Malaca Casteleiro na Universidade do Minho

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O Acordo Ortográfico e as respostas que Malaca Casteleiro ainda não deu

Car@ Alun@, Docente ou Investigador@ da Universidade do Minho, O Sr. Professor Malaca Casteleiro proferirá, amanhã, 19 de Novembro, às 14h30m, na Sala de Actos do Instituto de Letras e Ciências Humanas, na Universidade do Minho, a conferência “A implementação do Novo Acordo Ortográfico”. Considerando que o ÚNICO parecer “técnico” favorável ao Acordo Ortográfico de 1990 é da autoria de um dos seus negociadores (o próprio Professor Malaca Casteleiro) e que TODOS os outros pareceres técnicos consideram necessária a suspensão e reavaliação do Acordo, ou mesmo que «o Acordo Ortográfico terá sempre consequências bem mais graves do que a existência actual de duas normas», é necessário que o Professor Malaca Casteleiro responda finalmente a algumas perguntas concretas, tanto mais que «um sistema ortográfico não é mais simples por conter um menor número de sinais: é tanto mais simples quanto menos ambíguo for, permitindo um reconhecimento mais rápido e menos dependente do contexto.» Ivo Castro & Inês Duarte (1987: 8) 1 – Considerando a Base IV, § 1.º, al. b) do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 (doravante, AO) deve notar-se que: a) a Sr.ª Professora Maria Raquel Delgado Martins (2005: 126), catedrática de Fonética jubilada da F.L.U.L., sublinhou, dentre as excepções à regra de redução vocálica do português europeu, as marcadas ortograficamente por acento agudo ou “por uma consoante muda etimológica, como em baPtismo ou direCtor.” Pergunte-se, então, ao Sr. Professor João Malaca Casteleiro, catedrático de Sintaxe jubilado da F.L.U.L., se dispõe de algum trabalho científico que determine o contrário do que afirmou a Sr.ª Professora Delgado Martins. b) Os Srs. Professores Ivo de Castro e Inês Duarte, catedráticos de História da Língua Portuguesa e de Sintaxe (respectivamente) em efectividade de funções na F.L.U.L. afirmaram que “a presença de uma consoante etimológica constitui (...) uma instrução que indica que se está perante um caso excepcional em que o timbre da vogal não é alterado” (1987: 35). Pergunte-se, também, ao Sr. Professor João Malaca Casteleiro se dispõe de algum trabalho científico que determine o contrário do que afirmaram os Srs. Professores Castro e Duarte. Considerando a probabilidade da ausência de resposta cabal a estas duas perguntas, pergunte-se ademais ao Sr. Professor João Malaca Casteleiro se considera que a Sr.ª Professora Maria Raquel Delgado Martins, o Sr. Professor Ivo de Castro e a Sr.ª Professora Doutora Inês Duarte estão enganados ou se são incompetentes ou menos competentes do que ele em matéria de ortografia. E, em caso afirmativo, porquê. c) Pergunte-se, assim, ao Sr. Professor João Malaca Casteleiro, co-autor e redactor do AO, por que motivo se refere na Base IV, § 1.º, al. b) do AO que a letra C de “aflito” e “aflição” é eliminada se não for pronunciada. Pergunte-se igualmente onde se encontra esse C. 2 – Considerando a Base IX do AO, note-se que: a) no parágrafo 3.º se determina que “não se acentuam graficamente os ditongos representados por “ei” e “oi” da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas”. Pergunte-se então ao Sr. Professor João Malaca Casteleiro de que modo se explica a “lusitanistas estrangeiros” (expressão usada na Nota Explicativa do AO) a pronunciação das seguintes palavras: “diapnoico”, “dicroico” e “dipnoico”. b) O Sr. Professor João Malaca Casteleiro e o Sr. Dr. Pedro Dinis Correia (2007: 18) afirmaram: «repare-se que formas semelhantes como “comboio” e “dezoito” já não tinham acento.»


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