A PROPÓSITO DE UM CONVERSOR CHAMADO LINCE por Francisco Miguel Valada
Se o estimado leitor instalar o conversor Lince no computador pessoal (prática que, mais do que não aconselhar, desaconselho), como fiz recentemente num computador especialmente programado para ensaios e não no computador que utilizo para trabalhar, existe a forte probabilidade de ocorrerem fenómenos semelhantes àqueles que mais à frente iremos apreciar. Aviso ainda o estimado leitor que não esgotarei nesta nota todas as hipóteses de teste. Fica o aviso. O conversor Lince, para quem não souber, foi adoptado como “ferramenta de conversão ortográfica de texto para a nova grafia” pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011. Nesta Resolução, sobre a qual já muito se disse e muito há ainda a dizer, adopta-se igualmente “o Vocabulário Ortográfico do Português [VOP], produzido em conformidade (sic) com o Acordo Ortográfico”. A Resolução diz-nos mais: “ambos [Lince e VOP] desenvolvidos pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC) com financiamento público do Fundo da Língua Portuguesa”. Parte-se do princípio de que “estão a ser desenvolvidos”. Mas também podem “ter sido desenvolvidos”. Podem mesmo “vir a ser desenvolvidos”. Nunca se sabe. Adiante. Vamos ao assunto.