ABRIL DE 2011
Vitórias do Jangadeiros na Copa Cidade Tiago Brito vai ao Mundial de Optimist O sonho de velejar na Grécia e na Croácia Equipe olímpica inicia pré-temporada
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Edi torial Mantendo o Rumo A Revista A Jangada é uma publicação do Clube dos Jangadeiros, de Porto Alegre, com circulação dirigida aos seus sócios, clubes náuticos, entidades esportivas e imprensa.
DIRETORIA DO CLUBE DOS JANGADEIROS – 2010/2012 Renê dos Santos Garrafielo Comodoro Luiz Francisco Gerbase Vice-Comodoro Administrativo Francisco de Paula B. de Freitas Vice-Comodoro Esportivo Jorge Decken Debiagi Vice-Comodoro de Obras e Patrimônio Cristiano Roberto Tatsch Vice-Comodoro de Desenvolvimento e Marketing
Os compromissos da atual Comodoria do Clube dos Jangadeiros seguem o plano apresentado aos sócios na eleição de julho do ano passado. Além de buscar a revitalização das áreas de lazer, com destaque para a área da piscina, estamos cumprindo nossas metas e objetivos, sempre com a visão de proporcionar um ambiente cada vez mais acolhedor para todos os associados. Alguns projetos estão em andamento e, muito em breve, teremos novidades para apresentar e compartilhar com nossos sócios e seus familiares. Na página central desta edição, você poderá conferir algumas das melhorias já realizadas, com destaque para o nosso novo trator, recentemente adquirido junto à John Deere, e que proporcionará muito mais eficiência e segurança para o patrimônio do clube e de seus associados.
André Jobim de Azevedo Diretor Jurídico
Renê Garrafielo Comodoro
Luiz Fernando Schramm Pereira Diretor da Escola de Vela Mario Roberto Dubeux Diretor Técnico de Vela Olímpica Airton Schneider Diretor de Vela de Oceano
Projeto Pescar no Jangadeiros
Renato da Costa Brito Diretor de Vela de Monotipos Átila Pellin de Lima Diretor de Vela Infanto-Juvenil Pedro Luiz Gomes Boletto Diretor de Cruzeiro CONSELHO DELIBERATIVO Manuel Ruttkay Presidente Pedro Cesar de Oliveira Filho Vice-Presidente Cláudio Mika da Silva Secretário CONSELHO FISCAL Tuffy Calil Jose Michael Weinschenck Mario Fernandes Teixeira Membros Suplentes Gilberto de Carvalho Paulo Tupinambá Caio Mario F. N. da Costa Revista A Jangada Produção e Edição: Agência Office Press Comercialização: Alexandre Dallapicola Tel.: 3233.7334 – alx@dft.com.br Jornalista Responsável: Guto Moisés – Fenaj 6543/RS Assistente de Redação: Ivan Netto Fotos: Banco de Imagens/Jangadeiros Projeto Gráfico e Diagramação: Imagine Design Revisão Editorial: Renê dos Santos Garrafielo Revisão Técnica: Francisco de Paula B. de Freitas Revisão Ortográfica: Press Revisão Tiragem: 1.500 exemplares Distribuição Dirigida
Alunos do Projeto Pescar participam de um tour pela Ilha dos Jangadeiros
Em 1976, o empresário gaúcho e ex-comodoro do Clube dos Jangadeiros Geraldo Tollens Linck teve uma ideia inovadora. Nas dependências de sua própria empresa, a Linck S.A, ele abriu espaço para jovens, em vulnerabilidade social, aprenderem uma profissão. Surgia assim a primeira turma do Projeto Pescar, com 15 alunos. Depois de 35 anos do início do projeto, outro grupo de adolescentes começa essa mesma caminhada na Unidade Projeto Pescar Geraldo Linck. E para celebrar este feito, o Clube dos Jangadeiros recebeu este grupo de jovens, que estudam no curso profissionalizante de mecânica veicular. Eles passaram o dia no clube, com direito a tour pela ilha e passeio de barco. Vinte jovens, entre 16 e 20 anos, meninos e meninas, participaram do passeio.
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Inf orme Jangadeir os Tiago Brito garante vaga no Mundial de Optimist Depois de 15 anos, o Rio Grande do Sul voltará a ter um representante em um Campeonato Mundial da classe Optimist. O autor da façanha é o atual campeão estadual e vice-campeão Brasileiro, Tiago Brito, que venceu o 38º Campeonato Norte e Nordeste, realizado em Itaparica, na Bahia. “Acredito muito no Tiago e acho que ele pode fazer um ótimo trabalho no Mundial de 2011”, frisa o vice-comodoro Esportivo do Clube dos Jangadeiros, Francisco Freitas, que em 1996 era técnico da flotilha do clube que emplacou dois velejadores no Mundial da classe, Frederico Rizzo e Roberto Paradeda. Além do grande resultado alcançado por Tiago, que competirá ainda este ano, na Nova Zelândia, outros velejadores do Jangadeiros merecem os nossos parabéns. Lucas Aydos e Luis Augusto Mergel, por exemplo, ficaram entre os dez melhores na Bahia e obtiveram vagas para o Campeonato Norte-Americano, que será disputado em Los Angeles. Breno Kneipp ficou em segundo na categoria Mirim e é um dos nossos nomes para o Brasileiro de 2012, que será disputado no Clube dos Jangadeiros. Outros destaques do clube em Itaparica foram: Phillip Rump (23º), Pedro Zonta (30º), Thomas Rodrigues (36º), Giovanna Pignataro (49º) e Camila Maia (69º). “Precisamos valorizar toda a nossa flotilha, porque sem um grupo forte não conseguiríamos um velejador de ponta, e, é claro, devemos valorizar os nossos treinadores, Átila Pellin e Lucas Mazim, que fizeram um grande trabalho”, destaca Freitas.
Velocidade: limite é de 10km/h na ilha Atenção: a velocidade máxima permitida na Ilha dos Jangadeiros mudou. Sempre pensando no bem-estar de seus associados e funcionários, a Comodoria do Jangadeiros resolveu alterar de 20km/h para 10km/h o limite de velocidade dentro do clube. “Estamos em um lugar de grande beleza. Reduzindo a velocidade podemos desfrutar melhor o trajeto dentro da Ilha”, explica o Comodoro do Clube dos Jangadeiros, Renê Garrafielo.
Comunicação nas redes sociais A Assessoria de Comunicação adotou o Twitter e o Facebook como plataformas de comunicação para levar as notícias e informações do clube aos seus sócios, clubes náuticos e comunidade. Além destas duas novas ferramentas que já atingem mais de 1.300 pessoas, o clube edita o Jangada News, uma publicação semanal que é dirigida por email aos sócios e seu cadastro de relacionamento, levando as notícias do Clube dos Jangadeiros para 5.600 pessoas toda a semana. Outra fonte de informação é a revista A Jangada, agora com quatro edições impressas por ano. Confira os endereços eletrônicos das redes sociais e participe da comunidade do Clube dos Jangadeiros.
twitter.com/jangadeirospoa
Clube dos Jangadeiros no Facebook
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XVII COPA CIDADE
Presidente da Soamar/RS, Geraldo Sperb, entregando prêmio para tripulação do Wahoo
Secretário Estadual do Esporte, Kalil Sehbe (E), entregou o prêmio à tripulação do Iucca
Tripulação do Marina 4
Renê Garrafielo (E) e Kalil Sehbe (C) entregaram o prêmio para equipe do Bravíssimo
Diretor de Cruzeiro do Clube dos Jangadeiros, Pedro Boletto (segundo da esquerda para a direita), parabenizou equipe do Hawac
Xico Freitas (E) e Cristiano Tatsch (terceiro da esquerda para a direita) entregaram prêmio para tripulação do Magia
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XVII COPA CIDADE
Domínio do Jangadeiros na Copa Cidade Guto Moisés O Clube dos Jangadeiros dominou as regatas da XVII Copa Cidade de Porto Alegre, realizada nos dias 19 e 20 de março, na raia da Tristeza. E quem levou o troféu da classe RGS foi o comandante Hilton Piccolo e a tripulação do Kamikaze XI, após a disputa de três regatas nos dois dias de provas, sob um céu azul, temperaturas elevadas e ventos sul com a média de 13 nós.
Com a participação 42 embarcações da classe Oceano e cerca de 160 velejadores e tripulantes, a competição – uma homenagem ao aniversário de Porto Alegre - reuniu barcos do Clube dos Jangadeiros, Veleiros do Sul, Iate Clube Guaíba e Sava Clube.
Além da vitória na classe RGS, o Clube dos Jangadeiros obteve primeiro lugar na Regata em Solitário com Marcelo Bernd, no barco Boa Vida IV, e venceu na classe Microtonner 19 com Ricardo Rabaldo, no comando do Wahoo. Outra importante conquista do clube foi no Velejaço, com o primeiro lugar geral para Felipe Carvalho, do Marina 4, na classe Força Livre. Já na Classe J24, a vitória foi do Clube Veleiros do Sul, com Cláudio Ruschel e o barco Iucca.
Kalil Sehbe e a tripulação do Diferencial
Equipe do Tempest
Xico Freitas (E) e Cristiano Tatsch (terceiro da esquerda para a direita) e a equipe do Mandinga
Os campeões do Kamikaze XI
Reinaldo Roesch recebeu prêmio em nome da tripulação do Desafio
Eduardo Feistaner (D) da tripulação do Águia Real
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XVII COPA CIDADE
Os balões dos barcos de oceano mostram a beleza do esporte de vela, que, juntamente com os barcos das classes J24 e Microtonner, se destacaram na tradicional regata da Copa Cidade, uma homenagem à capital gaúcha na semana de seu aniversário. Kamikaze XI (RGS), Iucca (J24), Wahoo (Microtoner), Marcelo Bernd (Solitário) e Felipe Carvalho (Velejaço) venceram em suas classes.
Confira a lista de campeões das regatas da XVII Copa Cidade de Porto Alegre RGS 1° Kamikaze XI - Hilton Piccolo - Classe A - Clube dos Jangadeiros 2° Mandinga - Gustavo Lis - Classe B - Veleiros do Sul 3° Magia - Rodrigo Porto Castro - Classe B - Clube dos Jangadeiros 4° Litte Wing - Jorge Romero - Classe A - Iate Clube Guaíba 5° Hawac - Marcelo Kern - Classe Estreante - Clube dos Jangadeiros 6° Cibs - Rodrigo Baldino - Classe B - Clube dos Jangadeiros 7° Five Stars - Luis Fernando da Silveira - Classe Estreante - Iate Clube Guaíba 8° Virtu - João Pedro Beccon - Classe A - Clube dos Jangadeiros
Classe J24 1° Iucca - Cláudio Ruschel - Veleiros do Sul 2° Diferencial - Nelson Ilha - Veleiros do Sul 3° Bravíssimo - Renato Plass - Veleiros do Sul 4° Tango - Alex Luiz - Veleiros do Sul 5° Cosa Nostra - Airton Schneider - Clube dos Jangadeiros 6° Australis II - Walther Bromberg - Veleiros do Sul Classe Microtonner 19 1° Wahoo - Ricardo Rabaldo - Clube dos Jangadeiros 2° 14 Bis - Humberto Blattner - Sava Clube 3° Thermopylae - José Antonio Campello - Clube dos Jangadeiros
Regata em Solitário Força Livre: Boa Vida IV - Marcelo Bernd (CDJ) Cruzeiro 40: Aquavit - Léo Penter (VDS) Cruzeiro 35: Manatee - Roberto Bins Ely (CDJ) Cruzeiro 23: Desafio - Reinaldo Roesch (ICG) Cruzeiro 20: Bolt II - Carlos Possanai (SAVA) Velejaço Força Livre: Marina 4 - Felipe Carvalho (CDJ) Cruzeiro 40: Friday Night - Frederico Roth (VDS) Cruzeiro 35: Tempest - Gilberto de Carvalho (CDJ) Cruzeiro 30: Aquario - Henrique Ilha (VDS) Cruzeiro 26: Ursa Maior - Eduardo Dipp Barros (CDJ) Cruzeiro 23: Ventum II - Pedro Fischer Machado (ICG) Cruzeiro 20: Águia Real - Rodrigo Aquino (CDJ)
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CRUZEIRO
Um sonho de velejada emoção que se renova”, destaca. Na entrevista a seguir, Guimarães fala sobre essas duas viagens realizadas na companhia de amigos.
de acordo com o conhecimento e habilidade de cada um, antes da viagem. Nestas reuniões foram projetados cartas, roteiros, cidades e ilhas possíveis.
A Jangada – Como surgiu a ideia de velejar no exterior?
A Jangada – E como foi a convivência a bordo?
Velejando pelo Guaíba, veleiros lado a lado - Virtú, Lady Mina e Labareda, respectivamente do Nilton Beccom, do Moacir Saffer e meu, conversando, e iniciamos uma conversa sobre velejar no exterior, isso em dezembro de 2008. “Coisa de louco” foi o primeiro pensamento. A Grécia foi um destino muito fácil, pois reúne todas estas equações. Velejamos 15 dias, saindo e retornando ao porto de Lávrio (a uma hora de Atenas). No caso da Croácia foi - digamos - muito mais fácil de organizar, pois já tínhamos experiência da velejada à Grécia.
Particularmente, acho que a convivência desenvolvida a bordo, nos 15 dias da Grécia e nos 15 dias da Croácia, foi os pontos altos, pois, como sabemos – nós, os velejadores - é preciso muita paciência, amizade e respeito, para se conseguir ter uma viagem tranquila. Penso que este foi realmente o ponto mais prazeroso, a amizade e respeito de todos.
A Jangada – Quantas pessoas participaram dessa jornada? Guimarães: emoção em Lávrio, na Grécia
José Roberto Guimarães é sócio do Clube dos Jangadeiros há 32 anos. Sócio e velejador. É daqueles que realmente curte uma boa velejada. Apaixonado por vela, sabe? E foi velejando pelas águas do Guaíba que Guimarães e mais dois amigos – Nilton Beccom e Moacir Saffer – tiveram uma ideia que de início parecia “coisa de louco”: velejar no exterior. E esse sonho teve início em 2008 com uma viagem para a Grécia. Foram 15 dias de velas ao vento e muita diversão em águas europeias. E foi tão bom que, no ano seguinte, a história se repetiu, só que dessa vez o destino foi a Croácia. E para este ano, os amigos já estão estudando um novo destino. “Isso é sempre uma
Na Grécia fomos em oito pessoas, sendo que duas jamais haviam entrado em um veleiro, onde alugamos um Jeanneau Sun Odyssey 52,5, e na Croácia alugamos dois Beneteau de 50,5 pés, ambos com quatro suítes completas, com todos os equipamentos e as comodidades. Um ponto interessante é que o primeiro veleiro, o da Grécia, já era “velho” e foi a sua última velejada, pois tinha cinco anos. Os da Croácia, mais novos, tinham 2 anos. Em ambas velejadas, a tripulação era composta de oito pessoas, sendo a que foi a na Grécia comandada pelo Nilton Beccon e, na Croácia o veleiro de 15 dias comandado pelo José Accetta/Gabriela e o de sete dias pelo Sérgio Jentchmin.
A Jangada – Qual era o cronograma inicial? O cronograma inicial foi definido após muitas reuniões. Nestes encontros todos participavam, onde foram debatidas as diversas opções de países. As funções e cronogramas foram definidos
A Jangada – Que equipamentos são essenciais para realizar esse tipo de cruzeiro? Os veleiros alugados vêm completos, com todos os itens de segurança, bote e motor para se chegar nas praias, se necessário for. Nada falta nos veleiros, começando pelos equipamentos, cozinha completa. Só não tem balão, pelo menos nesta empresa que alugamos nestes dois anos, por ser muito caro, e correr o risco de sofrer danos se mal usado.
A Jangada – Qual foi o momento mais emocionante? O mais emocionante mesmo foi quando embarcamos no veleiro, em Lávrio, na Grécia. Quando saímos e sentimos - todos - uma emoção muito forte, de ter conseguido realizar um sonho, que começou em uma conversa em dezembro de 2008, e em maio de 2009 já estávamos sentindo os ventos das águas límpidas e azuis da Grécia. Na Croácia foi a repetição do sonho, mas desta vez com mais companheiros, mais divertido, digamos, mais organizado. E ver que tudo é possível, basta acreditar em si mesmo, e ir atrás de um sonho. 7
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OBRAS E PATRIMÔNIO
Um Jangadeiros cada vez melhor
César Augusto Rostirola e Renê Garrafielo e o novo trator para as atividades do porto
Preservar e valorizar o patrimônio. Este é o norte da Comodoria do Clube dos Jangadeiros, e é isso que vem sendo feitos nos últimos meses. “O nosso objetivo é manter o clube sempre limpo e bonito para que o sócio tenha vontade de frequentar a nossa sede”, explica o Co-
modoro do Clube dos Jangadeiros, Renê Garrafielo. E parece ele que vem conseguindo cumprir esta meta com grande eficiência. Do ano passado pra cá, muitas foram as reformas e as aquisições, e o que se vê atualmente é uma sede bem conservada e muito organizada.
Churrasqueiras estão sendo reformadas para oferecer maior conforto aos sócios
Este ano, por exemplo, começou a todo vapor. Logo no início, foram reformadas as rampas dos monotipos e os banheiros da Ilha. Pequenas ações que foram impulsionadas também pelo 62º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe, sediado pelo Clube dos Jangadeiros, de 21 a 29 de janeiro. “Essas competições sempre motivam todo o clube, dos velejadores aos funcionários. No caso do Campeonato Brasileiro de Snipe não foi diferente”, conta Renê. O comodoro ressalta que este tipo de ação tem não apenas o objetivo de preservar o patrimônio do clube, mas também evitar futuros gastos desnecessários. “As reformas são necessárias e precisam ser constantes. Sem isso, pode acontecer o que já aconteceu aqui há algum tempo, que foi a deterioração do patrimônio do clube. Aí precisamos de investimentos fortes para que tudo seja recuperado”, frisa. E nessa mesma linha, quem também mereceu uma atenção especial foram os barcos Mestre Dorival e Leopoldo Gayer. Enquanto o primeiro foi alvo de
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OBRAS E PATRIMÔNIO
uma reforma geral, o segundo ganhou novos equipamentos e uma revitalizada na cabine. Assim, os dois ficaram aptos para serem utilizados nas comissões de regatas dos campeonatos de vela e nos cursos da Escola de Vela Barra Limpa. Outra aquisição importante foi a draga, que está prontinha para ser usada, e apenas aguarda o licenciamento ambiental para dragar o canal entre a Ilha e o continente. Como de tempos em tempos clubes náuticos precisam dragar certas áreas, este equipamento será de extrema importância no futuro do clube.
A última novidade quando falamos no patrimônio do Clube dos Jangadeiros foi a aquisição de um trator John Deere, modelo 5085-E, com tração nas quatro rodas e um motor de quatro cilindros com 85HPs. E que bela conquista! Comprado com a ajuda de um financiamento do BNDES, o trator será fundamental para os trabalhos do clube, principalmente no manuseio das lanchas e de outras embarcações. “O trator novo traz mais segurança para o patrimônio dos associados. O principal ganho, com certeza, é a confiança no equipamento usado”, explica Renê. Além disso, como todo equipa-
mento novo, o veículo não precisará de manutenções frequentes, como acontece hoje com os dois tratores antigos, evitando gastos que se tornaram corriqueiros. E aguarde: ainda vem muito mais por aí. Em breve, serão iniciadas a remodelagem das churrasqueiras da ala norte da Ilha, próximas ao trapiche 1, e uma ampla reforma no prédio onde estão localizados o refeitório e o vestiário dos funcionários e a churrasqueira do continente. “A nossa prioridade é recuperar o patrimônio do Jangadeiros”, conclui o comodoro do Clube, Renê Garrafielo.
Campeonato Brasileiro de Snipe inaugurou a nova rampa junto ao Pavilhão de Monotipos
A nova rampa faz parte do ambiente da Escola de Vela Barra Limpa, onde acontecem as aulas de Optmist
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Átila Pellin e Lucas Mazim, com as flotilhas de Optimist e Laser 4.7, são responsáveis pela preparação técnica dos velejadores que representam o clube no Brasil e no exterior.
Átila Pellin e Lucas Mazim são os treinadores da Flotilha de Laser e Optmist
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RESULTADOS
Xandi e Bolinha garantem o título brasileiro de snipe Dois meses e uma pilha de títulos. Da garotada do Optimist aos experientes atletas olímpicos, os velejadores que representaram o Clube dos Jangadeiros nos diversos campeonatos realizados nos meses de janeiro e fevereiro nos encheram de orgulho. Teve vitória em casa, em Santa Catarina, no Rio de Janeiro e, aqui em Porto Alegre, muita torcida. Em dois meses, foram cinco títulos brasileiros, um vice-campeonato, um terceiro lugar no Sul Brasileiro de Hobie Cat e ainda a garantia de mais um ano na Equipe Brasileira de Vela Olímpica para as nossas três duplas olímpicas.
Ivan Netto O ápice de tantas competições importantes foi o Clube dos Jangadeiros sediar o 62º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe, com belas disputas na raia da Tristeza. Com a Ilha lotada de barcos e velejadores de diversas partes do Brasil e ainda do Uruguai e da Argentina, o clima não poderia ser melhor. Entre as 50 duplas inscritas na competição, estavam campeões mundiais, Pan-Americanos e Brasileiros. Feras como os cariocas Bruno Bethlem e Dante Bianchi, representantes do Iate Clube do Rio de Janeiro e campeões nacionais cinco vezes consecutivas nos últimos cinco anos. Mas após nove dias de competição e nove regatas, quem levou a melhor foi a dupla Alexandre Paradeda e Gabriel Kieling, o Bolinha. “Recuperar o título brasileiro de Snipe é bom, mas o legal mesmo é que
foi aqui”, ressalta Alexandre Paradeda, o Xandi, campeão Brasileiro de Snipe pela oitava vez. “Há muito tempo não tínhamos um campeonato tão bonito. Pudemos prestigiar nossos campeões em casa, realizar uma bela entrega de prêmios e ainda honrar todos aqueles que fizeram do Jangadeiros o clube com maior número de títulos da classe Snipe”, comemora o vice-comodoro Esportivo do Clube dos Jangadeiros, Francisco Freitas.
E foi bonito mesmo. O desempenho irreparável de Xandi e Bolinha nos trouxe de volta o título de uma classe que está profundamente enraizada na história do Jangadeiros.
Disputado desde 1955, o Campeonato Brasileiro de Snipe já foi conquistado 26 vezes pelos nossos velejadores. “A vitória do Xandi e do Bolinha foi muito importante porque marcou a supremacia que o Jangadeiros tem no Snipe brasileiro, que é a classe mais identificada com o clube ao longo da sua história”, destaca Carlos Henrique Lorenzi, o Dedá, que é presidente da Federação de Vela do Rio Grande do Sul, sócio do Clube dos Jangadeiros e velejador campeão Brasileiro de Snipe em 1966 e 1967. E é realmente difícil falar da história do Clube dos Jangadeiros sem lembrar do Snipe. Afinal, além de tantos títulos nacionais, já fomos quatro vezes campeões mundiais, duas vezes campeões Pan-Americanos, sete vezes campeões Sul-Americanos e sede de diversos tipos de campeonatos da classe, inclusive mundiais. “Foi a classe que fez crescer o clube”, conclui Dedá.
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RESULTADOS
Vela: vitórias pelo Brasil afora em todas as classes
Depois de vários anos sem conseguir colocar um velejador entre os cinco primeiros do Brasil nesta classe, o Clube dos Jangadeiros veio com tudo em 2011. O atual campeão estadual Tiago Brito mostrou muita competência e regularidade e ficou com o segundo lugar do 39º Campeonato Brasileiro de Optimist, que foi disputado no Rio de Janeiro. E não foi só isso. A equipe do Rio Grande do Sul também fez uma bela exibição. Formada pelos velejadores Tiago Brito (CDJ), Thiago Ribas (VDS), Lucas Aydos (CDJ), Pedro Zonta (CDJ) e Luis Augusto Mergel (CDJ), a equipe gaúcha terminou na segunda colocação. Atuação que mereceu elogios do vice-comodoro Esportivo do Jangadeiros. “O Tiago velejou muito bem e teve a melhor média do campeonato. Mas, além do resultado individual do Tiaguinho, quero ressaltar o grande resultado de toda a equipe. Obtivemos ótimos resultados e, por muito pouco, outros velejadores não conseguiram a
classificação para o Sul-Americano”, disse Francisco Freitas, emendando em seguida: “E isso se deve ao grande trabalho que os nossos treinadores Átila Pellin e Lucas Mazim estão fazendo”.
LASER 4.7 Quem conhece a classe já dizia que, muito em breve, a recém-formada flotilha de Laser do Clube dos Jangadeiros colheria bons frutos. O que muitos talvez não imaginassem é que a primeira grande conquista viria em menos de um ano. Pois foi o que aconteceu no 15º Campeonato Brasileiro da Classe Laser 4.7. O jovem Antonio Cavalcanti Rosa, o Totó, velejou como gente grande, garantindo o seu primeiro título nacional. “O Totó é um garoto com um futuro brilhante. Ele tem o biotipo perfeito para a classe Laser, e não podemos esquecer que ele tem apenas 14 anos de idade. Logo, logo vamos vê-lo complicando a vida do pessoal do Laser Radial e, quem sabe,
até lutando por vaga olímpica”, destaca o vice-comodoro Esportivo do Clube dos Jangadeiros, Francisco Freitas.
HOBIE CAT 16 Os campeões estaduais Mario Dubeux e Karoline Bauermann confirmaram o bom momento nas primeiras competições da classe este ano. Primeiro, foi um quarto lugar no 37º Campeonato Sul Brasileiro de Hobie Cat. Em seguida, veio a Seletiva Pan-Americana, competição que fez parte da Semana Brasileira de Vela. E os bons resultados continuaram. Disputando regata a regata com os principais competidores do país, Mario e Karol terminaram na terceira colocação. “Ganhar um evento desse nível é apenas um detalhe. A participação e o aprendizado adquiridos superam muito a satisfação de levantar a taça de campeão. Mas vamos continuar tentando trazer os canecos para a prateleira do nosso Clube, sempre”, frisou Dubeux.
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MEMÓRIA
O início da Ilha do Clube dos Jangadeiros
Foto aérea do início da construção da Ilha do Jangadeiros
A ideia da implantação da Ilha dos Jangadeiros surgiu ainda na década de 40, quando Leopoldo Geyer publicou artigo na revista Yachting Brasileiro com uma perspectiva da futura ilha que seria necessária para abrigar barcos de maior porte, sujeitos à fúria do Minuano, o forte e frio vento que varre o Guaíba, especialmente nos meses de inverno e começo da primavera. Até o início dos anos 1960, a Ilha era apenas uma ideia até que Geraldo Tollens Linck, comodoro na época, começou a trabalhar forte pelo projeto. O que seguiu foi um verdadeiro milagre. Graças à liderança de Tollens Linck, uma ilha começou a surgir no Guaíba, dobrando os incrédulos e lançando as bases de um novo Jangadeiros. Depois de 15 anos de trabalho constante, em que o apoio dos poderes públicos e dos associados foi primordial,
a Ilha dos Jangadeiros transformou-se em realidade e em patrimônio de Porto Alegre.
Hoje denominada oficialmente Ilha dos Jangadeiros - Geraldo Tollens Linck, uma justa homenagem ao seu grande artífice, o complexo sócioesportivo é o centro das atividades do clube com instalações capazes de garantir o seu perfeito funcionamento, tudo em ambiente de cartão-postal, tal a beleza do lugar criado.
A ilha tem cerca de sete hectares de área e uma fauna e flora dignas de nota. É um verdadeiro santuário ecológico debruçado sobre o pôr do sol do Guaíba.
Escola de Vela Construída a Ilha dos Jangadeiros, com a liderança de Geraldo Tollens Linck passou o Clube a viver nova e promissora fase. Na ilha, foram implantadas a pioneira Escola de Vela Barra Limpa, a sede esportiva, junto às piscinas, o parque de vela de competição, oficina de reparos e manutenção junto ao guindaste, com capacidade de 20 toneladas, pavilhões e pátios de lanchas, três rampas de acesso ao rio e quatro trapiches com mais de 200 embarcações de oceano e cruzeiro, além de canal dragado de acesso ao canal natural do rio. 13
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ESCOLA DE VELA
Os primeiros ventos: Escola de Vela Barra Limpa forma velejadores há 35 anos
Aulas práticas fazem parte do curso de iniciação à vela
O sorriso no rosto evidencia: nasceu mais um pequeno velejador. Assim é a cada começo de curso de Optimist na Escola de Vela Barra Limpa. Os pequenos chegam, veem o barco, olham para o Guaíba e não demoram muito a se apaixonar pelo esporte. Claro que, antes disso, tem aquele curto período em que bate um certo medo do desconhecido. Afinal, quem poderia imaginar que é tão simples controlar o barco? E não poderia ser diferente. Quem já passou pela experiência de velejar pela primeira vez sabe muito bem como é. “No começo, pode até dar um pouco de medo, mas logo a criança vê que não tem como não controlar o barco e daí é só diversão”, conta um dos mais brilhantes velejadores formados no Clube dos Jangadeiros, Fábio Pillar. A coordenadora da Escola de Vela Barra Limpa, Caroline Boening, segue na mesma linha do Fábio. “Geralmente, as crianças chegam muito ansiosas e curiosas para ver o barquinho e, principalmente, entrar logo na água. Elas chegam achando que velejar é muito difícil, mas no decorrer do curso descobrem que, na brincadeira e na diversão, aprendem a velejar facilmente”, destaca.
No início, a criança começa no barco em dupla (apesar de o barco ser para apenas uma pessoa), até adquirir confiança e conseguir velejar sozinha. Logo depois, inicia-se outro nível, o de Regatas, onde o jovem começa a ser estimulado e trabalhado visando às competições. Depois de quatro níveis de curso, o aluno vai para a Flotilha - grupo de velejadores de diferentes classes. O grupo de Flotilha da classe Optimist representa o clube em regatas estaduais, nacionais e internacionais. “O primeiro contato com o barco ocorre em terra, para conhecer as partes do casco e da vela e aprender a montar o barco. Em um segundo momento da aula, os pequenos dão uma breve velejada, sempre com um professor junto”, explica Caroline. E é nessa época que a criançada faz muitas amizades. Ou seja, cada vez fica mais prazeroso velejar. “Quando eu passei por essa fase, fiz amigos que continuam próximos até hoje”, conta Fábio, que este ano completa 25 anos de idade. Para o professor Ângelo Menegassi Neto, esta é uma questão muito simples: “O grupo cria uma identificação muito
grande, principalmente pelos desafios encontrados no esporte”. Ângelo, que é um apaixonado confesso pela Vela, lembra que na Escola de Vela Barra Limpa o principal objetivo é fazer com que a gurizada, primeiro, sinta prazer em velejar, para depois aprimorar a parte técnica. “Pra mim, sempre foi muito prazeroso poder velejar. Então, como professor, fico muito contente em ver um aluno tomando gosto pela coisa”, diz Ângelo, que há quase 15 anos ensina pessoas a velejar no Clube dos Jangadeiros. E para a criança começar a velejar é muito fácil, não precisa possuir barco, ter experiência e nem ser sócio do clube. Basta inscrever-se na Escola de Vela de Barra Limpa, na própria sede da Escola, por telefone (3268-0080) ou até mesmo por e-mail (escoladevela@jangadeiros. com.br). A Escola de Vela Barra Limpa disponibilizará os barcos para as aulas e o palco do aprendizado será o nosso velho e bom Guaíba. Então não perca tempo e matricule agora mesmo o seu pequeno no curso de Optimist e venha fazer parte dos apaixonados pela Vela.
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EQUIPE OLÍMPICA
Rumo às seletivas de Londres Um desempenho arrasador. Assim podem ser caracterizados os resultados obtidos pelas duplas André Fonseca e Marco Grael, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan e Fábio Pillar e Gustavo Thiesen na Semana Brasileira de Vela e nos Campeonatos Brasileiros das classes 49er e 470. Os atletas do Clube dos Jangadeiros venceram todas as competições que disputaram, garantindo a permanência por mais um ano na Equipe Brasileira de Vela Olímpica. Com isso, as três duplas representarão o País nas principais competições da temporada 2011, incluindo o evento-teste na raia olímpica de Weymouth e o Mundial de Perth, na Austrália. “Agora é seguir a preparação, treinar bastante em Porto Alegre e depois correr o máximo de regatas lá fora. Só assim conseguiremos nos preparar de verdade para a Olimpíada”, frisa Pillar. André Fonseca, o Bochecha, segue na mesma linha: “Subimos mais um degrau nestes dois meses. Agora vamos treinar bastante para as competições internacionais”. No caso de Bochecha e Grael, a jornada teve início logo no começo do
ano, na disputa do Campeonato Brasileiro de 49er, no Clube dos Jangadeiros. Os atuais campeões não deram chances para ninguém. Venceram a competição e foram para a Semana Brasileira de Vela com uma boa vantagem em relação aos principais adversários, os cariocas Rodrigo Monteiro e Mário Tinoco (que acabou não disputando a competição, sendo substituído por Gabriel Borges). E lá a coisa não foi diferente. Foram 10 vitórias em 16 regatas disputadas, garantindo a Bochecha e Grael mais um ano na Equipe Brasileira de Vela Olímpica. “O resultado obtido em Florianópolis foi a garantia de que podemos continuar trabalhando e de que estamos no caminho certo”, frisa Bochecha. Na classe 470, a história foi relativamente semelhante. Tudo começou no Campeonato Brasileiro que ocorreu no Rio de Janeiro, onde Fábio Pillar e Gustavo Thiesen travaram uma bela disputa com outra dupla do Clube dos Jangadeiros, Alexandre Paradeda e Bernardo Arndt. Ao mesmo tempo, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan disputa-
vam com Martine Grael e Isabel Swan. No final, vitória de Pillar e Thiesen, com Fernanda e Ana chegando em segundo e vencendo no Feminino. Paradeda e Arndt chegaram na terceira colocação, o que deu uma boa vantagem para Fernanda e Ana em relação às principais adversárias. E isso acabou pesando na Semana Brasileira de Vela, competição disputada na praia de Jurerê, em Florianópolis. Em águas catarinenses, depois de um começo complicado, as duplas campeãs brasileiras conseguiram impor os seus ritmos e, mais uma vez, fizeram uma dobradinha do Clube dos Jangadeiros, com Pillar e Thiesen terminando na primeira colocação e Fernanda e Ana, na segunda. Com os objetivos alcançados, as três duplas voltaram aos treinos na sede do clube. No final de março, os seis atletas embarcaram para a Europa, onde irão disputar as principais competições internacionais de Vela, começando pelo Trofeo Princesa Sofia, em Palma de Mallorca, na Espanha.
Fernanda e Ana (470)
Fábio Pillar e Gustavo Thiesen
André “Bochecha” e Marco Grael (49er)
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