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Os bons ventos da EXPEDIENTE Comodoria Cristiano Roberto Tatsch Comodoro Gilberto de Carvalho Vice-Comodoro Administrativo Jorge Alberto Aydos Vice-Comodoro Esportivo Cesar Augusto J. Rostirola Vice-Comodoro de Obras e Patrimônio Flavio Steiner Vice-Comodoro de Desenv. e Marketing Marco Aurélio Paradeda Diretor Financeiro André Wahrlich Diretor de Monotipos Antonio Joaquim Machado Diretor de Vela de Oceano Henri Siegert Chazan Diretor de Motonáutica Luiz Fernando d´Avila Diretor de Comunicação Marga Paradeda Diretora de Sede Renato Reckziegel Diretor da Escola de Vela José Francisco Flores Lisboa Diretor Depto Médico José Adolfo Paradeda Diretor Técnico do Conselho de Vela Conselho Deliberativo Manuel A Ruttkay Pereira Presidente Pedro Cesar de Oliveira Fº Vice-Presidente Claudio R. B. da Silva Secretário Membros Natos Claudio A Franke Aydos Kurt Egon Keller* Luiz Osório Aguilar Chagas Luiz Szabo Adasz Nelson Pereira Piccolo Frederico Crusius Espinosa Waldemar Bier Carlos Franco Voegeli Paulo Sérgio Paradeda Marco Aurélio Paradeda Carlos Henrique De Lorenzi José Carlos Bohrer*** Pedro Cesar de Oliveira Filho Luiz Fernando Velasco Jorge Decken Debiagi Pedro Antonio Pereira Pesce Paulo Renato Möller Paradeda
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primavera estão de volta!
Michael Weinschenck Conselheiros Danilo Santanna Cristiano Roberto Tatsch Wagner Michael Pereira André Luiz Becker Luiz Stevo Pejnovic Jorge Alberto S. Aydos André Wahrlich Henrique Francisco D’avila Paulo Agostinho Damiani Tuffy Calil José Luiz Carlos Ritter Lund Silvio Carlos Perez Pedro Chaves Barcellos Filho Mário Fernandes Teixeira Roberto Simões Lopes Duarte Claudio Roberto B. da Silva Luiz A de Los Santos Papaleo Flavio Steiner Valter Emílio Fiedler Cesar Augusto Rostirola Gilberto de Carvalho Paulo Boaventura Arruda Alfeu Lisboa de Castro Luiz Francisco Gerbase Hilton Landgraf Piccolo Mario Roberto Dubeux Antonio Joaquim Machado Carlos Humberto Goidanich Frank Edward Woodhead Conselho Fiscal Tuffy Calil José Pedro Chaves Barcellos Filho Luiz Carlos Ritter Lund Leandro Koehn – MTb/RS 7876 Editor Responsável Fone: (51) 8421-8057 Estagiário – Igor Pinheirua Fotos – Leandro Koehn, Igor Pinheirua e arquivo CDJ Foto da capa – Renato Leal Sinapse Comunicação Empresarial Edição Fone: (51) 3381-3936 Carolina Salazar carolsalazar@terra.com.br Fone: (51) 9166-6817 Diagramação Alexandre Dalapicolla Comercialização Fone: (51) 3233-7334
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om o final do inverno, sobretudo o gaúcho, que inibe os navegadores de irem para a água, com exceção dos destemidos velejadores e competidores de monotipos, os finais de semana de sol e os bons ventos da primavera estão de volta. E o bom tempo com temperaturas mais elevadas nos convida a aproveitar mais os dias que agora também são maiores e mais agradáveis ao ar livre. Uma boa caminhada, um churrasco à beira-rio, almoço na Ilha e claro, aquela navegada do final de semana são algumas das opções que começamos a buscar com a nova estação. Conforme estamos vendo nesta edição da Revista A Jangada, a Ilha do Clube está recebendo um tratamento paisagístico com o objetivo de proporcionar maior bem-estar ao associado. Novos recantos no continente também estão sendo preparados para que o associado desfrute de bons momentos com a melhor infraestrutura para seu lazer. O Clube já está mais bonito e oferece uma ótima opção para o final de semana. Portanto, venha içar as velas de seu barco, ou simplesmente bater um papo com os amigos! Venha aproveitar essa beleza que a natureza nos oferece na Ilha do Clube e no Rio Guaíba! Sejam bem-vindos ao Jangadeiros!
Assembléia geral presta contas da Comodoria No último mês de julho, o corpo de sócios do Clube dos Jangadeiros reuniu-se em Assembléia Geral Ordinária, onde a Comodoria pode apresentar os relatórios sobre seu primeiro ano de gestão. A Assembléia aprovou por unanimidade as contas apresentadas pela Comodoria, relatório que já havia sido aprovado pelos Conselhos Fiscal e Deliberativo do Clube. Na ocasião, os associados também cumpriram a pauta e elegeram o sócio César Augusto Rostirola como Vice-Comodoro de Obras e Patrimônio, ratificando sua titularidade no cargo que viha ocupando interinamente.
Clube dos Jangadeiros é vice no Mundial Júnior de Snipe PROEIRO DO CLUBE COMPETIU COM TIMONEIRO DO VELEIROS E DUPLA FICOU ATRÁS SOMENTE DOS CARIOCAS
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ão podia ser melhor para a equipe brasileira no Mundial Júnior de Snipe realizado no Rio de Janeiro em agosto: dos três barcos da equipe, dois conquistaram nada mais nada menos que o primeiro e o segundo lugar. A dupla formada pelos gaúchos Fábio Pillar do Clube dos Jangadeiros, e Geison Mendes, do Veleiros do Sul, suou para conquistar o vicecampeonato, superados apenas pelos cariocas Victor Hector Demaison e Mário Tinoco. O Mundial Júnior de Snipe do Rio de Janeiro teve a participação de 13 tripulações representantes do Brasil, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Itália, Espanha, Noruega e Japão. As duas duplas vencedoras asseguraram as presenças no Mundial de Snipe, em Portugal, em 2007. Eles agora irão disputar de igual para igual com o técnico da equipe brasileira Júnior, Bruno Bethlem, campeão pan-americano. Em terceiro no Mundial Júnior terminou a dupla do Uruguai formada por Philipp
Umpiere e Martin Puricelli. O terceiro barco brasileiro formado por Henrique Haddad e Mário Trindade terminou em sétimo lugar. Fábio disse que o treinamento com Alexandre “Xandi” Paradeda antes da seletiva foi fundamental para o bom desempenho da dupla. Xandi é um dos principais velejadores da classe no mundo e atualmente titular da equipe olímpica brasileira na classe 470.
Fábio e Geison no Rio de Janeiro
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Lançado o Nacional de Hobie Cat 16 na Ilha dos Jangadeiros
Hc 16 decorou a festa
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bela paisagem da Ilha dos Jangadeiros, em Porto Alegre, foi palco na noite de 29 de julho do lançamento do XXIX Campeonato Nacional de Hobie Cat 16. O Hobie Night, como foi chamado o evento, reuniu apoiadores, clubes e competidores de vela em um jantar que contou com shows, música eletrônica e divulgação de vídeos para promover o esporte, hoje carente de incentivos aos atletas brasileiros.
Evento mais importante do ano no Clube dos Jangadeiros, o Campeonato Nacional de Hobie Cat 16 acontecerá entre os dias 12 a 19 de novembro e colorirá a Raia da Pedra Redonda. A regata de abertura será em Ipanema, embelezando ainda mais as águas do Rio Guaíba e propiciando a participação do público em geral, normalmente excluído das regatas que acontecem distantes das margens, no meio do rio. A organização prevê a participação de cerca de 35 barcos gerando uma circulação de 100 pessoas entre competidores e acompanhantes de inúmeros Estados. Este número pode ser ainda maior caso o evento consiga o apoio de em-
presas privadas para o empréstimo de embarcações e no transporte de equipes do nordeste e até mesmo de fora do país, que já manifestaram seu desejo de participar do certame. “Aliás, se for possível, pensamos na possibilidade de realizar paralelamente uma copa de Hobie Cat 14, aproveitando a mesma estrutura”, afirma Mário Dubeux, competidor e um dos colaboradores do Clube dos Jangadeiros. Empresas interessadas encontrarão no site oficial do evento (www.brascat16poa.com.br) maiores informações sobre como patrocinar ou apoiar o XXIX Campeonato Nacional de Hobie Cat 16. A Rede de Supermercados Nacional patrocina o evento
420 É OPÇÃO PARA NOVOS VELEJADORES A garotada que sai da classe Optimist, lá pelos seus 14, 15 anos de idade agora tem a opção de migrar para a classe 420. O Clube dos Jangadeiros está incentivando a formação de velejadores nesta classe intermediária e várias iniciativas estão sendo tomadas para a ampliação de uma flotilha que participará do Campeonato Sul-Americano que acontecerá aqui mesmo no Jangadeiros na Páscoa do ano que vem. “A Vice-Comodoria Esportiva está trabalhando por uma maior integração das classes e a criação da flotilha de 420 é um incentivo a mais para os novos velejadores, principalmente os que saem da Optimist”, informa Jorge Aydos, vice-comodoro 4
esportivo. A flotilha em formação já está com quatro barcos. A expectativa é o ingresso de outros novos velejadores para a ampliação de uma equipe numerosa e mais capacitada para enfrentar os competidores de outros países e brasileiros de outros estados no Sul-Americano de 2006.
OPTIMIST É A BASE PARA O BOM VELEJADOR
pode espelhar-se no irmão Fábio Pillar, velejador revelação do Jangadeiros, e no pai Cláudio Mika, que faz parte da flotilha de Hc 16 do Clube. Embora ainda não tenha definido seu futuro na vela, Marcelo tem a classe 420 como uma das opções para desenvolver seu potencial no esporte.
Após participar do Campeonato Norte-Americano de Optimist deste ano, o jovem atleta do Clube dos Jangadeiros, Marcelo Pillar, pretende mudar de classe. Aos 14 anos de idade, Marcelo tem pela frente algumas boas opções para seguir seu caminho na vela. O garoto tem o iatismo no DNA e Marcelo nos Estados Unidos
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Melhorias na infra-estrutura do Clube saltam aos olhos
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s últimos meses no Clube dos Jangadeiros foram marcados por investimentos em melhorias na infra-estrutura e reformas com o objetivo de dar outras opções de lazer para os associados. Um dos melhores exemplos destes investimentos será a transformação do café localizado abaixo da secretaria administrativa. A obra, na verdade é a construção de um espaço gastronômico para ser utilizado pelos sócios e seus convidados na sede do continente. O novo espaço possuirá estrutura completa para eventos e reuniões e estará equipado com churrasqueira, cozinha completa e um deck sobre o rio que poderá ser usado também a partir do verão. Ainda na área gastronômica, outra reforma comemorada pelos sócios foi a realizada na churrasqueira do continente, localizada ao lado do pavilhão Edgard Siegmann. Esta obra é uma antiga reivindicação de sócios que realizam periodicamente seus churrascos naquele local.
MELHORIAS DA ILHA Várias melhorias foram implementadas também na Ilha, a começar pela nova iluminação dos caminhos e acessos de veículos, deixando muito mais claras as ruelas da Ilha. Em iluminação ainda temos a instalação de luzes verdes decorativas em pontos definidos nos jardins, dando um charme a mais nas noites e deixando a Ilha mais clara. Para os velejadores, motonautas e alunos da Escola de Vela, alguns importantes investimentos foram feitos
Em primeiro plano o deck e ao fundo a área que está sendo reformulada também na Ilha. O trapiche da Escola de Vela foi reformado, dando maior segurança para as flotilhas e para os alunos dos cursos de vela. Os motonautas já podem contar com o trator em perfeitas condições para o reboque de suas lanchas. O trator foi totalmente reformado e já está funcionando em perfeitas condições para este e demais fins. Para os navegantes em geral o Clube dos Jangadeiros adquiriu um anemômetro, equipamento que mede a velocidade do vento que está instalado na escola de vela. Com o novo equipamento, as navegadas ficarão mais seguras tanto para velejadores, quanto para os motonautas. A verificação das condições do vento, temperatura e pressão atmosférica pode ser realizada on line no site www.jangadeiros.com.br
Churrasqueira reformada já é um sucesso A Jangada - Outubro 2005
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Jangadeiros na regata de
volta ao mundo
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os 27 anos, André “Bochecha” Fonseca tornou-se mais uma vez orgulho do Clube Jangadeiros. Depois de defender o Brasil nas Olimpíadas de Atenas no ano passado na classe 49er da vela e ficar em segundo lugar no Mactch Race Brasil em uma disputa acirrada com ninguém menos do que o velejador Torben Grael, Bochecha acaba de concluir a fase final do, talvez, maior desafio de sua carreira no iatismo. Justamente por ter adquirido o respeito de Grael pela disciplina e vontade de vencer, Bochecha conquistou neste ano o privilégio de pertencer à tripulação do Brasil 1, o barco que levará o Brasil a disputar, pela primeira vez na história, a regata de volta ao mundo Volvo Ocean Race. Será o único tripulante brasileiro nascido fora do estado do Rio de Janeiro. De volta a Porto Alegre depois da travessia do Atlântico entre Brasil e Portugal, André falou sobre sua experiência a bordo do barco projetado com a mais alta tecnologia de ponta e tripulado por alguns dos maiores velejadores do mundo. Não se enganem se, no meio de suas palavras, André Bochecha Fonseca pareça um
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tanto seguro. A verdade, é que ouvindo-o, se tem a nítida sensação de estar ouvindo uma pessoa focada e, principalmente, apaixonada pelo que faz. Para esta conversa, a Revista Jangada disputou a atenção de amigos e familiares no churrasco de despedida oferecido pelo Clube Jangadeiros ao seu filho prodígio, dois dias antes de ele voltar para a Europa. A Jangada: André, esta será a sua primeira regata transoceânica? Bochecha: Sim. Fizemos esta primeira travessia agora no mês de setembro, chegando dia 18 em Portugal. Nunca havia ficado tanto tempo no mar e também é a primeira vez que cruzei o Oceano Atlântico e a linha do Equador. Isso me possibilitou ter uma idéia do que virá pela frente nesta travessia em volta do mundo pela Volvo Ocean Race, a minha primeira regata transoceânica. Esta travessia nos deu uma boa prévia do que poderá acontecer, salvo pelo fato de não termos um barco ao lado em competição. Na hora da regata o pessoal, com certeza estará mais ligado, mais motivado. A Jangada: Como aconteceu esta sua participação no Brasil 1 em meio à tantos iatistas conceituados no país? Bochecha: Isto veio através do Torben (Grael). Há algum tempo atrás eu insisti em velejar com ele. Eu perguntava: Quando é que tu vai me convidar para correr contigo? Ele me fez dois ou três convites, mas na época fiquei impossibilitado devido à outros compromissos na classe 49ers à qual eu estava disputando. Apesar disso ele seguiu me convidando e quando conseguimos nos reunir eu me dediquei ao fundo. Fui lá, transportamos o barco para o mar e corremos uma regata juntos. Ele já acompanhava o andamento da classe 49ers e sabia um pouco do meu estilo de ser e de lidar com as coisas. Neste meio tempo surgiu o projeto do Brasil 1 e, como resultado desta primeira convivência que tivemos onde ele acabou gostando do meu jeito de trabalhar, acabou me convidando para fazer parte da tripulação. A Jangada: Você foi “uma pedra no sapato” dele na disputa
pelo título do Match Race Brasil deste ano? Bochecha: Com certeza, o meu desempenho durante a disputa do Match Race foi fundamental para o meu ingresso no Brasil 1. Eu era o comandante de um barco grande, de 40 pés, e fui somando bons resultados. Ele me ensinou muito durante a competição. Eu o indagava muito e ele foi me esclarecendo as coisas. A Jangada: Na sua opinião, quais foram as maiores dificuldades enfrentadas pelo Brasil 1 nesta travessia pelo Atlântico? Bochecha: Na verdade, existem diversos fatores. Posso citar dois exemplos. Ficar constantemente molhado sem conseguir-se secar é uma coisa que incomoda à partir de uma certa hora. A água do mar desalinizada também é outra grande dificuldade pois tem gosto e cheiro muito ruim. Você sente dificuldade em tomar água. A Jangada: E para a regata de volta ao mundo, quais as etapas, na sua opinião, serão as mais difíceis na Volvo Ocean Race? Bochecha: Com certeza, serão as duas etapas do sul. Cape Town (África do Sul) – Austrália e Nova Zelândia – Brasil onde se pega o chamado Mar do Sul, onde o vento é muito forte, as ondas muito grandes e a tripulação sofre com o frio. Aí o bicho pega! A Jangada: Como é esta história de “gorilinha”, como andaram te chamando há um tempo atrás devido ao seu gênio forte? Bochecha: Não, não! Eu acho que não tem nada a ver com as coisas do barco e sim em relação, muitas vezes, com as pessoas. Foi mais por brincadeira, pois eu não sou uma pessoa de me irritar mas coloco para fora aquilo que está acontecendo ali na hora. Se estou insatisfeito com alguma coisa eu vou lá e falo. È que talvez existam pessoas que guardem isto para si, entendeu? È questão da personalidade de cada pessoa. Se acredito que estou com a razão, discuto sobre aquilo ali e vamos ver até onde chega. Então você acaba ganhando esse título, mas na verdade eu nem sou um daqueles caras que mais brigam, entendeu? Tem gente até que perde mais o controle em determinadas horas e eu apenas exponho para fora. A Jangada: Quais situações provocam mais tensão entre a tripulação no interior do barco? Bochecha: Normalmente o ponto de maior estresse é quando temos que fazer uma manobra de vento forte. Já estamos em uma condição difícil de velejar, todo mundo estressado por causa da exigência de atenção constante e você ainda tem que fazer uma manobra complicada. Então estes minutos são onde nos encontramos em maior atrito, onde um grita com o outro no intuito de colocar tudo no seu devido lugar, sabe? Caso contrário o clima é bem tranqüilo e todo mundo se respeita muito bem. A Jangada: Bochecha, qual a expectativa perante a participação do Brasil nesta volta ao mundo? Bochecha: O barco foi construído com o melhor material importado, sendo colocadas as melhores velas... Tudo que tem ali em cima é do bom e do melhor. Não se economizou com nada. Participaremos de uma classe com sua regra. Porém, você pode alterar o desenho do barco, traçar pequenas diferenças. Optamos por um barco padrão, onde cerca de 50% dos barcos estarão na mesma linha. Porém, a tripulação do Brasil 1 é muito boa onde temos o Torben Grael como comandante, sendo um dos melhores velejadores do mundo. Quer dizer, nós temos tudo para um grande resultado. Agora, só poderemos saber na hora de colocarmos os barcos lado a lado e realmente provar a velocidade, onde veremos se
o barco realmente está andando rápido ou não. A Jangada: Então não é pelo fato de o Brasil estar estreando neste tipo de competição que ficará devendo algo aos outros competidores? Bochecha: Não. O projeto foi feito para ganhar a regata e não para participar dela. Pode ser até que no decorrer da regata as coisas não saiam tão bem como o planejado, mas tudo o que está sendo feito hoje é para ganhar a regata. Fica difícil de dizer mas o projeto foi feito para disputar as primeiras colocações.
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Regatas de oceano movimentam flotilhas gaúchas
TROFÉU CAYRU E CIRCUITO CONESUL ENTRE OS MAIS IMPORTANTES
O segundo semestre do ano é um período bastante movimentado para as tripulações dos veleiros de oceano do Rio Grande do Sul. Vários campeonatos e regatas estão programados para os meses de outubro e novembro, mas as tripulações já estão disputando desde o Circuito Cone Sul
e as regatas do Troféu Seival e do Farroupilha, realizados em setembro. O tradicional Troféu Cayru, promovido pelo Jangadeiros, foi realizado neste ano nos dias 22 e 23 de outubro para barcos das classes Orc Club, RGS e O´Day 23. Além das regatas do Cayru, no segundo dia de competição foi a vez dos veleiros de cruzeiro encorparem a raia do Guaíba no Velejaço Cayru. O Estadual de Oceano é também
outro desafio para os velejadores. Promovido pelo Jangadeiros, este campeonato está sendo realizado em duas etapas: a primeira nos dias 8 e 9 de outubro, e a segunda nos dias 5 e 6 de novembro. No mesmo período, o sul do estado terá a regata Marinha do Brasil, realizada em três etapas no Rio Grande Yatch Club, da cidade de Rio Grande e no Veleiro Saldanha da Gama, de Pelotas.
SUL DÁ DÁ LLARGADA LLARGADA ARGADA AOS AOS DESAFIOS DESAFIOS DE DE OCEANO OCEANO ARGADA CONE SUL CONE O Circuito Cone Sul é a primeira grande competição das classes de oceano no segundo semestre do calendário da Federação de Vela do Rio Grande do Sul (Fevers). De costume o Circuito é realizado em dois finais de semana e termina com as regatas do Troféu Seival e do Farroupilha, homenageando há anos as conquistas dos heróis Farrapos. Neste ano, verificou-se o bom nível 8
técnico das tripulações e a determinação dos comandantes e dos velejadores, apesar de um número menor de participantes em relação a outras edições da competição. Na classe Orc Club, o primeiro lugar no Cone Sul foi o veleiro Cavaco, comandado por Marco Juarez Reichert. Já na classe RGS, René Garafielo, com seu Taz, conquistou a primeira colocação.
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Na O´Day 23 o Lady Jany, comandado por Renato Meurer, foi o campeão. O Troféu Seival, maior regata do Cone Sul com 89 milhas (164 km) foi conquistado pelo veleiro C est la vie, comandado por Henrique Dias. E o Troféu Farroupilha, para a classe RGS e O´Day 23, foi conquistado pelo barco Virtú (RGS), de Nilto Beccon, e Lady Jany (O´Day 23), de Renato Meurer.
Noite de Jazz com queijos e vinhos Em agosto a sede da Ilha do Jangadeiros recebeu associados e seus convidados para a noite de queijos e vinhos com o show do grupo de Jazz Tom Maior. O grupo arrancou fervorosos aplausos dos presentes ao executar clássicos e também outras obras do mais puro jazz. Aproximadamente 150 pessoas prestigiaram o evento que foi colorido com especial decoração, ingrediente que também agradou bastante a todosos presentes.
Sejam bem-vindos A Comodoria dá as boas-vindas e saúda os novos sócios do Jangadeiros: Adalberto Salatino Filho, Alberto Lottermann, Ana Luiza C. Barcellos, Andre Bettanin, Antonio Malta Neves, Buck Marcelo, Carlos Graeff Teixeira, Carmen do Carmo Sousa, Cesar Augusto Duarte Cardoso, Claudio P. Maranghello, Daniela Vincenzi Tambeira, Fabio de Lima Beck, Fernando Miranda Junior, Fernando Osório Ribeiro, Geraldo Costa da Camino, Geraldo Orso, Gilberto Rossi Gil, Henry Gonçalves Lummertz, Humberto dos Santos e Almeida, Ivan Alejandro Skorin Tomicic, João Carlos Boroni de Oliveira, João Paulo Lucena, Jose Henrique de F.Valle e Silva, Lafayete Josué Petter, Luiz Antonio Ferreira, Luiz Reni Coutinho Marques, Marcia P. Minarski, Mariane Cardoso Macarevich, Mario Rodrigues Bastos, Mauricio da Silveira Pinto, Mauricio Menegat Feijó, Milton Bernardes Pignataro, Monica Pinho Leuschner, Nilton da Cunha Sales, Odoni Pedro Brondani, Paulo Airton Lucena, Paulo Fernando Ruano da Silva, Paulo Gilberto de S. Groisman, Rafael Augusto P. Britto, Renato Vargas de Mesquita, Ricardo Capra Ramos, Rodrigo Gravina Fadanelli, Rodrigo Moraes Martins, Rogério Calafati Moysés, Rogério Pegoraro Pereira, Tania Maria Prytoluk Lima.
Noite portuguesa com certeza Uma bela interpretação da obra do poeta português Fernando Pessoa deu o tom da noite portuguesa realizada na sede da Ilha, no final do mês de setembro. O espetáculo “Eu, Pessoa e os outros eus”, dirigido e protagonizado por Jairo Klein com participação de Maninha Pedroso, expôs de maneira enfática trechos da obra do poeta. Após a apresentação, os convidados experimentaram pratos típicos da culinária lusitana. O Show do músico português Luis Ramos cantando fados ao violão, embalou o jantar até a entrada da madrugada no primeiro evento da primavera no Jangadeiros.
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Ilha dos Jangadeiros ganha
projeto paisagístico
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ouco mais de vinte e cinco anos após a criação da Ilha do Clube dos Jangadeiros, o engenheiro agrônomo e paisagista Ronald Jamieson, que participou da implantação da ilha, volta a prestar seus serviços para tornar ainda mais bela aquela que transformou-se no símbolo da concretização de um sonho de um grupo de amigos velejadores. Trabalhando basicamente no conceito da reposição de visuais, Ronald Jamieson se utiliza agora de algumas técnicas para aproximar a natureza da parte construída da ilha, causando uma transição harmoniosa entre suas cores. A primeira parte da ação, e talvez a mais trabalhosa, foi a poda das árvores já existentes através da extração de galhos secos e da eliminação da “ervapassarinho”, um parasita que diminui o seu tempo de vida. A partir daí deu-se o início da parte paisagística propriamente dita. Logo ao atravessarmos a ponte de acesso à ilha, Ronald criou um grande canteiro com nuances de plantas rasteiras de diversos tipos de coloração. Seguindo na direção da escola de vela, o paisagista fez o plantio de vegetação
Flores adornam os jardins da Ilha 10
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arbustiva, com a idéia de mescla-la junto à área das churrasqueiras. Outra preocupação foi em relação a criar uma certa expectativa em quem acessa a ilha. “Atualmente, a pessoa que ingressa no local pode avistar, desde o começo, toda a sua dimensão. A idéia então é a de criar uma cerca viva para que, além de preservar o alcance do olhar rumo ao final da ilha, omita-se a área menos bonita onde estão estacionados os carrinhos e reboques dos barcos” explica Ronald. Perguntado sobre como definiria o seu trabalho junto à natureza, Ronald Jamieson é enfático: “é um trabalho que a gente se sente pequeno diante das dimensões do universo, do criador, visto que alguns retornos da natureza virão somente após anos”.
Recadastramento e pesquisa
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epois de vários anos, o Clube dos Jangadeiros está fazendo um trabalho de atualização e melhoria no cadastro de seus associados, com o objetivo de facilitar o fluxo de informações qualificando a comunicação entre o Clube e os associados e seus dependentes, especialmente através de e-mails. Este novo sistema de comunicação permitirá o direcionamento das informações específicas para cada grupo de associados, de acordo com o interesse, a necessidade e o assunto. Além de poder segmentar as informações, o custo da comunicação será também menos oneroso. Simultaneamente, o Clube está promovendo uma
pequena pesquisa de avaliação sobre algumas áreas onde serão implementadas ações específicas e, portanto, será necessário saber a opinião dos associados. Um breve questionário encontra-se encartado nesta edição da Revista e, depois de respondido, poderá ser encaminhado para a secretaria do Clube através de FAX (Fone: 32682151) ou pelo correio (Rua Ernesto Paiva, 139, bairro Tristeza). Acessando o site do Jangadeiros (www.jangadeiros.com.br) o questionário poderá ser respondido por e-mail. Como incentivo aos associados que responderem a pesquisa até o dia 15 de novembro, o Clube estará sorteando três meses de mensalidade gratuita. Participe!
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Jangadinhas ABERTURA DAS PISCINAS A temporada das piscinas terá sua abertura no próximo dia 15 de novembro. Para usufruírem as piscinas, os associados e seus dependentes deverão adquirir a Carteira de Piscina na secretaria administrativa do Clube. Informe-se pelo telefone (51) 3268-0800, ou direto na secretaria.
DÉBITO EM CONTA A partir de outubro, os associados que têm conta no Banrisul poderão optar pelo pagamento da mensalidade através de débito em conta. Em breve o serviço será estendido para outros bancos.
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA O Comodoro convoca os associados a participarem da Assembléia Geral Ordinária para eleição de 1/3 do Conselho Deliberativo do Clube. A Assembléia será realizada dia 26 de novembro. O regimento está à disposição na secretaria administrativa.
AULAS DE TÊNIS Interessados podem se inscrever nas aulas de tênis no Jangadeiros. Informe-se na secretaria administrativa.
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Começa o
estadual de oceano
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ma regata de 34,8 milhas náuticas (aproximadamente 65 km) encerrou na noite de domingo (09 de outubro) a primeira etapa do Campeonato Estadual de veleiros da classe oceano. Todos os 29 barcos participantes completaram o percurso cuja largada foi dada na raia da Tristeza por volta do meio-dia. Os barcos contornaram a bóia de número 114 no Rio Guaíba nas proximidades de Belém Novo. Computando-se o tempo de chegada do último colocado, o percurso durou quase seis horas graças ao bom vento que soprou na maior parte da regata. A abertura do Campeonato ocorreu no sábado com uma regata barla-sota curta na raia do Jangadeiros. A próxima etapa do Estadual será realizada nos dias 05 e 06 de novembro. Após a primeira etapa, a classificação é a seguinte:
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Bom vento na regata longa
CLASSE DELTA 26
CLASSE RGS B
1º lugar: Taz (Clube dos Jangadeiros)
1º lugar: Alga (Veleiros do Sul)
CLASSE ORC CLUB
CLASSE O‘DAY 23
1º lugar: Silver Surfer (Veleiros do Sul)
1º lugar: Lady Jany (Iate Clube Guaíba)
CLASSE RGS A
CLASSE SKIPPER 21
1º lugar: Mandinga (Rio Grande Yatch Club)
1º lugar: Cavaco I (Veleiros do Sul)