãs discutem se o álbum é um dos melhores da banda, pela


excelente sonoridade na faixa “The Oath e A World Without Heroes”. Em 1982 a banda lança a coletânea “Killers” por insistência da gravadora, a coletânea continha quatro faixas inéditas “I'm a Legend Tonight”, “Down on Your Knees”, “Nowhere to Run” e “Partners in Crime”. A gravadora levanta a banda depois dos fiascos dos últimos trabalhos, portanto a exigência dos produtores eram quatro músicas totalmente Hard Rock, o que acabou dando um pouco de resultado, já que foi bem aceito pelo público, mas mesmo assim não chegou a nenhuma posição de destaque, já que o disco não foi lançado nos EUA. Nas gravações inéditas Ace Frehley não participou das gravações, mesmo estando na capa do disco, quem gravou as linhas de guitarra foi Bruce Kulick. Ainda em 1982 a banda lança “Creatures of the Night”, neste álbum a banda volta de vez as suas raízes no hard rock e no heavy metal e reconquista novamente público e crítica. Mas apesar do bom aceitamento do disco a banda passa por mais uma mudança em sua formação, com a saída de Ace Frehley, ele já não

havia participado das gravações do álbum por causa de um acidente que havia sofrido, mas o motivo principal da saída de Ace foi o seu grande problema com álcool e drogas que o impediam de tocar normalmente tanto ao-vivo como em estúdio. Ace participou apenas do videoclipe para a música "I Love It Loud". Ace foi substituído por Vinnie Vicent, um velho amigo da banda e que já tinha participado de algumas composições. A banda se apresentava com mais peso na turnê de 1983, que passou por vários países da Europa, Ásia e America do sul, inclusive no Brasil, onde a banda lotou o estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, em 18 de junho de 1983, considerando que pelos outros países que a turnê passou não surtiu o efeito desejado, não apostaram tanto no Brasil, deixando o país como segundo plano, mas a banda não esperava tal receptividade. Mais de 130 mil pessoas assistiram ao show da banda que por sua vez fez um grande espetáculo com direito a fogos de artifício, som de alta qualidade e uma presença de palco incrível. O público brasileiro bateu o recorde de pagantes que antes per-

tencia ao Japão. O disco “Creatures of the Night” recebeu disco de ouro pelo sucesso das vendas no Brasil. A banda, a fim de chamar a atenção de volta para si, lança o álbum “Lick it Up”, o disco é um verdadeiro golpe publicitário, já que os integrantes aparecem pela primeira vez sem maquiagem. O disco, mais uma vez, apresenta uma mudança de estilo da banda, dessa vez partindo de cabeça no metal, abandonando de vez a sonoridade pop de discos anteriores. O disco também é marcado pela grande presença de Vinnie Vicent nas composições já que 8 das 10 faixas foram compostas por ele. Após a turnê de “Lick Up”o guitarrista Vinnie Vicent sai da banda, os motivos foram a má relação com o resto dos integrantes. Já na outra semana, o guitarrista canadense Mark St. John entra pra gravar o álbum Animalize, mas não conseguiu gravá-lo por completo por causa de um problema em sua mão, nas faixas que ele não pôde gravar foi chamado o guitarrista Bruce Kulick, irmão de Bob Kulick, que já havia gravado para a banda em discos anteriores. Na turnê St. John não conseguia Fevereiro 2010 - Rock Post 9


tocar durante um concerto inteiro, ele era substituído por Bruce no meio do show, isso se repetiu durante toda a turnê, ele só consegue tocar em um único concerto por completo. No meio da turnê St. John sai definitivamente da banda sendo substituído por Bruce. Depois descobriram que St. John tinha uma espécie de artrite que provocava inchaço nos braços e o impedia de tocar normalmente, ele veio a falecer no dia 5 de abril de 2007. Nesta época era comum associar o Kiss ao Twisted Sister devido ao estilo Glam que ambos adoram como usar roupas desfiadas e coloridas. No ano de 1985 a banda lança o disco “Asylum” seguindo com uma sonoridade mais metal, nesta

mesma época Gene Simmons cria a sua própria gravadora, a Simmons Records, após isso a banda tira merecidas férias e lançam o disco “Crazy Nights” somente em 1987. A banda sai mais uma vez em turnê para a promoção do disco “Crazy Nights”, passando pelo Japão e países da Europa, após isso lançaram a coletânea “Smashes, Thrashes & Hits” trazendo duas faixas 10 Rock Post - Fevereiro 2010

inéditas, além de uma nova versão da música “Beth” cantada agora por Eric Carr. Em 1989 a banda lança o álbum “Hot in the shade” que contém o hit “Forever”, após o lançamento a banda sai em turnê pelos EUA, logo mais Paul Stanley sai em turnê solo junto a Bob Kublick e Eric Singer. Em 1991 a banda passou por uma terrível baixa, o baterista Eric Carr descobre que tem um tipo raro de tumor no cérebro e morre seis meses depois de descobrir a doença, no dia 24 de novembro de 1991. A banda teve que pensar em um substituto, a solução veio rápido quando Paul Stanley chamou Eric Singer que havia participado de sua turnê em 1989 e já

havia tocado com o Black Sabbath, Alice Cooper e Badlands. Em 1992 a banda lança “Revenge”, o álbum é o primeiro após a morte do baterista Eric Carr e também um disco dedicado a ele a exemplo da última música “Carr Jam 1981” música tirada de uma Demo que Eric gravou logo que entrou no grupo. A única modificação na música foi a guitarra de Bruce Kubick. O disco foi produzido por Bob Ezrin. A banda sai em turnê e grava todos os shows para lançar mais um álbum ao – vivo, “Alive III” onde além de tocarem todos seus maiores sucessos, tocam as músicas do novo álbum. O álbum ganhou disco de ouro em 1994. Em 1995 a banda foi convidada pela MTV americana para


fazer um álbum acústico ao–vivo da série “Unpluged” da MTV. Gravado nos estúdios da Sony Music no dia 9 de agosto de 1995, o show contou com a presença dos integrantes originais Peter Criss e Ace Frehley. O álbum ganhou uma versão em DVD posteriormente. Em 1997 a banda lança o álbum “Carnival of Souls: The Final Sessions”, o disco não foi bem aceito pelo público já que mostrava a banda com influências do grunge de bandas como Alice In Chains, e algumas passagens pelo Doom Metal. O álbum passou despercebido pela mídia, tanto que não teve turnê de divulgação e não alcançou nenhum lugar de destaque nas paradas de sucesso. Após o lançamento do DVD a banda percebeu que sua popularidade voltou a crescer e resolve voltar de vez as suas raízes, voltando até a sua formação original chamando de volta a banda Peter Criss e Ace Frehley que já tinham participado do acústico. A banda também decidiu voltar a usar maquiagens mesmo sabendo que não se esconderiam mais de ninguém. Eles saem então em uma turnê mundial batizada de Alive/WorldWide Tour. O primeiro concerto foi na cidade de Detroid, onde 77 mil ingressos foram vendidos em menos de 45 minutos. A turnê foi considerada a mais lucrativa para banda no período de 1996 a 1997. Em 1998 a banda lança o disco “Pyshco Circus” em 22 de setembro de 1998, dessa vez pela Mercury Records, o disco atinge o terceiro lugar na Billboard e coloca a banda novamente em evidência no mundo todo, até um jogo baseado no disco foi lançado . A turnê de promoção do disco também não poderia deixar de ser espetacular, nos shows

eram distribuídos óculos 3D, o que deixava o público alucinado. A turnê teve dois shows no Brasil em abril de 1999 no autódromo de Interlagos em São Paulo e em Porto Alegre no Jocker Club. Em 2000 a banda anuncia a Fareweel Tour, que seria a turnê de despedida da banda. No meio da turnê Peter Criss teve que sair, pois estava com problemas de Artrite, em seu lugar voltou o ex-baterista Eric Singer, com a maquiagem de Peter. Após a turnê que deveria ser a última, a banda anuncia um novo álbum aovivo desta vez ao lado da orquestra sinfônica de Melbourne. Batizado de “Kiss Symphony: Alive IV” mostra a banda tocando de um jeito que muitos fãs jamais imaginariam ver, ao lado de uma orquestra sinfônica, o álbum duplo é dividido em três partes, no primeiro ato mostra a banda tocando normalmente, no segundo a banda toca com uma parte da orquestra em formato acústico e no terceiro a banda toca com toda orquestra. Ace frehley não toca nos concertos e é substituído por Thommy Thayer que já havia trabalhado com a banda, Peter Criss, já recuperado, toca no concerto. Nos singles estão presente a música “Do you remenber Rock’n’Roll Radio?” gravada para um tributo aos Ramones e “We’re a Happy Family” ao lado do saxofonista Dick Parry, que gravou para o Pink Floyd nos anos 70, e

os tecladistas Scott Paige e Derek Sherinian que tocaram junto a Alice Cooper e Dream Theather. Mais tarde, em 2004, a banda sai ao lado do Aerosmith na turnê “World Domination Tour”, o baterista Eric Singer volta à banda. Após os shows ao lado do Aerosmith a banda sai novamente em turnê, dessa vez com a “Rock The Nation Tour”, que resultou em um DVD que tinha como principal atrativo a escolha dos ângulos em que a câmera focava apenas um dos membros. O DVD foi lançado apenas no final de 2005. Ainda em 2004 a banda teve a música Struter presente na trilha sonora do jogo GTA San Andreas. Em 2005 Gene Simons e Paul Stanley anunciam que a banda irá tirar férias de 2 anos, alegando que a banda não tirava férias desde sua formação. Em 2006, Paul Stanley lança seu segundo disco solo “Live To Win” e logo depois sai em turnê de divulgação, na turnê está presente o músico brasileiro Rafael Moreira, com apenas 18 anos. Logo após, a música “Lick Up” está novamente presente na trilha sonora do jogo GTA Vice City Stories e a música “Struter” voltou aos games no jogo Guitar Hero II Peter Criss também lança um novo álbum em julho de 2007 chamado “One for All”, nele está uma música em homenagem ao ex-companheiro Fevereiro 2010 - Rock Post 11


de banda Ace Frehley na música “Space Ace”. Em 2007 o Kiss fez uma mini turnê por algumas cidades do Estados Unidos com apenas 4 shows, no último desses shows o guitarrista Paul Stanley sofreu uma arritmia cardíaca horas antes, o que o impediu de tocar no concerto. A banda teve que se apresentar em trio dedicando o show ao companheiro de banda que dias depois já estava recuperado. Ainda em 2007 a banda volta a serie Guitar Hero desta vez com a musica “Rock ‘n’ Roll all Nite”no jogo Guitar Hero III. Em 16 de marco de 2008 a banda se apresentou no Melbourne Park para mais de 50.000 pessoas no encerramento do grande premio da Austrália de formula 1 anunciando que este seria o primeiro show da turnê de aniversario de

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35 anos da banda nomeada “Kiss Alive/35 World Tour”. A “Kiss Alive/35 World Tour” é primeira turnê desde a “Pyscho Circus Tour” e se estendeu pela Europa, America do norte, America do sul e Japão. Na turnê a banda usa roupas baseadas na época do disco “Destroyer”. A turne passou pelo Brasil nos dias 7 e 8 de abril de 2009 e encerraram a turnê na cidade de Paso Robles nos EUA no dia 28 de julho de 2009 . A turnê contou com o guitarrista Thommy Thayer no lugar de Ace Freley. Durante a turnê Paul Stanley anuncia que esta compondo canções para o novo álbum e que a banda voltara a estúdio após a turnê , Paul também disse que as próximas musicas serão no bom e velho estilo anos 70 voltando as raízes onde a banda se consagrou.

Em 6 de outubro de 2009 a banda lança o tão esperado “Sonic Boom”, o álbum foi gravado no Conway Recording Studio produzido por Paul Stanley e Co-produzido por Greg Colins. Após seu lançamento foram vendidas 175 mil copias na primeira semana de vendas, premiando o álbum com disco de ouro. O álbum esta sendo distribuído pela rede Wall-Mart nos EUA e no Canada. A banda fez uma turnê pelos EUA que terminou no dia 15 de Dezembro. Após essa turnê a banda anunciou uma turnê pela Europa no dia 1 de maio de 2010. Fonte: Wikipedia, Acervo Pessoal Imagens: Internet, www.kissonline.com Visite também: www.kissarmy.com.br


CURIOSIDADES

Se você lembra de algum fato curioso no mundo do rock envie um e-mail para nossa redação (rockpost@rockpost. com.br) com seu texto.

HEAVY METAL COMO RELIGIÃO? A revista Metal Hammer está fazendo uma campanha bem humorada pela legitimidade do heavy metal. A publicação sugeriu a seus leitores que, no próximo censo religioso realizado no Reino Unido, respondam que sua religião oficial é o heavy metal. “Desde que o Black Sabbath lançou seu primeiro disco, há 40 anos, o heavy metal cresceu de tal forma que se transformou em uma das instituições mais significativas do Reino Unido. Se o Jedi consegue, por que os metaleiros não podem fazer o mesmo?”, afirmou o editor da revista ao site Gigwise, se referindo ao último censo britânico, realizado há nove anos, no qual mais de 400 mil pessoas afirmaram ser da religião Jedi. O vocalista da banda de metal Saxon, Biff Byford, gostou da ideia e passou a apoiar a campanha. “Fazer o heavy metal ser oficialmente reconhecido como uma religião é uma forma bem legal de rebelião”, afirmou. Fonte: www.uol.com.br

OS ASTROS DO ROCK E SUAS EXIGÊNCIAS Podemos classificar como extravagâncias, coisas básicas, coisas inúteis, entre tantas outras, estas exigências que alguns astros costumam ou costumavam exigir antes dos shows durante suas turnês. Confira e eleja sua melhor! 1) Gorgoroth - 50 cabeças de ovelhas, 200 metros de arame farpado, 1 carpinteiro, papel higiênico rosa extra macio. 2) IGGY POP - uma faca afiada, chá de pólvora chinês, um jornal de língua inglesa, um monitor que fale inglês e não tenha medo da morte, um imitador do Bob Hope, 7 anões, 6 garrafas de cerveja boa da região, 2 garrafas de Bordeaux (vinho). 3) Marilyn Manson - ar-condicionado sempre no máximo, balinhas de goma da Haribo, Doritos, absinto, uma prostituta careca e sem dentes. 4) GUNS N' ROSES - cigarros Dunhill, Marlboro, Camel, revistas adultas (Playboy, Penthouse). 5) Sammy Hagar - Vodka Absolut, Jack Daniels, Bacardi Anjeo, Tequila Premium, 6 limões, 4 copinhos, aipo (cortado e não descascado). 6) MOTLEY CRUE - maionese Kraft, mostarda Grey Poupon Dijon, manteiga de amendoim Skippy Creamy, uma jiboia de 12 metros de comprimento, uma sub-metralhadora, horários marcados nos AA da região. 7) Korn - advogado, médico, dentista.

9) POISON - Um intérprete para os fãs surdos 10) THE DARKNESS - absinto, suco de frutas. 11) FOO FIGHTERS - queijo fedorento. 12) KISS - um suprimento de bonecas infláveis do Kiss. 13) HIM - bíblias. 14) ROLLINS BAND - 2 caixas grandes de cereal, 2 litros de leite e 2 litros de leite de soja, café escuro torrado italiano, 12 barrinhas de proteína. 15) VAN HALEN - uma bacia de M&Ms sem nenhum de cor marrom. 16) TAKING BACK SUNDAY - um poster do Michael Jackson da era pré-Dangerous. 17) BON JOVI - 2 esfregões, 2 baldes, 2 vassouras, 2 rodos grandes. 18) Led Zeppelin - Ferro de passar, tábua de passar. 19) LIMP BISKIT - lâmpadas fluorescentes. 20) DEF LEPPARD - suco de frutas, biscoitos de trigo, ameixas muito muito pequenas. 21) NICKELBACK - passar a tarde jogando golfe. 22) Motorhead - ovos de chocolate Kinder Egg. Fonte: www.sitedecuriosidades.com

8) THE BLOODHOUND GANG - um macaco. Fevereiro 2010 - Rock Post 13


FOTOS EXCLUSIVAS DO SHOW EM P

O Metallica passou pelo Brasil e já deixo show, sobre a performance dos integrantes, ciar a importância da banda na vida dos fãs. Ou que palavras”, portanto ai vai as imagens registrad cedeu gentilmente seu trabalho para pu

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PORTO ALEGRE - POR RODRIGO FAVERA (FOTÓGRAFO)

ou saudade, muitos comentários sobre o mas todos na mesma intenção, a de evidenuvi várias vezes esta frase “Imagens valem mais das pelo Fotógrafo Profissional Rodrigo Favera, que ublicação em nossa revista e nosso site.

Porto Alegre

Créditos: Rodrigo Favera Visite www.flickr.com/rodrigofavera

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O Metal Nacional em seu mais tradicional estilo Por Fernanda Duarte

ENTREVISTA

Entre tantos trabalhos que chegam a nossa redação tive o prazer de receber o álbum Forging Metal da banda Hazy Hamlet (que significa "Aldeia Enevoada"). A partir daí busquei saber mais sobre a banda, que nasceu no Paraná no ano de 1999 e faz um excelente trabalho há mais de dez anos. Fiquei muito feliz em ver que existia um trabalho independente tão bem feito que chegava a mídia com certa discrição e ganhava repercussão por se tratar de algo inovador, porém

que nos traz aquele sentimento bom de nostalgia. São verdareiros guerreiros voltados às raízes do metal. O Hazy Hamlet poderia ser definido como um representante atual de uma época de Ouro que foi o surgimento

e ápice do estilo. Depois de sofrer algumas mudanças, começou ai uma incessante busca por uma produção independente e de qualidade, que podemos ver em seus outros lançamentos, alvos de boas críticas, porém

o ponto alto da banda chega neste álbum “Forging Metal. Atualmente o Hazy Hamlet conta com Arthur Migotto (Vocal), Julio Bertin (Guitarra), Fabio Nakahara (Baixo) e Cadu Madera (Bateria).

Entrevista: Hazy Hamlet

negativo podemos apontar os quatro anos em que o Hazy ficou praticamente parado, tentando conseguir meios de produzir e lançar seu disco. Nós passamos por inúmeras dificuldades, e por pouco não encerramos as atividades. Já falando no lado positivo, tivemos como primeiro grande impulso a participação no On The Road 2003, em Cascavel, que nos ajudou bastante. Além deste, como já seria de se supor, o lançamento do álbum foi algo extremamente positivo e motivador, e muitas coisas boas têm ocorrido para nós desde então.

além do que esperávamos. É claro que há dois atributos importantes em questão. Por um lado aparecemos do nada com um material independente, o que não atrairia muita atenção. Por outro, nos dedicamos muito produzindo este disco para ter uma qualidade aceitável, e procuramos caprichar bastante tanto na arte gráfica quanto na energia passada pelas músicas. Esperávamos uma reconhecimento mediano, porém algumas conquistas importantes, como esses elogios que você citou e o convite para participar do tributo ao WASP nos surpreenderam muito!

Rock Post: Olá amigos do Hazy Hamlet, agradeço por nos concederem esta entrevista e digo que estou honrada em entrevistá-los, pois admiro realmente o trabalho de vocês e espero que nossos leitores possam saber muito mais sobre a banda. Arthur: Olá, Fernanda! Nós é que agradecemos por essa oportunidade e ficamos felizes que tenha acompanhado e curtido nosso trabalho! Rock Post: A carreira do Hazy Hamlet caminha para o 11º ano, e como toda banda, sempre há um momento em que se deparam com um balanço, onde encaram todos os prós e contras de todos estes anos. Se fossem fazer este balanço, quais seriam os principais pontos da carreira a serem destacados? Arthur: Certamente como ponto 16 Rock Post - Fevereiro 2010

Rock Post: O álbum Forging Metal (2009) é um sucesso de crítica tanto no Brasil quanto em outros países. Vocês alcançaram com este álbum o destaque que imaginavam? Arthur: Para ser sincero, o reconhecimento de alguns lugares têm ido

Rock Post: Falando em Forging Metal, como foi a produção deste álbum? Já que vocês trabalham de forma independente, acreditam que as dificuldades foram maiores para produzi-lo? Arthur: Com certeza! Normalmente


ao para lançar um álbum você tem alguém que lhe suporta em todo o processo, dizendo o que deve fazer ou o que deve deixar de lado – seja um produtor no estúdio ou alguém prestando um serviço de assessoria para as partes burocráticas – e nós tivemos que nos virar sozinhos. Frequentemente nos deparamos com infindáveis questões de como prosseguirmos, como conseguirmos um determinado som ou uma informação sobre a prensagem. Na verdade as dificuldades surgiram ainda quando estávamos gravando em outro estúdio e a produção estava a cargo do seu responsável. A qualidade estava ficando muito aquém da esperada, e fomos inundados com mentiras e enrolações. Depois disso, quando resolvemos assumir tudo, precisamos meses para aprendermos sobre como corrigir os defeitos do começo da gravação e realizar a mixagem do disco. Já com o master pronto, tivemos que brigar muito com o pessoal da assessoria fonográfica – que está acostumada a receber o trabalho arroz-comfeijão das bandinhas de baile por aí – e estava recusando alguns detalhes que incluímos. Chegamos até a unir dados e enviar uma documentação sobre novos padrões de discos para eles, para provar que sabíamos do que estávamos falando. Felizmente após tudo isso, ficamos muito satisfeito com o resultado. Rock Post: O sucesso de Forging Metal pode ser atribuído a mistura musical do power metal das formações anteriores para a pegada do classic metal, que é o foco da banda no momento? Arthur: (Risos) Não havia pensado nisto... Sim, talvez... De fato, o power metal está bastante em alta, e apesar de acharmos que o power que praticamos é um pouco diferente daquilo que o povo chama hoje de power metal, os atributos de velocidade e energia estão sempre presentes. Já o classic metal, por mais que seja um tipo de som aces-

sível e totalmente ligado às raízes, está em baixa. Ele tem um público fidelíssimo, mas cada dia menor. É um som que curtimos, e resolvemos seguir assim mesmo sabendo que está datado. Talvez seja realmente a mistura que tenha agradado tanto e nos surpreendido assim. Rock Post: O que vocês acham do cenário do Heavy Metal Nacional atualmente, referente a espaço para shows, suporte as bandas, imprensa? Arthur: Carente. Sobre o espaço e suporte, há muita vontade e poucos recursos. Os promoters geralmente têm muito boa vontade, mas além de terem de realizar os eventos em espaços que não recebem investimento algum, o público é sempre menor que o esperado. Recentemente cheguei a ver um show do Andralls com 40 pagantes por aqui, na véspera de sua viagem para uma turnê fora do país. Muitas vezes o organizador não consegue cobrir os custos de translado das bandas e da locação de equipamentos. Já da imprensa, temos recebido um grande apoio da mídia especializada – zines impressos, webzines, revistas como vocês – mas ainda sinto que falta um mínimo de reconhecimento e respeito às bandas independentes por parte de alguns - aqueles maiores, que estão há mais tempo na ativa. Coisa simples, como responder nossos emails antes de cinco tentativas... Rock Post: Hoje com a facilidade de programas de gravação, homestudios, e outros tantos artifícios, começaram a aparecer inúmeras bandas, porém a qualidade do álbum nem sempre indica que a banda produza um show excelente. Qual é a opinião de vocês sobre este assunto? Acreditam que hoje existam menos bandas “ao vivo” do que antigamente? Arthur: Acredito que não, este tipo de contraste sempre existiu. Algumas bandas não soam bem como no CD, outras têm um material simples

que não chama muita atenção, mas quando se vê ao vivo se diz: "PQP! Como eu não tinha reparado nessa banda antes?". Mas a tecnologia ajuda bastante sim, e quem a domina hoje consegue produzir trabalhos indefectíveis. Rock Post: O ano de 2010 está apenas começando e quais são os planos da banda para este ano? Alguma turnê internacional em vista? Arthur: Ainda não, infelizmente. Crescemos muito em 2009, mas ainda nos faltam recursos para uma turnê internacional. Pretendemos é tocar bastante no Brasil, alcançar lugar que ainda não tocamos antes, preparar um novo material para 2011, e só então conseguir apoio e recursos para organizarmos algo no exterior. Rock Post: Amigos foi um grande prazer poder saber mais sobre o Hazy Hamlet, eu desejo em nome da Equipe Rock Post muito sucesso, que é o que vocês merecem pelo excelente trabalho que fazem... O espaço agora é de vocês... Arthur: Fernanda, muito obrigado por essa grande oportunidade. Tenho acompanhado o trabalho de vocês e a cada edição o progresso é visível, e o resultado atual é incrível. É uma honra estar compartilhando um pouco de nossas ideias com vocês e os leitores. Vejo vocês nos shows! Um enorme abraço da família Hazy Hamlet! www.hazyhamlet.com Fevereiro 2010 - Rock Post 17


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David Byron

Texto: André Luis

David John Carrick nasceu em 29 de janeiro de 1947. Em 1965 começou a cantar na banda The Stalkers junto com o guitarrista Mick Box. Nessa banda tocaram por dois anos, em clubes fazendo covers. Em 1967 decidiram se tornar profissionais, os outros membros acharam arriscado e decidiram se separar.Antes de se formar o Uriah Heep, Mick Box e David que se tornou David Byron formaram a banda Spice, não muito tempo depois mudam de nome para Uriah Heep inspirados na novela “David Copperfield” de Charles Dickens. Em 1969 a banda contava com Mick Box (guitarra), David Byron (vocal), Ken Hensley (teclado), Paul Newton (baixo) e Alex Napier (bateria), essa formação durou até 1970 com a saída de Alex e a entrada de Nigel Olsson e, com essa formação que o Heep entra no Studio Lansdowne para a gravação do primeiro LP “Very ‘Eavy, Very ‘Umble” lançado em junho de 1970. O disco entra no 186º lugar das paradas na Billboard. Ainda em 1970 mais uma mudança nas baquetas e Keith Barker entra no lugar de Nigel. Após uma breve turnê a banda entra novamente no Studio Lansdowne no final do ano e soltam em fevereiro de 1971 “Sulisbury” mais uma vez lançado pela Vertigo, o álbum atingiu a posição de 101 da Billboard e o primeiro hit da banda viria nesse álbum “Lady in Black” pedida nos shows até hoje. No meio do ano de 1971, Ian Clarke entra no lugar de Keith. No mesmo período a banda assina com a Mercury e lança em outubro de 1971 “Look at yourself “ que obtém o posto de 93 das paradas da Billboard. No começo de 1972, Lee Kerslake assumi as baquetas e em maio de 72 lançam “Demons and Wizards” que alcança 23º posição da Billboard, a melhor colocação até então. The Wizard, Easy Living e Rainbow Demon são clássicos eternos obrigatoriamente incluídos nos set list dos shows até hoje. A capa é considerada a mais bela que a banda já fez. Pela primeira vez na sua história a banda grava um álbum com a mesma formação David Byron Band do LP anterior e em novembro de 1972 é lançado “The Magicians Birth” e a banda alcança a posição 31 das paradas da Billboard .Gary Thain entra no lugar de Mark Clarke. Após dois álbuns lançados com a Mercury a banda assina um novo contrato com a Warner Bros e depois de uma bem sucedida turnê lançam em setembro de 1973 Sweet Freedom outro clássico da banda, o cd foi produzido por Gerry Bron. A banda parte para uma turnê e, logo após, novamente mudam de Studio dessa vez gravam na Musicland Studios, na Alemanha, Em Junho de 1974, novamente a banda conta com a produção de Gerry Brown, com o álbum Wonderworld a banda obteve a 38 posição das paradas da Billboard. Voltando as origens à banda grava seu novo LP no Andsmore Studios, em Londres, o título viria a ser “Return to fantasy”, lançado em maio de 1975, a banda obtém apenas a 85 posição das paradas e partem para mais uma turnê bem sucedida. Entre a pausa para as gravações do novo cd, Byron lança seu primeiro LP solo “Take no prisoners”, em 1975. Voltando a banda lançam em março de 1976 “High and Mythg” novamente produzido pelo produtor Gerry Bron o álbum obteve sua pior posição na parada da billboard 161 a pior desde o primeiro lançamento não por acaso Byron deixa a banda e se aventura na carreira solo. Depois de um ano parado eis que Byron volta com a banda Rough Diammond Que contava com Clem Clempson do Humble pie e ex-Wings e Geoff Britton na bateria, Diammon Butcher no teclado e Wilie Bath na guitarra.O álbum homônimo e lançado em janeiro de 1977 foi produzido pela própria banda. Retornando sua carreira solo, a David Byron Band formada por Stuart Elliot, Alan Jones e Daniel Bonés lançam em 1978 pela gravadora Arista Baby Faced Killer. Em 1984 gravam o EP “That was only yesterday”, o que seria uma prévia para um novo álbum acabou sendo a última gravação de David que veio a falecer em 28 de fevereiro de 1985, em decorrência da dependência do álcool. O EP só seria lançado em 2008. A formação contava com o guitarrista Tim Renwick, que já trabalhou com Elton John e Eric Clapton, Alan Spenner (Joe Cocker e Roxxy Music), John Bundrick (Free), Roger Waters (The Who) Neil Conteh (Jagger Bowie) e Chanter Sister. David deixou um legado na história do rock n roll britânico e mundial. Hoje o mundo do rock sente sua falta e essa é uma pequena homenagem que fazemos no aniversario de 25 anos de sua morte. Rest in peace. Fonte: Wikipedia

Imagens: internet Acesse: www.myspace.com/ahardroadzine

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ENTREVISTA e cobertura do show Por Gabriel Gardini

O Versover foi formado em 1997 por Gustavo Carmo, Rodrigo Carmo, Fernando Trizólio e Maurício Magaldi na cidade de Bebedouro, interior de São Paulo. Os integrantes têm várias influências, com variados estilos, do Rock Clássico ao Power Metal. Antes de formarem o Versover, os irmãos Rodrigo e Gustavo Carmo, junto ao baixista Fernando Trizólio tocavam covers de bandas como Ozzy e Iron Maiden, e quando o baterista Maurício Magaldi saiu da banda Thanatus foi logo chamado para a banda. Após alguns ensaios eles entraram em estúdio para a gravação da primeira Demo Tape. Depois de ter tentado vários outros nomes como Alliphae, Target, Blind Target e No Blind, chegou o nome Versover, através de um encarte do álbum Counterparts do Rush, nele estavam as palavras Chorus & Verse e Over & Out, Verse + Over = Versover. O significado do nome era que Versover simboliza o término de qualquer abstração que se faça em torno de um assunto seja ele sonoro, verbal ou visual. O baixista Fernando Hagihara entrou para a banda em julho de 1998, substituindo Fernando Trizólio, assim a banda deu início a uma série de shows para promoção de “Endurance”. Já no começo de 1999 foi iniciada a pré-produção do primeiro álbum, as músicas foram compostas 20 Rock Post - Fevereiro 2010

e tocadas ao vivo pela banda durante dois anos. De julho a outubro de 1999 a banda entrou no Heaven Studio para gravar o seu debut álbum chamado “Love Hate & Everything in Between”. Depois de uma longa jornada contra a burocracia a banda assina, em abril de 2000, com a Die Hard Records. A parceria com a Die Records é muito produtiva levando a banda para níveis de reconhecimento pela mídia e público. Como o convite para a gravação da música “A Letter to Ophelia” para o projeto “Shakespeare’s Hamlet” lançado em agosto de 2001, o que levou a banda a um reconhecimento de nível internacional. Em agosto de 2001 o Versover fez uma participação no programa do Jô, na TV Globo, no quadro “Fundo da Caneca”, com uma versão inédita da música “Thirst”. Em dezembro o baterista Maurício Magaldi deixa a banda, sendo substituído por Marcelo Roviriego. Em 31 de janeiro de 2002 a banda abre um show para o Edguy em São Paulo. E logo, em 2003, a banda lança o disco House Of Bones considerado o melhor disco de metal do ano de 2003 no Brasil, mostrando que a banda está com qualidade sonora de nível internacional. O disco ainda contou com participações especiais de Edu Falaschi (Angra),

Leonardo Caçoilo (Eterna) e Charles Dalla (Wizards). O álbum foi gravado no Creative Studios realizado por Ricardo Nagata e Philip Colodetti que já trabalhou com bandas como Shaman, Krisiun e Eterna. A produção foi feita pelo guitarrista Rodrigo Carmo. No ano de 2005 eles lançam o álbum “Built Perspective”, que tem como destaque as faixas “New Beginning” (que abre o álbum), “Galla Night” que têm duas versões no álbum e “A Letter To Ophelia”que está também no projeto “Shakespeare’s Hamlet”. Este álbum traz a banda mais voltada ao Prog Metal com faixas mais trabalhadas, mas sem perder o peso e a velocidade característica da banda. O mais recente trabalho do Versover foi lançado em dezembro de 2009, “Live Perspectives”, é o primeiro álbum ao vivo da banda, e traz músicas de todos os álbuns anteriores e covers de Metallica, Black Sabbath, Judas Priest e Deep Purple. A Rock Post esteve presente no show de lançamento do disco, que foi no dia 9 de janeiro de 2010, o show ainda contou com a presença do renomado baterista Aquiles Priester (Hangar) que mostrou todo seu potencial juntamente com a banda Versover. Um show realmente fantástico, o vocal de Rodrigo Carmo impressiona pela sua força e presença, também há


um ótimo entrosamento entre baixo e guitarra, seguido das ótimas linhas de teclado e da bateria destruidora de Aquiles Priester. A banda, além de tocar suas composições, no final do

show tocou duas covers do Metallica, Enter Sandman e Master Of Puppets, sendo uma das melhores apresentações covers de Metallica que pude presenciar até hoje.

Mas não ficamos só nisso, fomos além e preparamos uma entrevista logo após o show para saber mais sobre esta grande banda nacional. Confira a entrevista na íntegra!

Show em Bebedouro 09/01/2010

Fotos: Junior Viana

Entrevista Versover

Rock Post: Conte-nos como surgiu a ideia de criar a banda e quais eram as principais dificuldades para começar? Gustavo - Éramos bem jovens e tocávamos muitas músicas cover de bandas como Iron Maiden, Black Sabbath, AC/DC etc. Aos poucos fomos percebendo que algumas ideias afloravam de improvisos, e que poderíamos tentar fazer o nosso próprio som. Ai, naturalmente, pensamos em criar uma banda de sons próprios, e o Versover surgiu. Rodrigo - As dificuldades de início são as mesmas de todas as bandas: arrumar lugar para ensaiar, comprar bons equipamentos, conseguir bons lugares para tocar e evoluir musicalmente. Rock Post: Quais são as principais influências dos integrantes? Fernando - O Rodrigo gosta bastante de Heavy tradicional e trash. Metallica antigo, Megadeth, Anthrax e também Rage, Judas Priest e muito Ozzy! O Gustavo têm um gosto parecido com o do Rodrigo, voltado mais para os guitarristas tais como Steve Morse, Zakk Wylde, Marty Fried-

man, Joe Satriani, Steve Stevens, Eric Johnson e Victor Smolski. Eu sou praticamente influenciado somente pelo Savatage auhuhahua. Rock Post: Quais são as temáticas aplicadas nas letras das músicas e o que a banda gosta de passar para seu público? Gustavo - Houve várias fases do Versover em relação a letras. A primeira fase é aquela que não sabemos o que queremos passar. O que vem na cabeça a gente bota na letra, pois soa bem. Obviamente cada música tem sua mensagem, mas é tudo muito aleatório. Esta fase é mais ligada à nossa demotape, Endurance. A segunda fase foi mais voltada para conflitos internos, que de certa forma rodeia todo mundo. Então a ideia era fazer com que quem acompanhasse as letras se identificasse com um determinado estado de espírito e pudesse absorver isso da música, de certa forma compartilhando isso com a banda. A terceira fase foi baseada em um livro, “A casa de ossos”, de Adriano Villa. Ele mesmo escreveu as letras e, além de estar conectada à história do livro, discute religião em várias letras. Enfim, não existe uma preferência.

Existem fases. Rock Post: Como vocês encaram a atual cena do Metal em um país como o Brasil onde o estilo não é predominante? Na opinião de vocês, quais são os pontos fortes e pontos fracos do público e da crítica especializada no Brasil? Rodrigo - Como quase em tudo no nosso país, o que é bom não está na mídia. Por isso, a cena é muito pequena, muito menor do que é merecido por ela. Mas, não adianta ficarmos reclamando. O que temos que fazer é lutar para que ela cresça. Fernando - O público de Heavy Metal, como na maior parte dos países, é sempre fiel. Aqui não é diferente. Tem que ser muito fiel para pagar o valor que os promotores de shows cobram dos ingressos e também a forma com que isso é feito, vide o que ocorreu no AC/DC. Gustavo - Outra coisa que evoluiu é a relação do público brasileiro com as bandas brasileiras. Estamos sendo mais respeitados. Há pouco tempo, o pessoal dava muito mais valor às bandas do exterior. Acho que isso mudou bastante nos últimos tempos. Mas, sempre há como melhorar. Fevereiro 2010 - Rock Post 21


A banda Versover junto com Aquiles após o show, ao lado a capa do CD Live Perspectives. Rock Post: Como é tocar ao lado de um grande nome do metal nacional e internacional como o baterista Aquiles Priester? Como ocorreu esse contato? E, na opinião de vocês, pode haver uma fusão entre o público do Angra e Hangar com o público da Versover? Gustavo - O Aquiles é um amigo de longa data, e nos conhecemos antes mesmo de despontar nas baquetas do Angra. A oportunidade de poder fazer um show com ele é única, de poder tocar com um grande músico, e também com um grande amigo. O Versover sempre teve bons bateristas, e ter o Aquiles conosco foi a forma mais requintada de manter, e elevar, o nosso nível musical. Ele é um profissional excepcional, incomparável com qualquer baterista de Metal no Brasil. Fernando - O Versover possui passagens musicais bem ecléticas e o público deste show, especificamente, conhece bastante o trabalho da banda, então não existe nenhum tipo de preconceito. Haviam mais fãs do Versover do que do Angra neste show, e o Hangar, naturalmente, passou a ser ainda mais conhecido na nossa região.

22 Rock Post - Fevereiro 2010

Rock Post: O Versover tem um público muito fiel no interior de SP, em especial na cidade de Bebedouro, berço da banda. Como é tocar para o público que acompanhou toda a trajetória da banda desde seu início? Há muita energia sentida pela banda, e como é poder registrar isso ao vivo? Rodrigo - Tocar em Bebedouro é sempre absurdamente prazeroso. O pessoal da cidade e da região sempre dá muito apoio para nós e sempre nos respeitou muito. No último show que fizemos dia 09 de Janeiro, a energia foi absurda. A galera cantando junto todas as músicas, não teve uma briga e enchemos um lugar com 400 pessoas. Isso foi maravilhoso. Até o Aquiles, que está tão acostumado com isso, ficou impressionado com a galera! Foi muito legal mesmo. Valeu Bebedouro e região.

tando uma turnê nos Estados Unidos para o início do ano que vem, e tudo indica que vai dar certo. Fora isso, por enquanto, não temos nenhum plano, uma vez que acabamos de lançar o CD/DVD ao vivo. Agora é a fase de sentir o que a banda precisa e o que queremos, e mandar ver.

Rock Post: Agradeço por concederem esta entrevista para a Revista Rock Post e foi muito legal a experiência de poder vê-los tocar pessoalmente. Agora o espaço é de vocês... Rodrigo - Não podemos deixar de agradecer aos redatores da revista Rock Post, por ter nos prestigiado e ter vindo ao show. Ficamos muito felizes com essa iniciativa, pois só com pessoas como vocês que o Heavy Metal Brasileiro pode e vai crescer. Sei que conversamos pouco ao vivo, mas a correria estava absurda. De Rock Post: O ano de 2010 marca qualquer forma, valeu a pena. os 10 anos de lançamento do disco Gustavo - Não podemos deixar “Love Hate & Everything in Betambém de agradecer ao público que tween”, quais são as expectativas foi exemplar em todos os quesitos. da banda para esse ano? A banda Muita energia. já tem alguma turnê marcada? Fernando - Obrigado a todos. Sem Gustavo – Eu moro no exterior, então vocês, o Versover não existiria. Até a é bem difícil marcarmos turnês com próxima. frequência. Porém, estamos acerversover.wordpress.com


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Entrevista – Ace 4 Trays

COLUNA

Por João Messias (THE ROCKER) Fazendo um som que combina diversas influências, esse quinteto paulistano prova que é mais uma banda que tem tudo para cair nas graças do público rocker underground e mainstream! Nesta entrevista feita com o vocalista Diego Prado, ele nos conta sobre o curioso nome da banda, downloads, a nova formação e até de uma música do CD que cairia no gosto do pessoal que nem é muito fã de rock pesado! Confiram mais esta entrevista exclusiva para a Rock Post! The Rocker: Saudações galera! Queria que vocês explicassem o significado do nome Ace 4 Trays e como vocês chegaram nele. Diego Prado: Cara, a ideia era um nome que soasse legal, mas que tentasse representar um pouco da nossa proposta como banda. O que nós queremos dizer com Ace 4 Trays é que nós somos azes de um baralho, e estamos metendo as caras, sem medo de cometer erros e sem nada para nos impedir de conquistar os nossos objetivos. As cartas para o tabuleiro, para que o mundo veja. The Rocker: Vocês são uma banda relativamente nova, visto que ela fora formada em 2007. Antes do A4T, vocês já tiveram outras bandas? Diego Prado: Sim, todos nós nos tocávamos na noite, realizando covers de bandas como AC/DC, Iron Maiden, Metallica, entre outros. Fizemos muitos shows juntos e aprendemos muito nessa fase. Isso nos ajudou muito. The Rocker: A primeira vista muitos podem pensar se tratar de um grupo de metalcore, pelo visual e pela arte da capa no qual falarei mais a seguir, mas ouvindo com atenção o álbum, nota-se uma gama muito grande de estilos, como o Heavy Tradicional, Hard Rock, Thrash e New Metal. Devido a essa variedade musical, vocês impõem limites na hora de compor? Diego Prado: Absolutamente não, pelo contrário. Quando começamos a compor, não tínhamos a menor idéia de que lado seguir, e não impusemos limite algum. Simplesmente deixamos a nossa música falar por si só. Todos nós gostamos de muita coisa diferente dentro do Rock, o resultado das nossas composições trás um pouco de cada uma de nossas influências. Que acabaram dando certo entre si e provocando essa mistura diferente. The Rocker: Vamos falar do álbum de estréia Roll The Dice, que de cara chama a atenção pela belíssima capa, que é bem sombria e bate perfeitamente com o título “Rolem os Dados”, que acredito ser uma alusão as nossas escolhas, o que pode ser algo bom ou ruim! Quem surgiu com esta idéia e o que as pessoas acharam da arte? Diego Prado: A arte foi totalmente desenvolvida pelo nosso baterista Marcelo Campos, que além de baterista é um ótimo designer gráfico. A idéia do nome “Roll the Dice” dá continuidade ao lance do significado do nome da banda. “Rolem os dados” e busquem seus sonhos, sem se importar com os obstáculos que possam surgir no caminho. Mas talvez tenha um pouco a ver com esse lance que você disse de uma alusão as nossas escolhas. Bacana isso, não tinha pensado nisso (rs). The Rocker: O debut também marca o primeiro registro da atual formação. O que os novos músicos trouxeram de diferente para o som da banda e como chegaram a eles? Diego Prado: Já conhecíamos o Marcelo Campos e o Rafael, éramos amigos e já chegamos a tocar juntos em algumas ocasiões. O Marcelo era a cara da banda, e trouxe uma criatividade imensa para as linhas de bateria, acrescentou muito. O Rafa também provou que apesar de ser novo, é um excelente músico. Com certeza a entrada deles na banda foi algo muito bom.

24 Rock Post - Fevereiro 2010


The Rocker: Uma faixa que eu acho que representa bem a banda é Edge of The World, que inclusive tem um vídeo sendo preparado para ela. Há alguma previsão para sua veiculação? Diego Prado: O vídeo tem previsão de lançamento ainda para o 1º semestre de 2010. Estamos muito ansiosos, pois com certeza será um passo muito importante na carreira da banda. The Rocker: New Home também chama muito a atenção por ser uma balada bem calma que casou muito bem com os vocais graves do vocalista Diego Prado. E esse contraste acabou deixando a música fácil e gostosa de ouvir, imaginando até que se ela rolasse nas rádios a banda alcançaria mais pessoas. Se vocês tivessem a oportunidade de levar essa música para a grande mídia, vocês o fariam? Diego Prado: Sem dúvida. A idéia de ter essa música no CD é fazer com que o Roll the Dice atinja o maior número de pessoas possível. Mesmo uma pessoa que não goste de Metal, ao ouvir a balada, pode se interessar pelas outras músicas e pelo estilo. Então não vejo motivo para não veicularmos a música na grande mídia se tivéssemos oportunidade. Seria algo excelente para nós. The Rocker: Outra faixa que se destaca é Dawn of A New Day, que possuem algumas frases em português em seu final, e elas acabaram combinando com a atmosfera da canção. Sendo assim, há a possibilidade de ouvirmos músicas em português do A4T no futuro? Diego Prado: A proposta da banda sempre foi ter letras em inglês. Isso para não limitar o nosso som somente ao nosso país. O inglês é o idioma básico do Rock, não há como negar, algumas coisas ficam legais em português, mas não é a nossa proposta. Porém nada impede de possuirmos uma música em português no futuro, tudo é válido para o Ace 4 Trays. The Rocker: Para encerrar as questões sobre o álbum, ele está com um preço muito bom. Como anda o interesse das pessoas em comprar o CD nestes tempos de downloads desenfreados? Diego Prado: Então, é exatamente por isso que colocamos o CD a um preço acessível, pois por um preço pequeno a pessoa tem o cd, com encarte, fotos, letras, caixinha, capa, material de qualidade etc. Levando todas essas coisas em conta eu acho que é mais legal comprar um cd a um preço acessível do que baixá-lo da Internet, é nisso que estamos apostando, e temos vendido uma boa quantidade de cópias. The Rocker: Falando em downloads, vocês saíram na revista Six Seconds, que é uma revista gratuita que pode ser adquirida fazendo o download no site, assim como as portuguesas Horns Up e Versus Magazine. O que acham deste tipo de iniciativa e qual a opinião de vocês sobre o futuro das revistas físicas? Diego Prado: A Internet está crescendo de uma maneira assustadora. Por isso eu acho que muito em breve esse mercado de revistas online será tão forte quanto o mercado de revistas impressas, não acredito que as revistas físicas deixem de existir, mas as revistas on-line vão crescer cada vez mais. É um segmento muito bacana mesmo! The Rocker: Como estamos iniciando um novo ano, vamos encerrar a entrevista com vocês citando o melhor e o pior álbum que ouviram em 2009 na opinião de vocês. Diego Prado: Posso citar o All Hope is Gone do Slipknot como o melhor, e pior eu acho que eu não escutei, mas com certeza seria de qualquer uma dessas bandas com caras de calças apertadas e franjas que passam na MTV. The Rocker: Amigos, foi um grande prazer entrevistá-los! O espaço é de vocês! Diego Prado: Muito obrigado à galera da Revista Rock Post. Deixamos aqui o recado, para que a nossa massa roqueira brasileira passe a valorizar as bandas daqui. Só dessa forma que poderemos crescer, sem vocês não somos nada. Têm muitas bandas brasileiras que são tão boas quanto as estrangeiras, vamos levantar essa cena underground do Brasil, e vamos meter rock na cabeça da galera. Um grande abraço. Fotos: Divulgação banda

www.myspace.com/ace4trays

Sobre o Colunista: João Messias THE ROCKER é formado em Publicidade e Propagande e foi editor dos fanzines Clepsidra e Da Pacem Domine. Atualmente está no primeiro ano de Jornalismo e edita o fanzine New Horizons, e desde janeiro de 2010 está na Revista Rock Post. Também escreve colunas para os portais Scypher Magazine, Rede Ultra e Rádio Shock Box, além de ser um apaixonado por todos os estilos do rock, desde o metal extremo de bandas como Unleashed, Morbid Angel e Mortification a bandas pop dos anos 80 como Debbie Gibson e Paula Abdul, tudo envolto em nuances Thrash, Hard, Prog e todos os estilos musicais que o rock possa agrupar!

Fevereiro 2010 - Rock Post 25


A fúria do hardcore com o peso do metal Após meses de gravação, mixagem, masterização, produção gráfica, o novo CD “VIDA CONVICTA“ da banda Frontal está pronto. Lançado pelos selos OneVOICE e NECROSE Música, produzido, mixado e masterizado pelo, já conhecido, Davi Baeta, no DQG Estúdio. Este novo trabalho mostra

uma nova fase: mais brutal, agressiva, coesa, com letras reflexivas, uma das características mais marcantes da banda. O misto de hardcore com heavy metal vem apresentando um bom resultado, e com isso em mãos a Rock Post entrevistou a banda para saber um pouco mais sobre

Entrevista Rock Post: Quando surgiu a ideia de formar o Frontal? Os integrantes já tinham participado de outros projetos musicais anteriormente? Frontal: Surgiu em 2002 quando eu (Deivid, vocal) e Denison (guitarra/ baixo) compartilhamos o desejo de fazer música com peso, agressividade e um conteúdo que julgamos digno de ser compartilhado. Mas, apesar da música, nosso intuito maior é o de difundir nossas idéias e construir e consolidar amigos(as). Dos integrantes que hoje compõem a banda, só o Marcílio (guitarra) não veio de um projeto musical ativo. Denison veio do Óbito, um projeto de hc new school. Eu vim de uma banda “grunge” chamada Unigênito e Marcel (batera) já passou por várias bandas. 26 Rock Post - Fevereiro 2010

ENTREVISTA estas fusões e sobre o trabalho que tem sido feito pelo Frontal. Um dos destaques deste álbum também é seu trabalho de capa, que é assinado pelo estúdio InBlood Design, coordenado e produzido por Wil Minetto. Ficou curioso para saber mais sobre a banda, então leia esta entrevista reveladora sobre o Frontal.

Por Fernanda Duarte Rock Post: Vocês têm um diferencial que acredito ser a vontade constante de defender os ideais sociais e lutar para melhorar sempre. Falem um pouco deste lado que abrange o social do Frontal. Frontal: Essa parte é indissociável a qualquer ser humano. A questão é que algumas pessoas ignoram ou são alienadas sobre a realidade da sociedade em que vivem. Nós temos interesse em discutir isso, sem a intenção de impor nosso entendimento sobre este assunto – o que seria burrice, além de arrogância. Nosso objetivo é levantar a discussão sobre o tema, sem, contudo, ficar restrito aos clichês que cercam os debates sociais. Entendemos que a questão social deve levar em consideração elementos como a cultura, os senti-

mentos, a particularidade, a espiritualidade, entre outros, além de elementos clássicos como economia e política. Rock Post: O recém lançado “VIDA CONVICTA” foi produzido, mixado e masterizado por Davi Baeta, no DQG Estúdio. A banda teve participação nesta produção? Como foi a parceria entre vocês? Frontal: Fazer um cd com o Davi era algo que já desejávamos há algum tempo. O cara tem uma bagagem bacana no underground e sabíamos que o resultado seria muito bom. Nós chegamos com as músicas e idéias todas prontas. O Davi deu algumas sugestões, acrescentou uma coisa aqui e ali, a mixagem foi algo conjunto e o re-


sultado vocês podem conferir no cd. Uma intervenção do Davi que ficou bem marcante no cd foi em relação à voz. O Deivid, particularmente, é aficionado por vocal gutural e não faz muita questão sobre a clareza da dicção. No entanto, o Davi achou que era melhor deixar a voz mais inteligível para a letra da música ser ouvida. Isso deu um pouco de trabalho (ao Deivid), mas o resultado foi positivo. Rock Post: A divulgação do álbum tem atingido a repercussão que o Frontal esperava? E quanto às críticas? Como vocês têm recebido cada uma delas? Frontal: Como toda banda independente, temos dificuldades com grana e isso tem dificultado a divulgação do cd. Estamos basicamente limitados às divulgações gratuitas na internet (orkut, fotolog, zines, sites, MySpace...), e essas coisas ocupam um tempo que nem sempre dispomos. Por isso acho que a repercussão tem sido boa para a divulgação que temos feito. Quanto às críticas... Temos recebido bem, até porque elas têm sido positivas. Rock Post: Como é feito o processo de composição das músicas? A banda toda participa do processo? Frontal: A gente tem essa preocupação de fazer as músicas em conjunto, assim como entrevistas

(quase nunca assinamos entrevistas no nome de um integrante, visto que todos participam da mesma). Normalmente alguém leva uma idéia (musical ou lírica) pro ensaio e os outros vão intervindo até que agrade a todos nós. Rock Post: Quanto ao cenário nacional, vocês têm alguma opinião formada a respeito da cena musical brasileira no momento? Frontal: O Brasil é muito diverso. Fica difícil expressar uma opinião sobre a cena no país. Se você observar a cena em Pernambuco verá que difere muito daquela em São Paulo, e por aí vai. Mas de uma maneira geral, vivemos um contexto de decadência da originalidade e integridade daquilo que a humanidade produz e acho que a cena nacional não escapa disso, apesar das exceções. Rock Post: Quais são os planos em 2010 para o Frontal? Frontal: Tocar bastante, divulgar nosso cd e conhecer novos amigos(as). Rock Post: Agradeço ao Frontal em nome da Equipe Rock Post por nos concederem esta entrevista e desejamos muito sucesso em 2010 a vocês. Deixem seu recado. Frontal: Vivemos num mundo

decadente onde tudo em nossas vidas está perdendo o sentido e o gosto. O uso excessivo da lógica deu lugar à excessiva irracionalidade. A busca intensiva pelo prazer torna qualquer coisa insossa. A instituição de sociedades organizadas para manter o bem-estar nos projeta na miséria dos tempos. Os movimentos revolucionários nos mostraram que o problema não é apenas político, econômico e social. É preciso entender de onde vêm os problemas que estão tornando as pessoas em andróides e suas produções culturais em pasteurizações. Esperamos que cada qual se lance nesta procura e desenvolva a consciência de seu lugar no mundo. Agradecemos a Rock Post por nos abrir esse espaço e desejamos a Paz a todos. PARTICIPE DA PROMOÇÃO FRONTAL - PG. 28 www.frontalonline.com www.myspace.com/frontalonline www.facebook.com/profile.php?id=100000 371135051&ref=profile www.youtube.com/frontalonline tramavirtual.com.br/artista. jsp?idp=1036542 www.purevolume.com/frontalonline www.orkut.com.br/Main#Community. aspx?cmm=714930 (comunidade no orkut) www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=4551 176024060560041&rl=t (profile Oficial) Fevereiro 2010 - Rock Post 27



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Guitarras & Afins Por Anselmo Piraino

A Anatomia da Guitarra

Atendendo a vários pedidos que tenho recebido por email este mês vou abordar um tema que para os veteranos é bastante conhecido, mas para os iniciantes e interessados em entrar no universo da guitarra acaba deixando muitas interrogações. Quantas vezes alunos iniciantes vem me perguntar o que são e para que servem os captadores, o que é a ponte ou para que serve a alavanca e etc... Para tentar responder algumas das principais dúvidas sobre as partes da guitarra vou utilizar o diagrama abaixo (um modelo bem comum chamado Stratocaster) seguido das informações sobre cada uma das partes:

O Headstock é o local onde se fixam as Tarrachas, responsáveis pela fixação e afinação das cordas. O Capo Traste ou Nut tem a função de apoiar as cordas no ponto em que elas entram no braço do instrumento. A Escala geralmente é uma peça contínua de madeira colada sobre o Braço. Nela encontram-se os Trastes que são peças de metal colocado paralelamente, formando as Casas onde as cordas são pressionadas, gerando as notas. O Corpo do instrumento recebe o restante das peças, inclusive a parte elétrica que fica por dentro do mesmo. O Escudo tem a função de ocultar a parte elétrica que passa por dentro do corpo e também é responsável por fixar algumas peças: 30 Rock Post - Fevereiro 2010


Os Captadores, como o próprio nome sugere, captam o som gerado pela vibração das cordas. No modelo citado encontramos 3 captadores, o da ponte que possui um som mais agudo, o do meio produz um som mais suave e equilibrado e o do braço que produz um som mais encorpado e grave. A Chave Seletora tem a função de selecionar o captador que será utilizado, quando posicionada totalmente para baixo apenas o da ponte está em uso, subindo uma posição estarão em funcionamento o da ponte e o do meio juntos, quando posicionado no centro apenas o captador do meio funciona, uma posição acima estão em uso o do meio juntamente com o do braço e finalmente quando colocado todo para cima somente o captador do braço é ativado. Os Potenciômetros controlam o volume, os graves e os agudos do instrumento. A Ponte é fixada diretamente no corpo da guitarra, nela são colocadas as outras extremidades das cordas e a Haste da Alavanca, esse acessório move a ponte para cima gerando alguns sons característicos já que quando acionamos a alavanca estamos afrouxando as cordas. O Strap Holder é o local onde é colocada a correia. E finalmente o Jack, onde é plugado o cabo no instrumento que é o responsável por levar o som ao amplificador. Devemos lembrar que existem outros modelos de guitarra onde as funções de alguns acessórios podem ser um pouco diferentes, e em outros casos determinados acessórios podem nem existir. Essa foi apenas uma explicação bem básica sobre os elementos encontrados na guitarra, quem quiser dicas mais aprofundadas pode entrar em contato via e-mail. Abraços e até a próxima!!!

Sobre o colunista: Anselmo Piraino é professor com 22 anos de experiência e mais de 15 anos na área didática. Sua formação vem do Conservatório Nossa Senhora do Sion: Guitarra e Violão Erudito. EM&T: Graduado pelo Instituto de Guitarra e Tecnologia (IG&T). Acesse www.anselmopiraino.com e veja mais dicas

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Entrevista com Decomposed God Por War Paulo

Decomposed God vem batalhando na cena Underground em nosso país há nada menos que dezoito anos. Muito esforço e dedicação que moldaram aos poucos esta que hoje pode ser considerada uma das bandas mais competentes de nosso cenário extremo. Confiram abaixo entrevista concedida por Marco Duarte guitarrista da banda. War - Salve amigos. A Decomposed God completa dezoito anos de estrada e muita luta. O que acham que pode ser descrito como inesquecível para a banda em todos estes anos? Tanto pelo lado positivo quanto negativo se o houver. Marco – Bom, antes de tudo, quero agradecer pelo espaço cedido ao Decomposed God. Realmente, são 18 anos de muita luta e dedicação ao Metal através do DG. Toda nossa história é bastante significativa para nós, não dá para apontar um só momento como inesquecível. Uma vida é construída de anos de existência e infinitas ações. Seria injusto destacar apenas um fato. Os acontecimentos negativos serviram para aprendermos sobre a vida e conhecermos as pessoas. Ao mesmo tempo em que foram importantes por esses motivos são completamente descartáveis, assim como seus protagonistas. O mais importante é pensar e olhar para frente. War – Diga-nos para melhor esclarecimento aos leitores quais foram os principais fatores para todas as mudanças de formação da banda desde seu início até hoje e como isso afetou na sonoridade e no direcionamento evolutivo da banda. Aproveite e cite a atual formação e quais membros se mantêm da formação atual. Marco – As pessoas vivem num eterno processo de mudança durante a vida. Não acordamos hoje do mesmo jeito que fomos dormir ontem. Algumas dessas mudanças são evolutivas outras não. Algumas pessoas pensam que querem isso ou aquilo para sua vida, mas quando acordam, enxergam que não vivemos num mundo perfeito e fácil e desistem. Precisamos trabalhar muito, ter muita dedicação e determinação. Abrir mão de muitas coisas, realizar sacrifícios todos os dias em nome de um sonho e nem todos es-

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tão interessados nisso. Alguns ex-membros do DG são nossos amigos e ainda, de uma forma ou de outra, nos apoiam, mesmo a distância. Sempre procuramos por pessoas que pudessem acrescentar ao DG. E muitos que passaram pela banda nos ajudaram a fazer do Decomposed God uma banda madura. Atualmente estamos com uma formação estabilizada o que tem nos dado condições de finalizar todos os planos que traçamos. O DG hoje é: André (Vocal); Marco (Guitarra); Jean (Baixo) e Wagner (Bateria). War – Já tenho o CD “Bestiality” como um dos melhores já lançados no Brasil neste estilo. Como vem sendo a divulgação do mesmo e como tem sido a receptividade deste pelo público e imprensa especializada? Marco – Obrigado pelo elogio. É muito gratificante ler isso. É desta maneira que as pessoas estão recebendo o álbum. Todos estão gostando muito. Em Pernambuco, o site de um grande jornal local fez uma eleição entre os dez melhores lançamentos de Metal de 2008, sem especificar estilo, e o “Bestiality” ficou em sétimo colocado (¹). A Gallery Productions, que lançou o “Bestiality”, é um selo pequeno e eles estão fazendo o máximo dentro das possibilidades. Ainda falta atingir algumas esferas, mas com o tempo e muito trabalho chegaremos lá. War – Como ocorreu a parceria entre a Gallery Productions e o Decomposed God para o lançamento de “Bestiality”? Marco – Já conhecemos o Emydio de muitos anos e em uma conversa entre ele e o Jean rolou essa idéia e a partir disso foi só definir os detalhes para o lançamento. War – Como você vê a produção de “Bestiality”? Saiu tudo como planejado desde a pré-produção até o resultado final do CD? Marco – Trabalhamos muito para que o cd tivesse esse resultado. Foram meses de trabalho árduo para que tudo acontecesse do jeito que queríamos. A produção foi realizada por mim e num esquema completamente indepen-


dente. Tivemos um problema sério com a fábrica, que atrasou bastante o lançamento, mas o que importa é que mais um petardo do Death Metal brasileiro chegou para somar nesta guerra. War – Fale-me mais a respeito do conceito por trás de “Bestiality” e a principal idéia da banda abordada em suas letras. Esta sempre foi a mesma? Marco – “Bestialiy” tem um sentido especial. É um disco bastante profundo tanto nas letras quanto nas músicas. Como o próprio nome diz, ele retrata isso: a bestialidade em que sempre vivemos e poucas pessoas se dão conta disso. Nosso mundo sofre desgraças e tudo é encoberto por uma grande mentira chamada Deus. Infelizmente a maioria das pessoas vive com medo e se deixam entregar a essa alienação coletiva. Alienação, pois as ciências, mesmo cada uma delas crescendo individualmente, já nos provaram que Deus não existe. Vivemos na era negra da ignorância massificada. Além disso, os políticos tiram proveito da situação para transformar o mundo nesse mar de corrupção. Só a luz do conhecimento pode reverter esse panorama. War – O nome da banda ao que me parece mudou por três vezes sendo que este último com a inclusão do “God” parece ter sido a última e definitiva. Ao que se deveram estas mudanças no nome? E diga-me se isto afetou também no direcionamento instrumental da banda. Marco – Na verdade a banda já nasceu como Decomposed. Existia antes outra banda com alguns ex-integrantes que acabaram com a banda convidaram outras pessoas e aí sim surgiu o Decomposed. A inclusão do “God” veio depois de alguns anos, quando descobrimos que já existia outra banda com esse mesmo nome. Além disso, a inclusão do “God” caiu muito bem com a linha lírica que a banda tem. Só veio a fortalecer mais nossa identidade. War – Estão fechadas datas na Europa para o ano de 2010. Como surgiu esta oportunidade e quem está por trás dela apoiando a divulgação da banda no exterior? Como foi para vocês receberem esta notícia? Marco – Não recebemos notícia alguma. Nós fizemos a notícia acontecer. Sempre trabalhamos muito pela banda e conseguimos fazer muitos contatos com isso. É uma resposta ao trabalho de todos esses anos. Foi uma meta traçada pela banda e com a parceria da Insano Booking (agência que tem em seu cast bandas como: Torture Squad, Gama Bomb, Bonded by Blood) vamos conseguir profissionalizar ainda mais essa tour. É um trabalho em conjunto do Decomposed God com a Insano Booking. War – Quais as datas e países por onde vocês irão passar e com quais bandas vocês irão dividir os palcos?

Marco – Toda a tour ainda está sendo fechada. Temos um ano para trabalhar com calma e fazer o melhor possível para o DG. Assim que as datas forem fechadas divulgaremos a todos. War – Vocês acreditam que depois desta tour européia as coisas poderão mudar ainda mais positivamente para a banda e em qual sentido? Marco – É importante fazer uma tour dessas, pois o mercado lá é gigante. Acredito que obteremos grandes conquistas, aliás, a tour já é uma grande conquista. O mais importante para nós é fazer bons shows e levantar de forma digna a bandeira do Metal brasileiro. War – A respeito do show com o Possessed, como foi a experiência de abrir o show para eles? E o próximo show com Motorhead? O que esperam? Marco – É muito bom poder tocar com grandes bandas, principalmente quando se é fã da banda. Com o Possessed foi muito foda… o Jeff Becera é um cara extremamente

simples e ficou no palco durante todo o show do Decomposed God. Com o Motorhead espero que não seja diferente. Além de ser uma banda que adimiramos muito, o Lemmy parece ser gente boa e sem frescura. Bom, vamos aguardar pra ver. War – Vejo uma cena muito forte e unida no norte e nordeste do país, várias bandas, vários selos, muito comprometimento com as bandas e com o metal e um público que parece ser muito foda. Como você vê a cena aí da tua região? Marco – Realmente, temos uma cena muito forte. Temos grandes bandas, um público sedento, selos, produtores… Tudo parece perfeito. Mas temos muitos problemas. As bandas locais sofrem muito com a falta de apoio, de maneira geral. Seria interessante que as pessoas daqui valorizassem mais o que é daqui. Só assim poderemos tornar a cena ainda mais forte e produtiva. War – Este é o fim guerreiros, por favor, deixem suas considerações finais aos nossos leitores e acrescente algo que pense ser necessário. Valeu por tudo amigos! Hail! Marco – Mais uma vez quero agradecer ao Metal Extremo pelo espaço e dizer que o Decomposed God está na luta, mais forte do que nunca. Obrigado… Imagens: Divulgação Banda http://www.myspace.com/decomposedgod Fevereiro 2010 - Rock Post 33


HELL’O BITCH: SEM PAPAS NA LÍNGUA

As meninas da banda paulista Hell’o Bitch,

fazem rock com competência e falam tudo, doa a quem doer Gisele Santos

estreia tem o nome da banda pra comemorarmos a nossa vitória. (risos)

Nessa edição da coluna, vou apresentar pra você a revelação do cenário rock n’ roll feminino, que promete dar muito que falar por aí. É a banda paulista Hell' o Bitch, com formação 100% feminina, que está na estrada há cinco anos, carrega na bagagem um CD Demo, muitos shows pelo Brasil e atualmente trabalha na divulgação do CD de estreia, homônimo, produzido por Neno Fernando (Abstract Shadows e Portrait), gravado no Estúdio NF (SP). Mikkie (vocal e baixo), Sabre (guitarra solo), Cacau (guitarra), Camys (bateria) fazem rock com letras em português com bastante pitada de humor escrachado, recheadas de palavrões, lembrando bastante o jeitão dos Raimundos no início da carreira. A prova dessa irreverência - algumas vezes 'desbocada' - pode ser conferida nas músicas "Melô do amor romântico" e "Não adianta reclamar" - essa última foi feita 34 Rock Post - Fevereiro 2010

baseada em relatos das experiências vividas por alguns amigos da banda. Bati um papo com as meninas pra gente conhecer melhor a história da banda, além de saber a opinião delas em torno de assuntos que acontecem nos bastidores do mundo da músicas: jabá pra tocar em rádio/TV, recolhimento de direitos autorais, pirataria. Confira na íntegra: MRC: Por que o nome Hell'o Bitch? Mikkie: Somos completamente contra o ‘patricismo’ e o ‘mauricismo’ (risos). E isso não quer dizer jeito e estilo de se vestir, mas sim que somos contra todas as pessoas que não correm atrás dos seus sonhos por conta própria, precisam se esconder atrás do dinheiro do papai e mamãe. Estamos aqui pra dizer que se você batalhar, correr atrás, tudo dá certo. E o gosto da vitória é mil vezes melhor. (risos) E o nome CD de

MRC: Como foi a ideia pra fazer a capa do CD com uma gatinha estampada, inspirada em Hell o Kitty, numa versão perva e punk? Sabre: Foi uma criação minha inspirada em um pouco de cada uma de nós. E saiu essa gatinha muito louca (risos). Eu sou desenhista profissional e queríamos fazer algo com a nossa cara, pois ai está a HELL’O CAT. (risos) Nossa mascote. MRC: E esses palavrões em algumas músicas, será que as pessoas ou imprensa irão aceitar? Mikkie: Existem palavras que dizem serem palavrões, mas a maioria são ‘palavrinhas’.... (risos). O que acontece é o seguinte, existem tantas músicas por aí que usam a vulgaridade e ninguém fala nada, pelo contrário, você até vê os pais achando lindo as meninas dançando e cantando aquele tipo de música. No nosso caso nós apenas usamos o palavrão como uma forma de expressão pra determinadas situações da vida, e sejamos sinceros, todo mundo usa em determinados momentos. (risos) MRC: Quando gravaram os palavrões, não pensaram em cortá-los? Cacau: Não, porque como a Mikkie disse anteriormente, usamos essas palavrinhas (risos) como forma de expressão não de vulgar-


idade, está aí a grande diferença. MRC: As músicas mais escrachadas são “Melô do Amor Romântico” e “Não adianta reclamar”. Quais inspirações usaram nessas canções? Mikkie e Cacau: Fomos nós duas que fizemos a músicas, a ‘Melô...’ foi num grande dia de revolta e umas cervejas a mais na cabeça!!! (risos) e a Não adianta reclamar, pegamos os relatos de pessoas na rua, das zicas que aconteciam e foi assim que nasceu essa música tão meiga. eheheheh MRC: Vocês lançaram o CD de forma independente, mas utilizam bastante a internet pra divulgar as músicas. A internet atrapalha ou ajuda na venda de CD? Camys: Sim , lançamos o CD independente e a internet é uma grande ferramenta nossa, pois sabendo usar ela pode se tornar uma aliada indispensáve. Até hoje a internet só nos ajudou na venda dos CDs, nunca nos atrapalhou, graças a DEUS!

que temos é do Jhonny (Adriano), o irmão da Mikkie, um músico extremamente talentoso e sempre tocou com ela, tanto é que muitas músicas foram escritas pela Mikkie e pelo Adriano, super gente boa e extremamente talentoso!. E, além disso, quando ele faz um show é um sucesso porque as meninas o acham um gato!!! (risos)

que oferecessem, pois somos uma banda com características muito diferentes e não adianta tentar nos podar! (risos) Mais pode rolar sim, vai saber, pode acontecer, uma proposta que venha pra acrescentar sempre é bem vinda!

MRC: Ficaram satisfeitas com o resultado final do CD? Camys: Sim, o CD ficou ótimo, melhor do imaginávamos, foram sete meses de pesquisas de sons, músicas e estilos para gravarmos o CD. Acho que conseguimos atingir o objetivo que foi fazer um trabalho diferenciado.

Camys: Gosto muito de Guns N’ Roses, Skid Row, Poison.

MRC: Quais as principais influências da banda? Mikkie: As influências são de MRC: Como foi a experiência de vários estilos, porque cada uma gravar o CD de estreia? gosta de uma coisa e deu no que Mikkie: Foi maravilhoso, gravar deu o nosso som (ehehehe). Eu, um CD é sempre um aprendizado por exemplo, ouço muito Bon Jovi, muito grande, foi uma experiência Whitesnake,The Doors. muito boa, e tivemos um amadurecimento do nosso som , pelo Cacau: Eu amo Scorpions e The menos do som, né!!! (risos) Doors também.

Sabre: O meu gosto é o mais estranho!!! (risos) Marilyn Mason, Misfitis, Nine inch Nails.

MRC: Aconteceu alguma mudança na formação da banda? Isso prejudicou Hell'o Bitch em algo? MRC: Hoje em dia muitas bandas Mikkie: Sim, aconteceu. No MRC: Tem convidado(s) no CD? conhecidas preferem seguir de começo a banda era um trio (eu Mikkie e Sabre: Sim temos dois forma independente, até pra não a Sabre e mais uma baterista), convidados especiais no CD. Um sofrer pressão de gravadora com mas depois decidimos ter outra deles é o Fraklin (ex baixista do data de entrega, e poder cuidar guitarra e convidamos uma amiga Surto), ele é um grande amigo de todos os detalhes, inclusive minha de muito tempo pra tocar, nosso e um belo dia estávamos produção. Vocês sonham em ter a Cacau. Logo depois a batera tocando a nossa música “Cadê contrato com gravadora ou preten- saiu e ficamos nós três tocando meu País” e surgiu a ideia de dem seguir sozinhas? com bateristas amigos nossos. A colocar uma participação, ele já Sabre: Até hoje seguimos de Cacau precisou sair da banda por chegou com esse trecho da letra forma independente e tudo está problemas familiares e conseguipronta e casou perfeitamente, ele é indo bem, um contrato com gramos outra guitarrista e ao mesmo nota mil!! E a outra participação vadora iria depender muito do tempo encontramos a Camys, Fevereiro 2010 - Rock Post 35


aliás ela me encontrou pelo Orkut (risos). A Camys ficou, a guitarrista não deu certo, e rolou da Cacau voltar pra ficar de vez na banda! Essas mudanças prejudicaram pelo fato de pararmos o trabalho todo e ter que recomeçar de novo. Mas acabou dando tudo certo e agora essa formação tem dois anos e meio. MRC: A banda já fez shows em vários lugares do Brasil. Com o lançamento do CD de estreia, pensam em fazer uma turnê pelo país? Sabre: Sim, estamos preparando uma turnê bem legal, logo mais daremos notícias, o pessoal vai adorar! (risos) E nós mais ainda! MRC: Na opinião de vocês, o quê precisa mudar no Brasil para acabar com Jabá (só se apresenta e toca em rádio/TV/show quem paga ou empresário paga ou gravadora paga)? Cacau: A principal mudança que tem que haver no Brasil, precisa vir das próprias bandas, porque enquanto todas não tiverem a consciência de se juntarem a fim de fazer algo melhor pra todos, isso não vai mudar. É sempre uma banda querendo tirar proveito

de outra, de uma forma errada, pisando em cima, é horrível!!! E quem sai perdendo com isso são as próprias bandas! E é lógico que esses empresários e gravadoras de porcaria vão querer tirar proveito disso também. MRC: Além do jabá, no Brasil muita gente também reclama do ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição - dos Direitos autorais). Qual a opinião de vocês sobre essa ‘polêmica’? Mikkie: Sim, as pessoas costumam reclamar muito do ECAD, também não acho que esteja legal da forma que está, mas ao invés de só reclamar o interessante é se informar e correr atrás de alguma maneira de melhorar pra todos. MRC: Outra coisa que acontece muito, não só aqui no país, é banda independente ter que pagar para abrir shows nacionais e internacionais do maienstream - enquanto esses, os 'grandões', recebem gordo cachê. O que acham disso? Camys: Achamos um absurdo, infelizmente acontece demais! Os produtores querendo tirar proveito das bandas novas/independentes. O que acontece é que as bandas ‘menores’ ficam tão felizes de

fazer tal evento e acabam aceitando e pagando até as calcinhas (ou cueca) risos. Ai entra mais uma vez o esquema de que todos precisavam se unir pra fazer eventos e coisas melhores pra todos, sem ser passado pra trás por essas pessoas! MRC: E a pirataria de CD? Mikkie: Continua sendo um problema, mas acontece que os preços dos CDs estão cada vez mais absurdos, e o pessoal prefere comprar o pirata por isso. E nas bancas o custo é bem menor, as gravadoras elevam muito o valor, também inclusos os impostos. MRC: Quais os planos pra 2010? Mikkie, Sabre, Cacau e Camys: Continuar divulgando o nosso primeiro CD, gravar um vídeoclipe e fazer uma turnê pelo Brasi! Aguardem, esse ano teremos muitas novidades!! E agradecemos de coração todo o carinho que estamos recebendo, sem vocês não seríamos nada!! E, Gi, sem comentários pra você!!! Nota mil é pouco!!! Agradecemos de coração!!! HELL’O KISSES!!!

**BANDA HELL’O BITCH** Acesse: http://www.myspace.com/hellobitchrock Sobre a Colunista: Gisele Santos é paulista da gema, formada em Jornalismo, Administração de Empresas e Radiojornalismo. Há onze anos atua na área do jornalismo especializado em música/cultura. Desde 2002 trabalha como assessora de imprensa na área cultura/música. Manteve o portal MundoRock.net no ar durante nove anos, já apresentou alguns programas de rádio como Mundo Rock (Metro¬Mix e Rádio Mundo Rock), Alternoise (Rede Blitz) e 98 in Rock (98 FM). Criou em 2007 o Mundo Rock de Calcinha que já faturou três prêmios na categoria “Melhor Programa de Rádio” – parte integrante do portal www. mundorockdecalcinha.com (jornalismo especializado em rock feminino). Acesse : www.mundorockdecalcinha.com E-mail: programa@mundorockdecalcinha.com


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OZZY OSBOURNE: DVD AO VIVO COM RANDY RHOADS Ozzy Osbourne anunciou através da rede de relacionamento Twitter que pretende lançar este ano um novo DVD com material ao vivo. O lançamento trará gravações antigas com o falecido guitarrista Randy Rhoads. O DVD terá material gravado em turnês realizadas durante o ano de 1981. Os detalhes sobre o conteúdo ainda não foram divulgados. No momento Ozzy encontra-se com sua banda em estúdio gravando o novo disco, “Soul Sucka” que tem previsão de lançamento para julho deste ano. ICED EARTH: TARDE DE AUTÓGRAFOS EM SÃO PAULO Fãs do Iced Earth terão a oportunidade de conhecer os integrantes da banda durante uma sessão de autógrafos na loja Animal Records, na Galeria do Rock, em São Paulo, no dia 05 de fevereiro, dia anterior ao show na Via Funchal. Uma parceria da produtora Top Link com a loja Animal Records, é responsável pelo evento. Para participar são necessários alguns requisitos. Saiba mais detalhes, acesse o link: http://territorio.terra.com.br/rockonline/noticias/?c=22004

TRISTANIA: INÍCIO DAS GRAVAÇÕES DO NOVO ÁLBUM A banda norueguesa Tristania começou a gravar seu novo álbum de estúdio. O álbum ainda sem título definido tem previsão de lançamento para o segundo semestre e trará 12 faixas.

RUDOLF PROMETE MATERIAIS INÉDITOS APÓS FIM DO SCORPIONS Numa entrevista concedida à Billboard, o guitarrista Rudolf Schenker comentou sobre um possível lançamento de materiais inéditos após o fim da turnê de despedida. Schenker ainda falou sobre um registro da “Get Your Sting and Blackout Tour” a ser lançado em um provável DVD. Para conferir a entrevista acesse: www.scorpionsbrazil.net

Setembro 2009 - Rock Post 21


BONUS BONUS TRACK TRACK Mentalize André matos (2009) Azul Music

Mesmo após mais de 20 anos de carreira André matos continua com sua voz inconfundível, só que bem mais evoluído após o excelente álbum solo de estreia André retorna com um álbum não menos brilhante, mais uma vez Sascha Paeth e Miro Rodenberg fizeram uma ótima produção.Eles conseguiram reunir gothic, hard rock, música clássica e heavy melódico tudo em um só estilo, somente ouvindo para comprovar tudo isso que estou falando Someone Else e Will Return com refrãos marcantes são os destaques. (resenha por André Luis)

Returning to the Slaughter Nosferatu (2004 - relançamento 2009) Dark Sun Records O Nosferatu já tem praticamente onze anos de estrada, com certeza uma banda que tem muita história para contar, dentre os seus diversos integrantes que passaram pela banda, o membro fundador Hussein se manteve e apresenta agora com orgulho o relançamento pela Dark Sun records do EP “Returning to the Slaughter” (2009) numa tiragem especial de 1.000 cópias. Tivemos o prazer de receber e poder resenhar este EP, lançado oficialmente em 2004. Se você gosta do NWOBHM, em particular de Iron Maiden, vai se

ENVIE SEU MATERIAL PARA RESENHA entre em contato com nossa Redação rockpost@rockpost.com.br 38 Rock Post - Fevereiro 2010

identificar com este EP, que tem traços fortíssimos do estilo. A característica peculiar do vocal que hora assume falsetes e hora graves, também acordes de guitarra muito marcantes, bem como baixo e bateria em sintonia total. O EP parece ter um ar rústico, até porque enfatiza esta atmosfera que envolve todas as canções. No encarte a banda avisa que está trabalhando em um full-lenght, que estamos aguardando ansiosos para fazer as comparações entre o EP de 2004 e o próximo lançamento já intitulado pela banda como “Satan’s Child”. (resenha por Fernanda Duarte)

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