Cariúnas_publicaçãoIII

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Apresentação

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Projeto CariĂşnas

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Apresentação

Realização

Apoio

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Projeto Cariúnas

FICHA TÉCNICA Idealização:

Projeto CARIÚNAS Autores:

Rafael Guimarães, Reginaldo Costa, Teresa Vilela Coordenação:

Tânia Mara Lopes Cançado Edição:

Flavia Lopes Cançado Concepção gráfica:

Ronei Sampaio Produção do material gráfico:

Associação Imagem Comunitária - AIC Revisão:

Impressão: Gráfica O Lutador

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Apresentação

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sumário Apresentação ..................... 08 Meu Corpo Criança ..................... 13 A fazenda ..................... 19 Passeio na Floresta ..................... 20 A lata ..................... 22 Galinho Carijó ..................... 23 Casa pequena na floresta ..................... 24 Escravos de jó ..................... 24 Estorinhas de Dedo ..................... 25 Pezico e Pezaco ..................... 25 Borboleta ..................... 26 Chiquinhas ..................... 26 Eco ..................... 27

Criatividade em Música ..................... 29 O Pêndulo .....................

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Pega pedra ..................... 37

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Apresentação

Criação de músicas ..................... 40 Palitos coloridos ..................... 41 Passe para fulano ..................... 42 Cria-aprende melodia ..................... 43 Quem comeu a barata foi... ..................... 44 Queimadinha ..................... 45 Foca o foco ..................... 46 Mapa sonoro ..................... 48

Musicalização | Percepção musical ..................... 51 Guia vocal ..................... 56 Paisagem sonora ..................... 58 Parâmetro duração ..................... 60 Curto, longo, silêncio ..................... 61 Barbante sonoro ..................... 62 Morto-Vivo com som ..................... 63 Jogo do tipograma ..................... 65 Em cima, dentro ou fora ..................... 66 Escala musical corporal ..................... 67 Rápido, lento, silêncio ..................... 69 Formas geométricas ..................... 70

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apresentação Caro professor, Esta brochura foi desenvolvida pelo CARIÚNAS, programa sócio-cultural sem fins lucrativos de responsabilidade da Sociedade Artística Mirim de BH (SAMBH), em parceria com a Rede SESI/MG – área de Educação, com o objetivo de oferecer a seus professores do ensino básico e fundamental I mais um instrumento de suporte e orientação para o desenvolvimento de atividades artístico-musicais em sala de aula. O programa CARIÚNAS foi criado em 1997 e hoje, com 14 anos de experiência, atende gratuitamente cerca de 200 alunos em sede própria (Parque Escola Cariúnas) na região metropolitana de BH. O programa é voltado para o ensino-aprendizado da música para crianças e adolescentes e desenvolve uma pedagogia holística de educação através da interdisciplinaridade entre as várias formas de expressão artística – música, dança e teatro – buscando alcançar não só o desenvolvimento do intelecto do aluno, mas também os aspectos físicos, emocionais, sociais, estéticos, intuitivos e espirituais, inatos a todo ser humano.

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A rapidez com que os alunos respondiam ao ensino integrado, a autoestima crescente e a confiança no futuro que cada um apresentava mostraram aos educadores do Cariúnas a necessidade de uma maior consciência sobre essa formação holística dos jovens. Esta experiência gerou um sistema de organização curricular interdisciplinar e multiorientada no que diz respeito ao desenvolvimento holístico dos participantes. Essa metodologia foi sistematizada pelo professor Rafael Anderson (coordenador pedagógico do Cariúnas), que a denominou “rede curricular” para enfatizar o caráter dinâmico dos processos pedagógicos, uma vez que tal metodologia considera a flexibilidade e a adaptabilidade de conteúdos diversos, conforme os contextos e as circunstâncias. Na “rede curricular” incluem-se os cursos regulares, as apresentações artísticas e outros acontecimentos, além de agregar as questões afetivas, espirituais, psicológicas, identitárias e socioculturais como material inerente ao processo global de ensino-aprendizagem. Nesse contexto, ao criar a presente brochura apresentando atividades integradas baseadas na metodologia Cariúnas, tem-se a intenção de colaborar com a educação tendo em vista a implantação do ensino da música na escola regular a partir de agosto de 2011. Conforme a lei federal nº 11.769, que altera a lei de Diretrizes e Bases (LDB) e dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino da música no ensino básico, a implantação de suas práticas nas escolas passa hoje por negociações estabelecidas, não só no interior da cultura escolar, mas principalmente junto aos professores, especialistas e gestores. Como educadores, entendemos que o primeiro passo para esse entendimento é acreditarmos na importância do ensino da música no currículo escolar, e que sua prática vem contribuir para o desenvolvimento das faculdades e habilidades de cada uma dessas crianças e adolescentes, com repercussão no seu desenvolvimento global e integral como ser humano. Sem pretensões de ser um livro de educação musical, este manual tem como foco sensibilizar e motivar o professor regente de classe, que é hoje um instrumento de suma importância nesse momento de implantação do

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ensino da música na escola regular. O seu nível de motivação e sensibilização estará diretamente relacionado ao resultado final desse processo na sua escola de atuação. Ao compartilhar essas atividades com o professor, estaremos contribuindo para o seu envolvimento, sua motivação e sua sensibilização diante das atividades artísticas. Estaremos também impulsionando uma atuação conjunta entre todos os professores (regentes de classe e especialistas em música) e a direção da escola, de forma a buscar o fortalecimento e a permanência consciente do ensino da educação musical no currículo da escola. Esta brochura inclui uma variedade de atividades que foram descritas por diferentes autores, que são professores com domínio e conhecimento da filosofia e pedagogia hoje desenvolvida no programa Cariúnas. Essas atividades, que se desenvolvem desde “o brincar” através do resgate de valores em nós adormecidos, passam pelas experiências da criação, ativando a fantasia e a imaginação, e que finalizam nas vivências básicas da educação musical “formal”, estão classificadas em três áreas denominadas “oficinas”, que se sub-titulam nos seguintes termos: 1. Oficina “Meu Corpo Criança” 2. Oficina de Criatividade (Criação) 3. Oficina de Musicalização Cada oficina está contemplada com um texto do autor, que apresenta uma síntese do tema e do objetivo da área de conhecimento em questão. O texto é seguido de uma série de atividades que inclui, em cada uma delas, as competências (primárias e secundárias), os materiais usados, a forma de organização, o objetivo, o processo, a avaliação, e outras orientações direcionadas ao professor, relativas a sugestões e/ou variações da atividade. Essas orientações irão ajudar o professor a encontrar caminhos alternativos para desenvolver a atividade de acordo com as diferentes e distintas respostas da criança frente àquele desafio.

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O trabalho de sensibilização proposto pode ser dividido em dois momentos. Primeiramente, através da participação do professor nas oficinas de capacitação, onde vivenciarão as atividades musicais descritas na presente brochura. Num segundo momento, os professores colocarão as idéias propostas em prática, por meio das atividades contempladas nesta brochura, que se apresenta como um breve, porém rico, roteiro para a aplicação e repasse dessas experiências a seus alunos em sala de aula. Também fazem parte da brochura alguns anexos, que trazem informações adicionais sobre o projeto Cariúnas, o currículo dos professores das oficinas e algumas referências bibliográficas; ao longo do material, são apresentadas definições de termos e conceitos básicos considerados relevantes que são citados nos textos das atividades, de forma a compreender melhor a importância da inclusão musical na sala de aula e aumentar a sensibilidade do professor frente às sutis reações do aluno, expressadas “entrelinhas” em suas atitudes e emoções diárias.

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Oficina Meu Corpo Crianรงa

Oficina

Meu Corpo Crianรงa

Teresa Vilela

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“Encantar” é um verbo que nos remete à infância, nos faz lembrar da magia dos contos de fadas com varinhas de condão, dos potes de ouro ao final do arco-íris, dos sapos que viram príncipes e princesas que se tornam pássaros... Encantamento nos lembra de fantasia e de imaginação. Encantar é sinônimo de seduzir, maravilhar-se, transformar através da magia. Não se trata, porém, de uma magia que necessite de poções mágicas, mas da que é criada através do olhar, do escutar, do tocar e do sentir... As crianças são seres encantados por natureza e a oficina “Meu Corpo Criança” vem buscar na essência da infância seu precioso objetivo: despertar encantamento nos corações infantis, a começar pela sensibilização de seus educadores. Acreditamos que é preciso “encantar a si mesmo” para, posteriormente, encantar as crianças que educamos com base na beleza e na simplicidade das coisas que nos rodeiam. Para alimentarmos a nossa condição humana e oferecermos às gerações futuras a possibilidade de desenvolvimento da solidariedade, da compaixão, da coragem, do olhar para o bom e para o belo, é necessário que cuidemos de apresentar às nossas crianças não somente as maravilhas físicas, mas também aquelas derivadas de pequenos gestos, cuidados e estímulos. Dom Helder Câmara (1946) nos inspira poeticamente com suas palavras do texto “A minha pedagogia” quando enfatiza que devemos povoar de belezas o olhar inocente de uma criança. Este processo deve ser feito com base em nosso próprio exemplo, pois, segundo Rudolf Steiner (2005), é pela imitação que a criança pequena aprende. Um dos grandes desafios da educação na atualidade é a busca por um ensino mais eficiente, já que a educação puramente intelectual não cumpre todas as expectativas. Nota-se que a disparidade entre a teoria e a prática do ensino tem aumentado de forma significativa, em virtude de algumas mudanças da sociedade, como, por exemplo, a intelectualização precoce, o excesso de informação e conteúdo teórico e a “virtualização” dos processos pedagógicos, condições estas que podem afastar a criança de atividades e conteúdos próprios de sua idade e essenciais à sua formação.

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Para proporcionar à criança um processo harmonioso de desenvolvimento de todas as suas capacidades, com base em um desenvolvimento integral, nós educadores devemos ampliar nossos conhecimentos e dar ênfase às atividades artísticas, tais como o desenho, a pintura, a música, a modelagem, o movimento, entre outras, pois essas atividades são consideradas, em si mesmas, equilibradoras e harmonizadoras. Com o intuito de trazer uma nova linguagem sobre a criança e os elementos que a norteiam, tais como o brincar, a fantasia, a imaginação, o ritmo, o movimento e a música, “Meu Corpo Criança” busca auxiliar o profissional da educação em sua prática diária, oferecendo-lhe a possibilidade de ampliar sua visão em relação ao valor do olhar artístico no trabalho pedagógico e em relação à importância desses elementos na formação da criança como ser humano. Desta forma, a oficina busca resgatar “valores adormecidos”, despertando os profissionais da educação para uma caminhada mais criativa e humana junto a seus alunos.

Brincar Desde os primórdios da humanidade, tem-se notícia de que o homem brinca. Os estudos de impressões arqueológicas e pinturas rupestres apontam que os jogos existem há muito tempo e que os povos mais primitivos faziam uso de brinquedos. Quanta alegria e descontração percebemos nas crianças quando estão brincando! Como admiramos as pessoas alegres e brincalhonas! Como é divertida a vida quando brincamos com quem convivemos. Mas afinal, por que brincamos? A brincadeira é primordial e desenvolve a arte de amar. Para a criança, é um alimento. É brincando que exercitamos habilidades essenciais à saúde de nossas relações e alimentamos a fantasia e a imaginação. O brincar permite que a criança dê livre curso aos impulsos que lhe vem do corpo e da imaginação. Ao exercitar nos jogos a capacidade de lidar com os desafios e sentimentos que eles

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despertam, a criança busca competência para administrar situações cotidianas com eficácia. Brincar não é só uma necessidade orgânica; é também, uma necessidade de alma. Quando uma vontade não é satisfeita, no que se refere ao organismo, pode-se criar compensações. A falta constante de alimento, por exemplo, colocando em risco a sobrevivência, pode desencadear um processo de desespero, levando o indivíduo a praticar ações agressivas para a satisfação de suas necessidades. Porém, isso se torna mais complicado quando o âmbito da alma é envolvido. Uma criança, privada do seu direito de brincar, pode tornar-se “faminta” de seu alimento de alma, pois para ela, o brincar é uma autêntica e inerente necessidade vital. Isso significa que uma criança que não brinca pode vir a não ser uma criança saudável e, sendo assim, poderá ter problemas orgânicos e/ou psíquicos. Desatenção, irritação, apatia, agressividade e falta de interesse são alguns sinais de que algo não vai bem, na área do “fazer infantil”. Nas estórias e nos jogos, ao lidar com sentimentos aflitivos mantendo entusiasmo e perseverança diante dos desafios, pode-se aumentar a capacidade de empatia e envolvimento com nossos semelhantes. Em outras palavras, brincar gera fraternidade. Quando brincamos com uma criança estamos ajudando-a a aprender a lidar com a satisfação de seus desejos e estamos ensinando-a a agir estrategicamente diante das forças que operam no ambiente. Com alegria,

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despertamos nela o gosto pela vida e o enfrentamento dos desafios com segurança e confiança. Desta forma, brincar constitui-se em uma atividade interna, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. As crianças quando brincam buscam apenas descobrir as diversas possibilidades de resolver os diferentes problemas que lhes são colocados. Todas essas características do brincar podem transformá-lo em uma oportunidade singular de educação, favorecendo a auto-estima das crianças de forma criativa e auxiliando-as a interagir com o mundo em que vivem. Um bom brinquedo conduz a criança a uma entrega calma de si mesma.


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reflexões sobre o brincar Como responder à grande pergunta que mobiliza os educadores? Como a criança aprende? Hoje, nós educadores estamos querendo compreender o olhar da criança sobre o mundo, as pessoas, a natureza, as coisas e as relações entre tudo isso. E quando perguntamos “como a criança aprende?”, tropeçamos na linguagem fundamental da criança e chegamos a esta resposta: “crianças aprendem brincando”. Para nós, adultos, brincar é sinônimo de lazer, passatempo, coisas de fim de semana, falta do que fazer. Para a criança, brincar é uma questão de sobrevivência, porque é o único recurso que ela possui para interpretar a vida e interferir no mundo. Para ela, brincar é a sua forma de pensar. Brincadeira e pensamento são uma coisa só. Brincar com o quê? Com pedrinhas, com as mãos, com palavras, com canções... Quando a criança brinca, realiza uma intensa atividade de investigação, exploração, experimentação e são justamente estes três ingredientes - explorar, experimentar e investigar - que possibilitam a construção do conhecimento. Portanto, o brincar ocupa um papel central na nossa relação pedagógica. Hoje, nós educadores devemos partir da criança e, com ela, ampliar os seus e os nossos horizontes. É importante relembrar esta “filosofia educacional” para não cairmos nas famosas e tentadoras simplificações que apontam o brincar como um “intervalo”, um “ornamento”. Por causa destas simplificações, nós educadores buscando ansiosamente novos brinquedos e novas brincadeiras, como se as técnicas fossem os elementos mais importantes do brincar. Para a criança, brincar é um olhar para o cotidiano. Para nós, educadores, o mais importante é captar este olhar. O repertório de brinquedos milenares e planetários é uma fonte sempre contemporânea de aventuras mirabolantes. Por que essas coisas foram caindo no esquecimento? As respostas costumam

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esbarrar naquelas explicações conhecidas: “a gente já esqueceu as brincadeiras antigas”, “falta tempo”, “as crianças não se interessam mais por isso, pois estão à procura de brinquedos de alta tecnologia, entre outras”. Muitos dos brinquedos que mobilizaram a infância dos nossos avós não foram ensinados aos nossos pais; muitos dos brinquedos que mobilizaram a infância de nossos pais não nos foram ensinados; muitos dos brinquedos que mobilizaram a nossa infância não serão ensinados aos nossos filhos. De repente a resposta surge luminosa: não ensinaram e não ensinamos porque não viram e não vemos valor nessa cultura lúdica. É como se pensássemos assim: “Na nossa época, não tínhamos recurso, era tudo muito atrasado e o jeito era brincar com estas bobagens”. Um pensamento absolutamente equivocado! As crianças de hoje não estão brincando com rabo-de-gato, jabolô, língua do P, teatro de sombras, porque simplesmente não conhecem. Não há contradição alguma entre a alta tecnologia dos computadores e os brinquedos simples. As crianças terão enorme prazer em dividir o seu tempo entre os videogames e os corrupios. Quando o adulto ou educador apresenta um brinquedo para a criança, não é o brinquedo que atrai a atenção dela. Na verdade, a criança está atenta ao significado que aquele brinquedo tem para esse adulto. Para a criança, o grande brinquedo, a grande brincadeira, é a convivência. Baseado em trechos extraídos do texto de Francisco Marques (Chico dos Bonecos).

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Atividade 1

A fazenda Convide sua turma de alunos a formarem uma grande orquestra! Fantasie com eles o fato de todos terem se esquecido de trazer os instrumentos musicais e tente achar junto à turma uma solução para o fato. Ouça as propostas dos alunos e dê a eles a opinião de usarem suas próprias vozes, porém imitando sons de animais, para substituírem os instrumentos musicais. Inicialmente, peça a cada aluno para escolher um animal específico para imitação no momento certo da canção. Explique aos alunos que para uma orquestra funcionar bem é preciso que tenhamos: 1) os instrumentos musicais (que serão as vozes dos animais feitas pelos alunos), 2) um maestro (que será representado pelo professor) e 3) os músicos (que serão representados pelos alunos). Os instrumentos precisam ser afinados pelos músicos e todos devem olhar atentamente para o maestro, seguindo as ações de comando, como: hora de tocar, hora de parar de tocar um determinado instrumento, aumentar ou diminuir o volume dos sons.

Orquestra – o termo vem do grego. Na Grécia antiga, o termo denominava o local do teatro onde o coro (khoros) executava as danças e cantava. Com o tempo, “orquestra” passou a significar o conjunto de vários instrumentistas que executam uma obra musical. Esses conjuntos são conhecidos desde as primeiras dinastias egípcias e durante muitos séculos limitaram-se três ou quatro intérpretes. JUSTOS, Liana e MIRANDA, Clarice. Formação de Platéia em Música – São Paulo: Arx, 2004.

Sendo assim, o maestro fará a dinâmica com os alunos cantando a música da Fazenda, solicitando a eles que completem as frases da canção fazendo os sons correspondentes: O maestro inicia a atividade e canta: “Na fazenda pato tem...” Então pede aos alunos, com um simples gesto de mãos, que a orquestra faça o som correspondente (com todos os alunos juntos). Dando continuidade à canção, o maestro passará os comandos à orquestra de acordo com a dinâmica ou a intenção sonora que se quer dar a cada frase da canção. Após apresentá-la pela primeira vez aos alunos, o maestro poderá dizer que esta primeira experiência foi somente um ensaio e que, agora sim, a orquestra se apresentará pra valer! (repetir a atividade, dando sequência à fantasia...)

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Canção: A Fazenda Na fazenda pato tem: Quá...Quá... Tem um cão: Au... Au... E um peru: Glú... Glú... Carneiros brancos como algodão: Mééééé... E ainda tem um galo valentão: Cocoricó... Tem um gato angorá: Miau... E um passarinho sempre a cantar: Piu, Piu, Piu, Piu.... Quando o boi se põe a mugir: Muuuuu.... A casa ameaça até cair: Tibum! Bem cedinho, de manhã: De manhã Quando o sol: Quando o sol, despertar: Despertar A bicharada vai acordar: (nesta parte da canção, cada aluno fará o som do bicho de sua escolha e o maestro solicitará a duração que achar necessária) É hora da fazenda trabalhar: palma, palma (3x)

Atividade 2

Passeio na Floresta Caro professor, Convide sua turma a ouvir uma estória. Coloque uma cadeira na frente da turma e se assente nela em grande estilo! Esta estória será uma grande aventura!!! Peça ajuda aos alunos, pois você não quer contar esta estória sozinho e precisará da participação de todos. Sendo assim, tudo que você disser ou fizer deve ser repetido pelos ouvintes. Comece com grande entusiasmo e lembre-se: você deve realmente acreditar no que está contando! Passeio na Floresta Vamos passear na floresta? Vamos? Então vamos... (Bater as mãos no colo como se fossem sons de passos) Chiii! Olha lá!... Um milharal!... (Apontar para um lugar qualquer) Não dá pra ir por cima... Não dá pra ir por baixo... Temos que ir! Vamos? Então vamos. (Esfregar uma mão na outra) Chiii! Olha lá!... Um pântano!... Não dá pra ir por cima... Não dá pra ir por baixo... Temos que ir! Vamos? Então vamos. (Poft... Poft... Poft... Poft... Fazendo movimento de passos com as mãos)

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Chiii! Olha lá!... Uma ponte!... Não dá pra ir por cima... Não dá pra ir por baixo... Temos que ir! Vamos? Então vamos. (Bater com as mãos fechadas no peito) Chiii! Olha lá!... Um rio!... Não dá pra ir por cima... Não dá pra ir por baixo... Temos que ir! Vamos? Então vamos. (Dar braçadas como se estivessem nadando) Chiii! Olha lá!... Uma árvore!... Não dá pra ir por cima... Não dá pra ir por baixo... Temos que ir! Vamos? Então vamos. (Movimento de subir em árvore) Chiii! Olha lá!... Uma montanha!... Não dá pra ir por cima... Não dá pra ir por baixo... Temos que ir! Vamos? Então vamos. Vamos subir a montanha? (Caminhando com os dedos no ar) Ohhh! Que lindo! Olha lá uma gruta! Vamos até lá? Vamos correr pra chegar mais depressa? (Apressar os passos batendo as mãos na perna) Estamos chegando... (Ir desacelerando) Está tudo escuro!... Eu “num tô” enxergando nada!... Tem alguma coisa aqui!... É grande... Macio... Peludo... Tem quatro patas... Um “rabão”... Duas orelhas... Um focinho... Dois dentões... É uma onça!!!!!!!! (Vá mostrando medo à medida que for falando esta frase) Corre gente... A montanha... (Faça o caminho todo de volta, passando por todos os obstáculos anteriores e repetindo os gestos de cada um) Ufa! Escapamos! (Mostrar sensação de alívio)

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Atividade 3

A lata Caro professor, Assente em roda com as crianças (no chão ou em cadeiras). Prepare uma lata, uma caixinha ou um saco (qualquer recipiente que possa conter pequenos papéis dobrados, com tarefas escritas em cada um). Ensine a música para as crianças ou simplesmente declame os versos ritmicamente. A lata (ou o recipiente escolhido) passará de mão em mão até o final da canção. Quem terminar a canção com a lata na mão deverá abri-la e pegar um papelzinho. A pessoa deverá ler em voz alta e executar a tarefa que estiver sendo pedida no papel. Não exclua a criança que não acertar a tarefa, faça com que ela tenha uma segunda chance para tentar. As tarefas descritas nos papéis podem ser de vários tipos: pode-se fazer uma roda simplesmente para brincar, colocando algumas tarefas engraçadas, sem expor as crianças, ou pode-se usar tarefas “premiações”, como por exemplo, ganhar um pirulito ou outro presente. Pode-se também fazer rodadas com algum conteúdo pedagógico, usando, como itens, perguntas sobre as matérias que a turma estiver estudando. Também ficará interessante se o professor mesclar todas estas possibilidades em uma só atividade. O importante é que o jogo possa ser repetido várias vezes, sempre com elementos novos (elementos-surpresa) para as crianças. Canção: A lata Lá vai a lata a girar na roda, Passai depressa, sem demora E no final desta canção, Quem estiver com a lata na mão, Pegue um papel sem dizer não!

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Atividade 4

Galinho Carijó Caro professor, para esta atividade, primeiramente ensinamos a seguinte canção: Meu Galinho carijó cantou Meu Galinho carijó cantou Meu Galinho carijó cantou Co-co-co-co-ri-co Para facilitar a memorização, na parte do “Co-co-co-co-ri-co”, sugerimos usar a contagem dos dedos da mão nas 4 primeiras sílabas. Com isso, o “ri” cairá no 5º dedo. Aí, então, reforçamos a sílaba diferente, ficando o último “co” sem marcação de dedo. Depois que os alunos já souberem cantar a música, vamos substituir a palavra “cantou” por palmas, ficando assim: Meu Galinho carijó x x (no mesmo ritmo que as duas sílabas tinham) Meu Galinho carijó x x Meu Galinho carijó x x Co-co-co-co-ri-co Assim, sucessivamente, vamos substituindo as palavras pelas palmas: Meu Galinho ( x x x ) ( x x ) Meu Galinho ( x x x ) ( x x ) Meu Galinho ( x x x ) ( x x ) Co-co-co-co-ri-co

Novamente: Meu ( x xx) ( x x x ) ( x x ) Meu ( x xx) ( x x x ) ( x x ) Meu ( x xx) ( x x x ) ( x x ) Co-co-co-co-ri-co E finalmente: ( x ) ( x xx) ( x x x ) ( x x ) ( x ) ( x xx) ( x x x ) ( x x ) ( x ) ( x xx) ( x x x ) ( x x ) Co-co-co-co-ri-co O ritmo deve permanecer o mesmo que foi cantado com a letra, porém, usando apenas com as palmas. Teremos, assim, uma seqüência rítmica comum às frases.

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Atividade 5

Atividade 6

casa pequena na floresta Escravos de jó Nesta atividade, ensinaremos a música abaixo, com gestos próprios para cada verso. (As crianças, ou outros participantes da atividade, podem sugerir gestos diferentes). Casa pequena na floresta Um velhinho na janela Veio um coelho pulando perto E bateu na porta... Ajuda! Ajuda! Gritou o coelho Fazendeiro te mata mesmo Vem cá, vem cá, vem comigo Seja feliz e meu amigo

Normalmente brincamos de escravos de Jó assentados em roda, passando uma caixinha, pedrinha ou outro objeto qualquer. Desta vez, vamos brincar de maneira diferente. Nós mesmos (os participantes da atividade) seremos as peças da brincadeira. Portanto, organizados em roda, a cada pulsação daremos um passo para a direita (ou para a esquerda) fazendo a roda girar. Isso acontecerá na seguinte parte da música: Os escravos de Jó jogavam caxangá Os escravos de Jó jogavam caxangá

A música será repetida várias vezes, no entanto, a cada vez, deixamos de cantar um determinado verso (seguindo a sequência da música), fazendo só o gesto que lhe representa. Na 8ª repetição, estaremos fazendo só gestos,

A partir daí, construiremos com os participantes alguns movimentos que representem cada uma das frases:

sem cantar. Todos estarão no mesmo ritmo, pois a música já estará memorizada.

- Deixa o Zé Pereira ficar - Guerreiros com guerreiros fazem - Zig, zig, zá - Guerreiros com guerreiros fazem - Zig, zig, zá

- Tira – bota

Construiremos uma coreografia que será repetida por todos e, a cada novo grupo, esta coreografia vai mudar de acordo com as opiniões de movimento que este grupo sugerir.

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Estorinhas de Dedo As atividades 7 e 8 são estórias contadas com os dedo das mãos, com gestos simples e bem feitos, atentando sempre para os detalhes, de forma que a imaginação seja alimentada.

Atividade 7

Pezico e Pezaco Pezico e Pezaco Dois anõezinhos dentro do saco. (Mostrar os dois polegares com os outros dedos fechados) Este é Pezico. (Mexer o polegar direito) Este é Pezaco. (Mexer o polegar esquerdo) Pezico tem um chapeuzinho. (Com a mão esquerda, fazer um chapeuzinho sobre o polegar direito – no Pezico) Pezaco tem uma fitinha na testa. (Com a mão direita, mostrar uma fitinha imaginária no polegar esquerdo – no Pezaco) Com seus passos pequeninos vão andando os anõezinhos. (Passear com as mãos, sempre fechadas, pelo ar) E vejam como dançam direitinho!

(Fingir que os polegares estão dançando) Depois voltam pra casa. Pezico e Pezaco pra dentro do saco. (Esconder os dois polegares nos outros dedos que estão fechados) Mas o saco tem um buraco! (Falar esta frase com muito suspense e sussurrando...) Vejam: Pezico e Pezaco fazendo bagunça dentro do saco!!!! (Entrelaçar os dedos das duas mãos deixando os polegares soltos. Levantar as mãos e rodar um polegar no outro para que imitem uma brincadeira) OBS: A fantasia deve fazer parte da estória durante todo o tempo e quem a conta deve realmente acreditar que os polegares são os dois anõezinhos!

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Atividade 8

Atividade 9

Borboleta

Chiquinhas

Uma lagartinha passeando pelo jardim Encontrou uma folhinha e comeu ela todinha Encontrou outra folhinha e a devorou Encontrou outra folhinha e a mastigou Encontrou outra folhinha e a engoliu Bem gordinha ela ficou E num casulo... Se enrolou Veio o vento Veio a chuva Veio o sol E um raiozinho a despertou: ­­_ Bom dia lagartinha, bom dia! Uma anteninha... Outra anteninha E numa linda borboleta ela se transformou!

Chiquinha é uma personagem: uma caixinha de fósforo, cheia de grãozinhos de arroz, toda coberta por durex colorido. Ela ri quando mexemos com ela e gosta de dormir quando está quietinha. O professor deve ter uma caixa cheia de Chiquinhas (vermelhas, azuis, amarelas, pretas, verdes, brancas etc). Com as crianças assentadas no chão, em roda, o professor começa a fantasia. Trazendo as Chiquinhas dentro da caixa, diz às crianças que não são elas que escolherão a cor das Chiquinhas e sim “As Chiquinhas” é que escolherão com qual criança cada uma quer ficar (é uma forma imaginativa para que as crianças não briguem por causa da cor). Ele diz também que elas estão dormindo e que devem permanecer assim até que todos estejam com suas Chiquinhas para que elas sejam acordadas juntas. Esta forma de conduzir a atividade mantém

O professor poderá desenvolver sua criatividade e criar movimentos e gestos com as mãos para contar a estória.

as crianças presas à fantasia que vai sendo construída pelo professor. São distribuídas duas Chiquinhas para cada criança, que devem colocá-la no chão, esperando a hora de acordá-las. Assim que todas as crianças estiverem com suas Chiquinhas, o professor dará a ordem para que elas sejam acordadas, então elas poderão experimentar livremente o som da caixinha com o arroz dentro.

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A atividade consiste em criar ritmos com as duas Chiquinhas, que deverão ser reproduzidos pelas crianças. A criatividade e o bom senso serão os elementos que darão forma a esta atividade. Sugestão: As Chiquinhas se farão sonoras ao baterem no chão, nas pernas, uma na outra, balançando no ar e até sendo passadas para a criança ao lado, como na brincadeira dos escravos de Jó. As sequências rítmicas devem começar com simplicidade e, à medida que forem sendo conquistadas pelas crianças, poderão ganhar formas mais elaboradas. Poderão ser acompanhadas por qualquer cantiga folclórica, ciranda, cantigas de roda, ou ainda, qualquer música escolar ou de interesse das crianças. O importante é criar a fantasia em torno da personagem (que pode ser a Chiquinha ou qualquer outra criada pelo professor ou pelas próprias crianças).

Criar movimentos que ilustrem a letra: Ao cantar, o professor coloca as duas mãos ao lado da boca para amplificar o som; logo após o canto, coloca as mãos no ouvido como se quisesse escutar de longe a resposta, que é o eco (cantado pelas crianças). Observações: O caráter expressivo de um som poderá estar sempre em observação a partir de seus parâmetros: altura, duração, timbre e intensidade. No que diz respeito à altura, o som pode ser grave, médio e agudo. Os sons graves, também chamados baixos, são sons com maior comprimento de onda (pequena frequência). Os sons agudos, ou altos, tem um menor comprimento de onda (maior frequência). Duração é a característica do som que o denomina como sendo curto ou longo; um som pode durar pouco ou muito tempo. Timbre é a característica sonora que nos permite distinguir cada som. Quanto à intensidade, os sons podem ser fortes ou fracos. A intensidade de uma onda sonora depende da amplitude dessa onda. Um som com uma maior amplitude é um som forte, enquanto que um som com uma pequena amplitude é um som fraco.

Atividade 10

Eco Esta atividade imita um eco. O professor deverá conversar com as crianças para saber se elas conhecem a palavra eco e o que ela significa. Discutir sobre o assunto e dar exemplos de onde acontece o eco, explicando o fenômeno. Logo após, o professor poderá criar alguns sons e pedir às crianças que façam o eco daquele som. Explorar os parâmetros do som: Altura: grave e agudo Duração: curto e longo Timbre: característica sonora que nos permite distinguir cada som Intensidade: forte e fraco Tudo isso poderá ser explorado também na música a seguir: O pico destas montanhas parece chegar ao céu E as nuvens tocam de leve a ponta do meu chapéu O professor: chamei... | Resposta: chamei... O professor: o eco... | Resposta: o eco... O professor: cantei... | Resposta: cantei... O professor: trá-lá-lá... | Resposta: trá-lá-lá... O professor: trá-lá-lá... | Resposta: trá-lá-lá...

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Projeto CariĂşnas

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Oficina Meu Corpo Criança

Oficina

Criatividade em Música Rafael Anderson

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A criatividade é um tema de fundamental importância para o desenvolvimento musical, uma vez que, na essência, música é algo que se cria. Em qualquer processo de estudo-ensino-aprendizagem, as práticas pedagógicas podem se beneficiar com o estímulo da criatividade, pois os processos criativos levam a uma motivação extra e a um desenvolvimento avançado e profundo de habilidades diversas. A oportunidade de criar proporciona um envolvimento específico e maior consciência de suas ações, elevando a autoestima, a atenção e fortalecendo fatores do processo educativo que exigem persistência. A educação solidária se torna consideravelmente promissora quando a participação resulta em experiência compartilhada na prática coletiva, na medida em que a ação de construção de uma vivência artística criativa, lúdica e prazerosa seja estimulada juntamente com as habilidades de ouvir, perceber e respeitar o outro em suas diferentes escolhas estéticas. Uma vez que o objeto de criação – uma música, por exemplo – possa ser solidariamente compartilhado, isso expõe as emoções do aluno, as suas escolhas ético-estéticas, assim como as suas identidades. É importante desmistificar a própria ideia do processo de “criar” para que seja uma habilidade humana possível de ser concebida em qualquer área do conhecimento; para isso, é necessário que se tenha espaço, tempo e que não haja constrangimento ou medo de exposição. Normalmente, a criatividade como processo no estudo da música é confrontada com a prática instrumental, que exige alto grau de condicionamento e muito tempo de dedicação, já que tal prática condicionada da música – para desenvolvimento específico da técnica – pode impossibilitar o desenvolvimento da criatividade.

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Oficina Criatividade em Música

Desenvolver a criatividade em ambiente escolar é proporcionar condições para que os alunos descubram seus próprios potenciais criativos e suas habilidades. Isso requer sintonia com as questões que envolvam as diferenças de identidade e de comportamento entre as pessoas. Certamente, não haverá clima para se criar uma música ou qualquer outro elemento de arte se houver olhares críticos e/ou autoritários no entorno, ou mesmo se os próprios colegas sentirem-se intimidados ou impuserem regimes críticos uns aos outros. O comportamento dos alunos precisa ser tratado com respeito às suas peculiaridades, focando suas motivações de maneira a proporcionar diálogo entre suas diferenças e atingir os objetivos do ensino-aprendizado a que se propõe. A tradição da educação musical, ainda hoje, está fortemente calcada nos valores estéticos eruditos desenvolvidos na Europa, em que a prática instrumental baseada no repertório europeu leva à perpetuação do status dessa música como sendo de “maior valor”. Consequentemente, muitas vezes o processo criativo se vê constrangido dentro desses limites estéticos, independentemente da diversidade de identidades étnico-ético-estéticas disponíveis. Assim, é freqüente o abandono do exercício criativo quando não há o devido respeito a essa diversidade. Com base nesta realidade, a criatividade merece atenção específica e procedimentos autenticamente orientados para o seu desenvolvimento. Criatividade, comportamento, identidade e música são temas norteadores da presente oficina e possibilitam tecer atividades e conceitos especialmente voltados para o público infantil e adolescente de escolas do ensino regular. As questões da criação estão relacionadas à inovação, à transformação, à experimentação; não existe criatividade sem informação, sem conhecimento e sem prática. A criatividade sempre proporcionará novas experiências culturais e sociais; ela leva à diversificação das coisas, das situações, e das experiências da vida. Identidade do sujeito é identificar-se consigo mesmo, significa reconhecer o potencial deste indivíduo como sujeito, como ser humano; por outro lado, tem-se a identidade social, de um

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indivíduo em relação a outro (alteridades), que são as identidades culturais, que podem ser múltiplas. Para o desenvolvimento da criatividade, o indivíduo inicialmente utiliza as suas identidades próprias e é importante para o professor reconhecer as diferentes identidades, respeitá-las e encontrar referências positivas para estas identidades, evitando-se as críticas destrutivas nos processos de criação. Há várias formas de ser e expressar a vida. As diferenças entre as pessoas são características de direito de cada um e podem ser percebidas tanto no comportamento cotidiano quanto na expressão artística. Alguns modelos de educação não fazem questão de lidar com essas diferenças, alocando preconceitos e direcionando suas concepções para a formação de públicos e consumidores de produtos específicos. No entanto, a criatividade como forma de construção da vida é essencialmente aberta às diferenças entre as pessoas e às situações por elas vivenciadas, possibilitando solucionar suas dicotomias, bem como ampliar suas visões de mundo. A presente oficina propõe abordar as questões identitárias por serem elas as referências de sociedade, de família, de religiosidade, de moda, bem como de educação, de ciência, de consciência e de comportamento. As identificações pessoais e sociais podem ser múltiplas e expressam seus diversos significados e suas diversas formas de ser. No âmbito dos processos criativos, a identidade é considerada fator essencial em atenção aos domínios de convivência e desenvolvimento artístico e cultural entre educadores e alunos. É bem esperado desenvolver habilidades de criatividade em diálogo permanente com suas formas preponderantes de expressão cultural e social, bem como com os seus conteúdos. A Oficina de Criatividade em Música propõe, inicialmente, um levantamento dos temas norteadores para reflexão com os professores (criatividade, comportamento, identidade e música). A partir desta reflexão inicial serão definidas as bases de orientação do curso que serão voltadas às necessidades específicas dos professores, visando a um aproveitamento

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Oficina Criatividade em Música

integrado com as suas atividades usuais e com a realidade vivida nas escolas. Num segundo momento, haverá as exposições de conteúdos estrategicamente escolhidos e acompanhados de exemplos de atividades práticas para desenvolvimento da criatividade, bem como re-elaborações de experiências criativas já vividas em outros contextos. O desenvolvimento do curso se dará em constante atenção às questões de ordem prática e, de preferência, de interesse direto dos participantes. Há a intenção de que a experiência seja totalmente acessível à prática escolar, de forma que a música possa ser objeto de expressão e não apenas de reprodução ou de uso secundário, acoplado a outras atividades não relacionadas à experiência da musicalidade. A oficina busca também localizar os processos criativos em sintonia com as demandas do desenvolvimento pedagógico-musical, educacional, cultural e artístico, dando destaque à importância dos trabalhos holísticos, buscando o equilíbrio do corpo em todas suas dimensões, com a exposição de conteúdos técnicos e teóricos necessários à compreensão e ao desenvolvimento de habilidades musicais, sempre de forma contextualizada. A parte final da oficina será dedicada às questões de avaliação em música e criatividade.

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Atividade 1

O Pêndulo Principais competências a serem desenvolvidas: Coordenação motora e percepção de tempo Competências específicas da área musical a serem desenvolvidas: Precisão rítmica e orientação sonora e temporal. Outras competências a serem observadas: Localização espacial e lateralidade Concentração Integração entre os colegas Socialização e cumplicidade entre os alunos Materiais: Um pêndulo instalado no teto da sala; sala ampla e vazia; uma bolinha de plástico (exemplo: bolinha de ping-pong); pequenos tijolinhos de madeira, de plástico ou de outro tipo de material para demarcar os lugares dos alunos no círculo (sugestão: tamanho 5 cm x 2 cm x 2 cm). Material opcional: pares de bastões e/ou instrumentos; vara de alumínio (substituto para o pêndulo de teto). A descrição de como montar o pêndulo e o detalhamento dos demais materiais da atividade encontram-se em anexo. Parte 1: Objetivo da atividade: Na primeira parte da atividade, o aluno deverá produzir sons (bater uma palma), conforme posicionamento do pêndulo, adquirindo melhor noção de localização espacial e temporal em relação ao movimento (experiência musical). Organização: A atividade do Pêndulo será desenvolvida com os alunos posicionados em roda sobre um círculo a ser desenhado (no chão da sala) com giz ou canetinha de quadro. O círculo desenhado deve ser do tamanho do raio cônico do pêndulo, que estará instalado no teto, no ponto central da roda. Processo: A atividade inicia-se com o pêndulo parado no centro da roda. Os alunos posicionarão os tijolinhos no chão (marcadores), dividindo o círculo em espaços iguais, na quantidade certa de alunos participantes. Após todos se posicionarem em volta do círculo (de pé ou sentados), do lado de fora da linha por onde passará o pêndulo, o professor irá girar o pêndulo no sentido horário (ou

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anti-horário, conforme queira), sendo que cada aluno deverá bater uma palma quando o pêndulo passar por ele na roda (ou seja, quando o pêndulo passar exatamente encima do marcador correspondente ao respectivo aluno). Modalidades ou variações da atividade: Quando o pêndulo passar pelos alunos, estes poderão fazer um ruído com pares de bastões ou fazer um som com instrumentos, em vez de bater uma palma. Esta primeira parte da atividade possibilitará aos alunos exercitarem a noção de espaço e de tempo. No entanto, dependendo da velocidade do pêndulo, haverá imprecisão das marcações de tempo. Para ajudar a melhorar a precisão, sugere-se uma segunda parte da atividade, que fará uso da bolinha de plástico (exemplo: bolinha de ping-pong). Parte 2: Objetivo: Um aluno posicionado em qualquer lugar da roda deverá acertar o pêndulo com uma bolinha quando o objeto passar pelo aluno no círculo, melhorando a precisão espacial e temporal. Organização: O professor dividirá a turma em três ou quatro grupos, escrevendo a seqüência numérica no chão, ao longo do círculo. Exemplo: para turma de três grupos, o professor demarcará os lugares na roda com a seguinte numeração: 1, 2, 3, 1, 2, 3, 1, 2, 3... E assim por

diante, até completar o círculo. Isto rapidamente dividirá os alunos nos respectivos grupos e ajudará a promover uma competição saudável entre times, e não individual. Após definida a numeração, os alunos se posicionarão ao redor do círculo, do lado de fora da linha por onde passará o pêndulo. Processo: Nesta etapa, cada aluno joga individualmente, sendo que o professor definirá um método de escolha do primeiro aluno a participar e definirá também a sequência dos demais jogadores. O professor lançará o pêndulo para qualquer lado e o aluno escolhido deverá acertá-lo com a bolinha quando o pêndulo passar por ele no círculo. O pêndulo poderá ser confeccionado com três partes distintas, para possibilitar a pontuação diferenciada, conforme o local de acerto (ver anexo). Em caso de sucesso, o aluno ganhará os pontos correspondentes (dois, três ou quatro pontos, dependendo do local no pêndulo e do grau de dificuldade de acerto; ver anexo). Esta pontuação deverá ser dada ao grupo correspondente. Dando sequência à atividade, os demais alunos jogarão individualmente, até que todos tenham participado. O grupo ganhador será aquele que atingir maior pontuação. Orientações: Caso o professor observe que esteja havendo críticas destrutivas entre os alunos, ele poderá definir uma regra básica para o jogo: quando houver brincadeiras desagradáveis e motivadoras de competição individual, o aluno criticado é quem ganhará pontos; esta

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situação desmotivará completamente a competição negativa. O professor poderá incentivar os alunos a se ajudarem, motivando a ação solidária (que também pode valer pontos). Avaliação: Após desenvolver as partes um e dois da atividade, sugere-se ao professor que ele refaça a parte um da brincadeira, para checar se houve uma melhora da precisão. Caso não tenha havido efeito, avaliar os motivos (exemplo: checar se o pêndulo ficou bem feito; verificar a instalação do pêndulo no teto, outros). Se houver impossibilidade de furar o teto para pendurar o pêndulo, a sugestão é fazer a atividade com uma vara de alumínio contendo um pêndulo na ponta: o professor poderá ficar do lado de fora da roda, segurando a vara e girando o pêndulo (ver anexo). Atividade complementar: O professor poderá aproveitar o círculo no chão e fazer uma atividade de sequências numéricas com os alunos posicionados ao longo da roda, com o objetivo de trabalhar a regularidade do tempo e mostrar a dificuldade em manter tal regularidade. Processo: Definir uma sequência numérica a ser trabalhada e repetida até terminar a brincadeira (por definição do professor): exemplo: 1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4... Escolher um aluno para iniciar a sequência e definir o lado para onde seguirá a roda. Cada aluno falará um número da sequência numérica e baterá uma palma simultaneamente.

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Exemplos de outras sequências numéricas: 1, 2, 3, 1, 2, 3... ; 1, 2, 3, 4, 5, 1, 2, 3, 4, 5... ; sequências mais complexas: 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4, 5, 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4, 5...


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Atividade 2

Pega pedra Principais competências a serem desenvolvidas: Noção espacial e de comportamento. Competência específica da área musical a ser desenvolvida: Comportamento de criação de música (*). Outras competências a serem observadas: Integração entre os colegas Respeito pelas diferenças Socialização e cumplicidade entre os alunos Materiais: Pedrinhas de aquário coloridas, com um mínimo de quatro cores diferentes (sugestão: um saco com 200 pedrinhas); canetinha hidrocor. Organização: Um círculo é desenhado no chão com canetinha, com um metro de raio, para cerca de 15 alunos participantes. Outros dois círculos circunscritos (internos) são desenhados, com raios de 15 cm e 20 cm, respectivamente. Os alunos ficarão assentados no chão, ao redor do círculo, sendo que o professor poderá escolher um posicionamento que diversifique as relações entre os alunos, trocando-os dos lugares a que estão normalmente acostumados. Dividir a turma em grupos (exemplo: três) e, na posição de cada aluno na roda, colocar a identificação do grupo correspondente. Objetivo: Atividade comportamental para que os alunos vivenciem o respeito às regras. Processo: Serão entregues duas pedrinhas de cada cor para cada aluno; o professor usará o método adequado para definir qual aluno começa o jogo e para qual lado seguirão as próximas jogadas (definir para que lado gira o jogo). O jogo começa com duas ou três pedrinhas dentro do círculo. Em seguida, dando início às rodadas, cada aluno deverá jogar uma pedrinha dentro do círculo menor (o círculo de dentro); se acertar, ou se encostar na linha do círculo interno, o aluno ganhará (pegará para si) todas as pedrinhas que estão dentro do círculo. Se o aluno acertar a pedrinha na faixa central, não ganhará nem perderá nada (ele terá sua própria pedra de volta); se ela cair no restante do espaço, em qualquer outra área, o aluno perderá a pedra e ela ficará no círculo interno (ou seja, o círculo “comerá a pedra”). O jogo poderá durar a aula toda, ou o professor poderá definir a duração da atividade. Normalmente, 1 hora de aula possibilita 4 ou 5 rodadas do jogo. A premiação final se dará pela contagem das pedrinhas. Ganha o grupo que tiver maior quantidade de pedras ao final do jogo.

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Algumas regras iniciais (básicas): (1) Antes do início do jogo, o professor apresentará as regras básicas e explicará claramente o andamento das jogadas, para que eles possam compreender todas as definições; no entanto, os alunos poderão definir outras regras, participando do processo de criação (exemplo: quantas pedrinhas cada um perderá se burlar determinada regra, entre outras). (2) Ninguém poderá colocar o dedo na linha dos círculos (de nenhum dos três círculos); se o fizerem, perderão pedrinhas (a definir por sugestão do professor ou dos alunos). (3) É importante que o professor seja muito radical com relação às regras definidas; os alunos que não as respeitarem – ou que errarem a jogada – perderão as suas pedras sem discussão ou negociação. Se um aluno entrar (ou pisar) no círculo, perderá maior número de pedrinhas (os alunos poderão participar desta decisão, definindo números, condições etc). (4) O professor poderá sugerir que os alunos fiquem próximos dos colegas de quem não gostam tanto ou próximos daqueles com quem têm dificuldades de relacionamento, provocando reações adversas para melhorar o comportamento da turma, de forma que eles possam aprender uns com os outros. Esta postura poderá ajudar muito na convivência entre eles. (5) Se o aluno fizer a jogada da pedra no círculo com muita força e ela atravessar o círculo (saindo das áreas marcadas), qualquer aluno terá

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o direito de ficar com a pedra perdida e poderá pegá-la. Outras regras secundárias: (1) Ninguém poderá rir ou caçoar do colega por causa de erros nas jogadas e isto poderá gerar perda de pedrinhas. (2) Os alunos poderão ajudar uns aos outros; se o professor observar que é uma ação de ajuda espontânea, ele poderá dar pontos extras (pedrinhas); contudo, se o professor observar que eles estão explorando as regras, usando da boa ação para seu benefício próprio, os alunos não ganharão pedrinhas. Esta postura motivará a ajuda mútua verdadeira. (3) O que o juiz (ou professor) definir, deverá ser respeitado na íntegra. Se o aluno reclamar, ele perderá pontos (pedrinhas); o juiz deverá ser rígido, porém ponderado. (4) Se algum aluno tirar vantagem por já ter alcançado muitas pedras, ou por outro motivo, pode-se definir a perda de uma pedrinha nesta ocasião. Orientações ao professor: Este jogo é um bom exercício para o professor; aquilo que ele delegou, não poderá ter interferência. Uma questão interessante a ser observada pelo professor é o processo natural de “cobiça” pelas pedrinhas por parte dos alunos; quando um aluno ganha todas as pedras do círculo interno, o professor deverá ficar muito atento para observar se


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há alguma criança sofrendo pela cobiça. É importante que seja ressaltado que este é apenas um jogo, uma brincadeira, para motivar o equilíbrio dos sentimentos dos alunos. O que mantém o equilíbrio do jogo é o atendimento às regras. A criança que fizer bagunça durante a atividade poderá ser retirada da sala. É sabido que as pedrinhas brilhantes e coloridas chamam muito a atenção dos alunos. Quando o professor observar uma situação de conflito ou mesmo uma situação interessante que permita uma intervenção dos alunos, ele poderá sugerir aos participantes que criem alguma regra especial. Sugere-se fazer a atividade com foco em um ganhador individual (em contraposição aos grupos/times) somente se o professor não observar a competitividade negativa dentro da turma. Modalidades ou variações da atividade: Usar sementes ou pedras de outro tipo (“pedra mágica”): cada aluno terá uma pedra mágica e nunca a perderá; se ele acertar numa área que não é a que deve ser atingida, ele a recebe de volta. Os alunos poderão definir quantos pontos valem cada acerto, em cada área do círculo. Avaliação: É importante para o professor ouvir a voz dos alunos, observar as crianças tímidas, ajudá-las com o processo de auto-superação; a criança precisa perceber que ela está competindo com ela mesma e se ela porventura não respeitar o colega, quem sai perdendo é a própria criança. O professor deverá interferir imediatamente nas situações de desprezo, discriminação, mas sem ser repreensivo. Os jogos não têm uma função de apenas divertir: é necessário sim que seja divertido, mas os jogos devem ser usados como um processo lúdico motivacional (tanto as dinâmicas que têm objetivos específicos, quanto as partes comportamentais); o jogo canaliza as necessidades comportamentais de uma forma a proporcionar a experiência da aceitação de regras.

Esta atividade é sugerida para entendimento de que, no momento de uma criação, há regras de convívio, de estética, entre outras; esta atividade contribui muito no momento de criação musical: deve haver negociação o tempo todo; exemplo: se um aluno impõe regras de forma autoritária, os próprios alunos devem ser capazes de redefinir as regras, sem muita interferência do professor; a criação não pode ser uma manipulação do professor, mas sim uma decisão dos alunos.

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Atividade 3

criação de músicas Principal competência a ser desenvolvida: Capacidade de criação musical. Materiais: Instrumentos musicais. Organização: Cada grupo deverá se organizar separadamente em alguma parte da sala ou da escola, de forma a minimizar a interferência de som entre os grupos. Como é mais difícil trabalhar com grupos grandes, geralmente usam-se grupos de dois a quatro alunos. Processo: Formados os grupos, o professor definirá um tempo para que eles possam criar suas músicas (30 minutos, por exemplo), dando maior tempo caso os grupos tenham maior número de membros. Quanto maior o grupo, mais conflitos são esperados e maior será a necessidade do professor intervir no processo. O professor deverá ficar acompanhando os grupos, orientando-os quanto ao comportamento de cada um e tentando evitar dar palpites na criação, garantindo a liberdade de expressão dos alunos. Ao final, os grupos apresentam-se uns para os outros, fazendo a gravação das apresentações como forma de registro e recurso para avaliação posterior. O material poderá ser editado e usado como comparação com trabalhos futuros, mostrando aos alunos o amadurecimento no processo de criação. Ao final das apresentações, podem ser estabelecidas algumas regras valorizando aplausos aos trabalhos dos colegas e críticas construtivas, como forma de motivação positiva e troca de experiências. Não há regras estéticas; os alunos criarão o que eles quiserem e como quiserem. Orientações ao professor: O professor poderá usar os elementos musicais que ele tiver (exemplo: tambores, flautas, outros instrumentos de percussão etc.) e irá colocar os instrumentos para dialogarem com os alunos; caso eles não estejam conseguindo criar, o professor poderá ajudá-los a solucionar questões de ordem técnica. O professor será um intermediador

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identitário, terá um papel incentivador e ajudará os alunos a escolherem suas estéticas e a confiarem neles mesmos, motivando melhora na autoestima. Cada vez que o grupo musical se reunir, o relacionamento entre os alunos tende a melhorar, o diálogo ficará mais técnico e os alunos passarão a diversificar a linguagem e a elaborar intercâmbios musicais. Avaliação: Esta atividade não é um jogo; é um processo, que envolve comportamento, noções teóricas musicais e informações, que o professor irá usar se houver necessidade. Do ponto de vista da criança, inicialmente, a atividade é mais comportamental do que musical. Do ponto de vista filosófico, o que está envolvido no processo é a criatividade, que independe da área do conhecimento que esteja sendo trabalhada (exemplo: música, dança, teatro, artes plásticas, outras). É uma atividade que envolve identidade e comportamento. É essencial que exista liberdade de expressão nos processos de criação. A experiência criativa traz a criança para perto dela mesma e auxilia na sua auto-identificação, motivando o desenvolvimento integral. É um processo constantemente dinâmico, onde não há estagnação. O registro dos resultados da atividade é muito importante, já que é uma experiência de vivência musical e de construção de modelos daquele momento específico vivido com os alunos.

Atividade 4

palitos coloridos Competências a serem desenvolvidas: Jogo comportamental com foco no respeito às regras; atividade que trabalha a desorganização que precisa ser organizada (entropia da criação); atenção aos relacionamentos entre os alunos, que devem ser sempre respeitados. Materiais: Palitos coloridos em variadas cores e em grande quantidade (100 palitos/ cor). Organização: Os participantes assentam-se no chão com os palitos espalhados à sua frente. Objetivo da atividade: Desenvolvimento comportamental. Processo: Cada participante deverá ter consigo um palito de cada cor. Colocar os palitos atrás do corpo e embaralhá-los. Podem ser formados grupos em roda ou trabalhar a atividade de forma individual. Inicia-se uma contagem da rodada: 1, 2 e já... Após a contagem, cada participante deverá escolher um palito de sua mão e deixá-lo na vertical, na frente do corpo. A cor vencedora será aquela que aparecer em maior quantidade na rodada; cada participante deverá então pegar um palito da cor ganhadora e coloca no chão à sua frente. À medida que as rodadas forem ocorrendo, os alunos irão juntando os palitos das cores ganhadoras. Vencerá quem tiver mais palitos ao final do jogo.

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Regras adicionais: (1) Se o participante mostrar o palito na hora errada (atrasado ou antecipado), ele fica fora da rodada em questão (ou seja, queima a rodada). (2) Se o participante a) deixar o palito cair, ou b) mostrar dois palitos ou mais, ou c) estiver com a mão vazia na hora de mostrar, queima a rodada (para o participante). (3) Se uma cor ganhar duas vezes, o jogo continua sem problemas. Se a mesma cor ganhar pela terceira vez seguida, queima a rodada (ou seja, a rodada perde a validade). Neste caso, ganha a cor que aparecer em menor quantidade. Orientações ao professor: O professor deverá ficar atento aos alunos e verificar se eles estão enganando o jogo ou se estão mesmo embaralhando os palitos nas costas. Se o professor perceber alguma fraude, ele deverá chamar a atenção e fazer com que o aluno misture bem os palitos sem olhar; pode-se estabelecer uma punição para estes casos: o aluno que não respeitar as regras ficará uma rodada sem jogar. Em caso de brincadeira maldosa ou bulling: conversar com os alunos e analisar as questões.

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Atividade 5

passe para fulano Principais competências a serem desenvolvidas: Dinâmica “quebra-gelo”, atenção, memorização de nomes dos colegas. Outras competências a serem observadas: Localização espacial e lateralidade Atenção Integração entre os colegas Socialização e relacionamento Materiais: Quatro bolas coloridas (mínimo). Objetivo da atividade - parte 1: Conduzir os alunos à memorização dos nomes dos colegas. Objetivo da atividade - parte 2: Ampliar o conhecimento dos nomes e trabalhar o reconhecimento de cada um. Organização: Desenha-se um círculo no chão (com raio de mais ou menos 1 metro). Os alunos devem ficar em volta do círculo, distribuindo o espaço em partes mais ou menos iguais (de acordo com a quantidade de pessoas). Processo - parte 1: Com uma das boas coloridas nas mãos, o aluno iniciará a atividade perguntando o nome de uma pessoa (caso o aluno não saiba) ou dizendo simplesmente o nome de uma pessoa escolhida, da seguinte forma: “Maria, entregue esta bola para João” (o aluno vai em direção à Maria e entrega-lhe a bola). Maria por sua vez, diz: “João, entregue


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esta bola para Sílvia” (por exemplo), (Maria vai em direção à João, entregando-lhe a bola). Se o aluno não souber o nome do colega, simplesmente pergunte como ele se chama. Esta atividade poderá se dar em qualquer sequência na roda (preferencialmente, não seguindo os vizinhos de roda). Processo - parte 2: A atividade pode ser ampliada, aumentando a complexidade dos movimentos. Após cerca de um quarto dos alunos já ter participado da atividade, entrega-se uma segunda bola ao aluno que iniciou a brincadeira, para que ele repita o mesmo procedimento (recomece a atividade) com os mesmos colegas com os quais ele havia falado antes, na mesma sequência anterior. Isso se repete sucessivamente até que as quatro bolas sejam dadas aos alunos. Orientações: Á primeira vista, pode parecer que a atividade se desenrolará de forma desorganizada. Entretanto, isso não ocorre, pois há uma estrutura que permite uma movimentação entre os alunos sem que eles se percam. O professor deverá estar atento no caso de os alunos se perderem; se houver necessidade, sugere-se reiniciar a brincadeira. Avaliação: Ao final da atividade, espera-se haver maior integração entre os alunos, já que eles terão vivenciado intensamente o reconhecimento divertido dos seus colegas. Atividade complementar: O professor poderá mudar os alunos de lugar, tornando diferentes os colegas vizinhos.

Atividade 6

Cria-aprende melodia Competências específicas da área musical a serem desenvolvidas: Jogo de estímulo à criatividade e à memória musicais. Outras competências a serem observadas: Atenção Socialização Memória de pequenas estruturas musicais vocais Desinibição Coragem para criar Materiais: Placas de fórmica ou cartões coloridos (pelo menos seis cores). Objetivo da atividade: Criação e memorização de estruturas musicais vocais. Organização: Com as placas coloridas à frente, o professor deverá explicar que cada aluno deve observar as cores das placas e memorizar uma pequena sequência vocal. Processo: O professor deverá escolher uma das placas coloridas apontando-a e pedindo ao aluno que crie naquele momento uma pequena estrutura vocal (exemplo: ta-taa-ti-pé-rá? toá!). Os demais alunos devem repetir a estrutura criada pelo colega quando o professor apontar para a placa em questão. Em seguida, o professor escolherá outra placa colorida e repetirá a instrução com o aluno ao lado do primeiro. Os demais alunos deverão repetir a estrutura vocal

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apresentada para memorizá-la também (exemplo: Uian-pe-e-e-me! Cacacaca-lá!). Daí em diante, antes de pedir ao próximo aluno para criar uma estrutura, o professor deverá apontar para as placas já criadas anteriormente pelos alunos, para que todos os participantes repitam cada estrutura apontada, garantindo melhor memorização das estruturas vocais por meio das cores. Isso se repetirá até completar todas as seis cores (ou mais, se for possível). Ao final, o professor refletirá com os alunos a respeito das estruturas criadas e da capacidade deles lembrarem corretamente as idéias vocais apresentadas. Orientações: O professor deverá estar atento ao fato de as estruturas serem muito parecidas, estimulando os alunos a criarem estruturas vocais mais variadas. Quanto mais variadas as estruturas vocais, maior facilidade na memorização. Estimule a criatividade nas idéias musicais.

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Atividade 7

quem comeu a barata foi... Principais competências a serem desenvolvidas: Estimular o desenvolvimento de habilidades interpessoais, desinibir os alunos, promover a diversão entre colegas que têm pouca convivência. Outras competências a serem observadas: Atenção Socialização Criatividade Desenvolver a espontaneidade Autoconfiança Desenvolver a iniciativa Materiais: Nenhum. Objetivo da atividade: Desenvolver habilidades interpessoais ampliando o contato entre os colegas e ampliando o mapa de opções de relacionamento para pessoas mais inibidas, promovendo diversão com pessoas diferentes. Organização: Em círculo, os alunos ficam olhando uns para os outros. Processo: O professor deverá explicar aos alunos que o colega da direita irá defender as acusações feitas ao colega da esquerda. O jogo começa pelo professor que faz uma afirmação sobre Maria, por exemplo, (de forma teatral, dramatizada jocosamente): “Vejam! Eu vi a Maria ontem na escola! Ela estava comendo uma barata! Urgh! Ah!”. O colega da esquerda deve


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defender o (a) colega da direita: “Ah não! Isso não! Maria jamais faria isso! Vejam ela é linda, formosa, legal, estupenda!”, e o aluno então faz a acusação caluniosa a outra pessoa: “Agora, quem comeu essa barata, que por sinal, estava muito estranha, foi o João! Ele não só comeu a barata toda como ainda pegou outra e dava até para se ouvir os estalos! Uah!!”. O colega da esquerda (ref. a João) então interfere, para defender João... E assim, segue-se o jogo. O jogo acaba quando pelo menos todos os alunos defenderem seus colegas da direita (de forma teatral e bem humorada) pelos menos duas ou três vezes, dependendo do número de alunos. Orientações: O professor deve estimular a dramatização, encorajando os alunos a brincarem e se divertirem uns com os outros. Normalmente, o jogo estimula uma oportunidade para aqueles que não têm muita convivência entre os colegas se o professor observar com delicadeza e alegria a relação entre os alunos, proporcionando uma cumplicidade entre aquele que defende e aquele que é defendido.

Atividade 8

queimadinha Principais competências a serem desenvolvidas: Interagir com colegas diversos, desenvolver habilidades interpessoais, desinibir, divertir com colegas diferentes, motivar a convivência entre os opostos, especialmente aproximando uns dos outros a partir de “um leve tromba-tromba corporal”. Outras competências a serem observadas: Atenção Socialização Criatividade Autoconfiança Desenvolver iniciativa Habilidade motora grossa Materiais: Uma bola leve e pequena. Objetivo da atividade: Desenvolver habilidades interpessoais ampliando o contato entre os colegas. O aspecto central dessa atividade é a aproximação entre as pessoas a partir de um maior contato corporal entre elas. Organização: Em círculo, de pé, os alunos ficam olhando uns para os outros. Uma bola leve é colocada no centro da roda. Processo: O professor explica que os alunos devem chutar levemente a bola para que essa saia entre duas pessoas. O chute deve ser rasteiro, ágil e delicado. Os meninos devem respeitar as meninas e estas devem aceitar o desafio

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com os meninos. Ao chutar a bola e esta sair entre dois participantes, esses dois ficam de fora da roda aguardando a hora em que outra dupla de pessoas saia do círculo e, assim, a dupla anterior poderá retornar à roda. O aluno que buscar a bola fora da roda dará o próximo chute. Quando algum aluno já estiver com a bola para dar sequência ao jogo, os outros colegas devem aguardar uma próxima oportunidade para participarem das jogadas. Orientações: Os chutes não podem ser mais altos do que os joelhos e não podem acertar os colegas. O jogo pode ser feito em grupos se quiserem marcar pontos: ganhará os pontos quem conseguir tirar uma dupla para fora do círculo, respeitando as regras do jogo.deve

Habilidade motora grossa e fina Barbanti (1990) distingue duas áreas da coordenação motora: fina e grossa. A primeira é a capacidade de executar movimentos consecutivos das mãos e pés em tarefas motoras finas (escrever, costurar, pintar etc.); já a segunda, trata-se da capacidade de executar movimentos consecutivos e com grandes amplitudes. Teixeira (2006) vai ao encontro dessa idéia e salienta que as capacidades grossas (amplas) possuem características opostas às finas por exigirem a contração de grandes grupos musculares no desempenho dos movimentos globais.

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Atividade 9

Foca o foco Competências a serem desenvolvidas: Atividade específica para o desenvolvimento psicomotor – coordenação motora grossa direita-esquerda e equilíbrio motor. Ênfase na questão da concentração e do foco de atenção. Materiais: Pares de raquetes de ping-pong para pelo menos quatro pessoas; número de bolinhas de ping-pong igual ao número de raquetes. Organização: O professor explicará a atividade e orientará a ordem de execução da atividade proposta. Objetivo da atividade: Desenvolvimento psicomotor, lateralidade, coordenação grossa das mãos e o foco da atenção e da concentração. Processo: O professor fará inicialmente uma explanação, como queira, sobre o que é atenção e concentração. Ele deverá explica que a atividade é voltada ao ensino da identificação do foco de atenção com o objetivo de melhorar a concentração. A atividade requer que se coordene as bolinhas de ping-pong sobre as raquetes, seguindo-se as ações abaixo: 1 – Colocar a bolinha sobre a raquete equilibrando-a com a mão direita e andando pela sala em ziguezague. Se a ação for bem sucedida, andar segurando com a mão esquerda. 2 – O professor deverá interrogar os alunos, perguntando: “onde está o foco de atenção?” E


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explicará que o foco está na bolinha porque, se não olharem para ela, a mesma cairá no chão. 3 – Em seguida, professor poderá fazer uma experiência mais complexa: ele solicitará aos alunos que posicionem a mão livre (oposta) ao lado da raquete que estará sendo segurada pela outra mão, e pedirá aos alunos que foquem o olhar na mão livre (e não na bolinha), e que continuem equilibrando a bolinha. Pode-se então verificar que, mesmo neste caso, para que se consiga equilibrar a bolinha sobre a raquete, é necessário que o foco continue sendo a bolinha. Entretanto, nesse caso, o aluno irá certamente utilizar a visão “periférica” para conseguir visualizar, ao mesmo tempo, tudo o que ocorre, porém mantendo o foco real na bolinha. 4 – Dando sequência à atividade, o professor agora pedirá aos alunos que segurem duas raquetes ao mesmo tempo, uma em cada mão, para equilibrar uma bolinha em cada. O professor poderá ajudá-los a colocar as duas bolinhas nas posições corretas (uma bolinha sobre cada uma das raquetes). Os alunos deverão então caminhar pela sala, equilibrando as duas bolinhas ao mesmo tempo. A experiência exigirá maior habilidade de equilíbrio e coordenação motora entre as mãos. Os alunos deverão fazer várias tentativas até conseguirem dar alguns passos com ambas as bolinhas equilibradas. 5 – O professor deverá explicar novamente a relação entre o foco e a atenção. Nesse caso, para equilibrar as duas bolinhas, será necessário

que o foco seja distribuído entre as duas bolinhas. Então o olhar deverá monitorar alternadamente as duas bolinhas. Essa é a dica para que se consiga equilibrar as duas ao mesmo tempo. Isso realça o fato de que o foco sempre deverá estar voltado para as bolinhas. Orientações ao professor: Aconselha-se que o próprio professor treine um pouco a atividade, pois precisará demonstrá-la aos seus alunos com certa precisão. O professor deverá ficar atento quanto às explicações sobre como funciona um foco, pois a atenção para a coordenação motora em geral exige que se tenha um bom foco para que se mantenha uma boa concentração em atividades manuais, como, por exemplo, tocar um instrumento musical.

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Projeto Cariúnas

Atividade 10

mapa sonoro Competências a serem desenvolvidas: Desenvolver a memória em relação ao espaço e aos sons. Materiais: Objetos diversos, ou figuras, ou caixas com tamanhos variados. Organização: O professor disponibilizará o material para que os alunos (em grupo, ou individualmente, como queiram) montem um circuito com os objetos. Objetivo da atividade: Reconhecer o circuito através da emissão de sons ou execução de instrumentos, lembrando qual o instrumento ou som deve ser feito em associação com um determinado objeto colocado no caminho de uma trajetória que será construída pelos próprios alunos. Processo: O professor deverá pedir que os alunos (em grupos ou individualmente) coloquem diversos objetos (ou figuras) distribuídos pela sala, de maneira a determinar uma trajetória (um caminho). Cada objeto deverá ser representado por um som e a trajetória deverá ser descrita pelos respectivos sons feitos pelos próprios alunos. O professor destinará um tempo para o desenvolvimento da atividade e os alunos deverão treinar a execução da trajetória com os seus respectivos sons. O professor deverá sair da sala e permitir a livre criação dos alunos sem a sua presença em sala de aula. Esgotado o tempo, todos se reunirão para a apresentação dos resultados. Propõe-se que a atividade seja filmada. Depois das apresentações, pede-se que os alunos registrem as seqüências sonoras em forma gráfica ou em desenhos. Isso é o que se denomina “mapa sonoro” do trajeto. Orientações ao professor: O registro das atividades de criação é de extrema importância. Ter o registro filmado e/ou fotografado valoriza o trabalho dos alunos e pode ser uma referência para comparação do desenvolvimento dos mesmos.

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Oficina Criatividade em MĂşsica

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Projeto CariĂşnas

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Oficina Musicalização | Percepção Musical

Oficina

Musicalização | Percepção musical Reginaldo Costa

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A expressão musical é algo inerente ao ser humano. Desde os primórdios da humanidade, já se percebiam as expressões sonoras do homem que buscava imitar os sons dos pássaros, do vento, da chuva, do trovão e de seus próprios passos. Seu corpo pode ter sido seu primeiro instrumento musical, ao passo que se descobriam as possibilidades expressivas da voz, das palmas, dos passos rápidos e lentos, entre outras formas de expressão musical. Registros dos rituais de povos primitivos sempre relataram a presença da música na antiguidade. Sua presença era mediadora das relações sociais, registrando a forma de pensar e de agir dos povos e, posteriormente, das Nações. A música é uma forma específica de linguagem com valores sensíveis intrínsecos. Nos dias de hoje, em vários ambientes educacionais, ainda é possível presenciar o uso da música como elemento de formação de atitude e como elemento disciplinador: crianças cantando a música do lanche, da hora do pátio, da hora do banheiro, da hora de entrar e de sair da sala. Pode-se admitir que a música cumpre bem essa função. Contudo, acreditamos que o trabalho com a música precisa ter um fim nele mesmo: espera-se desenvolver a educação musical com o objetivo de “fazer música”, reconhecendo a valiosa área de conhecimento que ela representa, com ênfase na percepção sensorial, na percepção e no reconhecimento do próprio indivíduo, bem como na percepção do mundo através das manifestações sonoro-musicais. Teca Alencar de Brito (2003) ressalta que “uma educação musical que tenha como objetivo a formação integral do ser humano só pode acontecer em contextos onde os alunos sejam respeitados e estimulados em todas

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Oficina Musicalização | Percepção Musical

as direções”. Conforme a autora, explorar, experimentar, sentir, pensar, questionar, criar, discutir e argumentar são exercícios geradores de autodisciplina e consciência, aspectos fundamentais de sua proposta, que sempre busca promover situações de comunicação, relacionamento, debate e estímulo ao pensar e conscientizar, integrando vivências musicais e de inter-relações humanas. A oficina de Musicalização para professores busca refletir e valorizar as expressões naturais da criança de forma a estabelecer diálogos com outras expressões artístico-musicais que também podem se tornar significativas para elas (como, por exemplo, a dança, o teatro e as artes plásticas). Como diz Arroyo (2000), “educação musical deve ser muito mais do que aquisição de competência técnica; ela deve ser considerada como prática cultural que cria e recria significados que conferem sentido à realidade”. Reconhecendo a realidade como um universo diverso e móvel, a oficina de Musicalização busca uma linguagem que apresenta aspectos do aprendizado informal (exemplo: crianças que criam suas próprias brincadeiras, amigos que se reúnem e criam seus próprios grupos musicais etc.) e da linguagem formal, por meio dos métodos e práticas pedagógicas reconhecidos pelos meios acadêmicos.

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Projeto Cariúnas

Inicialmente, serão apresentados alguns conceitos básicos de música e, em seguida, haverá momentos de discussão para esclarecer dúvidas e promover a troca de experiências. Será também enfatizado o papel determinante do professor como mediador das atividades de musicalização: o professor deve estar sempre atento às intervenções dos alunos nas diversas atividades (até mesmo nas mudanças das regras do jogo) e pode, sempre que possível, explorar as sugestões recebidas. A experiência mostra que um professor muito rígido em seu planejamento poderá perder a oportunidade de criar ambientes de aprendizado significativo e de expor determinados conhecimentos que podem se tornar pertinentes em caso de intervenção dos alunos na dinâmica do processo musicalizador. Ainda sobre o papel do professor na aula de musicalização, Schaefer (1996) considera que “o que é ensinado provavelmente importa menos que o espírito com que é comunicado e recebido”. As diretrizes condutoras da oficina de Musicalização para professores baseiam-se no direito legítimo do ser humano à expressão artístico-musical, no fazer musical democrático, acessível, prazeroso e significativo; baseiam-se no respeito às expressões naturais da criança, do rolar ao saltitar, das palavras inventadas às experimentações sonoras no corpo e nos instrumentos musicais. Outra questão importante a ser abordada na oficina é a improvisação, que representa o momento da participação individual do aluno na concepção da música criada e/ou executada coletivamente, a partir de idéias geradas no momento da atividade e não baseadas em idéias pré-estabelecidas. É um trabalho de auto-exposição diante do grupo, de expressão pessoal num contexto musical específico. A auto-exposição deve partir sempre do desejo do executante, do sentimento de “estar preparado” para tal. Por isso, as propostas de improvisação se darão a partir de elementos sonoros acessíveis: o corpo, a voz e instrumentos alternativos como papel, lápis, latinhas, água, calçados, outros. Posteriormente, poderão ser agregados instrumentos convencionais, tais como: tambores, xilofones, flautas-doces e piano. O caráter expressivo poderá estar sempre em observação

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a partir dos parâmetros do som: altura, intensidade, duração e timbre. Propõe-se, também, o registro destas improvisações através de recursos audiovisuais e da grafia dos sons e dos movimentos. Propõe-se, enfim, trabalhar a música como forma de expressão, com o objetivo de modificar os comportamentos pela integração dos alunos, desenvolvendo a capacidade de observação e de trabalho em grupo, mobilizando a aceitação das divergências em sala de aula e sensibilizando o professor para a possibilidade de descoberta de novas formas de pensar e ensinar a música, enfatizando seu papel determinante como mediador das atividades de musicalização.

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Atividade 1

Guia vocal Principal competência a ser desenvolvida: Autoconfiança do aluno e a confiança no colega. Competências específicas da área musical a serem desenvolvidas: Percepção auditiva e reconhecimento de timbres vocais e/ou instrumentais. Outras competências a serem observadas: Percepção auditiva e de timbres vocais Orientação e localização espacial e auditiva Integração entre os colegas Aceitação das diferenças Socialização e cumplicidade entre os alunos Materiais: Vendas para os olhos, cadeiras, voz humana e/ou instrumentos. Organização: A atividade será desenvolvida em duplas de alunos, sendo que cada dupla fará uso de uma cadeira e uma venda de olhos. Os alunos ficarão dispostos em um dos lados da sala e as cadeiras ficarão do lado oposto. As duplas serão formadas da seguinte maneira: Aluno 1 = servirá de “guia”. Aluno 2 = usará uma venda nos olhos e seguirá as orientações do aluno “guia” para chegar até a cadeira no outro lado da sala (destino final). Objetivo da atividade: O aluno que estiver com a venda nos olhos (“aluno vendado”) deverá reconhecer o timbre da voz do aluno “guia” e, seguindo suas orientações, deverá chegar ao lado oposto da sala e sentar-se em uma das cadeiras. Processo: O jogo pode ser desenvolvido com cada dupla separadamente (de forma que os outros colegas possam assistir e aprender com a experiência) ou pode ser executado com todas as duplas simultaneamente, o que aumenta o grau de exigência de atenção dos participantes. O “guia” só poderá usar a sua própria voz para conduzir o colega vendado e poderá falar o que quiser (ou mesmo cantar). Orientações ao professor: É interessante que o professor proponha a atividade, explique as regras, mas deixe que os alunos se organizem e escolham seus pares conforme seus interesses próprios. Nem sempre as propostas do professor serão plenamente aceitas, ou poderão ser modificadas pelos próprios alunos. Conforme s situação, o professor poderá dar abertura às sugestões dos alunos.

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Para trabalhar a questão da relação interpessoal, o professor pode organizar os alunos de forma diferente do usual (exemplo: com colegas de comportamentos opostos) e observar os resultados. Sugere-se que não seja enfatizada a competição negativa, e sim a competição solidária, o trabalho da autoconfiança e confiança no colega “guia”, e a percepção dos timbres. A competição solidária pode ser motivada sob dois aspectos: 1) Trabalho com foco no próprio indivíduo: avaliar o desenvolvimento do aluno tendo como referência ele mesmo (uso de metas ou medidas individuais), motivando a auto competitividade; 2) Trabalho com foco no grupo: desenvolver a ajuda mútua (com metas para os grupos). Modalidades ou variações da atividade: A) O jogo poderá ter como desafio a troca de funções dos participantes dentro da dupla: o que era “guia” passa a ser guiado e vice-versa. Assim que a dupla chegar à cadeira (destino final), eles poderão trocar suas funções e continuar o jogo, fazendo o percurso contrário. B) Pode-se enriquecer a experiência com o uso de instrumentos musicais (exemplo: sino, pandeiro, tambor, outros) sendo usados como elementos complementares nas orientações de direção dadas pela voz humana do aluno “guia”. Avaliação: Ao final da atividade, sugere-se que o professor avalie se os resultados positivos foram alcançados conforme os objetivos propostos, analisando também a satisfação dos

alunos. Em caso de não obtenção dos objetivos, avaliar os motivos pelos quais a atividade pode não ter sido completa (exemplo: dificuldades de resistência dos alunos, ocorrências de surpresas, comportamentos diferenciados etc.). Sugere-se fazer as anotações correspondentes para análises futuras.

O caráter expressivo da atividade sonora poderá estar sempre em observação a partir dos parâmetros do som: altura, intensidade, duração e timbre. O timbre é a propriedade do som que nos permite distinguir uma fonte sonora de outra, mesmo que os sons sejam produzidos com a mesma frequência. O timbre de uma fonte sonora é representado por uma onda complexa, que é a soma de uma onda fundamental (som puro, ou simples, como o produzido por um diapasão) e sons harmônicos. Cada fonte sonora produz uma onda sonora complexa diferente (a produzida por uma viola é diferente da produzida por uma flauta).

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Atividade 2

paisagem sonora Principais competências a serem desenvolvidas: Trabalho em grupo, barganha/negociação, solidariedade e interação/integração entre os alunos. Competências específicas da área musical: Acuidade auditiva; percepção, experimentação e escolhas de timbres relacionados a um determinado contexto; trabalho do timbre integrado aos demais parâmetros do som: altura, intensidade e duração. Materiais: Instrumentos de percussão, principalmente idiofones (caxixi, pau de chuva, reco-reco), apitos, sons corporais e outros objetos sonoros disponíveis. Sugestão de paisagem a ser sonorizada: - Uma floresta onde vivem vários bichos, inclusive pássaros e índios - O sol brilha forte - Os pássaros cantam - O rio está secando por falta de chuva e as plantas estão morrendo - Os índios decidem realizar uma dança para fazer chover - A chuva cai e ouvem-se muitos trovões - A chuva fica mais forte - Os índios decidem fazer uma dança para fazer parar a chuva - A chuva diminui e vai parando - O sol brilha novamente - Os pássaros cantam novamente - A noite cai na floresta - Todos vão dormir, menos a coruja que continua cantando pela noite adentro Organização: Num grupo com número de alunos superior a seis, sugere-se dividir a turma em grupos e solicitar que cada equipe sonorize a paisagem em salas separadas (se for possível). Os alunos deverão ter acesso aos instrumentos de percussão antes da criação, para exploração e escolha dos timbres a serem utilizados durante atividade. Objetivo da Atividade: Sonorizar uma paisagem, ou seja, criar diversos sons que representem determinadas imagens da paisagem em questão.

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Oficina Musicalização | Percepção Musical

Processo: Reunir todos os alunos, apresentar a eles o objetivo da atividade e explicar que uma paisagem, um lugar ou uma situação qualquer podem ser representados e exemplificados através dos sons. Explicar que a atividade terá como objetivo principal sonorizar uma paisagem, onde todos terão acesso aos instrumentos disponíveis para que possam compor em conjunto os sons que representarão a paisagem descrita pelo professor. Após dividir a turma em grupos, o professor poderá iniciar a descrição da paisagem e das situações sugeridas e estabelecer um tempo para que os alunos pesquisem os sons e depois apresentem para o restante da turma o resultado do trabalho. Sugere-se que cada grupo ocupe espaços diferentes na escola (se for possível), para minimizar a interferência entre eles. É importante preparar um espaço específico para que, ao final da experimentação, cada grupo apresente sua sonorização aos demais. Vale a pena aproveitar a oportunidade para registrar todas as apresentações para reflexões futuras (em vídeo ou áudio). Orientação ao professor: É importante que o professor permaneça imparcial no momento da escolha dos instrumentos e da atribuição das funções de cada som na composição da paisagem sonora, para que não haja nenhum tipo de associação arbitrária por parte do professor. Modalidades ou variações da atividade: Em vez de descrever verbalmente uma paisagem,

pode-se realizar a atividade usando desenhos, figuras, fotografias e outros materiais visuais como material motivador da sonorização. Outra possibilidade interessante é a de solicitar aos grupos que criem ou inventem sua própria paisagem e depois façam a sonorização desta. Avaliação: A avaliação poderá ser realizada por toda a turma, em conjunto, a partir da apreciação da gravação feita.

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oficina de mobilização | atividade 3

parâmetro duração Com a “voz” alguém pode cantar um som grave agudo médio.

Sua voz pode cantar palavras como “hum...” “trá-lá-lá” para parecer alegre “u-u-u” para parecer triste e solitária sua voz pode assobiar...

Pode ser forte fraco intermediário.

Sua voz forma os sons com o ar que respira e com alguns músculos especiais de sua garganta. Todo mundo tem uma voz. Cada pessoa soa diferente das demais pessoas. Aonde quer que você vá, sua voz o acompanha.

Um som vocal pode ser curto durar muito tempo seguir soando com a mesma força com a mesma suavidade tornar-se cada vez mais forte ou mais fraco pouco a pouco repentinamente sumindo... Sua voz pode movimentar-se (como se estivesse subindo ou descendo) para formar desenhos melódicos passo a passo deslizando.

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Texto de Frances Aronoff, “A Música e a Criança”


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Atividade 3

curto, longo, silêncio Competências específicas da área de educação musical a serem desenvolvidas: Diferenciação entre sons curtos, longos e o silêncio e as relações entre eles; execução vocal de sons curtos e longos; trabalhar o caráter expressivo do som curto, do som longo e do silêncio. Outras competências a serem observadas: Expressividade vocal Percepção da relação entre o parâmetro duração e os demais (intensidade, timbre e altura) Perceber a importância do silêncio para a música Paciência (é importante esperar a sua vez) Socialização Materiais: Cartões contendo as indicações “curto”, “longo” e “silêncio”, em quantidade suficiente para todos os participantes da roda (escrever uma indicação diferente em cada cartão); três bolas; um gravador de áudio e vídeo. Objetivo da atividade: Criar um ambiente sonoro a partir dos sons curtos, longos e do silêncio. Organização: Os participantes se posicionarão em roda (de pé ou assentados) e cada um deles receberá um cartão com a indicação do elemento que deverá ser executado à sua vez: “som curto”, “som longo” ou “silêncio”.

Processo: Após a distribuição dos cartões para cada um dos integrantes do grupo, uma bola será entregue a um participante da roda, que deverá, ao segurá-la, executar o elemento indicado no seu cartão, fazendo o som com a voz ou mantendo o silêncio. Sugere-se que o participante movimente a bola criando uma relação com o som produzido vocalmente ou com o silêncio. Dando continuidade à atividade, a bola será passada a cada um dos integrantes da roda, seguindo uma sequência a ser definida pelo professor ou pelos alunos. Num segundo momento, para dificultar a atividade, pode-se introduzir mais uma ou duas bolas no jogo, de forma que haja dois ou três elementos sendo produzidos ao mesmo tempo na roda. Os participantes que estiverem sem a bola deverão permanecer em silêncio, acompanhando o andamento da atividade. É sugerido que se faça a gravação da atividade, para apreciação posterior. Modalidades ou variações da atividade: O “som curto”, “som longo” ou “silêncio” podem vir indicados na bola, em vez de virem escritos nos cartões. Tendo um número maior de bolas, os participantes só saberão o elemento a ser executado quando pegar uma delas e o ambiente sonoro será mais denso, com mais interferências de sons curtos, longos e pausas (silêncio). Avaliação: Apreciar a gravação e permitir que cada um faça suas considerações.

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Atividade 4

Barbante sonoro Competências específicas da área musical a serem desenvolvidas: Percepção tátil de representações sonoras; execução de sons curtos e longos. Outras competências a serem observadas: Coordenação motora fina Trabalho em grupo Produção de sons vocais Prontidão, atenção e concentração Materiais: Barbantes (4 a 5 metros cada). Organização: Os participantes ficarão posicionados em filas (cada uma delas contendo cerca de cinco ou seis participantes). Cada fila deverá ter um barbante com quatro a cinco metros de comprimento, sendo que em cada barbante deverá haver alguns nós ou outro tipo de relevo que os participantes possam perceber através do tato. A distância entre um relevo e outro é o que representará a duração do som que será executado. Processo: Em cada fila, uma pessoa ficará responsável por puxar a ponta do barbante enquanto os outros participantes segurarão o barbante com dois dedos. Ao sentir o relevo, o participante deverá iniciar um som vocalmente (“Táaaa”, por exemplo). Ao sentir o próximo relevo, ele deve atacar o som novamente (o que marcará o final do som anterior e o início de um novo som). Cada fila poderá executar um som diferente das outras para criar diferenciações entre as vozes. O resultado sonoro deverá ser registrado para posterior apreciação e avaliação. Orientações ao professor: Os pedaços de barbante poderão ser preparados previamente de forma que o resultado rítmico possa ser calculado. Contudo, o trabalho de dar os nós e de calcular as distâncias entre um e outro podem caracterizar um processo interessante do ponto de vista da construção da atividade, da troca de ideias, da interação e da compreensão da representação dos sons curtos e longos e poderá ser compartilhado com os alunos/participantes da atividade. Modalidades ou variações da atividade: A) A atividade poderá ser realizada inicialmente com todos os participantes em uma única fila; assim sendo, as vozes se juntarão por sobreposição.

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B) O mediador poderá também propor algumas notas a serem executas por cada fila. Enquanto os participantes executam os sons, o mediador poderá improvisar algumas melodias ou harmonias ao violão, ao piano ou em outros instrumentos disponíveis. Avaliação: A avaliação poderá ocorrer a partir da apreciação do resultado da atividade em áudio e/ou vídeo, e a partir das opiniões de cada participante sobre a experiência.

Atividade 5

Morto-Vivo com som Competências específicas da área de educação musical a serem desenvolvidas: Percepção e reação às possibilidades de “direcionalidade” do som: grave/ médio/agudo. Outras competências a serem observadas: Perceber quando o som vai do agudo ao grave e vice-versa; Perceber quando o som permanece em alguma altura; Introdução dos conceitos grave, médio e agudo; Prontidão, atenção e concentração; Exercício da paciência; Saber sair da brincadeira. Materiais: Flautas de êmbolo. Organização: Inicialmente, os participantes podem estar sentados em roda. O mediador mostrará a flauta de êmbolo, explicará rapidamente como funciona e mostrará as possibilidades sonoras: do grave ao agudo, do agudo ao grave ou parando em qualquer uma das alturas. Ele poderá pedir que cada aluno reaja com os braços (com um gesto) ao som da flauta. Propõe-se, então, que os sons sejam associados a movimentos corporais que serão realizados de pé. Depois, busca-se um consenso para definir qual som representará o movimento do corpo para baixo (condição: morto) e o movimento do corpo para cima (condição: vivo). Objetivo da atividade: Conseguir realizar os movimentos correspondentes aos sons executados na flauta até ser o último na brincadeira.

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Processo: Uma pessoa realiza na flauta de êmbolo um som que representa o movimento de ficar de pé – condição: vivo – (geralmente, do grave ao agudo) ou um som que representa agachar – condição: morto – (geralmente, do agudo ao grave). Os participantes deverão realizar o movimento referente ao som (previamente definidos) sem hesitar. Aquele que titubear ou errar deverá sair da brincadeira. Para grupos de participantes com mais de nove anos, pode-se propor sons indo do grave ao agudo parando no médio e vice-versa. Orientações ao professor: Crianças com menos de seis anos podem inicialmente associar o som indo do grave ao agudo com o movimento de agachar (morto) e vice-versa. Este efeito pode ser amenizado se, anteriormente, na aula de música, houver apreciação e brincadeiras com músicas que contenham escalas, glissandos e outros elementos que imprimem “direcionalidade” e movimentos sonoros expressivos. Também é importante que os participantes procurem perceber a “direcionalidade” sonora somente por vias auditivas, sem utilizar a visão. Para isso, pode ser solicitado que se voltem para as paredes, sem olhar para quem estiver executando o som na flauta de êmbolo, ou que utilizem vendas nos olhos. Modalidades ou variações da atividade: A) Se houver flautas de êmbolo suficientes para todos os participantes, uma pessoa poderá executar movimentos corporais de subidas e descidas e todos poderão executar os sons

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correspondentes de forma previamente estabelecida ou inventada na hora. B) Poderão ser utilizados outros instrumentos para executar os sons, como por exemplo: xilofones, piano, instrumentos de cordas e outros. Avaliação: Ao final da atividade, o professor poderá executar alguns movimentos sonoros em algum instrumento e pedir que os participantes falem sobre eles, associando-os as palavras grave, médio e agudo.

Escala: é uma sucessão de sons em movimento ascendente ou descendente, usada como base da composição musical. O número de escalas usadas em todo o mundo é incalculável. Glissando: palavra de origem francesa que significa “escorregar” (do grave para o agudo, ou do agudo para o grave). BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil – São Paulo: Editora Fundação Peirópolis, 2003

Direcionalidade Sonora: Movimento do som do grave para o agudo e/ou do agudo para o grave.


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Atividade 6

Jogo do tipograma Principal competência a ser desenvolvida: atenção. Competências específicas da área musical: leitura rítmica, intensidade, som e silêncio, precisão temporal. Materiais: Quadro, giz ou pincel, sons corporais. Organização: Os participantes são posicionados de forma a terem uma boa visão do quadro. Objetivo da Atividade: Executar com precisão sons pré-estabelecidos seguindo marcações no quadro. Processo: O professor desenhará traços no quadro representando uma sequência de pulsações (cada traço representa um tempo). Para cada pulsação (cada tempo), define-se um som que deverá ser executado pelos alunos através da voz (exemplo: “ta”). Um “tracinho” ligado a outro representará um som com duração de dois tempos. Um “tracinho” com uma bolinha em baixo representará uma pausa (ou seja, um tempo de silêncio). Ao longo da atividade, o professor vai apontando para os tracinhos no quadro, seguindo uma pulsação regular e os alunos executam com a sílaba pré-estabelecida os sons com duração de um tempo, dois tempos ou silêncio. O jogo se trata de uma competição entre o professor e os alunos. Se os alunos acertarem, ganham pontos; se errarem, o professor ganha pontos. Orientação ao professor: É importante que o professor esteja seguro na marcação da pulsação para realizá-la da forma mais musical possível. Modalidades ou variações da atividade: Um aluno poderá ser convidado a marcar a pulsação no quadro para que os colegas e o professor executem os sons vocalmente. Outros sinais poderão ser agregados à sequência, representando, por exemplo, uma palma, um som forte, um grito etc. Avaliação: Busca-se avaliar os motivos do alcance ou não dos objetivos da atividade.

Exemplos de tipogramas:

Ex. 1:

Ex. 2:

(como soa: ta-a, ta, ta, ta)

(como soa: ta-a, pausa, ta-a, ta) 65


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Atividade 7

Em cima, dentro ou fora Principais competências a serem desenvolvidas: Atenção, concentração, orientação espacial, reflexo e respeito ao próximo. Competências específicas da área musical: Resposta a estímulo sonoro, reconhecimento de timbres, contagem. Materiais: Instrumentos de percussão, giz ou fita crepe, corpo. Organização: Desenhar um círculo no chão de forma que todos os participantes possam caber dentro dele ou em cima da circunferência. Objetivo da Atividade: Reagir ao som se deslocando no espaço. Processo: O professor combinará com os alunos um número diferente de batidas ou um timbre de algum instrumento que representará uma ação específica: a) ficar fora do círculo; b) ficar em cima da circunferência; c) ficar dentro do círculo. Assim, quando se der o evento sonoro pré-estabelecido, os alunos devem reagir com a movimentação correspondente. Combina-se com os participantes o que acontecerá com a pessoa que não executar os movimentos da forma pré-estabelecida. Exemplo: dançar, imitar o som de um bicho etc. Orientação ao professor: É importante que a decisão do grupo sobre o que acontecerá com quem se enganar com os movimentos não leve à superexposição e/ou ao constrangimento. Esta brincadeira não é de cunho competitivo e sim de cooperação, diversão e desenvolvimento de habilidades motoras e musicais. Modalidades ou variações da atividade: Pode-se também relacionar os movimentos de estar dentro, fora ou em cima da circunferência com sons fortes, fracos ou intermediários. Também com grave, médio e agudo, além de outras idéias que podem surgir do próprio grupo. Avaliação: Ao final do jogo, cada participante poderá avaliar seu próprio desempenho conversando com os colegas.

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Atividade 8

Escala musical corporal Principais competências a serem desenvolvidas: Observação, reflexo e memorização. Competências específicas da área musical: Direcionalidade sonora, automatismo dos nomes das notas musicais e associação de “som e gesto”. Materiais: Corpo e teclado (ou xilofone); é importante que não seja um instrumento de sopro, pois a boca do mediador deverá estar livre para cantar ou falar o nome das notas musicais. Objetivo da Atividade: Relacionar os nomes das notas musicais com gestos corporais. Realizar os movimentos correspondentes aos da sequência dos nomes das notas faladas pelo mediador do jogo. Organização: Dividir a turma em dois grupos. A cada rodada, haverá a participação de somente uma pessoa de cada grupo. Apresentar a escala musical e verificar se todos sabem a escala de dó maior, por exemplo: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, La, Si, Dó. Relacionar as notas a movimentos corporais. Exemplo: Dó (1ª nota da escala) = Colocar as mãos nos pés Ré = Colocar as mãos nos joelhos Mi = Colocar as mãos nas coxas Fa = Colocar as mãos na cintura Sol = Colocar as mãos na barriga La = Colocar as mãos nos ombros Si = Colocar as mãos na cabeça Dó (8ª) = Estender as mãos para cima Pedir que os grupos se organizem de forma a estabelecer uma ordem para que haja a participação de todos do grupo.

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Processo: Com os grupos separados, o mediador convida um primeiro participante de cada grupo para iniciar a atividade. Executa uma sequência de notas (três, quatro ou cinco notas – de acordo com a idade dos participantes), “tocando e cantando” ou “tocando e falando os nomes das notas”. As sequências deverão ser diferentes para cada um dos participantes. Cada aluno deve repetir a sua sequência separadamente: um de cada vez, acertando os sons e gestos. Se os dois acertarem a primeira rodada, os dois ganham pontos. Na próxima rodada, deverá ser acrescentada uma nota diferente à sequência anterior de cada grupo e, consequentemente, um gesto também. Após a participação do último integrante, somam-se os pontos de cada grupo e verifica-se quem tem mais e quem tem menos. Cada integrante do grupo que tiver mais pontos deverá escolher um colega do grupo que tiver menos pontos para auxiliá-lo na execução da sequência final que será executada pelo mediador. A sequência final deverá desafiar os participantes. Por isso, sugere-se que seja composta com mais de dez notas. O jogo termina quando todos juntos conseguem realizar a sequência final em sincronia. Orientação ao professor: Se acontecer de a competição superar o espírito de cooperação, sugere-se interromper um pouco a atividade e reiterar que os objetivos do jogo são direcionados à compreensão de questões relacionadas à música. Reforçar a ideia de

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que, para fazer música, precisamos do coletivo, do grupo. Se houver dificuldade do professor em executar as sequências melódicas, sugere-se escrever algumas sequências num caderno e praticá-las bastante antes de colocá-las na atividade. É importante ter em mente que são atividades de música. Portanto, quanto mais musical e seguro for o professor (mediador), mais chances de a atividade ser significativa e proveitosa. Modalidades ou variações da atividade: É importante ressaltar que as escalas podem começar de qualquer uma das notas musicais. Pode-se realizar esta atividade relacionando os gestos às notas, iniciando-se as sequências por outras notas que não sejam necessariamente a nota “Dó”. Avaliação: Ao final da atividade, realizar uma roda de bate-papo a respeito da experiência.


Oficina Musicalização | Percepção Musical

Atividade 9

rápido, lento, silêncio Principais competências a serem desenvolvidas: Atenção, concentração, orientação espacial, reflexo, paciência. Competências específicas da área musical: Resposta ao estímulo sonoro, percepção de caráter expressivo, distinção entre música rápida e música lenta, entre som e silêncio, entre movimento e repouso. Materiais: um ou dois aparelhos de som (se possível), uma música rápida, uma música mais lenta em relação à primeira, fita crepe ou algum material que possa ser utilizado para demarcar espaços na sala. Objetivo da Atividade: Reagir ao som e ao silêncio, deslocando-se no espaço conforme as regras da atividade definidas previamente. Organização: Traça-se uma linha dividindo a sala em duas áreas (em dois lados). Todos os participantes se colocam de pé em cima da linha. Processo: Os participantes devem escolher um lado para onde deverão se movimentar de acordo com a música quando esta for rápida. Quando a música for mais lenta, todos deverão passar para o outro lado (lado oposto da linha), também se movimentando de acordo com a música. Quando a música parar (pausa = silêncio), todos devem ficar imóveis (estátua) em cima da linha que divide os espaços. Se houver interesse do grupo, pode-se combinar que o primeiro participante a se mexer em cada rodada fora do momento certo perde e não poderá mais sair de cima da linha até que restem apenas três pessoas jogando. Orientação ao professor: A troca de uma música para outra deve acontecer de forma rápida e precisa. Deve-se ressaltar que o silêncio será em relação somente aos sons produzidos pelos integrantes do grupo e pelo aparelho de som, mas os sons externos obviamente poderão continuar a ocorrer e serão naturalmente percebidos no momento da pausa, da estátua. Reiterar que a competição será de cada pessoa consigo mesma, a fim de manter-se imóvel (em repouso) o máximo possível. Enfatizar a importância do silêncio (da pausa) para a música. Modalidades ou variações da atividade: Desenha-se uma linha divisória um pouco mais larga, de forma que os participantes possam estar com os dois pés em cima dela. Os participantes devem ficar de pé, em fila única (um atrás do outro). Quando a música tocada for lenta, os alunos

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devem pular com um dos pés, seguindo a pulsação, apenas em um dos lados do espaço, aquele que foi estabelecido previamente; quando a música for rápida, os alunos pularão com o outro pé, do outro lado do espaço, seguindo a pulsação. Quando houver a interrupção da música (pausa), os alunos deverão ficar com os dois pés em cima da linha (no centro). Avaliação: A avaliação poderá ocorrer de forma visual, em tempo real. O professor poderá observar se algum participante confundiu os movimentos e/ou os lados por várias vezes e se a atividade está sendo prazerosa. Ao final, o professor poderá perguntar sobre as sensações que cada um teve com a atividade.

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Atividade 10

Formas geométricas Competências específicas da área de educação musical a serem desenvolvidas: Contagem, pulso versus apoio, compassos alternados.Outras competências a serem observadas: Outras competências a serem observadas: Trabalho em grupo, aprendizado sobre como se deve esperar a sua vez de participar, solidariedade.Materiais: Flautas de êmbolo. Materiais: Figuras geométricas confeccionadas com cartões, cartolina, EVA, instrumentos de percussão para todos os participantes (se possível). Objetivo da atividade: Executar uma sequência rítmica relacionando o número de lados de uma figura geométrica ao número de tempos a serem executados. Organização: Preparam-se as seguintes figuras geométricas representando os seguintes tempos: Um círculo representando uma pulsação Dois círculos = duas pulsações O triângulo = três pulsações O quadrado = quatro pulsações O pentágono = cinco pulsações O hexágono (ou dois triângulos) = seis pulsações O heptágono (ou um quadrado + um triângulo) = sete pulsações


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O professor distribuirá figuras geométricas a dois ou três alunos e pedirá que montem uma trilha (trajeto) com estas figuras posicionando-as no chão. Pedirá que os outros alunos façam uma fila para que cada um possa passar pela trilha executando as pulsações referentes a cada figura. Processo: O participante deverá passar ao lado de cada figura geométrica executando com os pés as pulsações referentes ao número de lados da figura. Porém, deverá bater uma palma junto com o pé na primeira pulsação (1º tempo da sequência), marcando o apoio e a mudança de uma figura para outra. Exemplo: tempo 3: pé tempo 4: pé

tempo 2: pé

estiverem na trilha podem ajudar na marcação da pulsação com instrumentos de percussão como clavas, caxixi, coquinhos etc. Avaliação: Gravar o resultado em áudio e/ ou vídeo e apreciar ao final da atividade para que todos possam se auto-avaliar.

tempo 1: pé + palma

Pode ser interessante falar os números em voz alta e, em seguida, substituí-los por alguma sílaba como “ta”, “tum”, “pá” etc. Modalidades ou variações da atividade: Uma pessoa pode começar de um lado da trilha e outra do lado oposto. Cada uma executa sua sequência rítmica tentando sempre ouvir o colega e promover algum diálogo. Os alunos que não

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Referências ALENCAR, E.M.L.S. Como desenvolver o potencial criador: Um guia para a liberação da criatividade em sala-de-aula. Petrópolis: Vozes, 1991 ALENCAR, E.M.L.S. Psicologia da criatividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986 ARROYO, Margarete. Um Olhar Antropológico Sobre Práticas de Ensino Aprendizagem Musical. Revista ABEM nº5, Setembro de 2000. BERTALOT, L Criança querida – O dia-a-adia da alfabetização. 2.ed. São Paulo: Antroposófica, 1995 BOAL, Augusto. Exercícios e jogos para o ator e o não-ator. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1998 BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil – São Paulo: Editora Fundação Peirópolis, 2003. do pensar e o desenvolvimento dos sentidos superiores. Trad. Karin Glass. 3ª ed. São Paulo: Antroposófica, 1997. CÂMARA, Helder: “A minha pedagogia”. Disponível em http://www.beautyonline.com.br/ bernardodegregorio/antroposofia.htm. Acesso em 21/06/2011. DUQUET, Pierre. Como a criança pode revelar-se criadora na escola. Revista Brasileira de estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, 59 (132), 1973 FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre a música e a educação. São Paulo: Editora UNESP; Rio de Janeiro: Funarte, 2008 FRIEDENREICH, Carl Albert. A Educação Musical na Escola Waldorf. São Paulo: Antroposófica, 1990. GOSWAMI, Amit. Criatividade quântica - como despertar o nosso potencial criativo. São Paulo: Aleph, 2008 IGNÁCIO, Renate Keller. Criança Querida- o dia-a-dia das creches e jardim-de-infância. 2. ed. São Paulo: Antroposófica, 1995.

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