A Jangada www.jangadeiros.com.br
Abril de 2013
Copa Cidade de Porto Alegre Revista A Jangada_n13.indd 1
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EDITORIAL
A Jangada A Revista A Jangada é uma publicação do Clube dos Jangadeiros, de Porto Alegre, com circulação dirigida aos seus sócios, clubes náuticos, entidades esportivas e imprensa.
DIRETORIA DO CLUBE DOS JANGADEIROS – 2012/2014 Renê dos Santos Garrafielo Comodoro Cesar Augusto Jaquet Rostirola Vice-Comodoro Administrativo Francisco de Paula B. de Freitas Vice-Comodoro Esportivo Jorge Decken Debiagi Vice-Comodoro de Obras e Patrimônio Cristiano Roberto Tatsch Vice-Comodoro de Desenvolvimento e Marketing André Jobim de Azevedo Diretor Jurídico Luiz Francisco Gerbase Diretor de Planejamento Paulo Tupinambá Barcellos Fernandes Diretor de Associativismo Marcelo Kern Diretor da Escola de Vela Pedro Luiz Gomes Boletto Diretor de Cruzeiro
CONSELHO DELIBERATIVO Manuel Ruttkay Pereira Presidente Paulo Renato Paradeda Vice-Presidente Claudio Roberto Broxete da Silva Secretário
CONSELHO FISCAL Efetivos Tuffy Calil Jose Michael Weinschenck Paulo B. Arruda dos Santos
Suplentes Caio Mario F Netto da Costa Cleber Duarte de Albuquerque Gilberto de Carvalho
Revista A Jangada
Produção e Edição Jornalista Responsável: Guto Moisés – Fenaj 6543/RS Assistente de Redação: Ivan Netto Fotos: Arquivo Jangadeiros, Guto Moisés e Ivan Netto Projeto Gráfico e Diagramação: Imagine Design Revisão: Press Revisão Tiragem: 1.500 exemplares Distribuição Dirigida Comercialização: Alexandre Dallapicola Tel.: 3233.7334 – alx@dft.com.br
Os desafios de gestão e nossas conquistas Administrar um clube é um desafio constante. Manter um equilíbrio financeiro e atender às demandas dos sócios são um trabalho árduo, como um contravento em que a escora é fundamental para o barco seguir firme, não dá para relaxar. Ao mesmo tempo em que nos empenhamos em nossa gestão, temos muito a comemorar pela presença vitoriosa do Jangadeiros em suas competições. As conquistas da Fernanda e da Ana mostram que a decisão delas de manter a dupla e o Paulinho como treinador foi um acerto, e os resultados já estão surgindo. O Bochecha e o Fábio estão renovando seus parceiros, e tenho a certeza que em breve terão grandes vitórias também. Além destes atletas consagrados, e que fazem parte da equipe olímpica brasileira, assistimos ao surgimento da dupla Tiago e Andrei na classe 420 e que participará do Mundial da Juventude em julho. Olhando para estes atletas, reforço minha convicção de que apostar nas categorias de base da vela, formando velejadores, principalmente da classe Optimist, segue como receita de sucesso; não somente por suas conquistas na água, mas também pela vida e alegria que transborda no dia a dia do clube. O Jantar Campeão foi uma mostra de como o espírito de clube, na sua essência, ainda existe, e é fundamental, unindo várias pessoas por um objetivo em comum. Tenho certeza que este Campeonato Sul-brasileiro será mais um grande evento realizado no Clube dos Jangadeiros. Não vivemos somente na vela de competição, e o passeio “Costelão do Araçá”, realizado pelo grupo de cruzeiristas do clube, reunindo cerca de 50 embarcações, mostra que a vela de cruzeiro e os motonautas estão muito dispostos e unidos, com uma alegria contagiante. E, conforme nossa consulta feita junto aos sócios, há um grande número de sócios que não possui barco, mas que admira. Nossa ilha foi construída com o entusiasmo, a dedicação e a doação dos associados. Não foi nada fácil, e somente agora, com as areias depositadas pelo projeto PISA, é que conseguiremos concluir a ilha sonhada pelos idealizadores deste projeto. E quando olhamos para nosso presente, devemos agradecer este passado brilhante que foi construído. Estamos comprometidos em manter a saúde financeira e a preservação do patrimônio que é de todos nós, sócios. Aumentar e reajustar os valores das contribuições não é fácil, mas é necessário, e nesta edição, há uma boa entrevista do nosso Vice-Comodoro Administrativo falando sobre este assunto. Em breve, iniciaremos algumas intervenções e melhorias em nossa sede da ilha. Nosso objetivo é aperfeiçoar as receitas extraordinárias com as locações, sem sacrificar o associado. Desejamos prestigiar o associado com um ambiente confortável e de bom convívio, com banheiro de acessibilidade e uma cozinha que proporcione boas condições para que o restaurante contemple nossas necessidades. Sucesso a todos! Renê Garrafielo Comodoro
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INFORME JANGADEIROS
Novos cursos na Escola de Vela
Tem novidade na Escola de Vela Barra Limpa! Depois do Stand Up Paddle e das Canoas Havaianas, as opções de cursos oferecidos ganhou mais duas modalidades: Kitesurf e Windsurf. As aulas foram disponibilizadas através de uma parceria do Clube dos Jangadeiros com a Marítima, empresa que atua no setor náutico de forma independente, desde 2008, e as inscrições já estão abertas. Os cursos são de 10h e não há pré-requisitos. Os equipamentos serão disponibilizados pela Escola de Vela Barra Limpa e não é necessário ser sócio do Clube dos Jangadeiros para participar. Os professores responsáveis são Felipe Vier Loss (Windsurf ) e Rodrigo Rosa Silveira (Kitesurf ). Para mais informações, ligue para (51) 3268-0080 ou envie e-mail para escoladevela@jangadeiros.com.br.
Proibido acesso de animais na Ilha e no Continente De acordo com o artigo 6º do Regimento Interno do Clube dos Jangadeiros, não é permitido aos associados se fazerem acompanhar, nas dependências do clube, de cães ou outros animais, nem facilitar a entrada dos mesmos em automóveis, barcos ou outros meios. Os ambientes do clube, seja no Continente ou na Ilha, devem ser utilizados conforme normas estatutárias e através de seu Regimento Interno.
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VICECOMODORIA ADMINISTRATIVA
No rumo de novas receitas e investimentos Nesta entrevista o Vice-Comodoro Administrativo, Cesar Augusto Rostirola, fala dos planos de viabilidade de novas receitas e das necessidades de investimentos.
As receitas ordinárias, através das mensalidades dos sócios, são suficientes para a manutenção do clube? Não, as mensalidades dos sócios não são suficientes para a manutenção do clube. A bem da verdade, a administração do clube vem cobrindo as despesas excedentes e realizando investimentos com as receitas extraordinárias. O Conselho Deliberativo aprovou 11% de reajuste anual nas mensalidades. Este reajuste é para dar conta das despesas operacionais? Sim, o conselho entendeu e aprovou 11% nas mensalidades para que possamos manter o equilíbrio financeiro, uma vez que temos, entre inúmeros reajustes anuais, o dissídio dos funcionários, que deve repercutir em até 9% na folha de pagamentos. Este reajuste é consumido pelo fluxo de caixa mensal, sem representar novos recursos para investimentos. Os investimentos advêm das receitas extraordinárias. Quais são suas origens? Temos receitas extras através das locações de espaços no clube que se dividem em três segmentos: na locação das lojas, restaurantes do Continente e da Ilha e da academia; nas locações de espaços para eventos sociais e empresariais, além dos ambientes para fotografia e filmes publicitários e, em terceiro, por meio de patrocínios dos eventos esportivos e da Lei de Incentivo ao Esporte. E quanto representam, atualmente, as receitas extraordinárias das locações? Tivemos uma queda de 12% para 5% no último período por conta de três situações distintas: pela solicitação dos Conselheiros em limitar a agenda de locações e, assim, proporcionar maior convívio social dos associados e familiares nos ambientes de lazer e entretenimento; pela redução do número de pessoas admitidas em cada evento e pela legislação em relação ao uso de equipamentos de som, que não pode ser mais usado na área aberta do deck.
Cesar Augusto Rostirola, Vice-Comodoro Administrativo
Quais são os espaços que são mais procurados para locação? A procura pelos espaços no clube é, em especial, pelas festas de casamentos, com reservas com um ano de antecedência. O mesmo acontece em relação aos aniversários de 15 anos e de formaturas. Também existem demandas por eventos empresariais, com a locação do espaço Goumert, além dos ambientes dos restaurantes do Continente e da Ilha. E quais são os caminhos de aumentar as receitas extraordinárias além das já citadas?
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Aumento das vagas na marina está entre os projetos para obtenção de receitas extraordinárias
O caminho que nós entendemos é buscar o aumento das receitas através dos investimentos, como é o caso da readequação da nossa marina, com o projeto de aumentar os trapiches e garantir mais novas vagas. Com isso, também, teremos a oportunidade de acolher novos sócios patrimoniais Ilha. Outro importante investimento é com a adequação da Sede da Ilha, com sua expansão para atender aos eventos e não atrapalhar o dia a dia dos sócios. Esta reforma irá possibilitar aumento das receitas na locação dos espaços para eventos sociais, com maior capacidade e conforto.
Como tem sido a administração financeira no dia a dia do clube? Não se podem fazer todas as coisas ao mesmo tempo, temos que priorizar as despesas futuras dentro da capacidade de pagamento. Temos um orçamento a seguir e isso nos leva a um exercício diário no controle dos custos e das despesas operacionais. Um cuidado que leva em conta fazer o máximo com os recursos existentes.
Qual seria o índice suficiente para o clube realizar investimentos, sem chamada extra, utilizando recursos extraordinários? Se as receitas extraordinárias alcançarem o patamar de 15% da receita total , teremos recursos para novos investimentos, sem a necessidade de cobrança de taxas extras. Na consulta realizada junto aos sócios, 75,3% responderam que o clube deve seguir um modelo de Gestão profissional do tipo PGQP (Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade). Esta é a orientação da Comodoria para todas as áreas do clube, desde a esportiva à administrativa. É neste sentido que estamos atuando, com as metas definidas a partir do orçamento, sempre com a visão de gestão orientada nos processos e seus resultados. A Jangada • 5
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SOCIAL
Uma relação de amizade e do lazer em família Os ambientes do Clube dos Jangadeiros são o ponto de encontro para momentos de entretenimento, lazer e esporte.
Cada vez mais os sócios utilizam os espaços do clube como a extensão de suas casas, proporcionando à família e amigos um local para receber e confraternizar. Seja na sede Ilha ou Continente, seja no Espaço Gourmet ou Jangadeiro, os encontros sociais ou de lazer acontecem em diferentes locais, conforme o interesse dos associados. Para este ano já estão sendo programados os eventos sociais do Dia das Mães, Dia dos Namorados, Queijos&Vinhos, Dia das Crianças e Jantar comemorativo aos 72 anos do Clube. Além desta tradicional agenda, as Confrarias dos Cracas e dos Piranhas se reúnem todos os meses, com um cardápio gastronômico variado e muita conversa à mesa. Também é possível encontrar nossas associadas saboreando o “chá das cinco” na varanda do restaurante do Continente, com uma vista privilegiada do Guaíba. São momentos assim que fazem do Clube dos Jangadeiros um lugar que é sinônimo de amizade, de um ambiente familiar em que pais e filhos convivem nos espaços de lazer e, também, na prática do esporte de vela ou de tênis e academia. Esta relação apaixonada pelo clube é a maior demonstração que os ambientes projetados para o bem social de todos se revelam na alegria de um novo encontro e, em novas ocasiões festivas e de confraternização. Os Cruzeiristas costumam se reunir no Banco dos Cracas
Atividades entre pais e filhos fazem parte da programação social do Clube
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O Jangadeiro, Gourmet e os restaurantes fazem parte dos espaços de convivência e conraternização dos associados
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CRUZEIRO
“Costelão do Araçá” abre temporada de Cruzeiro Fotos: Paulo Vier/Grupo Cruzeiro
Foi um sucesso o início dos velejaços do Grupo de Cruzeiros, que fez a estreia com um churrasco especial para recepcionar os comandantes e seus tripulantes.
Paulo Angonese, Claudio Penã e Elton Presta
Um dia de bons ventos, céu azul e temperatura agradável serviu de cenário para a abertura da temporada de Cruzeiro, com destino à praia do Araçá. O evento inaugural foi em grande estilo, com mais de 40 barcos e suas tripulações recepcionadas para o “Costelão do Araçá”, organizado pelo Diretor de Cruzeiro, Pedro Boletto, e por sua equipe de Cruzeiristas. Com um calendário até o final do ano, a ideia dos Cruzeiristas é colocar o barco na água, soltar as amarras e aproveitar um belo dia de sol no Guaíba. Pensando nisso, a Comodoria criou um calendário de eventos para que todos possam se programar com antecedência e interagir mais frequentemente com outros sócios do clube. “Com o
Antônio Joaquim Machado
calendário, todos poderão se programar com a família e os amigos. Os que não puderem ir num, já se programam para o próximo. E, em função da meteorologia, os eventos não serão adiados, apenas passarão automaticamente para a próxima data agendada”, explica o diretor de Cruzeiro, Pedro Luiz Gomes Boletto. A programação foi montada levando em consideração os eventos organizados pelo clube e também o calendário da Federação de Vela do Rio Grande do Sul (Fevers). Com isso, apenas finais de semana livres foram escolhidos para os velejaços, churrascos, luaus e demais confraternizações. “Achei ótima a ideia do calendário para os Cruzei-
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ristas. Como ficou demonstrado na última pesquisa, somos responsáveis por parte significativa das receitas do clube. Neste sentido, os eventos voltados exclusivamente aos Cruzeiristas são uma forma justa de retribuição por parte do clube a esta categoria de sócios. Além disso, a criação de um calendário nos permite programar com bastante antecedência a participação nestes eventos, que devem contar cada vez com mais participantes”, elogia Roberto Trindade, comandante do veleiro Anarquia.
Roberto Gruner, Gilberto de Carvalho e Luiz Fernando Schramm Pereira marcaram presença no Costelão do Araçá
Luau no Araçá O próximo encontro será no dia 18 de maio, com a realização do Luau no Araçá, em uma noite de lua cheia, com jantar e pernoite. “Em 2012, o luau foi nota 10! O evento contou com a participação de um número bastante expressivo de Cruzeiristas, a grande maioria acompanhada de suas famílias, o que deu ao evento um toque maior de descontração. Além do público presente, destaco ainda a organização do evento, que contou com a ajuda de colaboradores do clube, que prepararam um magnífico churrasco e, claro, deram todo o suporte necessário às embarcações”, lembra Trindade. E, para que os eventos continuem sendo um sucesso, é fundamental que os participantes lembrem sempre de levar as bebidas que irão consumir e os seus próprios talheres. Cadeiras de praia e botes infláveis também são bem-vindos em qualquer evento. “Estamos iniciando as atividades de 2013. Montamos um calendário para que todos possam se programar e participar desta flotilha que está crescendo com o apoio de todos. Queremos que os Cruzeiristas sintam-se seguros e confiantes com a estrutura oferecida pelo clube”, conclama Boletto.
Comandante Roberto Planella, esposa e casal de amigos
Cesar Rostirola e Pedro Boletto
O calendário 2013: 06/04 – Costelão no Araçá. 18/05 – Luau no Araçá. 31/08 – Carreteiro na Praia do Tranquilo/AFCEEE. 14/09 – Velejaço à Praia do Tranquilo/AFCEEE. 19 e 20/10 – 23º Troféu Cayru de Vela de Oceano. 09/11 – Velejaço à Itapuã ou Faxina. 07 e 08/12 – Regatas do 72º Aniversário do Clube dos Jangadeiros. Associado Ivon Oliveira
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OCEANO
Hobart é campeão da Copa Cidade Novo barco do Comandante Airton Schneider vence a tradicional regata de Oceano na abertura da temporada 2013. Foi sua quarta vitória, sendo a primeira com Hobart.
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Comandante Airton Schneider e sua tripulação formada pelos velejadores Artur Schneider, Gabriel Kieling (Bolinha), Roberto Paradeda (Beto), Henrique Sgambaro De Lorenzi (Loco), Bruno Gauer e Taylã Freitas
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O comandante Airton Schneider e a tripulação do barco Hobart foram os campeões da 19ª edição da Copa Cidade de Porto Alegre, evento da classe Oceano, realizada nos dias 16 e 17 de março em homenagem aos 241 anos da capital gaúcha. Com patrocínio do Banrisul e apoio da Casa de Turismo, o evento reuniu 54 barcos e mais de duas centenas de compe-
tidores, em regatas marcadas pelas belas e acirradas disputas na água. As condições climáticas não poderiam ser melhores, com vento sul e sudeste e com intensidade média nos dois dias de provas. Tricampeão da Copa Cidade com o barco Taz, Schneider e sua equipe de velejadores fizeram uma estreia vitoriosa com
Roberto Trindade e João Felipe Kraemer representaram o comandante Fernando Foernges, do Abaquar, campeão do Velejaço na categoria Cruzeiro 23
O Zimbros, de Ugo Gallicchio, venceu o Velejaço na categoria Cruzeiro 26
O Zapeka, de Walter Bromberg, ficou em terceiro lugar na J-24
O Manatee, de Roberto Bins Ely, foi o grande campeão do Velejaço na categoria Cruzeiro 35
O Charlie Bravo, de Paulo Hennig, foi o fita azul do Velejaço
O Wahoo, de Richard, foi o segundo colocado na Microtoner 19
O Imagine, de Márcio Tozzi, foi o segundo colocado na Microtoner 19
O Thoa Thoa, de Carmen Sprinz, conquistou o título na Microtoner 19
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OCEANO o veleiro Hobart, um Skipper 30 pés, ano 2012. “Estamos ajustando questões técnicas do mastro e outras regulagens com o novo barco, mas a vitória na RGS – Classe A - foi resultado de uma tripulação afinada e com a experiência de outras vitórias”, disse Airton Schneider durante a entrega de prêmios. O comandante e a sua inspirada tripulação venceram duas das três regatas realizadas, terminando dois pontos à frente do Little Wing, de Jorge Romero, do Iate Clube Guaíba. Em terceiro lugar ficou o Kamikaze XI, do CDJ, de Hilton Piccolo, vencedor de 2012. Na HPE 25, o Vice-Comodoro Esportivo do Jangadeiros, Francisco Freitas, levou a melhor sobre o vitorioso velejador Niels Rump, em um duelo particular. Já na J-24, vitória do Bravíssimo, de Gustavo Thiesen, do Veleiros do Sul. A classe Microtoner encerrou com o Thoa Thoa, de Carmen Sprinz, do Sava Clube, na primeira colocação.
RGS - Geral: 1º HOBART / Airton Schneider (CDJ ) - A 2º LITTLE WING / Jorge Romero (ICG ) - A 3º KAMIKAZE XI / Hilton Piccolo (CDJ ) - A 4º PATRON / João Antonio Ritzel ( VDS) - B 5º DELIRIUM / Darci Rebello Junior (CDJ ) - A 6º TAZ / Augusto Moreira ( VDS) - B 7º BRONKA / Rodrigo Porto Castro (CDJ ) - A 8º VIRTÙ / Nilton Beccon (CDJ ) - A 9º PANDORGA / Ricardo Glimm ( VDS) - A 10º NOA NOA II / Thomas Burger (CDJ ) - A 11º HAWA C / Marcelo Kern (CDJ ) - B 12º URSA MAIOR / Eduardo Dipp (CDJ ) - A HPE-25: 1º SAN CHICO / Francisco Freitas (CDJ) 2º TEREZA / Niels Rump (VDS) J-24: 1º BRAVÍSSIMO / Gustavo Thiessen (VDS) 2º TANGO / Alex Luiz (VDS) 3º ZAPEKA / Walter Bromberg (VDS) 4º IUCA / Cláudio Ruschel (VDS) 5º VENTO NEGRO / Thiago Ribas (VDS) Microtoner 19: 1º THOA THOA / Carmen ( SAVA ) 2º IMAGINE / Márcio Tozzi (VDS) 3º WAHOO / Richard ( SAVA ) 4º 14 BIS / Humberto Blattner ( SAVA ) 5º GAZEIO / Mauro Marcelo Lino (SAVA 6º THERMOPYLAE / José Antonio T. Campello (CDJ) 7º SOPHIA / Delmar Meinerz (SAVA) 8º BRONQUINHA / Clóvis Camara (SAVA)
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O Tango, de Alex Luiz, foi o segundo colocado na J-24
O San Chico, de Francisco Freitas, foi o grande campeão na HPE 25
O Patron, de João Antonio Ritzel, foi o primeiro colocado na RGS B
O Bravíssimo, de Gustavo Thiessen, ficou com o título na J-24
O Hobart, de Airton Schneider, foi o primeiro colocado na RGS A
O Kamikaze XI, de Hilton Piccolo, foi o terceiro colocado na RGS A
O Little Wing, de Jorge Romero, foi o segundo colocado na RGS A.
O Hobart, de Airton Schneider, foi o grande campeão da 19ª Copa Cidade de Porto Alegre.
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VELA OLÍMPICA
Agora é a vez da Olimpíada no Brasil E o ano começou bem para a dupla Fernanda Oliveira/Ana Barbachan (470 - Feminino), que venceu as duas primeiras etapas (Miami e Espanha) da Copa do Mundo e o Sul-Americano de 470.
Único clube no país a ter três duplas na Equipe Brasileira de Vela, a representação do Clube dos Jangadeiros na Semana Brasileira de Vela, realizada em fevereiro, garantiu três das nove vagas da Seleção Brasileira que se prepara para os Jogos Olímpicos no Brasil , em 2016. Disputada na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, nas mesmas raias
onde irão ocorrer as regatas olímpicas, as duplas Fernanda Oliveira/Ana Barbachan (470 - Feminino), Fábio Pillar/ Samuel Albrecht (470 - Masculino) e André “Bochecha” Fonseca/Francisco Andrade (49er) garantiram o apoio da Confederação Brasileira de Vela para as principais competições internacionais de 2013.
Fernanda Oliveira e Ana Barbachan Com um começo de ano arrasador, as velejadoras gaúchas assumiram a liderança do ranking mundial da classe 470 feminina. A dupla do Clube dos Jangadeiros terminou 2012 na 14ª colocação, mas, depois de vencer a etapa de Miami da Copa do Mundo de Vela e o Sul-Americano de 470, pulou para o primeiro lugar. As atletas também conquistaram em 2013 o Campeonato Brasileiro, disputado em Porto Alegre, e a Semana Brasileira de Vela. “É a primeira vez que assumo a liderança do ranking. Fico feliz que seja junto com a Ana, nos faz acreditar ainda mais na parceria. Chegar à primeira colocação não foi fácil, trabalhamos muito duro para atingir esse objetivo”, comemora Fernanda, que começou a velejar com apenas 11 anos, na Escola de Vela Barra Limpa, e já participou de quatro edições dos Jogos Olímpicos (Sidney/2000, Atenas/2004, Pequim/2008 e Londres/2012). Ao lado de Isabel Swan, a velejadora conquistou a primeira medalha olímpica da vela feminina brasileira, na China. Desde 2009, Fernanda compete ao lado da simpática e talentosa Ana Barbachan, de 23 anos. A dupla ficou em sexto lugar na Olimpíada de 2012.
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Fábio Pillar e Samuel Albrecht A amizade entre estes que hoje são dois dos principais velejadores brasileiros começou nos tempos em que Fábio ainda competia na classe Optimist. Na época, Samuca, como Samuel é conhecido, atuou como técnico da equipe gaúcha em um Campeonato Brasileiro. “E hoje é um dos grandes amigos que eu tenho no mundo da vela”, conta Fábio. Talvez por isso a campanha-relâmpago para os Jogos Olímpicos de Pequim/2008 tenha dado tão certo. Em menos de dois anos, a amizade existente, somada ao talento dos atletas, levou a dupla até a China. Agora, Fábio e Samuca querem repetir a fórmula. Os velejadores retomaram a parceria no início deste ano e miram os Jogos de 2016. Depois de um começo difícil nos campeonatos Sul-Americano e Brasileiro, a dupla mostrou na Semana Brasileira de Vela que segue afiada e venceu com bastante tranquilidade a competição, garantindo vaga na Equipe Brasileira de Vela.
André Fonseca e Francisco Andrade Soberano em nível sul-americano na classe 49er e com três participações olímpicas na bagagem (Sidney/2000, Atenas/2004 e Pequim/2008), o catarinense André “Bochecha” Fonseca apostou na experiência ao convidar o carioca Francisco Andrade para a campanha para os Jogos de 2016. Nascido no Rio de Janeiro, Andrade participou das duas últimas Olimpíadas (Pequim/2008 e Londres/2012), representando Portugal, e conhece bem a classe 49er. Juntos desde o final de 2012, os velejadores obtiveram excelentes resultados nos quatro campeonatos que disputaram até o momento. Em dezembro, conquistaram o Sul-Americano de 49er, em Buenos Aires. Logo em seguida, em janeiro, mais um primeiro lugar, desta vez no Campeonato Norte-Americano, disputado em Miami. Na mesma cidade, poucos dias depois, a dupla participou da segunda etapa da Copa do Mundo de Vela, terminando na sétima colocação. A última conquista veio na Semana Brasileira de Vela.
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ESCOLA DE VELA
A casa do velejador A formação de futuros velejadores, seja para a prática esportiva ou de lazer, é o objetivo central da Escola de Vela Barra Limpa, uma academia do esporte de Vela que é sinônimo de vitórias e de muito aprendizado.
Marcelo Kern e Peter Nehm
Transformar a Escola de Vela Barra Limpa em um local frequentado diariamente pelos velejadores do Clube dos Jangadeiros, com aulas interativas, professores qualificados e muitas opções de cursos. Este é o plano para que o histórico prédio, localizado na Ilha, torne-se, de fato, a casa do velejador. “A Escola tem que ser o centro da vela esportiva do clube. Não vejo alternativa para fomentar melhor o esporte dentro do Clube”, avalia o diretor da Escola de Vela Barra Limpa, Marcelo Kern. Ele ressalta que, de 2010 a 2012, houve um aumento de 120% no número de alunos e, portanto, é necessário qualificar cada vez mais a equipe e as opções de cursos. “Queremos que o ensino não encerre quando o aluno
aprende a velejar. Ele precisa continuar ligado à Escola, sempre querendo aprender mais e trocando experiências com outros velejadores”, frisa. Desde que assumiu o cargo, em agosto de 2012, Kern vem trabalhando em parceria com diversos associados, buscando sempre aliar as iniciativas inovadoras aos conselhos de quem já passou pela diretoria da EVBL. “A história de 70 anos do nosso clube passa pela Escola de Vela Barra Limpa, e eu, como diretor, tenho que ter a responsabilidade para honrar isso. A Comodoria também entende assim e vem apoiando todas as minhas solicitações, mesmo com as dificuldades de orçamento”, pondera, apontando em seguida algumas das
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Escola de Vela Barra Limpa
– George Nehm, o Dodão – crescemos e aprendemos a velejar aqui”, conta Peter, mostrando-se animado com o retorno. “Gosto muito de ensinar e aqui me sinto em casa”, diz. Mas as novidades não param por aí. Cursos sobre segurança da navegação, atendimento de emergências médicas, funcionamento de motores e regulagens dos barcos são algumas das ideias que vêm sendo trabalhadas. “Também queremos trazer a terceira idade para dentro da Escola”, destaca Kern, sempre enfatizando que a direção da EVBL está aberta a sugestões e que todos os sócios podem colaborar. “O prédio da Escola de Vela Barra Limpa, no meu ponto de vista, deveria ser o centro da Ilha dos Jangadeiros, um local que centralizasse todos os velejadores”, conclui.
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primeiras ações de sua gestão: “Estamos expandindo o nosso quadro de professores, os horários das aulas e as modalidades de cursos”. Entre as novidades estão os cursos de Windsurf, Kitesurf, Canoa Havaiana e Stand Up Paddle, disponibilizados a sócios e não sócios através de parcerias com profissionais reconhecidamente competentes nas suas modalidades. Outra notícia que animou os associados foi o retorno de Peter Nehm ao quadro de professores da EVBL. Aos 55 anos, o carismático e experiente velejador frequenta o clube desde os seus primeiros anos de vida, tendo, inclusive, participado com Marco Aurélio Paradeda, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. “Quando nasci, o meu pai já era sócio. Eu e o meu irmão
Conheças os cursos da Escola de Vela Barra Limpa • Optimist • Curso de Iniciação à Vela em Monotipos • Curso de Iniciação à Vela Oceânica • Windsurf • Kitesurf • Canoa Havaiana • Stand Up Paddle • Habilitações da Marinha (Arrais Amador, Capitão Amador e Mestre Amador). Informações pelo e-mail escoladevela@jangadeiros.com.br ou pelo telefone (51) 3268-0080. Curso de Optimist
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MONOTIPOS
Optimist disputa Sul-Brasileiro Claudio Bergman
A competição, que terá mais de cem velejadores de todo o país, é uma seletiva para os campeonatos mundiais Europeu e Norte-Americano.
Flotilha de Optimist compete em casa e vai em busca do título
Mantendo a tradição de sediar grandes competições, o Clube dos Jangadeiros realizará de 30 de abril a 4 de maio o Campeonato Sul-Brasileiro da Classe Optimist. O evento fará parte da seletiva para os campeonatos Mundial, Europeu e Norte-Americano e deve reunir cerca de cem velejadores, que representarão clubes do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, da Bahia e de Pernambuco. “Esse campeonato será histórico. Poucas vezes tivemos uma flotilha tão numerosa e qualificada como esta”, afirma o Vice-Comodoro Esportivo, Francisco Freitas. A preparação para o Sul-Brasileiro de Optimist já começou e conta com a participação de vários associados na comissão organizadora. Um deles é o capitão da Flotilha da Jangada, Cid Paim, pai dos velejadores Ian e Vitor. “Existe um grupo de pessoas engajadas na organização, sócios que têm experiência neste tipo de competição, que sabem o que é importante fazer para ter sucesso”, conta, completando em seguida: “E o Jangadeiros é um clube acostumado a realizar grandes eventos”.
Enquanto os adultos tratam da organização do campeonato em terra, a gurizada sua na água, nos treinos comandados pelos técnicos Átila Pellin, Salvatore Meneghini e Lucas Mazim. Os objetivos são diferentes, mas, no fim, o que todos querem mesmo é se divertir. É o caso do jovem Guilherme Perez, de 12 anos, que compete entre os estreantes e participará de um Sul-Brasileiro pela segunda vez, mesmo tendo começado a velejar apenas há pouco mais de um ano. “Acho que dá pra chegar entre os cinco primeiros. Tenho treinado bastante e acho que estou tocando bem o barco”, diz o integrante da Flotilha da Jangada. Com regatas disputadas nas Baías da Pedra Redonda e da Tristeza, o Sul-Brasileiro de Optimist reunirá alguns dos principais nomes da classe em Porto Alegre. Os três primeiros colocados no último Campeonato Brasileiro (Pedro Correa - YCSA/ SP, Gabriel Lopes - VDS/RS e Pedro Zonta - CDJ/RS), por exemplo, estarão na raia para tentar garantir vaga no Mundial. A briga promete ser boa!
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CLASSE 420
Tiago Brito e Andrei Kneipp
rumo ao Mundial
Uma das grandes notícias que o ano de 2012 trouxe para a vela jovem do Clube dos Jangadeiros foi o ressurgimento da flotilha de 420. A classe viveu bons momentos no meio da década passada, e agora retomou o rumo com a formação de uma nova equipe. “É muito importante termos uma classe com barco de dupla em condições de disputar o Mundial da Juventude”, pondera o Vice-Comodoro Esportivo, Francisco Freitas, campeão brasileiro de 420, em 1988, ao lado de Eduardo Lemos. E, na recém-formada flotilha, uma dupla vem chamando a atenção. Velejadores formados na Escola de Vela Barra Limpa, Tiago Brito e Andrei Kneipp são amigos de infância e decidiram competir juntos na classe 420 logo após a Copa da Juventude de 2012, com uma meta definida. “O objetivo era o Campeonato Mundial da Juventude de 2013”, revela Andrei. Para chegar lá, Tiago e Andrei contaram com o apoio de um velejador que conhece bem a classe. Campeão brasileiro e sul-americano na proa de Roberto Paradeda, Gabriel Kieling, o Bolinha, aprovou a escolha do barco e tornou-se técnico da dupla. “O 420 é um barco-escola, que necessita de muitas regulagens e ajustes e, por isso, é superimportante para a evolução do velejador”, afirma.
Treinos para o Mundial da Juventude
Ivan Netto
Dupla integrará a Equipe Brasileira de Vela Jovem, que representará o País no Mundial da Juventude, no Chipre, em julho.
Tiago Brito e Andrei Kneipp são amigos de infância
Com ajuda de Bolinha, os jovens velejadores chegaram ao quinto lugar no Sul-Americano, ao vice-campeonato brasileiro e ao título da Copa da Juventude. E tudo isto em apenas um ano de parceria. “Vencer a Copa da Juventude foi apenas a primeira etapa. Por apresentar adversários de altíssimo nível, a competição foi muito emocionante do início ao fim”, destaca Tiago, que, antes da classe 420, conquistou diversos títulos de Optimist, como o Sul-Americano, no Chile, em 2011. Agora, o novo objetivo da dupla é participar do maior número possível de campeonatos. Está nos planos de Tiago e Andrei para 2013 disputar a Semana de Vela de San Isidro, a Búzios Sailing Week, o Mundial da Juventude e o Mundial da classe 420. E, quem sabe, daqui a alguns anos disputar uma edição dos Jogos Olímpicos. “Não temos pressa para trocar de classe, será um processo natural. Dentro deste sonho, os objetivos são altos e, como todo jovem velejador, minha meta é ir para uma Olimpíada”, conclui Tiago. A Jangada • 19
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