APOSTILA DE PORTUGUÊS

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A Palavra Mágica Certa palavra dorme na sombra de um livro raro. Como desencantá-la? É a senha da vida a senha do mundo. Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira no mundo todo. Se tarda o encontro, se não a encontro, não desanimo, procuro sempre.

Procuro sempre, e minha procura ficará sendo minha palavra.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Discurso da Primavera'


SUMÁRIO

1 A Comunicação e seus conceitos.......................................................06 2 A Comunicação e seus elementos......................................................07 3 Os Elementos da Comunicação..........................................................08 4 A Comunicação Empresarial...............................................................11 5 As Muitas Formas de Comunicação...................................................12 6 A Comunicação Escrita........................................................................13 7 Estrutura Interna da Comunicação......................................................15 8 As Funções da Linguagem...................................................................16 9 Os Componentes de um Texto.............................................................18 10 A Montagem de Parágrafos................................................................19 11 A Narrativa e seus Elementos Básicos.............................................20 12 Descrição e Dissertação: Conceitos..................................................22 13 Dissertação Elementos Básicos..........................................................23 14 A Montagem de um Texto.....................................................................24 15 Os Níveis da Fala e a Comunicação Empresarial..............................26 16 A Comunicação Empresarial Tipos e Modelos..................................28 17 A Comunicação Verbal e a Não-Verbal...............................................30 18 A Comunicação Interna e Externa.......................................................34 19 Resumo...................................................................................................37


ANOTAÇÕES GERAIS


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ANOTAÇÕES GERAIS


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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Capítulo 1 - A Comunicação e seus Conceitos Podemos iniciar este módulo com a seguinte afirmação: A comunicação é a principal variável de auxílio à propagação das ideias e atuações das organizações. Sabe por quê? Vamos entender. Uma organização é formada por pessoas que estão dispostas em setores, departamentos, salas etc. Apesar de fisicamente se encontrarem todas bem próximas umas das outras, em virtude dos desenhos organizacionais acabam se distanciando, dificultando assim, o fluxo de comunicação. Berlo, 1989, nos diz que “uma organização de qualquer espécie só é possível através da comunicação. É exatamente a comunicação entre os elementos que a faz uma organização e não elementos à parte, isolados e desorganizados”. Porém, como estamos falando de organizações não podemos pensar que a comunicação inexiste. Ela existe sim, contudo de forma não-pessoal, ou seja, o contato pessoal é substituído por outros tipos de contatos distanciados, como o telefone, a intranet ou o e-mail. A comunicação escrita é também um meio de comunicação intraorganizacional bastante utilizado, pois além de comunicar ela tem a função de fazer o registro de todas as informações que são repassadas aos colaboradores. Com ela é possível armazenar e organizar todas as informações da organização. É também, através da comunicação que o RH realiza seu trabalho de diminuir as distâncias entre colaboradores e o que é mais difícil, entre colaboradores e a administração das instituições. A importância da comunicação para a gestão de recursos humanos é tão grande que muitas empresas a consideram como uma importante prioridade estratégica. Observe: Fluxo de comunicação positivo

Demais fluxos produtivos positivos

Fluxo de comunicação negativo

Demais fluxos produtivos negativos

Do latim communicare, a expressão comunicar significa “pôr em comum” ou “tornar comum”. Todas as atividades humanas envolvem a comunicação, de alguma forma, em suas muitas manifestações. Desde os primórdios o homem sente a necessidade imperiosa de trocar ideias, sentimentos e experiências. Até a invenção da escrita, há aproximadamente 5 mil anos, essas transmissões eram passadas oralmente, de geração a geração. Com a criação da tipografia, há aproximadamente 500 anos, as informações passaram a ser registradas, sendo esse conhecimento acumulado e compartilhado. Em pleno século XXI, o que vemos é uma “aldeia global”, em que as informações cruzam o planeta em


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questão de segundos e, em muitos casos, acontecimentos.

concomitantemente

aos

“Processo tão natural como respirar, comer, beber água, rir, chorar ou caminhar, a comunicação é a força que movimenta a vida das pessoas, das empresas e das sociedades”.

“O mundo da comunicação é vastíssimo, embora ainda seja predominante a ideia da comunicação verbal, falada e escrita. Existem, porém, muitos outros meios de comunicação, como gestos, imagens, sons, artes e até o sinal do computador, que constituem formas de comunicação não-verbal”.(Andrade, 2004, p.15) Capítulo 2 - A Comunicação e seus elementos

Comunicar significa, basicamente tornar uma informação comum a todos, onde seu objetivo vai muito mais além do que o simples ato de comunicar. Prioritariamente, é necessário que esta informação seja entendida de forma correta por todas que a ela tiverem acesso. Este entendimento é o que chamamos de feedback e servirá como termômetro para as empresas medirem o nível de comunicação entre seus colaboradores. Os elementos principais que atuam no processo de comunicação são os seguintes: Mensagem: pode ser considerado o principal elemento do processo de comunicação, pois o mesmo será realizado com o intuito de transmiti-la e representa o recado, a informação que se quer repassar; Emissor: responsável pelo envio da mensagem. A informação parte dele; Receptor: aquele a quem a mensagem se destina. Ele recebe a mensagem; Canal: meio pelo qual a mensagem será transmitida.


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Código: é o tipo de linguagem utilizada para realizar a comunicação, podendo ser escrita, falada, ilustrada etc. Feedback: representa um retorno da mensagem que foi anteriormente transmitida, onde este retorno poderá ser positivo ou negativo. EMISSOR

MENSAGEM

CONTEXTO CÓDIGO CANAL

MENSAGEM

RECEPTOR

Observe o esquema a seguir:

ATENÇÃO: Importante observar que o canal escolhido pelo emissor para transmitir uma mensagem deverá ser acessível a quem vai recebê-la, no caso o receptor.

Capítulo 3 - Os Elementos da Comunicação

“A comunicação só se realiza quando os seus elementos funcionam adequadamente”.


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A comunicação é um processo e, como todo processo, envolve alguns elementos fundamentais, conforme segue: 

Fonte: Nascente de mensagens e iniciadora do ciclo da comunicação (pessoa, máquina, organização, instituição) de onde provém a mensagem, no processo comunicacional.

Emissor: Um dos protagonistas do ato da comunicação, aquele que, num dado momento, emite uma mensagem para um receptor ou destinatário.

Receptor: Um dos protagonistas do ato da comunicação: aquele a quem a mensagem é dirigida, aquele que recebe a informação e a decodifica, isto é, transforma os impulsos físicos (sinais) em mensagem recuperada.

Mensagem: Comunicação, notícia ou recado verbal ou escrito. Estrutura organizada de sinais que serve de suporte à comunicação. A mensagem é o objeto da comunicação, “é um produto físico real do codificador/fonte” (David Berlo). “Quando conversamos, o discurso é a mensagem; quando sorrimos, a alteração característica da face é a mensagem; quando somos surpreendidos, o silêncio e a imobilidade momentânea são a mensagem.” (Marcelo Casado d”Azevedo)

Ruído: Todo sinal considerado indesejável na transmissão de uma mensagem por um canal. Tudo o que dificulta a comunicação interfere na transmissão e perturba a recepção ou a compreensão da mensagem.

Canal (meios de comunicação): Todo suporte material que veicula uma mensagem de um emissor a um receptor, através do espaço e do tempo. Meio pelo qual a mensagem, já codificada pelo emissor, atinge o receptor, que a recebe (em código) e a interpreta (decodifica).

Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.

Código: Conjunto de signos relacionados de tal modo que estejam aptos para a formação e transmissão da mensagem. Por exemplo, a escrita é um código que permite transformar uma mensagem acústica em uma mensagem gráfica.

Signos: combinação de um significado com um significante. Em bola, por exemplo, a sequência de sons b-o-l-a é o significante, e a ideia do objeto é o significado.


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Linguagem: Qualquer sistema de signos (não só vocais ou escritos, como também visuais, fisionômicos, sonoros, gestuais etc) capaz de servir a comunicação entre os indivíduos.

Língua: É o produto social da faculdade da linguagem de uma sociedade. É um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social, para permitir o exercício da linguagem.

NÃO ESQUECER: Elementos fundamentais da comunicação:  Emissor  Receptor  Mensagem  Referente  Canal  Código A Evolução da Comunicação Empresarial A comunicação empresarial vem sofrendo ao longo do tempo uma importante evolução. Ela passa de uma simples ferramenta de contato entre as pessoas e se transforma numa importante arma de apoio à integração institucional. O momento é de surgimento de um moderno estilo de distribuição de conteúdos, com linguagens, técnicas e conteúdos totalmente diversos do que tínhamos no cenário antigo das organizações. A comunicação hoje, não atua somente com o objetivo de repassar informações, ela vai mais além e representa a principal forma de interação entre colaboradores e administração superior. Ela é utilizada no interior das instituições para multiplicar conhecimentos e disseminar novas ideias. Antigamente, o bom colaborador era avaliado por sua carga de conhecimento. Hoje, o cenário é inverso e o nível de habilidade no repasse de informações e conhecimentos é que faz do colaborador interessante ou não para a organização. Fontes: Dicionário de Comunicação – Carlos Alberto Rabaça e Gustavo Barbosa – Elsevier Editora e Novo Aurélio – Dicionário da Língua Portuguesa Século XXI, apud MATOS.


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Capítulo 4 - A Comunicação Empresarial

A Empresa e a Comunicação Empresarial “O mais importante na comunicação é SABER OUVIR, para poder compreender e interpretar com exatidão o conteúdo da mensagem transmitida e a intenção do seu emissor, favorecendo, assim, o RETORNO DA INFORMAÇÃO, que marca o início do DIÁLOGO, que, por sua vez, pode garantir a qualidade do RELACIONAMENTO HUMANO. Muitos desentendimentos, brigas, rupturas, guerras e conflitos sociais seriam evitados e solucionados pelo simples entendimento dessa questão de BOM SENSO” (MATOS, 2004,p.7).

“... a retroação (feedback) é sempre fundamental, pois torna a comunicação um processo de duas vias que se realimenta natural e espontaneamente”.

Para CHIAVENATO, em seu texto intitulado Comunicação sem Complicação “muitas definições utilizadas na literatura administrativa enfatizam o uso de símbolos e imagens para transferir o significado da informação. Para muitos autores, a comunicação representa a compreensão não apenas do visível e supérfluo, mas do invisível e profundo. Os elementos profundos e simbólicos envolvidos na cultura é que dão o significado para o processo visível de comunicação. Para outros autores, a comunicação é um processo pessoal que envolve o intercâmbio de comportamentos. Para outros a comunicação não depende da tecnologia, mas fundamentalmente das forças nas pessoas e nas situações. Ela é um processo que ocorre dentro das pessoas em diferentes situações. Essa perspectiva pessoal na comunicação alega que as pessoas tendem a assumir conhecimento que as outras pessoas têm e se comunicam nessa mesma base. A aprendizagem depende disso. Mas, a comunicação pode ter outras implicações”.


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“Para muitos autores, a comunicação representa a compreensão não apenas do visível e supérfluo, mas, também, do invisível e profundo”.

Ainda de acordo com Idalberto Chiavenato “alguns autores enfatizam que o significado mais importante que as pessoas compartilham com outras é transmitido através do comportamento. O intercâmbio de comunicação entre as pessoas proporciona a maneira pela qual elas se influenciam reciprocamente. Em outras palavras, os comportamentos são vitais para o processo de comunicação. E o intercâmbio pessoal e comportamental da comunicação assume muitas formas, desde a comunicação não-verbal, passando pela comunicação interpessoal até a comunicação massiva através da mídia e da tecnologia. E a retroação (feedback) é sempre fundamental, pois torna a comunicação um processo de duas vias que se realimenta natural e espontaneamente. Além disso, comunicação tem a ver com as influências externas que recebemos (como sensação, percepção). Tem a ver com os processos internos (como interpretação, compreensão, significado, atribuição, atenção). Assemelha-se as influências externas que provocamos em nossos semelhantes (como influenciação, liderança, motivação, sugestão, emulação). Mas, acima de tudo, a comunicação análoga ao relacionamento, interação, conectividade, convivência, coesão, compartilhamento, cooperação, comprometimento, aprendizado, mudança, inovação. E também com ética, transparência e responsabilidade”. Capítulo 5 - As Muitas Formas da Comunicação

Como vimos anteriormente o processo de comunicação não se limita apenas às formas falada e escrita. O importante no desenvolvimento das funções organizacionais é interagir com os diversos meios. Daí ser tão importante o sistema organizacional no processamento das funções internas e do relacionamento das organizações com o meio externo. Empresas de destaque em qualquer lugar do mundo montam departamentos exclusivos de comunicação para trabalhar seus públicos interno e externo, visando a desempenhar melhor a comunicação entre seus públicos, como a sociedade de uma maneira geral, formadores de opinião, consumidores, colaboradores (trabalhadores, distribuidores, fornecedores, parceiros), sindicatos, órgãos governamentais. Sempre tendo como referência básica o planejamento estratégico da empresa.

“Empresas de destaque em qualquer lugar do mundo montam departamentos exclusivos de comunicação para trabalhar seus públicos interno e externo...”.


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Todas as ações de comunicação, nos dias atuais, estão preocupadas em agir de forma conjunta e integrada para mostrar a “personalidade” da empresa. Essa mostra, geralmente, é bem aceita principalmente se as empresas mostram preocupação com o social.

A sociedade quer saber de que modo a empresa trata o meio ambiente e de onde retira as matérias-primas para a produção. Onde jogam seus resíduos, seus efluentes, se têm projetos de logística reversa, se usam materiais biodegradáveis, se há projetos de reutilização da água, se respeitam a camada de ozônio etc. As empresas estão investindo na construção de imagens empresariais confiáveis. A verdadeira ação de comunicação empresarial faz a integração entre a empresa e seus públicos, arrebentando com as ilhas internas de informação – guetos – e transforma a comunicação na interface entre todos os públicos de interesse desta empresa.

Capítulo 6 - A Comunicação Escrita

Antes de iniciarmos este módulo precisamos ter em mente que colocar palavras no papel não é escrever um texto! Para que a escrita seja considerada um texto, é necessário haver significação, isto é, precisamos trabalhar as palavras, combiná-las de tal forma que o produto tenha significação, isto é, seja um texto. Falar é muito mais simples, pois não há grande preocupação com as regras gramaticais. Mas, quando escrevemos, há esse cuidado maior com a gramática normativa, preocupação com a clareza e seleção do vocabulário. “No cotidiano da empresa, expressar-se por meio da palavra escrita, redigir, é uma prática comum e necessária entre os profissionais que nela trabalham”.

Para PIMENTA, escrever bem é:


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  

Obedecer às regras gramaticais, evitando erros de sintaxe, de pontuação, de ortografia etc; Procurar a clareza, evitando palavras e frases obscuras ou de duplo sentido; Agradar ao leitor, empregando expressões elegantes e fugindo de um estilo muito seco.

Para que a comunicação escrita seja eficaz, é necessário haver:   

Clareza e objetividade para que a mensagem implique uma resposta; Precisão para que o outro compreenda o que se está pensando; Persuasão para obter a colaboração e resposta esperada.

É preciso tomar cuidado com:   

Interferência física: dificuldade visual, má grafia das palavras, cansaço, falta de iluminação etc.; Interferência cultural: palavras ou frases complicadas ou ambíguas, diferenças de nível social; Interferência psicológica: mensagem que contenha agressividade, aspereza, antipatia etc.

No ato comunicativo, as ideias do remetente poderão ser conhecidas pelo destinatário, quando:   

O remetente transformar suas ideias em mensagem, associando-as a signos; O remetente enviar a mensagem, constituída de signos ao destinatário; O destinatário receber os signos, captando os significantes e entendendo os significados ou ideias a eles associados.

A partir do momento em que o destinatário entender o significado, estará apto a produzir uma resposta, isto é, dar o feedback. “... a retroação (feedback) é sempre fundamental, pois torna a comunicação um processo de duas vias que se realimenta natural e espontaneamente”. Para escrever um texto de maneira original e criativa, para formar frases fluentes, bem estruturadas e de fácil assimilação, basta utilizar palavras conhecidas por todos. É bom lembrar que um texto simples não implica, necessariamente, a repetição de formas e frases desgastadas.


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Capítulo 7 - Estrutura interna da comunicação escrita O texto é formado de parágrafos ou raciocínios progressivos. Normalmente, introduzimos no início do parágrafo a ideia central, também chamada de tópico frasal. Ele, uma vez identificado, ajuda-nos a separar o que é relevante do que não o é. Ao redor dessa ideia central, girarão as ideias secundárias ou complementares. Um texto pode ser vazado em diversas formas, consoante a sua funcionalidade. Nunca é demais lembrar que uma redação comporta três partes: Introdução Desenvolvimento Conclusão

Concisão, Coerência e Coesão 1- Concisão: em oposição a textos prolixos que subestimam a compreensão (e a paciência) dos leitores, tornando-se enfadonhos, repetitivos e até irritantes. Ser conciso é escrever pouco e transmitir muito, com o cuidado de não prejudicar a clareza, é não “encher linguiça”. a- Comunica com a medida precisa de palavras e ideias; b- Dispensa clichês; c- Preserva a exatidão e nitidez da informação; d- Evita excessos; 2- Coerência: responsável pela construção de sentido que garante a interpretabilidade do texto, a harmonia dos fatos ou ideias transmitidos, evita ruídos ou contradições que poderiam dificultar a compreensão da comunicação ou impossibilitar a proposição. a- coerência interna (não contradição do texto- elementos intratextuais); Ex.: Maria disse a João que iria na casa de Pedro. Logo depois, chegando à casa de Marcelo... b- coerência externa (não contradição do contexto- elementos extratextuais). Ex.: Chegando ao Rio de Janeiro ensolarado, o frio deixava nas planícies da cidade uma camada de neve que refletia as luzes da noite. 3- Coesão: há coesão em um texto quando se empregam de modo adequado conjunções, pronomes e vocábulos, quando não há ambiguidades, regências incorretas etc. Ex.: Achei a obra na biblioteca estragada. O fazendeiro vinha com um bezerro e a mãe dele.


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Função da linguagem é a colocação das palavras na composição do texto segundo a intenção do emissor de colocar algo para que aconteça a comunicação desejada.

Capítulo 8 - As Funções da Linguagem

Há uma correspondência entre os elementos da comunicação e as funções da linguagem, pois os objetivos a serem alcançados por meio da comunicação são variados, como observaremos a seguir: Função emotiva ou expressiva: ocorre quando o emissor é posto em destaque, centrada na sua emoção e opinião. É a linguagem presente nos livros autobiográficos, de memória, de poesias líricas, de bilhetes e cartas de amor. Subjetiva, nela prevalecem a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. Leia a seguir um trecho do texto intitulado Natal na barca de autoria de Lygia Fagundes Telles “Não quero nem devo lembrar aqui porque me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher, uma criança e eu.” Função referencial ou denotativa: ocorre quando o referente é posto em destaque. O emissor tem como objetivo fornecer informações, é a linguagem dos noticiários jornalísticos, dos artigos científicos, Já que visa traduzir a realidade. Objetiva, direta e denotativa, nela prevalece a 3ª pessoa do singular. Leia o texto (extraído do jornal Folha de São Paulo): “CHUVA ÁCIDA AFETA REGIÕES DO MUNDO” “Parte dos 120 mil km cúbicos de chuvas que, em média, a cada ano caem sobre os continentes, já não trazem mais a vida, mas a morte lenta e penosa para lagos, florestas, animais e pessoas numa escala sem precedentes,desde que a Segunda Revolução Industrial criou o motor a


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explosão e com ele libera a cada ano milhares de toneladas de resíduos combustíveis fósseis na atmosfera da Terra.” Função metalinguística: Esta função se caracteriza quando o código linguístico é posto em destaque e este mesmo código passa aos receptores algum tipo de reflexão sobre o mesmo. Exemplos práticos desta função são os dicionários ou as aulas de idiomas. Leia este texto do linguista Ferdinand de Saussure: “A língua é um sistema de signos que exprimem ideias, e é comparável, por isso, à escrita, ao alfabeto dos surdos-mudos, aos ritos simbólicos, às formas de polidez, aos sinais militares etc. Ela é apenas o principal desses sistemas”. Função fática: Neste caso o destaque é para o canal. A mensagem ao ser transmitida será capaz de testar o canal. “Boa tarde”, “calem-se”, “alô’, são exemplos típicos.

É bom observar que não teremos sempre todas as funções da linguagem presentes em um texto. Mas, sempre haverá a predominância de um dasfunções.

Função conativa ou apelativa: a ênfase é no receptor da mensagem. O objetivo principal é o de convencer ao receptor. Encontramos neste tipo de função o uso comum de verbos no imperativo, bem como em 2ª e 3ª pessoas, como nos casos dos textos publicitários que ilustram muito bem este tipo de função.

Função poética: o destaque é para a própria mensagem e sua estrutura. Sua forma de ser organizada. As poesias e todos os demais textos literários ilustram esta função.


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Capítulo 9 - Os Componentes de um Texto

Para comunicar eficazmente é essencial planejar e organizar as ideias no texto, de tal que a redação clara concisa e objetiva.

Componentes principais de um texto   

Plano de trabalho Organização Montagem de parágrafos

Vejamos em seguida cada um destes componentes detalhadamente. Plano de trabalho *O que você quer comunicar? *Para quem você quer comunicar? (qual o perfil do interlocutor, “sua língua”) *Quando você vai comunicar? (agendar ou imediato) *Qual o meio/veículo vai utilizar? (e-mail, ofício, carta etc) *Por que você vai comunicar? (o que você espera alcançar). O tempo investido em planejamento evita mal-entendidos que costumam aparecer e elimina a necessidade de contatos posteriores para "consertar" o que não ficou claro na primeira vez. Organização Como todo texto, a redação deve ter uma introdução ao assunto; em seguida, faça o desenvolvimento de suas ideias e, finalmente, chegue à conclusão ou desfecho. O texto da redação deve ser claro, direto, preciso, objetivo e conciso. Use frases curtas e evite demasiadas intercalações ou ordens inversas desnecessárias. Ele deve ter uma ordem direta que conduzirá o leitor à essência deste de forma objetiva. É importante lembrar que se deve anotar tudo o que vier à cabeça à medida que as ideias forem fluindo livremente. Depois, deve-se fazer uma seleção,


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organizar as ideias e finalmente preparar um roteiro com os principais pontos do que se pretende escrever, começando pelo principal. Capítulo 10 - Montagem de Parágrafos

Parágrafo é a unidade de composição do texto que apresenta uma ideia básica à qual se agregam ideias secundárias relacionadas pelo sentido. Quando vamos produzir um texto, colocamos no papel todas as ideias que nos vêm à mente, sem muita ordem, mesmo que pareçam absurdas. Após isso, que podemos chamar de brainstorming ou tempestade de ideias, passamos a organizá-las e desenvolvê-las. Assim é que começaremos a construir os parágrafos. Eles se relacionam entre si, progressivamente, governados por uma ideia central, para a qual convergem as ideias periféricas ou secundárias.

Os Tipos de Parágrafos Levando-se em conta os três tipos de textos, o parágrafo padrão apresenta-se de três modalidades diferentes, como segue: a) Parágrafo narrativo: quando identificamos no parágrafo, em princípio, os participantes (personagens) que criam uma tensão e um clímax, já que a matéria-prima da narração é um fato; b) Parágrafo descritivo: já que a matéria-prima da descrição é a caracterização de um objeto, ou pessoa, ou animal, ele é atemporal e o autor deverá transmitir a imagem mais próxima à realidade do que foi descrito; c) Parágrafo dissertativo: sendo a argumentação a matéria-prima da dissertação, esse parágrafo deverá apresentar o assunto a ser discutido, seu desenvolvimento e sua conclusão. Os Tipos de Textos

“... de acordo com os objetivos de uma redação, haverá predominância de um tipo específico de tratamento do assunto, que pode ser a descrição, a narração ou a dissertação”.

Dificilmente um texto é puro, isto é, apresenta apenas características de um dos três tipos de textos: narrativo, descritivo ou dissertativo. Na maioria dos textos, há uma estrutura dominante de um dos três tipos. Porém, é fundamental


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conhecer essas diferentes formas de composição de textos para usá-las adequadamente, dependendo da comunicação a ser feita. “Só se descreve o que pode ser percebido sensorialmente; só se narra o que é factual, o que tem história, o que acontece no tempo; só se disserta com juízos, raciocínios e ideias. Quem disserta não conta fatos (função do texto narrativo), também não retrata seres, como nas descrições: cita os fatos para interpretá- los e relacioná-los, usa os seres nas articulações do raciocínio. Portanto, de acordo com os objetivos de uma redação, haverá predominância de um tipo específico de tratamento do assunto, que pode ser a descrição, a narração ou a dissertação”.(ANDRADE, 2004,p.119)

Capítulo 11 - A Narrativa e seus Elementos Básicos

Narração é um relato centrado num fato ou acontecimento (o quê?); há personagens (quem?) atuando e um narrador que relata a ação. O tempo e o ambiente (ou cenário) são outros elementos importantes na estrutura da narração (quando? onde?). Nem sempre ocorrerá a presença de todos esses elementos no texto narrativo. Porém, os imprescindíveis são o fato e o narrador.

O texto narrativo apresenta respostas para as perguntas:  Como?  Quando?  Onde?  Por quê? Nem sempre responde a todas elas.

ELEMENTOS BÁSICOS DA NARRATIVA

FATO São elementos da narrativa: 1. NARRADOR: quem conta o fato.

NARRADOR


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Tipo de narrador: em 1ª e em 3ª pessoa: narrador onisciente/observador e onipresente.

a) ONIPRESENTE = narrador-personagem: 1ª pessoa, é uma espécie de testemunha invisível de tudo o que acontece e, com uma linguagem subjetiva, ele tenta passar para o leitor o que os personagens estão sentindo e pensando. b) Narrador-Observador: 3ª pessoa, o narrador não participa dos acontecimentos, limitando-se a contar sem se envolver, usando uma linguagem objetiva. O narrador observador também é conhecido como ONISCIENTE ou ONIPRESENTE, pois ele conhece tudo sobre as personagens mergulhando no íntimos delas. 2. FATO: o acontecimento em si. 3. ENREDO: é a trama, comparada ao esqueleto da narrativa, que dá sustentação à história, geralmente está centrado num conflito, responsável pelo nível de tensão da narrativa. 4. AMBIENTE: é o espaço onde os personagens atuam e se desenrola o enredo. 5. TEMPO: quando os fatos aconteceram. 6. PERSONAGENS: são os seres que atuam, isto é, que vivem oenredo. Os participantes dos acontecimentos, normalmente, falam ou dialogam. A fala dos personagens é chamada de discurso, que pode ser: discurso direto, o discurso indireto e o indireto livre. a) discurso direto: reprodução fiel da fala do personagem, como ocorre no exemplo seguinte: Filho: Mamãe, me dá aí umas pratas prum sanduíche no Bob´s? Mãe: Como assim? “Me dá umas pratas aí”, sem aviso nem nada? Que pratas são essas? Não dou. Chega! Toda hora dinheiro, dinheiro, dinheiro... Você pensa que eu sou o Ministro da Fazenda? Eu tenho cara de Delfim, tenho? Não dou nada. Filho: Ué, essa daí quer ter as alegrias da maternidade sem gastar um tostão. (Millôr Fernandes – Conflitos de Geração)

b) discurso indireto: quando o narrador usa suas próprias palavras para reproduzir a fala de um personagem. Veja o exemplo: 

A menina afirmou que não bebia daquela água.

Se fosse utilizado o discurso direto, o trecho ficaria assim: 

-- Não bebo dessa água. – afirmou amenina.

Afirmou a menina:

ou:


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-- Não bebo dessa água. Obs.: Ao transformar um discurso indireto em direto, é necessário adaptar os verbos. c) discurso indireto livre: neste tipo de discurso as falas do narrador e dos personagens se fundem. Observe o trecho do romance As meninas, de Lygia Fagundes Telles: “Aperto o copo na mão. Quando Lorena sacode a bola de vidro a neve sobe tão leve. Rodopia flutuante e depois vai caindo no telhado, na cerca e na menininha de capuz vermelho. Então ele sacode de novo. “Assim tenho neve o ano inteiro.” Mas por que neve o ano inteiro? Onde é que tem neve aqui? Acha lindo neve. Uma enjoada. Trinco a pedra de gelo nos dentes.”

Na forma de discurso direto, teríamos: (...) Então ele sacode de novo e diz que assim tem neve o ano inteiro. (...)

E na forma de discurso indireto: (...) Então ele sacode de novo e diz: Assim tenho neve o ano inteiro. Mas por que neve o ano inteiro? (...)

Capítulo 12 - Descrição e Dissertação: Conceitos

DESCRIÇÃO É construir imagens utilizando a linguagem verbal. É caracterizar alguém ou alguma coisa. Nesse tipo de texto, usam-se os cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. Descrever é fazer uma fotografia de algo ou alguém por meio de palavras.


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SUJEITO PERCEBEDOR

OBJETO PERCEBIDO

Vejamos os dois tipos de descrição: 1. Descrição subjetiva ou impressionista: quando a descrição é feita com mais profundidade, mostrando até características psicológicas da pessoa, personagem ou animal que se está descrevendo. Parte-se de um ponto de vista pessoal. 2. Descrição objetiva ou expressionista: prende-se a reprodução fiel de um objeto, pessoa, cena, personagem ou animal, destacando-se com exatidão e precisão vocabular todos os detalhes observados, aproximando-se bastante da imagem real. “Na descrição subjetiva, a interferência do autor é sempre maior e costuma ser caracterizada pela emissão de juízos de valor. Já na descrição objetiva, o autor interfere menos, tentando passar-nos uma imagem mais próxima ao real, evitando os juízos de valor”.(TERRA, 2001, p.392).

DISSERTAÇÃO É o texto em que se faz exposição de ideias sobre um assunto, debate um tema com ponto de vista e argumentação.

O texto dissertativo caracteriza-se pela exposição de ideias e pontos de vista, pela reflexão, chegando a uma conclusão. Este tipo de texto exige maior raciocínio, pois, para se discutir a respeito de qualquer tema é necessário apresentar bons argumentos.

Capítulo 13 - Dissertação: Elementos Básicos

ELEMENTOS BÁSICOS DA DISSERTAÇÃO PONTO DEVISTA +

ARGUMENTO

Esse tipo de texto é o mais usado no nosso cotidiano. Quando nosso filho pede o carro emprestado e o questionamos, quando interrogamos e criticamos a realidade, defendemos nossos direitos ou fazemos propostas de transformação do mundo, estamos dissertando. Trabalha-se com dados, fatos, argumentos para reforçar ou justificar as ideias. Na dissertação deverá constar:


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Introdução: o tema e o ponto de vista

Desenvolvimento: argumentação (os porquês, os exemplos)

Conclusão: síntese reafirmadora das ideias (conclusão-resumo e conclusão-proposta)

Existem dois tipos de dissertação: 

Expositiva ou objetiva, cujo objetivo é explicar de modo impessoal uma ideia para esclarecimento de outras pessoas, com intuito de informar (normalmente, não é esta a modalidade exigida nos vestibulares). A dissertação objetiva caracteriza-se pelo texto escrito em terceira pessoa. Embora você saiba que o autor esteja nos transmitindo sua visão pessoal a respeito do tema, ele jamais aparece para o leitor como uma pessoa definida. O autor expressa o que sabe ou acredita saber sobre determinado assunto usando uma linguagem reflexiva, denotativa, clara e objetiva. Sua meta, além de expor posições, pode ser a de levantar elementos para uma possível análise e reflexão.

Argumentativa ou subjetiva, que visa a persuadir, por meio de provas, argumentos e técnicas de convencimento, procurando levar o interlocutor a pensar como o autor do texto. Tenta convencer o leitor de que a razão está com quem escreve. Um exemplo é a crítica de cinema ou de teatro que se lê constantemente nos jornais. Nesse tipo de dissertação, escrita em primeira pessoa, o autor assume, de forma explícita, um caráter subjetivo, pessoal. Porém, devem-se evitar construções do tipo: “Na minha opinião..”, “Eu acho que...” e outras parecidas. Capítulo 14 - A Montagem de um Texto

Antes de iniciarmos este módulo precisamos deixar claro que a construção de um texto vai muito além do simples ato de escrever. 

Sempre inicie um texto na afirmativa;

Use os termos técnicos essenciais, ou seja, aquelas estruturas que não podem ser substituídas (significado entre parênteses);

Não escreva o que você não diria;


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Cuidado com expressões de valor absoluto ou muito enfático, tais como certos adjetivos, superlativos e verbos;

Deve-se ter uma especial atenção também com os termos coloquiais ou de gíria, estes apenas podendo ser usados em casos muito especiais;

Cuidado com os gerúndios;

Faça o encadeamento dos leads de maneira harmoniosa com os parágrafos seguintes;

Quando um parágrafo não está conectado com o seguinte, ele se torna difícil de acompanhar e chato de se ler;

Depois de terminada a redação dos textos faça uma leitura silenciosa de todo o texto, corrigindo-o e fazendo as alterações necessárias.

As Formas de Apresentação de um Texto Resumo É a condensação do texto, sintetizar ideias principais ou centrais. É necessário fazer uma leitura analítica, procedendo a uma síntese do texto. Características de um resumo segundo BARROS ELEHFELD: 1. Não resumir antes de levantar o esquema e preparar as anotações de leitura; 2. Ao redigir um resumo, use frases breves, objetivas, acrescentando referências bibliográficas e observações de caráter pessoal, se necessário; 3. O resumo compõe-se das seguintes fases:      

Ler e reler o texto, procurando entendê-lo a fundo; Procurar a ideia-tópico de cada parágrafo; Relacionar e ordenar as ideias dos parágrafos, parágrafo por parágrafo; Escrever a síntese, formando frases com todas as ideias principais; Confrontar a síntese com o original para que nada de importante seja omitido; Redigir, finalmente, com bom estilo e com as próprias palavras.

Esquema Reduz-se à enumeração dos elementos que fazem parte de uma coluna textual. O esquema é realizado através de ideias centrais do texto; é a representação gráfica do que se leu. Pode ser feito com chaves e listagem


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numérica. Por exemplo: itens I, II, III, IV etc. Pressupõe a compreensão das relações entre as partes, sem ela, não é possível esquematizar. Características de um esquema segundo BARROS E LEHFELD: 1. Fidelidade ao original; 2. Estrutura lógica; 3. Flexibilidade e funcionalidade (em uma só olhada, pode-se ter uma ideia clara do conteúdo). Resenha Caracteriza-se por ser uma espécie de resumo crítico de um determinado texto que será escrito quando da publicação do referido texto em periódicos ou revistas da área. “É uma síntese geral, informativa e avaliativa sobre livros, capítulos, artigos das mais diversas áreas do conhecimento e que serve, por conseguinte, para orientar as opções e o interesse do leitor em questão” (BARROS E LEHFELD, 2004).

Capítulo 15 - Os Níveis da Fala e a Comunicação Empresarial As variações observadas na utilização da língua, individual ou social, são denominadas de variações linguísticas.

A língua é um código que permite uma diversidade de usos, onde nós, falantes, adotamos o mais adequado às exigências situacionais da comunicação, a que chamamos de variações linguísticas. Essas variações são decorrentes de vários fatores, entre os quais destacamos: 

Fatores regionais: presença de variações regionais ou regionalismos. A língua é a mesma, porém verificam-se algumas variações conforme a região em que a mesma está sendo falada. É forma de falar típica de cada região. Podemos perceber que a fala de um gaúcho difere em muitos termos da fala de um nordestino.


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Fatores culturais ou sociológicos: o nível intelectual dos indivíduos atua diretamente no modo de falar dos mesmos. O mesmo se pode afirmar sobre a formação cultural. Estas variáveis são responsáveis por uma fala mais elaborada, culta ou menos polida. Se observarmos uma conversa entre um professor de literatura e um agricultor poderemos observar a diferença.

Fatores contextuais ou variações situacionais: dependendo do ambiente em que nos encontramos modificamos nossa forma de falar. Se o ambiente nos exige mais polidez optamos por utilizar palavras mais elaboradas. Ao contrário, se estamos em um ambiente mais descontraído, como numa conversa entre amigos, nosso modo de falar se torna menos elaborado. Os níveis de fala são gerados por influências geográficas, sociológicas ou contextuais.

Na fala das pessoas, encontramos o reflexo desses fatores e isto gera os diferentes níveis de fala (ou de linguagem), que podem ser classificados em: 

Nível formal (culto): em que são obedecidas às regras prescritas pela gramática normativa. É próprio de discursos acadêmicos e trabalhos científicos.

Nível informal (coloquial ou popular): oposto ao formal, não segue estritamente a norma gramatical, apresentando gírias e formas contraídas. É a linguagem familiar ou espontânea, é o que a maioria das pessoas utiliza no cotidiano.

Alguns autores, ainda, fazem uma outra divisão, criando: 

Nível técnico ou profissional: linguagem específica utilizada por algum grupo como o de mecânicos, controladores de voos, analistas de sistemas etc.

Na comunicação empresarial deve-se cuidar da qualidade: Textos claros, corretos gramaticalmente, objetivos, concisos etc. Prioriza-se a norma culta ou o nível formal.


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“O nível das comunicações empresárias deve ser o da norma culta, pois é o único nível que dá total segurança de entendimento com clareza quando, evidentemente, bem redigido ou falado. É o nível das comunicações oficiais, dos textos jurídicos, dos estudos em geral” (NADÓLSKIS, 2003, p.78).

Capítulo 16 - A Comunicação Escrita no Cotidiano da Empresa: Tipos e Modelos de Redação Na empresa, dependendo do objetivo haverá uma correspondência adequada à situação.

Todo profissional que trabalha necessita, em algum momento, de utilizar-se da comunicação escrita que, segundo PIMENTA, seus principais objetivos são:   

Obter e fornecer informação; Promover uma ação específica; Promover, manter ou encerrar relacionamentos comerciais.

Antes de escrever: (PIMENTA, p. 152): 

Pense: a) Em seus objetivos: Persuadir alguém a comprar produtos ou serviços? Sondar preços ou condições de pagamento? Desculpar-se por atrasos ou defeitos? Responder a alguma questão de um cliente? b) No destinatário (público) de sua mensagem. A função e as características do destinatário determinam a escolha do veículo.

 Consulte as correspondências anteriores, os relatórios financeiros e/ou documentação relacionada com o assunto da comunicação para recuperar o que já foi discutido e realizado; assim, evitam-se repetições e otimiza-se o processo; 

Analise, conjuntamente, seus objetivos, o destinatário e o tipo de veículo mais adequado.

Veículos da redação administrativa (PIMENTA, p.153) Dentro da empresa, para cada necessidade, objetivo ou situação há um veículo de comunicação adequado. As redações administrativas mais comuns são:


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Carta: correspondência utilizada para informar aprovação em concurso; tratar de assuntos gerais com variadas instituições; solicitar ou agradecer a colaboração; justificar atos ou atitudes; homenagear, censurar, advertir etc. Componentes: cabeçalho; data; destinatário; assunto; vocativo; contexto; fecho; nome, cargo e assinatura (do emitente); anexo (opcional). Circular: correspondência, produzida em várias vias, tratando de interesse amplo e dirigida a muitos destinatários. Cada via deve ser assinada ou autenticada, para ter um caráter original. Seu conteúdo, em geral, é composto por orientações e recomendações. Componentes: cabeçalho; data; vocativo; contexto; fecho; nome, cargo e assinatura (do emitente). Memorando: correspondência interna para comunicações breves e menos solenes como avisos, consultas etc. Componentes: cabeçalho; número de ordem; data; vocativo; assunto; contexto; fecho; nome, cargo e assinatura (do emitente). Relatório: Documento que contém informações, fatos, estatísticas ou recomendações coletadas por uma pessoa ou grupo com o objetivo de melhorar processos ou serviços. Descrevem fatos, se registram observações, pesquisas, investigações, fatos ou se história a execução de serviços ou de experiências. Há uma variação bastante útil que é o relatório de reunião. Os relatórios são escritos por várias razões e de várias formas. No entanto, é necessário, sempre, cuidar da organização, precisão, clareza, veracidade e boa apresentação das informações. Em geral, utilizam-se gráficos, tabelas, diagramas,estatísticas. Componentes: título; o(s) relatores; introdução: referências: quem requisitou, objetivos etc.; período; procedimento para coleta de dados; corpo do relatório: informações propriamente ditas; conclusões, deliberações (quando for um relatório de reunião) e recomendações (se cabíveis). Tipos de relatório O relatório pode ser: individual ou coletivo; simples ou complexo; parcial ou completo; periódico ou eventual; técnico, científico, administrativo, de estágio, de visita, de cursos realizados, de apreciação sobre um tema etc. Seja qual for o tipo de relatório, ele deverá ser redigido em linguagem simples, correta, objetiva, concisa, denotativa, e sem construções rebuscadas, pois, o mais importante, é que ele seja claro e objetivo, sem rodeios, porém contendo todas as informações importantes para a análise por parte do leitor. Requerimento: documento que serve para fazer solicitações a uma autoridade. Também chamado de petição. Componentes: vocativo; contexto; fecho; data; assinatura. Procuração: documento pelo qual uma pessoa confere poderes legais a outra para tratar de negócios ou agir em seu nome.


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Ofício: comunicação oficial expedida por autoridades da administração ou dirigido a particulares. Componentes: número do expediente e sigla do órgão ou departamento que o expede; local e data; vocativo; contexto; fecho; assinatura, nome e cargo do emitente. Notificação: documento através do qual se informa o destinatário, pessoa física ou jurídica, sobre procedimentos a serem tomados pelo interessado ou medidas que serão tomadas pelo remetente. Componentes: cabeçalho; a expressão “Notificação”; contexto; data; assinatura, nome e cargo do emitente. Ata: documento de registro do desenvolvimento de uma reunião, assembleia ou sessão. Deve ser escrita com clareza, resumidamente. Os numerais (datas etc.) devem ser grafados por extenso. Boletim: texto produzido para informação interna ou externa. Em geral, é composta de resultados de pesquisa ou resumo de algum evento importante. Manual: texto didático, para ser utilizado por várias pessoas, que apresenta informações e orientações em linguagem técnica. Jornal, revista: Devem seguir o mesmo formato, linguagem e qualidade técnica dos jornais e revistas em circulação, tratando assuntos de interesse interno e externo. Os componentes dos três últimos tipos de veículos não são fixos, também dependem dos objetivos de seus realizadores e do público destinatário. E-mail ou correio eletrônico: é um recurso que possibilita a troca de mensagens e arquivos digitais de forma rápida e versátil por meio da Internet. Um dos meios que tem substituído algumas formas tradicionais de comunicação, sendo intensamente usado nas empresas.

Para a comunicação interna, o veículo que tem sido mais utilizado são os e-mails. Capítulo 17 - Comunicação Verbal e Comunicação Não-verbal: Vantagens e desvantagens de suas utilizações nas Empresas

Alguns psicólogos têm feito estudos e constatado que importa mais o que fazemos ou o que deixamos de fazer enquanto falamos do que o conteúdo de nossa mensagem. A leitura do não-verbal complementa e auxilia na


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compreensão da comunicação verbal, muitas vezes. Com isso, vemos que o sucesso da nossa comunicação não depende só da habilidade como usamos as palavras. Tudo que envolve o processo da comunicação é importante: o que falar ou escrever e como o fazemos. O sucesso da comunicação não depende apenas do conteúdo e da habilidade como usamos as palavras.

O ser humano faz uso de muitos signos universais da comunicação. A palavra é fundamental, mas é apenas um desses signos. Existem outras importantes formas, como os gestos, os movimentos com a cabeça, a expressão dos olhos e da face, a postura, a aparência e outros símbolos. A comunicação não- verbal, muitas vezes, tem a chave do que queremos realmente falar, seja oralmente ou verbalmente. Tanto a comunicação verbal quanto a não-verbal têm a sua importância, basta saber usá-las adequadamente. Existem diversos meios de comunicação, sendo eles:  Verbal/Oral  Verbal/Escrita  Não-verbal

O cotidiano de uma organização é marcado diretamente pelo fluxo de informação geradas e repassadas por todos que as compõem, para isso uma comunicação eficaz deve ser prioridade máxima. Os colaboradores trocam informação entre si e estas logo são compartilhadas com os clientes externos. Vejamos os meios de comunicação utilizados pelas empresas e observaremos que o casamento entre a comunicação verbal e não-verbal é que possibilitará o sucesso da comunicação empresarial. Meios de comunicação: a) Verbal /Oral  Telefone  Reuniões, palestras, debates, seminários, conferências, convenções, cursos;  Encontros  Bate-papos  Reuniões sociais;  Conversas com clientes, superiores e subordinados;  Entrevista para emprego

b) Verbal /Escrita  E-mails  Memorandos (De /Para)  Bilhetes, lembretes


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      

Avisos internos Declaração de missão, visão e valores Manual interno Portarias (Governo) Cartas/ofícios/memorandos Avisos e placas Jornal interno

Muitas vezes, será a comunicação não-verbal que terá a chave do que queremos realmente falar. c) Não-verbal  Gestual, comportamental, olhar, expressões faciais, riso e sorriso, aparência, postura, distância, pontualidade, velocidade da fala, dicção, entonação de voz,ênfase  Avisos sonoros,campainhas  Cartão de ponto  Comunicação visual  Telefone muito baixo ou muito alto  Uniformes,vestuário  Toque  Orientação e proximidade  Comunicação oral Apresentação em Ambientes de Trabalho, Acadêmicos e em Debates

Oratória é a capacidade de falar bem. Mas só a oratória não é suficiente para uma apresentação em público.

Há uma frase muito interessante de Sir George Jessel, que traduz bem o que a maioria das pessoas sente quando precisam falar em público: “Nosso cérebro começa a funcionar desde que nascemos e nunca mais para até que levantemos para falar em público”.

Se consultarmos o dicionário, veremos que oratória é a capacidade de bem falar, é a arte de falar em público.


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Creio que você já deve ter falado ou ouvido o seguinte comentário: “Tal professor sabe muito, tem muito conhecimento, mas não sabe transmitir.” E é verdade, pode acontecer, pois nem sempre conseguimos tornar comum (=comunicar) o nosso conhecimento. Por isso, é muito importante o saber falar em público. Afinal, a maior parte do dia, nossas atividades são orais, seja no ambiente do trabalho, da escola, em casa ou em qualquer outro lugar. Vamos focar mais a necessidade de uma boa comunicação oral nas situações profissionais, tais como: conversas com clientes, superiores e subordinados; entrevista para emprego; reuniões, palestras, debates; seminários, conferências, convenções, cursos; ao telefone; reuniões sociais etc. Para atender a essa necessidade de se aprender a falar, existem, atualmente, muitos cursos de desinibição e oratória, onde muitas técnicas sendo oferecidos. Mas, só o falar bem não é o suficiente numa apresentação em público. Precisa-se, também, que se organize essa apresentação, preparando-a passo a passo, como é sugerido a seguir:    

Defina o tema central e o objetivo a atingir; Planeje de acordo com o público a quem será destinada a apresentação; Defina quais os recursos que serão utilizados (flip-chart, vídeo, retroprojetor, projetor multimídia etc.); Depois de tudo planejado, prepare um esboço, pode ser em uma ficha de cartolina (é bom que seja papel grosso para não perceberem que você está tremendo!) do que vai dizer na abertura, no desenvolvimento e na conclusão. Não é aconselhável escrever tudo que pretende falar, detalhadamente, pois tira a naturalidade; mas, é muito importante ter o esboço como norteador.

Mas, um ponto positivo no ato de se falar em público é que podemos contar com alguns recursos ao passo que, na escrita, é mais difícil para comunicar. Podemos mudar a entonação da voz para chamar a atenção do público, gesticular, fazer uso de expressões faciais etc. É a Comunicação Não- Verbal (CNV). Lembre-se que, muitas vezes, um olhar fala muito mais que muitas palavras! As emoções e sentimentos nem sempre precisam de palavras para serem comunicados. O nosso nervosismo ou nossa tranquilidade, nossa ansiedade ou nosso equilíbrio, nossa alegria ou nossa tristeza são expressos por esses meios: gestos, toques, tom de voz, olhares e, até mesmo, a maneira de nos vestirmos e nossa postura. Tudo isso deve ser observado não só quando você estiver em evidência em uma apresentação (seja ela de qual cunho for: político, acadêmico etc); mas, também, quando for fazer uma entrevista, ou quando presidir ou participar de uma reunião, ou quando participar de um debate. Lembre-se: Deve-se organizar uma apresentação em público seguindo alguns passos importantes para que se atinja o objetivo proposto.


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Capítulo 18 - As Comunicações Interna e Externa A importância das comunicações interna e externa para o mundo corporativo. A correspondência empresarial é, hoje em dia, não só um meio de

comunicação. Ela é um instrumento de marketing, pois se insere na realidade de um mercado competitivo em que todas as nuanças de comportamento adquirem sentido: a comunicação empresarial é a responsável pela imagem da organização perante a seu público, interno e externo. Maria Sevalho diz em um de seus artigos que: “A comunicação empresarial é a relação da empresa com os seus públicos internos e externos, envolvendo um conjunto de procedimentos e técnicas destinados à intensificação do processo de comunicação e a difusão de informações sobre as suas atuações, resultados, missão, objetivos, metas, projetos, processos, normas, serviços etc”. Ainda segundo Sevalho “a comunicação é um dos processos fundamentais da organização, da gerência e do comportamento organizacional, interage e integra pessoa e grupos, minimizando conflitos e estimulando a participação e o diálogo de todos os membros da organização. Pois ”quanto mais o funcionário conhece os planos e objetivos da empresa, mais ele pode contribuir para este sucesso”. De uns tempos para cá, tem-se valorizado o ser humano nas empresas, pois, uma coisa é certa: quando o funcionário se sente parte integrante da vida organizacional, ele “veste a camisa” e torna-se um embaixador da empresa. Tem-se confirmado que o sucesso de uma organização está diretamente ligado ao comprometimento de seus funcionários, à participação e engajamento. Para que isso aconteça, a comunicação tem papel fundamental. Conforme MATOS, 2004, as empresas para sobreviverem precisam se comunicar: 

Com seus clientes externos – consumidores/usuários; opinião pública/sociedade; acionistas e fornecedores; Governos – municipais, estaduais e Federais – e concorrentes;

Com seus clientes internos – funcionários, colaboradores, prestadores de serviços e terceirizados;

Com a mídia – meios de comunicação de massa (jornais, revistas, rádio, televisão e Internet).


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COMUNICAÇÃO INTERNA – EMPRESA E FUNCIONÁRIOS COMUNICAÇÃO EXTERNA – EMPRESA E SOCIEDADE ASSESSORIA DE IMPRENSA – EMPRESA E MÍDIA

COMUNICAÇÃO INTERNA Primeiramente, vamos ver a importância da comunicação interna de uma empresa. A função básica da comunicação é tornar comum, desde os mais altos cargos da empresa até o “chão de fábrica” quais são os planos, as metas e os objetivos estabelecidos. Depois disso, vem o passo seguinte, que é o de envolver os funcionários e levá-los a contribuir para a concretização destes. A comunicação interna promove a interação e integração das pessoas, departamentos e áreas, para que todos caminhem na mesma direção, em busca do mesmo alvo. O fluxo das comunicações determina o caminho percorrido pelas mensagens desde que saem do emissor até chegarem ao receptor. São três os fluxos:

Fluxo das comunicações: descendente; ascendente; horizontal. 1. Descendente e centrífuga (que se afasta do centro): segue o padrão de autoridades das posições hierárquicas, responde pelo encaminhamento das mensagens que saem do patamar decisório e descem até as bases. 2. Ascendente e centrípeta (que se dirige para o centro): é responsável pelo encaminhamento aos níveis superiores da organização, de informações funcionais e operativas que saem das bases.


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3. Horizontal: além de permitir grande entrosamento nos grupos de mesmo nível funcional, contribui para o aperfeiçoamento da coordenação. As Redes de mensagens Duas redes de comunicação permeiam o sistema organizacional: I.

Rede formal: comporta todas as manifestações oficialmente enquadradas na estrutura da organização e legitimadas pelo poder burocrático;

II.

Rede informal: abriga as manifestações espontâneas da coletividade, incluindo-se aí a famosa rede de boatos (os famosos grupinhos) e que, entre uma informação inicial e a final, há um processo de deterioração, gerando distorções. Não se deve combater nem ignorar a rede informal, porque a oposição pode apenas encorajar o informal contra o formal.

COMUNICAÇÃO EXTERNA

Analisando, agora, a importância da comunicação externa podemos citar um dito milenar chinês que diz: “Se não mostrares o que és, permitirás que pensem o que não és”. Dentre os objetivos da comunicação externa, podemos destacar:     

A construção da imagem institucional da empresa; Atender às exigências dos consumidores mais conscientes de seus direitos; A adequação dos trabalhadores ao aumento da competição no mercado; A defesa dos interesses junto ao governo e aos políticos (lobby); O encaminhamento de questões sindicais e relacionadas à preservação do meio ambiente etc.

É muito importante que se associe o nome da empresa aos benefícios que a sociedade tem tido, por meio das atividades da organização e de seu cuidado e preocupação com a coletividade, meio ambiente etc. Ou seja, não basta ter bons produtos e prejudicar a sociedade. A empresa tem que quebrar esse paradigma e beneficiar a população. E essa integração acontece por meio de uma comunicação eficaz. Como dizia o “velho guerreiro” Chacrinha: “Quem não se comunica se trumbica!”. As empresas felizmente acordaram para isso! ATENDIMENTO AO CLIENTE


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No cenário de internacionalização da economia, que destaca o papel do cliente-consumidor, crescentemente mais exigente, a comunicação empresarial e o constante aperfeiçoamento dos recursos humanos passam a exercer função básica na moderna gestão empresarial.

A evolução nas formas de relacionamento cliente/empresa tem acontecido com uma velocidade assustadora. As empresas têm investido bastante no desenvolvimento de estratégias de relacionamento com seus clientes. Cada uma destas estratégias, por mais diferentes que sejam têm em comum o objetivo a ser alcançado. Elas todas buscam aumentar os laços de relacionamentos com seus clientes na tentativa de fidelizá-los. Há bem pouco tempo, todo contato entre cliente e empresa se dava no momento da compra, do negócio a ser realizada. Hoje, este contato se estendeu bastante e é muito comum recebermos no dia de nosso aniversário cartão de felicitações enviados pelas diversas empresas com as quais um dia tenhamos mantido algum tipo de relação, independente de haver acontecido uma transação comercial. Capítulo 19 - RESUMO

Neste módulo tivemos a oportunidade de conhecer um pouco da Comunicação Empresarial, bem como todas as variáveis que permeiam esta importante ferramenta para a manutenção de uma positiva imagem organizacional.

Imagem organizacional A Imagem organizacional é mantida pela Comunicação Empresarial integrada, constante e sistêmica.


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Observe a definição de alguns autores sobre Imagem Organizacional: “Quem não divulga metodicamente sua missão, visão e valores sujeita-se às suspeitas e boatos” (Jatobá) “A Comunicação Empresarial é responsável pela formação da imagem institucional, o que é considerado pelos grandes gurus do marketing como o principal patrimônio de uma empresa, uma entidade e até mesmo de um profissional” (Matos, p.97) “Ao englobar a atividade e as políticas de emissão e captação de informações, a comunicação empresarial solidifica a cultura (crença e valores), as filosofias e as estratégias de ação de uma organização” (Matos, p.97)

Planeje sua imagem    

Saber pensar e planejar a longo prazo Analisar as influências e condicionantes do presente Avaliar os pontos fortes e fracos da empresa Fazer projeções para possíveis cenários a curto, médio e longo prazo

Divulgue sua imagem   

Ao público interno Ao público externo Todos devem saber o que esperar da empresa e o que a empresa espera deles.

Comunicação interna = marketing interno = endomarketing A comunicação interna funciona como base de sustentação à comunicação externa. É fundamental apresentar as novidades primeiramente ao público interno e, depois, ao público externo. Este procedimento evita desgastes desnecessários ao processo de motivação dos funcionários. Como vocês se sentiriam sabendo pelos outros (mídia) o que está acontecendo na empresa em que vocês trabalham? Infelizmente isso ainda é um fato muito comum. Porém muitas empresas já se sensibilizaram para o fato de que apostar num relacionamento duradouro é a chave para a tão sonhada fidelização dos clientes, sejam eles internos (colaboradores) ou externos (clientes, compradores). O Cliente Interno Só podem ter identidade cultural colaboradores que participam das mudanças estruturais, estratégias, decisões, enfim, da condução das diretrizes organizacionais da empresa que trabalham.


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Os funcionários sentem-se participantes daquele todo e se empenham em conseguir resultados cada vez melhores, porque se sentem reconhecidos e encorajados. O endomarketing é toda e qualquer ação de marketing voltada para a satisfação e aliança do público interno com o intuito de melhor atender aos clientes externos. Esse programa é apontado por especialistas da administração moderna como um dos principais diferenciais competitivos, que transformam os colaboradores nos principais criadores da imagem institucional das organizações. A comunicação interna é um fator estratégico no sucesso dos negócios, pois gera resultados, é um agente humanizador das relações de trabalho e ajuda a consolidar a imagem da organização junto a seus públicos. As características da comunicação são determinadas pela cultura organizacional e pelas mudanças no ambiente. A Comunicação Externa Refere-se a todo e qualquer contato que a organização mantém com o meio esterno, cujos objetivos principais são:     

A construção da imagem institucional da empresa; Atender às exigências dos consumidores mais conscientes de seus direitos; A adequação dos trabalhadores ao aumento da competição no mercado; A defesa dos interesses junto ao governo e aos políticos(lobby); O encaminhamento de questões sindicais e relacionadas à preservação do meio ambiente etc.


SUMÁRIO

1 Classe de Palavras..................................................................42

2 Reforma Ortográfica................................................................44

3 Pronomes de Tratamento........................................................47

4 Crase.........................................................................................51

5 Pontuação.................................................................................53

6 Concordância Nominal............................................................57

7 Concordância Verbal...............................................................60

8 Palavras ou expressões mal usadas......................................63

9 Tipos de Redação Técnica.......................................................65


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Capítulo 1 Classes de Palavras As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio. Essas categorias são divididas em palavras variáveis (aquelas que variam em gênero, número ou grau) e palavras invariáveis (as que não variam). Palavras Variáveis e Flexões Substantivo É a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros. Exemplos: Ana, Brasil, beleza. Flexões: Gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). Verbo É a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza. Exemplos: existir, sou, chovendo. Flexões: Pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva). Adjetivo É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos. Exemplos: feliz, superinteressante, amável. Flexões: Gênero (uniforme e biforme), número (simples e composto) e grau (comparativo e superlativo). Pronome É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso. Exemplos: eu, contigo, aquele. Flexões: Gênero, número e pessoa. Artigo É a palavra que antecede o substantivo. Exemplos: o, as, uns, uma. Flexões: Gênero e número. Numeral É a palavra que indica a posição ou o número de elementos. Exemplos: um, primeiro, dezena. Flexões: Gênero, número e grau.

Palavras Invariáveis Preposição É a palavra que liga dois elementos da oração. Exemplos: a, após, para.


43 Conjunção É a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical. Exemplos: mas, portanto, conforme. Interjeição É a palavra que exprime emoções e sentimentos. Exemplos: Olá!, Viva! Psiu! Advérbio É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros. Exemplos: melhor, demais, ali. Embora seja considerado invariável porque não sofre flexão de gênero e número, os advérbios apresentam flexões de grau: comparativo e superlativo. Exercícios I-Indique a que classe de palavras pertencem as palavras em negrito. 1. As meninas são tão corajosas quanto os meninos. 2. Coragem! 3. Falta a coragem… 4. Com seus trinta anos já era para ter juízo. 5. Há uns anos não sabia o que fazer da vida. 6. Fazer o bem sem olhar a quem. 7. Os trabalhos ficaram muito bem feitos. 8. Fui bem na prova. 9. Ainda bem! 10. Queremos encomendas a dobrar. 11. Fiz o dobro do trabalho e não adiantou. 12. Aqueles sim são clientes. 13. Perante seu discurso senti-me motivado. 14. Estou motivado porque o palestrante transmitiu motivação.


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Capítulo 2 REFORMA ORTOGRÁFICA: Veja o resumo das novas regras Trema Deixou de ser usado, mas nada muda na pronúncia  bilíngue; pinguim; cinquenta; linguístico; delinquente; Antiguidade; quinquênio; tranquilo; sequestro; consequência; aguentar; sagui; arguir Atenção: Exceção para nomes próprios estrangeiros (como Müller e Bündchen) Ditongos abertos Os ditongos 'éi', 'ói' e 'éu' só continuam acentuados no final da palavra  boia; paranoico; heroico; plateia; ideia; tipoia Mas céu, dói, chapéu, anéis, lençóis não mudam Atenção: O acento será mantido em destróier e Méier, conforme a regra que manda acentuar os paroxítonos terminados em 'r' Acento diferencial de tonicidade Não se acentuam mais certos substantivos e formas verbais para distingui-los graficamente de outras palavras     

Vou para casa. (preposição) Ela não para de chorar. (verbo) Vou pelo morro/pela estrada. (contração de preposição + artigo) O pelo do gato. (substantivo) Eu pelo/ele pela a cabeça. (verbo) Atenção: Esta regra aplica-se também às palavras compostas: para-brisa, para-raios. Para evitar confusões, foram mantidos os acentos do verbo pôr e da forma do pretérito perfeito pôde. O acento de fôrma (distinto de forma) é facultativo Acento circunflexo Os hiatos 'oo' e 'ee' não recebem mais acento

 abençoo; perdoo; magoo; enjoo; leem; veem; deem; creem Atenção: Continuam acentuados (ele) vê, (eles) vêm [verbo vir], (eles) têm etc. Acento agudo sobre o 'u' 1. Não se acentua mais o 'u' tônico das formas verbais argui, apazigue, averigue 2. Não se acentuam mais o 'u' e o 'i' tônicos precedidos de ditongo em palavras paroxítonas


45  feiura; bocaiuva; baiuca; Sauipe Atenção: Feiíssimo e cheiíssimo continuam acentuados porque são proparoxítonos; bem como Piauí e teiú, que são oxítonos Hífen O hífen é empregado: 1. Se o segundo elemento começa por 'h'  geo-história; giga-hertz; bio-histórico; super-herói; anti-herói; macro-história; mini-hotel; super-homem 2. Para separar vogais ou consoantes iguais  inter-racial; micro-ondas; micro-ônibus; mega-apagão; sub-bibliotecário; sub-base; anti-imperialista; anti-inflamatório; contra-atacar; entre-eixos; hiperreal; infra-axilar 3. Prefixos 'pan' ou 'circum', seguidos de palavras que começam por vogal, 'h', 'm' ou 'n'  pan-negritude; pan-hispânico; circum-murados; pan-americano; pan-helenismo; circum-navegação 4. Com 'pós', 'pré' 'pró'  pós-graduado; pré-operatório; pró-reitor; pós-auricular; pré-datado; pré-escolar Atenção: Esta regra não se aplica às palavras em que se unem um prefixo terminado em vogal e uma palavra começada por 'r' ou 's'. Quando isso acontece, dobra-se o 'r' ou 's': microssonda (micro + sonda), contrarregra, motosserra, ultrassom, infrassom,suprarregional EXERCÍCIOS NOVA ORTOGRAFIA 1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da língua portuguesa? a) 23 b) 26 c) 28 d) 20 e) 21

2) Qual é a alternativa que apresenta a forma correta no uso do ditongo aberto? a) Assembléia, dói, céu b) Assembléia, doi, ceu c) Assembléia, dói, ceu d) Assembleia, dói, céu e) Assembleia, doi, céu


46 3. Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assinalada com acento circunflexo. Qualdelas? a) Vôo b) Crêem c) Enjôo d) Pôde e) Lêem

4. Qual das alternativas abaixo apresenta todas as palavras grafadas corretamente: a) bússola, império, platéia, cajú, Panamá b) bussola, imperio, plateia, caju, Panama c) bússola, imperio, plateia, caju, Panamá d) bússola, império, plateia, caju, Panamá e) bussola, imperio, plateia, cajú, Panamá

5. De acordo com as novas regras para o hífen, passarão a ser corretas as grafias: a) Coautor, antissocial e micro-ondas b) Co-autor, anti-social e micro-ondas c) Coautor, antissocial e microondas d) Co-autor, antissocial e micro-ondas e) Coautor, anti-social e microondas

6. Qual das frases abaixo está redigida de acordo com a nova ortografia? a) É preciso ter autoestima e autocontrole para coordenar o projeto de infraestrutura recém-aprovado, ainda muito polêmico e com ajustes a fazer. b) É preciso ter auto-estima e autocontrole para coordenar o projeto de infra-estrutura recém-aprovado,ainda muito polemico e com ajustes a fazer. c) É preciso ter auto-estima e autocontrole para co-ordenar o projeto de infraestrutura recémaprovado, ainda muito polêmico e com ajustes a fazer. d) É preciso ter auto-estima e auto-controle para coordenar o projeto de infra-estrutura recém-aprovado,ainda muito polemico e com ajustes a fazer. e) É preciso ter auto-estima e auto-controle para co-ordenar o projeto de infraestrutura recém-aprovado,ainda muito polêmico e com ajústes a fazer.

7. Em quais das alternativas abaixo há apenas palavras grafadas de acordo com a nova ortografia dalíngua portuguesa? a) Pára-choque, ultrassonografia, relêem, União Européia, inconseqüente, arquirrival, saúde b) Parachoque, ultrassonografia, releem, União Européia, inconsequente, arquirrival, saúde


47 c) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequente, arquirrival, saúde d) Parachoque, ultra-sonografia, releem, União Européia, inconsequente, arqui-rival, saúde e) Pára-choque, ultra-sonografia, relêem, União Européia, inconseqüente, arqui-rival, saúde Capítulo 3 PRONOMES DE TRATAMENTO 1. AUTORIDADES DE ESTADO Civis Pronome de tratamento

Abreviatura

Usado para

Vossa Excelência

V. Ex.a

Presidente da República, Senadores da República, Ministro de Estado, Governadores, Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos, Embaixadores, Vereadores, Cônsules, Chefes das Casas Civis e Casas Militares

Vossa Magnificência

V. M.

Reitores de Universidade

Vossa Senhoria

V. S.ª

Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais

Judiciárias Pronome de tratamento

Abreviatura a

Usado para

Vossa Excelência

V. Ex.

Meritíssimo Juiz

M. Juiz

Juízes de Direito

Militares Pronome de tratamento

Abreviatura

Usado para

Vossa Excelência Vossa Senhoria

V. Ex. V. S.

a

a

Desembargador da Justiça, curador, promotor

Oficiais generais (até coronéis) Outras patentes militares

2. AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS Pronome de tratamento

Abreviatura

Usado para

Vossa Santidade

V. S.

Papa

Vossa Eminência Reverendíssima

V. Em.ª Revm.ª

Cardeais, arcebispos e bispos

Vossa Reverendíssima

V. Revmª

Abades, superiores de conventos, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral

3. AUTORIDADES MONÁRQUICAS Pronome de tratamento

Abreviatura

Usado para

Vossa Majestade

V. M.

Reis e Imperadores

Vossa Alteza

V. A.

Príncipes


48 4. OUTROS TÍTULOS Pronome de tratamento

Abreviatura

Usado para

Vossa Senhoria

V. S.ª

Dom

Doutor

Dr.

Doutor

Comendador

Com.

Comendador

Professor

Prof.

Professor

PRONOMES DE TRATAMENTO Pronomes de tratamento estão incluídos no grupo dos pronomes pessoais e são formas mais corteses e reverentes de nos dirigirmos à pessoa com quem estamos falando ou de quem estamos falando. São, maioritariamente, utilizados em tratamentos formais, quando o interlocutor ocupa cargos ou posições sociais elevadas e prestigiadas. Exemplos e uso dos pronomes de tratamento V. - você - Usado em tratamentos informais, íntimos e familiares. Este pronome, em algumas regiões do Brasil, é substituído pelo pronome tu. Sr., Sr.ª, Srta. - senhor, senhora, senhorita - Usados em tratamentos formais e respeitosos, quando existe um distanciamento entre os locutores. Senhor é utilizado quando o tratamento se dirige a homens, senhora é utilizado quando o tratamento se dirige a mulheres casadas e senhorita é utilizado quando o tratamento se dirige a mulheres solteiras. V. S.ª - Vossa Senhoria - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a pessoas com grande prestígio, como vereadores, chefes, secretários e diretores de autarquias. Este pronome é também utilizado em textos escritos oficiais, como correspondência comercial, ofícios e requerimentos. V. Ex.ª - Vossa Excelência - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a pessoas com alta autoridade, como o Presidente da República, ministros, senadores, deputados, embaixadores, etc. No caso do Presidente da República, não deverá ser utilizada a forma abreviada do pronome de tratamento. V. Em.ª - Vossa Eminência - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a cardeais, que são eclesiásticos do Sacro Colégio pontifício e participam no conclave para a eleição de um novo Papa. V. S. - Vossa Santidade - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos ao Papa. Este pronome de tratamento é também utilizado por ocidentais em tratamentos cerimoniosos e respeitosos ao Dalai Lama, embora não seja utilizado pelos tibetanos. V. Rev.mª - Vossa Reverendíssima - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a sacerdotes, bispos e religiosos em geral. V. A. - Vossa Alteza - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a príncipes,


49 princesas, duques e duquesas. V. M. - Vossa Majestade - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a reis e rainhas. V. Mag.ª - Vossa Magnificência - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a reitores de Universidades. V.P. - Vossa Paternidade - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a superiores de ordens religiosas. V. M. I. - Vossa Majestade Imperial - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a imperadores. Vossa Onipotência - Usado em tratamentos cerimoniosos e respeitosos a Deus. Não se utiliza a forma abreviada. Exemplos com pronomes de tratamento       

Vossa Excelência estará presente na cerimônia de encerramento? Vossa Eminência estará presente no conclave? Estou ansioso pela missa que Vossa Santidade rezará no Rio de Janeiro. Vossa Majestade cumpriu, na perfeição, o protocolo na missa de entronização do novo Papa. Vossa Reverendíssima irá ministrar algum sacramento da igreja hoje? Vossa Magnificência presidirá a cerimônia de encerramento do ano letivo? Senhorita, queira fazer o favor de me desculpar, suas vontades serão realizadas imediatamente.

Concordância com os pronomes de tratamento Embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa do singular ou do plural, a concordância verbal deverá ser feita sempre com a 3ª pessoa do singular ou do plural:  

Todos os fiéis da sua paróquia acreditam em si e seguem seus ensinamentos, Vossa Reverendíssima. Vossa Magnificência, sua opinião e suas decisões são muito importantes para os estudantes desta universidade.

Vossa ou Sua? Além do uso de Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa Majestade, também é possível o uso de Sua Senhoria, Sua Alteza, Sua Majestade,… A diferença no uso dessas duas formas é: usamos o pronome vossa quando estamos falando diretamente com a pessoa e usamos o pronome sua quando estamos falando sobre a pessoa:  

Vossa Senhoria quer que eu lhe entregue os ofícios agora? Lamento informar que Sua Senhoria, o diretor da autarquia municipal, não pode estar presente hoje neste evento.


50 EXERCÍCIOS I) Relacione as colunas: Atributo ou posição ( 1 ) Príncipes ( 2 ) Papa ( 3 ) Reis, imperadores ( 4 ) Altas autoridades ( 5 ) Funcionários públicos graduados

Forma de tratamento ( ) Vossa Majestade ( ) Vossa Alteza ( ) Vossa Senhoria ( ) Vossa Excelência ( ) Vossa Santidade

II)Observe:

a) Com que pronome de tratamento Hagar se dirige ao jardineiro? b) Com que pronome de tratamento o jardineiro responde? c) O que isso revela sobre a postura do jardineiro? III) As frases a seguir apresentam erros ligados ao uso das formas de tratamento. Reescreva-as fazendo a correção. a) Vossa Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje ao Brasil. b) Vossa Excelência conheceis os costumes de nossa comunidade? c) Vossa Senhoria deve expor vosso projeto.


51 Capítulo 4 CRASE Crase é o nome que se dá à união da preposição “a” com o artigo “a”. Indicamos essa união pelo acento grave. REGRA GERAL – substitua a palavra antes do artigo por um termo masculino. Se o artigo feminino (a, as) se transformar em masculino (o, os), existe a crase. No caso de nome geográfico, substitua o “a” ou “as” por “para”. Se o certo for “para a”, existe crase. Ex.: Foi à França Foi para a França. EMPREGA-SE A CRASE:  Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas: às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força de, à espera de.  Ex.: à medida que o tempo passava, tornava-se mais exigente.  Nas indicações de horas, desde que determinadas.  Ex.: Chegou às dez horas.  Antes dos pronomes relativos que, qual e quais, quando o artigo a ou as puder ser substituído por ao, aos.  Ex.: O texto à que nos referimos está muito ruim.  Nos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquelas, aquilo, a, as.  Fizemos referência àquilo e não a isto. NÃO SE EMPREGA A CRASE:  Diante de palavras que não peças artigos femininos (a, as)  Antes de nomes masculinos  Essa loja vende a prazo.  Eu gosto de andar a cavalo.  Antes de verbo:  Eles estão dispostos a colaborar.  Antes de ela, esta e essa:  Pediram a ela que saísse por uns instantes.  Dedicaram o livro a essa moça.  Antes de pronomes de tratamento:  Rogo a V. Sa. atenção especial.  Antes de artigo indefinido uma:  Sua Santidade me levou a uma dúvida cruel.  Antes de pronomes que não admitem artigo:  Ninguém, alguém, toda, cada, tudo, você, alguma, qual etc.  Palavra feminina terminada em sentido genérico:  Não damos ouvido a reclamação.  Antes de pronomes demonstrativos:  Entreguei a chave a essa moça.  Encaminhou-se a esta região.  Antes da palavra casa (residência própria)  Retornei a casa alegremente.  Antes da palavra terra (antônimo de bordo)  Após muitos no mar regressamos a terra fatigados.  Antes de substantivos próprios que não admitem artigo:  Fomos a Santos.  Dirigiu-se a Brasília


52  Obs.: Diante de nomes próprios de cidade determinados por adjetivo ou locução adjetiva, empregamos a crase: fomos à pacata cidade de Esteio.  Antes de locuções formadas com a mesma palavra: Estivemos face a face com o terror.

EXERCÍCIOS I)Escreva dentro do parênteses a letra "C" no caso de a crase estar certa e "E" no caso de a crase estar errada: 1 ( ) Eis a matéria referente às provas. 2 ( ) Esta história está ligada à dos Jesuítas. 3 ( ) As pessoas da família foram morrendo uma à uma. 4 ( ) A sua figura, Maria, me vem à lembrança. 5 ( ) Os professores ofereceram livros às alunas aplicadas. 6 ( ) Escreveram um belíssimo poema à Brasília. 7 ( ) O funcionário será submetido à inspeção. 8 ( ) O soldado foi ferido à metralhadora. 9 ( ) O deputado, falou, ontem, às classes trabalhadoras. 10 ( ) Refiro-me à mulher da pensão. 11 ( ) O tribunal negou provimento àquele agravo. 12 ( ) Vendi à casa de Pedro. 13 ( ) O prêmio coube às jovens vitoriosas. 14 ( ) Lápis é um objeto destinado à escrita. 15 ( ) Comprei à sua casa. 16 ( ) Quanto à aplicação do aviso... 17 ( ) Homenagens à gloriosa Joana D'Arc. 18 ( ) Manuel e Pedro ficaram de frente à frente. 19 ( ) Os livros foram remetidos às unidades militares. 20 ( ) Estes livros se destinaram às meninas pobres. II Use, quando necessário, a crase: 1 - Dalvinha vai a bela Campinas. 2 - Os professores foram, depois das aulas, as casas. 3 - Dediquei um livro a minha mãe. 4 - Deixai vir a mim os pequeninos. 5 - Fomos as fazendas distantes. 6 - Os meninos obedeceram a esta ordem. 7 - Refiro-me a cada questão. 8 - Os soldados não se dirigiram a nenhuma pessoa 9 - Não dissemos nada a essa menina. 10 - A quantas pessoas você respondeu? 11 - Os meninos, Pedro e José, ficaram de ponta a ponta 12 - A noitinha, voltamos. 13 - Visitei a casa paterna 14 - As vacas, do curral, foram saindo duas a duas. 15 - Vendi aquele sítio 16 - O poeta ofereceu um poema a V. Exa. 17 - Eis o material referente aquele prédio. 18 - Rezemos um terço a Nossa Senhora. 19 - Peço a senhora a fineza de trazer-me o livro.


53

Capítulo 5 PONTUAÇÃO VÍRGULA (,) I Emprego da vírgula no período simples quando se trata de separar termos de uma mesma oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos: 1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados: Ex. A maioria dos alunos, durante as férias, viajam. 2. Para isolar os objetos pleonásticos: Ex. Os meus amigos, sempre os respeito. 3. Para isolar o aposto explicativo: Ex. Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima. 4. Para isolar o vocativo: Ex. Alberto! Traga minhas calças até aqui! 5. para separar elementos coordenados: Ex. As crianças, os pais, os professores e os diretores irão ao convescote. 6. Para indicar a elipse do verbo: Ex. Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado prefere filmes de aventura) 7. Para separar, nas datas, o lugar: Ex. Londrina, 20 de novembro de 1996. 8. Para isolar conjunção coordenativa intercalada: Ex. Os candidatos, porém, não respeitaram a lei. 9. Para isolar as expressões explicativas isto é, a saber, melhor dizendo, quer dizer... Ex. Irei para Águas de Santa Bárbara, melhor dizendo, Bárbara. II Emprego da vírgula no período composto Período composto por coordenação: as orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Ex. Todos gostamos de seus projetos, no entanto não há verbas para viabilizá-los Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e só terão vírgula, quando os sujeitos forem diferentes e quando o e aparecer repetido. Ex. Ela irá no primeiro avião, e seus filhos no próximo. Ele gritava, e pulava, e gesticulava como um louco. III Período composto por subordinação Orações subordinadas substantivas: não se separam por vírgula. Ex. É evidente que o culpado é o mordomo. Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada por vírgula.


54 Ex. Londrina, que é a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima. Orações subordinadas adverbiais: sempre se separam por vírgula. Ex. Assim que chegarem as encomendas, começaremos a trabalhar.

PONTO-E-VÍRGULA (;) O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto. O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece. Podem-se seguir as seguintes orientações para empregar o ponto-e-vírgula: 1.Para separar duas orações coordenadas que já contenham vírgulas: Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no entanto, desde o último verão, estamos sem nos ver. 2.Para separar duas orações coordenadas, quando elas são longas: Ex. O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos que não serão permitidas brincadeiras durante o intervalo nos corredores; porém alguns alunos ignoram essa ordem. 3.Para separar enumeração após dois pontos: Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes regras: - não fumar dentro do colégio; - não fazer algazarras na hora do intervalo; - respeitar os funcionários e os colegas; - trazer sempre o material escolar.

DOIS-PONTOS (:) Deve-se empregar esse sinal: 1.Para iniciar uma enumeração: Ex. Compramos para a casa o seguinte: mesa, cadeiras, tapetes e sofás. 2.Para introduzir a fala de uma personagem: Ex. Sempre que o professor Luís entra em sala-de-aula diz: __ Essa moleza vai acabar! 3.Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito: Ex. Essa moleza vai acabar!: essas são as palavras do professor Luís.

RETICÊNCIAS ( ... ) As reticências são empregadas: 1.Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida na fala da personagem: Ex. João Antônio! Diga-me... você... me traiu?


55 2.Para indicar que, num diálogo, a fala de uma personagem foi interrompida pela fala da outra: Ex. __ Como todos já deram sua opinião... __ Um momento, presidente, ainda tenho um assunto a tratar. 3.Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido na frase: Ex. Durante o ano ficou claro que o aluno que não atingisse 150 pontos seria reprovado; você atingiu 145, portanto... 4.Para indicar, numa citação, que certos trechos do texto foram exclusos: Ex. "No momento em que a tia foi pagar a conta, Joana pegou o livro..." (Clarice Lispector)

EXERCÍCIOS I- Assinale a alternativa que apresenta o uso Correto da vírgula e do ponto-e-vírgula: a-A dor suspendeu por um pouco, as tenazes, um sorriso alumiou o rosto da enferma; sobre o qual a morte batia a asa eterna. b-A dor suspendeu por um pouco as tenazes; um sorriso alumiou o rosto da enferma, sobre o qual a morte batia a asa eterna. c-A dor suspendeu por um pouco, as tenazes; um sorriso alumiou o rosto da enferma, sobre o qual, a morte batia a asa eterna. d-Todas estão corretas. II- Em “uma doméstica conseguiu juntar, ao longo dos anos, o suficiente para comprar uma quitinete no centro de São Paulo.”, as vírgulas foram empregadas para: a-Separar uma enumeração. b-Isolar um aposto. c-Isolar termos com a mesma função sintática. d-Isolar uma expressão adverbial. e-Separar a oração principal de uma oração subordinada. III) Assinale a alternativa que apresenta o uso correto de pontuação: a) Um jornal, é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, se não a todos, pelo menos a certo número de pessoas. b) Um jornal é lido por muita gente em muitos lugares, o que ele diz, precisa interessar se não a todos pelo menos a certo número de pessoas. c) Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, se não a todos, pelo menos a certo número de pessoas. d) Todos estão incorretos IV) Assinale a letra que corresponde ao único período de pontuação correta: a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada. b) Pouco depois quando chagaram outras pessoas a reunião ficou mais animada. c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoa, a reunião ficou mais animada. d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada.


56 V) Assinale a letra que corresponde ao único período de pontuação correta: a) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho. b) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone, que eu venho. c) Precisando de mim procure-me, ou, telefone, melhor que eu venho. d) Precisando, de mim, telefone-me, ou melhor, procure-me que eu venho VI) Assinale a letra que corresponde ao único período de pontuação errada: a) Falei com ele com tanta segurança, que nem discordou de mim. b) Porque falei com ela, para mim não há mais dúvidas. c) Falei com ela que eu, estaria aqui cedo hoje se tudo corresse bem. d) Falei ao chefe que, se o plano corresse bem, estaríamos salvos.

VII) Leia o texto e depois responda as questões a seguir:

A herança Um homem rico está muito doente. Sentindo que sua hora estava chegando, pediu papel e caneta e escreveu: “Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres” Mas antes de pontuar sua frase ele morreu. Para quem o falecido deixou sua fortuna? Eram quatro concorrentes. Nesse mesmo dia todos foram chamados para decidir o impasse. O sobrinho pontuou da seguinte forma: “Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.” Já a irmã pontuou assim: “Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.” O padeiro fez a pontuação que julgou correta: “Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.” E um representante dos pobres, com mais estudo, fez sua versão: “Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro.” Como não se entrou em acordo o caso foi parar no tribunal. O juiz decidiu que a herança deveria ficar com os pobres. Texto adaptado de Amaro Ventura e Roberto Augusto Soares Leite. Comunicação/Expressão em língua nacional. São Paulo: Nacional, p.84.

QUESTÕES 1) Qual é a diferença que as diversas pontuações trouxeram ao texto? 2) Qual sua opinião sobre a atitude do juiz? Justifique. 3) Se você fosse o juiz o que faria? Justifique


57 VIII) Como você pontuaria esse texto se fosse ...“Esse presente é para meu neto não para minha neta também não penso em dá-lo para Renata minha melhor amiga não é para meu filho jamais será dado para minha nora Elisa” 1) Se você fosse o neto 2) Se você fosse a neta 3) Se você fosse Renata 4) Se você fosse o filho 5) Se você fosse Elisa

Capítulo 6 CONCORDÂNCIA NOMINAL 1-Regra geral O adjetivo e as palavras adjetivas ( artigo, numeral, pronome adjetivo ) concordam em gênero e número com o nome a que se referem. Exemplo: Esta observação curta desfaz o equívoco. 2- Um só adjetivo qualifica mais de um substantivo a) Quando vem posposto aos substantivos: -

vai para o plural, dando prioridade ao masculino. Exemplo: Tratava-se de vaidade e orgulho excessivos.

-

concorda com o elemento mais próximo. Exemplo: Tratava-se de vaidade e orgulho excessivo.

b) Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos, concorda, por norma, com o elemento mais próximo. Exemplo: Era dotado de extraordinária coragem e talento. Observação: No caso b, quando o adjetivo anteposto for um predicativo ( do sujeito ou do objeto), poderá concordar com o substantivo mais próximo ou ir para o plural. Exemplo: Estava deserta a vila, a casa e o templo. Estavam desertos a vila, a casa e o templo.

3- Um só substantivo e mais de um adjetivo Quando um único substantivo vem qualificado por mais de um adjetivo, ocorrem, de modo geral, as seguintes concordâncias: a) O substantivo fica no singular e repete-se o artigo antes de cada adjetivo. Exemplo: O produto conquistou o mercado europeu e o americano.

b) o substantivo vai para o plural e não se repete o artigo antes de cada adjetivo. Exemplo: O produto conquistou os mercados europeu e americano.


58

4- É proibido/ É permitido/ É bom... Nos predicados nominais em que ocorre o verbo ser mais um adjetivo, formando expressões do tipo é bom, é claro , é evidente, etc., há duas construções: a) se o sujeito não vem precedido de artigo, ou qualquer modificador, a expressão fica invariável. Exemplo: É necessário organização. b) se o sujeito vem precedido de artigo, ou qualquer modificador, a expressão concorda normalmente com o sujeito. Exemplo: É necessária a organização. 5- Bastante/ bastantes Há palavras que, na frase, podem funcionar ora com valor adverbial, ora com valor adjetivo. Pode-se descrever seu comportamento da seguinte maneira: a) são adverbiais – portanto invariáveis - quando se referem a verbos ou adjetivos. Exemplos: Falaram bastante do assunto. Suas opiniões são bastante discutíveis. Os seres melhor adaptados sobrevivem. b) são adjetivos – portanto variáveis – quando se referem a substantivos. Exemplos: Havia bastantes razões para confirmarmos. Venceram as melhores propostas. Estão, nesse caso, palavras como pouco, muito, bastante, barato, caro, meio, etc. 6- Anexo- anexa/ obrigado- obrigada/ incluso- inclusa/ mesmo - mesma/ próprio – própria/ leso – lesa / quite – quites Essas palavras são adjetivos e, como tais, devem concordar com o nome a que se referem. Exemplos: Seguem anexas as listas de preços. Seguem anexos os planos de aula. Muito obrigado, disse o menino. Muito obrigada, disse a menina. Elas próprias fizeram tudo. Eles mesmos ajeitaram tudo. Cometeu crime de lesa pátria. Eu estou quite cm Receita Federal. Nós estamos quites com Receita Federal. Observação 3: São sempre invariáveis: alerta, menos pseudo. Exemplos: Havia menos mulheres na festa. Os vigias permaneceram alerta. Ela tem uma pseudo vida. 7- Só – sós / a sós Só, quando equivale a somente, é advérbio e invariável; quando equivale a sozinho, é adjetivo e variável.


59 Exemplos: Só eles não concordaram. Eles saíram sós. Observação: A expressão a sós é invariável. Exemplo: Gostaria de ficar a sós por uns minutos.

8- O mais claro possível / os mais claros possíveis. Em expressões desse tipo, possível varia ou não, em sintonia com o artigo que encabeça a expressão. Exemplo: Buscava exemplo os mais claros possíveis. Buscava exemplo o mais claros possível. EXERCÍCIOS

1- Observe a concordância: I – Entrada proibida. II- É proibido entrada. III- A entrada é proibida. IV- Entrada é proibido. V- Para quem a entrada é proibido? A. B. C. D.

a número V está errada. a IV e V estão erradas. a II está errada. todas estão erradas.

2- Ela estava _______ irritada e, à _____ voz, porém com ______razões, dizia _____ desaforos. A . meio – meia - bastantes – bastantes. B . meia – meia - bastante – bastante. C. meia – meia - bastantes – bastantes. D. meio – meia – bastante - bastante. 3- Nós _______ socorremos o rapaz e a moça __________. A . mesmos – bastante – machucados. B . mesmo – bastantes - machucados. C . mesmos – bastantes – machucados D . mesmo – bastante – machucada. E. Mesmos – bastantes – machucada. 4-A frase em que a concordância nominal está correta é: A . A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo eram o melhor sinal da prosperidade. B . Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão onde se encontravam as vítimas do acidentado. C. Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava na sua pacata e linda chácara do interior. D . Quando foi encontrado, ele apresentava feridos a perna e o braço direitos, mas estava totalmente lúcido. E Esse livro e caderno não são meus, mas poderão se importante para a pesquisa que estou fazendo.

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Indique a alternativa em que há erro de concordância :


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A . Terminadas as aulas, os alunos viajaram. B . Esta maçã está meia podre. C . É meio-dia e meia. D . Dinheiro, benefícios pessoais, chantagens, nada podia corrompê-lo. E. Ajudaram no trabalho amigos e parentes.

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Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância nominal. A . O narrador pulou longos páginas e capítulos. B .Ele pulou longos capítulos e páginas. C. Ele escreveu capítulos e páginas compactas. D. Ele escreveu capítulos e páginas compactos. E. Ele escreveu páginas e capítulos compactos.

Capítulo 7 Concordância verbal · Regra geral: O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Ex: Bancários iniciam campanha eleitoral. Concordância do verbo com o sujeito composto: 1º. Caso: Quando o sujeito composto vier anteposto ao verbo, o verbo irá para o plural. Ex: O milho e a soja subiram de preço. Obs.: - Quando os núcleos do sujeito forem sinônimos, o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Ex: Medo e terror nos acompanha (acompanham) sempre. - Quando os núcleos do sujeito vierem resumidos por tudo, nada, alguém ou ninguém, o verbo ficará no singular. Ex: Dinheiro, mulheres, bebida, nada o atraía. - Quando o sujeito for formado por núcleos dispostos em gradação (ascendente ou descendente) o verbo ficará no singular ou no plural. Ex: Uma briga, um vento, o maior furacão não os inquietava (inquietavam). 2º. Caso: Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, o verbo irá para o plural ou concordará apenas com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo. Ex: Chegou o pai e a filha. Chegaram o pai e a filha. 3º. Caso: Quando o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo irá para o plural na pessoa que tiver prevalência. 1º , 2º , 3º. 2º , 3º. Ex: Eu, tu e ele fizemos o exercício. Tu e ele fizeste / fizeram. 4º. Caso: Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção "ou" , o verbo ficará no singular se houver ideia de exclusão. Se houver ideia de inclusão o verbo irá para o plural. Ex: Pedro ou Antônio será o presidente do clube. (Exclusão) Laranja ou mamão fazem bem a saúde. (Inclusão) Casos especiais de concordância verbal: 1º. Caso: Com a expressão "um dos que" o verbo ficará no singular e no plural. O plural é construção dominante. Ex: Você é um dos que mais estudam (estuda). 2º. Caso: Quando o sujeito for constituído das expressões "mais de", "menos de", "cerca de" o verbo concordará com o numeral que segue as expressões.


61 Ex: Mais de uma pessoa protestou contra a lei. Mais de vinte pessoas protestaram contra a decisão. Obs.: Com a expressão "mais de um" pode ocorrer o plural: - Quando o verbo dá ideia de ação recíproca (troca de ações). Ex: Mais de uma pessoa se abraçaram. - Quando a expressão "mais de um" vem repetida. Ex: Mais de um amigo, mais de um parente estavam presentes. 3º. Caso: Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo só concordará com ele. Se esses pronomes estiverem no plural o verbo concordará com ele ou com o pronome pessoal. Ex: Qual de nós? Alguns de nós. Qual de nós viajará? Quais de nós viajarão (viajaremos)? 4º. Caso: Quando o sujeito for um coletivo o verbo ficará no singular. Ex: A multidão gritava desesperadamente. Obs.: - Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o verbo ficará no singular ou poderá ir para o plural. Ex: A multidão de torcedores gritava (gritavam) desesperadamente. 5º. Caso: Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo "que", o verbo concordará com o antecedente deste pronome. Ex: Sou eu que pago. 6º. Caso: Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo "quem", o verbo concordará com o antecedente ou ficará na 3º pessoa do singular concordando com o sujeito quem. Ex: Sou eu quem paga (pago). 7º. Caso: Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de artigo, o verbo ficará no singular; se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo irá para o plural. Ex: Minas Gerais possui grandes fazendas. Os Estados Unidos são uma nação poderosa. 8º. Caso: Os verbos impessoais ficam sempre na 3º pessoa do singular. Ex: Faz 5 anos... Havia crianças na fila. Obs.: - Também fica na 3º pessoa de singular o verbo auxiliar que se põe junto a um verbo impessoal formando uma locução verbal. Ex: Deve haver crianças na fila. - O verbo existir não é impessoal. Ex: Existiam crianças na fila. Devem existir crianças na fila. (O verbo auxiliar de um verbo pessoal concordará com o sujeito). 9º. Caso: Com os verbos "dar", "bater", "soar" se aparecer o sujeito "relógio" a concordância se fará com ele; se não aparecer com o sujeito "relógio" a concordância se fará com o número de horas. Ex: O relógio deu cinco horas. Deram cinco horas no relógio da matriz. ... relógio da matriz: Adjunto adverbial de lugar. 10º. Caso: Quando o sujeito for formado por um pronome de tratamento o verbo irá sempre para 3º pessoa. Vossa Excelência leu meus relatórios? 11º. Caso: Quando "se" funcionar como partícula apassivadora o verbo concordará normalmente com o sujeito da oração. Ex: Pintou-se o carro. Alugam-se casas.


62 12º. Caso: Quando o "se" funcionar como Índice de Indeterminação do Sujeito o verbo ficará sempre na 3º pessoa do singular. Ex: Precisa-se de secretária. Vive-se bem aqui. 13º. Caso: O verbo parecer, seguido de infinitivo admite duas construções: - Flexiona-se o verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. - Flexiona-se o infinitivo e não flexiona-se o verbo parecer. Ex: Os prédios parecem cair. Os prédios parece caírem. EXERCÍCIOS Coloque C (certo) ou Errado (E) para identificar a concordância verbal das frases abaixo: 01. Os Estados Unidos atacam o Iraque. ( ) 02. Os Estados Unidos ataca o Iraque novamente. ( ) 03. Filipinas ficam na Ásia? ( ) 04. Condolências são diferentes dos parabéns. ( ) 05. Não preciso dizer que férias são direito de todos os trabalhadores. ( ) 06. Eu não disse que fomos nós quem comeu o doce. ( ) 07. Eu não disse que fomos nós que comeu o bolo. ( ) 08. É preciso saber se foi ele um dos que assistiram à aula sábado. ( ) 09. É preciso saber se foi ele um dos alunos que assistiu à aula sábado. ( ) 10. Eu sei que tu és um dos que formaram aquela quadrilha. ( ) 11. Não sabia que foi ela uma das que ganhou sozinha o prêmio milionário. ( ) 12. A verdade é que mais de um aluno se beijou no final da festa. ( ) 13. Mais de 12% do grupo foi assaltado na festa. ( ) 14. Mais de 12% do grupo foram assaltados na festa. ( ) 15. Muitos de vós sabeis que a vitória é difícil. ( ) 16. Alguns de nós sabiam que seria difícil. ( ) 17. No relógio, murmurou 10 horas da noite. ( ) 18. Naquela noite, as fábricas, num momento sombrio, apitou meia-noite. ( ) 19. Qual de vós pensastes que o dinheiro era ilegal? ( ) 20. Por bom preço, compra-se todas as coisas que se quer. ( ) 21. Por bom preço, compra-se muito em época de Natal.

( )

22. É bom ter dinheiro sobrando pois nessas épocas sempre se necessitam de dinheiro emprestado. ( ) 23. Não fazem mais dias frios em agosto. ( ) 24. Eu não vejo aquela mulher já fazem 15 longos anos. ( ) 25. Eu falei que deviam ter umas 3.000 pessoas no baile. 26. Eu falei que deviam haver umas 3.000 pessoas no baile. ( ) 27. Eu falei que devia existir umas 3.000 pessoas no baile. ( ) 28. Choveram muitas vezes esta semana. ( )

( )


63 29. Choveram perguntas na aula de informática. ( ) 30. Nessa eleição ou João ou o Carlos serão eleitos Presidente do Brasil. ( ) 31. Nessa eleição ou João ou o Carlos serão eleitos para as 8 vagas do Conselho. ( ) 32. Ou Tiago ou Marcos fará o gol da vitória. ( ) 33. Ou Tiago ou Pedro farão os gols de que precisamos. ( ) 34. Nem um nem outro cachorro tomarão o lugar do Rex.( ) 35. Nem um nem outro cachorro tomará o lugar do Rex. ( ) 36. Lutava o filho e (com) o pai contra as injustiças sociais. ( ) 37. Lutava o filho e (com) o pai pelo carinho da mãe. ( ) 38. Que horas são? É duas horas ou mais! ( ) 39. Que dia é hoje! São 24 de setembro. ( ) 40. Chifre são coisas que colocaram na sua cabeça. ( ) 41. Tudo é flores na sua vida. Mas isso são sintomas de felicidade aguda. ( ) 42. Nem o dinheiro, nem a vida boa o alegrava mais que o olhar da bela morena. ( ) 43. Cada um dos meninos devem se comportar como homens no dia da formatura. ( ) 44. É as pessoas que não querem beber mais.

Capítulo 8 PALAVRAS E EXPRESSÕES MAL UTILIZADAS •ONDE – só deve ser usado para indicar lugar. “O telefonema onde ele me disse.” Nem pensar... • QUALQUER – não confundir com nenhum. “Não há qualquer risco.” O correto é: “ Não há nenhum risco.” • SEQUER – exige uma palavra negativa antes. “Ele sequer me deu ouvidos” errado. O correto é “Ele nem sequer me deu ouvidos.” • SI – somente usado para indicar reflexividade. “Trazia para si a verdade.” • CONSIGO – não confundir com contigo, que traduz a segunda pessoa. Para dirigir-se a terceira pessoa, use “com você”, porque “consigo” indica reflexividade também. “Trouxe consigo as suas angústias.” POR QUE /PORQUE/POR QUÊ/PORQUÊ –Gostaria de saber por que saiu cedo. Saberíamos o porquê se ele nos contasse. Nem imaginávamos por quê. Por quê? Gostaria de sair daqui porque estou atrasada. • À – nunca antes de palavras que expressem masculino, palavras repetidas, verbos, casa (sem determinação), terra (sem determinação), distância (sem determinação). • CERCA DE – só use esta expressão com números exatos. “Existiam cerca de 13 dúvidas.” ( ideia de exatidão contraposta ao numeral 13). Utilize: “Existiam cerca de 20 dúvidas.” Ou “Existiam cerca de 10 dúvidas.” • A MENINA QUE ELE É APAIXONADO – observe a regência: A menina por que(m) ele é apaixonado. A menina de que(m) ele é apaixonado. • ABREVIATURA DE HORA, METRO, QUILO, LITRO: 6h / 6h e 20 min/ 6h20’34’’; 6m; 6 kg; 6l – sem plural. • ELE MUDOU A MANEIRA DAS MULHERES SE VESTIREM – Ele mudou a maneira de as mulheres se vestirem. • HAJA /AJA – haja= verbo haver e aja= verbo agir • MAIS / MAS – mais= diferente de menos / mas = porém, contudo, todavia • MENAS –nem pensar! O correto é MENOS. • PERCA / PERDA – perda – é substantivo. Perda total do automóvel.


64 Perca – verbo perder primeira/terceira pessoas do presente do subjuntivo. • CHEGO – não existe! O correto é CHEGADO. • POR CAUSA QUE – não existe! Use PORQUE. • TIVER/ ESTIVER – não confunda os verbos ter e estar. Quando eu tiver dinheiro... Quando eu estiver de férias... • SEJE/ ESTEJE –nem pensar! SEJA e ESTEJA são as formas corretas. • DE MENOR – não existe. Use “menor”. O aluno é menor. • HAVER / A VER – haver – verbo / Isso não tem nada a ver. • VIAJEM / VIAGEM – Quero que eles viajem logo. (verbo viajar no presente do subjuntivo) / viagem = substantivo • HAJA VISTA OU HAJA VISTO? – O correto é HAJA VISTA sempre.• AO INVÉS DE / EM VEZ DE? – ao invés de = ao contrário / em vez de=no lugar de; em substituição a.• TV A CORES – não! TV EM CORES. • ENTREGAS À DOMICÍLIO OU ENTREGAS A DOMICÍLIO? – Nenhuma delas! O correto é ENTREGA EM DOMICÍLIO. • ÀS CUSTAS – não! O correto é: Vive à custa dos pais. • À MEDIDA EM QUE – não. Você pode usar: NA MEDIDA EM QUE (tendo em vista que) ou À MEDIDA QUE (à proporção que). • DE ENCONTRO A / AO ENCONTRO DE – A primeira expressão significa condição oposta, contrária. A segunda indica uma situação favorável. • EXCEÇÃO/ EXEÇÃO/ EXCESSO – O correto é EXCEÇÃO e EXCESSO. • ASCENSÃO / PICHAR / CHUCHU / EMPECILHO / CABELEIREIRO – assim todas corretas. • BENEFICIENTE – não! O correto é BENEFICENTE. • PORISSO – nem pensar! POR ISSO. • PÔDE / PODE – pode (presente) / pôde (passado) • INTERVIU / RETEU – nada disso! INTERVEIO / RETEVE • PREFIRO MAIS ISSO DO QUE AQUILO – nada disso! PREFIRO ISSO ou PREFIRO ISSO ÀQUILO. • SE EU PREDIZER – não! PREDISSER • QUANDO EU VER – não! QUANDO EU VIR • QUANDO EU VIR (verbo vir) – não! QUANDO EU VIER • QUIZ – nada disso – tudo do verbo querer é com “s” – QUIS – QUISESSE • POSSUIR – DISTRIBUIR – POLUIR – EXCLUIR • REMEDIA / INTERMEDIA – não! – REMEDEIA, MEDEIA, INTERMEDEIA, ANSEIA, INCENDEIA • EXPLUDO / EXPLODO – nenhum dos dois – o verbo explodir é defectivo, não apresentando a primeira pessoa do presente do indicativo. • COLORO/ COLIRO? Nenhum dos dois. – o verbo colorir também é defectivo, não apresenta várias formas. Utilize verbo sinônimo como o “pintar” ou locução verbal “estou colorindo” ou “vou colorir”. • FAZ OU FAZEM DIAS QUE NÃO NOS VEMOS? – FAZ DIAS... (verbo impessoal fica no singular!) • VENDE-SE MATERIAL DE DEMOLIÇÃO – VENDEM-SE MATERIAIS DE DEMOLIÇÃO. • PRECISA-SE DE ENGENHEIRO COM EXPRERIÊNCIA. – PRECISA-SE DE ENGENHEIROS COM EXPERIÊNCIA. • MEIO-DIA E MEIO – nada disso! MEIO DIA E MEIA. • NÃO LHE ESPERAREI MAIS – atenção! NÃO O ESPERAREI MAIS. NÃO LHE DIREI A VERDADE. • O MATERIAL É PARA MIM ESCREVER – mim escreve? Não! O MATERIAL É PARA EU ESCREVER. PARA MIM É DIFÍCIL FICAR AQUI.

.


65 Capítulo 9 TIPOS DE REDAÇÃO TÉCNICA - REVISÃO Dentro da empresa, para cada necessidade, objetivo ou situação há um veículo de comunicação adequado. As redações administrativas mais comuns são:  Carta: correspondência utilizada para informar aprovação em concurso; tratar de assuntos gerais com variadas instituições; solicitar ou agradecer a colaboração; justificar atos ou atitudes; homenagear, censurar, advertir etc.  Componentes: cabeçalho; data; destinatário; assunto; vocativo; contexto; fecho; nome, cargo e assinatura (do emitente); anexo (opcional).  Circular: correspondência, produzida em várias vias, tratando de interesse amplo e dirigida a muitos destinatários. Cada via deve ser assinada ou autenticada, para ter um caráter original. Seu conteúdo, em geral, é composto por orientações e recomendações.  Componentes: cabeçalho; data; vocativo; contexto; fecho; nome, cargo e assinatura (do emitente).  Memorando: correspondência interna para comunicações breves e menos solenes como avisos, consultas etc.  Componentes: cabeçalho; número de ordem; data; vocativo; assunto; contexto; fecho; nome, cargo e assinatura (do emitente).  Relatório: Documento que contém informações, fatos, estatísticas ou recomendações coletadas por uma pessoa ou grupo com o objetivo de melhorar processos ou serviços. Descrevem fatos, se registram observações, pesquisas, investigações, fatos ou se história a execução de serviços ou de experiências. Há uma variação bastante útil que é o relatório de reunião. Os relatórios são escritos por várias razões e de várias formas. No entanto, é necessário, sempre, cuidar da organização, precisão, clareza, veracidade e boa apresentação das informações. Em geral, utilizam-se gráficos, tabelas, diagramas, estatísticas.  Componentes: título; o(s) relatores; introdução: referências: quem requisitou, objetivos etc.; período; procedimento para coleta de dados; corpo do relatório: informações propriamente ditas; conclusões, deliberações (quando for um relatório de reunião) e recomendações (se cabíveis).  Tipos de relatório  O relatório pode ser: individual ou coletivo; simples ou complexo; parcial ou completo; periódico ou eventual; técnico, científico, administrativo, de estágio, de visita, de cursos realizados, de apreciação sobre um tema etc.


66  Seja qual for o tipo de relatório, ele deverá ser redigido em linguagem simples, correta, objetiva, concisa, denotativa, e sem construções rebuscadas, pois, o mais importante, é que ele seja claro e objetivo, sem rodeios, porém contendo todas as informações importantes para a análise por parte do leitor.  Parecer:O parecer é uma redação técnica a respeito de um ato realizado e indica a conclusão do trâmite de um processo. O parecer é o pronunciamento por escrito de uma opinião técnica a respeito de um ato realizado e indica a conclusão do trâmite de um processo. Pode ser um despacho decisório de procedimento jurídico, oficial ou particular sobre algum assunto.  Requerimento: documento que serve para fazer solicitações a uma autoridade. Também chamado de petição.  Componentes: vocativo; contexto; fecho; data; assinatura.  Procuração: documento pelo qual uma pessoa confere poderes legais a outra para tratar de negócios ou agir em seu nome.  Ofício: comunicação oficial expedida por autoridades da administração ou dirigido a particulares.  Componentes: número do expediente e sigla do órgão ou departamento que o expede; local e data; vocativo; contexto; fecho; assinatura, nome e cargo do emitente.  Notificação: documento através do qual se informa o destinatário, pessoa física ou jurídica, sobre procedimentos a serem tomados pelo interessado ou medidas que serão tomadas pelo remetente.  Componentes: cabeçalho; a expressão “Notificação”; contexto; data; assinatura, nome e cargo do emitente.  Ata: documento de registro do desenvolvimento de uma reunião, assembleia ou sessão. Deve ser escrita com clareza, resumidamente. Os numerais (datas etc.) devem ser grafados por extenso.  Boletim: texto produzido para informação interna ou externa. Em geral, é composta de resultados de pesquisa ou resumo de algum evento importante.  E-mail ou correio eletrônico: é um recurso que possibilita a troca de mensagens e arquivos digitais de forma rápida e versátil por meio da Internet. Um dos meios que tem substituído algumas formas tradicionais de comunicação, sendo intensamente usado nas empresas.  Contrato: é um tipo de redação técnica utilizado para estabelecer uma relação jurídica entre duas ou mais partes. Enquadra-se no gênero jurídico, tal como certidões,


67 estatutos, leis, regulamentos, entre outros. O contrato é um documento e, como tal, deve obedecer alguns critérios. A sua escrita contempla: linguagem formal, objetividade, coerência e vocabulário técnico. A sua redação é estruturalmente dividida em 3 partes.  Na primeira, as pessoas que fazem parte do acordo são identificadas, bem como é descrita a natureza do contrato. Na segunda, constam as cláusulas com as condições do contrato. São chamadas as disposições gerais, as quais contemplam as responsabilidades, os termos e as condições acordadas que, naturalmente, variam conforme o tipo de documento e as necessidades de cada situação. A validade das cláusulas, no entanto, depende de aspectos jurídicos, os quais são revistos por advogados. A terceira parte é o fecho. Nela constam local, data, assinaturas e testemunhas, se houver.  BILHETE: é uma carta simples e breve, sem as fórmulas das cartas ordinárias. E um aviso escrito em que se anota algum fato para ser levado ao conhecimento de outra pessoa, mas de modo apressado. Há, ainda, outras modalidades, como:  Bilhete de visita: cartão com nome impresso e com indicação da profissão e residência respectivas. 

Bilhete à ordem: nota promissória, usada no comércio.

Bilhete postal: cartão selado para a correspondência postal sobre assuntos que não exigem segredos.

 O bilhete verbal caracteriza-se pela linguagem em terceira pessoa.  Para esse tipo de correspondência, usa-se o papel do seguinte tamanho: 16,5 x 22 cm.  Em sentido jurídico, significa o papel escrito que contém a obrigação de pagar ou entregar algo a quem o mesmo é dirigido, dentro de determinado tempo.  Em linguagem comercial, o bilhete tem função idêntica ao título de crédito, desde que se revista das formalidades legais.  Recebe diversas designações:  bilhete a domicílio, bilhete ao portador, bilhete à ordem, bilhete de banco, bilhete de câmbio, bilhete de carga, bilhete de crédito, bilhete de desembarque, bilhete de entrada, bilhete de loteria, bilhete de mercadorias, bilhete de passagem, bilhete em branco e outros.  AVISO: é um tipo de correspondência cujas características são amplas e variáveis. O aviso pode ser uma comunicação direta ou indireta; unidirecional ou multidirecional; redigida em papel próprio, afixada em local público ou publicada através da imprensa. O aviso é usado na correspondência particular, oficial e empresarial. Muitas vezes,


68 aproxima-se do comunicado, do edital ou do oficio. Geralmente não traz destinatário, fecho ou expressões de cortesia. EXERCÍCIOS 1)Vamos simular uma situação muito comum no âmbito empresarial: Após entregar o bilhete a seu chefe, a secretária ouviu um pedido de retorno imediato da ligação para o cliente e não tinha anotado o número do telefone para retorno. Seria necessário um pedido de desculpas ao seu superior e ainda de tempo para buscar o número e aí sim poder efetuar a ligação. Parece simples quando descrevemos a situação, mas não é assim tão fácil quando se trata de vivenciá-la. Por isso, ressaltamos que o recado escrito em um bilhete deve ser simples e objetivo, mas precisa conter todas as informações necessárias para o repasse da informação. Lembre-se, comunicação eficaz é aquela que cumpre o objetivo com agilidade e confiabilidade, mesmo quando se trata de um simples bilhete. Não se deve esquecer o destinatário e a assinatura no bilhete. 2)Aproveite o texto do exercício número 1 cujo conteúdo foi escrito em formato de bilhete e reescreva a mensagem utilizando a formatação de correio eletrônico (e-mail), fazendo as adequações necessárias. 3)Leia atentamente as situações descritas a seguir e assinale aquelas em que seria viável a emissão de um requerimento para solicitar providências ao setor responsável e após a escolha, elabore o referido documento. a( ) Falta de energia elétrica na empresa onde trabalha. b( )Falta de sinalização adequada para travessia de pedestres nas proximidades da empresa. c.( )Falta de material de escritório a ser solicitado ao almoxarifado. d.( )Reivindicação de funcionários para alteração de horário de trabalho. e.( )Reivindicação quanto a pavimentação da rua onde a empresa está localizada. 4) Reflita sobre o cotidiano de uma empresa com mais de cem funcionários na área de produção e que precisa comunicar aos funcionários o horário de atendimento do departamento de recursos humanos para revisão de banco de horas. E depois responda: qual seria o melhor texto, aviso ou circular, para divulgação da informação descrita?. Justifique sua resposta descrevendo as características que viabilizam a utilização do texto escolhido para a finalidade proposta 5)Descreva a seguir as características que diferenciam o gênero textual ofício da carta comercial. 6) Imagine que você precise nomear um procurador para representá-lo (a) em uma situação de entrega de documentos para concurso público. Redija a seguir o trecho do texto que descreve o objeto da procuração. Lembre-se de incluir no texto dados que garantam a efetividade do documento e ainda previnam que o outorgado não utilize a procuração para outros fins diferentes do mencionado. 7)Elabore uma ata de reunião que tem como pauta a compra de computadores para uma escola relatando as necessidades de compra, os procedimentos, as condições e o acordo entre o Conselho da escola. 8) levante uma lista de exemplos de situações do dia a dia em que são utilizados os contratos. Tente levantar ao menos 3 exemplos e depois reflita com o grupo sobre situações em que o contrato mal redigido pode prejudicar o cotidiano empresarial.


69 9)Em relação ao memorando (ou comunicação interna), analise as afirmativas: I. Sua principal característica é a agilidade. II. Quanto à forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. III. Tem caráter estritamente administrativo. Assinale: a)se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. c) se nenhuma afirmativa estiver correta. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e)se todas as afirmativas estiverem corretas. 10) As correspondências abaixo referem-se respectivamente:

a)aviso, ofício e relatório

b)carta comercial, requerimento e aviso

c)memorando, procuração e requerimento

d)parecer, notificação e memorando


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