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Produtos da Gente
SABORES TRADICIONAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO
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Edição: Projeto Alimentos Saudáveis nos Mercados Locais - 2014 PESQUISA: Malagueta Comunicação
TEXTO E Coordenação editorial: Malagueta Comunicação e Equipe do Programa de Agricultura Urbana (AS-PTA) Projeto Gráfico E DIAGRAMAçÃO: Roberta Rangé (AS-PTA) Imagens: Carolina Amorim (Malagueta Comunicação) Impressão: Reproset
Esta cartilha apresenta a taioba, verdura tradicionalmente cultivada pela Agricultura Familiar da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A taioba é um “Produto da Gente”, mas é pouco encontrada nos mercados convencionais. Com olhar histórico, cultural, nutricional e gastronômico, vamos conhecer mais sobre esse tesouro culinário. Este é o princípio de uma alimentação diversificada, saudável, prazerosa, com preço justo, que valoriza a comida e a produção local. Saber como preparar esses alimentos no dia a dia também faz parte do aprendizado sobre as tradições e a identidade alimentar. A publicação faz parte da “Campanha pela valorização da Agricultura Familiar e dos Produtos Agroecológicos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, inserida no projeto “Alimentos Saudáveis nos Mercados Locais”, com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O selo “Produtos da Gente” representa o que a Agricultura Familiar produz na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. São os alimentos, artesanatos e outros produtos, que levam renda para os agricultores familiares e saúde para os consumidores. Essas expressões regionais, por meio da cultura e da economia, são os elementos de aproximação, estabelecidos em mercados justos e solidários, entre quem produz e quem compra. Boa leitura. Bom apetite!
Taioba (Xanthosoma sagittifolium) “São fartas as nossas terras / De palmitos, guarirobas, Coroá cheiroso, taiobas” - Joaquim José Lisboa, Historiador e alferes do Regimento Regular de Vila Rica em 1806
A taioba (Xanthosoma sagittifolium) é uma espécie pertencente à família das aráceas, originária de regiões tropicais da América do sul. Esta espécie é bastante rústica, possui boa adaptação às altas temperaturas e aos solos com alta umidade. Apresenta elevado rendimento de folhas e rizomas por unidade de área, sendo considerada uma cultura típica de quintais e pequenos roçados. É uma planta herbácea, hortaliça de tom verde escuro, maior que a couve e de forma semelhante a do inhame. A planta pode chegar a 2 metros de altura e cada folha a 80 cm de comprimento e 60 cm de largura. Considerada um alimento não convencional e altamente nutritivo, anda esquecida da mesa do brasileiro. Nas folhas, concentram-se as maiores fontes de energia e nutrição como vitaminas A, B1, B2 e C, além dos sais minerais como Ferro, Potássio, Fósforo e Cálcio. É energética, antianêmica e sua
folha é rica em fibras. Possui raízes subterrâneas parecidas com as do inhame, que também são comestíveis. Da raiz, pode ser produzida a fécula da taioba com 85% de amido. A melhor época de plantio é entre setembro e novembro e sua colheita é realizada após 90 dias. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, é facilmente encontrada nas áreas dos agricultores localizados no Maciço da Pedra Branca (Zona Oeste da cidade), Nova Iguaçu e Magé. Podem ser encontradas na maioria das feiras agroecológicas e da agricultura familiar. As folhas são refogadas ou cozidas em receitas de arroz, omeletes, tortas, suflês, bolinhos e adicionadas a ensopados de carne ou frango. Mas nem todas as espécies podem ser consumidas. A classificada como brava (Colocasia antiquorum Schott) é tóxica e merece atenção, pois por ser uma planta espontânea, é encontrada facilmente em terrenos pela cidade. A taioba brava tem talo mais escuro de coloração roxa e a taioba comestível tem folhas e talos verdes claros. Quando mantidas em temperatura ambiente, as folhas devem ser consumidas no mesmo dia ou até
o dia seguinte à colheita. Em geladeira, podem ser mantidas por uma semana, desde que embaladas em sacos de papel ou vasilhas de plástico. A taioba é utilizada como digestivo e em alguns lugares do mundo é usada tradicionalmente para ajudar em partos difíceis, tanto de humanos como de animais, a partir de sua ingestão cozida. Outra aplicação é como repelente para mosquitos e insetos em geral. Após seu cozimento, a taioba exala uma substância que mantém os insetos afastados. Resgatar alimentos não convencionais é reconhecer a riqueza de nossa terra, a diversidade do conhecimento local, os hábitos alimentares que garantem a segurança e autonomia de quem cultiva e de quem consome. Praticar a agroecologia é apoiar a agricultura familiar através de seus produtos e de sua cultura. É incentivar a alimentação saudável; reunir alegria e saúde ao redor da mesa; consumir de forma responsável e consciente os “Produtos da Gente”.
Dica da chef!
Quando for bater a taioba colocar um pouquinho de ĂĄgua no liquidificador e depois a taioba picada. O creme tem que ficar bem espesso para o arroz nĂŁo ficar muito mole.
receita
Arroz de Taioba
Por Ana Ribeiro. Ecochef do Instituto Maniva Rendimento: 7 porções
Ingredientes: • 2 xícaras (chá) de arroz agulhinha • 3 xícaras (chá) de água fervente • 4 colheres (sopa) de óleo • 2 dentes de alho amassados • 6 folhas médias de taioba cozidas e picadas • 4 colheres (sopa) queijo ralado, opcional • 1 cenoura ralada grossa • 1/2 xícara (chá) de passas escuras • sal a gosto Modo de preparo: 1. Em uma panela, aquecer o óleo e refogar o arroz lavado e escorrido até ficar bem solto. Juntar o alho, o sal e a água quente e deixar cozinhar. 2. Depois de cozido, deixar o arroz abafado, por 5 minutos. 3. Bater no liquidificador as folhas de taioba, até obter um creme verde espesso. Virar este creme de taioba no arroz e envolver com um garfo delicadamente. 4. Acrescentar o queijo, as passas e a cenoura ralada. 5. Untar uma forma de bolo com um fio de óleo e enformar o arroz. Depois de alguns segundos, virar em uma travessa. Decorar a gosto e servir.
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ENCONTRE os “Produtos da gente” em uma feira perto de você: Feira da Roça de Nova Iguaçu
Praça Rui Barbosa - Centro de Nova Iguaçu. Às quartas-feiras, das 8h às 17h
Feira da Agricultura Familiar de Magé
Rua São Fidelis, Centro de Piabetá, aos sábados, das 7h às 15h
Feira Agroecológica da Freguesia
Praça Professora Camisão, em Jacarepaguá , aos sábados, das 7h às 13h
Feira Orgânica de Campo Grande
Avenida Marechal Dantas Barreto, 95, atrás do estacionamento do West Shopping, aos sábados, das 7h às 13h
Feira da Roça de Queimados
Rua Elói Teixeira, s/n°, centro de Queimados, passarela sob a linha férrea, às quintas-feiras, das 8h às 14h
Feira Agroecológica da UFRJ
Centro de Tecnologia e Centro de Ciências da Saúde, às quintas, das 13h às 17h
Núcleos da Rede Ecológica www.redeecologicario.org
“A cozinha é o mundo mais fascinante da casa, o mais coletivo. Um espaço que reúne sobrevivência, prazer, refinamento e civilização” Nélida Piñon, poeta e escritora carioca.
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Para saber mais sobre os Produtos da Gente:
fb.com/asptaagroecologia