CAPÍTULO 4
CRÍTICA AO DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DE CONDUTA (DSM-V - CID 10)
UMA HIPÓTESE SOBRE A VIOLÊNCIA COMO NOVO SINTOMA Pedro Castilho
Este artigo traz à tona uma discussão diagnóstica do transtorno de conduta e transtorno desafiador de oposição, conforme definido na Classificação Internacional de Doenças, 10ª Revisão (CID-10) e no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) para contrapor com a discussão no campo da psicanálise sobre a questão da agressividade e da violência. Atualmente, a psicanálise compreende a questão da agressividade e da violência a partir dos novos sintomas e do declínio da função paterna. Pretendemos problematizar a questão deste diagnóstico levando em consideração os aspectos da teoria psicanalítica. A referência para este capítulo do livro é apontar que a violência presente nos sujeitos de diagnósticos de transtorno opositor é uma resposta à falência do laço social em razão do declínio da função paterna. Pretendemos apresentar o diagnóstico de transtorno de conduta e transtorno desafiador presentes no CID 10 e no DSM V (APA, 2013) para apontar suas limitações diagnósticas no que concerne ao tema da agressividade e da violência. Em seguida, pretendemos apresentar a noção de recalque e repressão na teoria freudiana sobre a agressividade. Neste momento, o tema da agressividade aparece como recalque e culpabilização e, em um segundo momento, vamos