Restaurante chinês de Brasília “inventa” o acarajé de Salmão Pág.3
Ano III • Salvador • Bahia • Brasil • Agosto de 2015 No 41 Foto: ASCOM / Corpo de Bombeiros
Bombeiros lideram o ranking de confiança dos brasileiros
As instituições políticas brasileiras passam por uma crise de confiança. É o que mostra o Índice de Confiança Social (ICS), realizado pelo IBOPE Inteligência. Pág. 5
ENTREVISTA
DAGMAR ALVES MARTINS
Presidente da AEPI
Pág. 4
100 anos não são 100 dias
Foto: Folha da Capital
Foto: João Ramos Foto: Folha da Capital
Empresários da Cidade Baixa nos estúdios da Tv Bahia.
Empresários visitam a TV Bahia Pág. 4 Especial: Empresa Gráfica da Bahia faz 100 anos. Págs. 7, 8, 9 e 10
Aluno do Colégio Militar é medalhista nas Olimpíadas de Matemática Pág. 6
2 | Folha da Capital | OPINIÃO
Agosto de 2015
Empresários pedem segurança na Rua Barão de Cotegipe Estiveram reunidos na sede da empresa Codef, no bairro da Calçada, integrantes da Associação dos Empresários da Península de Itapagipe (AEPI), e o comando da 16ª Companhia Independente de Polícia Militar (Comércio). Na reunião foram tratados assuntos como arrombamentos dos estabelecimentos comerciais da área, segurança dos clientes, bem como, operações que deverão coibir roubos e furtos na área de cobertura da companhia. Rogério Teixeira da Codef, informou que está em curso um plano de vídeo-monitoramento online 24 horas na Rua Barão de Cotegipe, mantido com recursos do empresariado local. Ele que está estabelecido há mais de 25 anos na Calçada, falou da medida paliativa, “ações como a de gravar
Foto: Folha da Capital
imagens da rua, não resolvem o problema, mas, queremos dificultar a ação dos bandidos”. Finalizou. Polícia O Subcomandante da 16ª Companhia, capitão PM Danton Motta, informou que são realizadas operações frequentes durante a madrugada para tentar inibir a ação dos criminosos e elogiou a iniciativa dos comerciantes investirem em dispositivos de segurança.
Na Cidade Baixa, empresários se reuniram com o comando da PM e trataram da segurança na região.
OPINIÃO
TASSO FRANCO
Jornalista
Violência em Salvador perde noção do valor da vida. Pobre mata pobre Ninguém consegue dar uma explicação convincente sobre o aumento da violência em Salvador, cidade que até a década de 1980 era pacífica e se transformou numa das cidades mais violentas do país. Que Salvador tem uma população pobre, em sua maioria, todo mundo sabe disso; que Salvador teve uma colonização portuguesa e jesuítica temerária, também se sabe; que Salvador fica numa região menos assistida do país (o Nordeste) é público e notório e todas as grandes cidades nesta região são violentas: Recife, Maceió, Fortaleza, etc; que há um avanço da venda e distribuição de drogas é fato. E pobreza é sinônimo de violência? No Brasil, ao que tudo indica, sim. Falta educação, as leis são permissivas e os pobres se matam uns aos outros. A Policia age também sempre com força e há mais mortes. Vejam as estatísticas de Salvador nos finais de semana: os crimes são sempre nos bairros mais pobres: Valéria, Fazenda Coutos, Nova Brasília, Marechal, Beiru, Arenoso e assim por diante. Há um projeto para proibir vendas de bebidas alcoólicas a partir de determinadas horas nos sábados e domingos. Não se vota.
Noutros países a pobreza não tem esse mesmo viés. Recentemente estive em La Paz, cidade tão pobre quanto Salvador. Um vale cercado de favelas em alvenaria. Barracos não existem porque faz muito frio e a população não resistiria. Não há assaltos a ônibus nem nos teleféricos que cortam a cidade. Pobre lá não mata pobre, salvo quando é por ciúme, amor. Essa briga de cachaça e drogas que temos aqui, como aconteceu recentemente na Fazenda Coutos, são raríssimos por lá. Assunção é a mesma coisa. Lima, com 8 milhões de habitantes, idem. Há de se dizer que há um problema cultural de formação dos pré-hispânicos mais evoluídos do que os nossos tupinambás e africanos? É provável que sim. Há, nesses países, tão pobres quanto o Brasil, com cidades parecidas com Salvador, um respeito a vida, uma admiração, uma saudação. O que perdemos completamente, ou quase isso. Por que os negros e seus descendentes em Cuba, Colômbia, Caribe não se matam como em Salvador? Merece um estudo. Em Salvador ninguém dá mais um bom dia a ninguém. Nem nos
elevadores. É uma desconfiança total. Furta-se tudo. Impressionante. Mata-se por nada. Mataram uma senhora de 81 anos em Coutos, amarraram a velha numa cama e levaram R$234,00 e um botijão de gás. Uma bala perdida - ao que se diz deflagrada por gangues de menores - atingiu o pescoço de uma senhora. Um jovem foi deixar a namorada jornalista em casa e foi morto a tiros e levaram seu carro. Tá uma escalada de violência sem controle, e não tem como se conter uma situação dessa natureza, nem com uma viatura da Polícia em cada esquina, porque parte da sociedade, onde menos se espera, existem crimes premeditados e organizados, como o que vitimou o sargento Wellington Guimarães; e há crimes de amadores jovens como o que aconteceu numa padaria do Rio Vermelho. Assalta-se, pois, padarias, pizzarias, temakerias, uma dona de salão foi sequestrada. Está um vale tudo, um salve-se quem puder, sem o menor controle nem da Polícia nem dos cidadãos. O deputado Adolfo Meneses, que é da base governista, disse esta semana na Assembléia, em plenário, que,
aqueles que tem filhos adolescentes em Salvador só dormem quando eles chegam de algum evento, que pode ser uma balada ou ir ao cinema. O que fazer? O governo diz que seus programas sociais têm ajudado a conter a escalada da violência e dá dignidade aos cidadãos. É provável que, em parte, sim. Sem esses programas seria bem pior. O pastor Isidório, deputado que cuida de 2000 drogados, diz que a desestruturação da família tem contribuído para aumentar os crimes. Também verdade. A questão, no entanto, é que os brasis de Salvador perderam a noção de tudo, do valor da vida, do respeito, da família e matam por qualquer coisa. Chegamos, de fato a uma situação muito crítica, sem solução à vista. Um fundo de poço.
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Impressão
GRÁFICA DO CORREIO
REGISTRO| Folha da Capital | 3
Agosto de 2015
REGISTRO Iguaria baiana recebe toque japonês
Foto: Correio Brasiliense
Quarenta e sete óticas foram autuadas na Operação Olho Vivo do Procon-BA Durante os cinco dias da Operação Olho Vivo, a equipe de fiscais da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA) visitou 59 lojas e autuou 47 óticas, por descumprirem normas vigentes no Código de Defesa do Consumidor (CDC). As principais infrações encontradas foram a não disposição de um exemplar do Código de Defesa do Consumidor, expor produtos à venda com preço parcelado, não exibindo o valor total do produto, desconto diferenciado e ainda expor a venda pro-
dutos sem preço visível ao consumidor, tanto na vitrine interna quanto na vitrine externa. O consumidor que se sentir lesado numa relação de consumo poderá ir a qualquer unidade do Procon-BA para registrar sua reclamação. Poderá também encaminhar sua denúncia para o email denuncia.procon@ sjdhds.ba.gov.br. Em caso de dúvidas referentes ao direito do consumidor, o cidadão pode ligar para o Procon Fone (71) 3116-0567.
Mulheres empreendedoras criam objetos contra o estupro As mulheres estão se armando na luta contra o estupro. Se as armas geram polêmica, elas recorrem a outros produtos e recursos. Na Escócia, a estudante de marketing Rebecca Pick criou um dispositivo chamado The Personal Guardian (em português, o guardião pessoal), que pode ser fixado na alça do sutiã, no cinto ou em outras peças de roupa. Se a mulher se sentir ameaçada, ela pode ativá-lo pressionando dois botões. Isso aciona o celular dela por bluetooth, que automaticamente liga para uma central de monitoramento. Se a equipe dessa central verificar que há uma ação criminosa acontecendo, a polícia recebe a localização da mulher e vai em seu socorro. Rebecca já conseguiu um financiamento de 60 mil euros (cerca de R$ 231 mil) para desenvolver seu projeto. As mulheres que usarem os dispositivos precisarão pagar uma taxa de 5 a 10 euros por mês de manutenção da central de monitoramento, mas o The Personal Guardian será distribuído gratuitamente. Acarajé de Salmão: inovação na culinária japonesa.
A rede Sushiloko, uma modalidade de franquia sediada em Brasília que tem uma pegada mais popular, pesquisou que ainda há muita gente que jura de pés juntos jamais colocar comida crua na boca. A saída, então, foi desenvolver uma iguaria com toque regional. Assim, surgiu o miniacarajé, que entrou no cardápio este ano. Segundo Marcelo Teixeira, que comanda a rede, disse que houve quem não entendesse bem a proposta de incluir uma receita baiana em meio às japonesas. Para garantir a tal adaptação tupiniquim, salmão e teriaki entram no tabuleiro e criam um prato, no mínimo, inusitado. Veja como fazer: Miniacarajé (receita do Sushiloko) Ingredientes: 40g de salmão 40g de arroz japonês preparado 10g de cream cheese 10g de cebola
10g de pimentão-verde 3g de cebolinha Óleo de gergelim Alho batido Molho de pimenta Pimenta-japonesa Sal Farinha de rosca para empanar Modo de preparo: Utilize o processador para bater o salmão até ficar homogêneo. Frite o salmão e adicione sal e pimenta-japonesa a gosto. Acrescente cebola, pimentão, molho de pimenta e óleo de gergelim. Misture todos os ingredientes até o salmão estar cozido. Desligue o fogo, adicione o arroz, o cream cheese, a cebolinha e misture bem até formar uma pasta. Deixe esfriar por aproximadamente 10 minutos. Enrole os bolinhos. Empane e frite. Recomenda-se servir com molho teriaki. Tempo de preparo: 20min Rendimento: 5 porções
Doações: BRADESCO (Pituba) Agência: 3231-0 C/C: 87438-8
4 | Folha da Capital | CIDADE BAIXA
Agosto de 2015
Ano III • Salvador • Bahia • Brasil • agosto de 2015
ENTREVISTA – Daguimar Alves Martins – Presidente da AEPI Foto: João Ramos
A Aepi, Associação dos Empresários da Península de Itapagipe, completa em 2015, vinte anos de existência. Em 1995 quando foi criada, sua missão sempre foi dar voz e elevar o potencial do comércio de Itapagipe. No início de sua operação, a entidade era conhecida como AEC, Associação de Empresários da Calçada. Mais tarde, mudou a sua sigla para agrupar maior número de empresários dispostos a prospectar economicamente o nome da Cidade Baixa. O atual presidente da entidade, Daguimar Alves Martins, concedeu entrevista à Folha da Capital sobre a instituição, e o que espera da gestão política da prefeitura da cidade e do governo do estado. Por Morgana Montalvão Jornal Folha da Capital - O senhor é o atual presidente (2015-2016) da associação. No passado, ocupou o cargo de diretor de patrimônio. Nesses anos todos, pode dizer o que foi marcante ao senhor? Daguimar Alves Martins - Sem dúvida, foi o fato de nos organizarmos como entidade. Antes, era algo bagunçado, cada um por si. Desde que a AEPI foi fundada nós sempre discutimos com o poder público projetos de revitalização. Porque o empresariado da Cidade Baixa é, sim, organizado e possui potencial econômico. Nós sempre acreditamos nisso. Veja, temos uma área comercial e turística riquíssima, mesmo assim, aqui (a Cidade Baixa) não é olhada com atenção pelo poder público. Algumas intervenções pontuais em relação a obras de infraestrutura foram uma ação conjunta dos moradores de Itapagipe, claro, e também de nós da AEPI, que sempre nos dirigimos ao governo para cobrar mudanças.
Dagmar Alves Martins JFC - Quais são os principais problemas enfrentados hoje pela associação? DAM - Os problemas são os mesmos desde o começo da entidade. Naquela época já reivindicávamos um projeto de revitalização que contemplasse a Calçada. Isso é desde 1995, são vinte anos e quase nada. Há anos discutimos o problema caótico da mobilidade urbana. Transitar aqui, é difícil para os donos das lojas, para os funcionários e para os transeuntes. Não há linha de ônibus passante na rua Barão de Cotegipe. O ordenamento do trânsito é caótico e não há estacionamentos. Os carros ocupam um lado da Barão de Cotegipe. É carga e descarga em qualquer horário, (o Sindiguarda – sindicato responsável pela cobrança das zonas azuis de estacionamento em Salvador, não opera em toda a extensão da Rua Barão de Cotegipe). JFC - Justamente por falta de ordenamento dos estacionamentos?
DAM - Exatamente. Engarrafa muito aqui. Quando digo mobilidade urbana, não é só em relação ao estacionamento. É a locomoção das pessoas, transporte público, é o poder transitar. Todo mundo sabe que aqui quando chove é um pandemônio. Alaga tudo. Tem loja que fica fechada e tem prejuízo com isso, porque entra água, aí gasta-se tempo para tirar a água de dentro do estabelecimento, sabe? Aqui tem que ter uma obra de drenagem das águas pluviais, para escoar para caixas coletoras que comportem o volume d’água. Esta é uma obra que precisa ser feita, há muito tempo que reclamamos disto. Se o poder público não resolve isto, o empresariado não investe. Não investindo, os clientes vão embora. Sem clientes, não há retorno financeiro. Sem dinheiro não tem como manter os empregados, enfim. O andamento das ações governamentais é muito lento. É tudo muito devagar. Foto: João Ramos
Empresários da Cidade Baixa relatam situação da região.
JFDC - Os empresários da Calçada reclamam da falta de policiamento e do aumento de arrombamentos das lojas. Não há efetivo policial? Vocês não levam esta questão à Secretaria de Segurança Pública? DAM - O problema do Brasil hoje é a falta de segurança pública, infelizmente. Mas, parece que aqui, justamente aqui na Cidade Baixa, mais especificamente na Calçada, o problema ganha ares crônicos, mesmo. Há vários arrombamentos. Não há efetivo suficiente para atender as demandas. Chegou à informação que só há policiamento até às 23 horas. Depois disso, nada. De vez em quando passam algumas viaturas por aqui, mas é só passagem. Algumas lojas são arrombadas e os donos não fazem queixa, pois acham que não vai dar em nada. Nós da equipe da AEPI estamos tirando esse pensamento dos lojistas, porque se eles fazem o boletim, a polícia faz o seu trabalho de investigar, vigiar e punir. Não basta só reclamar que tem arrombamentos, os lojistas precisam colaborar prestando depoimentos com o máximo de informações. Estamos estudando a implantação de um projeto para a colocação de cartazes “vizinhos protegidos”, com o número da polícia civil e militar e um diálogo com os comerciantes sobre como agir se o estabelecimento sofrer arrombamento. Soube que o governador Rui Costa tem se mostrado interessado em fazer investimentos em Segurança Pública, eu realmente espero que isto seja verdadeiro. Eu faço parte do conselho de segurança daqui da Cidade Baixa, discutimos estas questões de assaltos e arrombamentos, entre outras maneiras de combater a violência junto ao poder público. JFDC - A Prefeitura lançou o projeto ‘Eu curto meu passeio’ que visa consertar e nivelar o calçamento das ruas de Salvador. Por que os passeios da Calçada estão em sua grande maioria em mau estado? DAM - Não é por desleixo ou má vontade nossa. Enquanto não se fizer uma obra de drenagem das águas da chuva, não vai adiantar nada consertar o passeio. Vai ser um dinheiro público jogado no lixo. Tem que ter a obra de drenagem, nivelamento do asfalto, largura padronizada dos
calçamentos, porque os daqui não são iguais. O que nós aconselhamos aos empresários é que cuide da limpeza do passeio. Se tiver algum buraco, que conserte, que se tape. Porque se alguém cair, vai querer processá-lo por má conservação do passeio público. O lojista perde cliente e perde dinheiro por causa disto. Além disso, priorizamos sempre a coleta do lixo. É feio esteticamente ter lixo na sua porta, afugenta pessoas. Tem gente que descarta o lixo de qualquer maneira, de qualquer jeito, não é assim. Tem que haver uma cooperação de todos, além de saber separar o lixo é saber descartá-lo no horário em que o caminhão passa. É todo um processo de conscientização das pessoas. JFDC - Na sua gestão, qual será a prioridade? DAM - Dar emponderamento ao micro e pequeno empresário. Despertar para a criação de cooperativas para a organização administrativa como um todo. Organizar o pessoal para a prática de preços justos, com dignidade e consciência. Não adianta praticar um preço abaixo da tabela para beneficiar o cliente e prejudicar os outros. Prejudica os concorrentes e o seu próprio negócio. É a livre concorrência de maneira equilibrada. É muito importante discutir esta questão. A Fecomércio-BA (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia) promove a capacitação e o treinamento para o setor de comércio no Estado. Nós fazemos questão de trazer este conhecimento para os nossos associados. É um conhecimento repartilhado com as pessoas, todos saem ganhando. Não é a união que faz a força? Então é nos unindo e pressionando o poder público que traremos a requalificação urbana que a Calçada merece. Nos tempos áureos, o comércio da Calçada era a segunda região responsável pelo recolhimento do imposto ICMS em todo Estado. Hoje, essa arrecadação caiu vertiginosamente. Aqui é um pedaço da história da Bahia. Porta de entrada e saída de mercadoria e de pessoas para a parte alta da cidade e outros municípios, principalmente a região do Recôncavo. Não podemos vilipendiar e deixar que esqueçam a nossa própria história.
Empresários visitam TV Bahia Empresários e comerciantes da Cidade Baixa, estiveram visitando as instalações da TV Bahia. Durante o encontro, os empresários puderam conhecer diversos departamentos da emissora, alguns funcionários e os bastidores de gravação dos programas transmitidos pela afiliada da Rede Globo. Os empresários foram recepcionados pelo gerente de jornalismo da emissora, Giácomo Mancinni, que ouviu uma série de relatos sobre os principais problemas da Cidade Baixa, principalmente na Península de Itapagipe, a exemplo da falta de fiscalização do trânsito, os constantes alagamentos e falta de segurança. O empresário Clay Martins, atual diretor da associação dos empresários da Península de Itapagipe (Aepi), relatou que a localidade é responsável por uma das maiores arrecadações de impostos e não tem a devida atenção por parte dos poderes públicos. Depois de ouvir atentamente os empresários, Diácomo Mancinni se comprometeu a enviar uma equipe de reportagem para cobrir a falta de infraestrutura na região.
CIDADE BAIXA | Folha da Capital | 5
Agosto de 2015
Foto: Mila Cordeiro
Corpo de Bombeiros segue liderando a confiança dos brasileiros.
População só confia nos Bombeiros
As instituições políticas brasileiras passam por uma crise de confiança no país. É o que mostra o Índice de Confiança Social (ICS), realizado pelo IBOPE Inteligência. Segundo a pesquisa, que mede a confiança dos brasileiros em 18 instituições e quatro grupos sociais, Partidos Políticos, Congresso Nacional, Presidente da República, Governo Federal, Sistema Eleitoral e Governo Municipal são as instituições que mais perdem a confiança da população. Realizado desde 2009, sempre no mês de julho, o ICS registrou uma queda de confiança em todas as instituições e grupos sociais em 2013, período pós-manifestações. Algumas conseguiram se recuperar em 2014 e também em 2015, o que não é o caso das instituições políticas, que caem novamente neste ano.
Em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 o índice máximo de confiança, os Partidos Políticos mantêm a última colocação do ranking, com 17 pontos, praticamente metade do índice que obtiveram em 2010 (33 pontos) e 13 pontos a menos do que no ano passado. O Congresso Nacional continua com a penúltima colocação, posição agora compartilhada com a Presidente da República, que até 2012 oscilava entre a terceira e a quarta posição. Em 2015, ambos obtêm 22 pontos e atingem seu menor índice desde 2009. Enquanto o Congresso registra uma queda de 15 pontos em sua confiança em relação ao ano passado, a presidente, que tinha 44 pontos em 2014, apresenta a maior queda de confiança dentre todas as instituições medidas: 22 pontos. Em 2010, último ano do
governo Lula, chegou a ter 69 pontos, o maior da série histórica, quando ocupou o posto de terceira instituição na qual os brasileiros mais confiavam. O Governo Federal também registra queda expressiva, indo de 43 para 30. Além das instituições políticas, o Sistema Público de Saúde, que havia recuperado
a confiança em 2014, é o que apresenta a maior queda: de 42 para 34 pontos. Mais confiáveis - O Corpo de Bombeiros, que ocupa a primeira posição desde 2009, segue no topo do ranking e registra a maior evolução na confiança da população, passando de 73 em 2014 para 81 pontos neste ano. O mesmo movimento ocorre com as Igrejas que mantêm a segunda colocação, subindo de 66 para 71 pontos e recuperam o patamar de 2012. A recuperação da confiança nesta instituição se dá independentemente da religião dos entrevistados: entre católicos, de 67 em 2014 para 72 agora; entre evangélicos, de 71 para 78; entre adeptos de outras religiões ou ateus, de 62 para 68. Na terceira posição estão as Forças Armadas (de 62 para 63), seguidas pelos Meios de Comunicação (de 54 para 59), que interrompem um movimento contínuo de queda que vinha ocorrendo desde o início da medição.
Em 2015, o ICS das Instituições de um modo geral cai de 49 para 45 pontos, atingindo o nível mais baixo até então. Sociedade - Outra medida do ICS é a confiança da população nas pessoas e na sociedade em geral. Neste ano, a confiança nas pessoas da família permanece praticamente a mesma do ano passado, passando de 87 para 86 pontos. Amigos, vizinhos e brasileiros, de um modo geral, seguem a mesma linha e marcam leves variações em relação ao ano anterior. Neste ano, o ICS geral diminui em relação ao ano passado, indo de 53 para 49 pontos, retornando ao patamar de 2013, o mais baixo desde o início da série. Sobre a pesquisa O Índice de Confiança Social ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 142 municípios. A pesquisa foi realizada entre 16 e 22 de julho.
6 | Folha da Capital | EDUCAÇÃO
Tri- Campeão Olímpico Projeto de estudantes sobre cultura cigana é premiado em Matemática Foto: ASCOM / PM
Wallace Pinele, ao lado dos colegas na comemoração de mais uma medalha. Da Redação com informações da PM O aluno do Colégio da Polícia Militar - unidade Lobato, Wallace Pinele Pantas Porto, 15 anos, é medalhista de prata na 10ª edição das Olimpíadas Nacionais de Matemática de 2014. Wallace compete desde 2010 nas Olimpíadas e obteve sucesso em todas as edições, ganhou três medalhas de ouro e duas de prata. O gosto pela disciplina vem desde cedo e todos logo perceberam que ele tem um grande potencial. O desempenho do aluno vem para ratificar a qualidade do ensino público. Sempre muito dedicado aos estudos e, principalmente, a matemática, Wallace afirma receber muito apoio para continuar se esforçando: “O CPM é um bom colégio, imagino que se não estivesse aqui talvez não tivesse conseguido. Estou muito orgulhoso de mim e só tenho a agradecer a toda minha família e aos meus professores pela dedicação”,
concluiu. O diretor pedagógico, em exercício, Miguel Luís Conceição, afirma estar bastante contente com o bom desempenho: “Sempre falo para ele e para todos os alunos que o mais importante não são as medalhas, mas o crescimento e a projeção no futuro”, declarou. O Tenente Coronel PM Paulo Henrique, diretor do colégio, se mostra bastante feliz com o sucesso do aluno e já traçou metas para este ano: “Quero colocar o CPM em primeiro lugar em tudo, vou continuar incentivando a busca constante pela excelência. Nossa meta é vê-los nas melhores faculdades e para isso vou dar todos os recursos necessários”, finalizou o diretor. O aluno Wallace Pinele foi homenageado em uma solenidade militar, na própria unidade do Lobato. O evento foi presidido pelo diretor do colégio o TC PM Paulo Henrique.
Graciliano Ramos em HQ Lançado em 1938, “Vidas secas”, de Graciliano Ramos, é um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Por meio da jornada de Fabiano e sua família de retirantes em busca de comida, água e abrigo numa peregrinação pelo sertão nordestino, o autor fala das dificuldades de sobrevivência no campo e sobre relações de poder.
O projeto “Caravana Calon: a inserção da cultura cigana nos espaços escolares de Jacobina e região”, desenvolvido por estudantes do curso técnico em Administração, do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Negócios (Ceep) do Centro Professora Felicidade Jesus Magalhães, em Jacobina, conquistou a 1ª colocação na área de Ciências Sociais, na Feira de Ciências y Tecnologia (Fecitec Girassoles), realizado entre os dias 18 e 21 de agosto, em Encarnación, no Paraguai. “Estamos colaborando para que haja a inserção da cultura cigana nos espaços escolares e que os ciganos da etnia
Calon, composta por 100 integrantes, sejam cada vez mais respeitados e valorizados”, disse a professora e orientadora, Laudicéia da Cruz. “Percorremos várias escolas numa caravana para passar um pouco da cultura cigana e desfazer o estereótipo negativo que as pessoas normalmente imprimem, por falta de conhecimento”, afirmou. Projeção internacional Além da premiação, o projeto recebeu a credencial para participar da Expo Internacional de Ciência para América Latina (ESI-AMLAT), que acontecerá no próximo ano, em Mazatlán, no México. Fotos: Divulgação
Palestra com Giulia Maria - primeira pessoa no mundo a realizar o tratamento com células tronco. A pedagoga Giulia Maria deu uma palestra na escola santa Rita, no bairro de Roma na Cidade Baixa, para 300 alunos e abordou temas como superação e motivação.
Agosto de 2015
Feira Nordestina do Livro reúne imprensas oficiais do país Dar visibilidade a seus produtos e serviços, especialmente da área gráfica e editorial. Esse é o objetivo da participação da Empresa Gráfica da Bahia (Egba) na I Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), em Olinda, Pernambuco. A Egba compõe, junto a outras instituições, o estande da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais (Abio), presente no evento. Da produção própria, a Egba está expondo e distribuindo 100 exemplares do livro “Fazenda Grande do Retiro - um Passeio pelo Bairro”, lançado em comemoração a seu centenário. Além dessa publicação, a empresa ainda expõe livros impressos em seu parque gráfico, alguns deles bastante populares, como o “Dicionário de Baianês”, que completou 200 mil exemplares e há 21 anos é impresso na Egba. A Fenelivro, é uma promoção da Associação do Nordeste de Distribuidores e Editores de Livros (Andelivros) e Câmara Brasileira do Livro (CBL), em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).
Gincana solidária do colégio Mário Augusto Teixeira de Freitas Evento : V Gincana solidária do colégio estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas. Tema: 120 anos de cinema. Destaque para a Equipe Titanium – homenageando o clássico Ritmo Quente Período do evento: Durante o mês de agosto com apresentação e desfile nos dias 11 e 12 de setembro. Provas : durante a gincana serão ministradas provas de campanha solidária, como: doação de sangue para o Hemoba, doação de produtos de limpeza e higiene, fraldas geriátricas, lenços umedecidos, álcool além de outros produtos que serão doados a instituições de caridade de Sal- Para mais informações e doações: vador, a exemplo do Lar Vida, na comunidade do Marotinho. Tels: (71) 9146-9203 / 8512-0520
Agosto de 2015
PROJETO ESPECIAL DE MARKETING | Folha da Capital | 7 Foto: João Ramos
Foto: Arquivo / Egba
100 anos não são 100 dias
Atual sede da Empresa Gráfica da Bahia e fachada do antigo prédio onde funcionou a Imprensa Oficial do Estado de 1915 a 1931.
Cem anos não são 100 dias, sugere o dito popular. Em outras palavras, completar um centenário de existência é uma tarefa que poucos conseguem comemorar. E poucas empresas têm tanto a contar sobre sua história como a Egba tem em seu centésimo aniversário. Do início de seu funcionamento, em 7 de setembro de 1915, no sobrado construído para ser sua sede, na Rua da Misericórdia, Centro Histórico da cidade, aos dias de hoje, a Empresa Gráfica da Bahia passou por diversas fases, ora refletindo o glamour da sua época, ora integrada à efervescência cultural do momento, mas sempre acompanhando o desenvolvimento e os avanços tecnológicos que a levaram a modernizações constantes. Em 1916, o primeiro diretor técnico da recém-criada Imprensa Oficial do Estado, Arthur Arezio da Fonseca, já convidava os leitores do Diário Oficial do Estado a “atravessar o largo portão de ferro
em estilo moderno”, a galgar “os degraus, com balaustres de ferro e mármore branco” da sua primeira sede. A partir desta década, este órgão viria a ser espaço disputado por acadêmicos para vagas de revisor na “Imprensa”, a exemplo de Thales de Azevedo, Jayme Junqueira Ayres, Xavier Marques e Mílton Santos; este, presidente da Egba na década de 1960. As décadas de 1980 a 2010 foram decisivas para a modernização da Egba, que informatizou sua produção, introduziu novas tecnologias, implantou seu planejamento estratégico, criou novos serviços, capacitou seus funcionários, buscou e conquistou a certificação de seus serviços pela ISO 9001. Tudo isso, sem esquecer seu papel social, realizando diversos projetos e desenvolvendo ações voltadas à comunidade da Fazenda Grande do Retiro, onde está instalada há mais de quarenta e cinco anos. E de onde foi extraída a inspiração para um amplo trabalho de fotografia documental que envolve o lançamento do livro de fotografias Fazenda Grande do Retiro: um passeio pelo bairro, com exposição itinerante que leva o mesmo nome.Por tudo isso, parabéns à Egba e, em especial, a seus funcionários, que, ao longo de 100 anos, fizeram desta empresa, motivo para se orgulhar. Luiz Gonzaga Fraga de Andrade Diretor Geral
Foto: Arquivo / Egba
Egba constrói centro de lazer na Fazenda Grande do Retiro
E
m um investimento de sete milhões de reais, distribuídos entre o valor de aquisição do terreno e a construção dos equipamentos, um amplo centro de lazer começa a ganhar forma no bairro da Fazenda Grande do Retiro. Com 11 mil m², o equipamento está sendo custeado pela Empresa Gráfica da Bahia (Egba), ligada à Casa Civil do Estado, e é aguardado pela comunidade local, como área dedicada à pratica de esportes, recreação e cultura. As obras do centro devem ser concluídas até dezembro deste ano, favorecendo a quinta maior população dentre os bairros de Salvador, com equipamentos vol-
tados ao lazer de crianças, jovens e adultos. O local abrigará um campo de futebol, quadras poliesportivas, parque infantil, pista de corrida, pista de skate, galpão cultural, edifício para comportar biblioteca e salas de aula, além de área verde. O projeto nasceu de uma reivindicação da comunidade da Fazenda Grande do Retiro e se tornou o maior projeto de responsabilidade social da Egba voltado aos moradores do bairro, onde a empresa está instalada há 42 anos. A entrega do centro é uma das ações que antecipam as comemorações do centenário da Egba.
8 | Folha da Capital | PROJETO ESPECIAL DE MARKETING
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Título para compor em caixa alta:
José de Aguiar Costa Pinto – nasceu em Salvador, no ano de 1879. Exercera em duas legislaturas, de 1908 a 1912, o mandato de Deputado Estadual, havendo inclusive, sido o líder da maioria no início do Governo Seabra, ocasião em que apresentara à Câmara o projeto de lei criando a Imprensa Oficial. Foi convidado pelo governador Seabra para ser o primeiro Diretor da Imprensa Oficial, dirigiu-a de 1915 a 1922; e novamente, de 1924 a 1931 e de 1933 a 1935. Todos os que com ele participaram dos primeiros anos da Imprensa Oficial do Estado o recordam como um elemento dinâmico e esclarecido. Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual colou o grau de Farmacêutico, em 10 de dezembro de 1898. Dois anos depois, em 18 de dezembro de 1900, colou o grau de doutor em Medicina pela mesma Faculdade, doutorado em Saúde Pública na Universidade Johns Hopkins. Foi Diretor interino da Faculdade de Medicina da Bahia (1933) e Diretor efetivo, de 1933 a 1936 (ano da sua morte).
Milton Santos – nasceu no município baiano de Brotas de Macaúbas em 3 de maio de 1926. Exercia Milton Santos, quando da sua nomeação para dirigir a Imprensa oficial, o cargo de Professor de Geografia Humana na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Salvador e havia regressado, pouco tempo, da Europa, onde, na Universidade de Strasbourg, obtivera o título acadêmico de Doutor. Sua militância universitária o levaria a empenhar-se no sentido de devolver à Imprensa Oficial o papel importante que antes tivera como casa editora, revivendo uma das suas mais antigas tradições. Criaria, para tal fim, o Conselho Editorial da Imprensa Oficial, A fim de propiciar à Imprensa Oficial melhores condições de atuação no ramo editorial, tratara Milton Santos de adquirir novas máquinas, entre as quais, a sua primeira “off-set”, de fabricação sueca, e, ao mesmo tempo, ampliar sua atividade comercial. Para isto, havendo inaugurado em 1959, uma livraria e papelaria, localizada no próprio prédio da Imprensa, destinada a atender à população de Salvador com pro-
José Curvello – advogado e jornalista, nasceu em salvador em 26 de setembro de 1935. Assumiu a direção da imprensa Oficial da Bahia de dezembro de 1965 até dezembro de 1967 e novamente, de 1975 a 1985. Vocação de administrador, correto e zeloso, imprimiu à sua gestão diretrizes próprias, que deram prioridade ao Diário Oficial, atualizado em sua feição material, e ampliado de modo a comportar novas seções, aumentou a sua tiragem e profissionalizou a sua distribuição, com a instalação
de agências nas principais cidades do interior. A reforma e o aumento do parque gráfico foi outra das suas preocupações, assim como a melhoria da remuneração do funcionalismo, a que também foi dada assistência em novos aspectos. Um dos êxitos de sua administração veio a ser o pagamento de todos os débitos da IOB, e outro a obtenção de lucro na atividade da Casa, superávit de que os servidores participaram, aliás pela primeira vez na história da instituição, receberam importância correspondente a um mês de ordenado. Em 1980, de modo surpreendente a receita da empresa apresentaria um crescimento de 121%. No ano de 1982, coroando uma série de medidas tomadas em proveito do funcionalismo da casa, foi instituído pela sua direção o pagamento normal do 14ºsalário. José Curvello, ainda encontrou recursos para manter a atuação editorial da IOB, com a publicação de novos livros, dentre os quais os da coleção “Imagens e Documentos” e três números da “Revista da Bahia”. Em 1983, já com o maior parque gráfico da região nordeste o Instituto Miguel Calmon concedia a Egba, o diploma de melhor empresa baiana da Indústria de transformação, Neste ano,a empresa apresentaria um crescimento de 157% o que comprovaria a excelente capacidade administrativa de sua gestão, sua administração já se preparava para atingir novas metas. Foi então construído um arquivo de segurança para microfilmes e adquiridas novas máquinas destinadas a atuarem na área de produção e na de microfilmagem. Quanto aos
resultados financeiros haviam sido, naquele ano, surpreendentes, comparado ao exercício anterior, um aumento percentual de 157%. Iniciando um programa de integração Empresa/Comunidade, foram tomadas as primeiras providências para a construção de um posto bancário, um posto de assistência médico-odontológica e de uma escola de 1º grau, destinados a atenderem a população do bairro onde se localiza a sede da Imprensa Oficial. Foi também instituído por sua administração, um Programa Social de Ação Integrada, destinado a obter um diagnóstico das necessidades habitacionais, alimentares, educacionais e de saúde dos seus servidores. Em 1984 a Gazeta Mercantil de São Paulo destacaria em seu balanço anual a Empresa Gráfica da Bahia como uma empresa equilibrada, capaz de saudar seus compromissos e auto sustentável por geração de receita interna. Nas festividades do 70º aniversário da Empresa Gráfica da Bahia, incluiu-se a visita do Governador João Durval – oficializando o Plano de Cargos e salários dos servidores da Egba; assinatura do decreto pelo governador aumentando o capital da Egba que passou naquela época de Cr$ 2,2 bilhões para Cr$ 6,23 bilhões; apresentação da Orquestra Sinfônica da Bahia, ao ar livre no Campo Grande; foi instituído o Prêmio Egba de Redação e aquisição do Sistema Gepeto, um moderno sistema de fotocomposição, que colocaria a Empresa Gráfica da Bahia na vanguarda do mercado gráfico brasileiro. José Hormino Brasil Curvello, faleceu em 29 de março de 2002.
Foto: Reprodução/TV Bahia
Foto: Arquivo/Público
Foto: Madalena Schuar
Foto: Arquivo/Egba
Foto: Reprodução/Rede Globo
100 ANOS DA IMPRENSA OFICIAL DA BAHIA dutos de sua própria feitura, a serem vendidos por preços módicos. Criou e editou o primeiro número da Revista da Bahia – um expressivo instrumento de divulgação e valorização do produto intelectual e artístico da época. Convidado pelo presidente eleito Jânio Quadros, para exercer o posto de Subchefe da Casa Civil da Presidência da República na Bahia, transmitiu o cargo de Diretor da Imprensa Oficial, ao Bel. Manoel Dias de Souza Filho.Faleceu aos 75 anos em 24 de junho de 2001, sendo sepultado no Cemitério da Paz, no bairro do Morumbi, em São Paulo.
Chica Xavier – nasceu em Salvador, na Quinta da Barra, hoje, Barra Avenida. Começou a trabalhar com apenas 14 anos, na Imprensa Oficial do Estado da Bahia, como aprendiz de encadernadora. Em 1953, mudou-se para o Rio de Janeiro, para estudar teatro, Em 1973, Chica Xavier chegou à TV, na novela “Os Ossos do Barão”. De lá para cá foram mais de 50 personagens só em televisão.
Batatinha – Oscar da Penha, mais conhecido como o sambista Batatinha, foi tipógrafo e prelista emendador da Imprensa Oficial da Bahia, nas décadas de 50 a 70.Nasceu em Salvador no dia 5 de agosto de 1924 e logo aos 10 anos foi trabalhar numa marcenaria. Casado com Dª. Marta dos Santos Penha, teve nove filhos e faleceu em salvador, no dia 31/1/1997, aos 72 anos.
Nelson Cazumbá – nasceu em 10 de abril de 1943. Ingressou na Empresa Gráfica da Bahia em 23 de abril de 1974, como técnico de Nível Médio na seção de tipografia. Cazumbá, foi campeão baiano pelo Leônico em 1966. Atuou como lateral-direito e zagueiro. Chegou a defender o E.C.Bahia na década de 70. Morreu em 17 de janeiro de 2012, aos 68 anos.
Foto: Arquivo/Egba
Foto: Arquivo/Público
Funcionários ilustres da Imprensa Oficial
Arthur Arezio da Fonseca – Tipógrafo, nascido na Bahia a 10 de junho de 1873, considerado um dos mais importantes tipógrafo do seu tempo no Brasil, e que foi também escritor e editor. Ingressou como aprendiz de tipógrafo nas oficinas do Jornal de Notícias em setembro de 1887, trabalhou
nos jornais Gazeta de Notícias, e foi chapista nas oficinas da Tipografia Baiana e de Vicente de Oliveira Botas, onde aprendeu a arte da litografia, paginador do Correio de Notícias em 1889, do Diário da Bahia em 1902, do Diário de Notícias em 1903, de onde saiu para em 1905 abrir a Gazeta do Povo. Em 1907 criou, de parceria com António Josué Carvalho, a Oficina Xilo-tipográfica Arezio & Carvalho que fecharia em 1912 para dirigir a instalação da Imprensa Oficial do Estado de que foi depois seu primeiro diretor- técnico, a partir de novembro de 1915. Criou e foi o primeiro editor do Boletim Graphico entre 1916 e 1917. Escreveu cinco livros sobre a arte tipográfica. Pertenceu à direção do Liceu de Artes e Ofícios nas décadas de 1920 e 1930. Arthur Arezio da Fonseca faleceu em 16 de Julho de 1940.
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LINHA DO TEMPO
1915 – Em 7 de setembro, nasce a Imprensa Oficial do Estado. No mês seguinte, dia 30, a entidade publica a primeira edição do Diário Oficial do Estado da Bahia, com 60 páginas. A primeira sede ficava localizada na Rua da Misericórdia, Centro da cidade. 1923 – É lançada a primeira edição especial do Diário Oficial, com 583 páginas, em comemoração ao Centenário da Independência da Bahia, uma das relevantes publicações sobre a história baiana. 1925 – Paralelamente à função de órgão oficial de divulgação, o Diário Oficial publicou, a partir desse ano, artigos e trabalhos sobre economia, política e questões sociais baianas, assinados por notoriedades como Teodoro Sampaio, Pedro Calmon e Thales de Azevedo. 1931 – A Imprensa Oficial é transferida para nova sede, na Praça Municipal, onde funcionou, mais tarde, a redação do jornal baiano A Tarde. 1959 – É lançado o Panorama do Conto Baiano, impresso no parque gráfico da Imprensa oficial da Bahia, reunindo contos de autores como João Ubaldo Ribeiro, Glauber Rocha, Jorge Amado. 1960 – A Egba editou e publicou, até 1967, oito edições da Revista da Bahia, que contava com autores do rico cenário cultural baiano da época, desempenhando papel importante dentro das áreas de literatura, cinema, teatro e artes plásticas. 1970 – A Imprensa Oficial é transferida para a Rua Mello Moraes Filho, 189, Fazenda Grande do Retiro, onde funciona até hoje. 1972 – A Lei n. 3.037, de 3 de outubro, transformou a Imprensa Oficial da Bahia em Empresa Gráfica da Bahia – Egba, empresa pública com personalidade jurídica de direito privado, capital exclusivo do Estado, patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira. A rotativa Frankenthal, máquina de fabricação alemã responsável pela impressão da edição nº 1 do Diário Oficial do Estado, é desativada. Hoje, se encontra no Museu de Ciência e Tecnologia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). 1980 – Egba instala, em seu Parque Gráfico, moderno sistema de fotocomposição, que a coloca em posição de destaque nessa área em todo o país. A impressão do livro Pregação do papa João Paulo II no Brasil), neste ano, é um marco do desen-
Foto: Arquivo / Egba
Diretor Técnico Descartes Gramacho, ao lado do Diretor Geral da Egba, José Curvello demonstrando o novo sistema de fotocomposição da Egba, na década de 80.
Foto: Ana Romero
ta dez anos de Certificado ISO 9001, demonstrando que continua buscando aperfeiçoar o cumprimento da norma com a melhoria do atendimento ao cliente, capacitação profissional e investimento em tecnologia. 2014 – A Egba conclui a construção dos dois galpões com 3 mil metros quadrados destinados ao Serviço de Guarda, Arquivo de Segurança, Digitalização e Microfilmagem de Documentos. Na área de Responsabilidade Social Empresarial, a Egba entrega à comunidade da Fazenda Grande do Retiro seu maior feito: a primeira praça do bairro, com 12 mil m² de área, comportando campo de futebol, quadra poliesportiva, parque infantil, pista de corrida, pista de skate, galpão cultural, edifício para comportar biblioteca e salas de aula, além de área verde. 2015 – Neste ano, a Egba completa seu centenário, com uma trajetória que lhe confere credibilidade, austeridade, profissionalismo e qualidade. Para comemorar o aniversário, a empresa criou o Projeto Egba+100, uma campanha institucional que envolve o lançamento do livro de fotografias Fazenda Grande do Retiro: um passeio pelo bairro, com exposição itinerante que leva o mesmo nome.
Agradecimento Especial Foto: Arquivo/Pesssoal
Equipamentos modernos de digitalização dão nova feição ao parque gráfico da Egba.
volvimento da área industrial da empresa, confeccionado em 72 horas. 1987 – A revista da Bahia volta a ser editada pela Egba, circulando até a 42ª edição. 1995 – Inicia-se a informatização da pré-impressão, implantação da editoração eletrônica, uso de softwares gráficos, digitalização de documentos, guarda de documentos em CD. 1997 – A empresa passa a direcionar suas ações através de metas determinadas em Planejamentos Estratégicos. A cada dois anos as metas são avaliadas e renovadas. O cumprimento dessas metas fez com que a empresa conquistasse em 2002 a certificação ISO 9001:2000. A primeira a ser entregue a uma imprensa oficial no Brasil. 2002 – Um mérito para a Egba: a empresa é a primei-
ra imprensa oficial do país a obter o Certificado de Qualidade ISO 9001 para produtos e serviços. 2004 – a empresa passa a investir mais no segmento de Digitalização e Guarda de Documentos, oferecendo seus serviços para os setores público e privado, além dos serviços de impressão de artes gráficas e dos diários oficiais. 2007 – A Egba adquire uma impressora digital, com tecnologia de ponta e perfeita para impressão de pequenas tiragens, com qualidade e preços proporcionais ao volume. No mesmo ano, implanta a versão virtual do Diário Oficial do Estado. 2009 – Um novo serviço, na linha digital, é implantado pela empresa: o de Certificação Digital, permitindo que um documento eletrônico, que identifica pessoas e empresas no mundo digital,
comprove sua autenticidade da identidade nos serviços on-line, coibindo fraudes. Em novembro, a Egba é designada Autoridade de Registro do serviço. 2010 – A implantação da tecnologia CtP (Computer to plate: direto do computador para a chapa), um sistema que elimina subetapas do processo de impressão, como o fotolito, suprimindo processos manuais de montagem de filme e gravação, torna todo o processo de impressão na Egba mais simples, rápido e com qualidade. 2011 – Cinquenta e um jovens carentes da comunidade da Fazenda Grande do Retiro recebem certificados de capacitação no curso de Inclusão Digital, promovido pela Egba, como parte de seus projetos de Responsabilidade Social Empresarial. 2012 – A empresa comple-
Luis Guilherme – Jornalista, professor e coordenador do Núcleo de Estudos da História da Imprensa na Bahia (NEHIB), também nascido na Bahia, que dedicou muitos anos de pesquisa, a Empresa Gráfica da Bahia – tendo publicado vários artigos e também sua tese de doutorado em História, defendida em 2000, na Universidade de São Paulo (USP), editada com o título Nome para compor em caixa alta: ARTHUR AREZIO DA FONSECA.
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Gestão de Qualidade A excelência dos produtos e serviços realizados pela Egba é resultado da implantação de uma política de controle consolidada com a certificação ISO 9001/2000, dada pela BVQI em 22 de dezembro de 2002. Com ela a Egba passou a ser a primeira imprensa oficial do Brasil a adotar uma políti-
ca da qualidade, mérito antes somente das gráficas do setor privado. Desde então a empresa tem procurado aperfeiçoar o cumprimento da norma com a melhoria do atendimento ao cliente, capacitação profissional e investimento em máquinas mais modernas.
Publica Bahia Para contribuir com a transparência pública municipal a Egba passa a utilizar o PUBLICA BAHIA, um sistema de envio on-line de publicações de atos oficiais exclusivo para as Prefeituras e Câmaras de Vereadores, visando ampliar a publicidade desses atos e a sua guarda perene no site do Diário Oficial do Estado da Bahia. Com o uso dessa nova plataforma tecnológica, o custo da publicação será menor, poderá ser pago em parcelas fixas mensais e sem limitação da quantidade de publicações, tudo isso com a segurança institucional de quem tem 100 anos de experiência. Sua adesão permitirá, também, o recebimento gratuito de uma assinatura
do Diário Oficial do Estado. Os atos oficiais encaminhados por meio do PUBLICA BAHIA serão disponibilizados nas versões impressa e eletrônica do Diário Oficial do Estado da Bahia. O seu uso é simples e semelhante ao já utilizado pelos órgãos e secretarias do Governo do Estado. Em endereço eletrônico específico, serão disponibilizados modelos de atos oficias para serem preenchidos e encaminhados para publicação no Caderno dos Municípios do DOE. A grande vantagem é que todo acesso a essa página de publicação é gerenciado pelo próprio cliente que visualizará seu histórico de envio.
Portifólio Consiste na disponibilização do acervo histórico do Diário Oficial do Estado para consultas, cópias e impressões. Todas as edições do Diário Oficial do Estado, desde 1915, são guardadas em salas apropriadas, com estantes para armazenamento, sistemas de vigilância patrimonial 24 horas, câmeras de segurança, sistema de combate a incêndio e todos os serviços necessários para esse tipo de atividade. Impressão Digital Método de impressão que utiliza equipamentos informatizados e interligados, dispensando o uso de chapas, tendo como objetivo principal atender às demandas de pequenas tiragens. A Egba possui impressoras a laser de última geração para trabalhos em preto e branco ou em cor, capazes de produzir desde cartões de visita até livros e catálogos. Impressão de Dados Variáveis É uma forma de impressão digital, na qual elementos como textos, gráficos e imagens podem ser personalizados a cada exemplar. A Egba conta com impressoras modernas para trabalhos em policromia. Impressão Offset Plana O sistema offset plano utiliza chapas matrizes pré-gravadas, das quais são
transferidas as imagens para o papel, mantendo a fidelidade e qualidade de cores do original. É indicado para impressões de médias e grandes quantidades. Impressão Offset Rotativa O sistema offset rotativo utiliza chapas matrizes pré-gravadas, das quais são transferidas as imagens para o papel, que entra na máquina em forma de bobinas. É o método indicado para impressões de grandes quantidades, especialmente para produção de jornais, com fidelidade e qualidade de cores. A Egba conta com duas impressoras para trabalhos em quatro cores, com impressão simultânea em frente e verso, capazes de produzir trabalhos até o formato 58x70cm, aceitando gramaturas de 48 até 120 g/m², para produção de jornais como o Diário Oficial do Estado, ou mesmo miolo de livros e revistas. Acabamento Lista de Produtos: Dobra automatizada • Desencaixe de cadernos • Alceamento de cadernos • Refile • Empacotamento. Livros • Revistas • Jornais • Cartazes • Blocos • Cartões de visitas • Panfletos • Folders • Convites • Papéis timbrados, dentre outros. Gestão Documental Por meio desse serviço, a Egba produz e administra de-
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Egba comemora centenário com lançamento de livro e exposição fotográfica O lançamento de um livro de fotografias e a abertura da exposição fotográfica homônima, marcam o início das comemorações pelo centenário da Empresa Gráfica da Bahia (Egba), ligada à Casa Civil, Governo do Estado. São uma homenagem da empresa à comunidade da Fazenda Grande do Retiro, onde está instalada há 42 anos. Com o título “Fazenda Grande do Retiro - um Passeio pelo Bairro”, o livro e a exposição contam com fotografias do fotojornalista baiano João Alvarez, que retrata o dia a dia no bairro de 53.805 habitantes, situado às margens da rodovia BR-324, acesso norte da cidade de Salvador. Em um amplo trabalho de fotografia documental e, a partir de aguçada observação pelas ruas e casas locais, Alvarez convida a interpretar a realidade pelas imagens captadas, revelando o “modo de ser” local.
Prêmios e destaques A partir de 1997, a empresa passa a direcionar suas ações por meio de metas determinadas no Planejamento Estratégico. Foi pela política de gestão da qualidade, implantada na década de 90, que a Egba se tornou a primeira imprensa oficial do país a conquistar o Certificado ISO 9001/2000. Ao longo do tempo, a empresa ganhou ainda vários prê-
mios e mereceu destaques: Desde 1984, e em anos consecutivos de 91 a 2004, a Egba conquistou o Prêmio Desempenho, promovido pelo Instituto Miguel Calmon (Imic), como a maior e melhor indústria baiana e do Nordeste, no setor da Indústria de Transformação; Em 1984, foi colocada entre as “200 maiores indústrias
da Bahia” pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB); Em 1981, ficou em terceiro lugar entre as empresas gráficas e editoras de porte médio do país, no ranking da revista Visão; Em 1984, é destaque na literatura econômica, dentro do Balanço Anual do ano da Gazeta Mercantil de S.Paulo.
A Empresa Gráfica da Bahia (Egba) é uma das quatro primeiras imprensas oficiais do país a ter aderido à Rede de Boletins Oficiais Americanos (Redboa), que reúne ins-
tituições do gênero da Argentina, do Chile e México, com o propósito de estabelecer uma cooperação multilateral para promover o conhecimento da legislação de cada país mem-
bro, facilitando o comércio internacional e os investimentos estrangeiros nos países da região.
Egba é destaque entre imprensas oficiais
Foto: João Ramos
mandas de digitalização, microfilmagem e guarda de documentos, além de fornecer o serviço de certificação digital e atender demandas específicas de cliente, com foco na tecnologia. Microfilmagem Consiste na conversão de documentos do suporte papel, de diversas gramaturas e tamanhos para microfilmes. Digitalização É o processo de captura de documentos físicos, por meio de scanner de produção, e conversão destes em formato digital. A Egba fornece também um sistema de consulta e visualização de imagens. Guarda de Documentos Consiste na operação de armazenamento de caixa box e caixa padrão, em galpões com estrutura apropriada, seguindo as normas regulamentadoras para esta atividade, com vigilância 24 horas, câmeras de segurança e sistema de combate a incêndio. Tudo isso com profissionais qualificados. Arquivo de Segurança Armazenamento de mídias de propriedade do cliente em armários e gavetas de aço, instalados em sala-cofre com temperatura e umidade controladas e monitoradas, mantendo as condições ideais para o acondicionamento
Parque gráfico da Egba. Foto: João Ramos
Galpão de guarda de documentos. de arquivos especiais, aumentando a segurança e vida útil dos materiais e suas informações. Certificação Digital A certificação digital é uma forma de validar determinado documento, negócio ou identidade do titular da assinatura digital, por meio de um certificado digital de pessoa física
ou jurídica, devidamente emitido pela Egba. Projetos Especiais Consistem em trabalhos gerados a partir de demandas dos clientes, com foco no Decreto n. 10.473 (que estimula a eliminação de papéis) e na autenticação via internet com segurança da informação.
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MERCADO IMOBILIÁRIO
Domício Barbosa de Souza Neto Bacharel em Direito e Gestor de Direito Imobiliário Pós-Graduado em Direito Civil e Direito Imobiliário
CONTRATOS SEUS PROCEDIMENTOS E COMO CONTRATAR – PARTE 2 Na edição passada já abordamos de forma simples o que é contrato, lembrando sempre que é sobretudo um ato de vontade entre as partes contratantes. Abordamos também que para contratar-se, o objeto do instrumento contratual a ser celebrado deverá ser lícito e possível, pelo qual se adquirem, se criam, se modifica e até se conservam, como também podendo se extinguirem direitos. Observamos agora alguns tipos de contratos: Contrato acessório: este auxilia o cumprimento do principal, isto é, serve de garantia, como nos casos de endosso, fiança, hipoteca, penhor. Fala-se também que este é o contrato de pacto adjeto, isto é, uma convenção ou obrigação acessória, que compreendemos que se adita ao contrato principal. Contrato administrativo: este sempre as empresas prestadoras de serviços, fornecedores, etc. firmam com a administração pública. Este tem uma observação importante: o que contrata com o Estado e o mesmo não paga, a parte pode valer-se das vias administrativas e judiciais para receber prestações não quitadas, porém se a parte prestadora do serviço não cumprir o contrato, o Estado pode unilateralmente rescindi-lo. Contrato agrícola: este é feito para garantir a locação de serviços agrícolas entre o dono do imóvel e o locatário, que se obriga a plantar, colher ou até executar o próprio trabalho agrícola mediante pagamento de salário ajustado com o proprietário. Contrato aleatório: este é em que o lucro ou vantagem depende de futuro incerto, de evento que não se pode prever, no popular, depende da sorte ou do azar, este temos alguns por exemplo apostas, rifas, especulações financeiras quase de um modo geral, empréstimo de risco e tantos outros que dependem realmente da sorte de dar certo. Contrato de agência e distribuição: é um contrato que a pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculo de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição de certos negócios, em zona determinada. Caracteriza-se a distribuição, a coisa a ser negociada. Para este contrato deve-se ter bastante atenção, inclusive observar, orientações do nosso código civil brasileiro 2002, disciplinado pelos artigos 710 a 721. Contrato de comissão: outro contrato que se deve ter bastante atenção é o contrato de comissão, em que o comissário adquire ou vende bens em seu próprio nome à conta do comitente, responden-
do por qualquer prejuízo que vier a ocasionar a este. Deve-se orientar cuidadosamente também no código civil 2002 disciplinado pelos artigos 693 a 709. Observa-se que neste contrato consta a cláusula “delcredere”, responderá o comissário solidariamente etc. observa-se no artigo 698 do mesmo diploma. Contrato de corretagem: observa-se em deferência. Este e é quando uma pessoa sem vínculo de
bastante essencial e requer grande cuidado. Contrato de transação: este é devidamente compreendido nas leis do direito das obrigações, impõe condições a ambos contratantes, isto é, as partes. Este pela transação não se transmite, mas apenas se declara direitos, responsabilidades, boa-fé, que é importantíssimo em qualquer instrumento contratual celebrado. Ocorre quando as partes
mandato, de prestação de serviços ou ainda qualquer relação de dependência, obriga-se a obter a uma segunda um ou mais negócios, conforme instrução de receber. Deve-se orientar-se sobre este contrato observando o código civil brasileiro 2002, disciplinados pelos artigos 722 a 729, este compreende-se quando se opera também com o corretor de imóveis, principalmente os artigos 723, 724 e 725 do mesmo diploma.Temos um contrato também
fazem concessões recíprocas para evitar ou terminar um litígio, conflitos que não trazem benefício na continuidade. Este contrato, porém, só é admissível em direitos patrimoniais privados. Oberva - se de forma bem ampla e explicativa no código civil 2002 disciplinados pelos artigos 840 a 850. É lícito aos interessados chegarem a um acordo feliz mediante concessões mútuas, inclusive observar e orientar-se conforme disciplina o artigo 841 do mesmo diploma.
Temos um contrato também que depende de sorte, bom senso, honestidade, interesse e sobretudo a boa fé entre as partes contratantes. Este é um contrato super especial: é o contrato de sociedade. Contrato de sociedade: este tem de ter bastante cuidado, principalmente contando com a sorte nas escolhas dos sócios. É um contrato que é celebrado por pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir com bens e serviços em favor do exercício de atividade econômica, partilhando entre si os resultados. Deve-se orientar no código civil 2002 capítulo único artigo 981 em diante, independentemente do código comercial lei 556/50, que traz também grandes comentários orientativos. É necessário antes de contratar ler livros importantes de noções contratuais, que sugiro dos professores, escritores, grandes mestres do direito imobiliário e contratual, Tiago Machado Burtet, Deocleciano Torrieri Guimarães e tantos outros, que afirmam de forma bem explícita para quem não queira se arriscar. Contratos são negócios econômicos e sociais firmados entre dois ou mais sujeitos. Os contratos nascem de acordos de vontade, que se situam no plano dos fatos, merecem guarida e tutela, devendo ser integradas no sistema jurídico, o que ocorre mediante contratos. No contrato o pressuposto maior é o ato de vontade, e diz o mestre Burtet, batendo na tecla da transparência, que essas vontades, todavia, não podem mais ser analisadas sob um prisma individualista para fazer valer estritamente o acordado. Na verdade, o pactuado deve apresentar um caráter moral, solidário, justo, que atenda aos interesses dos contratantes e, também, de toda a sociedade. O contrato e os contratantes também têm que preencher o campo social com responsabilidade, honestidade, dando assim os contratantes suas parcelas para o desenvolvimento do progresso econômico e social do nosso país, que hoje vive somente no pensamento da corrupção, desmancha este pensamento. Aprendamos com os grandes mestres que nos ensinam a contratar. Um contrato nasce do consenso entre as partes. Ninguém é obrigado a contratar, mas, se o fizer, deverá honrar aquilo que foi prometido. Leiamos livros dos mestres acima citados, verifiquem o nosso código civil brasileiro de 2002, tem tudo como deve-se contratar. A probidade e boa-fé é a transparência da honestidade, lisura e retidão de conduta. Na próxima oportunidade falaremos de outros tipos de contratos.
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