EM “CORRUPÇÃO”, O ‘P’ DE PODER MANTÉM-SE? Nota do Editor: a 15 de Junho de 2010, o sítio do Externato Infante D. Henrique publicou uma notícia1 sobre a realização de uma sessão de formação sobre o acordo ortográfico, dinamizada pela Dr.ª Margarida Costa, da Porto Editora. O texto seguinte é um comentário de Eduardo Miranda a tal notícia, publicado a 17 de Junho de 2011.
“– Que medo que tenho! – Medo de quê? Do “acordo”?! – Também! Mas tenho tanto a dizer contra essa aberração que tenho medo de nada ou pouco dizer! – Vais ver que vais conseguir dizer tudo. – Ora vamos a isso! – Vamos então!” Pois é! Tanto a dizer! Até tenho receio que isto que para aqui escrevo seja muita coisa, grande demais… E que haja pessoas a quem não desperte interesse ler. Mas vou dizer tudo o que tenho a dizer, sem receios! O Acordo Ortográfico celebrado em Portugal e mais uns quantos países falantes de Língua Portuguesa (entre os quais se destaca o Brasil) representa um ataque vil ao nosso maior Património, já que a Língua é o maior Património que um país tem. Portugal, um país com 900 (novecentos) anos de História. Um país que revolucionou o Mundo. O império Português foi o mais longo de todos, tendo durado 6 séculos. A Língua Portuguesa actualmente é falada por 250 milhões de pessoas em todo o Globo. É a única Língua no Mundo que é falada em simultâneo em todos os continentes (Portugal > Europa; Brasil > América; Angola (entre outros) > África; Macau > Ásia; Timor-Leste > Oceânia). O que se está a passar é uma facada na Língua e na Cultura Portuguesas! O que se passou foi uma violação da Democracia, pois o Acordo “andou para a frente” sem o mínimo consentimento dos cidadãos, o que é antitético quando comparado com o sentido vernáculo da palavra ‘acordo’. Não é por acaso que se considera ‘isto’ um desacordo. A “parte” afectada é a europeia, Portugal. O acordo tem tantas excepções e tantas regras especiais que não traz nada quase nenhuma mudança concreta. Tudo não passa de um(ns) embuste(s) político(s) e económico(s), sobretudo económico(s). Pois querem obrigar-nos a falar um crioulo derivado do Português em troca dos milhares e milhares de dólares da Microsoft e das editoras multinacionais, que vendem livros e jornais com esta nova grafia, entre muitos outros “benefícios”. “O Acordo Ortográfico é um acto colonial do Brasil sobre Portugal com regras que não são recíprocas” – Miguel Sousa Tavares, jornalista, filho de Sophia de Mello Breyner.