PAISAGISMO Central Ano 1 . edição 1. Julho - Agosto de 2011
JARDINAGEM Cuidados com o seu gramado no inverno DICA Taludes O quê usar? SAIBA MAIS Palmeiras em Santa Maria
Jardim do Bimestre: Convento das Irmãs Franciscanas
Editorial
Surge, no centro do Rio Grande do Sul, uma nova revista. Pioneira na região, Paisagismo Central é uma publicação que trata do mercado paisagístico da porção central do estado, ou seja, de Santa Maria e das cidades ao seu redor. Com periodicidade bimestral, cada edição de Paisagismo Central vai trazer temas de interesse dos profissionais do paisagismo, dos leitores amantes do assunto e daqueles que virão a se tornar adoradores do paisagismo após o contato com a revista, que preza por uma abordagem acessível aos leitores em geral. A revista está estruturada nas editorias Jardinagem, Espécie Nativa, Dica, Capa, Entrevista, Saiba Mais, Plantas Anuais, Plantas Perenes, Notícias, Colunistas, Espaço da Prefeitura e, finalmente, Palavra do Leitor, conforme dispõe o índice a seguir. A ideia é que essa divisão de abordagens proporcione um espaço informativo e interativo para o público, que tem a possibilidade de opinar acerca do que leu ao final de cada revista. A matéria de capa da vez traz o jardim escolhido para o bimestre junho/julho, fotografado com esmero para melhor representar a realidade do local. Também, as notícias deste número atualizam os leitores a respeito do cenário paisagístico de Santa Maria, com destaque para os projetos que estão sendo desenvolvidos para as praças e parques da cidade pela Prefeitura Municipal. A versão online da publicação ficará disponível no site www.paisagismocentral.com.br, além de dicas, notícias, anunciantes, serviços e fotos da região central. Esperamos que a proposta de Paisagismo Central agrade a muitos e seja um fomento para o mercado paisagístico do centro do estado, por meio de toda informação, transformada em conhecimento, que pretende difundir a cada edição.
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Índice
05
Jardinagem Cuidados com o seu gramado no inverno
08
Espécie Nativa
10
Dica Taludes - O quê usar?
12
O Jardim do Bimestre Jardim do Convento São Francisco de Assis
18
Entrevista
20
Saiba mais Palmeiras em Santa Maria Expediente
26
Plantas anuais Viola x wittrockiana - Amor Perfeito
Revista Paisagismo Central Edição: Juliana Frazzon Redação: Juliana Frazzon,
27
Plantas Perenes Hemerocallis flava
Diagramação: Milene Marchezan da Silva Imagens: Marcos Cichelero
28
Notícias Revitalização de Praça no Bairro Rosário
Edição de imagens: Marcos Cichelero e Milene Marchezan da Silva Revisão:Glademir Roque Morin Junior e Rodrigo Pivoto Mulazzani Endereço: Av. Roraima, nº 1000, prédio 3, sala 22A
32
Colunistas
Telefone: (55) 3226 4148 Data de fechamento: 20 de junho de 2011
34
Espaço da Prefeitura
Impressão: Gráfica Pallotti Tiragem: 2500 revista@paisagismocentral.com.br
35
4
Palavra do Leitor
www.paisagismocentral.com.br
Jardinagem Cuidados com o seu gramado no inverno
gramado apresenta uma leve
demorado porque as plantas devem
regressão do ponto de vista visual,
ser arrancadas com suas raízes uma
bem como sua “saúde” é prejudicada
a uma de forma manual, já existindo,
de tal forma que se deve estar em
no mercado, pequenos utensílios
parece ser um sonho para muitas
alerta, para que um belo gramado
para essa prática, que podem ser
pessoas que admiram o paisagismo e
não se perca pelo esquecimento de
encontrados em agropecuárias e
a natureza. No entanto, não é uma
algumas técnicas que podem ser
outras casas especializadas. Já pelo
fácil missão, ainda mais quando
aplicadas para minimizar os efeitos
método químico, o efeito desejado é
estivermos falando de um país como
negativos que as estações do ano
quase que instantâneo, ainda mais
o Brasil, onde há tantas variações
proporcionam a natureza.
quando se tem grandes áreas, mas
Ter um gramado bonito
climáticas dentro de uma estação ou, até mesmo, entre as estações do
pode ser mais oneroso tanto para o Precauções que fazem a diferença
ano.
bolso quanto para o meio ambiente. De qualquer modo, o controle das
O que podemos notar no Rio Grande do Sul e, especialmente, na região central, é que a grama usada para forração nos jardins, tanto em áreas planas como em taludes, tem suas características alteradas na troca das estações, principalmente no final do outono e na saída do inverno. Nessas épocas, em decorrência das variações de temperatura, de umidade e de luminosidade, o
Um dos cuidados e, talvez, o mais importante que pode ser tomado, é o controle quase rotineiro das plantas invasoras, dos matinhos e dos inços, como também são conhecidos, pois é muito comum surgirem, nessa época, plantas como as rosetas (Soliva spp.), os trevos (Oxalis spp.), a erva-de-passarinho (Stellaria media) e as serralhas (Sonchus spp.), entre outras. Esse controle pode ser feito de duas formas basicamente: mecânico ou químico. O método mecânico é mais
plantas deve ser realizado, porque a ausência dele causa abafamento e supressão da grama, tornando-a mais rala e sem resistência para passar pelo inverno, pois as invasoras tomam para si não só o espaço, mas também a luz, os nutrientes e a água. Outro manejo que se faz na grama durante a estação mais fria do ano é uma leve cobertura de terra, porém em momento inadequado.
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Jardinagem Essa prática é, muitas vezes, observada nas residências e nos condomínios em nossa região, sendo mais indicado deixar para fazer tal manejo entre a saída do inverno e a entrada da primavera, que é quando a grama está saindo de sua dormência e voltará ao crescimento normal ao longo do ano; assim, o gramado responderá melhor à cobertura de terra. Junto a essa iniciativa, é recomendado, no mínimo uma vez por ano - período que pode coincidir com a cobertura de terra - aplicar uma adubação, podendo se utilizar adubos orgânicos. Contudo, deve-se ter muito cuidado para não adquirir sementes de plantas invasoras inadvertidamente; para evitar isso, verifique se o produto tem certificado de boa procedência e é composto de adubos organominerais ou químicos, conhecidos como NPK. Mais um cuidado importante é com a altura de corte da grama durante todo o ano, mas nessa época de repouso em especial. A tendência das pessoas é de cortar a grama bem baixa, com o objetivo de prolongar o período entre os cortes.
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. A decisão parece ser boa do ponto de vista econômico, pois gasta-se menos com a manutenção a curto prazo; porém, a grama reage negativamente a esse tipo de corte, já que ele a enfraquece e oportuniza o aparecimento de plantas daninhas, bem como facilita o surgimento de buracos, causando erosão, sendo esta última mais preocupante em terrenos com declividade, em gramados e em taludes. Por isso, é importante manter sempre uma boa camada foliar no gramado, possibilitando que ela se mantenha mais estável e não apareçam manchas de grama morta durante a estação fria do ano.
Jardinagem Um fator citado, que pode influenciar na beleza do gramado nessa época, é proporcionar a ele o máximo de luz solar, pois quanto mais Sol a grama receber, mais bonita e vistosa ela fica, já que consegue ter um crescimento normal. Além disso, é importante salientar que existe um tipo de grama para cada situação. Há variedades que necessitam de mais luz do que outras, por exemplo, então é importante que um profissional da área auxilie na indicação da melhor espécie de grama para cada circunstância, a fim de que, logo, não surjam problemas pela escolha incorreta. Aparar galhos de arbustos de árvores que estejam impedindo a passagem da luz do Sol é uma ótima saída para proporcionar melhores condições para seu gramado permanecer bonito durante o frio de nosso estado.
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Espécie Nativa Paineira Ceiba speciosa ·
Nome cientifico :
Ceiba speciosa ( Chorisia speciosa, na antiga classificação) ·
Familia:
Malvaceae (antiga Bombacaceae)
Durante todo o ano acompanhamos o ciclo de vida de diversas árvores ornamentais, nativas da região. Nesta época, chama-nos a atenção uma espécie muito popular e rustica, a Paineira (Ceiba speciosa). Suas características morfológicas são bastante visíveis. Esta arbórea pode chegar até 30 metros de altura e 10 metros de diâmetro. Apresenta tronco verde-acinzentado e ramos jovens, coberto por acúleos, na qual se acredita ser para defesa, principalmente no período de crescimento. O tronco é capaz de sintetizar clorofila, e sua madeira é bastante leve, maleável e pouco resistente. Apesar de ser uma planta de origem tropical, é bastante tolerante ao frio. Possui rápido crescimento, porém não se deve utiliza-la na arborização urbana, devido as suas características não se adequarem a este fim.
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Espécie Espécie Nativa Nativa
Logo que abrirem, colhe-se a paina e retira-se a semente manualmente, plantando-a logo em seguida. É uma espécie que necessita de sol pleno, solo fértil e irrigação periódica. A sua floração é intensa, deixando a árvore semi ou totalmente despida de folhagem. A florescência ocorre na primavera, verão e outono, com flores grandes, de cinco pétalas cada, com diversas tonalidades de rosa, pintalgadas de vermelho e bordas brancas. Existe uma variedade branca, não muito comum na região. O correto é cultiva-la em grandes áreas, como parques e jardins públicos, onde
A árvore-de-paina além de possuir
não haja grande circulação de pedestres.Uma das peculiaridades da Paineira está em
uma extraordinária beleza, apreciada
seu fruto liberar tufos de paina, que são dispersos pelo vento, levando com eles diversas
durante a floração, ajuda a manter o
sementes. A paina de cor branco-amarelada é sedosa e fina. Foi muito utilizada para
equilíbrio ambiental existente. Muitas
estofamentos. As sementes, de coloração marrom, germinam e desenvolvem
espécies necessitam de sua existência e
rapidamente, não havendo necessidade de quebra de dormência, para cultivo. Os frutos
utilizam de seus materiais, como alguns
são grandes, verdes e ovais, do tipo capsula. São deiscentes, ou seja, abrem-se quando
pássaros específicos que utilizam a sua
maduros, por isso devem ser colhidos fechados e secos ao sol.
paina para a criação de ninhos.
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Dica TALUDES, O QUÊ USAR? Em lugares conhecidos como barrancos, morrinhos ou taludes, como também são chamados, pode surgir uma dúvida, no momento em que devem ser vegetados, no que se refere à qual espécie plantar para que estes estejam sempre com boa aparência e embelezando a paisagem. A opção mais lembrada é a implantação de grama; mas, para taludes, será realmente a melhor escolha?
Dentre algumas vantagens de
nativa do Brasil, mas muito pouco
se utilizar grama em taludes, podemos
conhecida para o fim de revestimento de
citar como principal a facilidade de
barrancos: a Arachis repens. Conhecida
aquisição desta. Além disso, a grama
popularmente por grama amendoim ou
promove o fechamento da área
amendoim rasteiro, é uma ótima opção
instantaneamente quando plantada em
para taludes, por se caracterizar como
leivas ou tapetes e gera um grandioso
planta de forração, fechando totalmente
conformação estrutural, apresentam
efeito paisagístico, tornando o ambiente
a área.
dificuldades para uma boa fixação e
agradável pelo bem-estar que o verde
desenvolvimento das plantas,
da grama transmite às pessoas.
Vantagens e desvantagens para um gramado na circunstância de terreno em desnível Os taludes, pela sua
principalmente pela sua falta de
Em contrapartida, vegetar
Comparado à grama, o amendoim rasteiro se diferencia bastante em vários pontos: em primeiro
capacidade em reter a água da
talude com grama costuma ter um alto
lugar, no que se refere ao custo de
chuva, pois esta é escoada
custo de implantação e de manutenção,
implantação por metro quadrado (m²),
rapidamente pela superfície, deixando
tais como regas – mais frequentes -,
que cai cerca de 60%; em segundo, os
pouca umidade nos dias após a
cortes e limpezas em geral. Esses
gastos com manutenção se reduzem a
chuva. Dependendo do talude, a
motivos citados devem ou, pelo menos,
um sexto se levado em consideração o
grama logo começa a sofrer com a
deveriam ser levados em consideração
da grama,
falta de água, revelando enrugamento
no ato de gramar uma ladeira. Vale
das folhas, o que torna o gramado
ressaltar, ainda, que o operador da
mais ralo e, de certa forma, mais
máquina de cortar grama, no momento
“debilitado”. Por essa e outras razões,
do corte,
gramar um talude nem sempre é a
desconfortável para realizar o serviço,
melhor opção. É importante lembrar,
podendo, até mesmo, ocorrerem
também, que alguns gramados se
eventuais acidentes.
encontra-se em posição
sombreamento e abafamento por plantas daninhas - “os inços”.
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amendoim rasteiro: - Não tolera pisoteio contínuo, da mesma forma que a grama; - É preciso aparar apenas de duas a três vezes por ano; - Sofre com geadas, porém tem rápido
tornam ralos na estação fria, devido ao excesso de umidade,
Curiosidades sobre o
Alternativas de espécies vegetais para taludes Uma das espécies sugerida é
rebrote; - Seu plantio é feito por mudas (em torno de cinco mudas por m²).
Dica Outra alternativa apara forração de taludes é o plantio de hera (Hedera canariensis), a qual serve tanto para locais sombreados quanto a pleno sol. Essa espécie tem como característica ser uma planta rasteira e trepadeira que forma um verdadeiro “colchão verde”, muito indicada para grandes áreas, uma vez que não necessita de manutenção rotineira, como é o caso da grama. A hera não precisa ser aparada, o que se pode fazer depois de alguns anos é um corte para renovar a folhagem e nascerem folhas novas e mais vistosas. No entanto, com a implantação de hera, o ambiente pode acabar se tornando propício para o desenvolvimento de alguns aracnídeos, como as aranhas. Logo, para áreas onde há muita circulação de crianças - escolas, parques e praças -, a hera não se mostra uma boa opção, exceto que sejam tomadas
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algumas precauções, como a colocação de pequenas cercas para jardins, evitando a circulação em meio às plantas. Do mesmo modo que o amendoim rasteiro, a hera também não tolera o pisoteio contínuo. A grande vantagem dela é o recobrimento de taludes em locais de meia ou total sombra, já que se adapta muito bem a essas condições de baixa luminosidade. Essa característica de ambiente, na maioria das vezes, gera dor de cabeça aos paisagistas, já que eles tendem a ter mais dificuldade na hora de escolher plantas adaptáveis a situações especiais e capazes de compor um arranjo. Conhecidas essas boas alternativas para manter um talude sempre bonito, basta agora escolher qual a melhor opção de planta para o seu espaço, ou seja, a que melhor se adaptará às condições locais onde o seu talude está inserido e mais poderá contribuir para o seu bem-estar e seu relaxamento visual.
Amendoim Rasteiro
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Jardim do Bimestre Em uma das principais avenidas de Santa Maria, situa-se um belo recanto que passa despercebido aos olhos de muitos que transitam pelo local. É o jardim do Convento São Francisco de Assis - morada das Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã -, e que foi escolhido para ilustrar a revista neste bimestre. O jardim do convento franciscano foi projetado e executado em duas épocas distintas. A primeira delas se deu no ano de 2000, em que a parte posterior do ambiente foi concluída, ou seja, os fundos do prédio do convento. Em um segundo momento, mais precisamente em janeiro de 2008, outro projeto esboçou novos contornos à paisagem, agora para a porção anterior do lugar, que faz limite com a Avenida Medianeira.
Todos os espaços do jardim foram planejados visando ao lazer e aos momentos de oração e meditação das Irmãs e de todos aqueles que queiram percorrer o recinto para meditar. Quem entra pelo portão principal do complexo e dá alguns passos à esquerda, encontra um orquidário, estrategicamente protegido pela sombra das árvores que lhe cercam, por esse ser o ambiente mais propício para o florescimento dessa espécie de planta. O recinto conta com mais de 60 mudas e 20 espécies de orquídeas aproximadamente e está em constante aperfeiçoamento.
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Logo após o orquidário, há um banco balanço acompanhado de outros bancos fixos, que costumam ser cenário da prática de leituras, de meditações e, até mesmo, de conversas entre os presentes, um típico ponto de encontro e contemplação.
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Jardim do Bimestre Ao se tomar a pista asfaltada
Seguindo-se qualquer uma
usados como outro ponto de
- destinada à passagem de carros -
das referidas pistas, o que induz a
encontro, nos fins de tarde e fins de
ou a pista para caminhada, ainda à
uma conversão à direita, tem-se a
semana, principalmente durante o
esquerda, está uma imagem de São
parte lateral do jardim, que conduz à
verão, em que a noite demora um
Francisco de Assis, rodeado por
posterior. Projetada no ano de 2000,
pouco mais a chegar e, mais ainda,
outras pequenas imagens de animais
conforme foi esclarecido, esta inicia
quando é vigente o “horário de
e de um pedaço de tronco de árvore,
com a Via Sacra, nome dado ao
verão”.
já que esse santo é conhecido como
caminho que Jesus percorreu
o patrono dos animais e do meio
carregando a cruz até a sua morte. As
paisagístico do ano de 2000 é a
ambiente. Em torno das esculturas,
imagens que representam a Paixão
pequena cascata situada na porção
há bancos distribuídos em forma de
de Cristo foram criadas, por meio da
posterior do prédio do convento. Ela
círculo, para aqueles que desejam se
técnica de mosaico, pelo artista
compõe o ambiente do qual faz parte
sentar e contemplar essa porção do
uruguaio Silvestre Peciar. Ao final da
o salão que as Irmãs utilizam para
jardim. A obra de arte existe desde a
Via Sacra, está a capela onde são
confraternizações, cumprindo o papel
inauguração oficial do convento, em
celebradas as missas.
de divisora entre a fachada e os
abril de 1956, e foi incorporada ao
Quase junto à lateral do
Também integrante do projeto
fundos da construção e de elemento
projeto paisagístico elaborado no ano
prédio, há uma fonte cercada por
demarcador do desnível que existe no
de 2008.
bancos, os quais costumam ser
solo entre essas partes.
14
Jardim do Bimestre Quase junto à lateral do prédio, há uma fonte cercada por bancos, os quais costumam ser usados como outro ponto de encontro, nos fins de tarde e fins de semana, principalmente durante o verão, em que a noite demora um pouco mais a chegar e, mais ainda, quando é vigente o “horário de verão”. Também integrante do projeto paisagístico do ano de 2000 é a pequena cascata situada na porção posterior do prédio do convento. Ela compõe o ambiente do qual faz parte o salão que as Irmãs utilizam para confraternizações, cumprindo o papel de divisora entre a fachada e os fundos da construção e de elemento demarcador do desnível que existe no solo entre essas partes.
16
Jardim do Bimestre O jardim permanece disponível para visitação durante os períodos da manhã e da tarde, quando algumas pessoas costumam usufruir o espaço para tomar um chimarrão ou utilizar a pista de caminhada como uma opção para se exercitar e desfrutar da paisagem. O endereço do complexo, que é composto pelo convento, pelo museu (MHIF – Museu Histórico e Cultural das Irmãs Franciscanas) e, é claro, pelo jardim escolhido para este bimestre é Avenida Nossa Senhora Medianeira, número 1267, ao lado do supermercado Nacional.
16
Entrevista trigo e fruticultura desde cedo; com a
(mão de obra especializada),
vinda a Santa Maria para cursar
tecnologia necessária (fertirrigação,
Agronomia e concomitantemente
ambiente de produção, irrigação,
Cooperativismo, abriram-se novas
controle de temperatura, umidade,
oportunidades e perspectivas, entre
radiação e fotoperíodo), poder de
elas a floricultura e o paisagismo, que
investimento, entre outros. Mas, de
até então, não havia tido contato.
modo geral, podemos citar algumas
Trabalhei com a produção de plantas
plantas ou grupos de plantas que o
ornamentais e paisagismo durante dez
futuro produtor pode produzir: arbustos
anos, período que serviu para praticar
para jardins, forrações perenes e
o que tinha estudado em sala de aula.
anuais, gramas, folhagens de corte,
Vivenciei as vantagens e as
espécies silvícolas para arborização
dificuldades da profissão, o quanto é
urbana e paisagismo, flores de corte
prazeroso trabalhar com plantas, mas
como o crisântemo, boca de leão,
Paisagismo Central, Marcelo
ao mesmo tempo trabalhoso. Fui
cártamo, zínia, gipsofila, solidaster,
Rodrigues é Engenheiro Agrônomo,
professor Substituto do Curso de
lisiantus etc.
Tecnólogo em Cooperativismo, Mestre
Agronomia da UFSM durante dois anos
em Produção Vegetal e doutorando em
e há cinco anos sou professor do
Paisagismo Central - Como surgiu o
Fitotecnia pela USP-ESALQ.
Colégio Politécnico da UFSM,
seu interesse pelo paisagismo?
Atualmente, também é Coordenador do
lecionando competências relacionadas
Curso Técnico em Paisagismo,
com a produção de flores e plantas
Marcelo - O interesse pelo Paisagismo
ornamentais.
surgiu de forma casual na época que
Primeiro entrevistado de
professor dos Cursos Técnicos em
eu era acadêmico do Curso de
Paisagismo e Agropecuária e Chefe do Setor de Floricultura do Colégio Politécnico da UFSM.
Paisagismo Central - Quais as
Agronomia e Cooperativismo; a
plantas o senhor acredita que seria
necessidade de trabalhar direcionou-
interessante serem produzidas na
me para uma cooperativa de
nossa região?
profissionais autônomos que prestava
Conheça mais a respeito do estreante desta editoria a partir do texto que segue.
serviço de elaboração, implantação e Marcelo - Na verdade, o mercado de
manutenção de projetos paisagísticos.
flores e plantas ornamentais é muito
Em relação à floricultura, houve uma
vasto, existem inúmeras possibilidades.
necessidade natural de produzir
nos um pouco sobre a sua trajetória
No momento da escolha das plantas
plantas ornamentais que eram
profissional.
para iniciar uma produção, deve-se
demandadas pelos projetos
Marcelo - Por ser filho de pequeno
levar em consideração alguns fatores
paisagísticos implantados, com preço e
agricultor da cidade de Santo Augusto,
como: demanda do produto,
qualidade competitivos, aumentado a
trabalhei na lavoura de soja, milho,
custo/benefício, grau de dificuldade
rentabilidade da atividade.
Paisagismo Central - Conte-
18
Em relação à floricultura, houve uma
Paisagismo Central - Como o senhor
necessidade natural de produzir
caracteriza o mercado paisagístico na
plantas ornamentais que eram
região central do estado?
demandadas pelos projetos
Entrevista Marcelo - Em primeiro lugar, para aperfeiçoar o Paisagismo na região,
paisagísticos implantados, com preço e
Marcelo - É um mercado pouco
qualidade competitivos, aumentado a
explorado e em ascensão tanto no
rentabilidade da atividade.
volume de trabalho quanto na valorização do profissional de
Paisagismo Central - Quais
paisagismo. O aumento do poder
elementos o senhor considera
aquisitivo da população, a
essenciais em um projeto paisagístico?
preocupação com o meio ambiente, o bem estar pessoal, a qualidade de vida
Marcelo - Devemos considerar na
tornam os espaços ajardinados em
elaboração de um projeto paisagístico
residências, condomínios, edifícios
os elementos vegetais e arquitetônicos,
indispensáveis, criando uma demanda
tentando implantá-los e organizá-los de
crescente destes serviços. No entanto,
forma harmoniosa. Quando se trata de
para obter sucesso é necessário mão
elementos vegetais de um projeto
de obra especializada, tanto no
paisagístico de tamanho considerável,
Paisagismo quanto na Floricultura, pois
a espinha dorsal do projeto serão as
o mercado está disposto a demandar
espécies arbóreas seguidas pelos
serviços e produtos, desde que sejam
arbustos e forrações. Já quando temos
de qualidade. Neste sentido, desde
projetos paisagísticos com áreas
2001, o Colégio Politécnico da UFSM
menores, é essencial a presença dos
oferta o curso Técnico em Paisagismo
arbustos, pois, no término da
que habilita profissionais aptos a
implantação do projeto, já
ingressarem no mercado de trabalho,
conseguimos dar forma ao jardim. Em
com excelência na sua formação.
relação aos elementos arquitetônicos,
deve-se levar em consideração que o Paisagismo é ciência, técnica e arte. Os profissionais que atuam em paisagismo devem possuir formação na área; os projetos paisagísticos devem ser elaborados de maneira criteriosa, pois possuem elementos que são vivos e irão crescer e desenvolver, podendo resultar em espaços belíssimos ou ainda em grandes problemas. Planos municipais de arborização urbana, embelezamento, criação e manutenção de parques e praças devem ser políticas públicas e não políticas governamentais, deve haver continuidade nas atividades já desenvolvidas. O paisagismo é uma das formas mais fáceis e rápidas de embelezar e transformar para melhor uma cidade. Tanto o poder público quanto a comunidade têm a possibilidade e a obrigação de transformar o seu entorno em locais
devemos considerar: acessibilidade a
Paisagismo Central - Quais aspectos
todos locais do jardim (elementos de
o senhor crê que podem ser
circulação), existência de elementos de
aperfeiçoados na área paisagística na
descanso, iluminação, recreação,
região?
mais belos e prazerosos para se viver, desde que seja de forma organizada e criteriosa.
contemplação, limpeza e ornamentação.
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Saiba mais Palmeiras em Santa Maria
Ao andarmos por nossa cidade, é comum
que apresentam crescimento individualizado, com raíz
apreciarmos exemplares de palmeiras em jardins
profundas e em forma de “cabeleira”, troncos eretos e folhas
residenciais, praças e canteiros centrais. Trata-se de
vistosas. São consideradas plantas nobres do reino vegetal
uma espécie muito utilizada no paisagismo por transmitir
e são importantes elementos da flora e do paisagismo
sensações de luxo e tropicalidade.
nacional.
As palmeiras da família Arecacea, antigamente
Dentre todas as espécies existentes, poucas
conhecida como Palmae, têm sido muito procuradas por
conseguem se adaptar na região central do Rio Grande do
paisagistas e pessoas adoradoras dessas plantas,
Sul devido à grande amplitude térmica, ou seja, frio muito
devido não só a sua exuberância e tropicalidade, mas
intenso no inverno e calor excessivo no verão.
também por seus variados tamanhos, formas e cores,
Para você, leitor, que não abre mão da beleza
distribuídas em todo o mundo em mais de 3.500
proporcionada pelas palmeiras em seu jardim, selecionamos
espécies.
algumas espécies que melhor se adaptam ao nosso clima, com suas características morfológicas, especificidades e curiosidades.
1. Areca-bambu: A areca-bambu (Dypsis lutenscens), uma das palmeiras mais populares do mundo, tem troncos múltiplos, formando touceiras divergentes que podem chegar até 12 metros de altura. Em comparação com outras palmeiras, apresenta crescimento rápido e produz abundantes frutos durante os meses de verão. Pode ser amplamente utilizada no paisagismo tropical: isolada, em cercas vivas, em grupos ou envasada. Quando exposta ao Sol, suas folhas tornam-se amareladas e, por esse motivo, deve-se utilizála em ambientes de meia-sombra de preferência, para que seu potencial e beleza fiquem visíveis.
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Saiba mais 2. Palmeira-ráfia: Espécie de origem chinesa, foi largamente difundida no Brasil. Chegando até 4 metros de altura, tem caules múltiplos e crescimento lento. Pode ser utilizada sob Sol pleno, meia-sombra, sombra ou luz difusa. A palmeira-ráfia (Raphis excelsa) aprecia climas amenos e úmidos, mas não tolera o encharcamento e as geadas. É adequada para o cultivo em vasos, sendo muito popular na decoração de escritórios, lojas, eventos, shoppings centers e salas de estar, ou, ainda, para o cultivo isolado em touceiras, compondo graciosas cercas vivas de desenho informal. 3. Jerivá: Nome popular dado a Syagrus romanzoffiana, essa palmeira apresenta efeito altamente decorativo e é muito utilizada no paisagismo, principalmente na arborização urbana. Exemplares de jerivá podem ser observados em avenidas de Santa Maria, como na Avenida Roraima - próximo a UFSM - e na Avenida Nossa Senhora das Dores. De origem brasileira, pode alcançar até 15 metros de altura e seu florescimento se dá ao longo de todo o ano, sendo mais frequente da primavera ao final do verão. É bastante tolerante ao frio, às geadas, ao Sol e ao transplante e seus são frutos muito apreciados pela fauna.
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Saiba mais 4. Palmeira-fênix: Chamada também de mini palmeira, a palmeira-fênix (Phoenix roebelenii), não ultrapassa quatro metros de altura e, por essa razão, é cultivada como palmeira arbustiva. Muito apreciada nos jardins de Santa Maria, revela sua beleza em vasos de interiores da mesma forma, desde que estes sejam bem iluminados, já que se trata de uma planta de Sol pleno e necessita de muita luz. Tem grande valor em projetos paisagísticos de diversos estilos, como o tropical, o oriental, o indiano e o contemporâneo.
5. Tamareira-das-canárias: Palmeira robusta e muito rústica, a tamareira-das-canarias (Phoenix canariensis) exibe tronco único, com até 90 centímetros de diâmetro, e pode alcançar até 20 metros de altura. Devido ao seu porte e a sua imponência, não é indicada para pequenos ou médios jardins residenciais, pois acaba, de certa forma, "reduzindo" o imóvel pela proporção, sendo melhor aproveitada em parques, avenidas e grandes jardins. É uma palmeira cultivada a pleno Sol e requer calor para que ocorra seu bom desenvolvimento. É aconselhável podar as folhas inferiores, para reduzir o volume da copa e estimular o crescimento apical.
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Saiba mais 7. Butiá: As palmeiras do gênero Butiá são de tamanho médio normalmente, com altura que vai de 4 a 6 metros. Caracterizam-se pela presença de folhas longas e pequenos frutos carnosos que contêm apenas uma semente, calórica e repleta de nutrientes. Das suas frutas, de coloração laranja quando maduras, são fabricados geléias, licores, cachaças e vinagres. Já das suas sementes comestíveis, pode-se extrair óleo. Seu uso é comum no paisagismo, sendo empregado em alguns jardins de estilo tropical. O butiá adapta-se muito bem ao Rio Grande do Sul e é uma espécie bastante difundida, encontrada facilmente em beiras de estrada e lavouras.
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6. Palmeira-garrafa:
Saiba mais
Embora seja uma espécie pouco utilizada, a palmeira-garrafa
Em regiões como Santa Maria, é
(Hyophorbe lagenicaulis) tem atraído
adequada para espaços externos ou
muito os paisagistas em função do
internos, suportando o frio e a geada.
formato bizarro de seu tronco que,
Apesar de seu crescimento ser lento,
quando jovem, afunila bruscamente
mantém-se contínuo durante o ano,
em direção ao topo e, na fase adulta,
atingindo até 6 metros de altura. O
diminui a espessura de maneira mais
plantio isolado da palmeira-garrafa a
gradativa, tomando a forma de uma
característica escultural da espécie,
garrafa alongada, marcada por anéis
principalmente como um ponto de
de cor cinza-esbranquiçados.
destaque no jardim.
23
Projetos Paisagísticos Na Sul Jardins você encontra Projetos Paisagísticos personalizados que englobam elementos como: ? Regularização, correção e
adubação do solo; ? Escolha de plantas adaptadas ? Construção de decks,
pergolados e instalação de piscinas; ? Sistema de irrigação para
jardins; ? Projetos completos com
garantia de qualidade;
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Plantas Anuais Viola x wittrockiana Nenhum jardim passa despercebido no inverno com a presença delicada e rústica do Amor-perfeito (Viola x wittrockiana). A profusão de cores criadas por essas pequenas e vistosas flores deixam o ambiente alegre e sofisticado. Planta da família das Violaceae, resulta da hibridização da Viola tricolor, da V. lutea e da V. altaica, e apresenta uma característica bastante notável: suas flores - formadas no inverno - tem três combinações de cores, que variam em tons de amarelo, azul,
plantas jovens. Suas sementes devem ser plantadas, preferencialmente, em outubro. Dica
roxo, branco, marrom e negro, além de revelarem pétalas que parecem aveludadas. É uma herbácea muito cultivada em vasos e em jardins, agrupadas em maciços densos e
Se a planta florescer pouco seu problema mais comum -, deve-se colocá-la em local ensolarado por um breve período de tempo. Curiosidade
bordaduras, sempre a meia-sombra, em solo fértil e com regas frequentes. Requer replantio anual, por perder a beleza e o vigor característico das
O Amor-perfeito era cultivado como a “erva do encantamento”, devido ao perfume mágico que diziam ter e ser capaz de atrair corações apaixonados. Por essa justificativa, fez parte da poção do amor do famoso conto de William Shakespeare, “Sonhos de uma noite de verão”.
26
Plantas Perenes Hemerocallis flava A multiplicação se dá por
Conhecido como Lírioamarelo ou Lírio-de-um-dia, o
meio de divisão de touceira, e as
hemerocale tem sido uma das
mudas devem ter as folhas cortadas
plantas perenes mais procuradas e
pela metade durante o plantio,
utilizadas pelos paisagistas, devido
recebendo Sol, diretamente, por seis
a sua beleza e praticidade. O nome
horas. Hoje existe um grande número
foi dado por Linnaeus, em 1753, e
de híbridas (H.hybrida hort.), que
vem do grego “hemero”, que
variam em tons de amarelo, cor-de-
significa “dia” e “kallos” que quer
rosa, laranja, vermelho e marrom.
dizer “beleza”. É uma espécie com
Devido a todas as suas
60 centímetros de altura, da família
características, essa flor é, com
das Hemerocallidaceae, bastante
certeza, um dos ingredientes
tolerante ao frio e com baixo custo
essenciais para a receita do jardim
de manutenção. Por esse motivo,
ideal.
vem sendo muito apreciada em jardins públicos e de condomínios. A florada se forma no verão, época em que necessita ser mais irrigada. Cada flor desabrocha pela manhã e murcha à noite, dando lugar a novas flores no dia seguinte e mantendo-se, assim, sempre vigorosa, sem ter sua beleza diária prejudicada pela ação de ventos fortes. Tem sido utilizada, com frequência, junto à espécie H. fulva, cujas flores são alaranjadas. Adequa-se bem em bordaduras ou em conjuntos isolados e em solo rico em matéria orgânica, sempre a pleno Sol.
Curiosidade No oriente, os hemerocales vão além do paisagismo, enriquecendo a culinária e a medicina.
27
Notícias Assim, a praça foi rebatizada,
Modificações executadas:
passando a se chamar Hermenegildo
. Pavimentação: removidas todas as
Gabbi.
pavimentações existentes, sendo
Revitalização de praça no Bairro Rosário
A inauguração do espaço, com as
Muitos santa-marienses já
substituídas por calçadas contínuas,
devem ter reparado que algumas
modificações propostas em seu projeto, foi
com o objetivo de garantir a livre
áreas de convivência da cidade estão
no dia 15 de março deste ano, ocasião que
circulação de pedestres, inclusive de
cercadas por tapumes - que indicam
reuniu autoridades do Município. O período
pessoas portadoras de deficiência ou
obras no local -, ou mesmo expostas
de execução das obras foi de 90 dias
com mobilidade reduzida.
aos olhos de quem quiser observá-las
aproximadamente, e o total de recursos
. Meio-fio: todo meio-fio que delimita a
em reformas. Tais mudanças são
ficou orçado em R$ 95.317,32. A área da
caixa da rua foi substituído por peça
consequência do projeto Reviva
praça é de 630,90 m², considerada
nova, atendendo à altura proposta. No
Centro - Santa Maria Feliz, que visa
pequena se comparada às demais
nterior da praça, não há meios-fios
revitalizar o Centro Histórico da
encontradas pela cidade. De acordo com o
salientes, o que proporciona
cidade. O objetivo é a revigoração e o
Presidente do Escritório da Cidade, Júlio
despoluição visual.
resgate da história de espaços
Rasquin, “[...] aquela [praça] do Rosário ali,
. Acessibilidade: criado espaço que
importantes existentes no centro do
que é chamada Hermenegildo Gabbi, nós
viabiliza o alcance e a utilização por
Município, incluindo parques e
procuramos colocar uma zona central,
parte de qualquer pessoa, inclusive
praças, que estão recebendo um
norte, sul, leste, oeste, mais ou menos
daquelas com mobilidade reduzida.
tratamento especial por parte da
dividir”.
Prefeitura. Fazem parte do projeto Reviva Centro a Avenida Rio Branco, a Gare, a Vila Belga, a Rua do Acampamento e a Rua Bozano até a Praça Saturnino de Brito, além de algumas praças da área central. Dentre estas últimas, uma que já foi reformada se localiza no Bairro Nossa Senhora do Rosário e, até o ano de 2000, chamava-se Clarimundo Flores, nome que foi revogado pela Lei Municipal 4305/00, de 12 de janeiro do referido ano.
28
Notícias
? Rebaixamento de calçadas:
.ambiente de convivência agradável
rebaixadas nas esquinas, junto às
também durante a noite; Marco de
travessias de pedestres.
pedra: a pedra existente foi conservada,
? Escada: redimensionada e dotada
apenas os dados de sua placa
é colocar essa parte de paisagismo”,
de corrimão metálico.
indicativa foram atualizados.
salienta Jorge Beck, arquiteto do Escritório da Cidade e responsável
? Bancos: utilizados bancos com
estrutura metálica, assento e encosto
Sobre o projeto Reviva Centro e
técnico pelo projeto da praça. A
de madeira, sendo os existentes
a revitalização de diversas áreas de
Hermenegildo Gabbi está situada na
retirados.
Santa Maria que nele está proposta, “a
esquina da Rua Duque de Caxias
? Lixeiras: colocadas em pontos
intenção é colocar verde na cidade,
com a Rua Vale Machado.
estratégicos, a fim de atender às necessidades dos frequentadores, permitindo limpeza e coleta adequadas. ? Canteiros: houve o plantio de
forrações diversas, com o intuito de tornar o local mais agradável e permitir facilidade de manutenção e possibilidade de melhoria da drenagem; . Floreiras: utilizadas floreiras prémoldadas de concreto, que servem como muro de contenção; . Luminárias: distribuídas de forma proporcional pelo espaço, para auxiliar no quesito segurança e tornar o
29
Notícias Nova opção para o paisagismo em Santa Maria
Segmento do mercado em constante expansão na cidade, o paisagismo ganhou mais uma alternativa para os seus interessados. É a Sul Jardins Garden Center,
Agora, a loja dispõe de várias
coberto, onde podem ser contratados
empreendimento do ramo da
linhas de produtos para jardinagem,
os serviços e encontrados os
jardinagem e do paisagismo que teve
desde plantas, insumos em geral,
referidos produtos expostos, e uma
seu novo espaço inaugurado, ocasião
ferramentas, máquinas, móveis para
área externa, em que estão
que marcou, também, o aumento da
exteriores, fontes de água e vasos até
instaladas as estufas para o cultivo
área de atuação do negócio.
arranjos florais.
das plantas.
Antes, a empresa trabalhava
O evento de inauguração
O novo endereço da Sul
apenas com prestação de serviços,
aconteceu no dia 20 de junho, à noite,
Jardins Garden Center é a rua
como a elaboração e a execução de
e contou com a presença de toda a
Antônio Botega, número 33, no Bairro
projetos e a manutenção de jardins, e
equipe de funcionários, clientes,
São José, à direita (para quem está
estava situada na Incubadora
parceiros e demais convidados. A
no sentido Centro - Bairro) da
Tecnológica de Santa Maria (ITSM).
nova loja abrange um amplo espaço
sinaleira da “Faixa Velha” de Camobi.
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Colunistas
Rio de Janeiro e, posteriormente, em todo
sensação de fragilidade perante sua
o Brasil, passando a enfeitar jardins
monumentalidade, estatura e exuberância
aristocráticos e espaços públicos. Esta
e, sem dúvida, configura-se no ornamento
ampla difusão deve-se ao fato, entre outros, mais distinto deste espaço. Não é à toa da boa adaptação desta espécie em solo
que a magia das aleias e suas palmeiras
brasileiro. Segundo Lorenzi et. al. (1996, p.
imperiais são cenários frequentes em
276) esta espécie é “originária das Antilhas
filmes e novelas nacionais.
e norte da Venezuela [...] e demanda locais
Quem visita a cidade do Rio de Janeiro
expostos, espaçosos e a pleno sol para
não pode deixar de fazer um passeio no
bom desenvolvimento”.
Jardim Botânico, que traz exemplares
Reza a lenda que este exemplar
magníficos não só das palmeiras imperiais,
(denominada Palma Mater), que deu origem mas também de uma vasta gama de a todas as palmeiras desta espécie
espécies nativas e exóticas. É,
A UTILIZAÇÃO DAS PALMEIRAS
encontradas em solo brasileiro, foi plantada
inquestionavelmente, uma pausa agradável
IMPERIAIS NO BRASIL
pelo próprio D. João VI no Jardim Botânico,
no burburim da cidade. Já não bastasse
Geisa Zanini Rorato e passou a ser conhecida como palmeira
tudo isso, é um local que conta muito sobre
Professora da UFSM imperial ou real, tendo sido transformada
um período pouco valorizado da história do
em um dos símbolos da monarquia.
nosso país, e ajuda a compreender a
A utilização de palmeiras como elemento
Curiosamente, este exemplar (Palma
transformação paisagística das nossas
ornamental em jardins, parques e
Mater) teve seu fim em 1972 quando
cidades e o papel da palmeira imperial
logradouros públicos não é recente no
alcançava 38,70 metros de altura,
neste contexto.
Brasil. Pode-se dizer que sua utilização
fulminada por um raio (seu tronco encontra-
remete ao século XIX, mais
se em exposição no Museu Botânico no
especificamente a partir de 1808, com a
próprio Jardim Botânico). Outro exemplar
chegada da família real ao Brasil. De fato,
foi plantado em seu lugar, e passou a ser
Referências:
uma das primeiras ações do então Príncipe
simbolicamente chamado de Palma Filia.
Regente (mais tarde D. João VI) em solo
Apesar da larga difusão desta espécie no
brasileiro foi a criação do Jardim Botânico
Brasil, ao referir-mo-nos a ela, logo nos
BEDIAGA, Begonha. Conciliar o útil ao agradável e fazer ciência: Jardim Botânico do Rio de Janeiro – 1808 a 1860. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.14, n.4, p.1131-1157, out.-dez. 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v14n4/02.pdf>. Acesso em: 02 de jun. 2011.
no Rio de Janeiro, objetivando criar um
lembramos de sua presença monumental
jardim de aclimatação para espécies
no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
vindas das Índias Orientais. Nesta época,
Quem visita este espaço hoje fica
o Príncipe Regente foi presenteado com
deslumbrado ao visualizar estas
uma Roytonea olereacea, uma palmeira
imponentes palmeiras ladeando suas aleias
nobre, de altura imponente, que se difundiu
principais. Suas características são
largamente, primeiramente, no
impressionantes, e causa ao visitante
32
D'ELBOUX, Roseli M. M. Uma promenade nos trópicos: os barões do café sob as palmeiras-imperiais, entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Anais do Museu Paulista, julhodezembro, ano/vol. 14, número 002. Universidade de São Paulo. São Paulo, Brasil, pp. 193-250. Disponível em: <http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/273/27314207.pdf>. Acesso em: 02 de jun. 2011. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/index.html>. Acesso em: 02 de jun. 2011. LORENZI, H. et al. Palmeiras no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa (SP): Plantarum, 1996, 303 p.
qualidade principalmente quanto à altura das primeiras ramificações que devem estar um mínimo de 1,8m. Esta condição é fundamental para que as plantas resistam melhor a depredação mesmo protegidas por tutor ou cerca. As palmeiras apresentam algumas vantagens quando introduzidas na arborização de ruas e avenidas, elas ocupam um menor espaço aéreo que as árvores, raízes menos agressivas e ARBORIZAÇÃO DE RUAS E AVENIDAS Dr. Rogério Antônio Bellé Professor da UFSM
podem, em sua grande maioria serem transplantas já adultas. Há alguns anos observa-se que muitas avenidas de Santa Maria, mesmo em canteiros
Uma cidade bem arborizada
estreitos de 60cm, foram tomadas por
representa qualidade de vida para seus
gerivás, que em alguns casos crescem
habitantes, e consiste de toda vegetação de
satisfatoriamente, como em frente da
praças, parques, áreas privadas, ruas e
antiga rodoviária, decorrente de um bom
avenidas presentes no perímetro urbano. A
preparo do solo por substituição total. No
vegetação disposta nas vias de uma cidade
entanto em outros locais os exemplares
representa um desafio para sua
apresentam-se mirrados e deficientes
implantação por várias razões: espaço
principalmente devido às limitações
restrito para os plantios e expansão das
quanto a profundidade, qualidade e
copas, limitações de qualidade e
umidade do solo, impossibilidade ou mau
profundidade do solo, problemas com
preparo das covas.
tubulação de água, energia e esgoto,
As palmeiras embora imprimam
presença de viação área e depredação
aos locais certa elegância por suas
pelos transeuntes e pelo tráfego. A
linhas verticais, deixam de ser as plantas
vegetação disposta nas calçadas e nos
ideais para estes pequenos espaços ao
canteiros centrais de avenidas deve ser
longo das avenidas além de imprimirem
previamente selecionada por características
uma grande monotonia pela infindável
como porte, sistema radicular, forma e
repetição dos indivíduos uniformes no
tamanho da copa e adaptabilidade ao clima
trajeto. Esse é o caso da Av. Medianeira
e poluição. Uma vez selecionadas as
até a rótula do Castelinho e toda a Av.
espécies, as mudas devem apresentar
Evandro Behr em Camobi. A arborização
Colunistas com palmeiras nestas circunstâncias deve ser realizada sem excessos, com exemplares grandes, com no mínimo três metros de tronco, e com uma manutenção bastante eficaz. Recentemente as folhas de muitos gerivás foram drasticamente encurtadas devido estas açoitarem os veículos de maior porte como ônibus, caminhões e outros e assim podendo ferir os ocupantes. Este problema é decorrente do uso de plantas pequenas, que só demorou em aparecer e aos poucos vai se estender a todos os gerivás próximos ao meio fio. Mais tarde teremos outro inconveniente que será a queda na pista de rolamento da folha e/ou da sua bainha aderida ao tronco que são grandes e poderão causar acidentes. Daí a necessidade de manutenção rigorosa pela eliminação freqüente das folhas em risco de queda. Na Av. Evandro Behr cujo canteiro é largo, o que comporta até arbóreas, os gerivás deveriam ser plantados no centro, e não na borda como estão, com arranjos arbóreos e até arbustivos criando assim uma vegetação ritmada, mais dinâmica, colorida e agradável. Assim, cabe um alerta aos responsáveis, por este tipo de arborização, para que repensem a sequência nos novos plantios afim de evitar problemas futuros e ao mesmo tempo que Santa Maria não passe a ser conhecida como a capital do gerivá.
33
Espaço da Prefeitura alguns benefícios que uma árvore pode
Para garantir o desenvolvimento
gerar, como o resfriamento e a
dessas árvores, o Secretário
purificação do ar, a atração de aves e
esclarece, em nome da SMA, que
da fauna em geral, o auxílio no controle
“[...] estamos com um trabalho em
Secretaria de Município de Proteção
de ventos fortes, o aquecimento no
que nós vamos bater porta a porta
Ambiental (SMA), da Prefeitura
período do inverno e a absorção de
nas pessoas que devem receber uma
Municipal de Santa Maria, está em
ruídos, do monóxido de carbono
árvore na frente da sua casa, para
plena execução. Trata-se do plantio de
produzido pelos veículos e da água da
que elas adotem essa árvore porque,
árvores nativas na cidade, que faz
chuva.
com isso, nós temos, com certeza,
Plantio de árvores nativas em Santa Maria
Uma ação elaborada pela
parte de uma política ambiental visando
Alguns locais que receberão
muito maior possibilidade de que
trazer a qualidade de vida de volta aos
mudas são a Avenida Rio Branco – em
essa muda possa vir a se tornar uma
santa-marienses, por meio da
ambos os lados e inclusive em sua área
árvore, se tiver o compromisso do
colocação de verde nas paisagens.
central, onde foram removidos pinos e
cidadão que mora na frente, em
outras espécies exóticas, que poderiam
ajudar a cuidá-la e a fazer com que,
é de duas mil árvores nativas este ano,
oferecer algum tipo de risco -, a Rua
efetivamente, ela se torne uma árvore
no centro urbano. Até o dia oito de
dos Andradas, a Rua Venâncio Aires, a
adulta em seguida”.
junho, foram plantadas mais de
Rua Doutor Bozano e a Rua Coronel
quatrocentas. O Secretário da SMA,
Niederauer. Serão plantadas árvores
cuidar de uma (ou mais) dessas
Luiz Alberto Carvalho Junior, afirma
nativas de três metros e meio a quatro
árvores deve acessar o site da
que “esse plantio está programado
metros de altura, configurando mudas
Prefeitura - www.santamaria.rs.gov.br
para acontecer de maio a agosto, que
de grande porte justamente para
- na página da Secretaria de Proteção
são os meses frios, mais propícios”.
minimizar o efeito do vandalismo, que é
Ambiental sob o título Projeto Adote
muito intenso em Santa Maria.
uma Árvore, e informar-se sobre
A meta estimada para o plantio
Carvalho Jr., também, frisa
(Arquivo pessoal)
34
O cidadão que quiser adotar e
Palavra do Leitor Como esta é a primeira edição de Paisagismo Central, utilizaremos este espaço para explicar o propósito da presente editoria. Conforme o nome já sugere, “Palavra do Leitor” será uma espécie de mural aberto, destinado especialmente aos leitores, a fim de que possam expor sua opinião acerca da revista, tecerem comentários sobre as matérias, darem sugestões, tirarem dúvidas e fazerem elogios e/ou críticas.
Os textos podem ser
enviados para o e-mail: evista@paisagismocentral.com.br e, ainda, aqueles que quiserem podem anexar sua fotografia - de preferência somente do rosto - à mensagem.
Pretendemos que este seja um eficaz canal de comunicação entre Paisagismo Central e seus leitores, para que sejamos capazes de aproveitar essa interação no sentido de estreitarmos laços com quem nos lê e adequarmos nossos conteúdos ao gosto do público, aperfeiçoando nosso trabalho a cada dia. Então, sempre que possível, publicaremos aqui a “palavra” que mais importa para nós: a sua!
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(55)3226.4148 Avenida Roraima, 1000, prĂŠdio 3, sala 22a. CEP 97105-900