Revista Rock Post nº15

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origem do do Punk Punk -- aa ramonesmania ramonesmania AA origem

Pitty Entrevista com a banda

Revista Rock Post - ANO 02 - Nº 15 - Distribuição Gratuita

Em um bate-papo exclusivo com Gisele Santos na Coluna Mundo Rock de Calcinha

Falando sobre o sucesso de Lead... On

+ Entrevistas Rhevange (Coluna Old Revolution)

Fogo

* Templo de (Coluna The Rocker)

COLUNAS: METAL É A LEI * MUNDO ROCK DE CALCINHA * THE ROCKER * WAR EXTREMO * GUITARRAS & AFINS * ROCK DA GEMA * OLD REVOLUTION * BONUS TRACK * RELEASES



Editorial

É época de festivais! Muitas inscrições rolando e você ai com sua banda correndo contra o tempo para conseguir

Nº 15 ANO 02 MARÇO 2010

participar dos melhores festivais do país. Aqui na revista você acompanha coberturas de festivais a começar pelo Grito Rock lá no Rio de Janeiro, feita por Renata Brant na volta da Coluna Rock da Gema. No próximo mês vem a cobertura do Festival de Rock Feminino e este mês você leva de presente a biografia dos pais do Punk Rock, Ramones. Além de entrevistas incríveis com bandas de destaque no cenário nacional. Boa leitura! Fernanda Duarte Editora-Chefe

Equipe Rock Post (Colaboraram nesta edição) Fernanda Duarte (Redação e Edição) Douglas Santos (Artes) Gabriel Gardini (Redação) André Luis Ferreira (Colaborador) Lula Mendonça (Redação Maceió) Gisele Santos (Redação São Paulo) Anselmo Piraino (Colaborador) War Paulo (Colaborador) The Rocker (Colaborador) Leo Neves (Fotografia) Renata Brant (Redação Rio de Janeiro)

02 – Metal é a Lei - Lula Mendonça 04 – Biografia: ramones 11 - curiosidades 12 – entrevista: deventter 14 – fique ligado 15-old revolution entrevista: rhevange

18

– entrevista: sacrificed

20 – THE ROCKER - entrevista: templo de fogo

23 - Releases

24 - rock da gema 26 – GUITARRAS E AFINS - ANSELMO PIRAINO 28 - WAR EXTREMO - entrevista: sadistic gore 30 - mundo rock de calcinha: entrevista Pitty

34 - bonus track

33 - NEWS


BOLETIM NACIONAL - úultimas noticias Por Lula Mendonça

Imagens: Divulgação Bandas

Hibria: banda está entre os dez melhores shows no Japão A audiência do programa japonês Power Rock, do DJ/VJ Masa Ito, escolheu o show do HIBRIA entre os 10 melhores de 2009. A audiência também incluiu a banda entre as 25 melhores de 2009, ficando na frente de nomes como SCORPIONS, MANOWAR, HELLOWEEN e OZZY OSBOURNE. Masa Ito foi quem lançou o Iron Maiden e BON JOVI no Japão no início de suas carreiras, e aparece no documentário Flight 666 do Iron Maiden explicando a paixão dos japoneses pela banda. SITE: WWW.hibria.com

Lycanthropy: demo liberada para download

Lycanthropy

A banda mineira LYCANTHROPY liberou para download a Demo “Run While You Can”, lançada em 2009 e com prensagem esgotada, que poderá ser baixado no Myspace oficial da banda. Enquanto isso a banda se prepara para as gravações de seu próximo EP, ainda não intitulado, que servirá de prévia para o álbum oficial, a ser lançado ainda em 2010. SITE: www.myspace.com/lycanthropybr Unearthly

Unearthly: anunciadas novidades na formação da banda

SITE: www.myspace.com/unearthlycommando 2 Rock Post - Março 2010

Depois de alguns meses conturbados a banda carioca de Black/Death Metal, UNEARTHLY, anuncia a volta do vocalista Eregion e a inclusão de novos músicos no cast. Na verdade, um deles nem é tão novo para os fãs da banda já que gravou a bateria dos dois primeiros CDs, ele é Rafael Lobato (também conhecido como Leghor Supay) que volta para a banda. O Outro músico é Renan Ribeiro (Hatefulmurder) que assume as guitarras. O atual line up ficou: Eregion (Vocal / Guitarra), M.Mictian (Baixo), Renan Ribeiro (Guitarra), Rafael Lobato (Leghor Supay) (Bateria). A banda continua em turnê para divulgar seu aclamado “Age of Chaos”, um dos discos mais votados como melhor lançamento nacional de 2009 por vários veículos da mídia.


Torture Squad: divulgado título de novo trabalho da banda

Torture Squad

“AEquilibrium” é o título do novo álbum da banda TORTURE SQUAD, que tem previsão de lançamento para o início do segundo semestre. A banda promete que O CD, que conta com 10 faixas, será um dos melhores lançamentos de sua carreira. Site: www.myspace.com/torturesquadband

Father’s Face: Revelado o nome do debut da banda

Father’s Face

“Soundtrack For A Closing Light”. Este é o nome do aguardo debut da banda gaúcha FATHER´S FACE. Após o fim da divulgação de sua primeira demo, que rendeu ótimas críticas na imprensa brasileira e internacional, a banda está concentrada na finalização do álbum, que ainda está sendo gravado. Alessandro Marques, guitarrista do grupo, adianta detalhes sobre o material. “Será um álbum conceitual, baseado na história do ‘Frankenstein ou o Moderno Prometheu’, de Mary Shelley. O título também pertence a música que encerra o disco, e foi escolhido porque apresenta de uma maneira geral o contexto da obra, isto é, o caos que se instalou no princípio da história e que vai piorando até o apagar das luzes”, pontua. SITE: www.myspace.com/fathersface Tropa de Shock

Tropa de Shock: participações de peso no seu novo álbum A banda TROPA DE SHOCK, que se encontra finalizando seu oitavo álbum de estúdio em São Paulo - “Immortal Rage” -, confirmou recentemente outras duas participações de peso antes de fechar o material. Tratam-se dos guitarristas Marcelo Francis (ex-KRACATOA, HARPIA) e Alexandre Lavorat (Hendrix Music), músicos veteranos no cenário paulistano. “Immortal Rage” encontra-se em processo final de masterização e seu lançamento está agendado para o primeiro semestre de 2010.

Dr.Sin: banda entrará em estúdio no mês de

SITE: www.tropadeshock.com Dr.Sin

março A banda DR.SIN, anunciou em seu profile no twitter que muito em breve terão um novo material para os fãs. Isso se deve ao fato de que no mês de março entrarão em estúdio para gravar o décimo CD da carreira. As novidades não param por aí, paralelo as atividades com o DR.SIN, o baixista e vocalista Andria Busic, também anunciou que está em fase final de outros projetos. SITE: www.drsin.com.br Março 2010 - Rock Post 3


Por André Luis e Fernanda Duarte

AA origem origem do do Punk Punk -- aa ramonesmania ramonesmania O Origem dos Ramones foi na década de 70, no Queens, um dos cinco distritos de Nova York, para ser mais exato no bairro Forest Hills. Os adolescentes que se tornaram integrantes da banda já tinham tocado em bandas no colégio e faziam parte dos jovens que eram fãs de bandas como The Doors, The Who, The Beach Boys, The Trashmen, Beatles, entre outras. Quando Douglas Glen Colvin (Dee Dee) e John William Cummings (Johnny) resolveram montar uma banda chamaram um conhecido para a bateria Jeffrey Ross Hyman 4 Rock Post - Março 2010

(Joey Ramone. No início John era guitarrista e Douglas tocava baixo e cantava. A banda foi batizada de Ramones em homenagem ao produtor Phill Ramone e todos passaram a usar Ramone como sobrenome, como se fossem uma família. Existe ainda a versão de que tudo não passou de uma brincadeira com o fato de Paul McCartney se hospedar em hotéis com o pseudônimo de Ramone, para fugir do assédio da imprensa. Com dificuldades para tocar músicas de outras bandas, devido também ao

pouco conhecimento musical que tinham, os Ramones decidiram escrever suas próprias canções. “I Don’t Walk Around With You” foi escrita no primeiro ensaio, depois vieram “I Don’t Wanna Get Involved With You, I Don’t Wanna Be Learned, I Don’t Wanna Be Tamed. A primeira música a ser escrita sem a palavra don´t, mostrando um contexto mais positivo foi “Now I Wanna Sniff Some Glue”. As dificuldades que eles tinham em relação aos instrumentos levaram a banda a fazer alterações. Dee Dee tinha dificuldades em tocar Janeiro 2010 - Rock Post 5


Ramones no CBGBs - 1974

baixo e cantar ao mesmo tempo assim como Joey. Foi então que Joey passou ao posto de vocalista apenas, abrindo a vaga de baterista. Após testes para a vaga no Performance Studio, local de trabalho de um amigo da banda, Thomas Erdelyi, que antes de cada teste pegava as baquetas para mostrar aos candidatos o estilo da banda, se tornou o baterista dos Ramones e adotou o nome Tommy Ramone. A apresentação de estreia da banda foi no Performance Studio, em 30 de março de 1974, logo após o sucesso era no underground na casa noturna CBGB’s, que acolhia bandas como Blondie, Television, The Cramps, Talking Heads, The Voidoids e The Patti Smith Group donos do hit “Because The Night” que ficaria conhecido na versão que o Oingo Boingo fez para a música que ficou muito boa por sinal. Em 1975 assinam com a gravadora Sire Records por cinco anos. Em seguida, no ano de 1976 lançam o primeiro LP, auto-intitulado, sendo o primeiro disco da história do Punk Rock, inaugurando o estilo e considerado pela revista Rolling Stone como o 33º melhor disco de todos os tempos. O álbum, com 29 minutos de duração, é considerado um dos mais influentes da história musical. Os Ramones começam a promover turnês para divulgação do álbum, mas a recepção do público fora de Nova York não era das melhores, ex-

ceto em um show feito em Londres (Inglaterra) em julho de 1976, entre os presentes no show estavam integrantes das bandas The Clash e Sex Pistols, que iniciavam suas carreiras também e tinham em comum com os Ramones as mesmas influências musicais. O ano de 1977 foi de muito trabalho para a banda, com dois lançamentos simultâneos Leave Home e Rocket to Rússia, excursionaram pela América do Norte e tocaram com o ídolo Iggy Pop, além de visitarem a Europa por duas vezes. Durante a turnê Britânica de final de ano, quatro shows foram registrados para lançarem futuramente um álbum ao vivo. O show do dia 31 de dezembro de 1977, no Rainbow Theatre foi considerado um dos melhores. It’s Alive, lançado em 1979, é considerado até hoje um dos cinco álbuns ao vivo mais importantes da história, sendo este o último registro de Tommy Ramone. Em 1978 o punk rock passava por uma crise, os Sex Pistols acabaram após a turnê na América e o punk rock não era mais a bola da vez. Era fácil ver bandas britânicas migrando para outros estilos musicais como o new wave e o pós-punk. Os Ramones haviam lançado três álbuns que não tinham o reconhecimento necessário. A crise também era interna, turnês longas e muitos shows levaram a saída de Tommy Ramone, e para seu lugar chega o baterista Marc Bell

(ex-Dust e The Voidoids) que ficou então conhecido como Marky Ramone. Em algumas semanas Marky já estava gravando o álbum “Road to Ruin”. Sua primeira apresentação como integrante dos Ramones foi em 29 de junho após as gravações do LP. O estilo do batera agradou a banda, que queria inovar e fazer um disco mais comercial desta vez, mas sem esquecer suas raízes. I Wanna Be Sedated foi o maior sucesso do álbum. Marky se firmou no quarteto e em dezembro começaram as filmagens de Rock ‘n’ Roll High School, um filme dos tipos B. A trilha sonora do filme foi lançada em 1979, juntamente com o ao vivo It’s Alive. O dinheiro que recebiam durante as gravações do filme em Lons Angeles era pouco, por isso tinham que fazer shows nas cidades próximas para pagar o hotel, mas como nada é por acaso, no meio dessa correria, conheceram o responsável por remixar duas músicas dos Ramones para o filme e seria o novo produtor do próximo álbum da banda. Os Ramones chegam aos anos 80 O sucesso comercial era a meta dos Ramones e de sua gravadora, que para isso chamaram o produtor Phil Spector, para a produção de End of the Century. O produtor era famoso por produzir nas décadas de 60 e 70 discos de bandas como The Ronettes e Crystals, e das carreiras solo dos ex-Beatles John Lennon e George Harrison Março 2010 - Rock Post 5


O produtor perfeccionista infernizava a vida de Johnny e Dee Dee que passavam horas gravando até que os acordes agradassem aos ouvidos de Spector. Já Joey Ramone se dava muito bem com o produtor, afinal ele era seu ídolo e ajudou Joey a trabalhar novas melodias de voz e também na composição das músicas Danny Says, Do You Remember Rock ‘n’ roll Radio, Rock ‘n’ roll High School e I’m Affected, consideradas as melhores do álbum. End of the Century teve a melhor recepção comercial da carreira dos Ramones, ao contrário da recepção pela crítica e pelos fãs antigos. Em 1981, o relacionamento entre os integrantes já não era dos melhores, eles mal se falavam, mas o profissionalismo não deixava os conflitos virem a público. Desde a saída de Tommy a banda estava sem um líder. Marky, Joey e Dee Dee queriam cur-

tir com muitas festas, álcool e tudo que tinham direito. Johnny, então, acabou tomando a frente e se tornou líder dos Ramones, gerenciando os negócios e administrando o dinheiro que ganhavam. As composições ainda eram responsabilidade de Joey e Dee Dee. No álbum Pleasant Dreams, os Ramones não apresentavam uma versão cover e não apareciam na capa. A partir deste álbum os créditos das músicas não vinham mais assinados pela banda, mas sim pelos autores, Joey e Dee Dee. O resultado do álbum não agradou a banda. Em Subterranean Jungle voltam aos covers e colocam logo três. Mas os problemas já fugiam do controle, pois o baterista Marky com o uso de álcool e das drogas passou a faltar aos shows. Sua saída dos Ramones foi ao final das gravações deste álbum, para fazer um tratamento de

reabilitação e com isso os integrantes passaram a procurar um novo baterista, o primeiro foi Billy Rogers (The Heartbreakers). Billy gravou a bateria de Time Has Come Today, mas acabou abandonando o posto. Em 13 de fevereiro de 1983 entra para banda Richard Reinhardt, conhecido como Richie Ramone. Este também foi o álbum que trouxe Dee Dee como vocalista principal na

música Time Bomb. Os Ramones, na época dos álbuns Subterranean Jungle, Too Tough to Die e Animal Boy, contavam com um segundo guitarrista convidado chamado Walter Lure, que duelava com Johnny Thunders na banda The Heartbreakers. Johnny tinha habilidade com acordes, mas era limitado quando se referia a solos de guitarra. Era ai que entrava a participação de Walter Lure na época. Os Ramones ficaram afastados dos palcos entre agosto e dezembro de 1983, devido um incidente com Johnny Ramone, que em 15 de agos-

to tentou ajudar uma garota bêbada em um bar, mas levou vários chutes e socos na cabeça, pelo suposto namorado da garota embriagada. Johnny passou por uma complicada cirurgia no cérebro devido uma fratura no crânio. Com Johnny nesta difícil situação, a banda voltou a se unir e, após sua recuperação, os Ramones começaram a sair juntos novamente. Com um ambiente mais ameno o trabalho começava a fluir. Para isso convidaram Ed Stasium e Tommy para a produção. Too Tough to Die foi o primeiro álbum gravado com o

baterista Richie, o álbum foi intitulado com o nome da terceira faixa Too Tough To Die (“Muito difícil de morrer”), uma homenagem que Dee Dee fez a Johnny. Richie trouxe uma pegada diferente aos Ramones, mas este álbum também mostrava a importância de Dee Dee nas composições, ele sempre estava tentando estimular o lado compositor de Johnny, pois era estranho Johnny só cuidar dos negócios da banda e não compor nada. Em meados de 1985, Joey e Dee Dee juntamente com o ex-baixista dos Plasmatics, Jean Beauvoir, escrevem

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e gravam uma música chamada Bonzo Goes To Bitburg, um protesto contra a visita do então presidente Ronald Reagan ao cemitério de guerra localizado em Bitburg, Alemanha, onde se encontravam sepultados vários corpos de altos cargos da SS Nazista. Esta música foi lançada apenas no Reino Unido. A banda mostrava seu amadurecimento fazendo de sua música agora canções de protesto. Mas Johnny Ramone (fã da política de Ronald Reagan) não gostou do nome da música. Joey e Dee Dee queriam que o nome da música permanecesse como era, mas só conseguiram manter o nome no single inglês de doze polegadas. A música foi re-intitulada My Brain Is Hanging Upside Down quando apareceu no álbum Animal Boy. Lançado em maio de 1986, Animal Boy trazia Somebody Put Something In My Drink, composta pelo baterista Richie, inspirada em um incidente verdadeiro, quando alguém colocou um ácido em sua gim tônica. Joey Ramone contribuiu em apenas duas faixas além de Bonzo Goes To Bitburg, nesta época o vocalista estava afundado em álcool e drogas. Em 1987 foi a vez de Halfway to Sanity, que ainda trazia Richie como baterista e não apresentava também nenhum cover. Dee Dee havia escrito a maioria das faixas, algumas com o produtor Daniel Rey, que era guitarrista do Shrapnel, uma banda punk de Nova Jersey que abriu vários shows dos Ramones. A primeira parceria de ambos surgiu no álbum Too Tough To Die. Em Halfway To Sanity, os Ramones queriam uma produção própria e chamaram Daniel Rey para colaborar, o resultado foi exatamente o que eles esperavam. O álbum também trazia uma convidada especial: Deborah Harry, do Blondie, nos backing vocals de Go Lil’ Camaro Go. Durante quatro anos e meio, com cerca de quatrocentos shows feitos, Richie foi baterista dos Ramones, passando inclusive por São Paulo e Rio de Janeiro, em 1987. Richie também fazia os backing vocals da banda. Ele recebeu críticas por seu estilo de tocar ser diferente do contexto da banda, mas foi muito importante para os Ramones, por suas composições, por acrescentar algo a mais a banda e ter segurado a barra durante fases difíceis. Tudo ocorreu no dia 14 de agosto de 1987, antes do lançamento de Halfway To Sanity. Richie deixou os Ramones, simplesmente do nada, 8 Rock Post - Janeiro 2010

ou melhor, tinha mulher na jogada. Richie havia terminado com sua antiga namorada, e logo se casou com uma nova garota, detalhe: a menina era milionária. Ele enfiou na cabeça que os integrantes queriam expulsá-lo da banda, o que não era a realidade, e foi na saída de um show dos Ramones, que a esposa de Richie chegou em sua limosine e comunicou ao empresário da banda que ele deixaria o grupo. Ele entrou na limosine e nunca mais foi visto por nenhum Ramone, apesar de o terem procurado durante algum tempo sem sucesso. Há rumores de que o ex-baterista teria trabalhado de golf caddie em Los Angeles, no começo dos anos 90, e como recepcionista de um hotel nos Estados Unidos. Hoje em dia, ele é um empresário bem sucedido e toca com uma orquestra nos Estados Unidos e na Europa. Em setembro de 2007, entrou com um processo contra a Apple e a Walmarck por venderem músicas suas (tocadas pelos Ramones) sem autorização prévia ou

direitos autorais. Richie compos duas faixas em Halfway to Sanity, I’m Not Jesus e I Know Better Now. Isso, é claro, provocou uma avalanche na banda, cinco shows tiveram que ser cancelados às pressas e perder um baterista nas vésperas do lançamento do novo álbum foi realmente inesperado. Mas como sempre pensavam rápido, em menos de 24 horas recrutaram Clem Burke, baterista do Blondie e Chequered Past, além de fã incondicional dos Ramones. Clem foi batizado de Elvis Ramone e fez algumas fotos promocionais para o novo álbum (uma dessas fotos é a mais publicada em toda história da banda) e logo, no dia 28 de agosto, Elvis Ramone fez seu primeiro show com a banda. No dia seguinte, Clem faria o segundo e último show como baterista da banda, pois as apresentações foram um fiasco e apesar de seu interesse e boa vontade seu estilo não casava com a banda. Então, era a vez de acreditar no ex-baterista Marky e ver realmente se ele estava recuperado Março 2010 - Rock Post 7


de seus vícios. Marcaram um ensaio para ver como Marky se sairia. Não precisou mais que uma música para Marky voltar aos Ramones e em 4 de setembro ficou datada sua volta a banda. Animal Boy e Halfway to Sanity eram citados como álbuns do ano. Não estavam na mídia como rádio

e TV, mas influenciavam os jovens e músicos famosos e novatos. Dee Dee lançava seu primeiro álbum solo, “Funky Man”, um rap inspirado em Run DMC, L.L. Cool J, Beastie Boys e Suicidal Tendencies. Os Ramones circulavam livremente e eram respeitados nas cenas do punk rock, hardcore, hard rock,

heavy metal e rap. Em maio de 1988, foi lançado Ramonesmania, uma compilação de trinta músicas englobando todos os dez álbuns que já tinham gravado. Para promover o lançamento de Ramonesmania, foi lançado o clipe da música I Wanna Be Sedated de 1978, do álbum Road To Ruin.

Em 1989, Dee Dee Ramone e Daniel Rey escreveram Pet Sematary, música que seria o nome e o tema de um novo filme de Stephen King (Cemitério Maldito - nome do filme no Brasil), Stephen era um grande fã da banda. Os Ramones lançaram Pet Sematary como single (no lado B, Sheena is a Punk Rocker, que também fazia parte da trilha sonora). Prevendo que a música seria um sucesso, gravaram um vídeo que foi rodado em uma noite de lua cheia em um cemitério de Nova York. O décimo terceiro álbum, Brain Drain, foi lançado em maio de 1989 sob a produção de Bill Laswell e primeiro álbum com Marky na bateria. Pet Sematary já em vídeo estava começando a tocar com frequência nas rádios e na MTV. Parecia que finalmente os Ramones teriam o tão sonhado sucesso comercial. Mas Dee Dee resolveu sair da banda, após uma turnê americana e fez seu último show na cidade de Santa Clara, Califónia, no dia 5 de julho de 1989. Durante os últimos cinco anos Dee Dee ficou longe das drogas com

a ajuda da esposa Vera e de organizações especializadas, mas após as gravações de Brain Drain, parou de tomar os seus medicamentos, terminou o seu casamento de dez anos com Vera e abandonou os Ramones durante a turnê do álbum. Dee Dee entrou de cabeça no mundo do rap após sua saída dos Ramones e virou Dee Dee King. Lançou várias músicas e CDs, porém com pouca aceitação do público. Mesmo fora do Ramones, continuou ajudando na composição das letras das músicas e algumas vezes na organização de shows, mas o que ele queria era a liberdade que resultou na volta ao vício em heroína e o levou a morte por overdose, em 2002. Com a saída de Dee Dee começaram as audições para achar um novo baixista. Não foi cogitado em momento algum encerrar a carreira da banda, mas os testes para um novo baixista não iam bem, a maioria dos candidatos iam à audição para conhecer Johnny e Joey Ramone. Por fim o primeiro candidato, Christopher Joseph Ward, de 24 anos, era o melhor. O jovem tocava bem e

não tentava imitar Dee Dee, trazia seu próprio estilo. Ao entrar para a banda foi apelidado de C. Jay Ramone e sua estreia oficial em shows foi em 30 de setembro de 1989. O novo Ramone renovou a banda com sua juventude, força de vontade e talento, acrescentou muito aos Ramones. O fim da banda nos anos 90 Em 1990 Joey estava bem em seu processo de desintoxicação e trabalhando muito pelos Ramones e promovia também projetos sociais. Ele era um Rock Star e precisava se manter no controle da situação, sem drogas e totalmente limpo. Durante este tempo os Ramones compilaram os dois primeiros discos em um duplo e colocaram faixas inéditas. All The Stuff (And More!) Volume 1 trazia duas músicas ao vivo, duas em versão demo (I Can’t Be e I Don’t Wanna Be Learned/I Don’t Wanna Be tamed) e a música que entrou no lugar de Carbona Not Glue (Babysitter) na versão britânica do Leave Home. No mesmo ano também lançaram “Lifestyle of the Ramones”, uma compilação de todos os vídeos

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que a banda tinha feito até a data e “All The Stuff (And More!) Volume 2” que foi lançado em 31 de maio. A década foi marcada por uma homenagem do Motörhead a banda, uma música chamada R.A.M.O.N.E.S. Neste ano também foi lançado outro tributo chamado “Gabba Gabba Hey”, com vários artistas norteamericanos, entre eles duas bandas que estavam entre as prediletas de C.J. na época, L7 e Bad Religion. Em 1991 os Ramones eram uma banda universal. Turnês pela Austrália, Espanha, Japão, Argentina, Brasil entre outros países faziam parte de seu roteiro. Em Barcelona, os Ramones reservaram duas datas e gravaram Loco Live, o segundo álbum ao vivo deles. O álbum saiu em duas versões: européia e americana. A diferença entre as duas era a capa e umas cinco- faixas diferentes entre as 33 presentes. Mondo Bizarro foi lançado no dia 1º de setembro de 1992, sendo sucesso de crítica e vendas. Esperado por muitos, Mondo Bizarro foi o primeiro álbum de estúdio depois de três anos da saída de Dee Dee, apesar de ele ter colaborado com três canções Poison Heart, Main Man e Strenght To Endure. Poison Heart ganhou o

primeiro clip saído de Mondo Bizar- dos vários anos de trabalho e o desro, Dee Dee vendeu os direitos augaste entre os integrantes levavam a torais dessa música para pagar uma banda para o caminho final. Ainda fiança, pois estava preso por porte de não era oficial o fim da banda, mas drogas. Na verdade, Dee Dee conlançaram uma nota à imprensa de tinuou compondo para os Ramones que um último disco seria gravado. porque precisava de dinheiro. ¡Adios Amigos! foi lançado com No meio de toda a corrida da fama, metade das canções de autoria de os Ramones foram homeageados Daniel Rey e Dee Dee. Os Ramones pelos Simpsons, série que encanta o ficaram um ano excursionando e mundo até hoje e sempre leva para fazendo os últimos shows pelas dentro da tela bandas e personagens principais cidades do mundo. No dia que agradam o público. A banda foi 29 de fevereiro gravaram um show chamada para cantar “happy birthem Nova York, que deu origem ao day” para o personagem Sr. Burns. terceiro álbum ao vivo: “Greatest Em 1993 foi lançado Acid Eaters, Hits Live” - lançado no meio do ano um álbum inteiro com músicas do de 1996 e que serviu para promover final dos anos 60, que foi a principal a participação dos Ramones na turnê época de influencia de Joey e Johnny Lollapalooza. Ramone. O álbum era de qualidade, O Brasil recebeu pela última vez os mas não agradou. O momento pósRamones em seis datas. Na sequêngrunge era ótimo para lançar coisas cia, o grupo fez em Buenos Aires novas de punk rock, e isso foi feito o que seria o último show de sua com sucesso por bandas como The história, porém não foi. Dee Dee Offspring e Green Day. morava na Argentina na época, e Uma notícia inesperada abala a faria uma participação no show, mas banda no ano de 1994, quando os in- chegou ao hotel na hora dos autógrategrantes dos Ramones ficam saben- fos, no meio do tumulto os segudo que o vocalista Joey estava com ranças não o reconheceram e ele se câncer. Em 1995, Joey avisou que os sentiu esnobado. Depois de acharem Ramones parariam de fazer shows, Dee Dee e o colocarem na van da ele já estava debilitado e os shows banda que iria para o show, mas ele eram longos e cansativos. A tensão simplesmente pulou para fora da van e sumiu. Os Ramones participando do seriado “The Simpsons” O último show dos Ramones aconteceu no dia 6 de agosto de 1996 no Palace, em Hollywood. Chamaram vários convidados como Eddie Vedder, Lemmy, Tim e Lars do Rancid, Chris Cornell do Soundgarden e Dee Dee Ramone. Dee Dee ficou encarregado de cantar Love Kills mas entrou errado na música e esqueceu quase toda a letra. Foi o show de número 2.263 e deu origem ao álbum e ao vídeo We’re Outta Here!. Após a última apresentação, os Ramones ainda receberam uma excelente proposta para fazer seus últimos shows na América do Sul. Joey Ramone não aceitou fato que deixou Marky e Johnny inconformados, afinal o lucro seria ótimo. Para Joey tudo já tinha realmente acabado, ele não iria cantar por dinheiro, estava preocupado com seu projeto solo e sua doença. A última vez que eles todos se reuniram (exceto Richie) foi em 99 no lançamento da compilação Hey Ho Let’s Go, pela Rhino. O Adeus a Joey, Dee Dee e Johnny Joey lutava contra o câncer linfático e planejava seu Março 2010 - Rock Post 9


disco solo desde o fim dos Ramones. No final do ano 2000 o vocalista fragilizado aproveitou uma trégua da doença para finalizar seu álbum junto com Daniel Rey. Infelizmente, em dezembro, Joey escorregou no gelo da calçada à frente de seu apartamento e quebrou a bacia. Tiveram que interromper a medicação do tratamento para realizar uma cirurgia e assim o câncer se alastrou. Joey Ramone faleceu no dia 15 de abril de 2001, num dia de Páscoa. Fãs do mundo todo ficaram abalados com a notícia, pois Joey era um dos símbolos do punk e um dos vocalistas mais queridos da história do rock. Antes de ocorrer tudo isso, em 1997, surge o álbum Zonked!/Ain’t It Fun, trabalho solo de Dee Dee Ramone e que contava com a participação de Joey nos vocais. Dee Dee cantou na maioria das músicas e tocou guitarra, com Marky na bateria, Daniel Rey na guitarra e produção, Barbara (esposa de Dee Dee) no baixo e cantando três músicas, além da participação de Lux Interior (The Cramps) também no vocal. Depois disso Dee Dee lançou trabalhos menores como Greatest and Latest, The Ramaiz (Marky, Dee Dee e C. J.) e Hop Around. O final de Dee Dee, como já havia citado, foi por uma overdose de heroína no dia 5 de junho de 2002, aos 49 anos, em seu apartamento. Ainda restava Johnny, dos primórdios da banda, como líder ele levou os Ramones longe, pois talento sem liderança não adianta muito. Johnny passou a ter uma vida tranqüila e sem muitas alterações, mas veio a saber que tinha câncer de próstata em 1997. Era mais uma vítima desta 10 Rock Post - Março 2010

terrível doença, e após uma longa luta para vencer o câncer , no dia 15 de setembro de 2004, Johnny faleceu, aos 55 anos, em Los Angeles ao lado da esposa Linda e de alguns amigos, entre eles Eddie Vedder (Pearl Jam). Desde o fim dos Ramones Johnny havia se aposentado, mas juntamente com o vocalista Rob Zombie produziu um tributo à banda. “We’re a happy family - A tribute to Ramones” foi lançado em 2003 e se destacava por trazer muitos artistas do mundo do rock como Metallica, Kiss e U2. O encarte do tributo foi desenhado por Stephen King. C.Jay, antes do fim dos Ramones, formou os Los Gusanos apenas como diversão. A banda era formada por quatro integrantes, sendo C.Jay guitarrista e vocalista. Em 1994 lançaram seu primeiro EP. Com o fim dos Ramones C.Jay se dedicou aos Los Gusanos e, em 1998, lançaram seu primeiro álbum. Entre os vários problemas com gravadoras e integrantes, a banda encerrou suas atividades em março de 2000. Na vida pessoal C. Jay se casou com Chessa, sobrinha de Marky, no final da década de 90, tiveram 2 filhos e anos depois se separaram. Chessa ficou com praticamente tudo que C.Jay tinha. Ele teve que vender sua Harley, armas de sua coleção e equipamentos musicais, além do disco de ouro do Ramones Mania. Após a turbulência, C.Jay Ward forma o trio Warm Jets e lança um compacto. A banda em 2001 mudou de nome para Bad Chopper, chegando a tocar no Brasil em duas datas do mês de setembro do mesmo ano. Marky Ramone and the Intruders

foi o álbum lançado em 1996 por Marky. Ele e sua nova banda já se apresentavam no Brasil no final de 1996, ao lado de Sex Pistols, Inocentes e Bad Religion. Depois formou o Marky Ramone Group que se tornou Marky Ramone and the SpeedKings, lançando dois álbuns. No início de 2003 resolveu se juntar a Jerry Only e Dez Cadena e com eles tocar músicas dos Misfits e Ramones e gravar o álbum Project 1950. Atualmente faz shows esporádicos tocando Ramones, participou do filme “Escola do Rock 2” e finaliza um livro intitulado “Faith and the Backbeat”. Em 2004, Marky Ramone lançou um DVD com cenas de bastidores das turnês, gravadas com uma câmera amadora pela banda. RAW contém ainda um show gravado em 1980 na Itália e aparições na televisão. Ainda em 2004, no dia 8 de outubro, Tommy Ramone, C.J. Ramone, Elvis Ramone e Daniel Rey fizeram o show “Ramones Beat Down On Cancer” (Ramones contra o Câncer). Marky Ramone gravou um CD ao vivo, em 2006, com a banda Tequila Baby, em que eles tocam alguns hits dos Ramones. Marky também gravou com os Raimundos. Atualmente Marky está no Osaka PopStar, que juntou vários icones do Punk norteamericano, como Jerry Only (The Misfits), Dez Cadena (Black Flag) e Ivan Julian (Richard Hell & The Voidoids). As vezes Marky passa pela América do Sul para algumas apresentações. Fonte: Wikipedia Imagens: Internet


CURIOSIDADES

Se você lembra de algum fato curioso no mundo do rock envie um e-mail para nossa redação (rockpost@rockpost. com.br) com seu texto.

Homer simpson: o top 10 do cara Como a edição deste mês trouxe Ramones, não poderíamos deixar de falar dos Simpsons, que fizeram uma homenagem bem bacana à banda. Vasculhando pela net encontrei um TOP 10 sobre o gorducho Homer que é realmente muito legal. O TOP traz uma lista de falas, ao longo da série Americana, que só esta figura poderia soltar. Confira! *10. Operador! Me dê o número do 911! *9. Eu não sou normalmente alguém que ora, mas se você estiver aí em cima, por favor me salve Superman. *8. Filho, quando você participa de eventos esportivos, não importa vencer ou perder: ÿ de quão bêbado você fica. *7. [Encontrando Aliens] Por favor, não me comam! Eu tenho mulher e filhos. Comam eles! *6. Lisa, vampiros são faz-de-conta, como elfos, gremlins e eskimós. *5. Se algo está dando errado, culpe o cara que não fala inglês. *4. Quando eu vejo os sorrisos nas faces das crianças, eu sei que elas estão aprontando alguma coisa.

*3. Eu não sou um cara mau! Eu trabalho duro e amo meus filhos. Então porquê eu deveria desperdiçar meio domingo ouvindo sobre como eu vou para o inferno?

*2. Pai você fez um monte de coisas maravilhosas, mas você é um cara muito velho, e gente muito velha é inútil. *1. Bart, com $10.000 nós seremos milionários! Nós poderíamos comprar todo tipo de coisas úteis como…Amor! Fonte: http://pracuriosos.wordpress.com/2008/12/06/top-10-frases-de-homer-simpson

Mais Bandas que já passaram pelos Simpsons Os Simpsons geralmente trazem personalidades do mundo real para fazer parte da loucura de Springfield, sempre num contexto bastante engraçado, Homer e sua família acabam conhecendo celebridades, políticos, rockstars entre outras figuras. Confira mais algumas bandas de rock que participaram dos Simpsons.

U2

Rolling Stones

Green Day

Março 2010 - Rock Post 11


sem sem rotulos, rotulos, mas mas com com muito muito gas... gas...

Nascida em Minas Gerais, na cidade de Borda da Mata, no ano de 2001, a banda Deventter faz sua carreira com profissionalismo e muita criatividade. Seu mais recente trabalho Lead... On foi eleito pelo site Metal Clube o “Melhor Disco Nacional” lançado em 2009, além também de figurar na lista dos melhores lançamentos pela Revista Roadie Crew. Não seria para menos tantos títulos, a banda mostra uma excelente musicalidade e seu trabalho tem realmente algo que encanta o público e a crítica. Estes jovens apostaram em seu potencial e hoje apresentam um trabalho independente, sem rótulos e sem pressões, que faz a gente ver que o cenário nacional precisa abrir as portas internas e acolher todos estes trabalhos maravilhosos que aparecem e que necessitam de um reconhecimento maior e de apoio nacional. Nesta entrevista concedida a revista Rock Post, pelo tecladista e fundador da banda Hugo Bertolaccini, soubemos mais sobre a banda que tocou com Dream Teather e 12 Rock Post - Março 2010

foi eleita por Mike Portnoy como revelação nacional. Não é qualquer banda que leva um título de Portnoy, não é? Então, convido você a prestigiar esta entrevista descontraída e super interessante com o Deventter. Entrevista: Deventter Rock Post: Primeiramente gostaria de agradecê-los por nos conceder esta entrevista e dizer que acompanhamos o Deventter desde o surgimento da revista Rock Post e sentimos que é um trabalho sério e realmente muito bom. Hugo Bertolaccini: Muito obrigado! Sim, é um trabalho bem sério e focado, mas ao mesmo tempo muito divertido e prazeroso! Rock Post: Desde 2001, quando surgiu a banda até hoje, quais as principais mudanças que vocês notaram na banda? HB: Nós éramos três, agora somos seis! Não, não quero dizer somente que aumentamos nosso contingente,

mas aumentamos nosso poder criativo, isso influenciou muito a sonoridade da banda fazendo com que o Deventter chegasse a uma identidade musical sólida. Rock Post: Um fato importante na carreira de vocês foi o convite de Mike Portnoy para o Deventter abrir o show do Dream Theater, além disso, ele ainda afirmou que o Deventter era uma das melhores bandas brasileiras atuais. Como foi para vocês este fato? E receber este título de um ícone do Cenário Progressivo Mundial? HB: Tocar com o DT foi a realização de um sonho! Por mais que nossa música não seja tão influenciada por eles atualmente, foi por causa deles que começamos a tocar nossos instrumentos, tentar formar uma banda quando éramos pequenos ainda, etc. Ter a sua música reconhecida pelos seus ídolos não tem preço. Só temos a agradecer o Portnoy por isso! Rock Post: Do lançamento de The 7th Dimension para o segundo álbum vemos uma banda crescente e ainda mais expressiva. Na opinião


a importância desta participação no resultado final de “Lead...On”? HB: Sim, toda a produção é nossa: conceito, música, arranjo, letras e encarte. Também contamos com a experiência e competência da equipe do Norcal Studios durante as gravações, mixagem e masterização. São grande profissionais, sérios, focados e hoje são grandes amigos da banda! Rock Post: A musicalidade de vocês tem algo bem particular, concorde vocês o “Lead...On” teve uma daria com vocês no fato de não repercussão melhor que o álbum rotular o Deventter dentro de um anterior? estilo único, mas a mídia em geral HB: Sim, o Lead... On repercutiu coloca rótulos em todas as bandas. mais que o T7D, porém só conComo vocês encaram esta questão? seguiu ter essa visiblidade após o HB:Algumas pessoas chegam a duro trabalho que tivemos com a ter preconceito com relação a um divulgação do T7D. Uma coisa puxa estilo ou outro, mesmo sem antes a outra, desde que estejamos dando ouvir a banda em questão. Nossa o melhor que pudermos em nossas música sofre muitas influências, que atividades na banda. é reflexo do som que ouvimos, seja ele o grunge, rock industrial, rock Rock Post: Durante o processo de progressivo, heavy metal, rock`n gravação de “Lead...On”, vocês roll, pop, etc. Isso faz com que nossa encontraram dificuldades, por se música não se encaixe em nenhum tratar de um trabalho indepenrótulo. É até engraçado, nos considdente? eramos rock progressivo pelo fato de HB: A única dificuldade foi a finan- termos liberdade com os caminhos ceira, pois tivemos que mapear e que traçamos para a nossa música, controlar os gastos. Como não temos porém as pessoas acham que somos um suporte financeiro de uma gravadora e nenhum tipo de patrocínio, essa foi a maior dificuldade que posso apontar. O resto foi perfeito e prazeroso, acredito que isso acabou influenciando bastante o processo de gravação. Deu no que deu: Lead... On! Rock Post: Os arranjos, riffs e a produção do CD estão realmente fantásticos. Vocês participaram de todas as etapas do processo? Qual

www.deventter.com www.myspace.com/deventter

pesados demais para o rock progressivo, virtuosos de menos para o prog metal, virtuosos demais para o heavy metal, muito eletrônico para o grunge, muito orgânico para o industrial, ou seja, estamos no meio termo de nossas influências! No fim, me sinto muito satisfeito com essa confusão toda! Rock Post: O ano de 2010 só está começando e vocês continuam com a divulgação de Lead...On. Além desta divulgação, dos shows, há mais alguma proposta em andamento para este ano? HB: Por enquanto não, queremos divulgar ao máximo o Lead... On, estamos estudando a possibilidade de lançar um clipe, fazer alguns shows acústicos, mas tudo tem que ser bem pensado, afinal, somos uma banda independente e cada passo deve ser dado com cautela. Tudo isso servirá como tempero na divulgação do disco, mas ainda são apenas estudos. Rock Post: Gostaria de agradecêlos imensamente em nome da Revista Rock Post, agradecemos ao Eliton também, que faz um excelente trabalho com vocês, e deixo este espaço livre para enviarem seu recado... HB: Agradeço o apoio, espaço e oportunidade dados pela Revista Rock Post, ao Deventter e ao cenário nacional. Quem quiser conferir algumas músicas do Lead... On, acessem a nossa página do MySpace (www.myspace.com/deventter) e nos envie seu comentário! Grande abraço a todos! Valeu! Imagens: Divulgação banda


FIQUE LIGADO Rádio Rock Freeday com- pleta 4 anos e seleciona bandas para coletânea virtual.

A rádio ROCK FREEDAY completa no mês de abril quatro anos em atividade. Diversos lançamentos de bandas nacionais e internacionais, entrevistas e muito Heavy/Rock. Eleita pelos leitores do web site whiplash uma das 3 rádios mais importantes do Brasil em 2009, a Rock Freeday consolida-se um importante veículo de informação e entretenimento no mercado de música pesada. E para comemorar essas 32.256 horas no AR, a rádio esta selecionando bandas para uma coletânea física e virtual. Intitulada 'Rock Freeday Coletion Volume I' o trabalho será uma produção coletiva, aberta a todos os artistas e bandas do Brasil. Este primeiro volume (em fase de produção) tem por objetivo continuar abrindo novas vias de divulgação para o trabalho das bandas, músicos, cantores e compositores (muitos, bandas e artistas que não são profissionais e que atuam muitas vezes apenas em sua cidade ou região) e que possuem muito talento, mas que ainda não tiveram seus trabalhos reconhecidos pela grande mídia. As bandas interessadas em participar devem mandem um e-mail para contato@rockfreeday.com.br . A rádio é dirigida pelo radialista e comunicador Alexandre Afonso. A programação é 24 horas, com programas segmentados e informação de hora em hora. Acesse: www.rockfreeday.com.br

14 Rock Post - Março 2010

Festival de Rock Feminino começa no dia 07 de março

O VIII Festival Rock Feminino começa no próximo dia 07 de março e se encerra no dia 21. Todas as bandas da edição já foram confirmadas, mais de 20 bandas concluem a programação que traz artistas de seis estados diferentes, indo do pop rock, hard core, ao heavy metal e até mesmo música celta e jazz. O grande dia do evento acontece em 20 de março, a partir das 13 horas, na antiga Estação Ferroviária de Rio Claro. Neste dia, serão 15 bandas tocando em dois palcos. rockfeminino.wordpress.com

Inscrições para o Roça ‘n’ Roll vão até o dia 10 de março As inscrições para o Roça ‘n’ Roll ocorrem até o dia 10 de março. Os grupos interessados devem enviar CD ou demo para a Caixa Postal 36 - CEP 37002-970 - Varginha-MG. Todo material será analisado e avaliado por uma comissão especializada no gênero. A iniciativa da Cangaço Produções, organizadora do Roça ‘n’ Roll, é apoiar as bandas nacionais do estilo. Anualmente, o evento destaca mais de 20 bandas em três palcos. Em onze anos, mais de 250 conjuntos já passaram pelos palcos do Roça ’n’ Roll e a cada edição, são incluídas novas atrações. A 12ª edição do Roça ‘n’ Roll vai ser realizada na Fazenda Estrela, em Varginha no Sul de Minas. www.rocainroll.com


entrevista: rhevange

André Luis: Como tem sido a repercussão do CD debut? Rhevange: A repercussão do “Unleash the Power” está sendo muito boa. Estamos conseguindo bons resultados. Em decorrência desta boa divulgação, conseguimos tocar no maior festival underground do nordeste, o Forcaos, em Fortaleza – CE, show ocorrido em Julho deste ano. Foi fantástico! André Luis: O CD foi lançado de forma independente por opção da banda? Rhevange: Na verdade o disco demorou um pouco para sair do forno, devido a problemas de formação. Daí quando solucionamos estes problemas, priorizamos a gravação. Como esse processo levou algum tempo, devido a reformulação no som, o que mais queríamos depois disto era tocar e divulgar o som. Por isso, a opção de lançar o trabalho de independente foi a mais adequada. E também pelas condições que tínhamos naquela época. André Luis: A capa está muito bonita. Quem teve a ideia? Rhevange: O Rhevange vem trabalhando em seus discos os conceitos daquele mago, a cada trabalho nosso a gente vem lapidando ele e o demonstrando de uma nova forma. Desta vez, quem foi responsável pela nova cara do personagem foi o Daniel Lima, desenhista e tatuador amigo da banda. Ele nos apresentou esta arte e agradou em cheio todos os membros da banda. André Luis: Como chegaram ao designer Daniel Lima?

Por: André Luis

Rhevange: Como dissemos anteriormente o Daniel é um grande amigo da banda de longa data, e um excelente profissional. Ele trabalha como desenhista e tatuador aqui em Brasília, e também já foi baixista da banda de Thrash – Flashover, sendo assim, já o conhecíamos da própria cena metal da cidade. André Luis: Sobre as influências musicais, dá para se perceber que vocês beberam muito na fonte de Iron Maiden e Metallica de início de carreira... Rhevange: Sim! Todos nós gostamos muito dessas bandas citadas, para nós é sempre uma referência. André Luis: Fale sobre as participações especiais como chegou a elas? Rhevange: Tivemos três grandes participações nesse disco, a primeira foi do Carlos Zema (Ex-Vougan, Heavens Guardian), excelente vocalista e que se tornou um grande amigo da banda. Tivemos a ideia da música e achávamos que tinha tudo a ver com o estilo dele. Passamos a ideia e ele gostou muito. Ele veio gravar essa música com a gente antes de ir para os Estados Unidos. A segunda foi a do baixista Michel Brasil, irmão dos membros Nathan e Júnior e considerado um quinto membro da banda. É um parceiro e amigo da banda, participou na música “Darkness or Light”. A terceira e última participação foi a do Deniel Moraes, baterista e produtor. Ele esteve envolvido em todos os momentos com a gente na gravação, mixagem e masterização, então, achamos que seria interesMarço 2010 - Rock Post 15


sante convidá-lo a tocar na gravação da batera da “Walking With The Wolves”.

que se passa nos deparamos com novas bandas e novos bons músicos surgindo. Isto é muito bom porque torna a nossa cena bastante revelante no cenário brasileiro. André Luis: Por falar em músicas, vocês nunca con- seguiram repetir a mesma formação do álbum anterior. André Luis: A banda já está pensando num novo trabVocê acha que no próximo trabalho isso pode mudar? alho? Rhevange: Na verdade, esta é a formação mais sólida Rhevange: Com certeza! No próximo ano estamos queda banda até hoje! Além da banda, somos bem amigos rendo trabalhar no material novo. Já existem algumas fora dela. Esperamos que essa química permaneça para músicas compostas e outras bem encaminhadas. É bem os próximos trabalhos. possível que estas composições já estejam em um novo álbum. André Luis: Como tem sido a repercussão diante do público e mídia? André Luis: Vocês tocam covers nos shows? De quais Rhevange: Estamos sendo bem aceitos, as pessoas nos bandas vocês tocam covers? procuram para comprar cd, e as resenhas em revistas e Rhevange: Tocamos sim. Geralmente levamos Iron sites são bem positivas Maiden, Metallica, Metal Church, Deep Purple, e outros destes estilos. André Luis: E shows, têm rolado bastante? Rhevange: Com certeza! Tomamos até a liberdade de André Luis: Obrigado pela entrevista. O espaço é seu... dizer que este foi o período que mais tocamos desde que Rhevange: Para finalizarmos queremos agradecer ao surgimos. Fizemos muitas apresentações inclusive fora brother Luís pelo incentivo ao underground, pelo espaço de Brasília. Para nós, é uma grande resposta pelo bom e pela oportunidade dada para o Rhevange. Quem tiver a trabalho que está sendo realizado. Isto, sem dúvidas, foi oportunidade e curiosidade de conhecer a banda acessem: é um grande passo para a projeção da banda em âmbito www.rhevange.com.br ou www.myspace.com/rhevange. nacional. Lá vocês encontrarão todas as informações pertinentes a banda, é só acessar! Valeu! Abração. André Luis: Recentemente o Brasil virou a “Bay Área” dos anos 2000, com várias bandas de thrash surgindo. Imagens: Divulgação Banda Como é esta cena em Brasília? Rhevange: Está sempre em ascensão, pois a cada ano Acesse: www.myspace.com/ahardroadzine 16 Rock Post - Março 2010



OO PESO PESO DO DO METAL METAL COM COM SUAVIDADE SUAVIDADE FEMININA FEMININA Esta banda mineira que vem se destacando no cenário nacional, chamada Sacrificed, começou a sua trajetória após passar por algumas mudanças na formação e com sua consolidação vieram dois EPs e a gravação do primeiro álbum que está em andamento. Com o lançamento do primeiro EP em 2008 “Streets of Fear”, a banda ganhou forças e em 2009 lançou mais um EP auto-intitulado para fazer uma amostra do que está por vir no álbum. Em entrevista a nossa revista, os integrantes Diego e Bruno falaram sobre as gravações do novo álbum, o início da carreira e os planos da banda para este ano. Confira a entrevista na íntegra! Entrevista Olá amigos da Sacrificed, gostaria de agradecer pela oportunidade de entrevistá-los e conhecer um pouco mais do trabalho de vocês. Diego: Será um prazer compartilhar com todos um pouco do que é o 18 Rock Post - Março 2010

Sacrificed Bruno: Nós quem agradecemos a oportunidade de falar um pouco mais sobre o nosso trabalho. Rock Post: Quando surgiu o gosto pelo Heavy Metal? E quais as principais influências dos integrantes? Diego: Meu pai sempre foi amante de Queen e Dire Straits, desde pequeno escutando os clássicos, quando meus amigos me apresentaram o Metallica foi apenas um passo pro heavy metal. Nessa época o “new metal” estava em alta, então muitas bandas dessa “onda” agravaram a minha paixão pelo som pesado. As influências da banda são diversas, muitas sem muito nexo com outras (risos), mas destaco aqui Dream Theater, Lambo f God, In Flames, Doro Pesch, Lacuna Coil e claro Metallica, entre outras. Bruno: Quando eu tinha cerca de 14 anos quando um amigo foi comigo

pra comprar um CD de música, lembro que na oportunidade esse meu amigo com muito custo me convenceu a levar um CD com uma capa toda preta, que a principio eu achei horrível, era o álbum negro do Metallica, depois de umas 2 semanas resolvi ouvir o CD (risos), e desde então o Metal entrou na minha cabeça pra nunca mais sair. Rock Post: Os projetos musicais de vocês surgiram em 2004, mas quando foi exatamente que nasceu a Sacrificed? Diego: Depois de muitas mudanças de integrantes na banda, chegamos a formação atual com o Bruno ( baixo ) e a Kell ( vocal ) no começo de 2009. Como estávamos mudando drasticamente o formato da banda, colocando uma mulher nos vocais, decidimos alterar nosso nome, porém não queríamos algo que descaracterizasse a fase antiga da banda, Sacrificed foi a escolha perfeita.


Rock Post: Os EPs lançados por vocês tiveram

a repercussão desejada? E quanto ao primeiro álbum que vocês estão gravando? Falem um pouco sobre o processo de gravação. Bruno: O trabalho com o nosso último EP lançado online em novembro de 2009 teve uma repercussão muito maior do que a esperada, chegamos a ter mais de 900 plays diários no nosso Myspace, o que nos rendeu boa repercussão e resenhas em revistas e sites de grande porte. As gravações do nosso primeiro CD full-length ocorrem no Estúdio Kojima e no WZ Estúdio, onde as linhas de bateria foram gravadas no WZ e guitarras, baixo, voz estamos gravando no Kojima, onde também será feito todo o tratamento no áudio gravado. Rock Post: Quais as principais dificuldades que vocês encontraram para chegar até a gravação do CD? Diego: Acredito que o maior obstáculo foi o tempo. Todos nós temos vidas normais e trabalhamos, muito (risos), pra sobreviver. No final de 2008 estávamos prontos para gravar, tínhamos nos organizado financeiramente e na questão do tempo também, infelizmente por vários problemas, que culminaram na saída de nosso antigo vocalista e nosso baixista, as gravações foram adia-

das. Até encontrarmos as pessoas certas e nos entrosarmos novamente passou um bom tempo, mas como diz um ditado popular - O que não me mata, me fortalece - lançamos nosso EP “Sacrificed” para ver a aceitação do público e ter uma base do que iríamos trabalhar em cima, agora finalmente estamos prontos novamente. É uma questão de paciência, muita paciência (risos). Bruno: Eu não diria dificuldades, diria etapas e obstáculos a serem superados, tais como o estúdio certo para gravar, quais faixas entrariam no CD, como seriam gravados e principalmente conseguir atingir a repercussão desejada sobre o trabalho, essas dificuldades foram na verdade motivações, pois estamos muito confiantes na qualidade das composições. Rock Post: Para vocês o Cenário Nacional hoje tem favorecido mais as bandas brasileiras? Como vocês vêem a mídia no geral? Diego: Estamos em um momento complicado para o metal nacional, a demanda de shows aumentou muito, porém o público diminuiu muito também, é mais cômodo assistir um show pela internet. A era do download está ai, com o myspace é muito fácil divulgar a sua banda, porém, quase impossível conseguir um contrato descente com uma gravadora já no primeiro cd, sendo que o importante para muitos é o dinheiro, o que salva é saber que ainda existem alguns selos que apóiam a musica pesada. Outro agravante é que são tantas bandas tocando por uma lata de cerveja que fica difícil conseguir disputar um espaço com isso, os grupos

sérios perdem o seu valor. Precisamos é de uma nova exposição na grande mídia, para que o heavy metal volte a ter o seu valor. Rock Post: Agora para 2010, além das gravações e lançamento do álbum, quais os demais planos da Sacrificed? Bruno: Esperamos com o lançamento do CD ter algumas portas abertas para eventos grandes e o mercado no exterior, pois infelizmente “lá fora” o Metal de uma forma geral é mais valorizado do que aqui no Brasil. Rock Post: Gostaria de agradecêlos novamente em nome da Revista Rock Post e peço que deixem seu recado aos leitores da Revista e fãs da Sacrificed. Diego: Obrigado Rock Post por ceder esse espaço a nós, é desse tipo de apoio que as bandas underground precisam para crescer. Esperamos um dia levar o som da Sacrificed por todo o Brasil e o mundo, para batermos cabeça com todos os metaleiros de plantão (risos). Bruno: Espero que todos vocês juntos conosco e outras bandas sérias do cenário possamos fazer a cena Metal crescer cada dia mais no Brasil, pois são vocês que dão a nós, músicos, o incentivo pra continuar lutando e fazendo um trabalho sério e de respeito para quem sabe um dia ser nós o exemplo para outros países. Valeu! Fotos: Wolfgang Site: www.sacrificed.com.br

Março 2010 - Rock Post 19


Entrevista – Templo de Fogo

COLUNA

Por João Messias (THE ROCKER)

Grande nome do Heavy Cristão dos anos 90, o Templo de Fogo passou por um longo período de pausa, devido a motivos diversos, mas aos poucos está voltando para conquistar seu lugar entre os bangers! A banda liderada pelo incansável guitarrista/vocalista Moisés Missão tem como um de seus destaques a maravilhosa balada Tua Voz (como bandas de metal sabem fazer esse tipo de música), além de expressarem sua fé de uma forma que agradam a todos, mesmo aqueles que não se ligam neste tipo de letra que inclusive chegou a e que nesta entrevista nos falou sobre a batalha de manter a banda viva, a já citada música, a cena musical de sua cidade e futebol, onde Moisés mostra sua admiração por um grande time que este ano completa seu centenário! Confiram a entrevista: The Rocker: Fala aí Moisés! O Templo de Fogo já tem doze anos de estrada. Pela banda ser cristã, acredito que o começo não deve ter sido fácil por conciliarem música e fé, e em todos esses anos, ainda existem pessoas que se negam a ouvir a banda por ser cristã? Moisés: Sim! a banda templo de fogo conseguiu passar por 3 tipos de preconceito: radicais que acham que heavy metal verdadeiro é aquele que fala só de bruxas e demônios, os evangélicos que dizem que o heavy metal é música satânica, aqueles que acham que heavy metal só pode ser executado em inglês, inclusive muitos cristãos que curtem heavy metal pensam assim também! mas o templo de fogo faz heavy metal cristão cantado em português. The Rocker: Vocês são de Itú. 20 Rock Post - Março 2010

Conte-nos como é a cena para o rock/ metal em relação a público, casas de shows, etc. Moisés: Em Itu é raro rolar uma algum evento metal, as bandas normalmente viajam para as cidades das mais tocadas. prá vizinhas para se apresentarem! banda isso foi demais, heavy em porThe Rocker: Lembro que no final tuguês sendo pedido lá na dos anos 90 e princípio do século Europa! 21 vocês estavam sempre por aí tocando em muitos lugares, e atualmente a banda deu uma sumida do cenário. A que se deve esta ausência? Moisés: Realmente estamos parados em relação aos shows, pois o zé ronaldo assumiu um ministério fora do estado de sp, eu também trabalho fora da cidade de itu e o tempo de ensaios e até mesmo apresentações ficaram muito curtos e correria o risco da banda não cumprir os compromissos, então nesse tempo decidimos apenas continuar com as gravações em estúdio! The Rocker: Falando um pouco das canções da banda, uma das minhas favo- ritas é Tua Voz, uma Power Ballad de deixar todos os fãs de Hard de queixo caído. Qual é a sua opinião sobre essa canção e se ela é muito pedida nos shows? Moisés: Sempre foi a mais comentada, tanto em resenhas como nos shows. essa música ficou 2 meses em destaque numa rádio especializada em metal cristão na suécia como

The Rocker: Houve um período que vocês passaram a cantar em inglês e deste material a música Larger Commandement era um dos destaques. Por que vocês largaram este idioma e voltaram a cantar em português? Moisés:Eu nunca quis gravar em inglês, mas a gente precisava passar por essa experiência. a música Larger Comman


levar o trabalho adiante, eu ficarei muito feliz, pois esses caras são o templo de fogo!

dement foi gravada em português pela banda sagrada cruz agora em 2009. Ela se chama agoramaior mandamento e pode ser conferida em: http://www.myspace.com/bandasagradacruz The Rocker: E nesta época, vocês lançaram o debut Sonho Real, quando parecia que a banda iria decolar, o nome Templo de Fogo foi desaparecendo até culminar num hiato. Vocês chegaram a encerrara as atividades ou fora apenas uma pausa? Moisés: Espero que seja uma pausa. o que não desejo fazer é reunir músicos diferentes para continuar a banda. Se eu, o Zé Ronaldo, o Fernando Miguel e o Marquinhos Jabur nos reunirmos e todos concordarem em

The Rocker: Recentemente vocês lançaram o EP Babilônia, que apresenta uma banda mais coesa e com uma dose extra de peso. Como vocês o comparam ao debut e aos trabalhos anteriores? Moisés: É o melhor trabalho na minha opinião. Tivemos mais tempo de estúdio onde as idéias puderam acontecer, . os trabalhos anteriores tiveram pouco tempo de estudio e assim você não consegue realizar exatamente o que tem em mente. O cd Sonho Real foi um grande trabalho também, pois tivemos o apoio dos irmãos denis martins e sebastião amorim que cuidaram da produção! Paralelamente ao TF, você iniciou uma carreira solo, e se você tem planos de fazer shows e lançar álbuns! Moisés: comecei a gravar um trabalho sozinho que serve também como uma válvula de escape. eu precisava gravar aquelas melodias que acabava compondo durante o trabalho, as vezes dentro do ônibus, começavam a surgir umas idéias e já gravei algumas. Esse trabalho não tem o conteúdo evangelístico, é só heavy metal com letras que falam

de amor, ou de mistérios, de protesto (música comigo não por exemplo). The Rocker: Antes das saudações finais, sei que você é corinthiano. Quais são suas expectativas em relação ao seu Timão neste ano do centenário do clube? Moisés: Cara, espero que dessa vez o coringão conquiste a libertadores, pois tanto o clube como a torcida merecem. vai fenomenooooooooooo! The Rocker: Moisés, muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores desta coluna! Moisés: Eu é quem agradeço a você "the rocker" a todos os amigos que tem apoiado o trabalho do Templo de Fogo. O importante é ter a nossa fé firmada no senhor jesus e tudo o mais ele fará! Quem quiser as músicas do cd "Babilônia" pode fazer o download no site bandas de garagem. Grande abraço! http://bandasdegaragem.uol.com. br/hotsite/musicas.php?id_banda=22609 www.myspace.com/moisesmissao Fotos: Divulgação banda

Sobre o Colunista: João Messias THE ROCKER é formado em Publicidade e Propagande e foi editor dos fanzines Clepsidra e Da Pacem Domine. Atualmente está no primeiro ano de Jornalismo e edita o fanzine New Horizons, e desde janeiro de 2010 está na Revista Rock Post. Também escreve colunas para os portais Scypher Magazine, Rede Ultra e Rádio Shock Box, além de ser um apaixonado por todos os estilos do rock, desde o metal extremo de bandas como Unleashed, Morbid Angel e Mortification a bandas pop dos anos 80 como Debbie Gibson e Paula Abdul, tudo envolto em nuances Thrash, Hard, Prog e todos os estilos musicais que o rock possa agrupar!

Janeiro 2010 - Rock Post 21



releases

sua banda em destaque A Rock Post volta com a seção Releases para dar espaço as bandas nacionais e promover o Underground sempre. Envie o release da sua banda para sair aqui nas páginas da Rock Post para o e-mail rockpost@rockpost.com.br .

A banda Sexy Pearl nasceu em meados de 2005 pela ideia do guitarrista Marcos Buschmann que convocou seus amigos pra tocar rock n' roll e formar uma banda. A ideia da banda sempre foi alcançar algum lugar de destaque com suas próprias músicas e então em alguma parte de 2006 alguns de seus músicos,quase todos, debandaram não acreditando em tal proposta. Outros músicos vieram, na sequência o vocalista Dinho, o baterista Juliano Stumm, o guitarrista Luiz Vargas e o baixista Fernando Ferreira, todos com fome de mostrar o seu som mundo afora! Em 2007 a banda começou rápido a compor e em menos de dois meses estava com material suficiente pra levar shows com sua música, o que resultou no primeiro EP da banda gravado ao vivo em apenas uma tarde no estúdio Ocotéa, em Joinville, em Novembro de 2008. Desde então, a banda vem como uma avalanche no sentido inverso, subindo e aglomerando ótimas apresentações em bares, festas e festivais da cidade, estado e país! Entre todos os festivais que a banda já passou, dá-se destaque ao último que participou o 9º Festival Co-

Sexy Pearl

letânea de Bandas, onde saiu a vencedora do Sul do Brasil e levará o nome do rock n' roll sul-brasileiro até o Rio de Janeiro em Maio de 2010 onde se juntará a bandas do Rio, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais para ao vivo no Hard Rock Café do Rio gravar sua participação no cd do Festival. O rock n' roll está e sempre esteve mais vivo do que nunca!! Sou rock n' roll, Sou hard rock, sou amor, sou alegria... Sou Sexy Pearl !! Ouça o Ep em www.myspace.com/sexypearlhardrock Vídeo clipe promo “ Na minha mão” ( you Tube) http://www.youtube.com/watch?v=Edmob7WYTK8 CONTATO:Dinho (47)84367643 e-mail: sexypearlcontatos@gmail.com


Um grito de rock ecoa pela Lapa Texto: Renata Brant Fotos: Leo Neves Noite de estreias. Foi o que aconteceu neste último final de semana na lona da Lapa. Pela primeira vez, nos dias 26 e 27 de fevereiro, o Grito Rock RJ realizou a 4ª edição do “Carnaval das Guitarras” no Circo Voador. Assim como nos anos anteriores, o festival não deixou de lado a principal característica: apresentar novos artistas para um público sedento ao “roquenrou” em meio a tantos tamborins e reco-recos. Em 2010, porém, o Grito cresceu. E a lona do Circo recebeu, uma semana após o Carnaval carioca, um coletivo de guitarras, baquetas, riffs, coturnos e roupas pretas. Eram várias tribos, desde os alternativos aos metaleiros. E todos foram dar o grito de rock da independência. A edição desse ano, que teve mais de 600 inscrições somente para o Rio, trouxe ao todo 14 bandas e artistas solo, com destaque mais que

merecido para os paulistanos dos Velhas Virgens, que encerraram o Grito RJ na noite de sábado. Paulão, que usava uma cueca de seda com estampa de cartoons, era só energia. Criticou a Lei Seca, a Igreja Evangélica, tirou sarro de um casal de namorados, xingou os políticos, lambeu os pés de uma fã e distribuiu cerveja para o público. “Vou fundar a Igreja da Bebida Alcoólica até o Último Gole”, brinca o vocalista vestido de padre. E ainda alfineta: “Na minha bíblia, Jesus era amigo das putas, bebia vinho, era cabeludo e vagabundo”. A bagunça não parou por ai. “Bem aventurados são aqueles que bebem. Livrai-nos da água Senhor”, dispara ao microfone. Enquanto o público aclamava fervorosamente: “Aleluia”! Era a noite dos Velhas. E de toda uma legião de fãs que assistiu um show de mais de duas horas e meia. Na noite de sexta, subiram ao palco os cariocas do Aumumana, o cantor Wander Telles, os niteroienses do Tereza, Sabonetes vindos diretamente de São Paulo e os excêntricos

Móveis Coloniais de Acaju. Para Guilherme Sampaio, vocalista do Aumumana, tocar na lona foi mais que perfeito. “É nossa primeira vez no Grito Rock e também no Circo, parecia que o palco estava do tamanho certo”, conta o moço. Wander Telles ainda completa. “Agora podemos dizer que perdemos a virgindade do Circo Voador. É mais um lugar para acrescentar no release”. Para ambos, o lendário palco é uma realização para qualquer músico. “Estou muito feliz com esse momento, é uma honra tocar aqui esta noite”, contempla Wander. “Conseguimos entrar no festival na hora certa”, emenda Guilherme. Além de bandas, outras atrações também entraram no festival das artes integradas. Exposições de fotos e HQs, feirinha de discos e roupas descoladas, Guitar Hero no telão, até mesmo um stand de tatuagem, para quem quisesse registrar a paixão pelo Grito na pele, estavam lá. Paulo Monte, um dos sócios da Bolacha Discos, montou uma banquinha nos dois dias de festival. “A Bolacha é

aBanquinha da Bolacha Discos

hSabonetes hMóveis Coloniais de Acaju 24 Rock Post - Março 2010

Fotos: Leo Neves


hSabonetes

hTereza

hMóveis Coloniais de Acaju

aTereza um selo independente do Rio que existe desde 2006. Começamos com o disco da banda Binário e hoje já temos mais de 15 projetos em nosso catálogo”, explica o empresário. Movimentar o circuito é um dos lemas do selo e marcar presenças em festivais, como o Grito, vai além de uma estratégia da Bolacha. “Queremos estabelecer o hábito da galera que vem para o show, poder comprar nossos discos. É muito importante trazer a banquinha, é uma vitrine legal para todos nós”, conta Paulo enquanto atendia um curioso. Noite de estreia também para os Sabonetes e os meninos do Tereza. A emoção era tanta, que logo após o show, uma grande festa aconteceu no camarim 2 do Circo Voador. O som de Ob-La-Di, Ob-LaDa, dos Beatles, entoado no piano por um dos Terezas, foi cantado em coro pelas duas bandas e um grupo de jornalistas que ali registravam a alegria contagiante. “Estamos muito felizes aqui agora no camarim. Temos somente um ano de banda e tocar no Grito Rock de Cuiabá e também no Rio foi demais”, conversa Mateus Sanches enquanto se refrescava com uma cerveja. Méritos a parte, os garotos de vinte e pouco anos estão com tudo. Depois de vencerem o Festival Universitário MTV no ano passado, o grupo toca este mês na Festa Entorta Bixo, em Ribeirão Preto (SP), junto com

Nando Reis e Nação Zumbi. “O festival da MTV abriu as portas e nem sei direito como rolou o convite para tocar com o Nando e a Nação”, conta o guitarrista do Tereza. Os curitibanos dos Sabonetes também não ficam atrás. A banda, que há oito meses está radicada em São Paulo, lançou recentemente o primeiro disco homônimo. Uma parte do trabalho foi gravada no estúdio a Toca do Bandido, que para Arthur Roman, é uma disneylândia para muitos músicos. “Fomos gravar na Toca a convite do produtor Tomás Magno. Ele já trabalhou com Barão Vermelho e uma galera de peso. A gente se encaixou perfeitamente, nosso ideal era fazer um som pop, uma música brasileira trazendo referências novas”, lembra o vocalista. Aliás, referências são o que não falta. Arthur usa uma frase de efeito para definir o que faz: somos muito pop para o alternativo, e muito alternativo para o pop. Mas o moço de cabelos louros e pinta de roqueiro certinho prefere definir os Sabonetes como uma “banda que vai de Beatles, passando por Björk, descendo para Cartola, Paralamas do Sucesso, Cazuza e voltando para Milton Nascimento, com um pouco de MGMT e caindo no Franz Ferdinand. Ufa!!

de Acaju fez da lona do Circo um grande baile. “Parece clichê, mas o público do Rio, atualmente, é um dos mais agitados. Em termos de público, eu não sabia o que esperar do show de hoje. Fiquei muito surpreso. A gente fechou a noite, não foi?”, questiona Gabriel Coaracy, o baterista dos Móveis. Com certeza, a noite foi especial, assim como a primeira apresentação da banda no Festival MOLA em 2007. “O MOLA foi um evento fantástico, que abriu as portas do Rio para os Móveis”, conta o guitarrista. B.C aproveita para adiantar um pouco do DVD que logo será exibido no Canal Brasil. “Vai ser um registro fiel do que é um show dos Móveis. Com alta qualidade de som e imagem. Uma cópia muito boa do que a gente faz hoje, do público participando, da vibração do show”, revelou. Renata Brant é jornalista formada pela UniverCidade no Rio de Janeiro. Idealizadora do Programa Na Veia. Adora seu Golden Retriever e biscoito waffer. Livro de cabeceira “O mundo de Sofia”. Amante do velho e novo rock. É fã de todos os filmes do Almodóvar. www.twitter.com/NaVeia www.myspace.com/donabrant

Para fechar a noite de sexta, os brasilienses dos Móveis Coloniais Março 2010 - Rock Post 25


Guitarras & Afins Por Anselmo Piraino

Extensão de Arpejos/Acordes

Este mês o assunto é destinado aos guitarristas de nível intermediário e avançado. Os arpejos e acordes podem ter uma sonoridade “ampliada” quando utilizamos o recurso de extensão. A extensão de arpejos ou acordes consiste em utilizar vários arpejos de um determinado Campo Harmônico, estendendo as suas tensões de acordo com o critério que será explicado a seguir. Como exemplo vamos usar o acorde C7+, o pensamento pode ser transposto para qualquer outro acorde. Ao pensarmos em um C7+ logo imaginamos sua tétrade C, E, G, B e logicamente o próprio arpejo de C7+(Figura1) é o primeiro a vir em mente.

Figura 1 Este arpejo possui, obviamente, as próprias notas da tétrade do acorde, ou seja, Tônica(Dó), Terça(Mi), Quinta(Sol) e Sétima(Si). Porém este acorde quando pertencente ao Modo Jônio pode ser “ampliado” por mais três arpejos: saindo de sua terça, sua quinta e de sua sétima. Considerando C7+ como Jônio encontramos em seu terceiro grau um Em7(E, G, B, D)(Fig.2), ao tocarmos esse arpejo sobre o acorde C7+ obteremos os seguintes intervalos: Terça(Mi), Quinta(Sol), Sétima(Si), Nona(Ré). Observamos que estão presentes três notas da tétrade mais a nona, com isso geramos a sonoridade de um C7+(9).

Figura 2 Saindo com o arpejo de seu quinto grau, temos um G7(G, B, D, F)(Fig.3), com esse arpejo os intervalos executados sobre o C7+ serão: Quinta(Sol), Sétima(Si), Nona(Ré) e Décima Primeira(Fá). O resultado aqui seria a sonoridade de um C7+(9)(11).

Figura 3 26 Rock Post - Março 2010


Ao sairmos com o arpejo de seu sétimo grau, Bm7(b5)(Fig.4), chegaremos a uma sonoridade um pouco mais “torta” já que teremos apenas uma nota do acorde, a Sétima(Si). As tensões restantes serão a Nona(Ré), Décima Primeira(Fá) e Décima Terceira(Lá). Nesse caso a sonoridade seria de um C7+(9)(11)(13).

Figura 4 Tocando todos esses arpejos sobre C7+ estaremos tocando todas as notas de sua escala. Para usar estas extensões sobre outros modos, Lídio, Mixo, Dórico e etc... basta seguir o mesmo critério porém considerando o Modo a ser estendido como Primeiro Grau. Por exemplo: C7+ Lídio é o quarto grau do Campo de G Maior, dentro deste campo o terceiro grau de C7+ seria Em7, o quinto grau seria G7+ e o sétimo grau seria Bm7, portanto esses seriam os arpejos utilizados para um C7+ Lídio. Lembrando que C7+ Lídio = C7+(9)(#11)(13). Para os Campos Menor Harmônico ou Melódico também podemos aproveitar a mesma idéia. Este pensamento pode ser usado também para substituirmos o acorde C7+ pelas suas extensões, neste caso cuidado com os shapes utilizados na substituição. Então é isso! Na próxima edição iremos estudar o estilo de Steve Vai. Abraços e bom divertimento a todos!!!

Sobre o colunista: Anselmo Piraino é professor com 22 anos de experiência e mais de 15 anos na área didática. Sua formação vem do Conservatório Nossa Senhora do Sion: Guitarra e Violão Erudito. EM&T: Graduado pelo Instituto de Guitarra e Tecnologia (IG&T). Acesse www.anselmopiraino.com e veja mais dicas

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Entrevista com sadistic gore Por War Paulo

Sadistic Gore! Banda de Death Metal criada em 2004 na cidade de Juiz de Fora em Minas Gerais e que vem alcançando cada vez mais seu espaço, assim fortalecendo ainda mais o nosso cenário extremo brasileiro. A banda tem dois lançamentos em sua caminhada sendo o primeiro deles a demo CD “Buried Alive” de 2005 e em seguida o seu mais recente trabalho, o EP “Tools of Monstrosity” de 2008. Confiram esta entrevista com Danilo “Marreta” Souza, guitarrista da banda, e conheçam um pouco mais sobre a Sadistic Gore. War – Saudações Marreta! A banda já tem um relativo tempo de estrada e várias conquistas em nosso underground, hoje como você vê o reconhecimento da banda e aceitação das pessoas pela arte criada em nome do Sadistic Gore? Marreta – Saudações! Vejo com bons olhos a aceitação que temos recebido… A resposta do público vem sendo positiva tanto no Brasil quanto no exterior, espero que ela cresça cada vez mais. War – A banda sofreu com as mudanças de formação desde a sua criação até hoje. Acham que se encontram na melhor fase da banda com esta atual formação? Marreta - Acredito que sim. De todas as formações que tivemos essa é a melhor sem dúvida! Espero que dure (risos). Estamos todos bastante envolvidos com a nova fase da banda e estou certo de que se tudo ocorrer como estamos planejando, os frutos serão grandes no futuro. O line-up atual é: Bruno R. (Vocal), Eu (Marreta – Guitarra), Victor “Pinga” R. (Guitarra), Vitor “Bones” (Baixo) e Mário Kreppke (Bateria). War – Em 2008 foi lançado seu último trabalho até o momento, o EP “Tools of Monstrosity”, o que vcs acham que conseguiram alcançar com ele que a banda

almejava desde a sua demo “Buried Alive” mas possam não ter conseguido? Marreta – O EP nos deu uma exposição maior que a demo. O processo de gravação foi muito mais elaborado, a produção foi melhor, etc. Acredito que o EP mostre o nosso potencial de forma mais apropriada, mesmo que não ideal. O EP trouxe o envolvimento do selo (Crush Chaos) e da distribuidora (Headbanger Force) no lançamento do material, o que nos fortalece muito mais do que um lançamento independente. Estes são alguns passos que demos com o lançamento do EP, que a demo não possibilitou. War – Por que a opção de lançar um EP ao invés de um Full lenght CD? Marreta – Esta opção se deu muito pelo contexto que passávamos antes de gravar “Tools of Monstrosity”. Por muito tempo o Sadistic Gore possuiu somente dois membros em sua formação: Bruno R. (Vocal) e eu (Marreta – Guitarra). Tínhamos seis músicas prontas nesta época. Quando conseguimos nos reestruturar, reformulamos todas elas, mas mesmo com a reestruturação, as músicas ainda possuíam sua atmosfera original. Sabíamos que muita coisa mudaria e que não tínhamos ainda maturidade suficiente para gravar um Full Lenght, então gravamos todas as músicas que tínhamos em um formato “inferior”. Certamente esta opção foi correta. War – Como se deu a criação deste EP, desde a composição das músicas até o resultado final, principalmente pelo fato das mudanças na formação? Marreta – A criação do EP teve inicio após o lançamento da demo “Buried Alive”. Da Faca (ex-bateria) escreveu todas as letras com Bruno R. (Vocal) e eu fiz as músicas. Depois de muita inatividade, reformulamos todas as músicas/letras e fomos para o Rio de Janeiro gravar o


material novo. Todo o processo de gravação/mixagem/ master foi feito no HR Studio por Flavio Pascarillo, e a arte gráfica foi feita pelo Marcelo HVC (Gorgoroth, Vader, etc.). As mudanças na formação nos atrapalharam bastante, mas a principal foi à saída de Arthur (ex-baterista), pois o EP ainda não estava concluído quando ele resolveu deixar a banda. Foi então que chamamos o João Paulo para a gravação da bateria. War – Como foi a participação de João Paulo na criação dos sons deste trabalho, visto que ele não era um membro efetivo da banda. Foi simples a adaptação da bateria criada por ele para o atual baterista Mário Kreppke, visto que os dois tem um estilo um pouco diferenciado na hora de tocar? Marreta – O João Paulo fez um trabalho excelente. Ele pegou as partes de gravação de bateria já feitas e as adaptou, acrescentando e retirando detalhes. Posso dizer que sem o João muita coisa não teria andado com este EP. O nosso baterista atual (Mário) entrou na banda um pouco após o lançamento de “Tools of Monstrosity”, então ele “tirou” todas as baterias exatamente como João gravou. Depois ele as alterou um pouco, impondo o seu estilo de tocar, mas sempre procurando manter a bateria original da gravação. É complicado modificar muito um material gravado, portanto Mário tem total liberdade mesmo é nas músicas novas. War – Vocês lançaram o EP “Tools of Monstrosity” no ano passado, continuam divulgando este trabalho ou já se concentram em algum material novo sucessor deste EP? Marreta - Estamos 100% focados na composição de um material novo. Espero em breve poder divulgar prévias do mesmo! War – Ao que me parece vcs planejavam uma tour sulamericana, esta irá se concretizar? aproveite e me diga sobre as paresentações mais recentes da banda e o que o público deve esperar da banda em palco. Marreta – Estivemos em contato com organizadores no Uruguai e já estávamos começando a marcar as datas iniciais para então ver até onde conseguiríamos expandir. Mas tivemos e ainda estamos com alguns problemas internos que estão nos impossibilitando acertar isso. Espero que a Tour se concretize, mesmo que demore… Nossos shows têm sido muito intensos, o público tem

mostrado um excelente retorno. Buscamos demonstrar a imensidão do nosso ódio ao vivo, então quem for nos assistir pode esperar dedicação total no palco. War – Quais são as principais características que podem diferenciar a Sadistic Gore das demais bandas do nosso cenário que executam sonoridade similar? Marreta - O cenário Brasileiro é muito diversificado e possui excelentes bandas. Acredito que nossa seriedade seja um diferencial notório. Procuramos fazer tudo com muita intensidade e seriedade. Musicalmente é difícil dizer, prefiro respeitar a opinião dos ouvintes (risos). War – Quais são as principais influências da banda na hora de compor tanto musicalmente quanto liricamente? Marreta - São inúmeras bandas. Mas acredito que as principais sejam: Cannibal Corpse, Morbid Angel, Suffocation, Malevolent Creation, Decapitated, etc. Liricamente as influencias mudaram bastante. Hoje as letras são feitas por Vitor “Bones”, que possui uma excelente formação Filosófica, teológica. Não posso definir ao certo suas influências, mas com certeza as letras estão sendo elaboradas muito mais complexamente. War – Qual o principal conceito explorado em “Tools Of Monstrosity” e por que a escolha deste nome para o álbum? Marreta - O título “Tools of Monstrosity” surgiu como um conceito que abrange todas as letras das músicas contidas no EP. Todo conteúdo lírico de “Tools of Monstrosity” é literalmente uma ferramenta da monstruosidade. War – Quais serão os próximos planos agora com este lançamento na bagagem e com uma formação estabilizada? Marreta - Pretendemos concluir as composições para poder começar a produzir e a gravar o novo material fazendo shows paralelamente. Se possível buscaremos também concretizar os planos da Tour. War – Valeu amigo por nos esclarecer estas dúvidas! Por favor, deixe sua mensagem e obrigado pelo tempo prestado. Marreta - Agradeço a você War e a todos pelo espaço cedido para exposição de nossas ideias. Esperem por notícias no futuro. DEATH METAL VICTORY! Contato: sadisticgore@hotmail.com Imagens: Divulgação Banda Acesse: www.myspace.com/sadisticgore Março 2010 - Rock Post 29


A EVOLUÇÃO MUSICAL DE PITTY

Em entrevista exclusiva a roqueira fala sobre o novo CD, imprensa, evolução musical, turnê internacional

Gisele Santos Pitty dispensa apresentações, pois desde quando a roqueira baiana iniciou carreira solo com o CD "Admirável Chip Novo" (2003) não saiu mais da mídia e, além de manter fãs das antigas, sempre consegue renovar público que a segue em todos os eventos. Carrega na bagagem 500 mil cópias vendidas dos dois primeiros discos, dezenas de prêmios (melhor álbum, melhor vocalista, melhor videoclipe, melhor letra, melhor

A bela Pitty em foto de Caroline Bittencourt show, etc, etc), CD e DVD "{Des} Concerto" ao Vivo (2007) que rendeu turnê por todas as regiões do país e também shows em Portugal e Japão. Sem muito tempo para férias, em 2009 ela lançou “Chiaroscuro” (expressão em italiano 'claro-escuro'), sem sombra de dúvidas um divisor de águas na carreira dela, principalmente por causa da evolução instrumental realizada com muita competência pelos músicos que a acompanha. É como se agora tivesse virado 30 Rock Post - Março 2010

'gente grande' de vez. Bati um papo com Pitty, que vale como balanço do que tem ocorrido na carreira dela. Confira: MRC: A música “Me adora” seria um tapa com luva de pelica também na imprensa? Pitty: Não necessariamente para a imprensa. Não dá pra generalizar e comprimir tudo desse jeito. A questão proposta ali é muito mais ampla e complexa, e envolve

relações pessoais, de trabalho e de autoestima. MRC: Já que falamos sobre a imprensa, qual a sua opinião sobre a crítica imprensa musical/cultural? Pitty: Existe um falar mal do que faz sucesso que é gratuito e irritante, que mais parece meus amigos quando eu tinha 15 anos que queriam ser cool e descolados e só diziam gostar de coisas desconhecidas. Existe também uma galera que ainda para


Pitty e Banda - Foto por Caroline Bittencourt pra escutar e consegue fazer uma resenha coerente, favorável ou não, sobre alguma obra. Tenho saudade das revistas de música dos anos 90. MRC: Quando ouvi o novo CD “Chiaroscuro”, a música “Só agora” me deixou com dúvida se é uma balada romântica ou se foi feita para o bebê que você perdeu ano retrasado? Fale sobre essa música: Pitty: Ela tem um tom maternal, mas pode ser aplicada para inúmeras situações. Por exemplo, uma pessoa mais vivida enxergando no outro a necessidade de um dia deixá-lo ir para vivenciar coisas que a mesma já passou. Pode ser também para um animal de estimação, ao passo que sabemos que eles vivem menos do que nós, humanos. Cabe em muitas coisas. MRC: “Chiaroscuro” é um CD que é preciso degustar bastante pra entender tudo, não foi feito, digamos, nas coxas ou para cumprir agenda com gravadora (como tem acontecido muito ultimamente no mundo da música), mostra a

Pitty madura, trabalhando em detalhes, colocando a mão na massa. Conta um pouco o que mais te marcou na criação desse novo CD e se você gostou do resultado final ou quando ouve algo pensa que poderia ter feito diferente? Pitty: É exatamente isso que você sentiu: é para ser degustado com atenção. Existem muitos detalhes e mistérios sonoros ali, que são desvendados aos poucos, a cada audição. O que me deixou satisfeita na criação desse disco foi justamente a oportunidade de poder criar uma coisa mais complexa. Essa complexidade sonora encontra um contraponto forte nas melodias mais cantáveis e nos refrões grudentos, e eu adoro um contraste. Foi uma experiência de pesquisa, de laboratório, sem limites. Sem se preocupar com regrinhas de mercado ou coisas assim. A onda ali no estúdio era deixar rolar e fazer tudo que se tinha vontade. Experimentei com coros, gravei vozes com efeitos analógicos, usei instrumentos diferentes. Me diverti e descobri, enfim. O resultado pra mim é absolutamente compensador. MRC: Antes do novo CD ser

lançado, foram dois anos em turnê brasileira, que também passou por Portugal e Japão. Qual o balanço disso tudo? Pitty: Tudo o que se faz, entrevistas, videoclipes, divulgação, fotos, etc; TUDO é só por um motivo: chegar no momento de subir no palco e tocar. É o ápice da bagaça toda. Fomos a todos os estados brasileiros, cidades de que nunca tinha ouvido falar antes, passamos frio, calor, chuva, vento, amor, ódio, desânimo, empolgação. Cantei com outras pessoas, fomos a países que eu não sabia nem como pedir comida. É lindo. It's only rock n'roll, but I like it A LOT. MRC: No seu Twitter, quatro dias antes do lançamento do “Chiaroscuro”, você comentou que o disco vazou na net. Você vai tentará encontrar quem fez isso, igual o Guns n’ Roses fez e descobriu o dono de um blog que disponibilizou músicas do CD deles pra download? Pitty: Eu não, pra quê? Quem quer comprar o disco, compra de qualquer jeito mesmo que já o tenha baixado antes. Eu mesma faço isso, Março 2010 - Rock Post 31


e não deixo de comprar os discos dos artistas que gosto. Isso é só a ponta do iceberg, não vale a pena. MRC: Muito obrigada pela entrevista. O espaço é seu para as considerações finais: Pitty: Valeu, brigadão a todos aí também. O DVD “Chiaroscope” já foi lançado, e são os bastidores das gravações

do “Chiaroscuro” em formato de vídeo arte; cada música é um clipe diferente. Muita sorte e todos, e rock sempre! Créditos Fotos: Caroline Bittencourt

Acesse www.pitty.com.br

Sobre a Colunista: Gisele Santos é paulista da gema, formada em Jornalismo, Administração de Empresas e Radiojornalismo. Há onze anos atua na área do jornalismo especializado em música/cultura. Desde 2002 trabalha como assessora de imprensa na área cultura/ música. Manteve o portal MundoRock.net no ar durante nove anos, já apresentou alguns programas de rádio como Mundo Rock (Metro¬Mix e Rádio Mundo Rock), Alternoise (Rede Blitz) e 98 in Rock (98 FM). Criou em 2007 o Mundo Rock de Calcinha que já faturou três prêmios na categoria “Melhor Programa de Rádio” – parte integrante do portal www.mundorockdecalcinha.com (jornalismo especializado em rock feminino). Acesse : www.mundorockdecalcinha.com E-mail: programa@mundorockdecalcinha.com

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TORTURE SQUAD É ATRAÇÃO DO ROÇA ‘N’ ROLL 2010 O Torture Squad é a segunda atração confirmada do maior festival de Rock de Minas Gerais. A banda toca na noite de sábado da 12ª expedição do Roça ‘n’ Roll. O evento vai ser realizado no dia 12 de junho, na Fazenda Estrela, zona rural do município de Varginha, no sul de Minas. De acordo com a Cangaço Produções a escolha do Torture Squad como uma das atrações principais do Roça ‘n’ Roll deste ano atende aos pedidos de vários fãs de Metal. O cast do festival já conta com a banda Kamala, de CampinasMG. E até o dia 10, a organização vai selecionar outros artistas para participarem do evento. Os interessados devem enviar material para Cx. Postal 036 – Cep. 37002-970 – Varginha-MG. A seleção vai ser realizada por uma comissão especializada no estilo. CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL VOLTA AO BRASIL EM NOVEMBRO Após quatro anos, os dois dos integrantes originais do Creedence Clearwater Revival, Stu Cook e Doug Cosmo, voltam ao Brasil em novembro com o Creedence Clearwater Revisited. Um show já está confirmado e será no dia 20 de novembro em São Paulo, no Via Funchal. Mais datas ainda deverão ser anunciadas. O Creedence Clearwater Revisited está na estrada desde 1995, e pretendem apresentar sucessos e clássicos como “Proud Mary”, “Suzie Q”, “Bad Moon Rising” e “Have You Ever Seen the Rain?”. RUSH DEVERÁ LANÇAR DOCUMENTÁRIO EM MAIO O Rush deverá lançar um documentário em maio, que é dirigido por Scot McFadyen e Sam Dunn, os mesmos produtores de “Flight 666”, do Maiden. “Sentimos que o Rush sempre foi ignorado pelos críticos, então nós os encontramos em turnê e eles gostaram do que propomos. Começamos a trabalhar nisso, mas então veio o Iron Maiden [o documentário Flight 666] e demos uma pausa para fazer aquilo e conseguir o financiamento para o filme do Rush” - comenta o produtor. Os fãs, que divulgaram a data de lançamento como 18 de maio, estão ansiosos para ver o resultado do trabalho, mas a data não foi confirmada pelos produtores. Março 2010 - Rock Post 33 Setembro 2009 - Rock Post 21


BONUS BONUS TRACK TRACK Vol. 3: Caos Carma Conceito Uganga (2009) Lead... On Deventter Logo de cara já temos no álbum um vídeo (2009) sobre a banda e a produção do mesmo com Independente depoimentos dos integrantes do Uganga.

O formato é digipack, com uma produção

Tem um quê de progressivo, têm, mas tem

bacana de fotos, é admirável mesmo, mas

peso, tem pegada e faz a gente ouvir cada

vamos ao conteúdo musical. O Uganga vem

faixa de uma forma diferente. O Deventter

com seu álbum “Vol. 3 - Caos Carma Con-

traz muita inovação neste álbum, muito bem

ceito” para agradar a fãs e a novos ouvintes.

produzido e com canções que te fazem bater

Com peso, pegada e letras fortes, a banda

cabeça em certas partes e apenas curtir em

mostra sua parceria com Riti Santiago que

outras. A faixa número 2 “6000” foi uma

deu certo e a masterização por Harris Johns.

pelas quais me encantei, riffs pesados, baixo

O Thrash, Metalcore, Hip Hop, apimentado

e bateria com uma pegada incrível e um

de Metal, e com ajuda do DJ Vouglas quebra

solo bem trabalhado. Além disso, o vocal de

preconceitos. Hoje, acho que estamos alcan-

Felipe Schäffer me agradou bastante, não

çando lugares antes não vistos, pois a mistura é a mesmice de que estamos acostumados de tudo dá um som muito vibrante. Vemos no a ouvir, tem algo de especial e que agrada álbum riffs rápidos e criativos, destaque para

mesmo. A pegada do batera Caio Teixeira,

os guitarristas Thiago e Christian de muita

não apenas nesta música, mas destaco o

habilidade ambos, a pegada de bateria sensa-

comecinho de Bunkers & Bankers, é genial

cional do Marco e Manu no vocal quebrando

mesmo. Todos os músicos mostram sua

tudo, além de Ras que acrescenta vida ao

capacidade e parecem que estão em sintonia

baixo quando começa cada faixa. Vale a pena total com o trabalho que fazem. Parabéns, conhecer a banda, ou se você já conhece, vale a pena conferir o novo álbum. 34 Rock Post - Março 2010

nota 10 pelo trabalho galera! Ah..trabalho de capa e encarte excelente...inovador.

Fractal Kamala - www.kamala1.net (2009) Free Mind Records

Tinha ouvido muito falar sobre a produção deste álbum, e realmente gostei do que ouvi. Fractal é algo que tem essência e mostra uma banda madura e que sabe o que quer. O som é definido e particularmente gostei da faixa 3 “Purify”. O vocal detona e o instrumental é show, dando destaque para os riffs de peso das guitarras, bem trabalhados e a banda mostra entrosamento e comprometimento com a música. A produção do álbum ficou a cargo de Ricardo

Piccoli, que fez um

excelente trabalho.As artes de capa e encarte também estão muito legais. O segundo trabalho do Kamala, depois do álbum autointitulado em 2007, mostra uma banda competente e que tem muito para contribuir com o cenário nacional, além disso o álbum traz uma faixa multimídia com o clipe da música “Consequences” que mostra uma produção bem bacana e as influências orientais da banda. ENVIE SEU MATERIAL PARA RESENHA entre em contato com nossa Redação rockpost@rockpost.com.br



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