turismo A VOCAÇÃO DE LAGUNA PARA O ECOTURISMO
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empreender
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COLUNA ESPECIAL SOBRE EMPREENDEDORISMO COM RAMON GUEDES
polêmica
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REVITALIZAÇÃO DO CANTEIRO CENTRAL DA ORLA DO MAR GROSSO GERA DÚVIDAS
FolhaLagunense Laguna, Sexta-feira, 08 de Agosto de 2014 - Ano 01 - Edição 16 - Distribuição Gratuita
De Laguna, para os lagunenses!
Uma lagunense Bicampeã Brasileira de Karatê Conheça a história de Tayná, a karateca que acumula títulos de peso, mas que sofre com a falta de reconhecimento e patrocínios. P.03
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FolhaLagunense
08 de Agosto de 2014
Expediente Jornal Folha Lagunense Laguna - SC Contato (48) 9608-1889 redacao@folhalagunense.com.br
Impressão Diário Catarinense
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Comercial Romulo Camilo (romulo@folhalagunense.com.br)
Marcinho Rodrigues (mjrfilho@outlook.com)
Tiragem 1.000 exemplares Todas as opiniões expressadas são de inteira responsabilidade dos seus autores. Distribuição Gratuita
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colunaEMPREENDER
> Ramon Guedes ramon@fhoco.com.br www.fhoco.com.br
Há quem tema o empreendedorismo, por que ele é poderoso, tem o dom de revolucionar! Esse termo, cujo a etimologia se explica na França, com a palavra entrepreneur, torna-se um ícone dos países mais desenvolvidos e consequentemente causa a necessidade de ser estudado e explorado por todas as nações que querem prosperar também. Tudo bem, o título desse artigo parece um tanto quanto confuso, mas acalme-se, logo tudo fará sentido e verás que os termos aqui descritos, não passam de metáforas com duplo sentido. Avançar consistentemente, com transformações valiosas, que desconhecem os limites da palavra impossível, que geram empregos e renda, que tiram pessoas da zona do “coitadismo” e principalmente fazem a engrenagem chamada Brasil girar, esse é o efeito de empreender. Muitos dos nossos grandes empreendedores, como Silvio Santos por exemplo, sequer cursaram um ensino superior e mesmo assim alcançaram patamares intangíveis de sucesso e resultados. Mas engana-se quem pensa que o Silvio nunca foi um estudioso. É fato que ele não frequentou um centro acadêmico, porém, sempre estudou aquilo que tinha ao seu alcance, lia todos os jornais da cidade e do país, de ponta a ponta. Acompanhava as notícias da TV e rádio, conversava com amigos e inimigos, era um analista nato, movido pela curiosidade e pelo inconformismo, portanto, nesse ponto de vista, para ser um universitário, não necessariamente você deve cursar uma universidade (claro que isso até os anos 80, por que hoje as regras são outras). No século XXI tudo ficou ainda mais fácil, por que o aprendizado é fundamentado com metodologias e estudos científicos, de fácil entendimento, uma evolução dos tempos em que as cópias de textos escritos eram retiradas nos lendários mimiógrafos (essa palavra não é tão antiga e mesmo assim já não é mais reconhecida pelo corretor ortográfico do Word) que a todo momento precisava ser reabastecido com álcool armazenado em frascos de desodorantes de plástico com um canudo de pvc que borrifava o líquido para fora. Quem nasceu dos anos 90 para frente nem sabe do que eu estou falando. Paciência! A história da humanidade se depara com gênios como Pelé, Ayrton Senna, Albert Stein, Walt Disney, Sócrates, entre outras pessoas com QI muito acima de 150. Mas uma coisa é certa, toda genialidade tem por trás uma história de superação e persistência. Thomas Edison, inventor da lâmpada elétrica, tentou mais de 900 vezes antes de obter sucesso em seus testes experimentais, mas, e se ele tivesse desistido na 50ª tentativa? Ou na 120ª tentativa, ou na 368ª tentativa? A resposta é simples, se ele tivesse desistido, não teria tido a representatividade que tem na história da humanidade, estando entre as pessoas mais geniais de nossa existência.
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Vamos a outro exemplo, de Albert Einstein, que já ficou desempregado como professor na Alemanha, passando sérias dificuldades financeiras e tentou comprovar mais de 200 teorias, para enfim apresentar a Teoria da Relatividade, que revolucionou a física e as nossas vidas. Mais uma vez fica explícita a importância de se persistir, por que se ele tivesse desistido nas centenas de apostas anteriores, não teria alcançado seu resultado final. Portanto, nesse ponto de vista, pode-se afirmar que esses exímios empreendedores da ciência, só alcançaram tamanho prestígio, depois de muita insistência/persistência. Dizia o mestre Einstein que “Tolice é fazer sempre as mesas coisas e esperar resultados diferentes”. A evolução da humanidade está diretamente ligada a junção de 2 fatores fundamentais, sendo eles: 1- ESTUDOS (pesquisas, leituras, entendimentos, reflexões, análises, inconformismo, curiosidade) e; 2- EMPREENDEDORISMO (criar valor, transformar, revolucionar, persistir, inovar, replicar). Um sujeito capaz de entender que através de um livro pode-se conhecer boa parte do mundo, sem sair do lugar, deixa de ser um ser uma pessoa ignorante, para então tornar-se parte do todo, do mundo globalizado. E olha que nem vou entrar no mérito da internet, que nos alimenta ainda mais com uma enxurrada de informações (boas e ruins) a custo zero, ou quase isso. Só para constar, os maiores consultores, empresários e professores do país, compartilham parte do seu conhecimento em redes sociais, gratuitamente. Um sujeito capaz de entender que, são as perguntas que movem o mundo e não as respostas, pode de fato gerar riqueza e transformar a realidade negativa de muitas pessoas. Toda e qualquer pessoa que gere resultados positivos naquilo que faz, independente do que seja, pode ser considerado um empreendedor, portanto, empreenda para um mundo melhor. Unir o conhecimento com a vontade de fazer é como unir a universidade com o empreendedorismo e aí meu amigo, os resultados são imensuráveis e o impossível não é um fato, é só uma questão de opinião. Quer saber de uma coisa, desejo que o EMPREENDERISMO continue nos MATANDO, de ORGULHO!
FolhaLagunense Esporte
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08 de Agosto de 2014
Por Mayra Lima
Bicampeã nacional de Karatê é Lagunense. Por mais que tenha nascido na cidade juliana, Tayná luta por Tubarão. Falta patrocínio. Sonhos Falta pouco para colocar os pés no tatame. Ansiosa, os dedos vão parar na boca. Roer unhas já faz parte do ritual antes de cada luta. No pensamento passam todos os 11 anos de prática, mas ela já sabe, basta executar o treino árduo direcionado para o campeonato. Momentos como esse são vividos por Tayná da Silva desde os seis anos de idade. A jovem, hoje com 17 anos, é bicampeã nacional de karatê e é lagunense. A atleta participou este mês do 30º Campeonato Brasileiro de Karate Do Goju Ryu da IKGA, realizado em Osasco, São Paulo. A competição que também vale como seletiva para o 7º Campeonato Sul-Americano de Karate Goju Ryu por Seleções, previsto para os dias 14 e 15 de novembro de 2014, na cidade de Foz do Iguaçu, PR. Nas categorias escritas, Tayná venceu todas. Foram quatro medalhas de ouro trazidas para Laguna, em luta, kata, luta equipe e kata equipe. Além dos títulos, a lagunense está classificada para o 7º Campeonato Sul-Americano. “Quando estou no tatame o único pensamento que tenho é o de ganhar e desempenhar o que tenho de melhor”, ressalta a jovem. As vitórias são conquista de uma série de treinos realizados regularmente. A prática acontece de duas a três vezes por semana com duração média de três horas. Quando está próximo de campeonato o ritmo aumenta, sendo realizado até em mais de um período do dia. Segundo o Sensei Treinador de Tayná, Fabrício de Souza, a jovem vai longe. “Ela é uma excelente atleta, muito dedicada, determinada e comprometida com o esporte. Tem um grande potencial e tende a realizar grandes feitos pelo karatê”, relata.
Tayná cursa Educação Física na Unisul – Universidade do Sul de Santa Catarina. A jovem tem vontade de ingressar na área tendo sua própria academia. “Quero crescer profissionalmente, na luta e em minha carreira em educação física. Me formar, dar aulas, ter meu próprio negócio e assim lançar meus objetivos profissionalmente”, afirma. A jovem também tem o sonho de atuar em projetos sociais, instruindo a prática do karatê a crianças carentes. A ideia surgiu em parceria com seu pai, Sandro Silva. O nome é “Projeto Lutar”, ele visa ensinar o esporte à 100 crianças. Segundo o pai de Tayná o projeto já foi protocolado, entretanto, ainda não saiu do papel. “Não obtivemos resposta sobre a ideia, mas ainda temos esperança de colocar em prática. Seria uma grande oportunidade e incentivo esportivo para a cidade”, ressalta o policial.
Patrocínio Desde esse ano, a lagunense é patrocinada pela Prefeitura de Tubarão. Em seus campeonatos é pela cidade azul que Tayná compete. “Acredito que falte um pouco de valorização perante o esporte em nossa cidade. É algo bom que não recebe prioridade. Outras questões são mais valorizadas. Mas vamos em frente, não se pode desanimar. Faço o que eu realmente gosto e esse é o meu objetivo”, ressalta. Segundo o sensei de Tayná a falta de apoio ao karatê não vem só da região e sim de forma nacional, mas anda há esperança. “No Brasil tudo gira em torno do Futebol. É difícil garantir patrocínio quando o esporte é outro. Assim como em Tubarão a visão mudou, acredito que no futuro as demais cidades também invistam em seus atletas”, afirma.
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No ano passado a
atleta se classificou para o mundial de Karatê, que acontece a cada dois anos. O evento foi realizado na Índia, mas Tayná não participou, faltou patrocínio. “Para participar eu teria que gastar uns 20 mil reais, o que seria impossível sem auxílio financeiro”, conta a karateca. Em Tubarão, a atleta também tem apoio da Fundação de esportes.
Sobre a prática Karatê é uma palavra japonesa que significa “mãos vazias”. Isto porque o praticante utiliza para a luta apenas suas armas naturais: o corpo e a mente. O principal objetivo da arte é aperfeiçoar o caráter de seus praticantes. A arte enfatiza as técnicas de defesa, diferente de outras formas de lutas que têm o objetivo maior de imobilização e projeção. O treino de Karatê pode ser dividido em três partes principais: Kihon (prática das técnicas básicas), Kata (sequências pré-determinadas de movimentos) e Kumite (encontro de mãos, sendo a luta propriamente dita).
Benefícios Através de treinamentos árduos os praticantes disciplinam o corpo e a mente. A prática constitui como uma forma ideal de exercício, trabalhando todas as partes do corpo. Desenvolve a força, coordenação, equilíbrio, paciência, velocidade e reflexo. Também é um excelente meio de defesa pessoal e indicado para fins terapêuticos. Com tantos benefícios, estudos apontam que a luta torna o organismo menos suscetível à ferimentos e doença.
Tainá faturou quatro medalhas no último campeonato.
Títulos por categorias 1º e 2º lugar no Campeonato Brasileiro da IKGA 3º Lugar na primeira etapa do Campeonato Brasileiro da CBK – Zona Sul 1º e 2º lugar no Ranking Catarinense série A – primeira etapa 1º e 2º lugar no Ranking Catarinense série A – segunda etapa 2º lugar no Ranking Estadual série A – terceira etapa 1 e 2º lugar na Taça Santa Catarina 4 primeiros lugares no Campeonato Brasileiro da IKGA 3º lugar nos joguinhos abertos de Santa Catarina.
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4 DIA DOS PAIS
FolhaLagunense
08 de Agosto de 2014 Por Mayra Lima
Pai de gêmeos, duas vezes! Nesse dia dos pais, nada melhor que contar a história de um lagunense que passou por uma experiência rara.
A gestação de gêmeos é um desafio para qualquer casal, todo cuidado é intensificado. Atenção, comida, roupas e educação sobressaem de forma que passam a tomar a maior parte da vida dos pais. Imagine então passar por isso mais de uma vez. Sim, isso é possível, e aconteceu com o lagunense José Antônio Martins, pai de quatro filhos gêmeos. Mas ele garante, a experiência é um privilégio único. A vida como pai começou cedo para Zezé, como é chamado pelos amigos. Com apenas 19 anos, o lagunense teve seu primeiro casal de gêmeos. Na época sua esposa, Gizelle Mauricio Silva, tinha 17 anos, eles eram apenas namorados. Quando soube da notícia, Zezé ficou surpreso. “Foi uma felicidade enorme, sem tamanho. Eu trabalhava em Florianópolis, só vinha para casa nos finais de semana. Quando os bebês completaram nove meses também foram para lá. Minha mãe participou ativamente da criação do primeiro casal, queria ter aproveitado mais essa fase. Já no segundo casal de gêmeos, participei de forma mais ativa”, ressal-
ta. Depois de seis anos Gizelle engravidou novamente. Zezé recebeu a ligação com a novidade. A pergunta saiu instantaneamente. “São dois? Eu perguntei. Ela falou: como tu sabe?”, conta em meio a risos. Segundo o comerciante a alegria foi imediata. “Senti a mesma sensação de quando tive os primeiros”, relata. Quando chegaram os outros dois filhos, Zezé e Gizelle voltaram a morar em Laguna. “Aqui tínhamos uma casa grande para suportar toda a família”. Na segunda geração de bebês, os dois primeiros gêmeos já ajudavam a criar os novos integrantes da família. Mas o lagunense afirma, os quatro não deram trabalho. “Não é porque são meus filhos, mas eles sempre foram muito calmos, dormiam cedo e acordavam tarde. Deu tempo de aproveitar tanto eles, quando me divertir com a minha esposa”.
Relação entre os filhos Para Zezé, é importante estar presente. “Sempre fomos muito parceiros e amigos. Compartilhamos tudo, sem medo nem tabus. Muitas vezes
Zezé acompanhado da esposa Giselle e os dos quatro filhos. eles chegavam em casa, depois das festas e nos acordavam para contar como foi, em detalhes. Eu dizia: vocês não podem falar amanha não?” conta Zezé sem esconder as gargalhadas.
gravidez, Tamires. Mesmo sem estarem juntos durante a semana, sábado e domingo é sagrado, eles fazem o máximo para reunir a família.
A liberdade é o primeiro passo, para manter uma boa relação é preciso estabelecer um vínculo de amizade. “Procuro deixar eles bem à vontade, para conversarmos sobre qualquer coisa que aconteça. Temos uma relação de muita cumplicidade. Acredito que a primeira pessoa que eles precisam confiar são os pais. Com esse contato nós sempre vamos saber o que está acontecendo e assim ajudar e orientar em qualquer ocasião, sem precisar que ele procure ajuda fora”.
Zezé e Grazielle estão há 29 anos juntos. Durante todo esse tempo a relação sempre foi de carinho e cumplicidade. “Minha esposa é muito guerreira e parceira. Todos os momentos, tanto de dificuldade quanto de alegria ela esteve ao meu lado, presente. Só tenho a agradecer pela família maravilhosa que tenho”, declara com um grande sorriso no rosto.
Cada filho mora em um local diferente, Denise em Blumenau, Guilherme em Florianópolis, e Taise está no Acre. Quem mora com os dois é a gêmea mais velha da segunda
Parceria entre casal
Sobre ter mais filhos Grazielle e Zezé decidiram parar por ali. A médica que acompanhava a gravidez deixou claro que havia a possibilidade grande de vir trigêmeos da próxima vez. Hoje, eles já são avós e a família só tende a aumentar. Em datas comemorativas é uma festa só.
Para Zezé o importante é manter todos unidos.
Dia dos pais Não há como negar. Serão muitos presentes. Filhos, genros e agora uma netinha. O dia dos pais será comemorado em grande estilo. Sobre o privilégio de ser pai Zezé afirma que a experiência é única e que o maior presente que ele pôde receber é a chegada de seus quatro. Para os papais e futuros pais ele deixa um recado: “Tragam seus filhos para mais perto de vocês. Muitos reclamam sobre a falta de proximidade, dizem: Eles não falam comigo, mas falam com os amigos. O problema é que falta demonstrar espaço e essa interação deve partir primeiramente dos pais. Escute seus filhos”, sublinha.
FolhaLagunense
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08 de Agosto de 2014
Turismo
Laguna: vocação incontestável para o turismo de natureza A experiência saudável de vivenciar paisagens que nunca se repetem é um dos benefícios que só o Turismo de Natureza pode proporcionar. Laguna pode ser considerada um campo de exploração a ser contemplado. Mas engana-se quem pensa que esse tipo de turismo fica só nisso, ele também engloba ecoturismo, turismo de aventura e até educacional. Aqui, qualquer canto pode ser uma oportunidade de se envolver com a natureza. Observação de botos, de baleias, caminhadas em morros e na beira da praia, passeios de bicicleta, surfe, canoagem e outras modalidades aquáticas formam a variada gama de opções que vão da praia de Itapirubá ao Farol de Santa Marta, entorno de 20 praias. Aos seus 338 anos, prestes a completar nesta terça-feira (29), Laguna tem vocação para se tornar um dos destinos preferidos dos amantes da natureza. Praias desertas como a
do Gravatá e a Manelone (também conhecida como Praia do Siri) reservam cenários exuberantes. Para chegar lá somente por trilhas a pé, carros não chegam. Mas vale o esforço. A vista não decepciona. O interior da cidade é um campo ainda inexplorado. Região de morros. Alguns aventureiros já se arriscam de bicicleta pelas trilhas morro abaixo. Exitem muitas por ali, mas há guias turísticos que exploram a região. Cachoeiras podem ser vistas em quase todas as comunidades. A mais famosa, do Parobé, quando está cheia, é um espetáculo da natureza, praticamente intocada. A maioria dos freqüentadores ainda são moradores locais. Os turistas e curiosos são bem vindos. Para chegar, é só entrar no acesso ao distrito de Ribeirão Pequeno, um composto de vilarejos que preserva o passado e o estilo religioso. Outro “interior” que enche os olhos, na fronteira com Imaruí, é o Perri-
xil. Lagoa calma, protegida do vento e com uma vegetação encantadora. Quem olha pensa: aqui é Laguna? Sim, essa terrinha surpreende até quem vive aqui há muito tempo. São tantos os lugares para conhecer, que alguns anos são poucos para isso.
Agência e Operadora de Turismo Av Colombo Machado Salles, 145, sala 103 Laguna, SC - 88790-000 acores_turismo@outlook.com Tel: (48) 9132 6444 / (48) 9942 4485
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FolhaLagunense
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coluna
Marcinho Rodrigues marcio@duarterodrigues.adv.br Eu e meu tijorola. Um amigo certa vez pediu uma opinião sobre comunicação. Como era hoje e como será ontem. E isso me fez lembrar como o tempo passa e vamos ficando mais velhos... Feito um piano caído do céu, a vida faz um estrondo na sua frente. Mostre para uma criança um disquete, e veja sua reação. É, meu velho... Você está ficando. Lembram do Motorola Startac? Aquele era o menor telefone da época, custava uma fortuna. Modelo clamshell (formato de concha)... Àquela altura, era o topo de linha. O menor telefone do mercado. E era caríssimo! E ainda havia quem achasse bonito usar aquilo preso ao cinto da calça! O mote era quanto menor, melhor. E então vieram telefones menores, menores, menores... Mas parece que essa curva do tamanho do telefone celular deu uma guinada. Curiosamente, a tendência é que se fabricassem telefones cada vez mais portáteis. Mas parece que o mercado teve uma ideia incrível: “E se fizéssemos itens maiores? A pessoa vai precisar de uma bolsa para carregar. Então vamos fazê-los ainda mais caros. E ela poderá carregar ainda outras coisas mais. E a bolsa poderá custar muito caro!”... É quase genial!
O peso de um smartphone Celulares eram tão raros e exclusivos – seu filho não teria um com dez anos, jamais – que nos forçavam a visitar a casa de pessoas conhecidas. Aí aproveitava e tomava um café, fumava um cigarro, ria-se um bocado... jogava conversa fora. E nossa! Como isso é bom. O jeito de hoje é um tanto diferente. Nossas aparências são vítreas. Temos barreiras mais curtas. Contatos distantes em tempo real. Agora nossa vida tem alta definição, é banda larga. Em formato widescreen (16:9). Sem o calor do abraço, no entanto. E como será melhor a vida? Gosto muito de me comunicar com o papel pois consigo expiar minhas emoções na expressão do punho contra o papel. Estamos tão 2014 que atualmente nos exprimimos com toques. E nem mais no teclado? Como apertar a tela de um smartphone bem forte... A relação com o papel é afável: a pena da caneta o acaricia com carinho. Ler em papel é muito melhor, a propósito. O cheiro do livro recém aberto, cheio de histórias. Em razão do hábito, tenho uma boa caligrafia. Como é a sua letra? Vejo muitos amigos médicos ao meu redor... Fui comprar um telefone de segurança, e perguntei por acaso quanto custaria o iPhone: Pasmo, ouvi que o modelo de entrada partia de R$ 2.799,00. Quanto tempo sem comer necessita uma pessoa que recebe um salário-mínimo para poder comprar? Curiosamente, esse modelo já tem prazo de validade, pois em breve será lançado o modelo 6... E o 7... Ah, espere. Virá o 6S. Não, não comprei um iPhone. Comprei um desses cheios de teclinhas de apertar com os dedos, lanterna e uma puta bateria, bem old school.
A vida em drágeas Observei aqueles senhores um à frente do outro. Dois habitantes dessa mesma terra. Dois sem-teto. Um à frente do outro. Na calçada, regozijava o rapaz com sua placa em que estava escrito “Tenho fome”. Igualmente sem-teto, o empresário, dentro de sua Ferrari Scaglietti conversível.
Educação
Por Mayra Lima
Udesc disponibiliza disciplinas isoladas para comunidade Para aqueles que têm interesse em buscar novas experiências a Udesc, Universidade do Extremo Sul Catarinense, tem disponibilizado ingresso nas disciplinas que não completam turma cheia. Para participar basta ter o ensino médio completo. A oportunidade acontece à cada início de semestre. As matérias disponibilizadas variam de acordo com a demanda de alunos. “É feito um processo de avaliação para calcular quais as matérias com vagas livres. O interessado deve vim até a Udesc no começo do semestre para verificar quais as matérias disponíveis”, explica o coordenador do curso de Arquitetura, Kleyser Ribeiro. A estudante Marcele Oriano faz Engrenharia Civil na Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina. Assim que soube da oportunidade, ela logo foi procurar a Udesc. “A oficina de desenho estava disponível. Essa é uma forma de buscar um conhecimento diferenciado que só tende a agregar ao meu currículo como engenheira”, ressalta. Os participantes ganham um certificado como validação de conhecimento, com nota, carga horária e programa da disciplina. Por semestre, apenas duas matérias isoladas podem ser feitas.
Segundo Fabrício Adrino, auxiliar de secretaria da Udesc, essa também é uma forma de conhecer os cursos. “A legislação da universidade permite que as vagas desocupadas sejam abertas à comunidade. Essa também é uma oportunidade de ter um contato maior com a universidade. Muitos fazem as disciplinas com o intuito de se inteirar sobre as graduações”. A universidade concede apenas um dia para a realização de matricula das matérias isoladas. Para este semestre as vagas já estão preenchidas. Entretanto, os interessados devem ficar atentos para não perder a próxima oportunidade.
FolhaLagunense
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Mar Grosso
Trocar o certo pelo duvidoso! Plantas consolidadas da Avenida Beira Mar serão trocadas por novas Palmeiras.
Poucas coisas cresceram tanto no mundo nos últimos anos, como a preocupação com o meio ambiente. Até a legislação nos países tem sido cada vez mais rigorosas com a questão. No Brasil, por exemplo, animais, terras e plantas têm sido objetos de discussão em diversas esferas, com intuito sempre da manutenção do que ainda se tem, teoricamente, preservado. Em Laguna a coisa não é diferente. Assim como há movimentos por parte do Ministério Público para que construções em áreas de Marinha ou em reservas ambientais sejam retiradas ou não mais permitidas, órgãos ambientais também têm seguido o
mesmo caminho em proibir retiradas de plantas nativas desmedidamente. Isto é, atualmente esta cada vez mais difícil retirar ou construir algo ambientalmente ilegal. Do contrário, é evidente a intenção de que áreas verdes sejam mantidas e até desenvolvidas. A preocupação para que a vegetação seja mantida em ordem, assim como a proposta também, por exemplo, para que as dunas do Mar Grosso permaneçam e/ou voltem a crescer, nas partes que há pouco tempo não existiam mais, são ações recorrentes da realidade de Laguna. Mas boa parte da população que espera um planejamento nesta ordem, afim de que as coisas melhorem e fiquem mais bonitas, nesta semana, ficou estarrecida com a retirada das Casuarinas e Napoleões que enfeitavam parte do canteiro central da Avenida Maurilio Kfouri (Beira Mar), no Mar Grosso. A justificativa por parte da Secretaria de Obra para a retirada daquelas plantas é baseada na falta de ordena-
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Na conversa com o Folha Lagunense, o Secretário
de Obras Renato de Oliveira, o Checo, foi claro em afirmar ter a liberação da Flama (órgão ambiental do município) para a retirada das plantas e que pretende revitalizar todo o canteiro. Checo relatou ter ganho as novas palmeiras que serão plantadas e afirmou que a Prefeitura não terá custo algum, pois usará a mão de obra e o maquinário próprio. Sobre a situação de que serão plantadas um tipo de planta que já não vingou antes, Renato foi enfático: “Vou replan-
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Nas redes sociais a população em grande maioria se mostra incrédula com o sucesso dessa nova tentativa e levanta entre muitas dúvidas, o motivo real para a intervenção naquele local, enquanto outras partes da cidade, em que uma ação da Prefeitura se justifica necessária, não acontece.
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tar as palmeiras, mas dessa vez teremos todos os cuidados”.
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Toda esta situação pegou a população de surpresa e gerou grande dúvida, pois na revitalização da orla foram plantadas cerca de 200 palmeiras semelhantes e, aparentemente, nenhuma vingou. “Juro que não entendo este tipo de coisa. Ali era a parte mais bonita do canteiro da orla, pois tinha vegetação há anos consolidada e, pelo que sei, era mantida inclusive por alguns moradores dos prédios em frente. Agora acabaram com parte disso pra plantar uma árvore que já não deu certo. Juro que não entendo” desabafou a Senhora Marilene Oliveira, que diariamente caminha pela região.
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mento e por considerarem que aquele local é (ou era) feio. “Um vem e bota um banco, outro vem e coloca uma pedra. Tá tudo desordenado, está poluído e horrível o negócio” comentou o Secretário Renato de Oliveira. No local serão plantadas novas Palmeiras-Reais e Butiazeiros, que serão retirados durante as obras da Avenida João Marronzinho.
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Para a população aquela parte do canteiro da orla era considerada a mais bonita, para o Poder Público foi tachada como “horrivel”. Por este motivo, nesta semana, a Secretaria de Obras do município ordenou a retiradas das plantas no local, com o objetivo de reorganizar aquela parte do canteiro, enquanto o resto da via permanece sem cuidados, plantas e atenção.
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08 de Agosto de 2014
FolhaLagunense
Patrimônio
Projeto de restauro do Clube Blondin é finalizado Qual a relação de um equilibrista francês com o centro histórico de Laguna? A resposta está localizada na esquina da rua Jerônimo Coelho com a Angelo Novi. O prédio branco com janelas azuis tombado pelo patrimônio recebeu o apelido do aventureiro Jean François Gravelet, depois que jovens atletas lagunenses fundaram um grupo de ginástica. O Clube Blondin, dentro do Programa de Aceleração das Cidades Históricas, será restaurado.
Reconstrução De acordo com o arquiteto Flávio Alípio, da Secretaria de Planejamento Urbano, uns dos responsáveis pelo projeto, as intervenções serão no casarão, sendo que o uso da edificação deverá ser consolidado como clube. Na área lateral será construído uma área de acesso com rampas para acessibilidade. Também a construção do bar e cozinha; recuperação do jardim; rampas de acesso; tratamento paisagístico e acesso ao camarim, também reconstrução do anexo, readequação dos banheiros, camarim e palco. “Os principais danos se devem a problemas de umidade devido a infiltração provenientes da cobertura, ausência/inadequação de manutenção e infestação por animais. O anexo onde se localiza o campo de showboll, o qual foi recentemente reformado, não será contemplado pelas novas obras”, explica. O salão terá capacidade
Foram solicitados ao Ministério da Cultura R$ 3 milhões para a revitalização completa. Considerado pelos técnicos da Secretaria de Planejamento Urbano, o edifício com mais precariedade em sua infraestrutura dos beneficiados pelo programa. Além do histórico Blondin, também serão restaurados o Clube Congresso, sede da banda Carlos Gomes, arquivo municipal, casa de Anita, antiga estação ferroviária e no setor urbano, a rua Raulino Horn e calçadão.
aproximadamente 300 pessoas sentadas, aberturas para iluminação e ventilação natural. A atual diretoria acompanhou a elaboração do projeto.
Clube de ginastas No ano de 1887 jovens atletas lagunenses, apaixonados pelos feitos extraordinários do “Incrível Blondin” fundaram um clube de ginástica. Francês de nascimento, Jean François Gravelet, tornou personagem de fama mundial, sob o nome artístico de Blondin. Sobre uma corda bamba, atravessou o desfiladeiro das Cataratas do Niágara, um vão de 350 metros de extensão, a uma altura de 50 metros. Fez várias vezes com os olhos vendados. Ficou conhecido mundialmente. O clube de ginástica lagunense logo passou a promover saraus e transformou-se no clube social mais importante de Santa Catarina, congregando o mais re-
presentativo da sociedade. Em meados de 1945 construiu a sede, que até hoje permanece, obra do presidente e médico Paulo Carneiro. Antes, em 1907 é construída a primeira sede do clube, localizada na Praça Vidal Ramos, onde hoje funciona o Iphan. O Clube Blondin foi durante um século inteiro o lugar de encontro da sociedade lagunense, cenário de bailes, apresentações de orquestras internacionais. Também festejos de carnaval, onde reinavam os blocos de salão com suas luxuosas fantasias, os “Bola Preta e Bola Branca”, dos grandes saraus, dos encontros das famílias de destaque, dos esplendorosos bailes de debutantes e do tradicional “Baile do Champagne”, onde pontificava o “Conjunto Melódico Ravena”. Devido a situação de precariedade, ao longo dos anos, as atividades sociais deixaram de existir. A intenção com a reforma é retornar ao que era antes.
Os projetos contemplados pelo Pac das Cidades Históricas: 1 - Requalificação Urbanística do Centro Histórico - 1ª Etapa – rua Raulino Horn e Largo do Rosário; 2 - Etapa final da restauração do casarão do Clube União Operária; 3 - Restauração da Casa de Anita Garibaldi; 4 - Restauração do sobrado da Sociedade Musical Carlos Gomes; 5 - Restauração da Casa Candemil; 6 - Restauração da antiga subestação de energia; 7 - Restauração do casarão da Sociedade Recreativa Clube Congresso; 8 - Restauração da Antiga Estação Ferroviária; 9 - Restauração do casarão do Clube Blondin.