JORNAL DO CLUBE DOS JANGADEIROS - PORTO ALEGRE - RS - Edição Junho de 2009
Campeonato Norte-Americano de Optmist Competição internacional faz parte dos planos dos velejadores gaúchos rumo aos Jogos Olímpicos
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rês jovens promessas do Clube do Jangadeiros têm presença confirmada no Campeonato Norte-Americano de Optmist, que acontece de 30 de junho a 8 de julho, na República Dominicana. Rodrigo Fasolo, 13 anos, Júlia Silva, 13, e Luis Augusto Mergel, 12, destacaram-se entre os 180 velejadores de todo o Brasil que estavam na briga pelas vagas e confirmaram participação na competição durante seletiva realizada na cidade carioca de Niterói. As trajetórias de Fasolo e Mergel são parecidas. Os dois vêm de famílias com tradição no esporte e chegaram cedo à Escola de Vela Barra Limpa, por volta dos nove anos. Já Júlia veio acompanhar o pai Paulo Ruano em um dos cursos de iniciação oferecidos pelo clube e acabou descobrindo uma nova paixão. Fasolo é o mais experiente da turma. No ano passado disputou o Campeonato Europeu. Seu objetivo para esta temporada era repetir o feito. “Minha intenção era tentar uma vaga no NorteAmericano ou no Europeu. Participar desse tipo de competição faz a gente crescer como velejador e como pessoa”, aponta o jovem, que vê o esporte simplesmente como uma forma de lazer.
Luis Augusto, Rodrigo Fasolo e Júlia Silva irão competir na República Dominicana.
Júlia tem planos mais ambiciosos. Sonha no futuro poder defender o Brasil em uma Olimpíada. Para tanto, conta com o apoio dos pais Paulo e Cláudia Silva, que costumam acompanhá-la nas competições. “Vai ser meu primeiro campeonato no exterior. Vou para pegar experiência e me divertir”, comenta.
O mesmo ocorre com Mergel, que, assim como a companheira de clube, também mira no principal evento do esporte mundial. Ao seu ver, este tipo de intercambio é fundamental. “Pretendo seguir competindo para um dia chegar aos Jogos Olímpicos. Estou muito feliz e empolgado, pois essa será minha primeira competição fora do país”, destaca.
Aprenda a velejar a partir de 4 anos A Escola de Vela Barra Limpa é considerada modelo de instrução e de segurança pela Marinha do Brasil, órgão responsável pela emissão de habilitações e fiscalização de embarcações e de seus condutores. O reconhecimento se deve pela preocupação, desde sua fundação, pela formação técnica e de legislação dos seus alunos. Os cursos podem ser recreativos, como é a Colônia de Férias A Jangadinha para crianças de 4 a 8 anos, como também atividades de lazer para crianças e adultos. A Escola também é responsável pela formação
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de equipes de competição, os quais participam de torneios locais, nacionais e internacionais. A qualidade dos cursos já revelou atletas Olímpicos e inúmeros atletas campeões nas diversas categorias de vela competitiva. A escola oferece os seguintes cursos: A Jangadinha (Colônia de Férias) abre, entre 20 a 24 e 27 a 31 de julho, duas turmas que irão trabalhar Recreações e Noções de Vela com a criançada entre 4 e 8 anos. As aulas serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 17 horas. Para as crianças
de 8 a 14 anos o clube oferece o curso de Vela, com aulas nos barcos da classe Optimist. Para esta categoria é possível fazer Aula Experimental gratuita no Curso Básico. Já os adultos podem fazer sua iniciação à vela nos cursos para barcos Day Sailer, Laser, Dingue e Tropical. Já o curso de Vela Oceânica é ministrado no barco-escola Ranger 22 (vela/motor). Para conhecer mais sobre os cursos da Escola de Vela, os interessados devem procurar a Secretaria de Vela, localizada na Ilha, ou obter informações pelo telefone 3268 0080 ramais 6 e 7.
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Clube realiza obras de infraestrutura e de lazer
Editorial Vento de travez O Clube Jangadeiros está passando por mudanças em sua infraestrutura náutica. São melhorias necessárias que fazem parte do plano estratégico com objetivo de atender o crescimento natural das demandas dos associados. Na reportagem central desta edição destacamos os investimentos na área do porto e da ilha, com benefícios diretos para os navegadores. Também destacamos a retomada da publicação do jornal A Jangada, que faz sua estréia em um formato maior, valorizando nossas ações esportivas, sociais e de eventos. Além do jornal A Jangada, o clube terá um informativo mensal – Jangada News – e de uma Newsletter via email para manter os associados informados dos acontecimentos do clube. Na contracapa do nosso jornal temos a coluna Diário de Bordo, espaço aberto aos sócios. Os interessados em participar devem enviar sua história ou aventura para sua futura publicação. Estas ações fazem parte do Planejamento do clube a partir de um consistente orçamento aprovado pelo Conselho
Deliberativo para esta gestão. Nossas receitas extras com eventos realizados no clube têm sido fundamental para os investimentos previstos e na sua manutenção operacional. O desempenho das ações significam melhorias estruturais para os associados que buscam no Jangadeiros um lugar para lazer, entretenimento, prática esportiva e relacionamento social. Luiz Francisco Gerbase Vice-Comodoro de Desenvolvimento e Marketing
Receba a Newsletter do Jangadeiros. Faça o cadastro de seu e-mail Envie para o endereço
comunicacao@jangadeiros.com.br os e-mails que você gostaria para receber a Newsletter com as últimas notícias e novidades do clube. Assim você estará por dentro dos acontecimentos de vela, lazer e social. Faça seu cadastro e acompanhe a programação do clube.
Com investimentos em sua área náutica e de lazer, o clube expande sua capacidade para melhor atender seus associados com novos espaços para os praticantes de vela e navegadores, bem como de um deck junto ao Restaurante da Ilha para apreciar o pôr-do-sol no Guaíba. Outras melhorias estão em andamento para oferecer maior conforto e benefícios aos seus sócios
Um local com ótima estrutura, ideal para a realização de pequenas reuniões sociais. Este é o Espaço Gourmet. Ambiente com o charme de um pub náutico, que oferece churrasqueira, bar, freezer vertical e horizontal, louça completa, enfim, toda a estrutura necessária para que os associados possam aproveitar o momento junto com amigos e/ou familiares. Com uma capacidade para 30 pessoas sentadas, possui ainda um salão anexo que comporta mais 50 convidados. O Espaço Gourmet é locado apenas para sócios e não sócios. Informações de reserva e locação podem ser obtidas pelo telefone 3268-0080, na Central de Locações.
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om objetivo de oferecer mais comodidade e ampliar os espaços do clube para a prática da vela e de lazer aos associados, a Comodoria de Obras e Patrimônio vem realizando várias obras de infraestrutura na sede da ilha e também no porto. De acordo com Antonio Joaquim Machado, Vice-Comodoro de Obras e Patrimônio, “as melhorias vão deste a ampliação da cobertura do pavilhão de monotipos na ilha às reformas dos banheiros do pavilhão Edgar Siegman”. Além de obras funcionais e de infraestrutura, foram feitos investimentos na área de lazer, a exemplo da troca de todo o piso da varanda do restaurante da ilha, bem como a construção de um deck de madeira junto ao salão do restaurante, criando um novo espaço de convivência dos sócios para apreciar o charmoso pôr-do-sol no Guaíba. No pavilhão de monotipos, com a transferência da sala de manutenção para um container, foi criada a Sala da Comodoria Esportiva e, em breve, serão realizadas as obras de ampliação e melhorias nos vestiários dos velejadores. Em relação ao porto, está sendo concluída a reforma no casco do bate-estaca, que também irá funcionar como uma Draga, possibilitando o manejo de areia já com licença obtida pela Fepam. Ainda no porto foram instalados 5 módulos de flutuantes Portugueses em alumínio, sem similar no RS, o que oportunizou a ampliação nas vagas em box aquático. Os flutuantes, fixados nas extremidades dos trapiches
Clube retoma Jantar de Confraternização
Trapiches estão sendo construídos para melhor atender o atracamento das embarcações.
II e III irão acomodar mais 6 embarcações. Os Catamarãs e Veleiros acima de 45 pés de nossos associados poderão contar com novas e amplas vagas aquáticas. Os outros 3 módulos flutuantes irão acomador mais 16 novas embarcações nas dependências do Jangadeiros. Outra melhoria é em relação a iluminação do Clube. Foram instalados sensores de presença nos vestiários da ilha, academia e pavilhão de monotipos o que melhorou para a utilização e economia. Também foram colocadas lâmpadas anti-inseto amarelas nos pavilhões das lanchas e de serviço, que afastam os insetos sobre as lanchas e infláveis, também de baixo consumo.
No setor de lazer foram feitos 3 novos quiosques com telhado Santa Fé junto à piscina, que também recebeu melhorias na casa de máquinas com o novo pré filtro em inox e instalações elétricas com novos interruptores. Já o estacionamento na área próxima ao pavilhão de lanchas recebeu nova iluminação. Obras de manutenção estão sendo feitas na Escola de Vela como pintura externa na parte de alvenaria e aberturas... As embarcações, tanto os monotipos como os oceânicos, passaram por reformas de fibra e pintura em seus cascos. Os barcos infláveis, estão todos com as bananas novas, dando a segurança necessária aos alunos da EVBL.
Expediente DIRETORIA DO CLUBE DOS JANGADEIROS – 2008/2010
Jorge Aydos Diretor de Monotipos
César Augusto Rostirola Comodoro
André Luiz Halbig Diretor de Patrimônio
René Garrafielo Vice-Comodoro Administrativo
CONSELHO DELIBERATIVO
Claudio Mika da Silva Vice-Comodoro Esportivo
Manuel A Ruttkay Pereira Presidente
Antonio Joaquim Machado Vice-Comodoro de Obras e Patrimônio
Pedro Cesar de Oliveira Fº Vice-Presidente
Luiz Francisco Gerbase Vice-Comodoro de Desenvolvimento e Marketing
Paulo Tupinambá Secretário
André Jobim de Azevedo Diretor Jurídico Michael Weinschenck Diretor da Escola de Vela
CONSELHO FISCAL Tuffy Calil José Paulo Boaventura Arruda Cristiano Roberto Tatsch
Membros Suplentes Paulo Tupinambá Gilberto de Carvalho Mario Fernandes Teixeira
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Uma antiga tradição, instituída pelo comodoro Edgar Siegmann no começo da década de 60, começa a ser resgatada no Clube dos Jangadeiros. No último dia 7 de maio ocorreu, no restaurante da Ilha, um jantar de integração para sócios e seus acompanhantes. Cerca de 50 pessoas fizeram questão de prestigiar o encontro, que deve ser realizado sempre na primeira quinta-feira de cada mês. A retomada do jantar deu-se através da vice-comodoria esportiva, sob o comando de Cláudio Roberto Mika da Silva, por iniciativa dos sócios Isolda Bier e Luiz Eduardo Paradeda. A intenção é que este seja um momento informal, para trocar idéias, contar histórias e, como o próprio nome do evento diz, promover a integração entre os associados e seus familiares.
Festa Junina do CDJ
Jornal A Jangada Produção e Edição: Agência Office Press Jornalista Responsável: Guto Moisés – Fenaj 6543/RS Reportagens: Francisco Eboli – RPMT 11303 Fotos: Divulgação/Jangadeiros Projeto Gráfico e Diagramação: Imagine Design Tiragem: 1.000 exemplares Distribuição Dirigida
O Clube dos Jangadeiros promove no dia 27 de junho sua Festa Junina 2009. O evento, aberto a sócios e convidados, será realizado a partir das 15 horas, no pavilhão dos monotipos. Além de degustar comidas típicas, o público poderá brincar nas barraquinhas de pescaria, jogo da argola, cadeia, boca do palhaço e taco-gol. O bate-estaca foi totalmente reformado, garantindo os serviços de manutenção.
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Espaço Gourmet: uma boa opção para reunir amigos
Ampliação da cobertura do pavilhão de monotipos.
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Diário de Bordo Por Comodoro César Rostirolla
Rumo à Ilha do Sangradouro Mareblu (Aruba 28) No dia 6 de dezembro do ano passado, uma tripulação composta por César Rostirolla, André Halbig (o Chucrute), Christina Silveiro e Paulo Vier soltou as amarras do Mareblu, no Clube Saldanha da Gama, em Pelotas, rumo à Lagoa Mirim e Jaguarão. A passagem pela eclusa do rio São Gonçalo ocorreu às 11 horas, numa manhã ensolarada, navegando a motor. Momento perfeito para começar a petiscar patês, queijos, azeitonas e salamitos. As águas tranquilas e o pouco vento permitiram uma boa conversa degustando os acepipes e regada a whisky. O almoço servido às 14 horas, sob o comando da chef Tina, ofereceu uma Comodoro César Rostirolla conta sua aventura e a pesca de pintados. maminha e batatas ao forno, acompanhado de cerveja bem gelada. Depois de um almoço assim, nada mais justo que tirar uma “tora”. A ancoragem ocorreu por volta das 18 horas, na bifurcação da Ilha do Sangradouro, local onde o rio encontra-se com a lagoa. Que lugar! Um céu avermelhado no pôr-do-sol, as águas, com um reflexo prateado, e o som da natureza. Antes do início da viagem, o famoso construtor de barcos, Lord Gim Dexheimer, havia cordialmente emprestado um caniço com molinete, anzóis e chumbadas para a pesca. Junto, também, alguns conselhos para o uso e o sucesso da pescaria. A prova está aí ao lado, para não dizerem que é mentira. Foram mais de seis pintados, entre 20 e 30 centímetros de comprimento, pescados em uma hora. Este espaço será destinado ao relato de experiências e viagens. Quem quiser participar pode enviar sua história para o e-mail comunicacao@jangadeiros.com.br. Os textos devem ter até 1200 caracteres e as fotos devem ser enviadas em formato jpeg.
Uma vida dedicada ao clube e à vela A história de Carlos Henrique Vasques De Lorenzi, o Dedá, confunde-se com a do Clube dos Jangadeiros. Uma relação que começou no longínquo ano de 1958, através de um convite dos amigos e então sócios Bóris Ostergin e Sérgio Cristo. Começou como proeiro de Geraldo Link, com quem adquiriu a experiência que anos mais tarde seria fundamental para, ao lado de Nélson Picolo, sagra-se campeão brasileiro, pan-americano e mundial na classe Snipe, no ano de 1967. Com o fim da parceria com Picolo, passou a dedicar-se à vela oceânica. Atualmente, além de trabalhar na realização de campeonatos e regatas, é presidente da Federação Gaúcha de Vela e Motor do Rio Grande do Sul (Fevers). Também é sócio benemérito laureado e membro vitalício do Conselho do clube, além de dirigir sua Secretaria Esportiva, onde ajuda, orienta e supervisiona as flotilhas.
Dedá comemora os 50 anos do mundial de 1959.
Jangada - São mais de meio século desta sua relação com o clube. O que o Jangadeiros representa na sua vida? Dedá - É como se fosse praticamente parte da família. Eu conheci a minha esposa, Vanira, aqui. Meus três filhos se criaram no clube. Gosto e tenho um amor por ele como se fosse uma segunda casa. De uma maneira ou de outra sempre procurando ajudar as comodorias.
Jangada - Em outubro, comemoram-se os 50 anos do Mundial de 1959. Como foi o campeonato? Dedá - Eu era um piá. Posso dizer que foi um fato marcante em Porto Alegre. A Ilha ainda não existia. No local onde hoje estão as pedras do Geraldo Link, ali ficava uma das boias da regata. Eram oito bóias fixas - a chamada raia olímpica. O clube ficou cheio, foi um momento muito bonito e de grande repercussão da mídia. Foi a partir daí que o clube começou a se projetar, tanto que trouxe mais três campeonatos mundiais para cá. Jangada - E o que é velejar para o senhor? Dedá - Acho que hoje o conceito do que é velejar esteja meio distorcido. A gente veleja porque gosta. Não interessa se você vai ter algum auxílio financeiro. Isso pode até ajudar. Mas o mais importante é você gostar da vela, do esporte. Sou de um grupo que gostava da vela, praticava pelo gosto de competir, fazer regatas. Jangada - E sua relação com o Guaíba? Dedá - Sou do tempo que o clube não tinha piscina, tomávamos banho no rio.. Acho que a grande maioria dos porto-alegrenses não dá o devido valor. O Guaíba pra mim é tudo. Amo ele. Tenho impressão que não vou conseguir viver para vê-lo totalmente despoluído, mas já está começando a melhorar em vários sentidos.
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