Coleção Sempre Viva - MANUAL DO PROFESSOR - Maternal (2 anos)

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MATERNAL Angelita Machado Pedagoga. Consultora pedagógica. Autora de artigos e livros de Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Andréa Calaes Pedagoga. Coordenadora de Educação Infantil. Pós-Graduada em Orientação Educacional e Mestre em Educação.



SUMÁRIO Apresentação: A Coleção Sempre Viva ..................................................................4 Contribuições da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ..............................4 1ª parte – A criança e o currículo ............................................................................4 1. A criança de 2, 3, 4 e 5 anos .........................................................................5 2. Orientações psicopedagógicas .....................................................................9

Rotina escolar – direito: PARTICIPAR...............................................................9

3. Os eixos estruturadores e os seis direitos de desenvolvimento e aprendizagem na Educação Infantil................................................................9

2ª parte – A Coleção Sempre Viva e o livro didático............................................12 4. Estrutura da Coleção.....................................................................................12 5. Estrutura dos livros.........................................................................................13 6. Distribuição dos conteúdos por campo de experiência................................13 7. Orientações específicas................................................................................16 8. Sugestões de literatura infantil.......................................................................16 9. Referências....................................................................................................17 10. Anexos...........................................................................................................20

Subsídios para os temas desenvolvidos.......................................................20

Interação e brincadeiras para crianças de 2 anos..........................................9

Os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança................10

Organização curricular da Educação Infantil por campos de experiências......10

Avaliação na Educação Infantil de acordo com a BNCC..............................11

Textos complementares..........................................................................................33

Os pressupostos básicos da avaliação de acordo com a BNCC da Educação Infantil........................................................................11

1. Maternal: a importância de um bom começo................................................34

Pontos importantes para o processo de avaliação na Educação Infantil...........................................................................................12

2. Brincando e aprendendo no Maternal...........................................................35 3. A criança e o desenho...................................................................................36

Recursos para a avaliação na Educação Infantil..........................................12 Sobre relatórios e portfólios...........................................................................12 Registros de avaliação...................................................................................12

Livro 1...................................................................................................................21 Livro 2...................................................................................................................26

4. Avaliação da Educação Infantil: o portfólio...................................................37 5. A Educação Infantil: cuidar e brincar............................................................39 6. Legislação pertinente....................................................................................41


Apresentação

coordenar e compreender necessidades e pontos de vista diferentes dos seus, socializando-se.

A Coleção Sempre Viva

• Interagir com o meio ambiente (social, cultural, natural, histórico e geográfico) de maneira independente, alerta e curiosa. Isto é, estabelecendo relações e questionamentos sobre o meio ambiente, os conhecimentos prévios de que dispõe, suas ideias originais e as novas informações que recebe.

Os livros didáticos da Coleção Sempre Viva apresentam uma nova opção de suporte para o trabalho pedagógico nas escolas e estão comprometidos com a educação de qualidade e a formação integral dos alunos. Elaborado a partir de uma concepção atualizada de aprendizagem e ensino, este material didático é atraente e desafiador para o aluno, tornando-se um apoio significativo para a atuação pedagógica e o trabalho dos professores. É importante registrar que os livros seguem as mais recentes determinações e orientações do MEC. As autoras, atentas à BNCC e às Diretrizes Curriculares, abordam, de forma criativa, instigante e contextualizada, temas relevantes para as novas gerações, como a preservação do meio ambiente, as relações inter-raciais e a indígena, a inclusão e a brincadeira, estimulando a interação entre o professor, o aluno e o conteúdo. Nos livros da Educação Infantil para crianças de 2, 3, 4 e 5 anos, os professores encontrarão subsídios para o desenvolvimento do trabalho tendo como base os cinco campos de experiência propostos pela BNCC. O caminho para a alfabetização é naturalmente percorrido, de acordo com o processo evolutivo dos educandos. A perspectiva interdisciplinar que caracteriza a Coleção é garantida pelos enredos criados, alinhavando os vários itens do programa num todo significativo, que favorece a compreensão e o aprendizado. A Coleção é enriquecida com material lúdico e atraente, constituído de livros, contos clássicos, cartazes, portfólios, entre outros, elaborado por especialistas e educadores experientes. As ilustrações, a cargo de profissionais inventivos e antenados com o mundo infantil, dão o toque artístico, bem-humorado e colorido, muito a gosto do público-alvo. A Coleção Sempre Viva para a Educação Infantil foi pensada e elaborada para oferecer ao professor uma proposta de trabalho que favoreça a construção do conhecimento pelos alunos. Nessa perspectiva, tem como objetivos garantir os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança e levá-la a: • Sentir-se segura e acolhida no ambiente escolar, utilizando esse espaço para ampliar suas relações sociais e afetivas, estabelecendo vínculos com outras crianças e adultos ali presentes, a fim de construir uma imagem positiva de si mesma e dos outros, respeitando e valorizando a diversidade.

• Apropriar-se das múltiplas linguagens construídas pela humanidade (oral, escrita, matemática, corporal, plástica e musical), de acordo com suas capacidades e necessidades, utilizando-as para expressar seu pensamento e suas emoções, a fim de interagir, comunicando-se com as outras crianças e os adultos. Contribuições da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Conhecer o texto da BNCC e seguir suas orientações é importante para a escola que pretende atender às necessidades de sua clientela e às exigências da sociedade moderna, despertando “o prazer como força dinamizadora do conhecimento” (Hugo Assmann). Sua principal contribuição está em estimular os professores ao estudo, à reflexão e ao diálogo, para repensar e atualizar sua interação com os alunos e com o conhecimento. A BNCC também favorece a articulação entre fundamentação teórica, orientações didáticas, objetivos, definição de conteúdos e de critérios de avaliação, para a coerência do planejamento. Na BNCC, os professores encontram suporte de qualidade para elaboração e operacionalização de sequências didáticas e projetos que trazem a vida para dentro dos currículos, contextualizam os conteúdos e atendem as necessidades de aprendizagem significativa dos alunos.

1ª parte – A criança e o currículo 1. A criança de 2, 3, 4 e 5 anos Para trabalhar com crianças de 2, 3, 4 e 5 anos, é preciso ter consciência de que esta é uma faixa etária muito especial, que exige cuidado e atenção. As crianças têm de ter respeitadas suas características, o estágio de desenvolvimento, assim como suas necessidades físicas, sociais, cognitivas e afetivas. O planejamento pedagógico deve ser flexível, sem a preocupação de vencer conteúdos de uma dada proposta e, muito menos, de preparar a criança para o ano escolar seguinte. A partir dos 2 anos, a criança vai, aos poucos, formando sua identidade. Nessa fase, ela já pode perceber a diversidade e começa a aceitar a convivência numa sociedade multicultural. Por isso, é preciso propiciar uma educação livre de preconceitos e que ensine a criança a respeitar as diferenças. É também importante acompanhar o que a criança assiste na TV, já que ela pode absorver muito dos estereótipos de cultura

• Tornar-se, cada vez mais, capaz de desenvolver as atividades nas quais se engaja de maneira autônoma, e em cooperação com outras crianças e adultos. Dessa forma, a criança torna-se capaz de desenvolver a capacidade de começar a

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transmitidos pelos programas e anúncios, comentando os conteúdos, pois nessa idade começa a entender argumentações. Nessa fase, a criança já é capaz de conviver e brincar com seus pares, portanto, é a hora de ensinar a partilhar e a emprestar os brinquedos.

Atividades como jogar a bola para cima ou chutá-la ajudam a desenvolver a coordenação mão-olho e a aprimorar a coordenação motora necessária para aprender praticamente tudo o que vem pela frente – de como segurar um lápis a como andar de bicicleta.

Características das crianças dessa faixa etária

MATERNAL (2 anos)

Desenvolvimento motor

Manipula e utiliza objetos com as mãos, como um lápis de cor para desenhar ou uma colher para comer sozinha; É capaz de realizar pequenas corridas e chutar bola, porém, sem muito equilíbrio; Dança ao ouvir o som de uma música; Gosta de ver livros e já é capaz de virar uma página de cada vez; Começa a definir sua lateralidade, dando preferência para os membros (mãos e pés) de um lado (direito ou esquerdo); Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (intestinos e bexiga); Começa a participar com certa autonomia das atividades cotidianas, como vestir-se e calçar, guardar brinquedos, colocar copo sobre a mesa, etc.

EDUCAÇÃO INFANTIL 1 (3 anos)

Aos 3 anos, a criança faz grandes progressos nas competências motoras grossas (correr e saltar) e finas (abotoar, desenhar); É nessa fase que mostra preferência em utilizar a mão esquerda ou a direita; Sobe escadas alternadamente e desce sem alternância; Já apresenta equilíbrio breve sobre um pé; Salta de degraus baixos; Come com garfo e colher; Lava as mãos, mas pede ajuda para secá-las; Anda na ponta dos pés e dança; Pode saltar a uma distância de 30 a 40 centímetros.

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EDUCAÇÃO INFANTIL 2 (4 anos)

Apresenta rápido desenvolvimento muscular; Tem bastante domínio dos grandes músculos; Apresenta relativa autonomia no domínio do corpo: escova os dentes; Penteia-se, veste-se com pouca ajuda.

EDUCAÇÃO INFANTIL 3 (5 anos)

Apresenta domínio dos pequenos músculos; Tem autonomia para cuidar da higiene do corpo; Veste-se e despe-se sozinha; Salta num só pé.


MATERNAL (2 anos)

Desenvolvimento cognitivo

Usa o próprio nome e nomeia pessoas; Relaciona o que fala com situações concretas; Nomeia partes do corpo; Combina duas palavras para exprimir posse; Mostra com os dedos a idade; Reconhece: “grande”, “pequeno”, “em cima de”, “embaixo de”, “dentro”, sob nomeação; Compreende o “onde”, respondendo adequadamente; Possui vocabulário de 50 a 100 palavras; Pode relacionar cores primárias e nomear uma cor; Aponta ou faz gestos para mostrar alguma coisa ou para expressar seus desejos; Traz objetos familiares de um cômodo para outro quando solicitada; Obedece a ordens simples; Pergunta “por que”, responde “sim” e “não”; Começa a fazer frases simples; Encontra coisas, mesmo quando escondidas sob mantas ou outros objetos; Começa a classificar formas e cores; Conclui frases e rimas em livros infantis; Realiza jogos simples, faz imitações/ representações, brinca de faz de conta; Constrói torres de quatro ou mais blocos; Segue instruções de duas etapas, como, por exemplo: “Pegue os sapatos e coloque-os no armário”; Faz tentativas de contagem recitando alguns números sem sequenciação.

EDUCAÇÃO INFANTIL 1 (3 anos)

Inventa palavras e entoa canções e rimas; Gosta de ter longas conversas; Conhece algumas letras do alfabeto e até palavras mais familiares; Pode saber escrever o próprio nome, mas não compreende como a escrita funciona; Faz muitas perguntas e responde facilmente às perguntas que lhe são feitas; Percebe e relata seus feitos de sucesso; Começa a distinguir ontem, hoje e amanhã, embora com alguma dificuldade; Percebe a rotina diária registrada, fazendo uma pseudoleitura sobre o que sucede; Pode atender a um pedido com três ações distintas; Compreende conceitos matemáticos básicos, mas necessita de ajuda na representação: quantidade, tamanho, posição, texturas, cores, distâncias; Consegue concentrar-se de 10 a 15 minutos em uma atividade; Capaz de ordenar objetos do mais baixo para o mais alto, do menor para o maior; Conta de 5 a 7 objetos (não há constância nessa habilidade) em voz alta, embora nem sempre na ordem correta ou associando as quantidades corretamente; Reconhece de três a oito cores e de três a quatro formas; As frases são maiores (três ou mais palavras) e o vocabulário é mais extenso (300 a 1000 palavras), o que facilita a comunicação; Começa a descrever o que vê ou faz e a usar palavras para qualificar (o carro azul da vovó).

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EDUCAÇÃO INFANTIL 2 (4 anos)

Incorpora rapidamente vocabulário novo; Conhece de 1500 a 2000 palavras; Manifesta muito interesse pela língua escrita; Articula bem as palavras e constrói frases estruturadas; Estabelece relações simples de grandeza, comparando objetos; Ainda tem dificuldades em incluir, seriar e conservar quantidades; Começa a compreender que os desenhos e símbolos podem representar objetos reais; Identifica algumas propriedades dos objetos; Reconta histórias e relata fatos, às vezes misturando realidade e fantasia; A orientação espacial está sendo construída e apresenta pouca orientação temporal; Distingue sons, canta e dança com algumas limitações; Idade da fantasia, do imaginário.

EDUCAÇÃO INFANTIL 3 (5 anos)

Fala fluentemente a língua materna, utilizando plural, pronomes e tempos verbais como seu grupo social; Segue instruções e aceita ser corrigida; Conhece os símbolos culturais de seu grupo social e os veiculados pela mídia; Reconta histórias; É capaz de agrupar e ordenar objetos; Entende conceitos de espaço e está construindo os conceitos de tempo; Tem concentração ainda limitada; Identifica e distingue com facilidade sons não vocais e vocais; Reproduz ritmos simples com as mãos e os pés; Distingue bem cores, formas, tamanhos e posições, mas tem dificuldade com detalhes internos das imagens e lateralidade; Consegue atender a um pedido com duas ou três ações distintas.


MATERNAL (2 anos)

Imita os outros, especialmente adultos e crianças mais velhas; Fica entusiasmada com a presença de outras crianças; Evidencia crescente independência e algumas vezes toma iniciativa para buscar contato social; Brinca principalmente sozinha, lado a lado com outras crianças, mas começa a mostrar sinais de querer incluí-las nas suas brincadeiras.

Desenvolvimento social

EDUCAÇÃO INFANTIL 1 (3 anos)

Mostra-se mais independente dos adultos e gosta de obter a aprovação destes; Aprecia e é capaz de conviver e brincar com outras crianças, preferencialmente com aquelas que têm a mesma idade; Brinca com crianças de ambos os sexos, mas tem preferência por brincar com crianças do mesmo sexo que o seu; Começa a partilhar objetos com outras crianças e o faz, por vezes, a partir da intervenção de um adulto; Gosta de liderar e de alterar as regras da brincadeira à medida que brinca; Chama os colegas pelo nome e queixa-se sobre eles aos adultos quando precisa de ajuda; Começa a criar seu grupo de amigos; Gosta de contar histórias e anedotas – muitas vezes sem nexo – aos adultos; Pergunta muito “por quê?”; Gosta de brincar de personagens, imitando professor, mãe, pai, médico, motorista; Às vezes, encontra um jeito não adequado para expressar que gostaria de brincar com alguém, tomando um brinquedo ou brigando, por exemplo; Algumas crianças conseguem resolver seus conflitos por conta própria, mas a maioria ainda pede socorro a um adulto. Outras aprendem a negociar, encarando o desafio.

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EDUCAÇÃO INFANTIL 2 (4 anos)

É curiosa, gosta de explorar lugares e objetos; Gosta de conversar, saber o como e o porquê dos fatos; Gosta de brincar com outras crianças; Por não ter superado ainda completamente o egocentrismo, tem dificuldade em seguir regras, receber restrições e atender a elas; Brinca sozinha e qualquer objeto ganha personalidade em seus jogos; Gosta de imitar os adultos.

EDUCAÇÃO INFANTIL 3 (5 anos)

Concentra-se mais, focando-se na tarefa ou brincadeira; Conhece as diferenças de sexo e prefere brincar com crianças do mesmo sexo; Brinca de forma independente; Começa a ser capaz de esperar sua vez e de partilhar, superando a fase do egocentrismo.


MATERNAL (2 anos)

Desenvolvimento emocional

Desenvolvimento moral

EDUCAÇÃO INFANTIL 1 (3 anos)

EDUCAÇÃO INFANTIL 2 (4 anos)

EDUCAÇÃO INFANTIL 3 (5 anos)

Momento de passagem da fase de dependência absoluta para certo grau de independência e, portanto, uma etapa de constituição da própria subjetividade. Isso é fonte de muitas emoções e medos, o que leva com frequência a reações extremas de descontentamento ou euforia; Demonstra comportamentos desafiadores (desobedecendo a ordens e fazendo coisas que lhe foram proibidas, fazendo birra); Começa a perceber a si própria como ser individual, aprende a contestar e a dizer não.

Tem dificuldade em separar a realidade da fantasia; É entusiasmada e tem muita pressa em tudo; Tem imaginação muito viva e aguçada; Já aprendeu a mentir para se proteger, mas ainda não percebe o que é uma mentira; Sente ciúme dos pais, amigos, professores, brinquedos; É mais cooperativa e gosta de participar; Gosta de se exibir, e também de exibir seus pertences, demonstrando confiança em si mesma; Começa a perceber o que é o perigo e pode ter medo de muitas coisas, inclusive do escuro e de “monstros”, fantasmas e palhaços; Ainda faz birras, normalmente em relação a pequenas coisas; É capaz de sentir raiva e frustração, principalmente quando algo não acontece como queria ou esperava; Exprime o descontentamento/raiva mais verbalmente do que fisicamente; Já faz ameaças para se defender ou defender uma ideia/opinião/desejo; Pode criar um “amigo imaginário”, com quem passa a interagir como se fosse real.

Os pesadelos são frequentes; sente medo; Tem amigos imaginários e grande capacidade de fantasiar; Testa frequentemente o poder e os limites do outro; Apresenta comportamentos desafiantes e opositores; Tem confiança crescente em si e no mundo.

Preocupa-se em agradar aos adultos; Apresenta maior sensibilidade com relação às necessidades e aos sentimentos dos outros; Envergonha-se facilmente.

Anomia – a criança passa por uma fase pré-moral, segundo Piaget, caracterizada pela anomia. As regras são seguidas pelo hábito e não por uma consciência do que é certo ou errado. A criança chora até conseguir algo. Chora para conseguir ir para o colo dos pais, chora para conseguir se alimentar e chora para conseguir um brinquedo.

Começa a distinguir o certo do errado; As opiniões dos outros acerca de si própria começam a ter importância para a criança; Consegue controlar-se e é menos agressiva; Se não encontra outra saída, utiliza ameaças verbais extremas – por exemplo: “eu te mato!” – sem ter noção das suas implicações; Não compreende nem memoriza regras, mas obedece a elas.

Já percebe o certo e o errado e preocupa-se em fazer o certo; Tem dificuldade em assumir seus erros e culpa outros por eles; Pode acatar limites combinados.

Para não desagradar aos adultos, costuma mentir ou culpar outros pelo que fez; Começa a obedecer a regras e limites, passando da anomia para a heteronomia.

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3. Os eixos estruturadores e os seis direitos de desenvolvimento e aprendizagem na Educação Infantil

2. Orientações psicopedagógicas • Rotina escolar – direito: PARTICIPAR A rotina é muito importante na vida das pessoas. Com as crianças não é diferente, muito menos na Educação Infantil, que trabalha no sentido de considerar a organização do cotidiano enquanto a criança está no ambiente escolar. As atividades de rotina na escola proporcionam estabilidade e segurança, maior facilidade na organização espaçotemporal e evitam o sentimento de ansiedade que um dia inteiro na escola pode causar. Estabelecer estratégias de rotina com as crianças, tais como planejar o dia, antecipar as tarefas de casa, proceder à autoavaliação diária e promover a participação delas na programação e execução das atividades, revela sensibilidade e responsabilidade por parte do educador e garante a elas o direito de PARTICIPAR, conforme a Base Nacional Comum Curricular. A organização da rotina se dá de diferentes maneiras: em conversas com as crianças sobre que atividades serão realizadas, as quais devem ser registradas em uma lista (para as maiores) ou por meio de figuras ou desenhos (para as menores); com o uso do calendário elaborado com a turma; no planejamento de passeios e pesquisas de campo; na organização de materiais e cantinhos específicos de trabalho; e na preparação de recitais, exposições, entrevistas e eventos. Uma rotina estável, clara e compreensível favorece a incorporação desta pelas crianças e adultos, uma vez que é possível antecipar o que vai acontecer em seguida. No entanto, é necessário entender que rotina estável não é sinônimo de rigidez e inflexibilidade, pelo contrário. É importante que o professor organize o tempo levando em consideração seu planejamento, mas contando com a possibilidade de alterá-lo, de acordo com suas próprias necessidades e também com as necessidades do grupo. Assim como as atividades e os planejamentos, rotinas iguais não se aplicam a grupos diferentes. A rotina que nunca muda, apresentando-se constante, que não considera o que de melhor a concretiza – o senso de conhecimento, a autonomia e a alteridade –, torna o trabalho do professor monótono, repetitivo e pouco interessante para as crianças. Um exemplo claro se dá com a leitura de histórias, prática denominada atividade permanente na Educação Infantil. Mesmo prevendo que ela aconteça todos os dias, e é desejável que aconteça, o professor pode pensar em maneiras diferentes de fazê-la: em um dia pode ler em um ambiente da escola, como na sala ou no pátio; em outro, pode construir uma pequena cabana com lençóis ou tecidos, onde as crianças entrem para ouvir a história; pode apagar as luzes e fechar janelas, para criar uma atmosfera diferente no ambiente; é possível contar uma história, em vez de simplesmente ler; ou ainda convidar outra pessoa da escola para ler para as crianças; e assim por diante. Da mesma forma, o professor deve ter independência e autonomia para mudar seu planejamento e também para não se sentir obrigado a realizar todas as atividades previamente indicadas, apenas para cumprimento de carga horária. O que vale é saber discernir entre o desejado e o necessário, entre o importante e o superficial, entre os objetivos em curto, médio e longo prazo e o imediatismo. O momento da chegada, com rodas de conversa, planejamento contínuo e registro coletivo das atividades diárias, assim como o momento da avaliação do dia, constitui-se como parte da rotina construída.

• Interação e brincadeiras para crianças de 2 anos

Através do brincar, as crianças desenvolvem aspectos importantes como atenção, memória, imitação, coordenação motora e também a imaginação. Há algumas brincadeiras e alguns jogos com regras simples que atraem as crianças de dois anos. Seguem ideias de materiais e estratégias para favorecer a ludicidade e a interação na fase inicial da escolarização: • Painel de fotos da família e de atividades realizadas na escola: fotos de experiências vividas em família e na escola auxiliam no apoio à memória, no desenvolvimento da linguagem, na adaptação aos colegas e à nova realidade vivida na escola. Além disso, nomear pessoas e relembrar momentos felizes acalma sentimentos de ansiedade e insegurança ao se despedir dos pais e auxilia na construção da identidade pessoal.

Atenção: é importante que os murais, cartazes ou painéis de fotos fiquem sempre à altura das crianças nas salas de aula para que elas possam tocar, apontar as imagens, interagir e se divertir.

• Brincadeiras com espelho (colocado na altura das crianças): o espelho é um recurso importante para a construção da identidade e do autoconceito infantil. Ao reconhecerem sua própria imagem refletida no espelho, as crianças se divertem, se identificam e aprendem sobre si mesmas e sobre o outro. • Brincadeiras com caixas grandes e pequenas: caixas pequenas com tampa onde se podem colar gravuras e fotos (no interior da caixa). As crianças adoram destampar caixas e descobrir o que há dentro delas. Caixas grandes que possam ser empilhadas e derrubadas ou possam servir de esconderijo, casa, toca, carro, trem ou barco. Caixas gigantes onde elas possam entrar, ou caixas que possam “vestir” como se estivessem dirigindo um meio de transporte. • Caixa ou cesto com objetos que despertem o interesse, estimulem os sentidos e permitam a exploração de atributos tais como cores, formas, texturas, sons, pesos. Importante usar diferentes tipos de materiais: objetos de metal, plástico, tecido, papelão, madeira, couro. Exemplo: estojos de óculos, bolsinhas com zíper, telefones celulares antigos e em desuso, teclados de computador antigos, molhos de chaves, argolas grandes de cortina (em tamanho que não possam ser engolidas), tampas de panelas, latas, chocalhos de sucata, pregadores de roupas, colheres de pau, peneiras, etc. • Potes e frascos de plástico com tampas, frascos de amaciante, shampoo, creme, frascos de chocolate em pó, leite em pó. Crianças adoram brincar de tampar e destampar, testar qual é a tampa correta. • Brincadeiras com lençóis: fazer cabaninhas; brincar de barco (o professor puxa no lençol 2 ou 3 crianças que, ao serem arrastadas pela sala, fazem barulho imi-

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tando motor de barco); pula-pula de lençol (colocar um brinquedo de pelúcia ou uma bola no centro do lençol que será erguido e balançado com ajuda de toda a turma – cada criança segura em uma ponta ou nas laterais do lençol que será esticado. O movimento do lençol fará o brinquedo pular para cima e para baixo). • Painéis/murais ou tapetes sensoriais: são uma boa variação das caixas (aqui você usa placas de isopor, cortiça ou um papelão grosso para criar a experiência). Coloque pedaços de plástico bolha pintados, algodões coloridos, pedacinhos de esponja, palha de aço, lixa fina, retalhos de tecido, caixas de ovos, papelão ondulado, retalhos de EVA, etc. A brincadeira é sentir as texturas com as mãos ou com os pés. • Trilhas feitas com fita crepe colada no chão em zigue-zague para as crianças caminharem em cima da linha. • Os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança De acordo com os dois eixos estruturantes, a BNCC busca garantir os direitos de: • conviver democraticamente e partilhar situações, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito às diferenças entre as pessoas; • brincar de diversas formas, com diferentes parceiros adultos e crianças, diversificando as culturas, os conhecimentos, a criatividade, as experiências expressivas, cognitivas, sociais; • participar da escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando; • explorar movimentos, sons, palavras, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, espaços e tempos, interagindo com diferentes grupos e ampliando seus saberes, linguagens e conhecimentos, ciência e tecnologia; • expressar, como sujeito criativo, com diferentes linguagens, necessidades, opiniões, sentimentos, narrativas, registros de conhecimentos, a partir de diferentes experiências, envolvendo a produção de linguagens e a fruição das artes em todas as manifestações; • conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências, interações e brincadeiras vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto comunitário. http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relat_seb_praticas_cotidianas.pdf

• Organização curricular da Educação Infantil por campos de experiências A organização por campos de experiências parece ter sido a solução para dar organicidade ao currículo na Educação Infantil – um arranjo curricular. O estado atual das ciências cognitivas evidencia que há conhecimentos que podem e devem ser

aprendidos e habilidades que podem e devem ser desenvolvidas nessa etapa, de forma sistemática e explícita, com plenas condições de as crianças aprendê-los e desenvolvê-las (lembrando que são crianças do século XXI, seja em que estrato social se situem). Cada campo é conceituado por meio da descrição de vivências proporcionadas às crianças e que as vão constituindo individual e socialmente. A BNCC estabelece cinco campos de experiências, em que as crianças podem aprender e se desenvolver: • O eu, o outro e o nós (OE) • Corpo, gestos e movimentos (CG) • Traços, sons, cores e formas (TS) • Escuta, fala, pensamento e imaginação (EF) • Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações (ET) 1. O eu, o outro e o nós É o início da busca por uma identidade: descobrir quem eu sou, quem é o outro e quem nós somos juntos. De acordo com a BNCC, “ao mesmo tempo em que participam das relações sociais e dos cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e o senso de autocuidado”. O foco, aqui, são as relações sociais que envolvem a escola, evitando que as crianças sofram por preconceitos ou discriminação. 2. Corpo, gestos e movimentos A criança precisa ter consciência do próprio corpo e de suas possibilidades, além de perceber a importância dos gestos e do movimento para uma vida saudável. É com o corpo que se aprende o limite de espaços; então é preciso ser estimulado com brincadeiras que exijam a experiência de movimentar-se. 3. Traços, sons, cores e formas A criança precisa conviver com as diferentes manifestações artísticas e ser estimulada a criar suas próprias produções. A música, a pintura, a modelagem, a dança, a fotografia são formas de inserir a criança no mundo das artes – um modo eficaz de incentivar o senso estético e crítico. A música é, na BNCC, um meio de integrar corpo, emoção e linguagem. 4. Escuta, fala, pensamento e imaginação (oralidade e escrita) Na Educação Infantil acontece o contato mais complexo com diferentes estruturas linguísticas; as crianças, ao ouvir a leitura de histórias e ser motivadas a questionar, são instigadas a ouvir com atenção e a ter seus primeiros contatos com o universo da escrita. 5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformação Aqui, a criança vai aprender a lidar com o mundo físico e sociocultural. Segundo a BNCC, “a educação infantil precisa promover interações e brincadeiras nas quais

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as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações”.

Estar consciente implica observar atentamente cada criança, conversar com ela, além de comparar as próprias percepções e pontos de vista com os de outros adultos que também tenham contato com as crianças em avaliação, a fim de ampliar a compreensão de suas reações e de seus comportamentos. É preciso que o processo avaliativo supere o individualismo e gere a cooperação entre os elementos da ação educativa. A cooperação, ainda segundo Hoffmann, envolve o exercício da descentração e a coordenação da diversidade de pontos de vista, para se ampliar o entendimento sobre o desenvolvimento infantil. A avaliação envolve todo o cotidiano vivenciado pelo grupo, em que todos são avaliados. Dessa forma, ela se torna uma ação crítica e transformadora, em que o professor acompanha o grupo, investigando, observando e refletindo sobre cada criança, o grupo, sua prática pedagógica e a instituição. Assim, a avaliação é um processo a ser incorporado à prática do professor, que considera todas as manifestações, vivências, descobertas e conquistas das crianças, valorizando-as, com o objetivo de revelar o que a criança já tem – e não o que lhe falta. Não se trata apenas de um diagnóstico de capacidades, e sim de uma apreciação da variedade de ideias e estratégias de ação que as crianças apresentam para mediar ações educativas que favoreçam o desenvolvimento. A avaliação na Educação Infantil tem ainda a função de detectar os limites e as possibilidades dos alunos, com o objetivo de respeitar as diferenças individuais. A observação sensível das crianças, em sua exploração constante do mundo a sua volta, deve nortear o trabalho de avaliação em Educação Infantil. Esse processo exige atenção por parte dos professores para que seja possível: • manifestar confiança nas possibilidades que as crianças apresentam; • compreender que o desenvolvimento individual ocorre em processo dialético, no qual as interações com todos os sujeitos (crianças e adultos) são decisivas. A avaliação possibilita ao educador conhecer a criança, para mediar e orientar suas relações com o ambiente. As referências para a avaliação escolar vêm da própria criança, e não de padrões preestabelecidos, aos quais ela deveria se ajustar, para que não fosse retida em uma etapa, por não ter desenvolvido determinadas competências.

http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relat_seb_praticas_cotidianas.pdf

• Avaliação na Educação Infantil de acordo com a BNCC A avaliação é uma atitude constante em todo trabalho planejado. É a constatação da correspondência entre a proposta de trabalho e sua consecução, com a finalidade de verificar a adequação do planejamento à realidade, face aos objetivos propostos. O planejamento pedagógico, voltado para os interesses e as necessidades da criança, prevê o acompanhamento e a avaliação das atividades e do desenvolvimento das crianças, e orienta o olhar dos professores sobre seu próprio trabalho e sobre o fato de as crianças se beneficiarem ou não das intervenções pedagógicas. De acordo com a BNCC e a legislação (artigo 31 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), “a avaliação na Educação Infantil deve ser feita mediante observação, acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, não tendo o objetivo de promoção para o acesso ao Ensino Fundamental”. Portanto, no contexto da Educação Infantil, a avaliação não pode ser encarada como um julgamento, pois isso seria uma forma de classificar e estigmatizar as crianças, desconsiderando as particularidades individuais. A forma como os educadores realizam suas avaliações expressa sua concepção de educação. Na concepção de educação progressista, democrática e libertadora, voltada para o pleno desenvolvimento do ser humano, de sua consciência crítica e de sua capacidade de ação e reação, a avaliação tem a função de proporcionar ao professor uma melhor compreensão sobre a aprendizagem dos alunos, para revisão contínua do trabalho pedagógico desenvolvido e superação das dificuldades encontradas, sem objetivo de classificar, julgar, punir, reter ou excluir. Para Jussara Hoffmann, a avaliação deve ser mediadora, sendo que mediação significa um estado de alerta permanente do professor que acompanha e estuda a história da criança em seu processo de desenvolvimento. O ato avaliativo é permeado de interpretações a partir de nossas experiências de vida e representações. A ação avaliativa é a própria mediação entre a criança, sua realidade e o espaço institucional, onde está inserida a educadora, com suas impressões de mundo, suas concepções a respeito das crianças e seu entendimento do papel da escola. Nota-se, no processo avaliativo, a dificuldade do professor em perceber que o que ela observa da criança é decorrente de suas próprias concepções e posturas de vida. Mesmo que persiga uma avaliação justa, neutra, imparcial, cumprindo uma tarefa que a escola exige, ela se denuncia ao avaliar, pela releitura pessoal do que vê (HOFFMANN, 2005).

• Os pressupostos básicos da avaliação de acordo com a BNCC da Educação Infantil • As aprendizagens essenciais que compreendem os seis direitos e os cinco campos de experiências, levando em conta os diferentes ritmos de aprendizagem; • Um professor estudioso, curioso e investigador do mundo da criança, para repensar e atualizar sua interação com os alunos e com o conhecimento; • Um processo avaliativo permanente de observação, registro e reflexão acerca da ação e do pensamento das crianças. A avaliação precisa deter-se nos processos e não apenas nos resultados.

Hoffmann afirma que a subjetividade é inerente ao processo avaliativo e que esse fato não será problema, desde que o professor esteja consciente dessa influência.

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• Pontos importantes para o processo de avaliação na Educação Infantil • Observar e compreender o dinamismo presente no desenvolvimento infantil, para redimensionar o fazer pedagógico. Essa compreensão influencia na qualidade da interação dos professores com esta fase – a infância. • A criança constrói o conhecimento em movimento de idas e vindas; por isso, é fundamental que os professores assumam seu papel de mediadores na ação educativa, realizando intervenções pedagógicas no acompanhamento da ação e do pensamento infantil individualizado. • Ainda hoje, na prática escolar cotidiana, é comum, na Educação Infantil e nos demais níveis de ensino, os avaliados serem apenas os alunos. É necessário substituir a clássica forma de avaliar, buscando “erros” e “culpados”, por uma dinâmica que ofereça elementos de crítica e transformação para o trabalho. • Nesse processo, todos – professores, coordenação pedagógica, direção, equipe de apoio e administrativa, crianças e responsáveis – devem estar comprometidos com o ato avaliativo. • Recursos para a avaliação na Educação Infantil » Análises e discussões periódicas sobre o trabalho pedagógico, realizadas nas reuniões, que forneçam elementos importantes para a (re)elaboração do planejamento. » Avaliação coletiva no dia a dia escolar, para dar voz à criança. A prática de avaliar, segundo o olhar infantil, traz contribuições surpreendentes para o adulto educador e sedimenta a concepção de criança cidadã (rodinha, ao final do dia, para avaliar se os “combinados” foram cumpridos). » Construção de um olhar global sobre a criança. A fim de evitar um ponto de vista unilateral sobre cada criança, é fundamental buscar novos olhares: • recolhendo outras visões sobre ela; • contrastando a visão dos responsáveis com o que se observa na escola; • conhecendo o que os responsáveis pensam sobre o que a escola diz; • ouvindo a família sobre a rotina da criança para compreender e desenvolver as habilidades necessárias. » Observação e registros sistemáticos. Os registros podem ser feitos no caderno de planejamento, em que o professor anota: acontecimentos novos, conquistas e/ou mudanças do grupo e de determinadas crianças; e situações e dados significativos acerca do trabalho realizado e das interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos. No dia a dia, o professor pode registrar informações sobre três ou quatro crianças de cada vez; assim, ao final do período, terá observado e feito o registro de todas as crianças. » Utilização de diversos instrumentos de registro do desenvolvimento dos alunos, para dar espaço à variada expressão infantil: arquivos contendo planos e materiais referentes aos temas trabalhados, relatórios das crianças e portfólios.

• Sobre relatórios e portfólios Os registros de avaliação deverão resguardar a singularidade da história de cada criança e o acompanhamento dessa história, construída a partir de suas vivências no grupo. A elaboração de relatórios semestrais é importante, pois eles contemplam o dinamismo do processo de desenvolvimento infantil, o dia a dia da criança e do professor e o acompanhamento da história de vida da criança na instituição. • Registros de avaliação Registros significativos procuram documentar e ilustrar a história da criança no espaço pedagógico e sua interação com vários objetos do conhecimento, com os adultos e com outras crianças. O registro da avaliação deve ser o resumo da história vivida pela criança, no período descrito. Podem ser utilizados relatórios descritivos e portfólios elaborados, sendo que estes: [...] ao mesmo tempo que refazem e registram a história do seu processo dinâmico de construção do conhecimento, apontam possibilidades da ação educativa para pais, educadores e para a própria criança. Isso é o essencial num relatório de avaliação – não como lições de atitudes à criança ou sugestões de procedimentos aos pais –, mas sob a forma de atividades, materiais, jogos a serem oferecidos, posturas pedagógicas alternativas na relação com ela (HOFFMANN, 2005, p. 24-53).

Nessa proposta de avaliação, todo trabalho pedagógico é avaliado, repensado e modificado sempre que necessário. Não é uma avaliação final, pontual, retratando um único momento da criança, mas uma avaliação processual, registrada periodicamente. O professor deve organizar um portfólio de cada criança, guardando nele o produto de seus trabalhos mais significativos, para evidenciar o desenvolvimento. Durante a vivência de um projeto de trabalho, cada grupo deve ter a meta de produzir um material que organize o conhecimento construído sobre o assunto explorado.

2ª parte – A Coleção Sempre Viva e o livro didático 4. Estrutura da Coleção A Coleção Sempre Viva de Educação Infantil é composta dos seguintes livros: • Maternal, para crianças de 2 anos – dois volumes anuais; • Educação Infantil 1, para crianças de 3 anos – dois volumes anuais; • Educação Infantil 2, para crianças de 4 anos – quatro volumes anuais; • Educação Infantil 3, para crianças de 5 anos – três volumes anuais. Acompanha o conjunto o Manual do Professor, com subsídios para o trabalho com o material, além de cartaz de fita métrica, agenda de comunicação e portfólio escolar para registro do desempenho do aluno ao longo do ano.

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5. Estrutura dos livros Os campos de experiência são trabalhados integrando atividades de construção para a base alfabética, leitura, interpretação oral e escrita, produção de texto, linguagem, resolução de problemas e construção do número, além de artes (música, artes cênicas e artes plásticas).

As atividades, apesar de seguirem uma numeração necessária à organização do livro, não implicam uma sequência e, por esse motivo, podem ser trabalhadas de acordo com o planejamento do professor, conforme a realidade da Instituição e o interesse da turma.

6. Distribuição dos conteúdos por campos de experiências MAPA DE CONTEÚDOS Maternal

LIVRO 1 UNIDADE 1 CONVIVENDO NA ESCOLA

UNIDADE 2 QUEM QUER BRINCAR COMIGO?

CAPÍTULO 1 Quem sou eu, quem somos nós

CAPÍTULO 2 Brincando com a Lili e os amigos

CAPÍTULO 1 Meu corpo em movimento

CAPÍTULO 2 Brincar é bom demais!

O eu, o outro e o nós Identidade e nome próprio, • comparando com o nome da girafa Lili. • Brincar sozinho, com colegas, amigos, professor e familiares. • Características físicas pessoais e respeito às diferenças..

O eu, o outro e o nós • Autonomia e senso de autocuidado. • Imagem positiva de si e confiança para enfrentar desafios. • Experiências sociais e construção da identidade. • Família: primeira experiência afetiva.

O eu, o outro e o nós • Registro espontâneo do nome próprio. Formação da identidade: • particularidades na forma de agir. • Higiene e prevenção de doenças.

O eu, o outro e o nós • Reconhecer colegas e a escrita dos nomes de alguns deles. • Brincadeiras envolvendo contagem e letras. • Estabelecimento de vínculos afetivos. • Regras básicas de convívio social (“combinados”).

Corpo, gestos e movimentos • Vivência de movimentos corporais (rastejar, caminhar, pular, correr, dançar). • Imitar a girafa e outros animais selvagens. • Brincadeiras variadas para estimular a agilidade, a criatividade e o condicionamento físico e mental da criança.

Corpo, gestos e movimentos • Conhecimento do próprio corpo e exploração dos 5 sentidos (audição: sons diversos; tato: quente e frio, áspero e liso; visual: grosso, fino, grande e pequeno, muito e pouco; olfato: cheiros diversos). • Limites e possibilidades do corpo. • Higiene pessoal e saúde: Cuidados com o próprio corpo.

Corpo, gestos e movimentos Corpo, gestos e movimentos Exercícios fonoarticulatórios e • Desenvolvimento de capacidades • consciência fonológica. motoras básicas: coordenação motora fina e grossa, equilíbrio, coordenação • Exploração de diversas formas visomotora. de deslocamento no espaço, em circuitos, trilhas e labirintos, • Apropriação de gestos e movimentos combinando movimentos e seguindo familiares e culturais. orientações. • Autonomia progressiva nos hábitos de higiene e cuidado com o corpo.

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UNIDADE 1 CONVIVENDO NA ESCOLA

CAPÍTULO 1 Quem sou eu, quem somos nós

UNIDADE 2 QUEM QUER BRINCAR COMIGO?

CAPÍTULO 2 Brincando com a Lili e os amigos

CAPÍTULO 1 Meu corpo em movimento

CAPÍTULO 2 Brincar é bom demais!

Traços, sons, cores e formas Traços, sons, cores e formas • Interação com objetos, jogos e • Criação de sons com materiais, objetos e instrumentos musicais. brinquedos sonoros. • Reprodução de gestos, sons e ritmos. • Construções e montagens com blocos e sucata. • Aperfeiçoamento progressivo da preensão do giz de cera e da firmeza do traçado.

Traços, sons, cores e formas • Reconhecimento e reprodução de gestos, sons e ritmos. • Exploração de cores, formas, texturas e sons de diversos tipos de materiais e objetos. • Identificação de objetos com a forma do triângulo e quadrado. • Preensão correta do giz de cera e do pincel, possibilitando um traçado progressivamente mais firme, com respeito aos limites e contornos.

Traços, sons, cores e formas • Percepção do resultado de novas cores, pela mistura das cores básicas, em quantidades variadas. • Exploração de diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente, em brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias. • Percepção dos aspectos que podem interferir na qualidade do som.

Escuta, fala, pensamento, imaginação • Gênero textual: canções, parlendas e receita. • Uso de diversas formas de expressão: fala, gestos, olhares. • Participação em jogos verbais, com poemas, parlendas e canções. • Reconhecimento e escrita da letra inicial no nome próprio.

Escuta, fala, pensamento e Imaginação • Jogo simbólico (“faz de conta”). • Intercâmbio em sala de aula: uso da linguagem e expressão oral. • Expressão oral de sentimentos, desejos, necessidades e opiniões. • Distinção entre letras e outros sinais gráficos. • Uso social da escrita.

Escuta, fala, pensamento e Imaginação • Relato de experiências, fatos e histórias, utilizando recursos próprios da linguagem oral. • Participação das interações orais em sala de aula, respeitando sua vez de falar e escutar. • Percepção de palavras que têm sons iniciais ou finais iguais, em jogos verbais. • Gênero textual: parlendas, poemas, canções, receita, convite.

Escuta, fala, pensamento e Imaginação • Participação das interações orais em sala de aula, na definição de combinados e na organização do ambiente. • Criação de histórias, a partir de imagens e temas sugeridos. • Contato com materiais impressos e audiovisuais, em diferentes portadores de texto. • Gênero textual: cartaz, texto informativo, canção, conto.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações • Relações temporais e espaciais: exploração do ambiente – longe-perto, dentro-fora, acima-abaixo; antes-durante e depois. • Identificação de atributos dos objetos: cor, tamanho, peso, forma. • Participação em situações de contagem oral de objetos e seres.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações • Deslocamento de si e de objetos. Recitar a sequência numérica em situações de deslocamento. • Percepção das características e da função de objetos de uso cotidiano. • Relações temporais e espaciais: exploração do ambiente; antesdurante e depois.

Espaços, tempos, quantidades, relações, transformações • Relatos de fatos de sua vida presente. • Classificação de objetos de acordo com alguns atributos: cor, tamanho, forma, peso. • Percepção de seu crescimento corporal e de suas novas possibilidades de ação. • Utilização de números e quantidades em situações de vida prática: receita culinária, sequência numérica de atividades da rotina diária (planejamento do dia)

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações • Utilização de pontos de referência na localização espacial e nos deslocamentos. Descrição de objetos simples, por seus atributos. • Diferenciação dos números de outros símbolos gráficos e reconhecimento dos números de 1 a 5 (números perceptuais).

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LIVRO 2 UNIDADE 3 VIVA A NATUREZA

CAPÍTULO 1 Nós, as plantas e os animais

UNIDADE 2 QUEM QUER BRINCAR COMIGO?

CAPÍTULO 2 Eu gosto, eu cuido

CAPÍTULO 1 Era uma vez

CAPÍTULO 2 Um mundo de cores e formas

O eu, o outro e o nós • Outros modos de vida: tradições de família e da comunidade. • Atitudes de cuidado com o outro e de solidariedade. • Interação com os colegas: Resolução de conflitos.

O eu, o outro e o nós • Cuidar de si, cuidar do outro. • Hábitos saudáveis. • Reconhecimento e valorização das características pessoais, construindo, progressivamente, imagem positiva de si, auto conceito e autoestima. • Respeito aos grupos sociais de que participa, interagindo naturalmente. • Respeito e cuidados com animais.

O eu, o outro e o nós • Outros modos de vida: diferentes culturas. • Respeito às diferenças culturais. • Resolução de conflitos nas interações e brincadeiras. • As diretrizes étnico-raciais estão implícitas aqui e serão explicitadas no Manual.

O eu, o outro e o nós • Convívio grupal: papel e importância de cada participante. • Convívio com diferenças culturais, respeitando-as e valorizando-as. • Conhecimento das tradições culturais de sua comunidade, que influenciam seu modo de vida.

Corpo, gestos e movimentos • O corpo como possibilidade de expressão de sentimentos e emoções. • Higiene e prevenção de doenças: vacinas. • Desenvolvimento de habilidades manuais.

Corpo, gestos e movimentos • Movimento corporal e saúde: correr, pular, saltar, dançar, nada. • Utilização de movimentos básicos: flexibilidade e alongamento. • Deslocamentos no espaço: em cimaembaixo, longe-perto, dentro-fora.

Corpo, gestos e movimentos • Brincadeiras e jogos de diversas origens culturais: características e regras simples. • Autonomia progressiva nos cuidados com o corpo e na alimentação. • Vivência prazerosa de atividades artísticas variadas.

Corpo, gestos e movimentos • Participação em brincadeiras e jogos com destreza e equilíbrio progressivos. • Desenvolvimento de habilidades motoras e coordenativas, para uso da tesoura. • Desenvolvimento da lateralidade.

Traços, sons, cores e formas Traços, sons, cores e formas • Vivência de habilidades motoras e • Apreciação de obras de arte de artistas nacionais e internacionais e de coordenativas. apresentações artísticas como teatros, • Atividades artísticas diversificadas. danças e musicais. Aperfeiçoamento • Manipulação e exploração de diversos progressivo das produções gráficas. tipos de materiais. • Construção de brinquedos simples com sucata. • Apreciação de obras de arte de artistas nacionais e internacionais.

Traços, sons, cores e formas • Exploração de diferentes fontes sonoras: instrumentos musicais, sons da natureza e do corpo. • Relações entre as diversas linguagens em produções artísticas. • Participação em apresentações artísticas e sua apreciação. • Apreciação de obras de Arte de artistas nacionais e internacionais

Traços, sons, cores e formas Nomeação de figuras geométricas simples (círculo, triângulo, quadrado) e identificação de objetos com forma de círculo. Criação de sons com materiais, objetos e instrumentos musicais. Construção de instrumentos e brinquedos utilizando materiais diversos. Uso de linguagens variadas para expressar-se: gestual, corporal, gráfica, musical.

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UNIDADE 3 VIVA A NATUREZA

CAPÍTULO 1 Nós, as plantas e os animais

UNIDADE 2 QUEM QUER BRINCAR COMIGO?

Escuta, fala, pensamento, imaginação • Imitação de variações de entonação e gestos usados pelos adultos, ao contar histórias e ao cantar. • Imitação dos sons (vozes) dos animais. • Percepção progressiva dos elementos da narrativa: cenário, personagens e ação. • Gênero textual: texto informativo, poemas e contos.

CAPÍTULO 2 Eu gosto, eu cuido

CAPÍTULO 1 Era uma vez

Escuta, fala, pensamento, imaginação Escuta, fala, pensamento, imaginação • Participação das interações orais em • Imitação das “vozes” dos animais. sala de aula e em outros ambientes • Relato oral de fatos e acontecimentos. escolares, com atitudes de cooperação • Reconhecimento de rimas e aliterae respeito. ções me poemas e canções. • Distinção das letras do alfabeto de ou• Comparação entre a escrita dos notros sinais gráficos: números, símbomes dos colegas. los, desenhos, sinais. • Gêneros textuais: poemas e canções. • Contato com materiais impressos. • Gêneros textuais diversificados: cartaz, poema e parlenda.

Escuta, fala, pensamento e Imaginação • Aspectos não linguísticos no ato da fala: timbre, volume, ritmo, pausas, gestualidade. • Relato oral de vivências nas diversas situações de interação. • Reconhecimento das letras iniciais do seu nome e de alguns colegas. • Contato com o texto escrito: materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores: notícias, e-mails.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações • Exploração e arranjo do espaço, por meio de experiências de deslocamento de si e dos objetos. • Interação com o meio ambiente, com animais, plantas e fenômenos da natureza, com curiosidade e cuidados necessários. • Identificação e registro de quantidades, utilizando diferentes formas de representação contagem, desenhos, símbolos, números até 9.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações • Conceitos básicos de tempo: agora, antes, durante, depois, ontem, hoje, amanhã, depressa, devagar, rápida e lentamente. • Exploração e descrição de semelhanças e diferenças entre características e propriedades dos objetos: textura, tamanho, massa. • Percepção da necessidade de cuidados com as plantas e animais e sua importância para manutenção da vida humana.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações • Identificação de posição e localização de objetos e pessoas no espaço, focalizando as relações espaciais. • Participação de situações coletivas de cuidados de plantas e animais.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações • Identificação de relações espaciais – dentro, fora, em cima, embaixo, acima, abaixo, entre, ao lado – e temporais – antes, durante, depois. • Registro de quantidades utilizando diferentes recursos: pauzinhos, riscos, bolinhas.

7. Orientações específicas As orientações específicas e sugestões para enriquecimento do trabalho encontramse no livro do professor, página a página. 8. Sugestões de literatura infantil ADDAD, Mariângela. Ei, vamos tirar uma foto? Belo Horizonte: Autêntica, 2011. BARRO, João de. A historia da Baratinha. São Paulo: Moderna, 2012. BROWNE, Paula. A bagunça da macaca. Belo Horizonte: Callis, 2008. BROWNE, Paula. A macaca na cozinha. Belo Horizonte: Callis, 2008.

CAPÍTULO 2 Um mundo de cores e formas

BROWNE, Paula. O aniversário da macaca. Belo Horizonte: Callis, 2008. COUSINS, Lucy. A casinha de brincar de Ninoca. Coleção Ratinha Ninoca. São Paulo: Ática, 2008. DINORAH, Maria. Giroflê Giroflá. Belo Horizonte: Lê, 2009. FRANÇA, Mary e Eliardo. O caracol. São Paulo: Ática, 2004. FRANÇA, Mary e Eliardo. Gato com frio. São Paulo: Ática, 2002. FRANÇA, Mary e Eliardo. Um gato que gosta de flores. São Paulo: Ática, 2005. GOBEL, Anna. Qual bicho é mais fofo? Belo Horizonte: Compor, 2009.

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Campos de experiências na escola da infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro. Campinas: Edições Leitura Crítica, 2015. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=62879&opt=1>. Acesso em: 10 set. 2018.

HARWOOD, Beth. Feliz hora de dormir. São Paulo: Brinque-Book, 2002. JUNQUEIRA, Sonia. Adivinha onde estou? Belo Horizonte: Autêntica, 2013. JUNQUEIRA, Sonia. Brinquei na pracinha. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. JUNQUEIRA, Sonia. Pedrinho, cadê você? Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

FOCHI, Paulo S. A didática dos campos de experiência. Disponível em: <https://www. researchgate.net/publication/319653636_A_didatica_dos_campos_de_experiencia>. Acesso em: 10 set. 2018.

JUNQUEIRA, Sonia. Que bichos mais bonitinhos! Belo Horizonte: Autêntica, 2012. JUNQUEIRA, Sonia. Roda de amigos. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. KETTEMAN, Helen. Os três jacarezinhos. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

SOBRE CONCEPÇÃO DE CRIANÇA E PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO

KING, Stephen Michael. Pedro e Tina. São Paulo: Brinque-Book, 1999.

LOPES, Karina Rizek; MENDES, Roseana Pereira; FARIA, Vitória Líbia Barreto de (Orgs.). Princípios para planejar: a criança como protagonista. In: ______. Coleção ProInfantil: Módulo IV: Unidade 2: Livro de estudo – v. 2. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação a Distância, 2006. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec. gov.br/storage/materiais/0000012794.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

LEÃO, Liana. O livro dos sons. São Paulo: Cortez, 2005. MACHADO, Ana Maria. Dona Baratinha. São Paulo: FTD, 2004. MARTINS, CLAUDIO. As minhocas. Belo Horizonte: Compor, 2009. MICHAELIS, Ana e TUAN, Roseli. Bichos da minha casa / Bichos do jardim. Belo Horizonte: Callis, 2008. MINNE, Brigitte. Bons sonhos, Rosa. São Paulo: Brinque-Book, 2003. MORAES, Vinicius de. A arca de Noé. São Paulo: Cia. das Letras, 2004.

______. (Orgs.). A criança e seus parceiros descobrem o mundo. In: ______. Coleção ProInfantil: Módulo II: Unidade 4: Livro de estudo – v. 2. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação a Distância, 2005. Disponível em: <http:// www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me003235.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. RINALDI, Carla. Diálogos com Reggio Emilia: escutar, investigar e aprender. São Paulo: Paz e Terra, 2012.

MOREIRA, Mercês Maria. Bam-ba-la-ão Sinhô Capitão. Belo Horizonte: Lê, 2008. PINTO, Ziraldo Alves. Os dez amigos. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1994. RESENDE, Maria Ângela. Cadê o docinho que estava aqui? Belo Horizonte: Formato, 2004. RIBEIRO, Nye. Come come. Campinas: Roda & Cia, 2008. SANTIAGO, Weberson. Hipopô. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. SORRENTI, Neusa. O gatinho que cantava. Belo Horizonte: Lê, 2009.SYPRIANO, Lilian e MARTINS, Cláudio. Sol ou chuva? Belo Horizonte: Compor, 2009. TODOLIVRO EDIÇÕES. Animais marinhos. São Paulo: Todolivro, 2009.

MATERIAIS DE REFERÊNCIA – GERAL BARBOSA. Maria Carmem Silveira. Práticas cotidianas na Educação Infantil: Bases para a reflexão sobre as orientações curriculares. Brasília, DF: MEC/SEB, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relat_seb_praticas_cotidianas.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. BARBOSA, Maria Carmen S.; HORN, Maria da G. S. Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008. PARALAPRACÁ. Disponível em: <www.paralapraca.org.br>. Acesso em: 10 set. 2018.

VALE, Mário. Picote, o menino de papel. Belo Horizonte: RHJ, 1993. WADDELL, Martim e FITH, Bárbara. Você não consegue dormir, ursinho. São Paulo: Brinque-Book, 2008. XAVIER, Marcelo. O dia a dia de Dadá. BH. Formato, 2010. 9. Referências e sugestões de material para estudo do professor atualizadas de acordo com a bncc Livros, sites para pesquisa, links para vídeos do Youtube

Na seção “Materiais” do site, você encontra a Coleção Paralapracá (eixos formativos: Artes Visuais, Música, Brincadeira, Literatura, Exploração de Mundo, Organização de Ambientes), composta de Cadernos de Orientação, Cadernos de Experiência, Série de Vídeos, Estação Paralapracá e Almanaque Paralapracá. Acesse o canal do “Paralapracá” no Youtube, onde há muito mais vídeos inspiradores. Entre também no Ambiente de Aprendizagem Virtual (AVA) do site “Paralapracá”, em que se encontram várias práticas para inspirar profissionais: ava.paralapraca.org.br. DEVRIES, Rheta et al. O currículo construtivista na educação infantil: práticas e atividades. Porto Alegre: Artmed, 2004.

CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS FINCO, Daniela; BARBOSA, Maria Carmen S.; FARIAS, Ana Lúcia Goulart de (Orgs.).

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GOBBI, Márcia. Múltiplas linguagens de meninos e meninas e a Educação Infantil. Disponível em: <http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-para-aprofundar/1057/multiplaslinguagens-de-meninos-e-meninas-no-cotidiano-da-educacao-infantil.html>. Acesso em: 10 set. 2018. LOPES, Karina Rizek; MENDES, Roseana Pereira; FARIA, Vitória Líbia Barreto de (Orgs.). Coleção ProInfantil: Módulo II: Unidade 1: Livro de estudo – v. 2. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação a Distância, 2005. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012742.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. ______. (Orgs.). Coleção ProInfantil: Módulo IV: Unidade 1: Livro de estudo – v. 2. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação a Distância, 2006. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012793. pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. A Coleção ProInfantil, material produzido pelo MEC, contém entre outros os dois módulos indicados acima, que abordam todas as linguagens e elementos curriculares. Uma rica fonte de pesquisa. PROJETO NOSSA REDE. Orientações pedagógicas para professoras/es da pré-escola: v. I. Disponível em: <http://educacao.salvador.ba.gov.br/pdfs-nossa-rede/documentos-municipais/educacao-infantil/profissionais/Orienta%C3%A7%C3%B5es%20Pedag%C3%B3gicas_VOL%20I.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. ______. Orientações pedagógicas para professoras/es da pré-escola: v. II. Disponível em: <http://educacao.salvador.ba.gov.br/pdfs-nossa-rede/documentos-municipais/ educacao-infantil/profissionais/Orienta%C3%A7%C3%B5es%20Pedag%C3%B3gicas_VOL%20II.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. ______. Orientações pedagógicas para professoras/es da pré-escola: v. III. Disponível em: <http://educacao.salvador.ba.gov.br/pdfs-nossa-rede/documentos-municipais/ educacao-infantil/profissionais/Orienta%C3%A7%C3%B5es%20Pedag%C3%B3gicas_%20VOL%20III.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. OLIVEIRA, Zilma Ramos. Currículo na educação infantil: dos conceitos à prática pedagógica. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=36701-livro-proinfancia-bahia-mec-ufba-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 10 set. 2018.

Educação Infantil, veja que interessante essa matéria. BARBIERI, Stela. Interações: Onde está a Arte na infância? São Paulo: Blucher, 2012. CUNHA, Sonia Maria da. Cor, som e movimento: A expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo: Scipione, 1989. Nesse livro, Edith Derdyk mostra uma pesquisa sobre o desenvolvimento do desenho das crianças e apresenta diferentes olhares sobre ele. IAVELBERG, Rosa. Desenho na Educação Infantil. São Paulo: Melhoramentos, 2013. ______. O desenho cultivado da criança: práticas e formação de educadores. Porto Alegre: Zouk, 2008. ______. Viver a arte: uma experiência transformadora. Entrevista concedida ao Instituto Avisa Lá. 2004. Disponível em: <http://avisala.org.br/index.php/assunto/reflexoes-do-professor/viver-a-arte-uma-experiencia-transformadora/>. Acesso em: 10 set. 2018. Mais especificamente em relação à linguagem musical, gestual e corporal: ARAUJO, Liane Castro de. Brincar com a linguagem: educação infantil “rima” com alfabetização? Rev. Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 11, n. esp. 4, dez. 2016. Disponível em: <https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/ article/view/9196/6087>. Acesso em: 10 set. 2018. BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi; ROSA, Ester Calland de Sousa (Orgs.). Ler e escrever na educação infantil: discutindo práticas pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003. COLEÇÃO LEITURA E ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Disponível em: <http:// www.projetoleituraescrita.com.br/publicacoes/colecao/>. Acesso em: 10 set. 2018. COLEÇÃO TRILHAS (Instituto Natura). Caderno de estudos: trilhas para ler e escrever textos. São Paulo: Ministério da Educação, 2011. Disponível em: <https://www. portaltrilhas.org.br/download/biblioteca/caderno-de-estudos-ler-e-escrever-efund-b-20150712175550.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. ______. Cadernos de Orientações – EF: trilhas para ler e escrever textos. Disponível em: <https://www.portaltrilhas.org.br/biblioteca-publica/633/cadernos-de-orientacoes-ef-trilhas-para-ler-e-escrever-textos.html>. Acesso em: 10 set. 2018. DEVRIES, Rheta. O currículo construtivista na Educação Infantil: prática e atividades. Porto Alegre: Artmed, 2002.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS Mais especificamente em relação às artes visuais: ACHCAR, Tatiana. Pequenos artistas. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1275/pequenos-artistas>. Acesso em: 10 set. 2018. Para saber mais sobre como potencializar as rotinas com práticas de desenho na

LOPES, Karina Rizek; MENDES, Roseana Pereira; FARIA, Vitória Líbia Barreto de (Orgs.). Coleção ProInfantil: Módulo II: Unidade 6: Livro de estudo – v. 2. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação a Distância, 2006. Disponível em: <http:// www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me003237.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

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______. (Orgs.). Coleção ProInfantil: Módulo IV: Unidade 4: Livro de estudo – v. 2. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação a Distância, 2006. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me003251. pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. ______. (Orgs.). Coleção ProInfantil: Módulo IV: Unidade 6: Livro de estudo – v. 2. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação a Distância, 2006. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me003253. pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. MAFFIOLETTI, Leda de Albuquerque. Práticas Musicais na Escola Infantil. In: CRAIDY, C. M.; KAERCHER, G. E. P. Educação Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. MARQUES, Isabel. Corpos e danças na educação infantil. In: GOBBI, Maria Aparecida; PINAZZA, Mônica Appezzato (Orgs.). Infâncias e suas linguagens. São Paulo: Cortez, 2014. MATEUS, Ana do Nascimento Biluca et al. A importância da contação de histórias como prática educativa na educação infantil. 2015. 69f. Monografia (Graduação em Pedagogia) – Departamento de Educação, PUC Minas, Belo Horizonte, 2015. Disponível em: <http://paralapraca.org.br/wp-content/uploads/A_importancia_da_contacao_de_historias_como_pratica_educativa_na_educacao_infantil-30_12_2015.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. RHODEN, Sandra. É só cantar e tocar? Boletim Arte na Escola, [on-line], ed. 77, ago./ set. 2015. Disponível em: <http://artenaescola.org.br/boletim/materia.php?id=75982>. Acesso em: 10 set. 2018. Sobre jogo simbólico: COLEÇÃO PARALAPRACÁ. Caderno de Orientação Assim se Brinca. Disponível em: <http:// paralapraca.org.br/wp-content/uploads/orientacao_brinca.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. LOPES, Karina Rizek; MENDES, Roseana Pereira; FARIA, Vitória Líbia Barreto de (Orgs.). Coleção ProInfantil: Módulo II: Unidade 5: Livro de estudo – v. 2. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação a Distância, 2005. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me003236.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. MAFFIOLETTI, Leda de Albuquerque. Práticas Musicais na Escola Infantil. In: CRAIDY, C. M.; KAERCHER, G. E. P. Educação Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. REFERÊNCIAS SOBRE MÍDIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. O uso da tecnologia e da linguagem midiática na Educação Infantil. 2015. Disponível em: <https://www.sinesp.org.br/images/14_-_O_USO_DA_TECNOLOGIA_E_DA_LINGUAGEM_MIDIATICA_NA_EDUCACAO_INFANTIL.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES Mais especificamente em relação à linguagem matemática: KAMII, Constance; JOSEPH, Linda L. Crianças pequenas continuam reinventando a aritmética. Porto Alegre: Artmed, 2005. SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; CÂNDIDO, Patrícia. Coleção Matemática 0 a 6. Porto Alegre: Artmed, 2000. Brincadeiras infantis nas aulas de matemática Resolução de problemas Figuras e formas REFERÊNCIAS SOBRE AS SEQUÊNCIAS E UNIDADES QUE PROMOVEM INVESTIGAÇÕES SOCIAIS E DA NATUREZA DEVRIES, Retha; ZAN, Betty. O currículo construtivista na educação infantil: práticas e atividades. Porto Alegre: Artmed, 2004. PROJETO NOSSA REDE. Orientações pedagógicas para professoras/es da pré-escola: v. I. Disponível em: <http://educacao.salvador.ba.gov.br/pdfs-nossa-rede/documentos-municipais/educacao-infantil/profissionais/Orienta%C3%A7%C3%B5es%20Pedag%C3%B3gicas_VOL%20I.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. REFERÊNCIAS VARIADAS Inserção e Acolhimento LOPES, Karina Rizek; MENDES, Roseana Pereira; FARIA, Vitória Líbia Barreto de (Orgs.). Coleção ProInfantil: Módulo IV: Unidade 1: Livro de estudo – v. 2. Brasília: MEC; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação a Distância, 2006. p. 53-88. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012793. pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. Adaptação e Acolhimento ORTIZ, Cisele. Adaptação e Acolhimento: Um cuidado inerente ao projeto educativo da instituição e um indicador de qualidade do serviço prestado pela instituição. Disponível em: <https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ncmGJtJ5bkXVtrUah4N7Yx2fc3YVbAC8URqHKGQuzcZdpzMHJkhTnfjrMUPQ/acolhida-cisele-ortiz.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. Sites para consulta: PROJETO CRIANÇA E NATUREZA (Instituto Alana). Disponível em: <www. criancaenatureza.org.br>. Acesso em: 10 set. 2018. CALEIDOSCÓPIO BRINCADEIRA E ARTE. Disponível em: <http://www.caleido.com. br/>. Acesso em: 10 set. 2018.

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TERRITÓRIO DO BRINCAR. Disponível em: <http://territoriodobrincar.com.br/>. Acesso em: 10 set. 2018. INSTITUTO ARTE NA ESCOLA. Disponível em: <http://artenaescola.org.br/>. Acesso em: 10 set. 2018. Confira os vídeos dos seguintes canais no Youtube: MARIA FARINHA - Tarja branca https://www.youtube.com/watch?v=dadvMzBqIdI&list=PLUKQf7emLu DgCYLGmC0Bp_lfJkQzTOOXP - O começo da vida (com pílulas – vídeos curtos – especialmente sobre o brincar) https://www.youtube.com/watch?v=gPr6Qpz6UGw&list=PLUKQf7emLuDjqM2su SnqYFi2Kb8q3LFZh CANAL PARALAPRACÁ https://www.youtube.com/user/avanteeducacao PROJETO CRIANÇA E NATUREZA (INSTITUTO ALANA) https://www.youtube.com/watch?v=_GeRQKzMmCM&list=PLwtaWcfcrGsbNbwD_ X30KJeodF-uGThaR 10. ANEXOS • Subsídios para os temas desenvolvidos Professor, procure sempre contextualizar e enriquecer os temas e as atividades propostas, consultando o Manual e/ou a internet. Você encontrará aqui algumas informações que o ajudarão a dar maior significado às atividades dos livros do aluno. Use e abuse também de sua criatividade, da curiosidade e do entusiasmo. Isso contagia as crianças e é fundamental para uma educação de qualidade.

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LIVRO 1 Atividade da página 11 – Unidade 1: Convivendo na Escola Capítulo 1: Quem sou eu, quem somos nós Ficha do nome da Lili e ficha do aluno Na primeira unidade, as crianças terão oportunidade de participar de diferentes brincadeiras e vivenciar algumas já conhecidas que trabalham movimentos corporais e cantigas diversas. Tais propostas permitirão a formação de laços afetivos com os colegas e professores. Novos aprendizados e muitas descobertas farão parte do dia a dia na escola com as crianças de 2 anos. No primeiro capítulo, professor, apresentamos a mascote Lili, uma girafa bem-humorada e divertida que acompanhará as crianças durante o ano. Depois de adivinharem quem é a Lili (dê pistas, brinque de adivinha com as características da girafa – quem será Lili? É um animal que tem pescoço muito longo. Ela é tão alta que consegue comer folhas do alto das árvores sem precisar subir nos galhos). Lili logo apresenta seu nome e, com base nisso, começamos a explorar os nomes das crianças e a trabalhar com a identidade. Lembre-se de deixar fichas com identificação do aluno em lugar visível e acessível de modo que possa tocar na ficha, retirar sem ajuda, colocar sozinho a ficha na caixa ou no cartaz de chamada. Atenção: O nome do aluno na ficha deverá ser em caixa-alta e com uma ilustração ao lado para a sua primeira identificação. À medida que os trabalhos com os nomes forem realizados, ao longo dos meses, o professor poderá retirar a figura da ficha, pois a criança já identificará seu nome pelas letras. Sugestões para trabalhar com o nome dos alunos: 1. Esconde-esconde com as fichas de nomes: o aluno procura seu nome na cadeira ou na mesa ou no centro da roda, pega a ficha e entrega-a para o professor. 2. Caixinha surpresa de nomes com fotos de cada aluno: a criança fecha os olhos, tira/sorteia uma ficha, abre os olhos, identifica o nome e entrega-a para o dono da ficha. 3. “Carteira de Identidade”: confecção de Carteira de Identidade com foto. 4. Descobrir/reconhecer a 1.ª letra do nome no alfabeto (brincar com letras móveis). 5. Quebra-cabeça de nomes com letras e fotos – carômetro.

6. Memória de nomes: cada aluno fala o seu nome; o professor escreve-o no quadro. Depois cada um faz um traço ou contorno em torno de seu nome. 7. Identificar o nome nas pastas de atividade, ou nos escaninhos. 8. Pintar, com cola colorida e com o dedo, a primeira letra do nome. 9. Brincadeiras cantadas – canções com nomes das crianças: “Se Eu Fosse um Peixinho”: fazer uma roda com as crianças ouvindo, cantando e identificando o próprio nome nas figuras de peixinhos. 10. Espalhar as canecas, pastas, escovas de dentes, mochilas etc. com os nomes para cada criança tentar achar o seu objeto. 11. Pintar a primeira letra do próprio nome. 12. Varal de nomes: identificar o nome, usar o pregador de roupa para prender a ficha no varal. Professor, as sugestões acima deverão ser desenvolvidas gradativamente. Lembrese de que as crianças de 2 e 3 anos ainda estão na fase das garatujas e podem não ser capazes de grafar as letras no início do ano. Também é comum não diferenciarem letras de números. Aos poucos, após alguns meses, você pode intensificar essas atividades e pode até retirar as fotos das fichas para que o reconhecimento dos nomes seja feito somente pela escrita. Atividade da página 13 – Unidade 1: Convivendo na Escola Capítulo 1: Quem sou eu, quem somos nós Apresentação da girafa Lili Conheça algumas curiosidades sobre as girafas: 1. A girafa é o mamífero mais alto do mundo, graças às suas pernas longas e seu pescoço enorme. Tem uma língua tão grande, que consegue esticá-la até alcançar a orelha. 2. Só o pescoço da girafa sozinho pode medir cerca de 2 metros de comprimento. As pernas têm praticamente a mesma medida do pescoço. 3. Existe uma diferença de tamanho entre os machos e as fêmeas. Enquanto elas podem crescer aproximadamente até a altura de 4 metros, os machos alcançam até 6 metros. 4. Todas as girafas têm uma característica em comum: possuem dois ou até 4 “chifres” (na verdade não são chifres. São cornos, pois nunca caem. São permanentes, diferentes dos chifres que caem e podem nascer novamente). Os machos aproveitam os cornos como armas de luta, além de também usarem os seus longos pescoços para isso; porém, tanto o pescoço quanto os “chifres” são usados também em brincadeiras e até na hora de namorar. 5. As girafas vivem nas savanas semiáridas da África e florestas abertas que têm árvores e muitos arbustos altos à disposição para se alimentarem, pois são

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animais herbívoros. Comem o dia inteiro; porém, só se alimentam de folhas. Graças ao pescoço longo, conseguem comer as folhas mais altas das árvores. Elas vivem em grupos e, geralmente, têm um líder, que é o macho mais velho. Os outros membros do grupo são as fêmeas e seus filhotes. 6. As girafas dormem pouco: algumas dormem só trinta minutos (meia hora) por dia. Outras dormem no máximo 3 ou 4 horas; mas sempre dividindo o sono em vários pequenos cochilos de 5 a 10 minutos por vez. Isso acontece porque ficar acordado a maior parte do tempo permite ao animal estar constantemente em alerta para evitar o ataque de possíveis predadores. 7. Seu período de gestação dura cerca de 14 meses, e o filhotinho enfrenta já um desafio na hora nascer. Tudo porque, quando a girafa dá a luz, o filhote cai no chão, pois ela realiza o parto em pé. Entretanto, geralmente, acaba tudo bem, pois a mamãe escolhe lugares com gramas no chão para amortecer a queda e, um tempinho depois, ele já consegue se levantar e andar. Os bebês girafas já nascem grandões, medindo cerca de 1,80 metro de altura e pesando de 45 a 68 quilos. Por volta dos 4 anos de idade, os filhotes já são adultos e vivem geralmente 20 anos, podendo chegar até 25 ou 26 anos. 8. As girafas emitem poucos sons e, quando o fazem, é num tom muito baixo. Por isso, algumas pessoas dizem que elas são mudas.

crianças com pouca capacidade de concentração, você pode fazer os barcos com antecedência; assim, o tempo de duração da atividade não se estenderá muito. Entretanto, faça ao menos um barco grande durante o momento da roda para que todas as crianças observem o passo a passo da confecção.

1. Pegue uma folha de papel A4 branca ou colorida. Dobre-a ao meio e dobre-a outra vez, formando um quadrado para marcar o meio da folha dobrada.

Observação: Não são necessárias todas essas informações para as crianças. Selecione as mais importantes e faça adaptações na linguagem e nos termos científicos, se for preciso, para facilitar a compreensão. Fonte: Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com> e <https://www.megacurioso.com.br/ animais/49184>. Acesso em: 10 set. 2018.

2. Junte a ponta do lado direito na dobra 3. Agora que você tem um triângulo, dobre do meio da folha. Depois, faça o mesmo a parte da borda em direção à ponta do com a ponta do lado esquerdo. triângulo. Faça isso nos dois lados. Junte o lado direito com o esquerdo.

Atividade da página 45 – Unidade 1: Convivendo na Escola Capítulo 2: Brincando com a Lili e os amigos Atividade do barquinho com a letra inicial do nome do aluno Como fazer um barco de papel? Dobrar papel é um simples entretenimento que diverte a todos, em qualquer idade e, sem dúvida alguma, estimula a imaginação, a criatividade, desenvolve a destreza manual e a concentração. Veja, passo a passo, como fazer um barco de papel. Modelo simples que certamente estimulará as crianças a criarem seu próprio barco. Para a atividade sugerida no livro do aluno, professor, você pode fazer a dobradura do barquinho para cada aluno, no momento da roda. Enquanto você faz, os alunos observam. Não se espera que crianças tão pequenas consigam realizar essa dobradura; mas é interessante que observem os formatos que o papel vai toma até se transformar em um lindo barco. Caso se tenham muitos alunos, ou caso sejam

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4. Pegue uma das pontas, dobre-a para 5. Pegue as duas pontas da borda e cima e faça o mesmo com a outra ponta, puxe-as para o centro. do lado contrário, formando um triângulo. 6. Agora você tem um losango.


Dicas: • Dobre o papel como marca nos desenhos. • Vinque as dobras para facilitar o manuseio. • Se não der certo na 1.ª vez, desdobre o papel e comece tudo de novo. Adaptação do texto disponível em: <http://vida-crianca.blogspot.com/2013/01/barco-de-papel-aprenda-e-ensine-suas.html>. Acesso em: 15 maio 2018.

7. Pegue uma das pontas do losango que tem a aba e dobre-apara cima. Faça o mesmo com a outra ponta do outro lado, formando um triângulo.

8. Puxe, ao mesmo tempo, uma ponta do triângulo para o lado direito e a outra para o lado esquerdo.

Professor, como as crianças de 2 anos não conseguem passar por todos esses passos na atividade de dobradura, entregue a elas uma folha de jornal e estimule-as a criar um barco diferente, do jeito que quiserem ou conseguirem fazer. Pergunte-lhes: “como vocês transformariam essa folha num barquinho? Proponha que elas amassem, dobrem, rasguem. Valorize aquelas trabalhos que se “aproximem” de um barco. O barquinho feito livremente pelas crianças não será utilizado no livro. Somente o barquinho feito por você, professor, será colado na página. Para realizar a atividade do livro, você deve fazer com antecedência um barquinho de papel para cada criança e um barquinho maior para seu uso, professor, onde caiba uma ficha de nome do aluno; ou tente conseguir um barco de brinquedo onde seja possível colocar ficha de nome. Providencie também uma ficha com nome e outra ficha somente com a letra inicial de cada criança ou letras móveis. Espalhe os nomes e as letras no centro da roda. “Lá vai o barquinho” Como é a brincadeira

(adaptação para crianças do Maternal)

9. Estique bem e, com o polegar e o indicador, vinque a borda. Agora, seu barco está pronto para brincar, navegar... Divirta-se!

No livro de atividades para uso do professor, há orientações e sugestões em 5.ª cor para a brincadeira do barquinho. Aqui no manual, professor, inserimos uma versão mais simples para as crianças que não conseguem fazer as abstrações e os aprofundamentos sugeridos no livro do professor: • Com as crianças em círculo, coloque um barquinho grande de papel (de jornal ou outro papel) ou barquinho de brinquedo (de plástico ou madeira) no centro da roda. Se possível, amarre um barbante para poder puxar o barco. Diga que ele vai navegar carregando uma ficha do nome e a letra inicial de algumas crianças. • Dê pistas falando uma característica física ou um adereço ou calçado que a criança esteja usando e movimente o barquinho dizendo: “Lá vai o barquinho carregando o nome e a letra inicial de uma criança que está usando um lacinho azul; ou “Lá vai o barquinho carregando o nome e a letra inicial de um menino que está com tênis azul...”. Ou: “Lá vai o barquinho carregando o nome de uma menina que está ao lado do professor...”.

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• A criança pega a sua ficha e a letra inicial do seu nome para colocar no barco que está no centro da roda. • Você, professor, vai empurrando o barquinho ou puxando por um barbante e dará pistas do próximo nome que vai navegar. Depois as crianças também podem puxar o barco e dizer nomes que querem colocar dentro dele. Atividade da página 59 – Unidade 2: Quem quer brincar comigo? Capítulo 1: Meu corpo em movimento Prato com alimentos coloridos É indiscutível: quanto mais colorido o prato nosso de cada dia, mais vantajoso ele é para a saúde. Isso porque as cores ajudam a reconhecer uma qualidade dos vegetais: a presença de pigmentos que fazem maravilhas pelo nosso organismo. Lembre-se: cada fruta, verdura e legume tem um conjunto de propriedades que não é comum aos demais. Abaixo, professor, veja quais são as cinco cores que não podem ficar de fora da rotina e entenda o porquê: Roxos O roxo que tinge a uva, a amora, o açaí e a casca da berinjela é sinal da presença de antocianina, um fitoquímico de respeito. Ele auxilia no controle do colesterol, na prevenção da obesidade e na luta contra tumores. Brancos Os alimentos esbranquiçados são fontes de flavonoides, que nos protegem dos radicais livres. Entram nesse grupo maçã (sim, o que vale aí é a polpa), pera, couve-flor, banana e gengibre. Verdes Couve, espinafre, rúcula, alface e outros itens verdes reúnem luteína e zeaxantina. Elas ajudam a derrubar o risco de problemas nos olhos e entupimento nos vasos. Vermelhos Esse time rubro, formado por melancia, pimentão, goiaba e, claro, tomate, concentra licopeno. A substância é conhecida por baixar o colesterol e afastar os cânceres de próstata e mama. Laranja O que é amarelo ou laranja esconde carotenoides, substâncias que são convertidas em vitamina A no corpo e, assim, preservam a visão. Cenoura, damasco, tangerina, laranja, abóbora e mamão fazem parte da equipe.

Atividade da página 79 – Unidade 2: Quem quer brincar comigo? Capítulo 2: Brincar é bom demais! Coelhinho sai da toca Regras da brincadeira (adaptação para crianças do Maternal) Antes de realizar a atividade no livro, professor, convide a turma para brincar, no pátio, de ‘Coelhinho sai da toca”. Crianças na faixa de 2 a 3 anos de idade já conseguem participar de jogos de regras simples. É possível adaptar ao Maternal, jogos mais complexos e normalmente usados para crianças de idades mais avançadas. Veja essa versão simplificada da brincadeira: 1. Convide as crianças a ficarem em roda no pátio. Pergunte quem já brincou de ‘Coelhinho sai da toca” e quem sabe como se brinca. Explique que podemos inventar maneiras diferentes de brincar. Antes de explicar as regras, peça que fiquem de olhos bem abertos e prestem atenção no que você vai fazer. 2. Enquanto as crianças aguardam em roda, espalhe no pátio bambolês em quantidade suficiente para toda a turma, ou seja, um bambolê para cada aluno. Caso não tenha esse material, risque, com giz, círculos grandes para todos se posicionarem dentro deles como se estivessem em tocas. Faça um círculo/toca para cada criança. 3. Convide a turma para contar, junto com você, quantos círculos estão no pátio e diga que são tocas para os coelhinhos. As crianças serão os coelhinhos e você será o lobo que vai pegar o coelhinho que estiver fora da toca. Explique para as crianças as regras da brincadeira. • Quando escutarem uma palma, todos devem se levantar e entrar em uma toca. • Quando escutarem “Coelhinhoooooo sai da tocaaaaaaa”, todos devem sair e trocar de toca. Ou seja, devem ir para a toca de algum colega. • Quem for pego pelo lobo vai virar lobinho e vai ser o pegador na próxima vez. Professor, repita a brincadeira pelo menos uma vez por semana até que todos compreendam as regras. Use sua criatividade e invente outras regras mais simples ou mais complexas de acordo com os avanços de sua turma. Por exemplo no mês seguinte, colocar um bambolê a menos, ou desenhar uma toca a menos. Assim você pode trabalhar conceitos “sobrou ou faltou”: tem toca para todas as crianças? Está faltando toca? Quantas?

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/alimentacao/5-cores-que-precisam-estar-no-seuprato/>. Acesso em: 18 maio 2018.

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Atividade da página 87 – Unidade 2: Quem quer brincar comigo? Capítulo 2: Brincar é bom demais! Caça ao tesouro Material necessário: • Duas caixas de sapatos embrulhadas em um papel brilhante ou papel de presente. Dentro de uma caixa, poderá haver moedas de chocolate ou uma lembrancinha para cada criança: apitos, frascos com produto para brincar de bolha de sabão, piões feitos com CDs, etc. Cole um papel na tampa da caixa e escreva: PRESENTE DA LILI PARA AS CRIANÇAS DO MATERNAL. Na outra caixa, haverá folhas de árvores encontradas no chão do pátio. Assim não será preciso arrancá-las das plantas. Escreva na caixa: TESOURO DA LILI. • Marcas de pegadas feitas em papel e recortadas uma a uma (para seguir o tema do livro didático, sugerimos fazer pegadas da Lili, seguindo o formato da pata de girafa). As pegadas serão espalhadas pelo pátio. Leve-as com você quando for realizar a caça ao tesouro.

Professor, deixe a caixa circular entre as crianças para que sintam o peso, percebam se ao sacudir faz algum barulho. Dê mais pistas até a turma adivinhar. Depois, abra a caixa, explore os formatos de algumas folhas que podem lembrar figuras ou até rosto de animais. Explore quantidades e tamanhos: pegue 2 ou 3 de tamanhos diferentes e peça para mostrarem qual é a maior. Finalização: convide as crianças para irem ao pátio recolher folhas de árvores (caídas no chão) para aumentar a coleção da Lili e completar a caixa do tesouro. Algumas folhas vão para a caixa e outras serão coladas na página do livro depois de secas. Há, também, a possibilidade de se colocar a folha da árvore por baixo da folha do livro e passar o giz de cera por cima, reproduzindo o desenho da folha em cor. Chegando ao pátio, chame atenção para as pegadas da LILI. Será que ela escondeu algum tesouro? Vamos seguir as pegadas? Depois de encontrar o tesouro, a atividade termina com a colheita de folhas ou com a reprodução da folha no livro.

Regras da brincadeira (adaptação para crianças do Maternal e à atividade do livro do aluno) Apresentação do tesouro da LILI Antes de iniciar a atividade, sem que as crianças vejam, professor, você deve ir ao pátio para esconder a caixa de tesouro com os presentes para as crianças (ou peça ajuda para alguém fazer isso por você). As pegadas devem ser espalhadas no pátio para dar pistas do esconderijo. Para iniciar uma caça ao tesouro, parte-se, muitas vezes, de uma carta enviada às crianças escrita por uma personagem – por exemplo, a girafa Lili. Em roda, leia a carta e mostre a caixa do tesouro com tampa contendo, dentro, folhas de árvore. Antes de abrir a caixa, leia a carta com a seguinte mensagem da Lili: Olá crianças, dentro dessa linda caixa eu guardo o meu tesouro. Vocês sabem o que é um tesouro? (As crianças responderão como quiserem.) Tesouro não é somente moedas ou joias. Tesouro é tudo que é importante para nós. Será que vocês conseguem adivinhar qual é o meu tesouro? Vou dar uma pista: dentro da caixa tem coisas que eu adoro e sem elas eu morro de fome. Mas a caixa está um pouco vazia. Vocês me ajudam a encher meu tesouro? Um beijo na ponta do nariz. Assinado: LILI

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Anotações __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________




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