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ENTREVERSOS: LEITURA E PRODUÇÃO DE POEMAS PARA APRENDER COM VERSOS DE CORDEL CADERNO DO TIME | 2016

6º ANO



ENTREVERSOS: LEITURA E PRODUÇÃO DE POEMAS


FICHA TÉCNICA INSTITUTO AYRTON SENNA VIVIANE SENNA Presidente ALINE PORTO Diretora de Educação CÉLIA ASSIS Gerente de PMO SIMONE ANDRÉ Coordenadora de Área MÕNICA PELLEGRINI Coordenadora de Programas FABIANO GONÇALVES Gerente de Projetos PAULA FARIA Analista de Projetos BRUNA VASCONCELOS DE SOUZA Secretária

XXXXXX Concepção de Texto XXXXX Edição XXXXX Projeto Gráfico e diagramação


Bem-vindos, galera Vocês foram escolhidos para fazer parte de um supertime de estudantes que se comprometem com as próprias aprendizagens, com as de seus colegas, com o trabalho de seus professores e, assim, transformam suas histórias e as de suas escolas. Esse “timão” é feito de jovens de diferentes cidades, das diferentes escolas participantes do programa SuperAção Jovem, do Instituto Ayrton Senna. Vocês já participaram do Circuito de Mobilização e puderam sentir o gostinho de serem protagonistas na escola, a favor da transformação da comunidade escolar em uma comunidade leitora. Agora, especialmente para os estudantes do 8º ano, o programa preparou um conjunto de atividades que permitirão conhecer, ler e produzir haicais: uma forma de poesia, vinda da milenar cultura japonesa, que entre nós foi cultivada por vários poetas. Não só os textos serão prazerosos, como também o jeito de trabalhar com eles: em times de quatro integrantes, assim vocês também poderão se conhecer mais e conviver melhor.

Sejam muito bem-vindos, e sucesso para vocês e sua turma!


ATIVIDADE 1 EM TIMES

Bate-papo: O que é poesia para vocês? 1.

Reúnam-se em time, elejam o líder e, com a mediação dele, discutam as seguintes questões: a. O que vem à sua cabeça quando você ouve a palavra poesia? b. Em que momentos do seu dia a dia você acredita que tem contato com a poesia? Por quê? c. Você conhece eventos em nossa cidade em que é possível ver/ouvir poesia? Já foi a algum? Como foi? d. E na escola já fez atividades com poesia? Quais? e. Tem algum poema de que você se recorde e acredite que mereça ser dividido com os colegas? Qual? Por quê? f.

Lembra algum trecho dele de cor?

g. Que nomes de poetas você conhece? h. Com base no que conversaram, construam uma definição.

Poesia é

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© Instituto Ayrton Senna 2014

LIDER Envolva todos de seu time na conversa!


2. Releiam os poemas e conversem sobre eles, discutindo as questões seguintes: a. De qual poema cada um de vocês mais gostou? Por quê? b. Apesar de diferentes, os três poemas expressam, por meio de metáforas, o que é fazer poesia. •

Em qual deles as metáforas sugerem que fazer poesia é desafiar os limites da realidade?

Em qual deles as metáforas sugerem o quanto o leitor dá vida para os poemas?

Em qual deles as metáforas sugerem que a vida sem poesia não tem beleza?

3. Que tal redefinir poesia por meio de metáfora? Para isso, pensem em imagens bem bonitas, como as que foram exploradas nos textos: “carregar água na peneira”, “encher os vazios”, “pássaros” etc.

Fazer poesia é

Entre versos: Leitura e produção de poemas

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ATIVIDADE 2 EM TIMES

BORBOLET(R)AS...

1.

Reúnam-se em time, elejam o líder e, com a mediação dele, leiam as informações sobre o poeta, consultando o box Quem é Tonho

França? e seu poema. Depois discutam as seguintes questões: a. O que significa a palavra poente? Que cores e sensações podem ser associadas a ela?

LIDER

b. Que características tem o alecrim? Que cor e sensações podem ser associadas a ele? a. A palavra borboletas aparece apenas no título do poema. Onde mais ela pode estar sugerida nos versos? b. O que seria uma “saudade vermelho-carmim”?

Perceberam como o texto explora a presença/ausência das borboletas e convida o leitor a pensar em luz, cheiro e cores, para sugerir lembranças e o sentimento da saudade? Ele não diz de forma óbvia que alguém foi embora, “bateu as asas” como fazem as borboletas depois dos breves pousos, mas sugere essas relações.

a. E para o time que cor pode ter a saudade? Nesse caso, ao invés de pousar em um ramo de alecrim, ao pôr do sol, onde ela poderia pousar?

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2. Leiam as informações sobre o poeta no box Quem é Alberto Caeiro? e discutam: a. Sabendo das características da poesia dele, o que vocês esperam encontrar no texto?

Escolham alguém para ler, de forma bem expressiva, o poema de Alberto Caeiro e depois discutam!

b. O que o eu lírico observa? c. O que causa estranhamento nas relações que ele estabelece entre as borboletas e suas cores? d. que vocês acharam disso? Por quê?

Bem diferente do poema anterior, não é mesmo? Neste, o eu lírico nos convida a olhar de perto as asas de uma borboleta e simplesmente ver as cores se manifestando nela, como cor e perfume se manifestariam em uma flor!

3. Vocês já ouviram falar sobre Carlos Drummond de Andrade? O que sabem a respeito dele e de sua poesia? Leiam o box Quem é Carlos Drummond de Andrade e vejam se há algum acréscimo em relação ao que vocês sabiam. Depois leiam o poema “Anedota Búlgara” e discutam as questões seguintes: a. Onde é comum encontrar a expressão “Era uma vez...”? O que o leitor fica esperando que venha na sequência? b. Por que o segundo verso nos choca? c. No terceiro verso uma nova expectativa se cria. Qual é? d. Como o último verso volta a chocar o leitor?

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e. O que vocês imaginam que deve ser czar? f.

Ele pode ser no poema uma metáfora para que tipos de pessoas?

4. Leiam o texto a seguir, em que o escritor Bráulio Tavares comenta esse poema de Drummond:

BRÁULIO TAVARES O colunista é escritor, compositor, estudou cinema e é pesquisador de literatura fantástica

Faz muito tempo que os czares saíram da paisagem política do mundo, e periga uma boa parte dos jovens de hoje não terem a menor ideia do que significa essa palavra. Ela deriva, aliás, do título de “César” que os imperadores romanos passaram a se atribuir em homenagem a Júlio César; o termo gerou “Czar” em russo e “Kaiser” em alemão. Mas no tempo em que Carlos Drummond publicou seu primeiro livro, Alguma Poesia, ou seja, em 1930, os czares tinham desaparecido havia bem pouco tempo, mais’ precisamente em 1917, quando a Revolução Russa não apenas os arrancou do poder mas fuzilou sumariamente a família inteira (...). Em todo caso, Drummond não se referia aos czares da Rússia, mas aos da Bulgária, em seu poema “Anedota Búlgara” (...). A Bulgária teve seus próprios czares até 1943, quando morreu o último deles, Boris III, que era apenas oito anos mais velho do que o próprio Drummond. Não deve ser ele o personagem do poema, pois consta que era um bom sujeito, tendo inclusive peitado Hitler durante a Segunda Guerra e se recusado a permitir a extradição de judeus. O poema de Drummond, com sua malícia inocente, é uma polaroidezinha [máquina de fotografar] da psicologia desses potentados [homens com muito poder e riqueza]. Um poderoso cria sua própria escala de valores, seus próprios dez mandamentos, sua própria declaração dos direitos do homem. Ao invés de ser um sujeito apenas sádico [que tem prazer em fazer o outro sofrer], ele mistura sadismo e humanismo [que valoriza valores de civilização] e os projeta em direções inesperadas. (...) Mandam matar milhões numa guerra, mas protegem as artes e as ciências; são cruéis com os súditos mas são maridos carinhosos e pais dedicados; e assim por diante. (...) Não é muito distinto de outros personagens do mundo de hoje: torturadores que ouvem Mozart, ditadores que financiam bienais de arte, pedófilos que são bons chefes de família, bilionários capazes de deixar anêmica a economia de um país e depois dar-lhe de presente uma dúzia de creches. Fonte: http://bit.ly/anedotabulgara. Fragmentos adaptados. Acesso em 01.05.14.

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a. Que conhecimentos ele apresentou que ajudam a entender melhor o que é a metáfora “czar naturalista”? O que acharam da leitura que ele faz do poema? Por quê? Perceberam como por trás de um poeminha simples pode haver uma visão bem crítica? Aqui a beleza das borboletas foi explorada para sugerir a contradição do czar, ironicamente sensível à caça de borboletas, mas desumano em relação a seus semelhantes!

5. Avaliem as leituras feitas: a. Perceberam como uma mesma palavra, borboleta, pode ganhar tantos sentidos e ser matéria de poesia? b. Que relações vocês estabeleceriam entre o que aprenderam e a brincadeira feita no título desta atividade, BORBOLET(R)AS? c. O que vocês acharam mais interessante em cada um dos poemas? Por quê? d. Compartilhem a discussão de vocês com os outros times, participando da roda de conversa que seu professor promoverá!

Anotem aqui o que acharem de mais interessante na fala de colegas de outros times a respeito dos poemas!

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PARA APRENDER COM VERSOS DE CORDEL


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Bem-vindos, galera! Vocês foram escolhidos para fazer parte de um “supertime” de estudantes que se comprometem com as próprias aprendizagens, com as de seus colegas, com o trabalho de seus professores e, assim, transformam suas histórias e as de suas escolas. Esse “timão” é feito de jovens de diferentes cidades, das diferentes escolas participantes do programa SuperAção Jovem, do Instituto Ayrton Senna. Vocês já participaram do Circuito de Mobilização e puderam sentir o gostinho de serem protagonistas na escola, a favor da transformação da comunidade escolar em uma comunidade leitora. Agora, especialmente para os estudantes do 6º ano, o programa preparou um conjunto de atividades que permitirão “curtir” a literatura de cordel de um jeito bem prazeroso: em times de quatro integrantes. Assim, vocês também poderão se conhecer mais e conviver melhor.

Sejam muito bem-vindos, e sucesso para vocês e sua turma!

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